Entre sorrisos e lágrimas, Jaqueline garante: 'Vou voltar dando show'
Após fratura cervical na estreia dos Jogos Pan-Americanos, ponteira da seleção se mostra animada, mas chora ao falar da família e do apoio dos fãs
- A palavra exata é força. Aprendi isso desde a minha infância, com minha família. Passamos por diversas dificuldades e conseguimos reverter. Mas uma coisa que vou conseguir é mostrar para as pessoas que não se pode desistir jamais. Sou lutadora. Como gosto de dizer, sou brasileira e não desisto nunca. Vou fazer de tudo para me recuperar rapidamente. Vocês podem ter certeza de que eu vou voltar dando show.
- Fico muito feliz em saber que recebo tanto carinho. Na hora do choque, foi uma sensação que nunca tinha sentido. Fiquei com o corpo dormente. Quando eu acordei e vi que as pessoas estavam preocupadas, fiquei mais nervosa. Minha preocupação maior foi por não sentir tão bem as pernas e os braços, por causa do formigamento. Mas fui me tranquilizando. Não me faltou nada nesse momento e isso me deixou muito bem. Estou supertranquila. Quero passar para minha família que estou bem – afirmou a jogadora, entre lágrimas.
Acompanhada pelos médicos Júlio Nardelli, da seleção, e João Grangeiro, do Comitê Olímpico Brasileiro, Jaqueline ouviu a previsão de que deve ficar entre quatro a seis semanas com o colar. Nesta terça, passou por novos exames de revisão, sem nenhuma alteração em seu quadro de saúde. A volta às quadras, no entanto, ainda é uma incógnita.
no Pan (Foto: Vipcomm)
Fora de mais um Pan, Jaqueline diz não se abater. Em suas previsões, afirma que suas companheiras de seleção subirão ao pódio em Guadalajara e que também terá feito parte da conquista.
- Com certeza, é triste. Tem pouco tempo que eu retornei à seleção. Mas vou ficar torcendo. A minha torcida vai ser grande. Vai ser difícil, mas eu creio que essa equipe vai lutar por essa medalha de ouro.
Após a notícia de que estava tudo bem com Jaqueline, Zé Roberto afirmou que ainda tinha esperanças de contar com a jogadora na Copa do Mundo, em novembro, no Japão. Ela, no entanto, reconhece que só deve voltar à equipe no ano que vem.
- Zé é uma pessoa que não desiste fácil. Até o último momento, que disserem que eu tenho chances, vai falar para eu tentar. Quando perdi o bebê, ele sempre ficou comigo, me apoiou para que eu voltasse logo e eu voltei muito bem. Ele fala isso pela confiança que tem em mim. E quando eu voltar, vou estar fortalecida.
A volta ao Brasil ainda não está definida. Com falta de lugares nos voos, o COB tenta encontrar uma solução para que a jogadora retorne ao país. Por enquanto, Jaqueline só pensa em tranquilizar a família e os fãs.
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