'Muralha Amarela' dá show, Borussia corresponde, mas Real leva a vaga
Em noite de Marco Reus, alemães vencem por 2 a 0, param na trave e em Casillas
e quase conseguem milagre diante da torcida. Lesionado, CR7 sequer sai do banco
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Foi um
jogo para ficar na memória – desde já entre os candidatos a melhor do
ano. Borussia Dortmund e Real Madrid entregaram ao amante do futebol o que de
melhor oferece o pacote Liga dos Campeões. Desfalcadíssimos, os alemães lutaram
contra os prognósticos pessimistas e fizeram o torcedor quase acordar de um
sonho que ele mesmo embalou. Com um show da "Muralha Amarela" e grande atuação de
Marco Reus, os aurinegros venceram por 2 a 0 nesta terça-feira, no Signal Iduna Park, mas se
despediram do principal torneio do continente nas quartas de final. A vaga
ficou com os espanhóis, que construíram importante vantagem no jogo de ida, há
uma semana, no Santiago Bernabéu (3 a 0).
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Com
dois gols, o camisa 11 do Borussia foi o grande destaque da noite, que contou
com outros heróis. Nenhum deles foi Cristiano Ronaldo. Lesionado, o craque
português permaneceu o tempo inteiro no banco de reservas – algumas vezes até
agindo como técnico, pedindo calma – e mostrou que o problema no joelho
esquerdo não é tão simples. Brilharam Iker Casillas, autor de importantes
defesas, e a trave, que impediu o terceiro gol dos donos da casa, do apagado
Mkhitaryan. Weidenfeller, que salvou pênalti de Di María ainda no primeiro
tempo, também merece créditos. Além, é claro, de uma torcida especial, que
carregou o time de Jürgen Klopp com maestria.
O Real Madrid de Carlo
Ancelotti aguarda o sorteio da próxima sexta-feira para conhecer o seu
adversário nas semifinais. Poderá ser o Chelsea, que eliminou o Paris
Saint-Germain, também nesta terça, no Stamford Bridge, com suada vitória
por 2 a 0. Bayern de Munique x Manchester United e Atlético de Madrid x
Barcelona são os confrontos de quarta. O GloboEsporte.com e a TV
Globo transmitem o clássico espanhol ao vivo, a partir das 15h45m (de
Brasília) – o site acompanha com um pré-jogo especial às 15h.
COMO NÃO ACREDITAR
Não bastava acreditar como a torcida. Os cinco desfalques no time titular dificultavam uma previsão mais otimista, mas o Borussia Dortmund não esperou pelo milagre. Na verdade, correu atrás desde o minuto inicial, ainda que isto significasse, àquela altura, buscar a bola do Real Madrid.
Bastou uma falha para o Borussia na versão de time se fazer presente. Pepe recuou errado, Reus aproveitou, driblou Casillas e emendou para as redes: 1 a 0. O atacante da seleção alemã já era o melhor em campo – pouco antes de marcar, entregou de bandeja o gol para Mkhitaryan, que desperdiçou.
O que parecia um duelo perdido se transformou. A estrutura do estádio balançava de acordo com o ritmo da "Südtribüne" (a "Muralha Amarela"). Havia uma impressão clara no ar: era questão de tempo para o Real ser sufocado. Aconteceu aos 36, quando Illarramendi falhou, Reus puxou a jogada e abriu para Lewandowski finalizar colocado. A bola bateu na trave e voltou para o camisa 11 deixar o Westfalenstadion em êxtase. Como não acreditar?
CALMA, CR7!
Cristiano Ronaldo, que aparecera pedindo calma aos companheiros do banco de reservas durante o primeiro tempo, ficou mesmo fora do espetáculo. A lesão no joelho esquerdo, como suspeitado, não era tão simples assim. Foi Isco o nome escolhido por Carlo Ancelotti para mudar o Real Madrid. Ao menos territorialmente, deu certo.
Os primeiros minutos da etapa final mostraram uma nova faceta dos merengues. O Real era um time agressivo, que já não apenas tocava a bola. Até então apagado, Gareth Bale quase descontou, obrigando Weidenfeller a se mexer. Benzema esteve ainda mais perto de comemorar, mas um carrinho salvador de Hummels manteve o sonho dos donos da casa intacto.
TRAVE, CASILLAS E WEIDENFELLER
Ao Borussia, sobravam os contra-ataques. Em um deles, Reus provou sua genialidade mais uma vez ao deixar Mkhitaryan na cara do gol. O armênio limpou Casillas, mas finalizou rasteiro na trave direita. Pepe ainda salvou no rebote. Minutos depois, o próprio Mkhitaryan desperdiçou boa chance dentro da grande área. Casillas defendeu. O goleiro se firmaria como o destaque merengue ao espalmar chute de Grosskreutz na sequência.
Detalhes separavam o Dortmund de forçar uma prorrogação. Como também impediram o Real de liquidar a fatura, com um perigoso Benzema. Entre o lá e cá, melhor para os espanhóis, que se seguraram na medida do possível diante de uma torcida invejável e um time tão aguerrido quanto.
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