terça-feira, 20 de março de 2012

Melhor da Libertadores, Flu sobe em ranking divulgado pela Conmebol

Tricolor agora é o 11º. Corinthians também melhorou sua posição: pulou do 40º para o 35º lugar após o empate com o Cruz Azul

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
A boa campanha do Fluminense, que tem 100% de aproveitamento nas três primeiras rodadas da Libertadores, fez o time das Laranjeiras subir no ranking atualizado da Conmebol. O Tricolor que, na última divulgação estava em 13º, subiu para o 11º - passou o São Paulo e o Arsenal-ARG.
O Corinthians, que antes estava na posição 40, subiu para a 35ª depois do empate com o Cruz Azul, no México. O Vasco, que empatou com o Libertad, no Paraguai, caiu do 26º para o 27º lugar. O Flamengo, que ficou no 3 a 3 com o Olimpia, no Engenhão, se manteve em 18º.
Internacional e Santos, os dois brasileiros mais bem colocados no ranking, mantiveram suas colocações. O Inter, que fez 5 a 0 no The Strongest, está em segundo lugar, atrás apenas da LDU. O Santos, que venceu o Juan Aurich por 3 a 1, fora de casa, está em sexto.
ranking conmebol (Foto: Reprodução/Site Oficial Conmebol)O ranking atualizado da Conmebol (Foto: Reprodução/Site Oficial Conmebol)

Com golaço de Edmundo, Vasco retrô vence rachão antes do Libertad

Time de Felipe e Juninho leva a melhor em treino descontraído em São Januário na véspera de partida pela Libertadores

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
O torcedor que chegou pela entrada social de São Januário na manhã desta terça-feira e olhou para o campo teve a sensação de entrar num túnel do tempo. Em campo, Edmundo, Juninho Pernambucano e Felipe formaram o time do Vasco que venceu por 4 a 3 o rachão que antecedeu a partida contra o Libertad, pela Libertadores. O ex-atacante, que desde a última sexta-feira treina com a equipe visando ao seu jogo de despedida (dia 28, contra o Barcelona de Guayaquil), marcou dois gols - o último deles, um golaço (assista a ambos no vídeo acima).
- Tenho feito alguns treinos na academia, mas o ritmo é completamente diferente e a idade também. Rachão é uma coisa que fiz a vida inteira, e tudo fica mais fácil quando você joga ao lado de feras como Felipe, Juninho e Dedé - comentou Edmundo ao site oficial do clube.
Edmundo no treino do Vasco (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Edmundo fez dois gols em treino recreativo desta terça-feira (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
A bola no ângulo esquerdo de Diogo Silva fechou o treinamento. Todos os jogadores de sua equipe correram para abraçar Edmundo, de 40 anos, que ainda posou para uma foto com os companheiros. A maioria deles era formada por jovens que complementavam a experiência: Dedé, Fagner, Felipe, Allan, Romulo, Juninho, Jomar, Alecsandro, Alessandro, Jonathan, Dieyson, Thiago Feltri e Abelairas.
- É até engraçado. Sou novo e assistia a muitos jogos do Edmundo pela televisão. Então, é gostoso falar que treinei ao lado dele. Os dois gols que fez no rachão mostram que ainda é diferenciado - disse Fagner, que aos 22 anos treinou no time de Edmundo.
Jogador que atualmente veste a camisa 10 que foi de Edmundo, Diego Souza não enfrenta o Libertad. Ele cumpre suspensão automática pela expulsão na partida realizada no Paraguai, na última quarta-feira.
Juntos, Juninho, Felipe e Edmundo foram campeões brasileiros pelo Vasco em 1997.
Edmundo vasco treino (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Edmundo é abraçado por jovens companheiros após golaço (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)

Vasco lança duas camisas em homenagem a Edmundo

Ao preço de R$ 59,90, peças estarão à venda somente a partir do dia do jogo que marcará a despedida do craque, no próximo dia 28

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Aproveitando o jogo de despedida de Edmundo, marcado para o próximo dia 28, às 19h30m, em São Januário, contra o Barcelona de Guayaquil, o departamento de marketing do Vasco vai lançar duas camisas em homenagem ao ídolo cruz-maltino. As vendas, no entanto, começam somente a partir do amistoso do dia 28.
As camisas serão encontradas nas cores preta e branca ao preço de R$ 59,90. A venda acontecerá somente nas lojas Gigante da Colina (física e virtual). Na preta, há uma foto do Animal com os dizeres “Edmundo é bacalhau”, enquanto na branca, lê-se o tradicional “Ah, é Edmundo!”.
Camisas comemorativas Edmundo  (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)Camisa em homenagem a Edmundo será lançada no próximo dia 28 (Divulgação / Site Oficial do Vasco)
Edmundo voltou a treinar com o time do Vasco visando o amistoso de despedida. Nesta terça-feira, o time do craque, que também contou com Juninho Pernambucano e Felipe, venceu o rachão, que teve direito até a golaço do ex-atacante.
Camisas comemorativas Edmundo  (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)Preço da camisa comemorativa será R$ 59,90 (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)

Com abraço, Cristóvão elogia Rodolfo e relaciona Juninho

Treinador vascaíno conversa com zagueiro antes de treino, transmite confiança e afirma importância de mantê-lo no elenco

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
O dia de trabalho intenso na manhã desta terça-feira começou com uma conversa. Enquanto os demais jogadores do Vasco faziam o aquecimento, Cristóvão Borges puxou Rodolfo para um bate-papo ainda no gramado de São Januário. Por fim, um abraço, que simbolizou a confiança do treinador no zagueiro, que admite viver mau momento. Apesar disso, o jogador está relacionado para enfrentar o Libertad, nesta quarta, e é visto pelo comandante como um nome importante na composição do elenco.
Cristóvão Borges e Rodolfo treino são Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Cristóvão Borges e Rodolfo conversam antes de treino em São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
- Naquela conversa, disse ao Rodolfo que é um jogador experiente, de alto nível, exemplar e de grande caráter. Lembrei que todos passam por fase difíceis e que ele precisa de paciência e muito trabalho. O Rodolfo concordou. O ideal é que ele siga com o grupo, no nosso ambiente e fazendo treinos específicos até recuperar a forma. Como ficou muito tempo parado no ano passado, precisa se readaptar ao futebol brasileiro - explicou Cristóvão, referindo-se aos sete anos em que Rodolfo atuou na Ucrânia e na Rússia.
Outro jogador relacionado para enfrentar o Libertad é Juninho Pernambucano. O meia de 37 ficou fora do jogo da última quarta-feira, no Paraguai, por decisão conjunta de comissão técnica e preparação física. No entanto, Cristóvão enxerga o jogador em boa forma e pronto para dar uma importante contribuição à equipe.
- É muito importante contar com jogadores que encaram partidas como esta com naturalidade. É bom ter alguém para transmitir experiência e tranquilidade, jogos de caráter decisivo, como acontece com Juninho e Felipe, por exemplo - frisou o treinador.

Vasco x Libertad: sete mil ingressos vendidos para jogo em São Januário

Torcedores formaram fila em frente ao estádio na manhã desta terça-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Até o fechamento das bilheterias, no fim da tarde desta segunda-feira, primeiro dia de comercialização para o torcedor comum, 7 mil ingressos já haviam sido vendidos para o jogo entre Vasco e Libertad, às 22h desta quarta-feira, em São Januário. Os bilhetes seguem à disposição dos vascaínos nos pontos de venda e também pela internet. Na manhã desta terça-feira, uma longa fila se formou na Colina antes mesmo da abertura das bilheterias.
Fila para engresso São Januário (Foto: Raquel Vieira / Vasco.com.br)Torcedores enfrentaram fila na manhã desta terça em São Januário (Foto: Raquel Vieira / Vasco.com.br)
A venda on line é limitada a 50% da carga total de ingressos de arquibancada, e a 30% dos bilhetes para a social. Cada torcedor só poderá adquirir duas entradas inteiras. Os ingressos de meia-entrada serão vendidos na internet somente para os sócios. Nas bilheterias, os associados poderão comprar a sua meia-entrada e mais dois ingressos inteiros.
Idosos, crianças menores de 12 anos e deficientes físicos têm acesso gratuito ao estádio.
Confira os preços:
Camarotes cativos - R$ 50,00
Arquibancada (inteira) - R$ 60,00
Arquibancada (meia/sócio) - R$ 30,00
Visitante (inteira) - R$ 60,00
Visitante (meia) - R$ 30,00
Cadeira social (inteira) - R$ 100,00
Cadeira social (meia) - R$ 50,00
Setor Premium (inteira) - R$ 150,00
Setor Premium (meia) - R$ 75,00
Pontos de venda (das 10h às 17h):
- São Januário General Almério de Moura (Bilheteria 05) - somente para sócio do clube
- São Januário ( Bilheteria 09) - Rua Francisco Palheta
- Sede Calabouço - R: Jardel Jerculis, s/n°
- Nação Cruzmaltina - R: São João, 34 loja 114 Niterói
- Sede Náutica Lagoa R: General Tasso Fragoso, 65
- Engenhão Bilheteria Oeste - A bilheteria funciona somente na segunda e terça-feira
- Casa Vila da Feira - Rua Hadock Lobo, 195 - Tijuca
Posto de Gasolina - Rua Goés Monteiro, 195 Botafogo
- Rua São Januário (Bilheteria 11) - somente para visitantes
www.futebolcard.com.br

Contra efeito 'bola de neve', Vasco decide preservar Rodolfo

Empenhado em fazer zagueiro readquirir forma física e confiança em meio a falhas, clube deve traçar planejamento especial para recuperação

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
rodolfo vasco jobson botafogo (Foto: Marcos Tristão / O Globo)Rodolfo em jogo contra o Botafogo: tristeza após
outra atuação (Foto: Marcos Tristão / O Globo)
A cena impressionou quem assistiu. Substituído no intervalo da partida após falhar no gol do Alianza Lima, pela Libertadores, Rodolfo sentou-se no vestiário de São Januário e lá ficou. Sem trocar o uniforme ou tomar banho, permaneceu praticamente imóvel, com fisionomia apática até o fim do jogo. No campo, Dedé marcava o gol da virada do Vasco na vitória por 3 a 2 e dedicava ao companheiro (assista ao vídeo abaixo). Mas o sentimento do camisa 4 era de mais uma derrota pessoal. Os erros não paravam.
Até que, depois de mais uma atuação decepcionante seguida de olhos marejados após a derrota por 3 a 1 para o Botafogo, o jogador e a comissão técnica chegaram à conclusão da necessidade de que ele seja preservado. Dessa forma, pode ser submetido a um programa especial de treinamentos até que recupere forma física e técnica.
Contratado no início de 2012 com a responsabilidade de substituir Anderson Martins, Rodolfo, de 29 anos, chegou ao Vasco com a missão de transmitir experiência e representar uma boa saída pelo lado esquerdo da defesa. No entanto, as falhas cometidas nas três partidas da equipe na Libertadores e em algumas do Carioca fizeram o próprio jogador mostrar-se abatido. Depois do jogo contra o Alianza, fez questão de ir a público assumir as falhas e expor sua estranheza com elas. Mesmo assim, a comissão técnica entendeu que o melhor seria dar novas chances em algumas partidas - mesmo depois de dar lugar a Renato Silva no time titular - para que o jogador recuperasse a confiança atuando.
Mas o abatimento de Rodolfo depois do clássico do último domingo mostrou a comissão técnica e diretoria que o ideal é preservá-lo. Existe o consenso de que o jogador ainda precisa de adaptação ao futebol brasileiro, do qual esteve longe por sete anos (atuando na Ucrânia e na Rússia). Além disso, Rodolfo sofreu uma grave lesão na perna esquerda em 2011, quando ainda defendia o Grêmio, e por conta dela ficou seis meses sem atuar. Dessa forma, o Vasco entende que o problema ainda tem como reflexos a falta de condicionamento físico ideal e a dificuldade em reencontrar o tempo de bola diferente da Europa.
Mauro Galvão: 'Rodolfo precisa de treinos separados'
Ídolo vascaíno, Mauro Galvão também vê Rodolfo ainda em dificuldades de adaptação. Segundo ele, isso se dá por conta da impossibilidade de adquirir uma sequência de partidas no Grêmio, o que ocasiona falhas. O ex-jogador lembrou ainda a responsabilidade que o zagueiro tem de atuar numa equipe com base montada e que disputa competições importantes na temporada.
- Acho que o Rodolfo precisa de treinos separados para adquirir um melhor condicionamento. E não seria vergonha nenhuma, pois ele voltaria adaptado, mais confiante e totalmente entrosado. É melhor dar dois passos para trás e depois andar com mais tranquilidade. Jogar quarta-feira e domingo talvez não seja o ideal para recuperar a condição física. A cobrança no Vasco é grande, e se disputar uma Libertadores em boas condições é complicado, imagina quando o jogador não está em plena forma. Quando o zagueiro erra, atrai para si toda a atenção e perde cada vez mais a confiança - observou.
Rodolfo treino Vasco (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Rodolfo deve ser submetido a treinos especiais
(Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
É exatamente esse efeito “bola de neve” que o Vasco pretende evitar optando por preservar Rodolfo. Afinal, trata-se de um investimento feito pelo clube a médio prazo. O zagueiro assinou contrato até 30 de julho de 2014, e existe a preocupação de não queimá-lo logo de cara. Seus companheiros de clube fazem questão de transmitir confiança em sua qualidade e em sua recuperação. Tanto é que por enquanto a diretoria não traça planos de contratação de um reforço para a sua posição.
As principais palavras de motivação partem dos jogadores. Os líderes e mais experientes, como é o caso de Fernando Prass, lembram que a atitude de Rodolfo é o primeiro grande passo para sua recuperação.
- Quando um jogador erra, se não fica abatido ou se dorme tranquilo é sinal de de falta de profissionalismo, falta de comprometimento ou falta de respeito com clube e torcida. O que temos visto só mostra o caráter do Rodolfo. Ele é bem resolvido no futebol e poderia não dar importância ao que vem acontecendo, mas está preocupado e quer dar a volta por cima. Eu lamento, mas acho que tudo tem um sentido na vida. Quando ele olhar para trás, vai ver que isso serviu como aprendizado - disse o goleiro vascaíno.

O craque louco: Heleno renasce mais de 50 anos após sua morte

Antagonista de si mesmo, ídolo do Botafogo é lembrado em filme, livro e exposição. É a retomada do mito desenhado em uma vida que beira a ficção

Por Alexandre Alliatti Rio de Janeiro
Heleno de Freitas (Foto: Divulgação)O gênio redescoberto: Heleno era antagonista de
si mesmo (Foto: Divulgação)
Os dentes da frente eram tortos, um tanto separados. No rosto de Heleno de Freitas, naquela expressão que fazia as mulheres tremelicarem em meio a suspiros, haveria de ter alguma imperfeição, como que a combinar com a personalidade dele. Porque o espírito do gênio da década de 40 também tinha pontos tortos. E é justificável. Não fosse assim, talvez ele não seria ressuscitado em homenagens mais de 50 anos após sua morte – reconhecido em filme, livro e exposição como uma das maiores personagens já criadas pelo futebol brasileiro. Antagonista de si mesmo, o goleador que deixou a vida em um hospício, na precocidade dos 39 anos, tem os vaivéns de sua história recontados. É uma trajetória que beira a ficção, com a pulsão de uma vida superacelerada pela fama e a dor de uma morte atormentada pela loucura.
Chega aos cinemas na semana que vem, dia 30, o filme “Heleno – o príncipe maldito”, dirigido por José Henrique Fonseca (veja o trailer no vídeo ao lado). O ídolo alvinegro é vivido por Rodrigo Santoro – quase uma cópia da personagem que interpreta, com um nível de semelhança capaz de assombrar os familiares do craque trágico. A inspiração para a telona saiu do livro “Nunca houve um homem como Heleno”, de Marcos Eduardo Neves, levado às livrarias em 2006 e relançado agora. A loja oficial do Botafogo, em General Severiano, tem até o fim do mês uma exposição com fotos da carreira e da vida pessoal do ex-atacante.
É o renascimento de uma lenda abençoada pela vida e amaldiçoada pelo destino. O galã de tantas mulheres, o artilheiro de tantos gols, o encrenqueiro de tantas confusões, o viciado de tantos excessos, o egocêntrico de tantos orgulhos, haveria de morrer longe da glória, louco, doente. E haveria de ser eterno.
Tua estrela solitária te conduz
Heleno de Freitas (Foto: Divulgação)Galã: Heleno de Freitas colecionou mulheres e
acumulou fama (Foto: Divulgação)
Vale o clichê: Heleno de Freitas era uma estrela solitária. Era sua própria estrela. E era conduzido por ela. Possuía aquilo a que talvez só os gênios têm direito: o egocentrismo como núcleo da vida.
Ele sabia que era diferente. Era um jogador de futebol que também era advogado. Lia Dostoievski. Escutava jazz. Assistia a representações de Shakespeare.
Ele sabia que era craque. Contava gols como se contasse os segundos nos ponteiros do relógio. É o quarto maior artilheiro da história do Botafogo. Foram 204 bolas nas redes adversárias em 234 partidas com a camisa alvinegra. Anotou pelo menos outros 45 vestido com uniformes diferentes: 14 pela Seleção Brasileira, cinco pela seleção carioca, 19 pelo Vasco, sete pelo Boca Juniors. Também jogou no Junior Barranquilla, da Colômbia. No América-RJ, onde encerrou a carreira, não fez gols.
Ele sabia que era um galã. Possuía um ar que misturava a grandeza que Carlos Gardel já tinha com a melancolia que Jack Kerouac ainda teria. Os cabelos negros eram penteados com precisão matemática, de forma a ficarem quase imóveis, no máximo com liberdade para a franja cair sobre a testa - vaidade que lhe rendeu o apelido de Gilda, em referência à personagem interpretada por Rita Hayworth. Ele se vestia com cuidado de astro de cinema. Tinha o mesmo alfaiate de Getúlio Vargas. Andava em Cadillacs. Atraía as mulheres feito ímã ao circular pelos bailes cariocas ou pelas praias de Copacabana. A fama de mulherengo inclui boatos de que seduziu até Eva Perón quando esteve na Argentina – história presente em seus delírios no fim da vida, já atingido pela insanidade, e registrada em crônica de Nelson Rodrigues.
Mas ele não sabia que teria um fim tão trágico. A queda foi proporcional à ascensão. Com o tempo, perdeu dinheiro, perdeu qualidade, perdeu espaço, perdeu idolatria. E perdeu a vida. Abalado pela sífilis e fragilizado pelo vício em éter, acabou louco. Morreu assim.
De amor e de sombras
O futebol heróico e elegante de Heleno de Freitas despertou em mim a paixão pelo futebol. Avassaladora paixão da qual, com a graça de Deus, jamais hei de me curar. Heleno de Freitas foi a personalidade mais fascinante e também a mais dramática que conheci nos estádios"
Armando Nogueira
A família de Heleno de Freitas, após a morte do pai dele, trocou a cidade mineira de São João Nepomuceno pelo Rio de Janeiro em 1933, quando o futuro ídolo do Botafogo tinha 13 anos. Ainda no engatinhar da Era Vargas, o menino começou a conviver com um novo mundo. A praia de Copacabana, nos arredores do apartamento onde ele morava, no número 19 da rua Conselheiro Lafaiette, logo virou uma atração para o garoto. Foi ali que ele começou a jogar bola. E que começou a mostrar o estilo que marcaria sua carreira: perfeccionista, agressivo até com os colegas de time, arrogante até o limite do insuportável. E um craque.
- Ele era um Edmundo elevado à décima potência – opina Marcos Eduardo Neves, o autor de “Nunca houve um homem como Heleno”.
Ali ganhava forma uma história de amor e de sombras. Pouco depois de chegar ao Rio, Heleno viu a torcida alvinegra em festa, nas ruas da cidade, pela conquista do Estadual de 33. Achou aquilo tudo muito bonito. Talvez sem perceber, passou a se apaixonar por uma camisa que defenderia com amor quase doentio – a ponto de prejudicar o clube.
Heleno seria punido, multado e até afastado do Botafogo, sempre por culpa de sua indisciplina. O atacante exigia a perfeição. Foram raras as figuras que ele respeitou. Humilhava colegas de time (inclusive durante os jogos), discutia com treinadores, contrariava dirigentes, brigava com torcedores. Entre idas e vindas, teve uma passagem pela base do Fluminense como hiato em sua história pelo Alvinegro. Mas foi pelo Glorioso que iniciou a carreira, ainda em 1939.
A estreia foi num 21 de dezembro, em partida contra os argentinos do San Lorenzo. Foi uma tragédia. O Botafogo levou 5 a 1. Heleno foi substituído ainda no primeiro tempo. Ficaria para a temporada seguinte a comprovação do talento indicado pelo jogador nas areias de Copacabana e nas categorias inferiores do Bota. Em seu terceiro jogo, na vitória de 2 a 0 sobre o São Cristóvão, em 28 de abril de 1940, ele marcaria os dois gols. Faria outros três ao longo da temporada – bem menos do que os 30 que anotaria em 41, dos 34 que faria em 42, dos 24 que marcaria em 43 e 44, dos 22 que registraria em 45, dos 42 (em apenas 39 jogos) que marcaria em 46 e dos 19 deixados em 47.
O porém é que Heleno não comemorou um título sequer pelo Botafogo. E, em parte, por culpa dele. Quanto melhor jogava, pior tratava os colegas. Era odiado por parte deles. O ambiente era turvo.
Promiscuidade gera doença, que gera loucura
Heleno de Freitas (Foto: Divulgação)Heleno vivia de exageros: fumava e bebia muito,
além do vício em lança-perfume (Foto: Divulgação)
Contavam-se nos dedos as figuras tão célebres quanto Heleno no Rio dos anos 40. Ele tinha dinheiro, fama e beleza. Pertencia ao “clube dos cafajestes”, grupo de jovens endinheirados e rebeldes. Colecionava mulheres, incluindo as vedetes da época. Levava uma vida promíscua. Do prazer, tirou sua ruína.
O jogador contraiu sífilis, só descoberta em estágio avançado. Para piorar, adquiriu vício em lança-perfume. Cheirava éter. A combinação foi explosiva. Heleno, que já tinha uma personalidade das mais instáveis, começou a dar sinais de loucura – um dos reflexos da doença.
As ações do craque passaram a ser mais radicais. Em Buenos Aires, onde foi defender o Boca Juniors depois de deixar o Botafogo, entrou em campo para um treinamento vestido de sobretudo. Argumentou que estava frio. De volta ao Rio, após passagem apagada por Buenos Aires, resolveu imitar John Wayne ao pegar um revólver e, com ele, tentar acender um fósforo preso nos dedos do pé.
Heleno teria outra experiência internacional. Por duas temporadas, defendeu o Junior Barranquilla na Liga Pirata, com o futebol colombiano vivendo momentos de euforia financeira. Chegou lá como ídolo. Foi protagonista de repetidas crônicas de Gabriel García Márquez, na época um jovem jornalista. Mas saiu, nenhuma novidade, por baixo.
Vingança do destino
O destino também soube ser cruel com Heleno. Inclusive dentro de campo. É um azar sem tamanho que o mundo tenha entrado em guerra justamente no auge do goleador. O futuro do futebol poderia ser outro se os conflitos não tivessem impedido a realização das Copas de 1942 e 1946. Heleno fatalmente disputaria pelo menos uma delas – ambas, provavelmente.
Mas havia a Copa de 50, a construção do Maracanã, a esperança de consagração. Quando voltou ao Brasil, Heleno estava convicto de que jogaria o Mundial em casa. Mas ele já era outro atleta. E o comandante da equipe nacional era Flavio Costa, que havia comido o pão que o diabo amassou na convivência diária com o jogador em convocações anteriores da Seleção. O craque ficou fora da Copa. Depois dela, ao reencontrar o treinador, sacou uma arma. Acabou apanhando dele.
- Perto da morte, o Heleno falava muito sobre futebol. Ele ficava repetindo as mesmas histórias o tempo todo. Uma coisa que ele queria muito era jogar a Copa de 50. Mas ele já não estava bem – comenta Herilene, hoje com 69 anos, sobrinha de Heleno.
Heleno de Freitas jogador do Botafogo 1948 (Foto: Arquivo / Ag. O Globo)Heleno entre amigos em 1948, pouco mais de uma década antes de morrer (Foto: Arquivo / Ag. O Globo)
Heleno só jogaria uma vez no Maracanã. E foi justamente sua última partida como jogador profissional. Defendendo o América pela primeira e derradeira vez, ele ficou 25 minutos em campo até ser expulso por ofender seus colegas de time. Enquanto esteve no gramado, fez quase nada: um ou outro drible, exceção em um dia em que Heleno tinha o olhar perdido, como se vivesse um sonho. Ou um pesadelo.
No dia seguinte, o Jornal dos Sports escreveria que Heleno parecia ser um caso “exclusivamente de hospício”. O texto foi, ao mesmo tempo, cruel e profético.
Ver o Botafogo campeão e ser campeão com o Vasco
Bastou Heleno sair para o Botafogo conseguir aquilo que não conseguira com ele. Foi campeão estadual. Ao saber da conquista, o jogador chorou. Argumentou que não era por inveja: era por fanatismo ao clube.
A diretoria alvinegra usou seu raciocínio lógico quando Heleno voltou da Argentina e se colocou à disposição para ser novamente atleta do Glorioso. Pensou o seguinte: com ele, quase meia década sem títulos; sem ele, conquista estadual. O Botafogo, quem diria, não quis Heleno.
Mas o Vasco quis. Em uma passagem de altos e baixos, o atacante ganhou o Campeonato Carioca de 1949. A última partida, com o título já assegurado, foi contra o Botafogo. Heleno deu passe para gol e reclamou que foi caçado pelos ex-colegas de time.
Uma semana depois, em excursão ao Rio Grande do Sul, foi substituído em partida contra o Renner. Estava xingando os colegas. Acabou dispensado. Nunca mais vestiu a camisa do Vasco.
O título pelo Cruz-Maltino não foi o único da carreira de Heleno. Com a Seleção Brasileira, ele ganhou a Copa Roca de 1945 e a Copa Rio Branco de 1947.
O fim
Heleno de Freitas 1955 final da vida (Foto: Arquivo Pessoal)Em 1955, já internado e em decadência, Heleno
respira futebol (Foto: Arquivo Pessoal)
Uma das músicas preferidas de Heleno de Freitas era “My foolish heart”, composta por Ned Washington e Victor Young. Ela fala dos cuidados que um coração bobo precisa ter para não ser despedaçado. Heleno tinha um coração bobo. E ele foi despedaçado pelo futebol. Quando Heleno não teve mais a bola, perdeu também a vida.
Antes, congelou corações. Especialmente o de Ilma, sua única esposa. Ela não suportou os desmandos do marido. Com um filho de apenas um ano a tiracolo, fugiu de casa. O pequeno Luiz Eduardo nunca mais veria o pai vivo. Só saberia dele quando de sua morte, em 8 de novembro de 1959.
- Se meu pai parasse de jogar, morreria. Quando ele acabou para o futebol, também acabou para a vida – diz o filho de Heleno.
Antes de ser internado em um sanatório, onde deixaria a vida, Heleno passou dois anos na casa do irmão, Heraldo. Lá, passou bom tempo brincando com os sobrinhos. Gostava de jogar gamão. As crianças sempre perdiam. E não tinham como ganhar. Era só ele quem mexia nas peças.
Porque com Heleno não existe meio-termo; ou, pelo menos, o público não quer isso dele. Se se comporta como um charlatão, o público sabe que comprou um bilhete em branco que lhe dá a oportunidade de vaiar. Em nenhum caso uma partida da qual participe Heleno tem probabilidade de se transformar num logro, porque vaiar, da mesma maneira como aplaudir, é uma forma coletiva de reconhecer publicamente um fato"
Gabriel García Márquez
Heleno passava horas e horas conversando. De madrugada, ia aos quartos das crianças, sempre observado por adultos. Entrava lá e cobria os pequeninos, temeroso de que estivessem com frio. Ele criava histórias, repetia delírios. Estava louco.
- Ele sempre falava de um gigante, um homem que arrancava árvores com as mãos. Não entendíamos o que era – lembra Helenize, 66 anos, sobrinha de Heleno.
O ex-jogador tinha surtos quase cômicos. Chamava as crianças para dar socos nas paredes. As mãos dele não se feriam com os golpes. Certa feita, pegou a motocicleta de um farmacêutico, foi até um morro da cidade e desceu de lá sobre a moto – de pé.
Conforme avançava a sífilis, aumentava a insanidade de Heleno. E seguia o vício. A família dele teve que percorrer as farmácias da cidade para pedir que não lhe vendessem éter. Por fim, decidiu interná-lo.
Em um sanatório de Santarém, cidade do interior mineiro, Heleno passaria os últimos anos de vida. O andar do tempo aumentaria a loucura. O craque, conforme mostram cartas trocadas entre os médicos do sanatório e familiares do ídolo botafoguense (presentes no livro de Marcos Eduardo Neves), ia piorando aos poucos. Chegou ao limite. Passou a imitar sons de motores da manhã à noite. Comia coisas que encontrava pelo chão – inclusive pedaços já usados de papel higiênico. Catava pedaços de cigarro – mesmo que tivesse carteiras inteiras à disposição. Não tinha mais condições de conviver em sociedade.
Antes, seguia respirando futebol. Fora de peso (e de si), ia ver os treinos do Olimpic, clube local. Certa feita, em 1955, pediu para jogar. Foi criado um teatro. O zagueiro foi orientado a facilitar o gol. As poucas pessoas presentes simularam ser uma torcida. Por alguns instantes, em uma cena de tristeza e beleza quase gêmeas, o gênio voltou a seus tempos de glória.
Difícil mesmo foi perceber que eles haviam terminado. Com a carreira já encerrada, antes de ser internado, Heleno passava os dias grudado no clube que amava. Frequentava o vestiário do Botafogo. Pedia dinheiro emprestado aos ex-colegas – inclusive aos desafetos. Via os treinos cambaleante, dopado de éter.
Quase morreu ali. Foi encontrado desmaiado por funcionários. Havia tentado se eletrocutar na chave de luz do clube.
Em seus últimos anos de vida, Heleno pouco mencionou a ex-mulher e o filho. As sobrinhas dele dizem que jamais ouviram uma palavra sobre o assunto sair de sua boca. No sanatório, ele teria falado de Luiz Eduardo algumas vezes.
- Ele falava muito sobre futebol, mas nunca falava da mulher e do filho. Parece que apagou isso tudo da cabeça dele – diz Herilene, sobrinha do craque.
- Para o Heleno, a coisa mais importante do mundo era ele. Ele e o Botafogo. Azar se tinha filho, se tinha mulher. Era um cara sozinho, solitário. Ele ficou louco, e a mulher percebeu isso. Fugiu até para preservar o filho – opina Marcos Eduardo Neves.
Esboços de Heleno
montagem Rodrigo Santoro Heleno de Freitas, ex-jogador do Botafogo (Foto: Reprodução)Rodrigo Santoro recria Heleno: 'Só vivia 100%'
(Foto: Reprodução)
Luiz Eduardo passou a vida tentando descobrir quem era seu pai. O nome de Heleno era quase secreto depois de Ilma voltou a se casar. Com o passar dos anos, o menino foi criando a personagem. Perguntava a botafoguenses se eles sabiam quem havia sido o grande centroavante dos anos 40. Levou um golpe quando um taxista respondeu que Heleno havia morrido louco.
Para Luiz, ver Rodrigo Santoro no cinema, na pré-estreia do filme, foi o ponto final em uma busca que parecia não ter fim. Ele enfim conseguiu criar a imagem de seu pai.
- As pessoas me contavam as histórias. Eu ia montando tudo. Aí veio o filme. Para mim, é um marco. É o início de uma nova vida, porque passei muitos anos procurando saber quem havia sido o Heleno.
Mas é difícil saber quem foi Heleno.
- Não tem como desvendá-lo. Tenho medo de que este seja o grande livro da minha vida, justamente por tudo que envolve o Heleno. Ele transcende o futebol – afirma o escritor de “Nunca houve um homem como Heleno”.
- Heleno era o super-homem de Nietzsche, uma pessoa que só via sentido em viver o máximo, em se dar 100%. Ele não tolerava mediocridade – resume Rodrigo Santoro no material de divulgação do filme.
Mais de 50 anos depois da morte de Heleno, Luiz Eduardo desenha a imagem do pai que ele jamais conheceu.
- Ele foi uma pessoa difícil de se lidar, fácil de se amar, fácil de se odiar. Ele era oito e 80. Ou se gostava dele, ou não se gostava. Ele falava o que vinha na cabeça e não se preocupava com a dor dos outros. Ele teve o temperamento de um gênio. Foi um cometa.
Heleno de Freitas, o sujeito de mil adjetivos, o mito dos anos 40, morreu em estado quase vegetativo. Mal se mexia. Mal balbuciava as palavras sem nexo de antes. Foi encontrado em seu quarto, por um enfermeiro, em uma manhã de domingo.
Justamente em um domingo, sinônimo de futebol.
info Heleno de Freitas (Foto: Arte esporte)Craque dos anos 40 é lembrado em filme, livro e exposição (Foto: Arte esporte)

Por telefone, Bernardo recebe boas-vindas do 'parça' Neymar

Novo reforço do Santos, meia que pertence ao Vasco conheceu o atacante em 2008, em um torneio de seleções de base

Por Marcelo Hazan Santos, SP
Bernardo do Vasco passa as férias em Sorocaba (Foto: Rafaela Gonçalves)Bernardo ainda não tem data para chegar ao Peixe
(Foto: Rafaela Gonçalves/globoesporte.com)
O meia Bernardo já tem o padrinho ideal para poder brilhar no Santos: Neymar. Amigo do craque do Alvinegro, o jogador emprestado pelo Vasco já conversou por telefone com o camisa 11, que lhe deu as boas-vindas e garantiu ajuda para procurar apartamento na cidade de Santos.
A amizade da dupla começou em 2008, quando eles se conheceram durante a disputa da Copa do Mediterrâneo, torneio de seleções de base. Bernardo, 21 anos (fará 22 em maio), disputava categoria acima de Neymar, 21, em um grupo que também contava com Philippe Coutinho, do Espanyol, e Wellington Nem (nascido exatamente um dia após o santista, em 6 de fevereiro de 1992), do Fluminense.
No Rio de Janeiro aprimorando a forma física em academia particular e na praia, o jogador aguarda o envio dos últimos documentos do Vasco ao Santos para que a transferência por empréstimo gratuito até o fim do ano seja confirmada. A expectativa do atleta é de que até o fim da semana ele viaje à Baixada Santista, para fazer exames médicos e assinar com o Peixe.
Além de Neymar, Bernardo também tem amizade com Gerson Magrão, apresentado nesta terça-feira, e Henrique, ambos dos tempos de Cruzeiro. O trio fez parte do elenco vice-campeão da Libertadores de 2009, quando o time mineiro caiu na final diante do Estudiantes, da Argentina.
No Santos, Bernardo disputará vaga com Paulo Henrique Ganso, Ibson, Felipe Anderson e Elano, atuais meias do elenco de Muricy Ramalho.

Após sumiço, Jô treina no Beira-Rio. Dorival se diz 'decepcionado'

Atacante não viajou à Bolívia e ainda se envolveu em outros episódios, como um acidente de trânsito de um amigo conduzindo o seu carro

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
Envolvido em polêmica por não viajar com a delegação do Inter à Bolívia, Jô treinou normalmente no Beira-Rio na tarde desta terça-feira. O atacante trabalhou com os demais atletas que não estavam relacionados para enfrentar o The Strongest, entre eles, o meia D'Alessandro, que se recupera de lesão muscular. Depois, Jô ainda fez atividade em separado com o coordenador da preparação física Élio Carravetta. Ao deixar o vestiário, não quis falar com a imprensa.
jô treino beira-rio inter (Foto: Jessica Mello/Globoesporte.com)Jô deixa treino sem falar com a imprensa (Foto: Jessica Mello/Globoesporte.com)
Na manhã desta segunda, Jô deixou o treino mais cedo, alegando estar sentindo mal-estar. À tarde, no entanto, não apareceu no Aeroporto Salgado Filho para o embarque da delegação rumo a Santa Cruz de la Sierra. A direção tentou contato com o jogador, em vão.

Já no hotel, na cidade boliviana, o diretor técnico Fernandão concedeu entrevista coletiva. O dirigente se disse surpreso com a atitude do jogador e espera resolver o problema após o retorno a Porto Alegre. Jô pode inclusive receber severa punição.
- Nos pegou de surpresa. Quando cheguei, o Jô já tinha saído do Beira-Rio. Tentei contato por telefone e não consegui - contou Fernandão. - Por tudo que o Jô vinha fazendo, em um crescimento grande, estávamos entusiasmados. Não vamos resolver isso por telefone. É conversa cara a cara.

Após o treino desta terça no gramado do Blooming, Dorival falou sobre o episódio. Segundo o técnico, a atitude de Jô foi decepcionante.
- Estou muito decepcionado. Imperdoável nada é, mas é um assunto a ser tratado pela diretoria a partir de quinta - falou. - Se soubéssemos antes, nada teria contecido.
Mais problemas extracampo
As polêmicas envolvendo Jô não pararam por aí. Na madrugada de terça, a Brigada Militar foi até a residência do jogador em Porto Alegre devido a reclamações de vizinhos, que alegavam perturbação do sossego por conta de uma festa. Um morador da casa, no entanto, avisou que o atacante não se encontrava. A polícia lavrou um termo circunstanciado.
Além disso, a Delegacia de Trânsito de Porto Alegre abriu inquérito sobre um acidente envolvendo um veículo Audi A3 Branco, pertecente a Jô. Duas pessoas ficaram feridas em colisão com uma caminhonete Toyota Hilux na última segunda-feira. Jô não estava no carro, que era dirigido por Valdemir dos Santos, um amigo do jogador com carteira de habilitação vencida desde 2003.
Os envolvidos serão chamados a depor nos próximos dias. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o delegado de trânsito, Gilberto Montenegro, afirmou que Jô pode ser indiciado por liberar o carro a um motorista não habilitado. Segundo o advogado do atacante, o atleta irá se responsabilizar pelos danos. O motorista do Audi foi liberado, mas deve ser indiciado por lesão corporal caso fique comprovado o excesso de velocidade, denunciado pelo condutor do outro veículo, e também por estar com carteira de habilitação vencida

Justiça decide nesta quarta se Oscar pode continuar no Internacional

Caso decisão seja favorável ao São Paulo, meia poderá ficar sem jogar, pois passará a ter registro na CBF com dois clubes

Por Marcelo Prado São Paulo
oscar romario juan internacional (Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)'Novela Oscar' terá mais um episódio nesta quarta
(Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)
A quarta-feira pode reservar novidades no caso Oscar. O desembargador designado para o caso irá decidir se o jogador deve voltar ao São Paulo ou se poderá seguindo atuando no Internacional.
No início de fevereiro, através de uma decisão do juiz Nelson Bueno do Prado, da 40ª Vara do Trabalho de SP, o São Paulo recuperou os direitos federativos do jogador que havia perdido no início de 2011. Quando ficou livre, o meia, de 20 anos, assinou contrato com o Internacional, que pagou € 3 milhões (R$ 6,9 milhões) por 50% dos direitos econômicos do atleta.
Apesar de determinar que os direitos sobre o jogador são do São Paulo, a decisão judicial não diz que o atleta é obrigado a retornar ao seu ex-clube. O Departamento Jurídico do Tricolor já enviou diversas notificações da decisão à CBF que, no entanto, não fez nenhuma modificação no registro do atleta. Para o órgão, Oscar é do Inter.
Nesse meio tempo, o advogado de Oscar, André Ribeiro, entrou com uma nova ação para saber se o atleta pode continuar atuando no Sul sem risco para o clube colorado.
– O Internacional não pode ser prejudicado pela questão envolvendo São Paulo e o Oscar. Se por acaso for decidido que o atleta deve ser registrado na CBF como jogador do São Paulo, teremos um caso inédito no futebol brasileiro, já que ele teria vínculo com os dois times. Clar, Oscar seria o maior prejudicado porque não poderia nem jogar. Vamos ver o que acontece, estamos preparados para tudo, é apenas mais uma etapa desse processo – afirmou o representante do jogador.
Do lado são-paulino, o advogado Carlos Eduardo Ambiel segue otimista.
– No meu entendimento, a CBF já teria de ter modificado o registro do jogador, pois existe uma decisão judicial sobre o caso. Mas eu não posso obrigar ninguém. Dois desembargadores já votaram e amanhã o terceiro dará o parecer para definir a questão.
Oscar já deixou claro que não quer mais jogar no São Paulo e estaria disposto a levar o caso às últimas instâncias. O mais provável é que haja um acordo financeiro entre o Tricolor e o atleta. No contrato que voltou a ter validade após a decisão de fevereiro, existe uma cláusula que estipula em R$ 9,5 milhões o valor para rescisão contratual.

Vice do Fla avisa: 'Não é em Búzios que o Adriano vai se recuperar'

Paulo Coutinho espera rescisão do jogador para conversar: 'Vou arrumar problema com o Corinthians? O Corinthians tem ligação com a CBF'

Por Richard Souza Rio de Janeiro
adriano corinthians   (Foto: Daniel Augusto JR / Agência Estado)Reunião de Adriano com diretoria do Fla foi adiada
(Foto: Daniel Augusto JR / Agência Estado)
O Flamengo quer esperar a rescisão de contrato de Adriano com o Corinthians para conversar com o jogador. A ideia inicial dos dirigentes rubro-negros era realizar uma reunião com o atacante até a próxima quarta-feira, mas o encontro deve ser adiado para depois do fim de semana ou na sequência da assinatura do distrato. Segundo o vice de futebol Paulo César Coutinho, o clube quer evitar problemas com o Timão.
- Antes de qualquer coisa o Adriano tem de assinar a rescisão com o Corinthians. Vai parecer que estou aliciando o jogador. Eu nem sei se ele tem contrato até dezembro. Vou arrumar problema com o Corinthians? O Corinthians tem ligação com a CBF - disse o dirigente, que foi informado pelos jornalistas que o vínculo do Imperador termina em junho. - Ah... então posso conversar com ele antes. Mas daqui a pouco chega sábado.
No último sábado, uma nota foi publicada no site oficial do Corinthians explicando que alguns detalhes da rescisão ficaram pendentes. A assinatura foi adiada para o fim desta semana.
Adriano passou alguns dias em Búzios, na Região dos Lagos. O retorno ao Rio estava previsto para esta segunda-feira. O jogador precisa de mais um mês de recuperação da lesão no tendão de Aquiles do tornozelo esquerdo e deve voltar aos treinamentos nesta semana. O Flamengo vai oferecer médico e fisioterapeuta para acompanhá-lo.
- Ele foi para lá para relaxar. Deixa ele descansando. A lesão dele é séria. Precisa se conscientizar que tem que ser cuidar muito, tem que ser tratar. Não é em Búzios que ele vai se recuperar. O Flamengo decidiu abrir as portas para ele, mas seria mais para se conscientizar de que ele não fica bom sozinho. Quem sabe ele não supera mais uma?
Dispensado pelo clube paulista na semana passada, Adriano ainda tinha quatro meses de contrato e teria a receber aproximadamente R$ 1,8 milhão até lá. O Corinthians quer diminuir esse valor e entrar em acordo com a equipe pessoal do atleta.
A discussão sobre um futuro vínculo contratual seria a segunda etapa da reaproximação entre o Flamengo e o jogador. O clube espera que nos próximos dias o zagueiro Alex Silva acerte com outra equipe por empréstimo até o fim do ano. Desta forma, o Rubro-Negro vai reduzir em R$ 300 mil mensais o valor da folha salarial. Alex será emprestado sem custos, mas o novo time dele terá de arcar com a remuneração total.
 

Estado de Havelange segue grave: exames apontam infecção bacteriana

Boletim médico desta terça-feira revela resultado de exames, mas presidente de honra da Fifa continua sem previsão de alta no Rio

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
O Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, divulgou na manhã desta terça-feira o novo boletim médico sobre a saúde de João Havelange: o presidente de honra da Fifa segue em estado grave e os exames diagnosticaram "uma infecção bacteriana grave (artrite séptica), com celulite no tornozelo direito, comprovada através de culturas do sangue".
Aos 95 anos, Havelange foi internado na noite de domingo e continua sem previsão de alta. De acordo com o cardiologista João Mansur Filho, chefe da Unidade Coronariana do Hospital Samaritano, um novo boletim será divulgado na quarta.
Mais cedo, o dirigente recebeu a visita do novo presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL), José Maria Marin. Joana Havelange, neta de Havelange e filha de Ricardo Teixeira, e o ex-árbitro Arnaldo César Coelho também estiveram no Samaritano. Segundo a família, o presidente de honra da Fifa sofreu uma torção no tornozelo há algumas semanas e estava tomando medicamento, o que pode ter causado a infecção original. Lúcia, filha de Havelange e ex-mulher de Teixeira, tem acompanhado o pai no quarto.
- O médico deu informações que me deixaram bastante otimista com relação à melhora do quadro. Estamos todos torcendo muito para que o presidente João Havelange volte logo ao nosso convívio - disse Marin.

No fim da tarde desta terça, foi a vez de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, fazer uma visita. Como na segunda-feira, ele entrou e saiu do hospital sem falar com a imprensa.
Em maio de 2010, Havelange foi internado no mesmo Samaritano com uma infecção na face. Em dezembro do ano passado, o dirigente pediu desligamento do Comitê Olímpico Internacional (COI) alegando motivos de saúde em sua carta de renúncia.
Havelange presidiu a CBD entre 1956 e 1974 – período em que a Seleção Brasileira conquistou seus três primeiros títulos mundiais de futebol. No mesmo ano, assumiu a presidência da Fifa. Permaneceu no cargo por 24 anos e só saiu em 1998 para tornar-se presidente de honra da entidade.
Confira a íntegra da nota divulgada pelo hospital:
João Havelange, 95 anos, permanece internado na Unidade Coronariana do Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Segundo o médico João Mansur Filho, depois de visita hoje, 20.03.12, o estado clínico do Presidente de Honra da Fifa é grave e inspira cuidados.
Os exames diagnosticaram uma infecção bacteriana grave (artrite séptica), com celulite no tornozelo direito, comprovada através de culturas do sangue.
Não há previsão de alta.
A equipe médica que o acompanha emitirá um novo boletim em 24 horas.
João Mansur Filho
Cardiologista
Chefe da Unidade Coronariana do Hospital Samaritano – RJ
João Havelange, Presidente de Honra da FIFA (Foto: Getty Images)Aos 95 anos, Havelange está internado desde domingo em hospital no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)

A moda pegou! Brasiliense lança o quarto ensaio de musa para maiores de 18 anos


ter, 20/03/12
por bernardo.pombo |
categoria Curiosidades


O grande sucesso de audiência conquistado com os ensaios de musas para maiores de 18 anos balançou as estruturas do Brasiliense. Eliminado da Copa do Brasil, o clube vai garantindo os picos de acesso ao seu site oficial apresentando moças completamente sem roupa. A iniciativa caiu no gosto da diretoria, que deu sinal verde para aumentar a coleção.
A empreitada começou com Kelly Cristina. O segundo ensaio foi com Andreza Silva, seguida por Valéria Castro. Agora, quem mostra as generosas curvas é Lilian Melo.
Confira algumas imagens, digamos, publicáveis:




Para conferir o ensaio no site oficial do Brasiliense, clique aqui.

Fifa vai ter de negociar venda de bebidas com estados

Lei Geral da Copa deve ser votada nesta terça-feira pela Câmara dos Deputados e não terá liberação explícita da venda

Por Marcelo Parreira Brasília, DF
Aldo Rebelo Lei Geral da Copa copa 2014   (Foto: Marcelo Parreira/Globoesporte.com)Aldo Rebelo (cinza) na reunião com os deputados
(Foto: Marcelo Parreira/Globoesporte.com)
A Fifa terá de negociar com estados e municípios que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014 a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Esta é a conclusão dos parlamentares, que prometiam votar na noite desta terça-feira a Lei Geral da Copa na Câmara dos Deputados.
Segundo o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, a forma encontrada para votar o texto foi retirar o artigo aprovado pela comissão especial que analisou o projeto que permitia explicitamente a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Assim, o projeto que será votado terá apenas o artigo que suspende as partes do Estatuto do Torcedor que proíbem a venda.
Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), foi a forma encontrada de se chegar a um acordo sobre o tema, que "garante a vitória do governo" na votação. Para o líder, o entendimento é de que a forma encontrada obrigará a Fifa a negociar com os estados.
- Hoje à noite nós vamos votar o que foi acordado com a Fifa. O Estatuto do Torcedor não explicita a questão da proibição da venda de bebidas alcoólicas. Quem explicita isso na verdade foi uma norma da CBF lá atrás, e que depois se tornou lei em alguns estados. Eu acho que é até mais fácil nos estados essa negociação.
Segundo o relator do projeto na comissão especial, deputado Vicente Cândido (PT-SP), hoje são pelo menos sete estados que proíbem a venda de bebidas: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul. Tanto Tatto como o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lembraram que os governadores das sedes fizeram compromissos com a Fifa.
- As garantias foram fornecidas pelo governo brasileiro e os governadores que participaram das candidaturas a sediar a Copa também assinaram as garantias - disse o ministro na saída da reunião com os líderes dos partidos que apoiam o governo na Câmara.
Voz dissoante

Tanto o ministro como os líderes afirmaram que a aprovação do projeto apenas com a suspensão do artigo do Estatuto do Torcedor já atende ao compromisso firmado pelo governo com a Fifa, que prevê que não exista "qualquer proibição ou restrição legal à venda, propaganda ou distribuição a qualquer produto dos Parceiros Comerciais [da Fifa], incluindo comidas e bebidas, dentro dos estádios ou nos locais dos eventos".
Relator do projeto, Cândido discorda. Ele lembrou que a inclusão do artigo que explicitava a permissão foi negociada com a Fifa, e uma forma encontrada de garantir o cumprimento da garantia. Mesmo assim, alegou ter sido voz vencida na discussão.
- Eu sou um voto em 513. A Fifa terá de ir lá e negociar. Eu estava advogando a tese de que uma lei nacional específica que é resultado de um acordo assinada pelo presidente da República resolveria, por isso que fiz o acréscimo do artigo. Tirando este artigo, está delegando para os estados.

Votação é adiada mais uma vez
Mesmo após a reunião da tarde, a votação da Lei Geral da Copa foi adiada mais uma vez. A falta de uma data para o acerto do projeto do Código Florestal na Câmara dos Deputadosfoi o grande motivo. Alguns parlamentares queriam uma data para a votação do código e ameaçaram prejudicar a Lei Geral.

Fifa nega que diretor tenha criticado
o Brasil em evento na Rússia

Entidade diz que declarações foram passadas de forma incorreta. Agência de notícias confirma erro

Por GLOBOESPORTE.COM Moscou, Rússia
A Fifa negou, na tarde desta terça-feira, que seu diretor de marketing, Thierry Weil, tenha criticado o Brasil pelos atrasos nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. De acordo com a agência de notícias “EFE”, em evento em Moscou, o dirigente teria dito que “a Rússia está fazendo com seis anos de antecedência o que o Brasil, a três anos da Copa, não está realizando”.
Segundo a assessoria de imprensa da Fifa, Thierry Weil realmente elogiou o andamento dos preparativos da Rússia para a Copa de 2018. Por sua vez, o dirigente frisou que a Fifa fez certo em antecipar as escolhas das Copas de 2018 e 2022 (Qatar), já que isso poderá evitar alguns atrasos, como no Brasil e na África do Sul (2010).
Thierry Weil na apresentação da Copa da Rússia 2018 (Foto: AP)Thierry Weil elogiou os preparativos para a Copa de 2018 na Rússia (Foto: AP)
- A Rússia já está fazendo bom uso do tempo extra que eles têm, o que prova que a decisão da Fifa foi certa ao escolher as sedes das próximas Copas do Mundo com mais tempo de antecedência. Esperamos que com isso seja possível evitar certos atrasos que temos hoje no Brasil e tivemos na África do Sul para a Copa do Mundo da Fifa 2010. É muito bom o fato de a Rússia ter mais de seis anos para se preparar para o torneio, e eles têm usado muito bem o tempo disponível. A seleção das sedes será realizada mais cedo do que nunca, o que permite que as cidades já comecem ainda este ano com os seus preparativos – disse Weil.
Também na tarde desta terça-feira, a agência de notícias “EFE” divulgou uma correção em relação às declarações de Thierry Weil, no evento em Moscou.

Estádio do Benfica vai ser o palco da final da Liga dos Campeões de 2014

Uefa divulga que Lisboa vai receber a grande decisão da Champions daqui a duas temporadas. Final da Liga Europa vai acontecer no estádio do Juve

Por GLOBOESPORTE.COM Lisboa
estádio da Luz do Benfica (Foto: AFP)Estádio da Luz, do Benfica, em Lisboa
receberá a decisão de 2013-14 (Foto: AFP)
A final da Liga dos Campeões da temporada 2013-14 já tem local definido: o Estádio da Luz, em Lisboa, casa do Benfica, vai receber a grande decisão do campeonato mais importante da Europa. A Uefa fez o comunicado oficial por meio de seu site nesta terça-feira. Além disso, a entidade que rege o futebol no Velho Continente revelou ainda que o novo estádio do Juventus, em Turim, Itália, será o palco da final da Liga Europa.
Esta é a primeira vez que Lisboa vai receber a final da Champions desde 1967, quando a final da Copa da Europa foi disputada na capital portuguesa, entre Celtic e Inter de Milão. Em 2003-2004, o antigo estádio do Benfica foi o palco da decisão da Copa da Uefa. A Itália, por sua vez, nunca recebeu uma final de Liga Europa ou da Copa da Uefa.
O comitê executivo da Uefa também anunciou que o Campeonato Europeu Sub-21 de 2015 vai ser organizado pela República Tcheca e que o Campeonato Europeu de Futsal vai ser disputado na Sérvia. No Sub-19, os três próximos torneios já têm sedes definidas: Hungria (2014), Grécia (2015) e Alemanha (2016). No Sub-17, Malta, Bulgária e Azerbaijão receberão os torneios.

Reforçado com atletas da seleção, Corinthians mira título do Brasileiro

Campeões da Copa América pelo Brasil, André, Fernando DDI, Anderson, Souza e Mão defendem o Timão na 1ª edição do torneio, em São Paulo

Por Ana Carolina Fontes São Paulo
André Corinthians futebol de areia (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)Atacante André é um dos destaques do Corinthians
para o Brasileiro (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)
Renovado, o Corinthians faz sua estreia no Campeonato Brasileiro de Clubes com um grupo recheado de nomes conhecidos do futebol de areia. Além de contar com três estrangeiros que disputaram a última Copa América (o brasileiro naturalizado americano Faberhoff e os argentinos Mendoza e Hilaire), o Timão entra em quadra com cinco atletas que fazem parte da seleção brasileira. O atacante André, os defensores Souza, Fernando DDI e Anderson, e o experiente goleiro Mão são os principais nomes do time alvinegro na primeira edição do torneio, que será realizado na Arena Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo. No comando da equipe desde o final de 2011, o técnico Alexandre Soares fez uma análise do atual elenco.
- O campeonato será muito equilibrado, com forças divididas entre os clubes. Montamos um grupo com cinco jogadores da seleção brasileira e esperamos manter essa base até o fim da temporada. Ainda falta treinamento, tivemos apenas cinco dias, mas acredito que vamos ter um bom desempenho. Quem vem forte é o Vasco, que tem a vantagem de treinar sempre junto - disse o treinador, tetracampeão mundial invicto pela seleção brasileira (2006/2007/2008/2009).
Artilheiro da Copa América (seis gols) e da Copa do Mundo da Itália (14 gols), no ano passado, André é uma das armas do Timão na busca pelo título na capital paulista.
- Treinamos forte para estrear com o pé direito. Esta é uma competição de alto nível e sabemos que uma partida pode ser definida no detalhe, não vai ser fácil. Vamos nos empenhar para chegar à final e levantar a taça. Apesar de ter defendido o Flamengo em 2011, joguei antes no Corinthians e agora estou voltando para casa - afirmou André, um dos grandes destaques da seleção na campanha do vice-campeonato mundial, quando recebeu a "Bola de Prata" como segundo melhor jogador da competição.
Para alcançar o lugar mais alto do pódio, Fernando DDI aposta no talento dos atletas do time verde-amarelo, que vive boa fase. Em quatro meses, foram seis títulos em oito torneios.
Mendonza Anderson Corinthians futebol de areia (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)Goleiro argentino Mendonza defende o chute de Anderson no treinamento (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)
- O principal trunfo do Timão é contar com cinco jogadores da seleção. Isso facilita muito o nosso trabalho, já temos um bom entrosamento - avaliou.
Meia-atacante de origem, DDI tornou-se defensor após a chegada do técnico Guga Zloccowick à equipe canarinho, no fim do ano passado. O jogador se mostrou empolgado com a presença dos times de camisa e aproveitou para convocar a torcida para o duelo contra o Sport Recife, às 16h15m, nesta quarta-feira.
- Esperamos ver a alegria da nossa torcida, que está sempre nos apoiando. Já deu para sentir o gostinho quando fomos assistir ao jogo de futsal do Corinthians na noite desta segunda-feira. Nós fomos apresentados durante o intervalo, a Fiel incentivou o time de futebol de areia e disse que ia comparecer na Arena Guarapiranga - relembrou o denfensor, referindo-se à partida em que o Timão venceu o Concórdia por 4 a 2 pela Liga Futsal, no ginásio do Parque São Jorge.
Times paulistas buscam surpreender no Brasileiro
Além de Corinthians e Santos, São Paulo, Portuguesa e Palmeiras formaram recentemente um elenco para disputar torneio na capital paulista. Com nomes desconhecidos, os times querem ganhar experiência e impressionar os rivais.

- Temos uma garotada experiente, que já disputou campeonatos estaduais e nacionais. A maioria não é conhecida do grande público até porque o futebol de areia hoje está vinculado a meia dúzia de nomes. Montamos o time em uma semana. Não temos planejamento, trabalhamos em cima do improviso e da superação - disse Vitor Gaúcho, técnico do São Paulo.
O Campeonato Brasileiro de Clubes, que será realizado entre 21 e 25 de março, terá a participação de 12 equipes, divididas em três grupos de quatro. O Corinthians está no grupo B, ao lado de Sport, Botafogo e Portuguesa e precisa ser o líder da chave ou o segundo melhor da primeira fase para avançar à semifinal.