Meia-atacante vascaíno sai do tribunal sem punição pela segunda vez da acusação de doping, agora no Pleno do TJD/RJ. Ainda cabem recursos
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- Graças a Deus foi tudo esclarecido novamente. Não tenho mais o que falar sobre questões jurídicas, sobre o processo. Tenho que pensar em jogar e resolver minha situação com o clube. Agora, decidido isso, eu quero uma posição do clube. Porque chega de indefinições. Mereço isso por respeito, por trabalhar o tempo inteiro, sempre me prontificando a treinar, jogar e ajudar a instituição. Por tudo o que aconteceu, mereço uma definição o mais rápido possível - disse.
Carlos Alberto garantiu estar pronto e à disposição do técnico Paulo Autuori para enfrentar o Inter, na retomada do Campeonato Brasileiro, domingo, às 16h, em Caxias do Sul. Nesta manhã, ele treinou como titular, em São Januário, mostrando que deve ser, sim, aproveitado. Favorável à permanência, o próprio comandante já pediu urgência ao Vasco na negociação.
- O Paulo já manifestou isso milhares de vezes. Vocês sabem quem tem que tomar essa decisão. Só quero que sejam claros comigo assim como eu sempre fui com o clube. Espero que isso possa ser definido e que as pessoas capacitadas me procurem para definir essa situação. Porque ninguém vive sem planejamento. Seja em qualquer seguimento da vida. Se você tem uma doença, precisa planejar a cura. Se você faz um investimento, tem que planejar como juntar esse dinheiro. Se quiser ter filhos, precisa planejar. Se eu quero jogar um Brasileiro, preciso planejar esse campeonato - frisou o meia, que emendou:
- Sou muito feliz no Vasco, o ambiente é maravilhoso. Mas agora não é questão sentimental. Cabe a decisão de cima e quero um posicionamento, só isso. Estou pronto para jogar domingo.
Na hora do almoço, na apresentação do atacante Reginaldo, o diretor Ricardo Gomes foi evasivo sobre o caso e deu a entender que as conversas vão demorar mais.
- O Paulo (Autuori) falou que perderia qualidade com a saída dele. Nós estamos negociando. Se ele vai ficar ou não... estamos negociando, as variáveis na negociação são importantes. É uma negociação longa, que já se iniciou, mas não podemos dar mais detalhes. É algo complexo - avisou.
Mais duas instâncias pela frente
A maioria dos auditores optou pelo acolhimento da preliminar apresentada pela advogada Luciana Lopes, que presta serviços ao clube carioca e chamou a atenção no primeiro julgamento pela argumentação longa, firme e emocionada. A filha do presidente da Ferj, Rubens Lopes, pedia a impugnação do processo contra o jogador por causa de violações na denúncia. A sessão, desta vez, durou pouco mais de uma hora.
Lopes repetiu a dose (Foto: Gustavo Rotstein)
- A única forma de absolvê-lo novamente era mostrar que o laudo era imprestável, como fizemos no primeiro julgamento. Vamos seguir nessa linha até onde for. Não há como aproveitar uma prova (urina do exame) que foi colhida e analisada de forma errada. Nós ganhamos o Carioca, agora provavelmente vamos para o Brasileiro, que é o STJD, e o Mundial, que é o CAS - definiu a advogada, confiante, em resumo de sua base de defesa.
Os medicamentos (hidroclorotiazida, um diurético que combate a hipertensão arterial, e carboxi-tamoxifeno) que geraram a polêmica são produzidos por uma farmácia de manipulação, e o jogador estudava denunciar o estabelecimento. Em período semelhante, o meia Deco, do Fluminense, passou pelo mesmo problema, exatamente com as mesmas substâncias e local.
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