Seleção faz estudo de suor e terá hidratação individual para a Copa
Para não caírem de rendimento nas mudanças bruscas de 12ºC (São Paulo) para 29ºC (Fortaleza), jogadores passam por testes que apontam fórmulas especificais
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- A equipe que tiver a melhor estratégia de hidratação e recuperação entre uma partida e outra, entre uma viagem e outra, vai conseguir desempenhar melhor independentemente dos problemas climáticos. E isso, obviamente, é uma vantagem – encerra o professor Laitano.
Uma fórmula para cada jogador não é um
exagero? Que diferença faz um gole a mais ou a menos? Não
basta simplesmente matar a sede? Quem explica as razões é Orlando Laitano Lionello Neto,
professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, de Pernambuco. Graduado em educação física com doutorado em ciências do movimento humano
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ele tem especialização em
bioquímica e fisiologia do esporte pela Loughborough University, na Inglaterra.
- A oferta de um único produto pra um grupo de 23 jogadores
não atende a necessidade média desse grupo. Então realmente ficou evidente que
a necessidade de individualização da estratégia de hidratação é uma necessidade
para jogadores de esporte coletivo de uma maneira geral – ensina.
Os jogadores já perceberam que não se trata de
capricho. Em uma competição, de no máximo
sete jogos, com pouco tempo de descanso entre as partidas, qualquer novidade
que ajude na recuperação pode fazer a diferença, como afirma o volante
Paulinho.
- A fórmula
individual e específica para cada jogador é importante. Eles vão ter o controle
e vão saber o que um jogador precisa, antes, durante e depois da partida. Isso
só ajuda a melhorar nossa capacidade - afirmou Paulinho.
Numa partida, a temperatura do jogador sobe até quatro
graus. A arma que o corpo humano tem para lidar com o calor é a transpiração.
Só que quando um atleta sua demais e se desidrata, o sangue passa a circular em volume menor. O coração precisa
trabalhar em maior intensidade e com isso os músculos perdem força e
resistência. Além dessas mudanças físicas, há também uma queda no
desempenho cognitivo. O cérebro passa a ter mais dificuldade de processar as imagens
captadas pelos olhos e demora mais para ordenar ao corpo a execução dos
movimentos. Em campo o resultado é visível: chutes mais fracos, erros de passes
e falta de atenção na marcação.
- Nós não podemos
mais depender da sede para atender as demandas desses atletas. A desidratação,
nesse nível, acaba tendo um impacto decisivo no desempenho do jogador – explica
o professor Orlando Laitano.
ESTUDO NOS JOGADORES
Para evitar a fadiga excessiva, todos os jogadores do Brasil passaram por um estudo inédito e realizaram exames físicos. O suor de cada um deles foi analisado por pesquisadores e os resultados surpreenderam. Em uma hora de jogo, há jogadores na seleção que perdem menos de meio litro de suor (0,3 litros), enquanto outros desidratam até três vezes mais (1,38 litros). A diferença de perda de sódio e sais minerais também foi brutal, superior a 300% entre atletas do mesmo grupo.
Há no caminho da Seleção, no Brasil, desde previsão de
temperaturas típicas de inverno, como 12 graus em São Paulo, até um calor de
29° em Fortaleza. Os índices de umidade podem bater na casa dos 10% em
Brasília, onde pouco se transpira, até um suador sem fim com os 80% esperados
na capital cearense. Por isso, a
quantidade de bebida dos brasileiros será também adequada ao local dos jogos.
Para evitar a fadiga excessiva, todos os jogadores do Brasil passaram por um estudo inédito e realizaram exames físicos. O suor de cada um deles foi analisado por pesquisadores e os resultados surpreenderam. Em uma hora de jogo, há jogadores na seleção que perdem menos de meio litro de suor (0,3 litros), enquanto outros desidratam até três vezes mais (1,38 litros). A diferença de perda de sódio e sais minerais também foi brutal, superior a 300% entre atletas do mesmo grupo.
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