domingo, 24 de outubro de 2010

Galo faz 4 a 3 sobre o Cruzeiro
em clássico incrível e escapa do Z-4

Obina marca três gols ainda no primeiro tempo e praticamente garante a
vitória. Na raça, Cruzeiro diminui a vantagem, mas não consegue o empate

Em  Uberlândia, MG
Espetacular! Essa é a melhor palavra para definir o clássico mineiro. Tudo conspirava para que o Cruzeiro conquistasse mais uma vitória do Campeonato Brasileiro. Afinal de contas, o público presente no Parque do Sabiá era formado apenas por torcedores cruzeirenses. E mais, o time celeste era o líder da competição, com uma campanha brilhante, e o Galo, na zona de rebaixamento há 21 rodadas, lutava para se livrar do péssimo retrospecto no torneio. Além disso, o Cruzeiro tinha em campo o craque do Brasileirão, Montillo, em grande fase. Mas não foi o que aconteceu. O dono do jogo foi Obina, que marcou três gols na vitória do Atlético-MG, por 4 a 3, em Uberlândia. Réver marcou o outro, e Thiago Ribeiro (2) e Gilberto fizeram para o Cruzeiro.
Obina Dorival Júnior gol Atlético-MGObina comemora um dos três gols marcados com o técnico Dorival Júnior (Foto: Ag. Estado)
Obina se juntou a um seleto grupo de jogadores que já marcou três gols no mesmo clássico, após 1965, ano de inauguração do Mineirão. Tucho, pelo Atlético-MG, e Revétria, Ronaldo e Fábio Júnior, pelo Cruzeiro, já conquistaram o feito.
Com o resultado, o Cruzeiro perdeu a primeira posição na tabela. O time tem 54 pontos, o mesmo que o Fluminense, mas perde no saldo de gols: 18 a 9. Já o Galo deixou a zona de rebaixamento, com 34 pontos. A equipe alvinegra tem a mesma pontuação que o Vitória, mas fica na frente no número de vitórias.
Na próxima rodada, Cruzeiro e Atlético-MG jogarão no sábado, às 18h30m (de Brasília). A Raposa encara o Grêmio Prudente, no interior de São Paulo, enquanto o Galo pegará o Botafogo, na Arena do Jacaré. Antes, porém, o alvinegro terá um compromisso pela Copa Sul-Americana, na quarta-feira, às 19h45, também em Sete Lagoas.
Clássico frenético
Com todo o ambiente favorável, o Cruzeiro pareceu partir para cima do Galo. Porém, imediatamente, o time alvinegro mostrou que as coisas não seriam assim. Com um volume de jogo muito maior que o adversário, o Atlético-MG logo começou a criar as melhores chances.
E o gol não demorou a sair. Aos 6 minutos, Leandro chegou pela esquerda e fez um ótimo cruzamento. Obina subiu mais que o zagueiro Cláudio Caçapa e cabeceou de forma certeira, sem chances para Fábio. A bola ainda bateu no travessão, antes de balançar as redes do Cruzeiro.
Com o gol, vários torcedores do Atlético-MG, que até então estavam discretos no meio dos cruzeirenses, não resistiram e vibraram bastante. A Polícia Militar, como prometido, retirou várias pessoas do estádio.
E o Cruzeiro saiu para o jogo, mesmo assustado com o passeio imposto pelo Galo. Montillo teve chances, assim como Farías, mas a defesa atleticana evitou o empate. O Galo dava mostras de que o jogo estava dominado. E um jogador em especial estava iluminado: Obina.
Em mais um ataque de velocidade do Atlético-MG, o atacante fez mais um. O lateral-direito Rafael Cruz, aos 23 minutos, foi até a linha de fundo e cruzou na pequena área. A bola passou por Edcarlos e Cláudio Caçapa e chegou aos pés de Obina, que fez o segundo: 2 a 0.
Na sequência, o Cruzeiro teve a grande chance de diminuir o placar. Após escanteio cobrado por Montillo, Edcarlos foi empurrado por Werley dentro da área. O árbitro Sandro Meira Ricci não teve dúvidas e marcou o pênalti. Na cobrança, Montillo deu uma cavadinha, mas exagerou e tocou por cima da trave, pela linha de fundo.
Os jogadores do Galo comemoraram bastante e, no ataque seguinte, mais ainda, já que o Atlético-MG chegou, incrivelmente, ao terceiro gol, novamente com Obina. Aos 30 minutos, Diego Souza tocou para Serginho, que cruzou para a área. Obina, mais uma vez em excelente condição, abriu grande vantagem no placar: 3 a 0. Obina se juntou a jogadores como Tucho, Revétria, Ronaldo e Fábio Júnior, que já marcaram três gols no mesmo clássico.
O técnico Cuca, então, perdeu a paciência e tirou Diego Renan de campo. Gilberto entrou em seu lugar e, logo no primeiro lance, diminuiu o marcador. Thiago Ribeiro conseguiu chegar à linha de fundo, pela direita, e fez ótimo cruzamento para trás. Gilberto, aos 37 minutos, no primeiro toque na bola, pegou de primeira e mandou a bola no ângulo esquerdo de Renan Ribeiro: 3 a 1.
O Galo sentiu o golpe, tanto que o Cruzeiro fez uma pressão incrível até o fim do primeiro tempo. O time celeste teve chances de diminuir ainda mais o placar, mas esbarrou na boa atuação do goleiro atleticano.
Emoção sem precedentes
Cuca teve que alterar a equipe no intervalo. Jonathan não suportou as dores na coxa direita e foi substituído por Pablo, que passou a atuar improvisado na lateral direita. E o que se viu no segundo tempo foi uma partida de ataque contra defesa. O Cruzeiro pressionava, e o Galo se defendia, na tentativa de manter o placar favorável. Apenas nos contra-ataques, o Atlético-MG tentava alguma jogada, quase sempre impedida pelos zagueiros celeste.
Mas o Galo estava impossível. Em um lance isolado, o time arranjou um escanteio pela esquerda. O volante Serginho, aos 21 minutos, fez a cobrança, e Réver subiu mais que os zagueiros e fez o quarto. Assim como no primeiro gol, a bola chegou a tocar na trave, antes de balançar as redes de Fábio: 4 a 1.
Mas o Cruzeiro diminuiu o placar, aos 31 minutos. Pela direita, Pablo cruzou na área, e Farías cabeceou firme, para grande defesa de Renan Ribeiro. Porém, no rebote, Thiago Ribeiro, de cabeça, marcou o segundo. No minuto seguinte, novamente Thiago Ribeiro, após tabela com Montillo, bateu firme, sem chance para o goleiro atleticano: 4 a 3.
O Cruzeiro pressionou bastante, mas não conseguiu chegar ao empate. Ao fim do jogo, a torcida cruzeirense reconheceu a luta da equipe e aplaudiu a saída dos jogadores.
cruzeiro 3 x 4 atlético-mg
Fábio; Jonathan (Pablo), Cláudio Caçapa, Edcarlos e Diego Renan (Gilberto); Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná (Roger) e Montillo; Ernesto Farías e Thiago Ribeiro. Renan Ribeiro; Rafael Cruz, Réver, Werley e Leandro; Zé Luis, Serginho e Diego Souza (Joedson) e Renan Oliveira (Alê); Obina e Diego Tardelli (Daniel Carvalho).
Técnico: Cuca. Técnico: Dorival Júnior.
Estádio: Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG). Data: 24/10/2010. Horário: 18h30m (de Brasília). Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF). Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago (FIFA/MG) e Guilherme Dias Camilo (MG).
Cartões amarelos: Diego Renan e Fabrício (Cruzeiro); Werley e Daniel Carvalho (Atlético-MG).
Gols: Obina (Atlético-MG), aos 6 minutos, Obina (Atlético-MG), 23 minutos, Obina (Atlético-MG), aos 30 minutos, e Gilberto (Cruzeiro), aos 37 minutos do primeiro tempo; Réver (Atlético-MG), aos 21 minutos, Thiago Ribeiro (Cruzeiro), aos 31 minutos, Thiago Ribeiro (Cruzeiro), aos 32 minutos do segundo tempo.

Vasco e Flamengo ficam no empate
e na mesma na tabela do Brasileiro

Após primeiro Clássico dos Milhões no Engenhão, rubro-negros ainda brigam para não cair, e vascaínos não se aproximam da briga pelo G-4

Na primeira vez em que Vasco e Flamengo disputaram o Clássico dos Milhões no Engenhão,  neste domingo, não houve vitória. A equipe vascaína, superior no primeiro tempo, fez 1 a 0, com Cesinha, mas não soube manter a vantagem na segunda etapa, principalmente após a expulsão do zagueiro Dedé, aos 19 minutos, punido pela dura dividida com Willians. Renato empatou de cabeça para os rubro-negros, e os dois times seguem no Brasileirão sem mudar a situação atual na tabela.
Em 12º lugar, com 42 pontos, o Vasco continua longe da briga por uma vaga no G-4. O Flamengo, em 13º, com 38, não consegue se afastar com boa margem de pontos dos clubes que ainda lutam contra o rebaixamento. Agora, o jeito é investir na 32ª rodada. Mas as partidas prometem ser difíceis. O Rubro-Negro receberá o Corinthians nesta quarta-feira. A equipe cruzmaltina encara o Vitória em Salvador. no Barradão, no próximo sábado.
Felipe Vasco x FlamengoFelipe começou ditando o ritmo do Vasco, mas cansou no segundo tempo, ficou nervoso e foi substiuído. Maldonado errou passe na jogada do gol vascaíno, mas foi um dos melhores do Flamengo (Foto: Fotocom)
No início do jogo no Engenhão, que mesmo com o Clássico dos Milhões não mostrou público bom - pouco mais de 20 mil pagantes -, houve uma cena rara: jogadores do Vasco e do Flamengo se juntaram para uma foto com enorme cartaz em homenagem aos 70 anos de Pelé. O time cruzmaltino havia entrado em campo com uma placa homenageando o Rei do Futebol. O rubro-negro surgiu com os atletas vestindo camisa 70 com o nome do Atleta do Século.
Vasco começa melhor
Quando a bola começou a rolar, a rivalidade estava de volta. O Vasco entrou mais quente e mereceu a vantagem de 1 a 0 que fez na primeira etapa. Com a marcação adiantada, a pressão no meio-campo era maior. O Flamengo sentiu o baque na saída de bola. A defesa errava passes. Felipe, bem recuado, procurava ditar o ritmo na distribuição do jogo. E o melhor caminho era por Fágner, na direita.
Num escanteio por ali, aos 11 minutos, o primeiro perigo ao gol rubro-negro. Felipe cruzou na cabeça de Dedé, que mandou à direita de Marcelo Lomba. Pouco depois, um erro de passe de Willians quando saía jogando quase foi fatal. Eder Luis aproveitou e bateu com perigo. Marcelo Lomba mandou para escanteio, em boa defesa.
Fla equilibra
Apesar de errar passes e posicionamento na marcação, o Flamengo procurou reagir. Também pelo lado direito. A ideia do técnico Vanderlei Luxemburgo era explorar a inexperiência do garoto Diogo, lateral-esquerdo cruzmaltino, de 18 anos. Bola ora para Léo Moura, que vinha bem de trás, ou Diego Maurício, bem aberto, como um ponta. As melhores jogadas da equipe rubro-negra até foram por ali.
Na primeira, aos 16, Juan bateu um lateral pela esquerda para Deivid, que tocou de cabeça para o alto. A defesa do Vasco se enrolou, e a bola foi parar na direita. Prass saiu e levou um corte de Léo Moura. O lateral centrou para a área. Kleberson mergulhou de cabeça e deu um peixinho. Diogo salvou em cima da linha.
Cesinha gol VascoCesinha se aproveita de bobeira do Fla e marca
para o Vasco (Foto: Reprodução / Flickr do Clube)
O meio-campo do Vasco, que entrara com gás na partida e tocando bem a bola, deu mais espaço para o rubro-negro, que encaixou um pouquinho o jogo. Em outra trama pela direita, Diego Maurício arrancou para o meio. Bola para Kleberson, que rolou para Renato bater de canhota, com perigo, para fora. Pouco depois, Diego Maurício, dessa vez, buscou a linha de fundo e cortou Diogo com sucesso. O centro era para Deivid testar, mas a bola saiu mascada para escanteio.
Trapalhada no gol
O sinal ficou amarelo para o Vasco, que havia perdido o controle da partida. Justamente quando estava sendo pressionado, aproveitou-se de nova bobeira na saída de jogo do meio-campo do Flamengo e, depois de trapalhada da zaga, chegou ao gol.
Aos 26 minutos, Maldonado errou a saída de bola. O Vasco a roubou. Nunes, escolhido para começar no lugar de Fellipe Bastos, com virose, tocou para Zé Roberto, esse sim, recuado como meia para ajudar Felipe na armação. O camisa 10 arrancou pela direita e centrou para a área. Welinton, que vinha na corrida, chegou tentando cortar a bola e a mandou em cima de Juan. A bola foi contra o próprio gol, no travessão, e voltou na medida para Cesinha tocar para as redes: Vasco 1 a 0.
Com a vantagem no placar, o Vasco retomou o controle da partida. Principalmente pela função tática de Zé Roberto. Mais afobado, o Flamengo errava passes - Willians, Kleberson e Renato -  e, curiosamente, abandonou sua jogada mais perigosa, pelo lado direito. Preferiu insistir na esquerda, com Juan, envolvido por Fágner ou Zé Roberto, bem posicionado por ali para explorar com velocidade o contra-ataque.
Eder Luis era outro que usava bem a rapidez. Enfileirou três marcadores até receber a falta de David Braz - que merecia um cartão amarelo. Na cobrança, Dedé obrigou Marcelo Lomba a mais outra boa defesa. O Flamengo até tentou o empate no fim, numa cabeçada de Deivid, mas o Vasco saiu merecidamente com a vantagem.
Vanderlei mexe no Fla
Vanderlei mexeu no Fla no intervalo. Sacou o apagado Kleberson para pôr Petkovic.  Mas pela esquerda. Além disso, o meio-campo continuava errando na saída de bola. Logo no início, Willians quase entregou o ouro para Felipe, que tentou encobrir Marcelo Lomba.
Deivid Flamengo x VascoBem marcado e com pouca mobilidade, Deivid pouco produz na partida (Foto: Bruno de Lima / VIPCOMM)
PC Gusmão recuou o Vasco para tentar decidir no contra-ataque. Deu campo para o Flamengo, que pouco aproveitava a posse de bola. Tanto que, aos 15 minutos, Vanderlei fez mais duas mexidas: trocou o nulo Deivid por Diogo e o confuso Juan por Marquinhos - Renato foi deslocado para a lateral. Quase deu certo. No minuto seguinte, Diego Maurício, agora pela esquerda, foi ao fundo e centrou para Diogo, que bateu mas encontrou os pés de Prass, em boa saída do goleiro vascaíno. No rebote, Pet tentou encobrir de cabeça, mas Diogo salvou.
Dedé é expulso, Fla empata
Aos 19 minutos, num jogo até então sem cartões amarelos, um lance que gerou discussão: Willians e Dedé entraram duro numa dividida. Só que o zagueiro do Vasco entrou de sola e acertou o tornozelo do camisa 8. O árbitro Gutemberg de Paula Fonseca aplicou-lhe o cartão vermelho. O time do Vasco, além do técnico PC Gusmão, reclamou muito da marcação.
Logo em seguida, o treinador vascaíno trocou Zé Roberto, que vinha bem, por Jadson. Com um jogador a mais, o Flamengo se lançou ao ataque e quase empatou numa jogada individual de Diego Maurício, pela direita. O camisa 49 arrancou e bateu cruzado, para grande defesa de Fernando Prass.
PC Gusmão resolveu botar o garoto Fellipe Bastos, poupado com virose, no lugar de Felipe, já cansado e nervoso desde a expulsão de Dedé. Era necessário lançar alguém para servir Eder Luis, obrigado a recuar, e Nunes, naquele momento isolado na frente. Mas o time, muito recuado, dava campo ao Flamengo, que, apesar de lento na troca de passes, chegou ao empate aos 35 minutos. Em jogada pela esquerda, Marquinhos centrou para Renato Abreu tocar de cabeça, de costas para o gol, à esquerda de Fernando Prass, sem defesa.
O técnico vascaíno perdeu a cabeça e acabou expulso pela terceira vez na competição. Diego Maurício quase fez o gol da vitória no fim - Fernando Prass salvou e se contundiu, quase sendo substituído. O empate era mais merecido num clássico em que não houve superioridade gritante de nenhuma das equipes.
VASCO 1 X 1 FLAMENGO
Fernando Prass, Fagner, Dedé, Cesinha e Diogo; Rafael Carioca, Rômulo, Zé Roberto (Jadson) e Felipe (Fellipe Bastos); Eder Luis e Nunes (Renato Augusto) Marcelo Lomba; Léo Moura, David Braz, Welinton e Juan (Marquinhos); Maldonado, Willians, Kleberson (Petkovic) e Renato; Deivid (Diogo) e Diego Maurício
Técnico: PC Gusmão Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Gols: no primeiro tempo, Cesinha, aos 26 minutos. No segundo tempo, Renato Abreu, aos 35
Cartões amarelos: Felipe e Eder Luis (Vasco) e Marquinhos e Renato Abreu (Flamengo) Cartão vermelho: Dedé (Vasco)
Local: Engenhão (Rio de Janeiro). Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ). Auxiliares: Ediney Mascarenhas (RJ) e Luiz Muniz de Oliveira (RJ). Renda: 575.820,00. Público: 21.519 pagantes
 

Brasileirão 2010

tabela do campeonato 


P J V E D GP GC SG %
1
Fluminense
54
31
15
9
7
51
33
18
58.1
2
Cruzeiro
54
31
15
9
7
43
32
11
58.1
3
Corinthians
53
31
15
8
8
53
38
15
57
4
Santos
48
31
14
6
11
53
42
11
51.6
5
Internacional
48
31
14
6
11
37
33
4
51.6
6
Botafogo
48
31
11
15
5
43
32
11
51.6
7
Atlético-PR
47
31
13
8
10
35
38
-3
50.5
8
Grêmio
47
31
12
11
8
52
39
13
50.5
9
São Paulo
44
31
12
8
11
43
45
-2
47.3
10
Palmeiras
44
31
10
14
7
36
31
5
47.3
11
Ceará
42
31
10
12
9
27
30
-3
45.2
12
Vasco
42
31
9
15
7
35
33
2
45.2
13
Flamengo
38
31
8
14
9
34
33
1
40.9
14
Atlético-GO
35
31
10
5
16
42
47
-5
37.6
15
Guarani
35
31
8
11
12
31
44
-13
37.6
16
Atlético-MG
34
31
10
4
17
41
54
-13
36.6
17
Vitória
34
31
8
10
13
34
41
-7
36.6
18
Goiás
31
31
8
7
16
34
50
-16
33.3
19
Avaí
30
31
7
9
15
39
49
-10
32.3
20
Prudente
24
31
6
9
16
31
50
-19
29
Taça LibertadoresSul-americanaRebaixados
P pontos J jogos V vitórias E empates D derrotas GP gols pró GC gols contra SG saldo de gols (%) aproveitamento

Ex-parceiras Adriana Behar e Shelda entrarão para o Hall da Fama do vôlei Brasileiras formaram uma das duplas mais vitoriosas do vôlei de praia

Adriana Behar e Shelda serão eternizadas no Hall da Fama do vôlei, em cerimônia que será realizada nesta sexta-feira, em Holyoke, no estado americano de Massachusetts, onde foi criada a modalidade. As duas formaram uma das duplas mais vitoriosas do vôlei de praia, sendo a primeira equipe a ser homenageada. Até o momento, apenas trajetórias individuais ganharam a honraria.
- É uma honra fazer parte desse grupo seleto e ver a nossa história reconhecida em outro país, por todo o esforço, as vitórias, os títulos e o trabalho em equipe - disse Behar.
Adriana e Shelda possuem 1.101 vitórias e 114 títulos ao longo da carreira. Entre as conquistas, estão duas medalhas de prata em Jogos Olímpicos, duas medalhas de ouro em Mundiais e um ouro em Jogos Pan-Americanos, além de seis títulos do Circuito Mundial, o que levou a parceria ao Livro dos Recordes, em 2006. Elas também formaram a dupla feminina que mais participou de eventos de praia desde a criação do circuito da Federação Internacional de Vôlei de Praia (FIVB), em 1992.
- O brasileiro tem a memória curta e esse tipo de homenagem é fundamental porque ajuda a valorizar o esporte e os ídolos do nosso país - afirmou Shelda.
Adriana Behar e SheldaAdriana Behar e Shelda formaram uma das duplas
mais vitoriosas no vôlei de praia (Foto: Extra)
Além da dupla, serão laureados este ano Gabriella Kotsis, técnica húngara, Gabriela Perez del Solar, jogadora de quadra peruana, Alexsandr Savin, jogador de quadra russo, e Hubert Wagner, técnico polonês, já falecido.
O Hall da Fama do Vôlei foi inaugurado em Holyoke, em 1978, com o propósito de promover, estabelecer e preservar um memorial da modalidade. Em 1985, a instituição realizou sua primeira nomeação, homenageando postumamente o inventor do esporte, William G. Morgan, e, até 2000, apenas americanos eram contemplados por ela. Desde que atletas de outras nacionalidades passaram a fazer parte do grupo, a proeza foi alcançada por quatro brasileiros: Bernard Rajzman (2005), Jackie Silva (2006), Carlos Nuzman (2007) e Ana Moser (2009).

Confusa, etapa de Santa Cruz do Sul termina com vitória de Allam Khodair

Gêmeos Rodrigo e Ricardo Sperafico chegam à frente, mas são desclassificados pela organização da prova, junto com vários outros pilotos

Em Santa Cruz do Sul, RS
A décima etapa da Stock Car, segunda dos playoffs decisivos da temporada 2010, deixou o público em suspense por algum tempo, até que o resultado final fosse divulgado oficialmente. Por causa de uma confusão a respeito do início da janela para reabastecimento e troca de pneus, 12 pilotos - inclusive os três primeiros na chegada, a trinca paranaense formada pelos gêmeos Ricardo e Rodrigo Sperafico e Júlio Campos - foram punidos com uma passagem pelos boxes que a maioria ignorou. Com isso, Allam Khodair herdou a vitória e recebeu o prêmio escoltado por Valdeno Brito e Ricardo Maurício, o novo líder do campeonato.
Stock Car: Allam Khodair comemora a vitória em Santa Cruz do SulAllam Khodair comemora a vitória na etapa de Santa Cruz do Sul (Foto: Duda Bairros / Stock Car)
Foi um domingo cheio para quem gosta de corrida movimentada. Ainda a caminho do grid, Ricardo Sperafico ficou sem a roda traseira direita e voltou se arrastando para a garagem da equipe, onde a troca foi realizada a tempo de colocá-lo de volta à corrida. Depois de uma largada tranqüila, na qual o pole Max Wilson e os irmãos Popó e Cacá Bueno conservaram as posições logo atrás, Cacá rodou e causou a neutralização da prova por causa de um pneu furado. Na relargada, a bandeira verde não durou duas voltas e o safety car foi novamente chamado por causa do abandono de Antonio Jorge Neto em um ponto perigoso da pista.
Pelo regulamento, a janela para os pit stops estava aberta, mas os carros não podem entrar nos boxes enquanto o safety car estiver na pista. Os chefes de equipe, no entanto, ficaram confusos com a informação do locutor oficial de que o reabastecimento e troca de pneus estavam autorizados. Além disso, alguns dirigentes alegam que a placa correspondente à liberação dos boxes foi exibida, bem como o sinal verde característico mostrado nos monitores de tevê. Mais de uma dezena optou pela parada, enquanto a maioria se manteve no circuito.
A incerteza sobre o quadro real da prova acabou atingindo até a equipe do então líder da corrida e do campeonato, Max Wilson. Ele entrou nos boxes com a prova transcorrendo normalmente e já perderia a posição, mas ainda acabou com a situação complicada ao voltar para a pista com a garrafa de combustível presa ao bocal do tanque. Popó Bueno tomou a ponta, mas também seria prejudicado com a demora para a troca do pneu dianteiro direito. Nas últimas voltas, depois de comandar a corrida por algum tempo, Daniel Serra parou com a quebra do motor. Foi a vez de Khodair ultrapassá-lo e alcançar a sua segunda vitória na temporada, embora ao receber a bandeirada as comemorações estourassem simultaneamente em várias equipes espalhadas pelo paddock. Os Sperafico e Campos até se encaminharam para o pódio, antes que a organização anunciasse ao público que o resultado era outro.
- Bagunça é mais para quem está de fora, porque lógico que os caras que chegaram à frente não poderiam ter vencido. Eles pararam no momento apropriado, mas senti que poderia vencer quando veio o safety car. Relarguei com um ritmo muito bom de corrida depois da troca dos pneus traseiros e na metade da corrida sabia que tinha chances de vencer. Vou sem responsabilidade nenhuma para Brasília e Curitiba, duas pistas que estão entre as minhas prediletas. A gente tem uma desvantagem no campeonato para os dois primeiros colocados, que correm por uma equipe supercompetente, mas vou para o tudo ou nada. E agora, vivo na disputa, acho que temos chance, e vou brigar por esse título. Aproveito para dedicar a vitória a meu filho que acabou de nascer, Allam Khodair Jr.
Confusões à parte, a corrida ainda reservou momentos de emoção para os torcedores, com inúmeras disputas nos blocos intermediários e alguns choques sem maiores consequências. E também de provas de recuperação como a protagonizada por Xandinho Negrão, que saiu do 20º no grid para o 7º na bandeirada.
- Na verdade, acho que as punições foram justas, porque todos conhecem a regra. Estranhei quando percebi que um bando entrou nos boxes naquele momento e perguntei à equipe pelo rádio o que estava acontecendo. Tudo o que aconteceu me beneficiou, mas também perdi posições por causa das confusões - comentou.
Confira o resultado final da etapa de Santa Cruz do Sul
1º - Allam Khodair - 47min41s727
2º - Valdeno Brito - a 9s218
3º - Ricardo Mauricio - a 9s669
4º - Átila Abreu - a 10s021
5º - Luciano Burti - a 10s519
6º - Felipe Maluhy - a 10s713
7º - Xandinho Negrão - a 10s981
8º - Max Wilson - a 11s781
9º - Alceu Feldmann - a 11s971
10º - Popó Bueno - a 12s220
11º - David Muffato - a 15s203
12º - Cacá Bueno - a 15s567
13º - Duda Pamplona - a 18s533
14º - Diego Nunes - a 19s217
15º - Thiago Marques - a 22s168
16º - Julio Campos - a 27s989
17º - Giuliano Losacco - a 28s574
18º - Antonio Pizzonia - a 34s017
19º - Juliano Moro - a 42s621
20º - Pedro Gomes - a 43s824
21º - Betinho Gresse - a 56s199
22º - Marcos Gomes- Não completou
23º - Daniel Serra- Não completou
24º - Cláudio Ricci - Não completou
25º - Nonô Figueiredo - Não completou
26º - Antônio Jorge Neto - Não completou
27º - Willian Starostik - Não completou
28º - Christian Fittipaldi - Não completou
29º - Lico Kaesemodel - Não completou

Classificação do Mundial de Pilotos

Alonso vence e assume liderança após abandonos de Webber e Vettel

Classificação do Mundial de Pilotos após 17 de 19 corridas:
Posição Piloto País Equipe Pontos Vitórias
1 Fernando Alonso ESP Ferrari 231 5
2 Mark Webber AUS RBR-Renault 220 4
3 Lewis Hamilton ING McLaren-Mercedes 210 3
4 Sebastian Vettel ALE RBR-Renault 206 3
5 Jenson Button ING McLaren-Mercedes 189 2
6 Felipe Massa BRA Ferrari 143 0
7 Robert Kubica POL Renault 124 0
8 Nico Rosberg ALE Mercedes 122 0
9 Michael Schumacher ALE Mercedes 66 0
10 Rubens Barrichello BRA Williams-Cosworth 47 0
11 Adrian Sutil ALE Force India-Mercedes 47 0
12 Kamui Kobayashi JAP Sauber-Ferrari 31 0
13 Vitantonio Liuzzi ITA Force India-Mercedes 21 0
14 Vitaly Petrov RUS Renault 19 0
15 Nico Hulkenberg ALE Williams-Cosworth 18 0
16 Sebastien Buemi SUI STR-Ferrari 8 0
17 Pedro de la Rosa ESP Sauber-Ferrari 6 0
18 Nick Heidfeld ALE Sauber-Ferrari 6 0
19 Jaime Alguersuari ESP STR-Ferrari 3 0
20 Heikki Kovalainen FIN Lotus-Cosworth 0 0
21 Karun Chandhok IND Hispania-Cosworth 0 0
22 Lucas di Grassi BRA VRT-Cosworth 0 0
23 Timo Glock ALE VRT-Cosworth 0 0
24 Bruno Senna BRA Hispania-Cosworth 0 0
25 Jarno Trulli ITA Lotus-Cosworth 0 0
26 Sakon Yamamoto JAP Hispania-Cosworth 0 0
27 Christian Klien AUT Hispania-Cosworth 0 0

Após tetracampeonato, Ju e Larissa conquistam o título da etapa baiana

Parceria derrota Talita e Maria Elisa e iguala feito de 2006 no Brasileiro

Em Salvador, Bahia
Juliana e Larissa vencem a etapa de Salvador do Banco do BrasilJuliana e Larissa no alto do pódio em Salvador
(Foto: Divulgação / CBV)
Após assegurarem o tetracampeonato brasileiro de vôlei de praia na última sexta-feira, Juliana e Larissa conquistaram neste domingo o título da etapa de Salvador. Elas vencerem Talita e Maria Elisa, por 2 sets a 0, com parciais de 18/12 e 18/8, e com o resultado, igualaram o feito de 2006, quando foram campeãs em nove etapas do circuito. Maria Clara e Carol completaram o pódio baiano.
Juliana garantiu que a dupla seguirá atrás do objetivo de ultrapassar essa marca até Búzios, onde acontecerá a última etapa da competição. A parceria, atual campeã mundial, só perdeu uma partida nas 10 etapas do brasileiro disputadas até o momento.
- Não queremos parar por aqui. Vamos buscar o título da próxima etapa para fechar com chave de ouro esta temporada que está sendo inesquecível para nós. É um momento muito especial - disse a jogadora.
Juliana e Larissa vão se preparar agora para a etapa de Vila Velha, no Espírito Santo, entre os dias 10 e 14 de novembro. Elas encerrarão a participação no Circuito Brasileiro e na temporada na etapa de Búzios, no final de novembro, no Rio de Janeiro.
- Entramos em quadra motivadas pela conquista do título brasileiro e pela possibilidade de igualar nosso feito em 2006. Estivemos em um ótimo dia e tudo deu certo. A etapa de Salvador vai ficar guardada em nossas memórias por todas as emoções que vivemos aqui. Vamos nos lembrar com carinho desses momentos. Trabalhamos com dedicação e chegamos aos nossos principais objetivos na temporada. Estamos com vontade redobrada de buscar as próximas metas - afirmou Larissa.

No detalhe, Timão vence Verdão em tarde de Bruno e Julio Cesar

Depois de sete jogos sem vencer, Corinthians recupera fôlego para buscar o título. Palmeiras volta a perder depois de nove jogos invicto

Bruno Cesar gol CorinthiansBruno César comemora gol do Corinthians: herói
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Dizem que os clássicos muitas vezes são definidos no detalhe. Do detalhe de uma opção técnica a um desvio de bola involuntário. Neste domingo, no estádio do Pacaembu, foi assim, no detalhe, que Bruno César se sagrou o herói de um Corinthians desesperado por vitória contra um Palmeiras acomodado e sem criação. Foi do meia alvinegro o gol do triunfo por 1 a 0 na estreia do técnico Tite no Timão, em partida válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo foi observado pelo técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes.
O detalhe do gol do camisa 10, por exemplo, foi como um prêmio para o jogador que mais apareceu no jogo: um desvio em Marcos Assunção que enganou o goleiro Deola após chute de fora da área. Agora, o detalhe que atrapalhou o Palmeiras foi a indefinição de Felipão em relação a Valdivia. O treinador deixou o chileno no banco e alegou que ele sentia dores. Mas o colocou na etapa final e o perdeu com dores na coxa esquerda, as mesmas que fizeram o treinador optar por preservá-lo.
Houve ainda outros detalhes importantes. A forte marcação do meio-campo corintiano, anulando qualquer tentativa de reação alviverde, a falta de pontaria de Marcos Assunção nas cobranças de falta e a linda defesa de Julio Cesar na única cobrança que o palmeirense acertou em cheio. Enfim, o Corinthians foi melhor que o rival e finalmente conseguiu encerrar um longo jejum de sete jogos sem vitórias, com quatro derrotas e três empates. A crise dará uma trégua ao Timão.
Até porque com esse triunfo, a equipe do técnico Tite foi a 53 pontos e recuperou o fôlego na briga pelo título nacional. Já o Palmeiras, que segue com os mesmos 44 de antes, perdeu a chance de se aproximar da zona de classificação à Libertadores. A equipe do Palestra Itália não perdia havia nove jogos, contando também a Copa Sul-Americana.
Por conta das eleições, a próxima rodada do Campeonato Brasileiro será toda realizada até sábado, dia em que o Palmeiras encara o Goiás, na Arena Barueri. O Corinthians, por sua vez, joga na quarta-feira, com o Flamengo, no Engenhão, no Rio de Janeiro. Nesse dia, o Verdão tem quartas de final da Sul-Americana contra o Atlético-MG. A primeira partida será na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Ave, (Bruno) César
Valdivia no banco? A pergunta tomou conta do estádio do Pacaembu, mas foi essa mesmo a decisão do técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari. Mesmo depois de durante a semana surpreender a todos e escalar o chileno por 90 minutos contra o Universitario de Sucre, após todos acharem que ele ficaria fora por conta de lesão muscular na coxa esquerda.
No Corinthians, nada de surpresa. O mesmo time que treinou durante a semana entrou em campo. Parecido com o Timão da Era Mano Menezes, mas com postura mais cautelosa. Apostando na forte marcação e aproveitando a ausência de Valdivia, principal cérebro do Verdão, os alvinegros dominaram a partida.
É verdade que sem criar muito, mas os espaços pareciam aparecer mais facilmente ao Corinthians. Enquanto Elias travava duelo intenso na marcação a Kleber, o corintiano Bruno César, de volta ao Timão após recuperar-se de lesão na coxa direita, aparecia como a estrela do clássico paulista.
Não à toa, o técnico Tite pedia toda hora que a bola passasse pelo seu armador, o único que tentava algo de diferente. E foi dele, que faz questão de dizer que não é goleador, o gol do Timão na etapa inicial. Aos 22 minutos, o camisa 10 recebeu de Roberto Carlos e chutou. A bola desviou em Marcos Assunção e entrou: 1 a 0 (veja no vídeo acima).
Goleador ou não, o fato é que ele é vice-artilheiro do Brasileirão. Mas e o Palmeiras, o que fez no primeiro tempo? Apostou nos chutões para Kleber e nas faltas de Marcos Assunção. Mas nenhuma delas levou perigo ao goleiro Julio Cesar. O Verdão, na verdade, sofreu com a falta de criatividade.
Ave, (Julio) Cesar
Mesmo depois de dizer que Valdivia não tinha sido escalado porque estava com dores musculares, Felipão resolveu colocá-lo em campo no segundo. Tirou Lincoln, que pouco fez no primeiro tempo, e mandou o chileno a campo (mas aos 34 minutos ele saiu com dores na coxa). Na lateral direita também teve mudança. Luis Felipe saiu para a entrada de Patrik.
Do lado do Corinthians, Tite nada mudou. E Bruno César também não. Adivinha de quem foi a primeira jogada de perigo da etapa final? Dele mesmo, o camisa 10 do Timão. Ele recebeu na esquerda e chutou cruzado. Percebendo que o meio de campo estava dominado pelo rival, o Verdão aumentou a marcação por ali.
Mas jogada de perigo do Alviverde só mesmo saindo dos pés de Marcos Assunção em cobranças de falta. Porém, ele não parecia inspirado. No Corinthians, Chicão, também ótimo na bola parada, também se arriscou. Mas assim como o rival não teve sorte. A bola passou raspando o travessão de Deola aos 17 minutos.
Se dentro de campo, o Corinthians não dava a alegria de um gol ao seus torcedores. Lá na Arena da Baixada, em Curitiba, o Atlético-PR arrancou o grito da Fiel. Quando o cronômetro marcava 23 minutos no Pacaembu, o Furacão fez 1 a 0 no Fluminense. O Timão, então, estava subindo para a vice-liderança.
Mas foi o goleiro Julio Cesar quem tranqüilizou a torcida corintiana. Aos 28 minutos, em falta muito perigosa cobrado por Marcos Assunção, ele fez a defesa da partida, evitando o empate do Alviverde. Um lance comemorado como um gol pela Fiel. Logo depois, o Verdão perdeu Valdivia e qualquer oportunidade de reação.
CORINTHIANS 1 X 0 PALMEIRAS
Julio Cesar; Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Bruno César (Danilo); Iarley (William Morais) e Ronaldo. Deola; Luis Felipe (Patrik), Danilo, Fabrício e Rivaldo; Edinho, Marcos Assunção, Luan e Tinga; Lincoln (Valdivia) (Dinei) e Kleber.
Técnico: Tite. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Gols: Bruno César, aos 22 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: William, Elias (COR); Marcos Assunção (PAL).
Público: 32.391 pagantes. Renda: R$ 1.085.683,50.
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 24/10/2010. Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR). Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC/Fifa) e Gilson Bento Coutinho (PR).

PC x Luxa: atletas coadjuvantes, técnicos duelam como protagonistas

Por Fred Huber e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
PC Gusmão Luxemburgo Vasco x FlamengoPC Gusmão e Luxemburgo: duelo à parte
(Foto: Montagem sobre foto da VIPCOMM)
Em lados opostos neste domingo no clássico entre Flamengo e Vasco, Vanderlei Luxemburgo e Paulo César Gusmão compartilham uma história parecida no futebol. Ambos conseguiram mais sucesso como treinador do que quando eram jogadores. Luxa deu o azar de, quando defendia o Fla, disputar a vaga na lateral esquerda com ninguém menos do que Júnior. O goleiro PC também ficou muito tempo no banco de reservas, já que Acácio, seu auxiliar atualmente, não dava muito espaço no gol cruzmaltino.
Os caminhos dos dois cruzaram e eles passaram a trabalhar juntos. Luxa como técnico, e PC Gusmão como preparador de goleiros. Depois, PC passou a ser auxiliar e posteriormente partiu para carreira solo. O comandante do Flamengo lembra bem da convivência com o amigo e disse que o vascaíno aprendeu algumas coisas com ele.
Vanderlei não acredita que o fato de ambos se conhecerem bem não será decisivo no clássico. Para o treinador, só os jogadores têm este poder.
- Trabalhamos juntos, assim como já trabalhei com outros técnicos. Mas quem resolve são os jogadores dentro de campo. O PC começou comigo como treinador de goleiros. Depois ele foi ficando com o joelho torto e já não podia chutar muito a bola (risos). Disse a ele para ser meu auxiliar. Hoje ele tem algumas coisas que são dele, mas algumas ele aprendeu comigo - disse Luxa.
Além de ter aprendido com a convivência com Luxemburgo, PC acredita que o fato de ter visto muitos jogos do banco de reserva ajudaram em sua formação como técnico.
- O tempo de jogador nos ajuda na experiência. Eu ficava praticamente o tempo todo na reserva do Acácio, então observava muito. Depois me formei em educação física e comecei a trabalhar com o futebol. Minha vivência ajuda muito. Posso passar para os jogadores muitas coisas. Consigo prever até alguns erros que eles vão cometer porque eu mesmo já os cometi. Vanderlei Luxemburgo é o que tem a melhor recordação de um Flamengo x Vasco. Em 1976 ele marcou um gol e ajudou o Rubro-Negro a vencer (assista ao lance no vídeo ao lado).
- Minha maior lembrança é um gol que fiz contra o Vasco. Ganhamos por 4 a 1.
PC nunca enfrentou o Fla quando defendia o Vasco. Em 1988, na final do Carioca, ele protagonizou um lance de que não se orgulha e prefere esquecer. Após uma confusão em campo, ele deu uma voadora em Alcindo, atleta rubro-negro. O técnico do Vasco garante que já fez as pazes com o companheiro. A boa recordação de Gusmão não é pelo clube da Colina, e sim pelo Campo Grande, em 1987.
- Meu jogo mais importante foi quando eu estava no Campo Grande, em 87. A partida foi contra o Flamengo e ficou 1 a 1. Na época, o Fla tinha um timaço. Foi meu último jogo lá. Depois, acertei com o Vasco.
Vasco e Flamengo se enfrentam neste domingo, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão. A equipe da Colina está em 11º lugar com 41 pontos, e o Rubro-Negro, com 37, está em 13º.

Espanha surpreende o Brasil e conquista o Grand Prix de Futsal

Fúria não sente a pressão da torcida, aproveita os contra-ataques e vence por 2 a 1, encerrando invencibilidade de 163 jogos da Seleção Brasileira

Em Anápolis, GO
A festa no ginásio Newton de Faria estava pronta para o sexto título do Brasil no Grand Prix, mas esqueceram de avisar isso para a forte equipe da Espanha. Com um futsal de alto nível e marcação incansável, a Fúria aproveitou os contra-ataques e derrotou a Seleção Brasileira por 2 a 1, conquistando o título da competição. Para coroar a boa fase, o time espanhol botou fim a invencibilidade da equipe brasileira de 163 jogos e agora segue sem saber o que é perder a 83 partidas. Os gols do jogo foram marcados pelo ala Rafa Usín e o fixo Ortiz. Fernandinho descontou para a equipe verde-amarela. O craque Falcão, que buscava o gol de número 300, passou em branco.
Futsal - Brasil perde pra EspanhaUsin comemora o primeiro gol da Espanha na vitória por 2 a 1 contra o Brasil (Foto: Cristiano Borges / CBFS)
O Brasil entrou em quadra com o goleiro Tiago, os alas Gabriel e Vinícius, o fixo Ciço e o pivô Wilde. Depois de três jogos fora por conta de lesão na panturrilha esquerda, o ala Falcão iniciou o duelo no banco de reservas. A Espanha foi para a final com o goleiro Amado, os alas Pola e Borja, o fixo Kike e o pivô Álvaro.
Com a bola rolando, as duas equipes começaram o jogo em clima de tensão, como era de se esperar em um clássico de tanta rivalidade. O Brasil buscou o toque de bola e a movimentação rápida em quadra, enquanto a Espanha apertou forte na marcação para tentar sair nos contra-ataques. Com o jogo amarrado, a torcida verde-amarela passou a gritar o nome do craque Falcão com menos de três minutos de partida.
No minuto seguinte, o técnico Marcos Sorato atendeu aos pedidos e trocou o quarteto, colocando os alas Ari, Rafael, Fernandinho e Falcão, para delírio da torcida. Em seu primeiro toque na bola, Falcão arriscou a jogada pela esquerda, mas acabou fazendo a falta, para irritação do público no ginásio.
Mas foi a Espanha a primeira a marcar, aos cinco minutos. Depois da roubada de bola, o pivô Alemão tocou na medida para o ala Rafa Usín, livre, pegar de canhota no cantinho e abrir o placar para a Fúria. Silêncio no ginásio e comemoração no banco espanhol. O Brasil tentou reagir aos oito minutos, mas Ari chutou em cima do goleiro Amado. Na sequência, o ala espanhol Lin arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Tiago a fazer grande defesa.
Aos nove, Falcão arrancou pela esquerda, levou a bola para o meio e chutou rasteiro para defesa de Amado. No minuto seguinte, a Fúria quase ampliou, após toque no travessão do ala Borja. Aos 10, Vinícius foi derrubado perto da área por Kike e o fixo levou cartão amarelo no lance. Na cobrança ensaiada, Ari bateu colocado à esquerda do goleiro.
Em vantagem no placar, a Espanha começou a jogar no erro da Seleção canarinho, que sentia dificuldades em trabalhar a posse de bola e acertar o último passe. Aos 13, Falcão voltou à quadra e a torcida fez até ‘ola’ para saudar a entrada do craque. Mas o espanhol Rafa Usín havia entrado ligado no jogo. Aos 13, o ala arrancou pelo meio e chutou forte no cantinho para outra bela defesa de Tiago.
Aos 14, Fernandinho completou chute cruzado e obrigou o arqueiro espanhol a desviar para escanteio. Um minuto depois, Falcão foi lançado na área e se chocou com o goleiro. O árbitro marcou a infração, assinalando 'pé-alto' de Amado na jogada. Na cobrança, o Brasil não teve calma e Vinícius acabou errando a finalização.
Um minuto depois, o segundo gol espanhol. No contra-ataque, Ortiz surpreendeu o goleiro Tiago e tocou por cobertura quase do meio da quadra e marcou um golaço: 2 a 0. A equipe brasileira ainda tentou diminuir a diferença na etapa inicial, mas esbarrou na boa marcação da Fúria.
Brasil marca, pressiona, mas Espanha segura o resultado
Na etapa final, o Brasil voltou com Vinícius, Carlinhos, Gabriel e o veterano Vander Carioca. E a primeira chance veio logo no primeiro minuto. Carlinhos arrancou pela esquerda e chutou cruzado rente à trave espanhola. Aos três, Vander girou na área e rolou a bola para Vinícius, que chutou forte na trave.
Com a torcida pedindo a entrada de Falcão, não restou outra alternativa ao técnico Marcos Sorato senão atender aos gritos vindos da arquibancada. O ala entrou em quadra aos cinco minutos e logo em seu primeiro lance na etapa final sofreu falta dura após lindo drible. Atrás no placar, o Brasil partiu com tudo para cima do adversário e tentou de várias formas furar o bloqueio defensivo da Fúria. Aos seis, Rafael carregou a bola pelo meio e chutou à esquerda do goleiro. Aos sete, a pressão, enfim, surtiu efeito. Fernandinho recebeu na direita, carregou pelo meio e soltou a bomba para diminuir.
O gol inflamou a torcida e a temperatura dentro de quadra aumentou ainda mais. Falcão dominou pela esquerda e chutou cruzado, obrigando Amado a fazer outra boa defesa. No lance seguinte, Fernandinho dividiu bola na área e pediu o pênalti, mas foi ignorado pela arbitragem. Aos dez, a Seleção fez linda troca de passes e Carlinhos finalizou tirando tinta da trave. Na seqüência, Ortiz quase marca de novo ao completar de carrinho para fora. A pressão verde-amarela obrigou a Fúria a recuar para a sua faixa de quadra e explorar novamente os contra-ataques. Aos 13, Carlinhos pegou forte no cantinho após cobrança de escanteio e Amado salvou com o pé direito. Perto do fim da partida, o duelo ganhou contornos dramáticos. Em jogada rápida, Ari dominou no peito e chutou para defesa de Amado, mas no rebote Fernandinho bateu por cima.
O mesmo Fernandinho teve perto de marca em lance incrível, aos 16. O ala recebeu na direita, girou e chutou em cima de Borja, que desviou quase fazendo contra. Faltando três minutos, Sorato decidiu arriscar tudo, abriu mão de Tiago e colocou Falcão como goleiro-linha. A partir daí, o jogo virou um autêntico ataque contra defesa, com enorme pressão brasileira. Mas a Fúria mostrou que tinha nervos de aço e conseguiu segurar o resultado e ficar com o título do Grand Prix de 2010. Festa espanhola na quadra.

Em ótimo momento, Cuca e Dorival Júnior medem forças no clássico

Treinador do Cruzeiro chegou à Toca para tirar o time da 11ª posição e levá-lo à liderança. Já o do Galo recuperou a autoestima dos jogadores

Montagem - Cuca do Cruzeiro e Dorival Junior do Atlético-MGCuca e Dorival Júnior medem forças no clássico
(Foto: Vipcomm / Divulgação)
Dar um nó tático. Na gíria do futebol, este é um dos melhores elogios que pode ser atribuído a um treinador. Se um clássico é decidido nos detalhes, como costumam repetir os jogadores antes da partida, o responsável por uma vitória neste domingo, às 18h30m (de Brasília), no Parque do Sabiá, em Uberlândia, poderá estar no banco de reservas. Os técnicos Cuca e Dorival Júnior farão um duelo à parte, e uma vitória será fundamental para os objetivos de Cruzeiro e Atlético-MG no Campeonato Brasileiro.
O jogo marcará o confronto de dois técnicos da nova geração. No lado da Raposa, Alexi Stival, o Cuca, de 47 anos, 12 deles como treinador. No outro lado, Dorival Júnior, de 48 anos, iniciou a carreira à beira do gramado em 2003. O Cruzeiro é o 19º clube da carreira de Cuca, que ainda não tem no currículo um título de expressão nacional. Dorival, por sua vez, conquistou este ano a Copa do Brasil pelo Santos. Além disso, em 2009, venceu a série B pelo Vasco. O Galo é o 12º time que ele comanda.
As campanhas
Eles chegaram com o Campeonato Brasileiro em andamento e conseguiram melhorar o rendimento de seus comandados. Cuca assumiu o Cruzeiro na oitava rodada, quando o time estava na 11ª colocação. Com 14 vitórias em 23 jogos, levou a Raposa à liderança, com um aproveitamento de 68%.
Já Dorival assumiu o Atlético-MG na 25ª rodada, mas com uma missão totalmente diferente: salvar a equipe do rebaixamento. O Galo estava na 18ª colocação, entre os quatro últimos desde a décima rodada. Mesmo ainda sem alcançar o objetivo de deixar o Z-4, o Galo reagiu. Com o novo treinador, foram seis partidas, com três vitórias, duas derrotas e um empate. Um aproveitamento de 55,5%, bem superior ao rendimento geral da equipe na competição, que é de 34%.
Enquanto Cuca terá oito jogos pela frente para manter a liderança e chegar ao título do Brasileirão, Dorival corre contra o tempo para tirar a sua equipe da zona de rebaixamento. No encalço do Cruzeiro está o Fluminense, apenas um ponto atrás. E três pontos separam o Galo do objetivo de superar o Vitória, primeiro time fora do Z-4.
O retrospecto nos bancos de reservas
Desde que se tornaram treinadores, Cuca e Dorival Júnior já se enfrentaram sete vezes, e o treinador atleticano leva a melhor no retrospecto. Foram cinco vitórias contra duas do comandante celeste. O primeiro confronto foi em 2003. Na oportunidade, o Figueirense de Dorival aplicou 3 a 0 no Goiás de Cuca. O último duelo foi pelo Brasileirão de 2008. E o atual comandante atleticano venceu novamente: 3 a 2 para o Coritiba sobre o Fluminense.
Na época em que era técnico do Cruzeiro, Dorival enfrentou Cuca, então no Botafogo. Os jogos foram em 2007, e a Raposa venceu os cariocas por 3 a 2, no Mineirão, pelo primeiro turno. No returno, foi a vez de levar o troco: 4 a 1 para o time da estrela solitária, no Engenhão.
Clássico mineiro
Esta não será a primeira vez de Cuca e Dorival Júnior no clássico mineiro. Embora reduzida, os dois têm experiência no duelo. E mais, ambos têm 100% de aproveitamento. Dorival enfrentou o Atlético-MG em duas oportunidades quando treinou o Cruzeiro. Pelo Brasileirão de 2007, venceu por 4 a 2 no primeiro turno e por 4 a 3 no segundo. Já Cuca comandou a equipe celeste na vitória por 1 a 0, pela 12ª rodada do atual campeonato.

24/10/2010 06h58 - Atualizado em 24/10/2010 11h33 Webber e Vettel abandonam, Alonso vence GP tumultuado e é o novo líder Após entradas do safety car, espanhol lucra com erro do australiano e quebra do alemão em Yeongam. Hamilton chega em segundo, e Massa sobe ao pódio

Parecia que o safety car seria a grande estrela do primeiro GP da Coreia do Sul. Afinal, a corrida começou com ele e teve quase a metade de suas voltas sob sua liderança. Mas as voltas de bandeira verde acabaram sendo decisivas para o desfecho da prova e o restante do campeonato. Primeiro, Webber rodou assim que a bandeira verde foi mostrada. Depois, o motor de Vettel estourou na 45ª volta, já próximo do fim. Com isso, a vitória caiu no colo dele, Fernando Alonso. De quebra, o espanhol da Ferrari assumiu a liderança do Mundial de Pilotos com conforto.
Lewis Hamilton, que estava impaciente durante o período em que o safety car estava na pista, conseguiu conservar a segunda posição e ainda tem chances, ainda que pequenas, no campeonato. Felipe Massa, companheiro de Alonso na Ferrari, chegou em terceiro e completou um festivo pódio da equipe italiana em Yeongam. Michael Schumacher, da Mercedes, fez sua melhor corrida, e conseguiu uma boa quarta posição.
VOANDO BAIXO: Sorte e competência na arrancada de Alonso na reta final da temporada
pódio fernando alonso gp da coreia do sul YeongamFernando Alonso pula no pódio para comemorar a vitória no GP da Coreia, em Yeongam (Foto: 
Reuters)
No campeonato, Alonso tem agora 231 pontos a duas corridas do fim da temporada, 11 à frente de Webber, o vice. Hamilton subiu para terceiro, 21 atrás, e Vettel caiu para quarto, com 206. O espanhol está muito forte para buscar o sonho do tri, que parecia distante após um início ruim de ano e renasceu após o polêmico GP da Alemanha, em Hockenheim, quando Massa cedeu a vitória para o companheiro. A próxima corrida será no Brasíl, em Interlagos, no dia 7 de novembro.
Rubens Barrichello, que vinha em quinto até as voltas finais da corrida, teve problemas com o alto desgaste dos pneus intermediários e caiu para o sétimo lugar. O brasileiro da Williams acabou ultrapassado por Robert Kubica, da Renault, que chegou em sexto, e Vitantonio Liuzzi, da Force India, o sétimo. Ele ainda sustentou a posição à frente do japonês Kamui Kobayashi, da Sauber, que pontuou novamente em oitavo no circuito de Yeongam.
Os outros brasileiros ficaram longe da zona de pontuação. Bruno Senna, da Hispania, fez uma corrida discreta, escapou de um incidente com Jarno Trulli, da Lotus, e chegou na 14ª e penúltima posição, uma à frente do companheiro Sakon Yamamoto. Já Lucas di Grassi, da VRT, que apareceu ao fazer a melhor volta durante a primeira entrada do safety car na Coreia do Sul, foi tocado e acabou batendo na barreira de pneus na 25ª volta.
Safety car entra antes de interrupção
A falta de aderência do asfalto do novo circuito de Yeongam, na Coreia do Sul, tirou o sono dos pilotos ao longo dos treinos, mas o maior temor deles veio no domingo. A chuva, que começou ainda no sábado, encharcou a pista pela manhã e parou por volta do meio-dia no local. Mas ela retornou a pouco mais de meia hora da largada, colocando muitas dúvidas nas equipes.
Após várias rodadas nas voltas de alinhamento do grid, por precaução, a direção de prova optou por adiar a largada em 10 minutos. Em seguida, decidiu pelo início com o safety car na pista, por causa dos riscos. Os pilotos deram três voltas na pista e reclamaram muito das condições da pista. Com os carros aquaplanando em linha reta, a bandeira vermelha foi mostrada e a corrida, interrompida. Começava assim uma longa espera pela melhoria das condições da pista.
placa safety car gp da coreia do sul YeongamLetreiros iluminados de safety car apareceram durante boa parte da corrida na Coreia (Foto: Getty Images)
Após relargada, Webber bate e abandona
Após 48 minutos de interrupção e o crescente risco da luz natural acabar em Yeongam, a direção de prova mandou novamente o safety car para a pista e os carros começaram a andar novamente. A luta passava a ser para os 75% de prova, ou 42 voltas. Com 36 minutos do carro de segurança, a largada foi autorizada na 18ª volta, com Vettel na liderança, seguido por Webber e Alonso.
Só que, na 19ª volta, Webber cometeu seu primeiro erro grave na temporada e se complicou muito no campeonato. O australiano exagerou, pisou na zebra, rodou e acertou o muro. Seu carro ainda retornou à pista e acertou Nico Rosberg, que vinha em quarto, na tangência da curva. Os dois abandonaram, para alegria de Vettel e Alonso, que se mantinham nas duas primeiras posições.
O acidente provocou mais uma entrada do safety car, desta vez na 20ª volta. A intervenção durou apenas três voltas, e os pilotos foram liberados para correr mais uma vez. Vettel manteve a liderança novamente, com Alonso cerca de dois segundos atrás. Hamilton era o terceiro, seguido por Massa. Button, que era o quinto, acabaria superado por um inspirado Schumacher, na melhor corrida do heptacampeão em seu retorno à Fórmula 1 em 2010.
carro batido mark webber gp da coreia do sul YeongamCheio de lama, carro de Webber é recolhido pelos fiscais após acidente em Yeongam (Foto: Getty Images)
Novo safety car e pit stops de líderes
Na frente, Vettel abria vantagem para Alonso, enquanto Hamilton era pressionado na terceira posição. No meio do pelotão, algumas rodadas e encontrões, mas sem grandes consequências para a corrida, que continuava em bandeira verde. Só que, na 31ª volta, Sebastien Buemi tentou ultrapassar Timo Glock, perdeu o carro e acertou o alemão, provocando o retorno do safety car.
Com a bandeira amarela, Hamilton, Massa, Schumacher, Barrichello e Kubica entraram nos boxes e trocaram os pneus de chuva pelos intermediários. Na volta seguinte, Vettel e Alonso fizeram o mesmo, mas o espanhol teve problemas na roda dianteira direita em sua parada e acabou perdendo a segunda posição para Hamilton em seu retorno à pista.
A nova relargada foi autorizada na 36ª volta, e Vettel manteve a liderança com folga mais uma vez. Alonso, por sua vez, aproveitou um erro de Hamilton para recuperar a segunda posição. Massa, que vinha em quarto, tentou se aproveitar também, mas teve a porta fechada. Mais atrás, Barrichello ganhava a sexta posição após os pit stops e tentava se aproximar de Schumacher.
carro vettel motor estourado gp da coreia do sulSebastian Vettel apaga fogo em seu carro após quebra do motor no GP da Coreia do Sul (Foto: Getty Images)
Motor de Vettel dá vitória a Alonso Enquanto Sutil dava show de trapalhadas na parte de trás da corrida, Alonso começava a se aproximar de Vettel, que reclamava de dificuldades na freada da curva 1 de Yeongam. Na 41ª volta, Petrov exagerou na parte final do circuito e bateu forte na área de escape da entrada da reta. A direção de prova optou por não colocar o safety car novamente na pista.
Na 46ª volta, Vettel perdeu rendimento na reta dos boxes, foi ultrapassado por Alonso e teve seu motor estourado em seguida. O alemão abandonou a corrida em seguida. Com isso, o espanhol assumiu a liderança, seguido por Hamilton. Massa herdou a terceira posição, bem à frente de Schumacher, o quarto. Barrichello acabou lucrando bastante e foi para quinto.
Só que o brasileiro da Williams perdeu desempenho nas voltas finais por causa do alto desgaste de seus pneus intermediários. Barrichello acabou perdendo posições para Kubica e Liuzzi, mas conseguiu salvar uma sétima posição. Na frente, Alonso abriu uma boa vantagem para Hamilton, e caminhou tranquilo para sua quinta vitória na temporada 2010, a primeira na Coreia do Sul.

Confira o resultado do GP da Coreia do Sul, em Yeongam (305,909 km):
1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 55 voltas em 2h48m20s810
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 14s999
3 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 30s868
4 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 39s688
5 - Robert Kubica (POL/Renault) - a 47s734
6 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - a 53s571
7 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1m09s2578 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1m17s889
9 - Nick Heidfeld (ALE/Sauber-Ferrari) - a 1m20s107
10 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - a 1m20s851
11 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1m24s146
12 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 1m29s939
13 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - a 1 volta
14 - Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - a 2 voltas15 - Sakon Yamamoto (JAP/Hispania-Cosworth) - a 2 voltas
Não completaram:
Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 9 voltas/acidente
Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 10 voltas/motor
Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 16 voltas/acidente
Timo Glock (ALE/VRT-Cosworth) - a 24 voltas/acidente
Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 25 voltas/acidente
Lucas di Grassi (BRA/VRT-Cosworth) - a 30 voltas/acidenteJarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - a 30 voltas/acidente
Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 37 voltas/acidente
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 37 voltas/acidente
Melhor volta: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m50s257, na 42ª

Brasileirão 2010 Que rodada e essa com 4 clássicos e a rodada de fogo da rivalidade aja coração nesse domingo

31ª rodada
Corinthians
X
Palmeiras
16h00
Pacaembu
Cruzeiro
X
Atlético-MG
18h30
Parque do Sabiá
Grêmio
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Secretário da Fifa sobre o Fielzão na Copa de 2014: 'Nunca vi o projeto'

Jérome Valcke diz que ainda não tem conhecimento sobre as obras do estádio do Corinthians e confirma reunião com a CBF na próxima semana

 Rio de Janeiro
O secretário-geral da Fifa. Jèromê ValckeJéromê Valcke não garante Fielzão na Copa de
2014 (Foto: Zé Gonzalez / GLOBOESPORTE.COM)
O estádio que vai receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 em São Paulo ainda não está definido. A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo secretário geral da Fifa, Jérome Valcke. Em entrevista ao jornal "Estado de S.Paulo", o dirigente da entidade máxima do futebol afirmou que não existe nada de concreto sobre os jogos do Mundial serem realizados no Fielzão, que será construído em Itaquera.
- Sinceramente, eu nunca vi o projeto. Não há nada definido sobre os estádios - afirmou o dirigente da Fifa, resposável pela organização das últimas Copas do Mundo.
Valcke admitiu que alguns funcionários da Fifa foram consultados sobre o projeto do estádio corintiano, mas nada chegou ao seu gabinete. Na próxima semana, o dirigente confirmou que terá um encontro com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em Zurique, na Suíça, para cobrar algumas decisões e estipular alguns prazos para a realização da Copa do Mundo.
Em entrevista à TV Globo, no mês passado, Teixeira confirmou que o projeto do Fielzão ainda não havia sido entregue à Fifa. Segundo o dirigente, a definição sobre a escolha do estádio do Corinthians como sede da Copa só será feita após o cumprimento desta etapa.
- Vai acontecer o que aconteceu com as outras cidades. São Paulo tem que mandar o projeto para que a Fifa e o Comitê aprovem. Temos o desejo e a definição de que haverá um estádio novo em São Paulo. Acho que agora vamos ter uma direção mais objetiva - concluiu Teixeira, lembrando que só com o projeto em mãos a Fifa terá condições de saber se terá que ajudar ou não o clube na construção de mais lugares para aumentar a capacidade.
A princípio o Fielzão terá 48 mil lugares, mas já está preparado para ser ampliado para acomodar 70 mil torcedores, como exige da Fifa para receber os jogos de abertura de uma Copa do Mundo. De acordo com a entidade máxima do futebol, para o jogo inaugural, uma arena precisa ter capacidade mínima para 65 mil.
Maquete Estádio CorinthiansNovo estádio do Corinthians ainda não está confirmado na Copa de 2014 (Foto: Divulgação)

Líder do Mundial, Webber se satisfaz na primeira fila: 'Foi muito apertado' Australiano diz que usar novo motor no GP da Coreia não faz tanta diferença

Líder do campeonato e estreando seu oitavo motor em 2010 na Coreia do Sul, Mark Webber disse ter ficado satisfeito com o segundo lugar no grid da corrida deste domingo. O piloto da RBR, que está 14 pontos à frente do companheiro e pole Sebastian Vettel, admitiu que foi um treino muito apertado. Ele só conseguiu a posição na primeira fila com o cronômetro zerado, em uma volta junto com seu companheiro.
- Foi muito apertado, mas consegui a segunda posição do grid, muito melhor do que as outras posições. Seria bom estar na pole, mas podemos ir bem saindo de segundo. Tudo correu conforme o plano, mas foi bem próximo. Não fiquei feliz com a primeira volta com os macios, achei que seria melhor tentar uma segunda, que foi a minha melhor. Sabíamos que seria uma luta dura e estar na primeira fila não é tão ruim. Estamos prontos para a corrida - diz Webber, na entrevista coletiva após o treino classificatório em Yeongam.
fórmula 1 vettel webber RBR gp da coreia do sul YeongamMark Webber e Sebastian Vettel comemoram a primeira fila no circuito de Yeongam (Foto: Getty Images)
O australiano minimizou a importância de usar um novo motor neste fim de semana e negou-se a tirar as McLarens da briga, apesar de Lewis Hamilton estar em quarto e Jenson Button, em sétimo.
- O novo motor não é importante. É apenas mais um. Não faz uma diferença grande. A McLaren será muito rápida nas retas, sabemos disso. Era previsível quando chegamos aqui.