México vence Equador, mas vive drama de novela ao perder Montes
Meia faz gol nos 3 a 1 e, após dividida com Castillo, sai com fratura na tíbia e fíbula que praticamente o tira da Copa. Rafa Márquez e Erazo também se machucam
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Montes saiu de maca, chorando, para o hospital, com fratura na tíbia e fíbula da perna direita, que praticamente o tira da Copa - a imprensa mexicana já dá como certo o seu corte. Castillo também foi substituído. A preocupação aumentou após o intervalo: Rafa Márquez deixou a partida com o pé enfaixado. Erazo também saiu mancando no segundo tempo, pelo lado do Equador. O triunfo mexicano por 3 a 1 (Fabian e Giovani fizeram os outros gols, com Valencia descontando), que começou a surgir justamente no momento de maior inspiração de um jogo com mais atrativos na segunda etapa, foi comemorado com reservas. O Equador, que está no Grupo E da Copa e estreia no dia 15 de junho, contra a Suíça, e tem também como companhia França e Honduras, mostrou pouco brilho.
Alegria e drama
Adversário do Brasil, o México deixou clara, principalmente na segunda etapa, sua principal arma: os chutes com perigo de fora da área. Mas, no primeiro tempo, a partida começou tão morna que, com nove minutos, a torcida, maior parte mexicana, já começou a vaiar. Os jogadores se poupavam visivelmente. Fora uma falta cobrada por Giovani por cima do gol, até os 15 minutos o que se viu foi uma bagunça tática e as duas seleções tocando a bola para os lados e errando muitos passes.
Quem mais queria jogo eram, pelo lado mexicano, Guardado, Giovani e Montes. O primeiro comemorava 100 partidas na seleção e ganhou placa. Os dois meias tentavam articular jogadas principalmente pelo lado direito. Na seleção equatoriana, quem se destacava era, além do zagueiro Erazo, com boa antecipação nos lances, o meia Jefferson Montero. Foi dele, inclusive, uma das jogadas mais bonitas, quando arrancou até a entrada da área até ser derrubado por Rodríguez. Guagua não soube aproveitar a bola parada e isolou para fora.
Com uma equipe de jogadores habilidosos, o México já buscava o gol com um pouco mais de organização, mas encontrava boa marcação equatoriana. Até que, aos 32 minutos, Montes encontrou espaço para cortar para o meio e, da entrada da área, mandar um belo chute de canhota. A bola foi à direita de Banguera, que nada pôde fazer: 1 a 0.
A vibração mexicana se transformou em drama logo depois. Exatamente aos 35, numa dividida com Castillo, Montes se machucou seriamente e saiu com suspeita de fratura no tornozelo. O jogador do León, aos 28 anos, dava praticamente adeus à Copa do Mundo. Castillo também saiu. E o primeiro tempo se arrastou com os jogadores tensos e com mais medo ainda das divididas.
Mais gols e contusões
Os dois treinadores mexeram bastante nas equipes para a segunda etapa, e a partida até melhorou. O zagueiro Rafa Márquez, um dos mais experientes em campo, saiu também machucado, com o pé enfaixado, e preocupa o departamento médico e a comissão técnica. Guardado e Peña acabaram poupados, e do lado do Equador entrou Valencia. Mas quem apareceu com vontade foi Hector Herrera. Primeiro, deu boa arrancada pela direita e centrou com perigo para a área, mas Peralta chegou atrasado. Depois, deu belo chapéu e tirambaço da entrada da área, para fora.
Até então encurralado, o Equador adiantou a marcação e partiu para o ataque. Aos 16, Fidel Martínez mandou a bola para as redes, mas o árbitro anulou a jogada, marcando um toque de Erazo. Logo depois a seleção equatoriana quase empatou em nova pressão: Valencia bateu com perigo de dentro da área, Ochoa defendeu, e, no rebote, o zagueiro Aguilar salvou em cima da linha.
O ritmo da partida ficou mais intenso, e mais um jogador saiu mancando e deixou preocupação: o zagueiro Erazo, do Flamengo. O México cresceu e chegou ao segundo gol: Marco Fabián, que entrara no lugar de Montes, arriscou de fora da área, da meia esquerda, e surpreendeu o goleiro Banguera, que se confundira em dois lances anteriores: 2 a 0, aos 24 minutos.
Já com Chicharito em campo, o México voltava a dominar, e não demorou a ampliar o placar. Aos 31, Herrera cruzou rasteiro para o atacante do Manchester United. Guagua cortou mal, para o meio da área, e Giovani dos Santos bateu forte. A bola tocou na trave, nas costas do azarado goleiro Banguera e entrou: 3 a 0. O Equador diminuiu aos 35, com Valencia, que cobrou falta da entrada da área com força e contou com a sorte - a bola desviou na zaga mexicana e tirou Ochoa do lance. Não havia mais o que fazer. O amistoso, com ares de festa, terminou em clima tenso.
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