quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Com a braçadeira de capitão, Cris faz seu primeiro gol, e Vasco vence o Flu
Cruz-maltinos seguem na zona de rebaixamento, mas sequência de quatro jogos sem derrota alivia a situação. Tricolores voltam a ficar ameaçados
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Dorival Junior deu a Cris a responsabilidade de comandar o time em campo. A braçadeira de capitão que é de Juninho Pernambucano, suspenso, caiu bem no zagueiro nesta quarta-feira. Não só pela representatividade que causa, mas pela sorte que trouxe. O zagueiro, contestado por parte da torcida, fez seu primeiro gol com a camisa do Vasco, o time venceu o Fluminense por 1 a 0, na Ressacada, e chegou a quatro jogos seguidos sem derrota no Campeonato Brasileiro - duas vitórias e dois empates.

Em uma rodada com resultados positivos para os times da parte de baixo da tabela, os três pontos aliviam o estresse. Ainda no Z-4, com 32, ao menos é possível visualizar dias melhores - apenas dois pontos o separam de Flu e Fla, que joga na quinta. Já os tricolores, que chegaram a ficar oito jogos invicto, acumulam agora duas derrotas seguidas, e volta a ver o rebaixamento mais perto do que o G-4.
No primeiro turno, os times foram protagonistas da reabertura do Maracanã para clubes. Desta vez, o clássico foi fora do Rio de Janeiro, algo inédito no Brasileiro. A partida foi transferida para Florianópolis - a 1.126 quilômetros do Rio - após punição sofrida pelo Vasco por conta de uma confusão de sua torcida com a do Corinthians em agosto, no Mané Garrincha.

Mandante, os cruz-maltinos escolheram o local por conta da da logística, já que o time vai enfrentar o Criciúma no domingo, no Heriberto Hülse, às 16h. O Fluminense volta ao Rio de Janeiro para pegar o vice-líder Grêmio, no Maracanã, sábado, 18h30m.
Comemoração do Vasco contra o Fluminense (Foto: Jamira Furlani / Avaí FC)Jogadores do Vasco comemoram o gol de Cris (Foto: Jamira Furlani / Avaí FC)



Capitão inspirado

Era um clássico bem diferente mesmo. Não só pelo local. Cris, por exemplo, estreou a braçadeira de capitão do Vasco. Juninho, suspenso, ficou fora da partida, e o recém-contratado Francismar vestiu pela primeira vez a camisa cruz-maltina. A apresentação do meia aconteceu com um chute forte no travessão, desviado por Kléver. E Cris parecia à vontade com a braçadeira. Subiu sozinho para mandar para a rede a falta cobrada por Marlone aos 11 minutos.
No Fluminense é que não havia tanta novidade. Mesmo que a defesa tenha cortado a primeira cobrança de falta com apenas um minuto de jogo, no gol de Cris, dez minutos depois, houve falha. Edinho fixou tanto o olhar na bola que  esqueceu de observar que o zagueiro passava pelas suas costas antes de cabecear sem marcação.
Está certo que na frente faltou um pouco mais de sorte ao Flu quando o cruzamento de Rhayner sobrou para Wagner, livre, chutar em cima de Diogo Silva. A defesa cruz-maltina também pecou ao se perder e deixar o meia sozinho.
Rafael Sobis e Fagner Vasco x Fluminense  (Foto: Jamira Furlani / Avai FC)Rafael Sobis ajuda o Fluminense a pressionar o Vasco (Foto: Jamira Furlani / Avai FC)



Pressão, pressão e pressão
Suspenso, Vanderlei Luxemburgo assistia a tudo longe do banco de reservas. Mas é possível perceber a insatisfação de um técnico quando, após o intervalo, ele faz três substituições. Igor Julião deixou de atuar improvisado na lateral esquerda para Felipe voltar a exercer a função que fez durante boa parte da carreira. Biro Biro foi trocado por Samuel, e Rhayner por Diguinho. Edinho recuou para a zaga e o esquema 3-5-2 deu mais liberdade aos laterais.

Dorival Junior deu início às trocas aos 10 minutos quando tirou Francismar do meio para colocar Willie. A intenção era explorar a velocidade do atacante e pegar contra-ataques. O Fluminense chutava com Sobis, Jean, Wagner... A bola cruzada na área passava por Wagner. E o Vasco só à espreita. Em um dos botes quase certeiros, Henrique apareceu pela esquerda e o chute foi cortado por Leandro Euzébio. Henrique repetiu a dose nas costas de Bruno. Novamente o cruzamento parou na defesa adversária.

Mas tem dia que tudo dá certo, e tudo dá errado. A pressão era tricolor, com quase o dobro de finalizações. Mas Diogo Silva salvava lances, a zaga tirava, a bola pipocava na área e não entrava. O Vasco se defendia como dava, atacava só no momento ideal. John Cley e André pediam atendimento médico. E o relógio andou do jeito que os cruz-maltinos precisavam para respirar um pouco mais aliviados.
 

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