NSAC adia discussão sobre mudança na lista de substâncias proibidas
Comissão alega falta de informação sobre jurisdição do órgão em primeira reunião após exame positivo de Jon Jones e promete comitê de estudo
Quando a programação moveu para o item da discussão do programa antidoping, a comissária Pat Lundvall, responsável pelo estudo que avaliou a adoção de parte do código da Agência Mundial Antidoping (Wada) em 2007, afirmou que, na época, a NSAC adotou apenas a lista de substâncias proibidas pela agência, o que estava dentro de sua jurisdição. Ela advertiu que mudar quais substâncias eram proibidas dentro ou fora do período de competição talvez não estaria dentro da jurisdição do órgão, e que a questão precisava ser estudada. Chairman da comissão, Francisco Aguilar disse em seguida que sua intenção com a inclusão do item não era agir imediatamente, mas iniciar a discussão do assunto, e abriu as portas para a formação de um comitê de estudo para determinar se a NSAC poderia, de fato, se separar do código da Wada e mudar a lista de substâncias proibidas dentro e fora do período de competição. Em cerca de 15 minutos, a discussão estava encerrada e a programação seguiu aos itens seguintes.
Apesar do exame positivo para uso de cocaína em 4 de dezembro de 2014, Jon Jones não foi punido pela NSAC porque a benzoilecgonina não aparece na lista de substâncias proibidas fora de competição pela Wada, apenas para o período de competição, discriminado como até 12 horas antes do início da luta. Jones lutou em 3 de janeiro passado e derrotou Daniel Cormier por decisão unânime no evento principal do UFC 182, em Las Vegas. O resultado do exame foi divulgado apenas dois dias depois do combate, em 5 de janeiro, e o campeão dos pesos-meio-pesados anunciou no mesmo dia que estava entrando numa clínica de reabilitação para dependentes químicos. O caso gerou polêmica sobre o que deveria ser considerado como período de competição para exames antidoping, já que os camps de treinamento no MMA podem durar até três meses, e sobre se Jones deveria ter recebido permissão para lutar após usar uma droga recreativa e ter quebrado o código de conduta para atletas do UFC. O presidente da companhia, Dana White, alegou que o contrato do campeão lhe garantia o direito de lutar e impedia o cancelamento do combate, sem especificar as cláusulas que o detiam.
A programação da reunião da NSAC desta segunda também previa o julgamento de um recurso do peso-galo Francisco Rivera pela anulação de sua derrota para Urijah Faber no UFC 181, em 6 de dezembro passado, quando sofreu um cutucão no olho pouco antes de ser finalizado. Todavia, a comissão pediu que representantes da equipe de Faber e o árbitro da luta, Mário Yamasaki, estivessem presentes à audiência para testemunhar, e a discussão também foi adiada. Já a lutadora Ashlee Evans-Smith, pega no exame antidoping no mesmo evento por uso de diurético, foi suspensa temporariamente e recebeu uma garantia de que poderia defender seu caso numa próxima reunião da comissão.
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