Teve Isso! Apagão, fumacê, gandula abusado e quatro pênaltis perdidos
E mais: gol dá dor de dente no Paraná, árbitro leva soco depois de expulsão e sobrinhos orientam tio do mesmo time em Sergipe
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
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Com as quatro séries do futebol brasileiro em andamento, casos curiosos
acontecem nos quatro cantos do Brasil. Neste fim de semana, duas
partidas, uma em Natal e outra em Cariacica, deram o que falar em cenas
pitorescas. O Teve Isso! desta segunda-feira está aí para lembrar o que
de melhor (ou pior) aconteceu pelo Brasil.
Série C em noite de apagão
A Série C do Brasileirão 2012 está agitada, dentro e fora dos gramados.
E logo na sexta, abrindo a segunda rodada, a partida entre Oeste x
Caxias, em Itápolis, começou com mais de uma hora de atraso. O motivo:
falta de luz no estádio dos Amaros. A rede de energia elétrica não
consegue alimentar todas as torres de iluminação, e os geradores que são
usados normalmente para acender as outras não funcionaram e tiveram de
ser trocados. No fim, depois de muita espera, o time gaúcho ainda
estragou a escura noite do Oeste e
venceu por 2 a 1.
Refletores apagados antes do jogo entre Oeste e Caxias (Foto: Geremias Orlandi/SER Caxias)
Frasqueirão em tarde iluminada
No simpático estádio Frasqueirão, sábado, o
Vitória conseguiu derrotar o ABC com um gol nos acréscimos do jogo
e assumiu o terceiro lugar na Série B. Mas alguns acontecimentos
interessantes marcaram este jogo em Natal. No primeiro tempo, um lance
de rara habilidade quase marcou a carreira do atacante Washington, que
por muito pouco não entrou para o "clube dos jogadores que fizeram o gol
que Pelé não fez". Aos 35 minutos do primeiro tempo, o jogador do ABC
arriscou um chutaço lá do meio de campo com a perna esquerda e, se o
goleiro rubro-negro Douglas não estivesse atento, levaria de cobertura.
Um toquinho providencial com a ponta dos dedos evitou o lance histórico.
Frasqueirão em tarde enfumaçada
Na segunda etapa da partida entre ABC e Vitória, depois de Washington,
foi a vez de a torcida alvinegra roubar a cena. Quando o jogo se
encaminhava para os 20 minutos, o denso fumacê que vinha dos
sinalizadores das arquibancadas invadiu o gramado e inviabilizou a
visibilidade dos jogadores. O árbitro Wagner Reway não teve dúvida e
paralisou a partida por dois minutos.
A estratégia do time anfitrião saiu pela culatra: o gol do Leão saiu
aos 50 minutos do segundo tempo, ou seja, nos acréscimos dados graças à
fumaça potiguar.
Gandula em tarde endiabrada
Ainda no Frasqueirão: por volta dos 30 da etapa final, aconteceu uma
confusão com um dos gandulas da partida entre ABC e Vitória. O rapaz foi
recolocar a bola em campo e a atirou nas costas de um jogador do
Vitória. O árbitro Wagner Reway (que já tinha se aborrecido com o
fumacê) viu e mandou o ajudante trocar de lugar.
Só que o gandula não gostou. Ficou irritado e começou protestar na
beira do gramado. Acabou sendo expulso. Ainda assim, continuou em campo.
O juiz teve que paralisar a partida mais uma vez para chamar o chefe do
policiamento. Depois de tudo isso, o ajudante continuou discutindo com o
quarto árbitro na saída. Vale lembrar: o gol do Vitória saiu aos 50
minutos do segundo tempo...
Ponham os pés nas fôrmas, meus filhos!
A Segundona capixaba também teve seu fim de semana inspirado. No sábado, em Cariacica, a
Desportiva Ferroviária derrotou o Tupy por 2 a 0
e garantiu seu retorno à elite do futebol do Espírito Santo no ano que
vem. Mas o jogo teve uma situação raríssima: quatro pênaltis
desperdiçados, sendo três da Locomotiva Grená e um da equipe de Vila
Velha.
No primeiro deles, ainda na etapa inicial, Hércules, da Deportiva
Ferroviária, se concentrou, bateu de perna esquerda e viu o goleiro
Edgar defender. No segundo tempo, o xará do herói mítico voltou a
tentar, deu uma corridinha e cobrou direto para fora, à esquerda do
arqueiro do Tupy. Pouco depois, em mais uma penalidade a favor da equipe
grená, desta vez quem bateu foi David. E a cobrança foi ainda pior, com
o arqueiro defendendo de novo (Hércules estava ali, de olho, pegou o
rebote e... perdeu o gol). E, por fim, para mostrar que a vida não
estava fácil para ninguém, Marcelo Pelé, do Tupy, não fez jus ao nome do
Rei do Futebol e, à la Baggio, mandou por cima do gol.
Paru perde a compostura e dá soco no juiz
Ainda no jogo entre Desportiva Ferroviária e Tupy, pela Segundona
capixaba, o meia Paru, do time vilavelhense, não aceitou a marcação de
uma penalidade contra o seu time, reclamou do árbitro e levou o amarelo.
O jogador continuou reclamando, acabou levando o vermelho e sendo
expulso. Indignado, Paru deu um soco no rosto do árbitro Marcos André
Gomes.
O juiz capixaba faz parte do quadro da CBF e apitou a partida entre
Flamengo e Ceará, pela Copa do Brasil de 2011, quando a "Carroça
Desembestada" parou o "Bonde sem Freio" no Engenhão, encerrando longa
série invicta do time carioca.
Meia Paru se revolta e dá um soco no árbitro após ser expulso (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
Gol que dá dor de dente
Na vitória do
Paraná Clube sobre o Boa Esporte por 2 a 0,
sábado, na Vila Capanema, um detalhe curioso aconteceu no primeiro gol,
marcado por Alex Alves, na etapa inicial. Após cobrança de escanteio, o
zagueiro subiu e cabeceou com tanta vontade que acabou acertando em
cheio a bola e o ombro do seu marcador. Na comemoração, passada a
euforia, o paranista passou a mão na "mobília" para ver se todos os
móveis estavam em ordem. Após a conferida, pediu aos massagistas um jato
d'água para aliviar a dor na gengiva. No intervalo, minimizou a
contusão:
- Foi uma cabeçada, e eu bati a boca. Deu uma machucada, mas tudo bem - disse Alex Alves.
Socorro em família
Capela, Edenilson e Rodson: jogadores do
Socorrense são parentes
(Foto: Thiago Barbosa/GLOBOESPORTE.COM)
Quando um trabalho dá certo dentro de campo, a primeira resposta do
boleiro é: 'Nosso time é uma família'. Em Sergipe, o sentido de família
em alguns times é literal. Na vitória por 3 a 1 diante do River Plate,
na última sexta-feira, pela Copa Governador do Estado, três parentes
estavam na equipe titular do Siri. O lateral esquerdo Edenilson é tio
dos irmãos Capela, meia atacante, e Rudson, goleiro. O trio nasceu no
povoado de Saúde, em Capela, e estava no time na conquista da 2ª divisão
do Campeonato Sergipano, em 2010.
Mas uma coisa é ainda mais curiosa: apesar de ser o tio, Edenilson é o
mais novo entre os três, tem apenas 23 anos. Ele disputou o Campeonato
Sergipano pelo Lagarto no início da temporada. Capela, de 27 anos, foi
campeão pelo Itabaiana na mesma competição. O goleiro Rudson, de 26, já
atuou por diversas equipes do interior de Sergipe.
- Eu e o meu irmão somos os mais velhos. Procuramos passar para o nosso
tio a nossa experiência dentro de campo. Ele é um lateral muito
talentoso e tem um futuro promissor no futebol - destacou o goleiro
Rudson.
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