'Padrão Fifa': Interlagos tem cadeiras iguais às da Arena Corinthians na F-1
Organização do GP do Brasil instala cinco mil assentos especiais no setores N, H e E, que ficam próximos ao 'S do Senna', similares aos que serão usados na Copa de 2014
Comente agora
A ligação com o futebol, no entanto, para por aí. A organização do evento faz questão de ressaltar o contraste entre os públicos, enfatizando que não há risco de o material sofrer vandalismo em Interlagos.
- Na Fórmula 1 não tem conflito, então não existe a preocupação de separar os espectadores, nem de que haverá depredação ou confusão no local – diz Castilho de Andrade, assessor de imprensa do GP do Brasil.
A discrepância entre os esportes também se dá nos valores. As cadeiras no “padrão Fifa” foram instaladas no setores N, H e E, localizados próximos à curva do S. Os ingressos para esse local do autódromo variam de R$ 2.720,00 a R$ 3.420,00 (dependendo da cobertura e alimentação) para os três dias de evento (treinos na sexta e no sábado, e corrida no domingo). O bilhete mais barato, para o setor G, é de R$ 525,00, enquanto que o mais caro sai por R$ 14.200,00, para a área VIP no paddock.
Os assentos especiais, aliás, vão além do “padrão Fifa”. De acordo com a empresa que instalou as novas arquibancadas em Interlagos, as cadeiras contam com sistema clearview, de diferentes angulações para melhor a visão dos espectadores, que nem a entidade máxima do futebol exige.
- Quiseram aproveitar a Copa do Mundo no Brasil para levar a estrutura para outros eventos esportivos. Isso só engrandece - completou Castilho.
Toda a nova estrutura do autódromo começou a ser montada cerca de um mês e meio antes do GP, e contou com 110 carretas e 300 funcionários para ser instalada a tempo. O custo total da operação é de R$ 40 milhões, e as cadeiras começarão a ser retiradas logo depois da corrida. A empresa responsável pelo material avisa que repetirá a arquibancada móvel no evento de Ano Novo na Avenida Paulista, em São Paulo, e também no Rio Open, torneio de tênis realizado em fevereiro, no Rio de Janeiro.
(*) Reportagem de Maria Clara Ciasca, estagiária, sob supervisão de Alexander Grünwald
Nenhum comentário:
Postar um comentário