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“É muito bom ter o que eu trabalhei duro para conquistar”, diz Belfort
Brasileiro comemora chance de disputar título de Chris Weidman e explica emoção durante audiência da NSAC: “Passou um filme na minha cabeça”
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- É o meu trabalho todo, de ver o que você conquistou, o sacrifício da Joana e dos meus filhos. A gente está nessa estrada junto e estou muito feliz por essa luta no dia 6 de dezembro aqui em Las Vegas - disse ao Combate.com.
O “Fenômeno” também explicou que era desejo seu conseguir a licença para lutar em Las Vegas, principalmente para colocar um fim às especulações de que só lutava no Brasil porque somente o país lhe concedia permissão para uso da terapia de reposição de testosterona (TRT), da qual era adepto por questões de saúde. Durante muito tempo, críticos e especialistas questionaram as performances e nocautes do lutador pelo fato de ele fazer uso do tratamento. Quando o TRT foi proibido, em fevereiro passado, Belfort teve de se retirar do duelo pelo cinturão de Chris Weidman, agendado para maio, a fim de readaptar o seu organismo às novas regras e acabou sendo substituído por Lyoto Machida. Readaptado e sem TRT, o lutador afirma que as pessoas não terão mais desculpa para não lhe dar o reconhecimento que merece:
- Eu pedi essa condição. Quero acabar com esse falatório, quero lutar aqui em Las Vegas para acabar com esses questionamentos. Eu estou preparado, venho me testando e acho que isso é bom. Quando o TRT acabou, todo mundo estava especulando coisas e agora vários caras estão sendo flagrados com substâncias ilegais. Eu estou limpo, e tudo o que está na lista da WADA não está no meu corpo. Eu venho sido muito testado. Ninguém tem sido mais testado no UFC do que eu. Eu acho que é bom eles terem esse novo tipo de teste hoje. Quanto ao fato de dizerem que eu melhorei com TRT, a minha performance sempre foi igual. Antes de enfretar o Anderson Silva eu estava nocauteando vários caras. Se você checar as minhas lutas, os únicos caras para os quais perdi no octógono foram o Anderson e o Jon Jones. Antes disso, eu estava vencendo de forma devastadora. Eu só acho que as pessoas ficam procurando o segredo, querem saber que tipo de movimento eu faço, que tipo de coisas eu tomo, quem é meu médico, que tipo de tênis eu uso para correr. O tênis não faz ninguém correr mais rápido, eu acho que o que acontece é que eu tenho habilidades dentro do octógono. Não quero mais falar de TRT, acho que nós não temos mais que mencionar isso. TRT não te dá vantagem, te deixa no mesmo nível que os demais. É um tratamento que ainda existe na NFL e em outros esportes. Mas agora vai ser bom, porque eu vou lutar com baixa testosterona e ninguém vai ter mais desculpa.
- Eu mostrei meus testes, o único que tinha dado alguma alteração foi aquele feito em fevereiro. Estava um pouco acima, mas se você falar com um especialista, ele vai explicar que é perfeitamente normal, pelo fato de eu ter tomado a injeção um dia antes. Enfim, o que eu fiz foi abrir a minha privacidade. Vocês tiveram acesso aos testes, viram meus níveis. Eu fui aberto com vocês. Vocês viram tudo. Como falei, eu mesmo já venho me testando e acho que vai ser muito bacana para a minha carreira. Deixei claro para a comissão que vou cooperar no que for preciso. Venho de uma era em que nós lutávamos sem luvas, sem divisão de peso. As pessoas procuram desculpas, os perdedores procuram desculpas, mas os vencedores, não. Eu apoio o que a comissão está fazendo agora e vou cooperar com o que precisar.
Questionado sobre como foi o período de readaptação após o fim do TRT, Vitor explicou que foi difícil, mas que conseguiu se readaptar sem maiores problemas:
- Só a Joana e os meus filhos sabem. Mas eu tenho muita fé em Deus. A nossa mente é sensacional. A gente usa tão pouco a nossa mente, e a fé é algo que está lá dentro. Difícil eu explicar para você como foi ou o que aconteceu. Às vezes uma coisa que é tão pequena para mim, para alguém é muito grande e vice-versa. O importante é você ser forte e lutar pelo seu objetivo. Hoje a minha forma física esta ótima, pergunte para os meus treinadores, estou muito bem. Estou tomando um remédio todo dia chamado Espírito Santo. Orando e treinando. Isso se chama ética de trabalho. É algo que eu não posso ensiná-lo. Ou você tem ou não tem.
Sobre a disputa de cinturão, o brasileiro só quer saber de comemorar:
- O foco agora não é o Chris Weidman, é o cinturão. Ele tem o cinturão, então é pegar o que é meu. O foco é em mim, no que eu posso fazer para melhorar e para vencê-lo. Meu foco nunca está em quem em vou enfrentar e sim em mim, em como eu posso crescer, como posso melhorar. Ser brasileiro, conquistar algo para o Brasil é algo que se inicia dentro de cada brasileiro. Ali dentro é um esporte e só posso prometer que vou dar o meu melhor. A vitória no dia 6 de dezembro começou hoje, ou melhor, começou lá no início. É um compromisso que eu tenho comigo - finalizou.
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