Na despedida de Fernanda Venturini, Osasco bate Rio e conquista o penta
Equipe paulista mostra consistência e vence as heptacampeãs por 3 sets a 0, num Maracanãzinho lotado
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- Eu não tenho padrinho, mas tenho uma família linda que na hora da derrota me põe para cima. Sou privilegiado. Se eu pudesse, deitava aqui no Maracanãzinho e ficava olhando para esse teto o dia todo - disse o técnico Luizomar de Moura.
O Rio de Janeiro saiu na frente, com um ataque forte de Sheilla. Foi o único momento em que esteve no comando do placar. O adversário ditava o ritmo e o time da casa subia com vontade no bloqueio para tentar conter o ímpeto ofensivo do Osasco. Fernanda deixou tudo igual (6/6) quando fechou, sozinha, a porta para Jaqueline. A ponteira e suas companheiras ficaram mordidas e, dali em diante, passaram a atacar mais forte. O Rio desperdiçava saques, a bola não chegava redonda às mãos de Fernanda, o bloqueio já não era o paredão de antes. Do outro lado, tudo dava certo. O time estava redondinho e não demorou a abrir 17/10.
Bernardinho balançava a cabeça, dava orientações, mas nada mudava. Trocou Fernanda por Roberta, Sheilla por Ju Nogueira, só que as falhas continuavam. O saque do time paulista castigava. Hooker também. Enquanto Bernardinho gritava, tentava acordar suas pupilas, Luizomar de Moura levava uma conversa ao pé do ouvido com a levantadora Fabíola durante o pedido de tempo. Na volta dele, diante de um Rio de Janeiro apático, o Osasco fechou o primeiro set em 25/14.
de Janeiro (Foto: Mauricio Val / Vipcomm)
Na arquibancada, a torcida vestida de azul já roía as unhas. A de laranja, em menor número, cantava a plenos pulmões. O Rio não dava ouvidos e subia no bloqueio. Um de Carol deixou tudo igual de novo (21/21). Diante da tentativa de reação, foi só chamar Hooker, que dos últimos seis pontos do Osasco tinha sido responsável por cinco. Fez mais um e deixou sua equipe a um ponto do título (24/22). Jaqueline desperdiçou a primeira chance, mas Thaísa não perdeu a chance que teve: 25/23.
- A semana toda falei para as meninas que o jogo ia ser 3 a 0, que a gente só não conseguiria ganhar por esse placar se não quisesse. A gente sabia que do outro lado estaria uma grande equipe, mas, se o grupo se concentrasse, poderia matar em 3 a 0. Estou muito feliz porque fiz uma temporada muito irregular e vim focada para ajudar o máximo possível a equipe nessa final. Graças a Deus, consegui fazer mais do que vinha fazendo e tive a sorte de fazer o ponto do título. O que, para mim, tem um sabor muito especial por ser carioca - disse Thaísa.
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