Lyoto não exime Jones de culpa por uso de cocaína: "Foi a escolha dele"
Brasileiro já encarou campeão do meio-pesado e evitou falar se ele deveria ser punido. Dragão admite que esperava lutar no Brasil com Luke Rockhold
- Ele, como campeão, escolheu passar por isso. Foi consequência das escolhas dele e acho que, para o esporte, isso não é legal porque ele é um ídolo, grande atleta, campeão, mas cada um sabe o passo que dá. Foi a escolha dele, mas prefiro nem julgar porque todos estão sujeitos a errar, só que é uma coisa que realmente não pode acontecer - afirmou.
- Se tiver que fazer mais uma luta, eu luto. Gosto do que eu faço, claro que tenho o objetivo de ser campeão, mas quero estar lutando - garantiu.
Confira a entrevista completa:
COMBATE.COM: O que achou da data da luta com o Rockhold? Ficou dentro do que você esperava?
Lyoto Machida: Vai ser no período que eu esperava mais ou menos, entre março e abril. Achei que fosse ser um pouco mais cedo, mas abril está de bom tamanho, é uma data boa, terei um tempo bom para treinar.
Você disse que achou que fosse ser um pouco mais cedo. Com o card do Rio de Janeiro no dia 21 de março, esperava que essa luta acontecesse no Brasil?
Esperava sim que fosse no Brasil porque muito se falava que poderia ser e eu gostaria realmente de lutar no Brasil mais uma vez, mas já que marcaram a luta em Nova Jersey, tudo bem. Se colocaram como luta principal, é porque é uma luta que o UFC acha que vai ser boa, então é esperar acontecer.
Acho que essa minha luta com o Rockhold depende de alguns resultados. Na atual conjuntura, o Anderson Silva, como o Dana disse, tem uma história no MMA, então a qualquer momento pode lutar pelo cinturão por tudo o que fez. Mas tem o Jacaré com o Romero, que estão prestes a lutar, então depende desses resultados, de como essas lutas vão acontecer, para eu saber o que vai acontecer comigo.
Vai te incomodar se precisar lutar outra vez antes de lutar pelo cinturão?
De forma alguma. Se tiver que fazer mais uma luta, eu luto. Gosto do que eu faço, claro que tenho o objetivo de ser campeão, mas quero estar lutando, no ritmo, por isso aceitei lutar com o CB Dollaway no Brasil, porque queria ficar em atividade e, se tiver que fazer mais uma, faço sim.
Com relação ao Rockhold, quais os cuidados que você acha que tem que tomar nessa luta?
Ele é um cara perigoso em todos os aspectos, luta bem em pé, é perigoso no chão, mas tenho que pensar muito na minha estratégia, no que vou fazer e deixar a luta acontecer. Não quero me prender a nenhum aspecto na luta que ele é bom. Não vou ficar pensando que é bom nisso e naquilo. Vou fazer o que sei fazer melhor.
E que buracos você já viu no jogo dele?
É difícil falar, até porque ainda não parei para estudar bem o Luke, cada detalhe, mas dá para ver que ele é muito bom no chão. Ele luta direito em pé, mas não é um especialista. No jogo em pé talvez possa achar uns buracos.
Acha que o estilo dele favorece o seu?
Toda luta é dura, é difícil, mas normalmente quando o cara luta em pé comigo, tenho uma certa facilidade, porque o jogo flui melhor. Eu consigo ver mais o jogo do cara.
Mudando de assunto: você já lutou pelo título dos meio-pesados contra o Jon Jones. Como recebeu essa notícia de que ele foi pego por uso de cocaína e qual a sua opinião sobre o caso?
Realmente tomei um susto quando vi a notícia, mas acho que cada um faz suas opções. Ele, como campeão, escolheu passar por isso. Foi consequência das escolhas dele e acho que, para o esporte, isso não é legal porque ele é um ídolo, grande atleta, campeão, mas cada um sabe o passo que dá. Foi a escolha dele, mas prefiro nem julgar porque todos estão sujeitos a errar, só que é uma coisa que realmente não pode acontecer.
Acha que o UFC deveria dar alguma punição ao Jones?
Isso é o que todo mundo está falando, que deveria punir, que teve gente que foi pega por coisa muito menor, como maconha, por exemplo, alguma coisa dessas, e foi botado para fora do evento, mas é uma coisa difícil de eu falar porque o UFC tem um conselho, uma diretoria, um pessoal por trás que decide o caminho de cada um. Ele ter sido julgado da forma que foi pelo UFC é uma coisa que não posso falar muito, nem é do meu perfil falar essas coisas.
Para mim não. Talvez o ambiente que sempre estive não seja um ambiente que oferecesse esse risco. Procuro ficar onde me sinto bem, não sou de muita festa, gosto de estar com a minha família, aproveitar as pessoas que gostam de estar do meu lado. Quando você parte deste principio, você foge de muitas oportunidades ruins, então nunca tive essa experiência e espero nem ter.
UFC: Machida x Rockhold
18 de abril de 2015, em Newark (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora:)
Peso-médio: Lyoto Machida x Luke Rockhold
Peso-galo: Manny Gamburyan x Aljamain Sterling
Peso-leve: Paul Felder x Jim Miller
Peso-palha: Felice Herrig x Paige VanZant
Peso-médio: Chris Dempsey x Eddie Gordon
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