Lutadores provam que existe vida pós-UFC, visto como auge do MMA
Brasileiros que passaram pela experiência de serem demitidos pelo Ultimate contam como seguiram suas carreiras e dão conselhos a Vinny Magalhães
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- As pessoas reclamam que o UFC paga mal, mas, se você olhar os outros eventos que temos por aí, a situação é pior ainda. Então, caso eles me demitam, não vejo sentido algum em continuar lutando em outro show. Se for para lutar por uma merreca, eu prefiro abrir a minha própria academia que vai ser bem mais rentável e eu já tenho um dinheiro guardado para esse projeto – disse Vinny à "Ag. Fight".
Para o peso-pena Diego Nunes, que esteve na onda de dispensas do UFC no início do ano após perder para Nik Lentz em janeiro, a saída do Ultimate resultou em melhores oportunidades no Bellator, hoje tida como a segunda maior organização de MMA do mundo. O atleta da XGym, que se prepara para a luta contra Patrício Pitbull, dia 13 de setembro, afirmou que discorda de Vinny Magalhães no que se refere às premiações. O lutador planeja entrar para o time dos casados graças às bolsas do evento.
- Essa vai ser uma luta muito importante para mim, pois é a luta do meu recomeço. O Pitbull é um lutador muito forte, um dos mais duros com quem eu já lutei e por isso, estou me preparando há três meses na XGym, fazendo um camp muito forte. Treino com os melhores caras, como o Ronaldo Jacaré, por exemplo, e com as melhores estruturas na academia. E a minha motivação é muito grande porque eu quero fazer meu casamento, construir minha família com o dinheiro do Bellator. Não adianta se desesperar com a demissão. Tem que ter paciência e não perder a fé. Sempre aparecerão oportunidades melhores. O UFC não é o último lugar do mundo. No Bellator, eles respeitam muito e não brincam com o atleta – disse o lutador de 30 anos, que tem 18 vitórias e quatro derrotas na carreira.
Além de Diego Nunes, seu próximo adversário, Patrício Pitbull, e Dudu Dantas afirmaram recentemente que não trocariam o Bellator pelo UFC, inclusive fazendo críticas à maneira como Dana White casa algumas lutas. Eles acreditam que o modelo do Bellator para chegar a uma disputa de cinturão é mais justo com o atleta, que precisa vencer um torneio em sua categoria para depois desafiar o campeão da divisão.
- Foi uma coisa muito dolorosa. Briguei com a depressão, foi difícil pra caramba. Acabei tentando que me encontrar em bebidas para me manter alegre. Foi uma coisa muito difícil - revelou o lutador, que começou a dar a volta por cima recentemente, após nocautear Eduardo Felipe no Web Fight, em julho, conquistando o cinturão do evento.
Para mostrar que existe vida após o UFC, o meio-pesado Wagner Caldeirão manda um recado para Vinny Magalhães. O lutador da RETZ/Team Nogueira, mostrou maturidade ao lembrar como superou a pressão por sair da maior organização de MMA do mundo para continuar vivendo do esporte no Brasil.
- Eu peguei dois lutadores muito duros, mas a gente vive de resultados. Na verdade, o Vinny não pode parar. A gente não pode desistir. É mais uma para a gente aprender e continuar com a pegada forte. Eu vou continuar trabalhando, e claro, se eu tiver mais uma oportunidade de voltar ao UFC, eu vou me dedicar ainda mais. Porém, eu estou com minha luta contra o Rafael Monteiro marcada para 7 de setembro, em São José dos Pinhais, no Paraná, pelo Iron Fight Combat e estou trabalhando muito para voltar a sentir o gosto da vitória – disse Caldeirão.
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