quarta-feira, 31 de julho de 2013

Atlético-PR sobrevive ao Horto e bate o Galo no provável adeus de Bernard
De saída, jovem deixa a sua marca, mas acaba expulso e prejudica o time mineiro na despedida, que é derrotado de virada pelo Furacão
 
DESTAQUES DO JOGO
  • despedida
    Bernard
    O jovem meia do Galo não conseguiu conter a emoção e chegou às lágrimas, antes do início do jogo. O craque pode ter feito a última partida pelo Atlético-MG.
  • deu certo
    Ederson
    O atacante entrou no segundo tempo e levou o Atlético-PR à vitória. Com uma incrível invencibilidade, o Galo não conseguiu parar o jogador.
  • deu errado
    Luan
    Sem poder contar com Ronaldinho Gaúcho, gripado, Cuca escalou Luan. O atacante alvinegro, no entanto, foi mal  na partida e não conseguiu render o esperado.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Pela primeira vez com os titulares desde a conquista da Libertadores, há uma semana, no Mineirão, o Atlético-MG voltou nesta quarta-feira ao Independência, onde não perdia há 38 jogos. Mas o belo retrospecto foi por terra diante do Atlético-PR, que venceu de virada por 2 a 1, gols de Everton e Ederson, em duelo válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasilieiro. Bernard abriu o marcador para o Galo, mas acabou como vilão após ser expulso ao tirar a camisa na comemoração.
Com o resultado, o Atlético-PR chegou aos 13 pontos, enquanto o Galo fica com 10. Agora, sem a presença de Bernard, o Atlético-MG tentará mais uma vitória diante do Flamengo, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Mané Garrincha, em Brasília. No mesmo dia e horário, o Furacão receberá o Goiás, no Durival de Brito, em Curitiba.
Comemoração do Atlético-PR contra o Atlético-MG (Foto: Cristiane Mattos / Futura Press)Comemoração do Atlético-PR contra o Atlético-MG (Foto: Cristiane Mattos / Futura Press)

Sem Ronaldinho Gaúcho em campo, vetado por conta de uma forte gripe, todos os olhares se voltaram para a jovem revelação do Galo. Bernard deverá deixar o Galo rumo ao Shaktar Donetsk, da Ucrânia, por 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 76 milhões). O jogador, que pode render a maior receita da história do clube, não escondeu a emoção quando a torcida gritou “Olê, olá, Bernard, Bernard”. Com os olhos marejados, agradeceu o carinho. E foi para o jogo. O último pelo Atlético-MG. Na hora do gol, já nos minutos finais da partida, Bernard tirou a camisa e, como já tinha cartão amarelo, levou o vermelho. Acabou prejudicando o time.
Furacão marca forte
A alegria nas pernas de Bernard, expressão usada por Felipão na Copa das Confederações, não foi correspondida pelos companheiros, pelo menos no primeiro tempo. Com exceção do jovem meia, que nitidamente queria jogo, o time do Galo era sonolento e parecia ainda estar de ressaca pelo título da Libertadores. Enquanto Bernard mostrava plasticidade ao driblar Léo, de forma desconcertante, e colocar entre as pernas de Pedro Botelho, o restante da equipe alvinegra errava muitos passes.
O Furacão não tinha nada a ver com isso e, com uma forte marcação, saía rápido para o contra-ataque. Desta forma, criou boas chances com Dellatorre e Elias, mas Victor mostrou que a fase continua abençoada. O atacante Jô, com um problema no joelho direito, deixou o campo para a entrada de Alecsandro.
Bernard Atlético-MG x Atlético-PR (Foto: Douglas Magno / Ag. Estado)Bernard em ação no Independência (Foto: Douglas Magno / Ag. Estado)
Gol e expulsão
Com Michel na lateral direita, Cuca colocou Marcos Rocha para armar as jogadas, como já havia acontecido no clássico contra o Cruzeiro. E o Atlético-MG melhorou. Passou a atacar mais e a achar espaços. Já Vágner Mancini trocou Elias por Felipe, com intuito de dar mais velocidade no contra-ataque. Dellatorre também deixou o jogo para a entrada de Ederson.
Bernard, definitivamente, era o ponto de desequilíbrio. Depois de receber um belo passe de Neto Berola, que havia entrado na vaga de Luan, ele saiu frente a frente com Weverton e tocou de pé esquerdo por cima, abrindo o placar. Já amarelado, ele tirou a camisa na comemoração para mostrar os dizeres "Uma vez até morrer", parte do hino do Galo. Expulsão que acabou custando caro.
Everton e Ederson se aproveitaram da superioridade numérica e resolveram acabar com a alegria. O primeiro, aos 40 minutos, recebeu com velocidade na área e tocou rasteiro, na saída de Victor, para empatar e calar o Independência. No minuto seguinte, Ederson decretou a primeira derrota do Galo no Gigante do Horto, depois de 38 jogos de invencibilidade no estádio. Alecsandro ainda mandou uma bola na trave, mas o placar seguiu inalterado.
 

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