Jean confirma dívida da Unimed e teme que mais jogadores deixem o Flu
Volante diz que débito da ex-patrocinadora chegará ao segundo mês nesta terça-feira e frisa: “Difícil falar se jogadores vão permanecer ou não”
Em Orlando, nos Estados Unidos, o Fluminense tem estrutura e
tranquilidade para trabalhar, mas não consegue escapar dos problemas. Nesta
segunda-feira, segundo dia de treinos do time na Flórida, o volante Jean
confirmou o atraso no pagamento dos direitos de imagem por parte da Unimed,
ex-patrocinadora tricolor, e deixou claro que o clima fora de campo é de
preocupação entre os jogadores que recebem da empresa a maior parte da
remuneração. Segundo o volante, o débito vai completar dois meses nesta terça.
- É um assunto muito delicado, é complicado trabalhar dessa
forma. Vai para o segundo mês amanhã, é no dia 13 que a normalmente a gente
recebe. Não é fácil. Não adianta esconder. A gente não pode levar para dentro
de campo, tem que saber separar as coisas, mas é uma situação delicada, que
acaba dificultando fora do campo. Os jogadores têm família, realmente é chato,
chato de ser falado. Procuro esquecer – afirmou.
Além de Jean, recebem direitos de imagem da Unimed Fred,
Conca, Wagner e Walter. O zagueiro Henrique e o meia Cícero, que não está nos
Estados Unidos, passariam a receber em 2015. Diante do quadro, Jean teme que
esses atletas saiam. E diz que não pode garantir nem a própria permanência
apesar de ter vínculo com o clube até 2017.
Em encontros com torcedores em Orlando, alguns atletas têm
sido questionados se ficarão no clube em 2015.
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- É natural, devido aos jogadores que saíram, que o torcedor
pergunte. São situações que acabam se complicando muito. Eu, por exemplo, não
adianta falar para você que está bom com essas questões extracampo, está
complicado, todo mundo sabe disso. Se tiver coisa boa para o jogador, para o
clube, para todos, é impossível não ser realizado. Hoje, eu posso dizer que
estão todos aqui, mas se vão permanecer ou não é difícil de falar. A chance de
permanecer é normal, natural que tenha – disse.
Em 2014, a crise entre Fluminense e Unimed e as dificuldades
financeiras do clube tumultuaram o ambiente nas Laranjeiras. Existe a
preocupação que o problema perdure.
- A gente não pode pensar nisso. De uma certa forma não pode
pensar nisso. Mas tem que pensar. Não tem como planejar sua vida. É o nosso
sustento, temos prioridades, dívidas. Acaba envolvendo, não tem como. Ficar sem
receber é muito ruim. Não saber quando vai receber é muito ruim. Espero que em
breve isso se resolva.
Os direitos de imagem pagos pela Unimed correspondem de 50%
a 80% da remuneração mensal dos jogadores citados na reportagem.
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