Liberado para competir, Solberg diz:
'É o set mais longo da minha vida'
Após ter a suspensão por doping derrubada pela FIVB, jogador revela seus passos no mês de angústia, após o resultado, e planeja volta ao Circuito
Assista à entrevista de Pedro Solberg, logo mais, no 'SporTV News'
Isso tudo é mais duro do que o bloqueio do Dalhausser. Mas vou provar que sou inocente"
Pedro Solberg
- Até agora não entendo por que a minha amostra demorou quatro dias para chegar ao laboratório. E, quando chegou, faltou a cadeia de custória, que é o passo a passo por onde a urina passou e em que condições passou – disse Pedro, que alegou que, segundo bioquímicos e pesquisas da própria Wada, se a urina ficar armazenada em uma temperatura errada pode testar substâncias como a que foi encontrada em seu exame. – Aprendi que a temperatura da amostra é de suma importância. Artigos de médicos da Wada comprovam. Isso pode ter acontecido no meu exame.
passo da coleta da amostra de urina do jogador
(Foto: Amanda Kestelman / GLOBOESPORTE.COM)
Procurado, De Rose explicou a intenção com a carta.
- Pedi à FIVB que evitasse a suspensão provisória, que é dada antes do julgamento. Pode acontecer algo nesse caso que se possa discutir. Se houver condenação, eles voltam a combinar, podem até suspender o atleta retroativamente. Meu sentido foi de apenas proteger o atleta, tento evitar que haja precipitação. A suspensão é muitas vezes feita sem ouvir o atleta, apenas pedi que ele fosse ouvido. A Wada antevê uma defesa imediata do atleta, que aparentemente não ocorreu, já que ele está suspenso há um mês e não houve um julgamento. Enviei a carta como secretário-executivo da Agência Brasileira Antidoping, mas não tenho nada a ver com o caso - disse o médico.
A intenção de Pedro Solberg, agora, é levar sua amostra para laboratórios fora do país. O jogador de vôlei também afirmou que, 30 dias depois do exame que testou positivo para o esteroide, foi submetido a outro antidoping, na Noruega, onde participava de uma etapa do Circuito Mundial, e nenhuma substância proibida foi encontrada.
Nunca me imaginei passando por uma situação dessa. Ser culpado de algo que você não fez. Mas me mantive forte"
Pedro Solberg
Desde que foi notificado até o resultado da contraprova, Pedro e sua família buscaram profissionais capacitados e foram até onde podiam para encontrar motivos para o aparecimento da susbtância. Segundo ele, toda a estrutura foi fundamental para que ele não desistisse em nenhum momento.
- O laboratório me cobrou R$ 15 mil para fazer essa contraprova. Depois, fiquei sabendo que custa cerca de US$ 350 (R$ 550). Fico pensando, se isso acontece com um atleta que está começando, sem condições e estrutura, como ele vai recorrer? Me coloco na situação de outra pessoa e imagino como deve ser – afirmou Pedro, que contou que a Wada, ao saber do preço cobrado, fez com que o laboratório devolvesse o dinheiro.
Procurado, mais cedo, pelo SPORTV.COM, o laboratório Ladetec afirmou que não pode se pronunciar sobre o assunto por conta de uma exigência contratual feita pela Agência Mundial Antidoping (Wada).
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