quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Acabou a novela: depois de longos meses, Vasco, enfim, recebe certidões

Próximo passo é assinar e receber verba da Caixa Econômica Federal na semana que vem para pagar salários de funcionários e quitar dívidas

Por Rio de Janeiro
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Cristiano Koehler Vasco Coletiva (Foto: Fred Huber)Cristiano Koehler demonstra alívio com a
obtenção das CNDs (Foto: Fred Huber)
Depois de longa espera, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e a Receita Federal do Brasil emitiram nesta quinta-feira as tão aguardadas certidões positivas com efeito de negativas ao Vasco. A batalha judicial, que já durava 10 meses, chegou ao fim após o clube de São Januário pagar quase R$ 3 milhões na semana passada em dívidas com o Refis e a Timemania. O próximo passo agora é assinar com a Caixa Econômica Federal e finalmente dispor da remuneração do patrocínio - R$ 15 milhões pelo contrato de um ano. Com essa verba, o clube vai pagar o mês de setembro e ainda quitar parcelas de empréstimos, ressarcir investidores, além de acertar rescisões com funcionários e jogadores que saíram no início do ano.
O diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler, disse que a obtenção das CNDs permite ao clube ter mais força para a busca de novos patrocinadores no mercado, seja no âmbito estatal ou privado.
- Vamos esperar os últimos trâmites burocráticos para receber a verba da Caixa, mas as certidões nos dão condições legais para receber parceiros capacitados para investir na nossa marca - disse Cristiano.
O diretor geral prefere não fazer previsão de novos patrocínios ainda para 2013.
- Vamos ver. Estamos atrás, às vezes (os patrocinadores) ficavam com receio de investir em função de o clube ainda não ter as certidões. Mas as certidões também nos permitem obter recursos externos sem onerar o caixa do clube, com projetos de leis de incentivo municipal, estadual e federal, como a própria categoria de base, no que diz respeito a infraestrutura e custeio - explicou o dirigente vascaíno.
Na última vez que conseguiu as certidões - em 2009 para assinar com a Eletrobrás -, o clube colocou São Januário como garantia. Dessa forma, caso o clube não pagasse as parcelas do acordo com o governo, o estádio vascaíno poderia ir a leilão. Desta vez, a intenção inicial era colocar a Sede Náutica da Lagoa. Houve até mesmo uma visita técnica da Procuradoria da Fazenda para avaliar o imóvel, que chegou a um preço de R$ 25 milhões. No entanto, a Fazenda, depois, preferiu tirar um imóvel do acordo, por preferir garantias em dinheiro. O Vasco, então, reajustou a proposta com recursos de transmissões dos jogos da Rede Globo e também um seguro-garantia. Esse mecanismo é usado quando uma empresa contrata uma seguradora para garantir o depósito.
Reprodução Ministério da Fazenda Certidões negativas Vasco (Foto: Reprodução)

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