'Raúl Madrid': ídolo volta ao Bernabéu para homenagem e deixa sua marca
Com presença do rei da Espanha, atacante brilha no retorno ao clube em amistoso festivo contra sua atual equipe, o Al Sadd, do Catar
241 comentários
O estádio estava lotado. Quando entrou em campo, Raúl ficou diante de todas as taças que ajudou o clube a conquistar: três Ligas dos Campeões, seis Espanhóis, dois Mundiais, uma Supercopa da Europa e seis Supercopas da Espanha. O rei Juan Carlos, da Espanha, cumprimentou o goleador antes de a bola rolar. Da arquibancada surgiu um bandeirão com a imagem da estrela da noite e a mensagem que todos os torcedores gostariam de expressar: "Obrigado, Raúl".
Cristiano Ronaldo cedeu a camisa 7 para o maior artilheiro da história do clube e o segundo maior da história da seleção espanhola. O português jogou com a 11, que deverá ser do meia Bale. O galês poderá ser anunciado como reforço ainda nesta semana.
Antes do apito inicial, o goleador posou para fotos com todos os troféus conquistados com a equipe ao fundo. O goleiro Casillas quebrou o protocolo e lhe entregou a faixa de capitão. Em campo, o experiente jogador de 36 anos mostrou, acima de tudo, vontade. Correu como um garoto que desejava mostrar serviço ao treinador e foi premiado.
Aos 23 minutos, o eterno ídolo abriu o placar. Di María levantou a bola na área, o atacante dominou com categoria e chutou para marcar um belo gol. Na comemoração, os gestos que marcaram sua carreira: o beijo na aliança e, em seguida, as duas mãos apontando para o tradicional número sete.
O dia não foi marcado apenas por festa. A torcida aproveitou a ocasião para fazer alguns desabafos. Kaká, que começou como titular, assim como Marcelo e Casemiro, foi vaiado em algumas oportunidades durante o amistoso. Ainda na primeira etapa, o goleiro Diego López iniciou o trabalho de aquecimento. Apesar das boas atuações que lhe garantem a titularidade desde o fim da temporada passada, o arqueiro também recebeu vaias, justificadas com os gritos "Iker, Iker". Não era nada pessoal. Assim como Raúl, Casillas sentiu que também tem um espaço generoso no coração do torcedor merengue.
Naturalmente, o Real Madrid jogou praticamente sozinho. O Al Sadd teve apenas um chute razoável a gol. O atacante brasileiro Leandro arriscou de fora da área, mas não chegou a assustar Casillas. Quando o árbitro encerrou o primeiro tempo, Raúl voltou a emocionar. Primeiro, devolveu a faixa de capitão ao goleiro. Depois, entregou a camisa 7 a Cristiano Ronaldo, gesticulando para mostrar que o português é seu justo substituto.
Na volta do vestiário, mudanças. Além de Raúl ter trocado de time, seguindo o que estava planejado, Casillas deu lugar a López, e Ronaldo foi poupado. Kaká saiu aos 11 minutos para a entrada de Özil. Mesmo no Al Sadd, o homenageado seguiu mostrando garra, o que foi reconhecido pela torcida, que sempre o aplaudia.
Sem Raúl, a garotada acabou roubando a cena. Isco ampliou aos 13 minutos. Carvajal cruzou da direita, e o meia cabeceou para o gol. Benzema fez o terceiro, de pênalti, aos 33. Jesé transformou a festa em goleada aos 36 ao chutar cruzado do lado direito. O mesmo jogador fez o quinto ao aproveitar um rebote e passar pelo goleiro, que estava adiantado por ter tentado evitar o gol no lance anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário