Maicon exalta clima de Copa na Seleção: "Não tem para onde correr"

Lateral-direito comenta sobre o ritmo dos treinamentos na preparação para o
Mundial e promete disputar posição com Daniel Alves treino a treino

Por Leandro Canônico e Marcelo BaltarTeresópolis, RJ

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Maicon conquistou um lugar entre os 23 convocados para a Copa do Mundo de 2014 nos acréscimos. Foi um dos últimos jogadores testados por Luiz Felipe Scolari, mas sua experiência em Mundial pesou. Ainda que como reserva de Daniel Alves, o lateral do Roma está feliz. Mas promete disputar a posição treino a treino.

- A mentalidade sempre é treinar forte. Não temos para onde correr. Vivemos esse clima de Copa do Mundo – resumiu Maicon neste sábado.

O lateral-direito, no entanto, tem em sua cabeça uma lembrança recente de tomar a vaga de Daniel Alves. Foi na Copa América de 2011, na Argentina. O jogador do Barcelona começou como titular de Mano Menezes e depois o técnico optou por escalar Maicon – a Seleção caiu nas quartas de final.

- Claro que depois da Copa de 2010, fiquei muito triste. Mas o meu objetivo era de continuar. Disputei a Copa América, comecei na reserva e depois ganhei posição. Na minha vida sempre foi assim. E agora não vai ser diferente. Os últimos anos foram difíceis para mim. Mas continuei o trabalho e fui recompensado – declarou o lateral.

Maicon lembra frustração após Copa de 2010 (Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)

A caminho de sua segunda Copa do Mundo, Maicon exalta a responsabilidade de vestir a camisa da seleção brasileira. E lembra o tempo de torcedor.

- Quando não estava aqui, estava torcendo. Esse momento de enfeitar as ruas, enfeitar as casas... Agora estou do lado contrário, o lado mais importante. É uma responsabilidade gostosa. E temos de carregá-la de maneira positiva – completou.

Na manhã deste sábado, a seleção brasileira fez um treinamento coletivo na Granja Comary e os titulares venceram os reservas por 2 a 0. Neste domingo, às 10h, está programado mais um treinamento coletivo, visando o primeiro amistoso preparatório, contra o Panamá, terça-feira, em Goiânia.

Confira os principais tópicos da entrevista do volante:

 

Lembranças das Copas
Uma lembrança que tenho é da final da Copa de 98. Foi a primeira vez que acompanhei direito uma Copa do Mundo. Mas é claro que teve o Romário em 1994 e depois, é claro, fazer parte da Copa de 2010. Minha melhor lembrança foi o gol de 2010 (na estreia contra a Coreia do Norte). Fazer um gol na minha estreia em Copas do Mundo é um fato que com certeza vai ficar marcado na minha vida.

Condições físicas
Estou bem. Depois da convocação, tive uma conversa com meu treinador (Rudi Garcia) para fazer um treinamento específico à parte. Ele foi gente boa e me deixou treinar separadamente. Não joguei as duas últimas rodadas do Campeonato Italiano contra Juventus e Genoa. Mas estava trabalhando para me apresentar da melhorar maneira à Seleção.

Fome de hexa
Todos que estão aqui não têm o título de uma Copa no currículo. É a oportunidade que temos para ganhar. E poder fazer isso com a camisa da Seleção... A oportunidade está aí.

Semana de treinos
Foi excelente. Fizemos todos os exames. Todos estão trabalhando intensamente. Estamos construindo um grupo forte para essa competição.