Xará de Romário, capitão da sub-20 prefere nome abreviado na camisa

No Pan, zagueiro do Inter prioriza sobrenome e se mostra incomodado com comparação: 'É ruim, mas meu nome é Romário e tenho que aceitar'

Por Gustavo Rotstein Direto de Guadalajara, México

Romário, ou melhor 'R. Leiria', no treino da Seleção
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)

Ele nasceu no dia 28 de junho de 1992 e recebeu um nome que tornou-se um fardo. Batizado de Romário por causa da paixão do pai por futebol, ele decidiu iniciar uma carreira nos gramados. Em vez de marcar os gols, como fazia o Baixinho, é responsável por impedi-los. Mas o zagueiro do Internacional, capitão da Seleção Brasileira sub-20 que disputa os Jogos Pan-Americanos, mostra-se incomodado quando questionado sobre seu nome.
Romário se recusa a estampar Romário em seu uniforme. Prefere  "R. Leiria", dando prioridade ao sobrenome. Apesar disso, sabe que dificilmente consegue escapar das referências ao xará mais famoso.
- De tantas perguntas que me fazem sobre meu nome, preferi não colocá-lo na minha camisa. Algumas pessoas acham estranho o fato de eu não ser atacante. Fico incomodado e digo que sou zagueiro mesmo. É ruim, mas meu nome é Romário e tenho que aceitar - disse ele, com um aparente tom de lamento.
Romário é um dos quatro remanescentes do grupo que conquistou o Mundial Sub-20 na Colômbia. Embora tenha sido reserva em toda a campanha, o zagueiro do Inter foi escolhido por Ney Franco para ser o capitão do time que busca a medalha de ouro no Pan. E lembra a importância de uma estreia com vitória sobre a Argentina, nesta quarta-feira.
- Todo mundo sabe que um clássico contra a Argentina é duro. Estrear com uma vitória no clássico será fundamental para nosso sucesso no Pan - destacou o zagueiro.