Após denúncia, diretor do Corinthians critica o STJD: “Adora aparecer”
Ronaldo Ximenes pede bom senso ao tribunal, que denunciou clube por causa de cadeiras quebradas em clássico. Corinthians pode perder dez mandos
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A diretoria do Corinthians tratou com indignação a denúncia feita pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) após a depredação de 258 assentos no setor de visitantes da Arena do Timão, durante o clássico contra o Palmeiras,
domingo passado. Nesta quinta-feira, o diretor de futebol Ronaldo
Ximenes se mostrou insatisfeito com a possibilidade de punição ao clube,
que pode perder até dez mandos de campo e ainda pagar uma multa de R$
100 mil. O Palmeiras, por sua vez, disse por meio de nota não ter como controlar a ação de seus torcedores.
A
procuradoria do STJD enquadrou Corinthians e Palmeiras no artigo 213 do
Código Brasileiro de Justiça Desportiva: “deixar de tomar providências
capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”. Na
visão de Ronaldo Ximenes, o STJD não tinha necessidade de fazer essa
denúncia.
Se o STJD levar isso a sério, é motivo para parar de acreditar cada vez mais
Ronaldo Ximenes,
diretor do Corinthians
diretor do Corinthians
O diretor ainda chamou de “marginais” os torcedores que depredaram cadeiras da Arena. A denúncia do STJD foi recebida com surpresa, já que Corinthians e Palmeiras estavam acertados até em relação ao pagamento da troca dos assentos – o clube alviverde bancaria o valor, cerca de R$ 45 mil, e buscaria os torcedores responsáveis pelas destruições.
– Espero
e acredito no bom senso. Se o Corinthians for prejudicado com a perda
de até dez mandos por conta do que torcedores fizeram em nosso
estádio... Na verdade não são nem torcedores, são delinquentes e
marginais que ainda frequentam estádios. Se o STJD levar isso a sério, é
motivo para parar de acreditar cada vez mais. Hoje o crédito é quase
nenhum – desabafou o dirigente.
O departamento
jurídico do Corinthians adotou postura semelhante e avisou, mais cedo,
que não houve violência no estádio e nem motivos para a denúncia. O
julgamento ainda não tem data marcada, e o Timão estuda a melhor defesa para ir aos tribunais.
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