terça-feira, 7 de agosto de 2012

Com a bênção de Damião, Brasil volta à final olímpica após 24 anos

Artilheiro das Olimpíadas de Londres, atacante do Inter comanda vitória da Seleção sobre a Coreia do Sul. Adversário na decisão será o México

Por Márcio Iannacca Direto de Manchester, Inglaterra
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Depois de 24 anos de frustrações, demissões de treinadores e crucificação de algumas gerações, a seleção brasileira está novamente em uma final olímpica. Nesta terça-feira, em Manchester, no Old Trafford, o time de Mano Menezes fez 3 a 0 na Coreia do Sul, com show de Leandro Damião, e avançou para a decisão do torneio de futebol masculino das Olimpíadas de Londres. Algo que não acontecia desde os Jogos de 1988, em Seul. O adversário será o México, sábado, às 11h, em Wembley.
A medalha de ouro olímpica é uma obsessão para o país que venceu cinco vezes a Copa do Mundo e tem uma das seleções mais temidas do planeta. Nas duas vezes que chegou mais perto da conquista, o Brasil sucumbiu na decisão e ficou apenas com a medalha de prata. Em 1984, nos Jogos de Los Angeles, perdeu da França. E quatro anos depois, em Seul, foi derrotado pela extinta União Soviética. Depois disso, levou dois bronzes: em 1996, em Atlanta, e 2008, em Pequim.
Para o duelo decisivo contra o México, o Brasil chega embalado por uma campanha goleadora. Fez três gols em todos os cinco jogos até aqui no torneio masculino de futebol das Olimpíadas da Londres. E mais: Leandro Damião, com seis gols, é o artilheiro da competição. O atacante do Internacional, aliás, é o terceiro maior goleador brasileiro nos Jogos, perdendo apenas para Bebeto (oito) e Romário (sete). No jogo desta terça-feira, o jogador deixou para trás Ronaldo Fenômeno, com cinco.
Apesar da ótima campanha, a Seleção, observada nesta terça pelos presidentes Joseph Blatter, da Fifa, e Jose Maria Marin, da CBF, tem mantido certa irregularidade durante as partidas, muito embora tenha mostrado também poder de reação. No duelo com a Coreia do Sul, mais uma vez, o Brasil levou alguns sustos. Mas dessa vez não sofreu gol, e depois que encaixou seu futebol sobrou diante de um assustado e atrapalhado adversário. Os sul-coreanos, agora, disputam o bronze contra o Japão, sexta-feira, às 15h45,
Para os jogadores da Coreia do Sul, a conquista da medalha, mesmo que de bronze, é como um título. Em especial porque o governo local prometeu aos medalhistas a dispensa do serviço militar. A final dos Jogos Olímpicos e a disputa pelo bronze têm transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.
comemoração Brasil, Coreia do Sul x Brasil (Foto: Agência AFP)Oscar, Neymar e Romulo comemorarm o primeiro gol da seleção brasileira (Foto: Agência AFP)
Após pressão, Seleção acorda com percussão

O Brasil demorou a se encontrar no primeiro tempo. A Coreia do Sul tocava melhor a bola e chegava com mais facilidade à área da Seleção. A entrada de Alex Sandro melhorou o poder de marcação pelo lado esquerdo. Os asiáticos, por sua vez, deram trabalho nos primeiros 20 minutos de jogo sempre pela direita, principalmente com o atacante Ji Dongwon.

Aos 11 minutos, a defesa não se encontrou, Nam passou por três jogadores, chegou à linha de fundo e cruzou. A bola escorou na defesa e sobrou para Hyunsung Kim, que bateu fraco. No desespero, Sandro apareceu e cortou para escanteio. Esse foi só o cartão de visitas para a sequência de lances perigosos da Coreia do Sul.
O Brasil parecia nervoso. A troca de Alex Sandro por Hulk até surtia efeito em parte. Mas não no setor ofensivo. Aos 13, Gabriel dividiu no alto com um rival, e a bola sobrou quicando na entrada da pequena área. Ji Dongwon dividiu com Juan, e Thiago Silva, quase na linha do gol, afastou o perigo. O time estava perdido, sendo dominado pelos rivais.

Dois minutos depois, Ji Dongwon soltou a bomba da intermediária, e a bola passou rente ao travessão de Gabriel. O Brasil acordou a partir dos 19 minutos. Marcelo arrancou da defesa, passou por três adversários e lançou para Leandro Damião. O atacante invadiu a área, levou a bola para a perna direita e chutou para a defesa de Lee.

A partir daí, o jogo ficou igual. Os sul-coreanos até tocavam a bola, mas já não encontravam as mesmas facilidades. Aos 27, um fenômeno curioso. Um grupo de brasileiros teve acesso à arquibancada do Old Trafford com instrumentos de percussão. Ao mesmo tempo, o time canarinho subiu de produção e passou a ser mais perigoso.

Dez minutos depois, o prêmio pela persistência na marcação da saída de bola dos rivais. Sandro recuperou a bola no meio de campo e tocou para Oscar. O apoiador carregou até a entrada da área e rolou para Romulo. O volante finalizou de primeira, sem muita força, mas o goleiro Lee aceitou: 1 a 0 Brasil. Festa da torcida no estádio do Manchester United.

Nos acréscimos, Ji Dongwon, destaque da equipe no primeiro tempo, ainda aproveitou a bobeada de Juan para finalizar forte da entrada da área por cima do travessão de Gabriel. Tudo sob o olhar atento do técnico Roberto Mancini, comandante do Manchester City, arquirrival do United na cidade inglesa.
Romulo, Coreia do Sul x Brasil (Foto: Agência AFP)Rômulo comemora com Sandro o primeiro gol da Seleção no Old Trafford (Foto: Agência AFP)
A estrela do artilheiro

A Coreia do Sul voltou como começou o primeiro tempo. Em cima da Seleção. E, logo aos três minutos, a arbitragem deixou de marcar um pênalti claro para os asiáticos. Kim Bokyung recebeu lançamento em profundidade, invadiu a área e foi derrubado por Sandro. O juiz Pavel Kralovec, da República Tcheca, mandou o lance seguir.

O Brasil tinha muitas dificuldades para sair do campo de defesa para o ataque. Abusava dos lançamentos dos zagueiros, sempre buscando uma casquinha de cabeça de Damião para Neymar sair na cara do gol. Em vão. Os sul-coreanos marcavam bem a jogada.

Mas quando conseguiu produzir uma boa jogada, o time canarinho fez o segundo gol. Aos 11, Neymar tabelou com Marcelo e recebeu na área. O atacante foi à linha de fundo e cruzou para trás. O lateral-esquerdo furou, e a bola sobrou para Damião, que bateu de primeira para marcar mais um para a Seleção.

Com o gol, Damião chegou aos cinco nas Olimpíadas, igualando-se na artilharia da competição ao senegalês Konate. A partir daí, os sul-coreanos sentiram o golpe, e o Brasil passou a tocar a bola, buscando os espaços para ampliar o marcador.

E foi no toque de bola que o time fez mais um. Neymar recebeu um lindo lançamento de Thiago Silva do campo de defesa. O atacante tocou para Oscar, que tentou devolver. A bola bateu na zaga e sobrou para Damião dentro da área. O atacante bateu colocado para se tornar o goleador da competição, com seis tentos.

A Seleção seguiu tocando bola, buscando os espaços para marcar mais um. Não precisou porque os sul-coreanos já tinham perdido a força demonstrada no início dos dois tempos. No fim, festa brasileira e a chance de buscar o inédito ouro olímpico, no próximo sábado, no mítico Wembley, em Londres.
BRASIL 3 x 0 COREIA DO SUL
Gabriel; Rafael, Thiago Silva, Juan (Bruno Uvini) e Marcelo (Hulk); Sandro, Romulo, Alex Sandro e Oscar; Leandro Damião (Alexandre Pato) e Neymar. Lee, Beom-Seok, Younggwon Kim, Seokho Hwang e Sukyoung Yun; Taehee Nam, Sungyueng Ki, Dongwon Ji (Sungdong Baek) e Bokyung Kim; Hyunsung Kim (Chuyoung Park) e Jacheol Koo (Wooyoung Jung).
Técnico: Mano Menezes Técnico: Hong Myung Bo.
Gols: Romulo, aos 37 minutos do primeiro tempo; Leandro Damião, aos 11 e aos 18 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Dongwon Ji (COR)
Local: Old Trafford, em Manchester (Inglaterra). Árbitro: Pavel Královec (Rep. Tcheca). Auxiliares: Martin Wilczek (Rep. Tcheca) e Antonin Kordula (Rep. Tcheca)

Valente, Brasil se agiganta, derruba a Rússia e avança às semifinais no vôlei

Seleção deixa para trás os altos e baixos da primeira fase, salva seis match points e se vinga de Gamova para manter vivo o sonho do bicampeonato

Por Rodrigo Alves Direto de Londres
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A estrada é assim mesmo, cheia de solavancos. No caminho que leva ao ouro olímpico, não dá para exigir asfalto liso ou tapete vermelho. E a seleção feminina de vôlei sente isso na pele em Londres. Quatro anos antes, foi ao topo em Pequim e mudou seu status no cenário mundial, mas a glória passada não vem carimbada na credencial desta vez. Tudo zerado, assim como as trombadas da primeira fase também zeram na virada para as quartas de final. E o mundo viu outro Brasil nesta terça-feira. Vibrante, buscando cada ponto. E vencendo. Diante de uma gigante Rússia, com metros e mais metros de braços longos, a equipe verde-amarela caiu no primeiro set, ficou atrás de novo no terceiro, mas se mostrou enorme. Agigantou-se e ganhou de forma dramática no tie-break (24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e um inacreditável 21/19), vingou a derrota na decisão do Mundial de 2010 e engatou a sexta marcha. Próxima parada: semifinais, a dois passos do bicampeonato olímpico.
fabi vôlei londres 2012 olimpiadas (Foto: Getty Images)Fabi puxa a festa dentro da quadra após um tie-break dramático contra a Rússia (Foto: Getty Images)
Com 27 pontos de Sheilla e 24 de Thaisa, o Brasil superou o trio de "ovas" do outro lado da rede. Shashkova fez 28, enquanto Gamova e Goncharova anotaram 25 cada. Pode ter sido o último ato da gigante Gamova, que deve se aposentar após a eliminação em Londres. No ato final, deu Brasil, para quebrar qualquer tabu pendente. Após duas derrotas para as russas em finais de Mundiais (2006 e 2010) e na semifinal de Atenas 2004, a chave virou.
- No Brasil, sempre colocam esse estigma, de que a gente nunca consegue ganhar da Rússia. Acabou. Foi importante a presença dos torcedores, o jeito como eles se comportaram. A gente precisava de um pouco mais de tranquilidade, e deu tudo certo - afirmou o técnico José Roberto Guimarães, que festejou a vitória heroica com um peixinho na quadra e saiu da quadra visivelmente emocionado.
O desafio que vale vaga na final está marcado para quinta-feira, às 15h30m (de Brasília), contra o Japão, que eliminou a China em jogo igualmente dramático no tie-break. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.
Gamova estátua vôlei Rússia (Foto: Reprodução)Fora da quadra, a russa Gamova em versão
estátua na Arena de Vôlei (Foto: Reprodução)
Gigantes superadas
Fora da quadra, na área das lanchonetes, Gamova está representada numa estátua gigante. Com 2,02m, ela personifica a diferença de altura entre as duas equipes. Na média, a seleção russa que iniciou o jogo era 5cm mais alta do que a do Brasil (1,89m contra 1,84m). Mas Zé Roberto tinha alertado sobre o perigo de outra "baixinha": Goncharova, de 1,94m. Foi justamente ela que puxou o ataque russo no início do jogo. Na primeira pausa técnica, a ponteira já tinha três pontos, e seu país vencia por 8/6. Mas era um outro Brasil em quadra, mais disposto, mais atento, gritando a cada lance. Com duas defesas difíceis de Fabi, uma pancadaça de Garay e um ataque das rivais para fora, o placar virou para 10/8.
Quando Garay atacou para fora, as brasileiras foram ao desespero reclamando de um toque. Fabi pulava feito louca na frente do juiz, que admitiu: a bola tinha batido na trança de uma russa. O espírito era esse: nenhum ponto para o outro lado sairia de graça. E na segunda parada, era o Brasil que vencia. No sufoco: 16/15.
Como Rússia é Rússia, a vantagem trocou de lado outra vez, e, quando chegou a 21/19, Zé tirou Dani Lins para colocar Fernandinha. Deu certo, e veio a virada. Mas o placar era uma gangorra, e, no desentendimento entre Fernandinha e Thaisa, a bola sequer passou da rede, dando às europeias o primeiro set point. Dani Lins voltou na hora e achou Jaqueline para explorar o bloqueio e evitar o pior. Sheilla, que tanto tinha falado das "ovas" na véspera, viu Shashkova acertar e, na sequência, cortou para fora: Rússia 26/24, 1 a 0 no jogo.
Sem baixar a cabeça, o Brasil manteve a vibração no início da segunda parcial. Na parada técnica, respirava com certo conforto: 8/5. E o alívio virou domínio em seguida, quando o placar pulou para 13/7. Com dois bloqueios implacáveis, foi a 16/9, maior vantagem de uma das equipes até então. Não foi fácil segurar a pressão, mas funcionou. Teve até lance em que a bola quicou na cabeça de uma distraída Gamova, àquela altura com "apenas" sete pontos. Assim o Brasil chegou ao famoso 24/19, placar que assombrou a seleção em Atenas, quando não conseguiu fechar o jogo contra as próprias russas nas semis. O fantasma deu uma piscada para o Brasil, e as rivais cortaram três pontos. Mas Thaisa virou e espantou o susto: 25/22, tudo igual na partida.
vôlei jaqueline brasil startseva rússia londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Jaqueline no ataque durante a partida desta segunda-feira, válida pelas quartas (Foto: Agência Reuters)
O terceiro set começou com um rali, e Jaqueline usou bem o bloqueio para colocar o Brasil à frente. O ritmo continuou bom, e quando Thaisa bloqueou para fazer 3/0, Fabi se pendurou nela para festejar. Na parada técnica, o placar era de 8/6, mas Zé Roberto não estava satisfeito: "Tem que ter paciência", pedia às meninas. Ele estava certo, porque a paciência não veio, e a Rússia virou para 13/11. Nem o pedido de tempo em seguida adiantou. A diferença chegou a três pontos na segunda parada: 16/13. Dali em diante, só deu elas. Com uma superioridade impressionante, o time de vermelho se impôs e, com um bloqueio duplo no fim, fechou o set em 25/19.
vôlei shashkova rússia tandara thaisa brasil londres 2012 (Foto: Agência Getty Images)Shashkova foi a maior pontuadora da Rússia na
partida desta terça (Foto: Agência Getty Images)
'O campeão voltou'
Veio o quarto set, e logo de cara um 3/0 para a Rússia. Quando fez o primeiro ponto, o Brasil vibrou, mas o risco de dizer adeus ao sonho do bicampeonato já dava as caras na Arena de Vôlei londrina. A vantagem chegou a 6/2 e obrigou Zé Roberto a parar o jogo. A torcida, que andava tímida, apoiou na tentativa de reação. E deu certo. O placar se equilibrou e, numa cortada furiosa de Thaisa, veio a virada para 9/8. Na segunda parada técnica, as brasileiras lideravam por dois. A diferença chegou a 19/16, evaporou em seguida, e voltou a ser de três. Thaisa ainda desperdiçou um saque na rede quanto teve o primeiro set point, mas o bloqueio de Fabiana e Garay fechou a tampa: 25/22. Àquela altura, a torcida no ginásio enchia os pulmões para gritar "O campeão voltou".
Mantendo a confiança lá no alto, o Brasil abriu o tie-break fazendo 2/0. As russas sentiram o golpe e chegaram a trombar na quadra, num erro bobo que jogou o placar para 4/2. Ainda era cedo para festejar, mas Zé Roberto puxava os gritos à beira da quadra, e a vantagem se arrastava magra, sofrida. Com Garay voando na ponta, um refresco: 10/7. Pouco depois, Garay acertou a pancada de novo, e a bola foi muito dentro, mas a arbitragem deu fora, para desespero do técnico brasileiro, que invadiu a quadra para reclamar. A tensão tirou o Brasil dos trilhos. O placar chegou a ficar igualado em 13/13, e a Rússia teve seis match points. As guerreiras de amarelo derrubaram um por um. E viraram. E festejaram. E fecharam um tie-break apertado, sofrido, dramático: 21/19. Festa na quadra, com direito a Zé Roberto dando peixinho no chão.
Se a estrada parecia meio torta, de repente se endireitou. E desde que a seleção chegou a Londres, o sonho do bicampeonato olímpico nunca esteve tão vivo.
Gamova vôlei Brasil x Rússia (Foto: AFP)Gigante caída: com fama de carrasca, Gamova sai derrotada, e o Brasil avança (Foto: AFP)

Soberanos, Alison e Emanuel batem letões e vão à final do vôlei de praia

Após um início arrasador, Alison e Emanuel superam reação de Plavins
e Smedins no segundo set, vencem por 2 sets a 0 e garantem medalha

Por GLOBOESPORTE.COM Londres
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Com uma atuação de gala, Alison e Emanuel despacharam Plavins e Smedins, da Letônia, por 2 sets a 0 (21/15 e 22/20), nesta terça-feira, e se classificaram para a grande decisão das Olimpíadas. Depois de um passeio no primeiro set, a dupla verde-amarela parecia que ia trilhar o mesmo caminho no segundo, mas os adversários reagiram a partir da metade da parcial e venderam caro a vitória. Com o resultado, o país já garantiu uma medalha em Londres. Quem vencer o jogo entre os alemães Brink e Reckermann e os holandeses Nummerdor e Schuil pega o Brasil na final.
- Eles mudaram a tática e começaram a sacar mais em mim. Estava ventando um pouco e eu comecei a errar a bola. A verdade é essa. E eles são jogadores mais baixos. Quando você é mais alto, não vê o cara embaixo. Eu estava atacando e voltando, mas o Emanuel me deixou tranquilo em todos os momentos. Disse “calma, calma, continua fazendo o seu”. E foi isso que aconteceu no final. O jogo é sempre mais no Emanuel, mas foi bom isso, ter mudado na semifinal. Se acontecer de novo na final, já estou preparado - disse Alison.
vôlei de praia emanuel alison londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Alison sobe no bloqueio para ajudar o Brasil a avançar à final do vôlei de praia (Foto: Agência Reuters)
Confiante, o Brasil entrou na Arena de Vôlei de Praia com um bom volume de jogo. Após um início equilibrado, a equipe canarinho deslanchou e abriu uma boa vantagem com um ataque no fundo da quadra. Ao lado do experiente companheiro, Alison ganhou confiança não só no bloqueio como para virar as bolas, pressionando os rivais, que passaram a cometer erros tentando driblar os favoritos. Emanuel, ouro em Atenas-2004 e bronze em Pequim-2008, estava inspirado no ataque, enquanto o Mamute era uma muralha na rede. Os letões estavam perdidos, ficaram seis pontos atrás dos brasileiros (16 a 10) e a reação não veio. A dupla verde-amarela teve um desempenho impecável e fechou a parcial em 21 a 15, em 18 minutos, sem dificuldades.
Forçando os saques em cima de Alison e arriscando ataques no fundo de quadra, Plavins e Smedins adotaram uma estratégia diferente para parar o Brasil no segundo set. Depois de ficar apenas um ponto atrás do time canarinho (11 a 10), parecia impossível que os letões pudessem encostar no placar. Mais uma vez, eles viram os adversários crescerem na partida: 15 a 10. O nível técnico dos estrangeiros era inferior e eles não tiveram armas suficientes para lutar de igual para igual com os brasileiros. Demorou, mas a dupla da Letônia finalmente acordou, deixou os erros de lado e chegou perto em uma diagonal de Smedins: 18 a 17. Depois de explorar o bloqueio brasileiro, os letões empataram: 19 a 19. O jogo ficou dramático, o Brasil suou, mas conseguiu fechar o set no bloqueio do Mamute: 22 a 20.

De virada, México vence o Japão e será o adversário do Brasil na final

Cortes marca o terceiro gol nos acréscimos e leva sua equipe para a decisão do ouro, contra a seleção brasileira, no sábado

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra
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A final do futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Londres já está definida. Além da seleção brasileira, que derrotou a Coreia do Sul, o México será o outro finalista. De virada, o time venceu o Japão por 3 a 1, na tarde desta terça-feira, no famoso estádio de Wembley. A decisão será no próximo sábado, às 11h, no mesmo local, e terá transmissão ao vivo do SporTV. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em Tempo Real.
Marco Fabián méxico gol japão futebol loondres  (Foto: Agência EFE)Marco Fabián comemora o gol contra o Japão na semifinal das Olimpíadas de Londres (Foto: Agência EFE)
O Japão começou melhor e foi dele o primeiro lance de perigo. Kiotake recebeu na entrada da área e finalizou rasteiro. A bola saiu rente à trave direita de Corona, que preferiu ficar no golpe de vista. O México encontrava dificuldades para entrar no campo adversário.

A superioridade japonesa foi transformada em gol logo aos 12 minutos. Após longa troca de passes do ataque, Otsu recebeu de Higashi e soltou uma bomba de fora da área. A bola entrou no ângulo esquerdo de Corona, que não teve como defender. Golaço!

Sem muita criatividade, o México começou a tentar os lançamentos para o rápido Giovani dos Santos. Aos 18, Peralta avançou bem pela direita, viu o atacante entrando sozinho pelo meio e tentou o passe rasteiro. Mas o zagueiro Yoshida apareceu primeiro para cortar e sair jogando.
Oribe Peralta méxico Takahiro Ohgihara Japão futebol londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Oribe Peralta e Takahiro Ohgihara disputam lance
no jogo desta terça-feira (Foto: Agência Reuters)
A melhor chance mexicana aconteceu aos 27. Após cruzamento da direita, a zaga japonesa cortou para a entrada da área e, na sobra, Giovani dos Santos chutou para fora.

O Japão recuou. Assim, o México conseguiu chegar ao empate três minutos depois. Após uma cobrança de escanteio na primeira trave, Enriquez desviou de cabeça, e Fabian completou para o fundo do gol. Nesse momento, os mexicanos equilibraram o jogo.

Outro golaço no segundo tempo

O México voltou com uma alteração para o segundo tempo. Raul Jimenez entrou no  lugar de Giovani dos Santos, que não fez um bom jogo.

Como na etapa inicial, a primeira grande chance foi japonesa. Kiotake fez bela tabela com Yamaguchi e devolveu na área para a batida do meia. Mas a bola explodiu na zaga, e, no rebote, Ohgihara mandou por cima do travessão.
O México respondeu aos 19, e com um gol. Ou melhor, um belo gol. Peralta roubou uma bola no meio e chutou com categoria para desempatar o jogo. O Japão sentiu e não repetia a mesma atuação. Mais tranquilos, os mexicanos procuravam tocar mais a bola para fazer o tempo passar.

O time recuou bastante e buscava os contra-ataques. Aos 32, após boa troca de passes, Fabian tocou para a batida de Aquino. Mas o atacante mandou por cima. O México ainda teve oportunidade para marcar o terceiro e fez. Cortes invadiu a área e tocou para confirmar a classificação da equipe para a grande decisão.

UFC abre concurso para escolher a próxima ring girl. Veja as candidatas!

Concurso acontece em Huntington Beach, em meio à campeonato de surfe

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Arianny Celeste, Brittney Palmer e cia. vão ganhar uma nova colega em breve. O UFC está realizando um concurso em meio ao US Open de Surfe, na praia da cidade de Huntington Beach, na Califórnia, para selecionar a próxima ring girl que vai desfilar no octógono com as plaquinhas nos intervalos dos rounds das lutas. A vencedora do concurso do ano passado foi Vanessa Hanson, que apareceu em alguns eventos da organização desde então. A seguir, veja algumas das dezenas de belas candidatas do concurso deste ano:
Ring Gilrs concurso UFC (Foto: Toby Ogden / surf.transworld.net)Algumas das inscritas no concurso do UFC (Foto: Toby Ogden / surf.transworld.net)
Ring Gilrs concurso UFC (Foto: Toby Ogden / surf.transworld.net)Outras inscritas no concurso do UFC (Foto: Toby Ogden / surf.transworld.net)

Parte antiga do Autódromo do Rio de Janeiro começa a ter asfalto retirado

Pista que recebeu F-1 dará lugar a Parque Olímpico. Manifestantes protestam contra fim do circuito. Categorias regionais podem ir para MG

Por Felipe Siqueira, Rafael Lopes e Alexander Grünwald Rio de Janeiro
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No lugar do ronco dos motores de carros e motos de competição, o barulho de tratores e escavadeiras. Nesta semana, foi iniciada a retirada do asfalto da parte antiga do Autódromo Nelson Piquet, desativada desde o fim de 2006 após a construção de duas arenas para o Pan-Americano de 2007. É mais um passo para o fechamento do circuito localizado em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, pista que já sediou dez corridas de Fórmula 1, além da Indy, MotoGP e diversas categorias nacionais. O traçado atual, reduzido a cerca de 60% do original, ainda não está em obras. Segundo a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e a Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), essa parte será preservada até o fim do ano e será utilizada para mais duas etapas do Campeonato Estadual de Marcas.
Protesto Autódromo Internacional Nelson Piquet Jacarepaguá (Foto: BRUNO TURANO/BRAZIL PHOTO PRESS/Agência Estado)Escavadeira tira asfalto de parte atingida do Autódromo de Jacarepaguá (Foto: Bruno turano/Agência Estado)
No último fim de semana, o circuito recebeu os últimos eventos de nível nacional e internacional. Foram realizadas duas corridas da Fórmula 3 Sul-Americana e outras duas do Brasileiro de Marcas. Enquanto os pilotos competiam no que restou da pista, escavadeiras podiam ser vistas na parte antiga. O trecho localizado entre a ponte de acesso aos boxes e a arena poliesportiva, que inclui também parte da reta do circuito oval utilizado pela Indy, teve seu asfalto retirado. Dois setores de arquibancadas, localizados próximos à arena, estão sendo desmontados desde julho.
Algumas arquibancadas estão sendo desmontadas (Foto: Felipe Siqueira / GLOBOESPORTE.COM)Algumas arquibancadas estão sendo desmontadas (Foto: Felipe Siqueira / GLOBOESPORTE.COM)
A pista carioca dará lugar ao Parque Olímpico para os Jogos de 2016. No local, serão disputadas 14 modalidades (basquete, judô, taekwondo, lutas, handebol, tênis, ciclismo, saltos ornamentais, polo aquático, natação, nado sincronizado, ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim). Depois disso, parte da estrutura será substituída por condomínios particulares.
Projeto vencedor do Parque Olímpico Rio 2016 (Foto: Divulgação)Projeto do Parque Olímpico  (Foto: Divulgação)
O acordo inicial entre as autoridades cariocas e a CBA era de que a pista só seria desativada quando um novo circuito, no bairro de Deodoro, fosse entregue. Mas em razão de diversos impasses, as obras do novo autódromo no subúrbio do Rio sequer foram iniciadas. Em janeiro, as obras no Parque Olímpico chegaram a ser paralisadas após a Justiça acatar um pedido da CBA. Porém, em um novo acerto selado neste ano, ficou combinado entre a entidade e a Prefeitura do Rio que o circuito de Jacarepaguá será desativado quando as obras em Deodoro forem iniciadas. A construção de um novo autódromo na cidade é parte da carta de compromisso com o Comitê Olímpico Internacional.
O início das obras em Deodoro e, consequentemente, o fechamento definitivo de Jacarepaguá estão previstos para o início de 2013. Entretanto, pilotos e ex-pilotos se mantêm céticos quanto a construção de uma nova pista. Ainda mais após o problema revelado pelo jornal “O Globo”. Em Julho, a publicação revelou que o terreno destinado à construção da nova pista terá que ser "descontaminado" devido à existência de explosivos não detonados no solo. A área serviu durante mais de 60 anos a treinamentos militares.
Reprodução google autódromo deodoro rio de janeiro (Foto: Google Maps)Terreno de Deodoro escolhido para a construção do novo autódromo do Rio (Foto: Google Maps)
Categorias regionais podem ser transferidas para Minas Gerais
A assessoria da Federação de Automobilismo do Estado afirmou também que, durante o período em que Jacarepaguá estiver desativado e Deodoro não estiver pronto, as competições regionais não ficarão “sem casa”. De acordo com a entidade, há um projeto para as categorias disputarem suas provas no Autódromo Mega Space, no município de Santa Luzia, em Minas Gerais. Como o local fica a quase 500km de distância do Rio, a prefeitura carioca poderá ajudar no transporte de pessoas e equipamentos.
Manifestantes pedem manutenção do Autódromo de Jacarepaguá
Nesta terça-feira, cerca de 50 pessoas realizaram uma manifestação em frente ao Fórum do Rio de Janeiro com objetivo de fazer um apelo ao Ministério Público para a manutenção do Autódromo de Jacarepaguá.
Protesto Autódromo Internacional Nelson Piquet Jacarepaguá (Foto: LUIZ ROBERTO LIMA/FUTURA PRESS/AE)Manifestação em frente ao Fórum do Rio de Janeiro (Foto: Luiz Roberto Lima/ Agência Estado)
Além das mais diversas categorias nacionais, a pista de Jacarepaguá – rebatizada, em 1988, como Autódromo Nelson Piquet – recebeu por uma década provas da Fórmula 1 e também algumas etapas da Indy e do Mundial de Motovelocidade. Foi neste circuito que Ayrton Senna fez sua estreia na Fórmula 1, em 1984. Dois anos depois, foi palco de uma antológica dobradinha de Nelson Piquet em primeiro e Ayrton em segundo. Pista carioca que presenciou também o “Professor” Alain Prost vencer quatro das dez corridas da categoria. Que, uma década mais tarde, viu o piloto da casa André Ribeiro vencer a primeira corrida da Indy em solo brasileiro, e, na Motovelocidade assistiu ao segundo título da carreira do italiano Valetino Rossi.