sexta-feira, 15 de abril de 2011

Grupo A

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Vasco
16
7
5
1
1
17
8
9
76.2
2
Flamengo
15
7
4
3
0
12
6
6
71.4
3
Americano
11
7
3
2
2
8
13
-5
52.4
4
Boavista
10
7
3
1
3
10
8
2
47.6
5
Volta Redonda
8
7
2
2
3
9
11
-2
38.1
6
Resende
7
7
2
1
4
11
11
0
33.3
7
Nova Iguaçu
7
7
2
1
4
7
11
-4
33.3
8
América-RJ
4
7
1
1
5
6
12
-6
19

Grupo B

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Fluminense
14
7
4
2
1
12
6
6
66.7
2
Olaria
14
7
4
2
1
9
4
5
66.7
3
Botafogo
11
7
3
2
2
10
7
3
52.4
4
Duque de Caxias
11
7
3
2
2
10
11
-1
52.4
5
Madureira
10
7
3
1
3
15
14
1
47.6
6
Macaé
7
7
2
1
4
10
13
-3
33.3
7
Bangu
7
7
2
1
4
8
13
-5
33.3
8
Cabofriense
4
7
1
1
5
6
12
-6
19

Jogos

  • Dom 17/04/2011 - 15h30 Trabalhador
    Resende
    RES
    MAD
    Madureira
  • Dom 17/04/2011 - 15h30 Correão
    Cabofriense
    CAB
    VOL
    Volta Redonda
  • Dom 17/04/2011 - 15h30 Moça Bonita
    Bangu
    BAN
    AMN
    Americano
  • Dom 17/04/2011 - 16h00 Raulino de Oliveira
    Flamengo
    FLA
    MAC
    Macaé
  • Dom 17/04/2011 - 16h00 São Januário
    América-RJ
    AME
    BOT
    Botafogo
  • Dom 17/04/2011 - 16h00 Bacaxá
    Boavista
    BVT
    DUQ
    Duque de Caxias
  • Dom 17/04/2011 - 16h00 Engenhão
    Fluminense
    FLU
    NOV
    Nova Iguaçu
  • Dom 17/04/2011 - 16h00 Cláudio Moacyr
    Olaria
    OLA
    VAS
    Vasco
Semifinalistas - Taça Rio
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

campeonato capixaba

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Rio Branco-ES
23
12
7
2
3
18
17
1
63.9
2
Aracruz
21
12
6
6
0
23
13
10
66.7
3
Linhares
19
12
6
1
5
20
18
2
52.8
4
São Mateus
19
12
5
4
3
22
13
9
52.8
5
Vitória-ES
17
12
5
2
5
17
13
4
47.2
6
Colatina
12
12
3
3
6
12
20
-8
33.3
7
Espírito Santo
10
12
2
4
6
14
26
-12
27.8
8
Serra
7
12
1
4
7
12
18
-6
19.4
  • Sex 15/04/2011 - 20h30 Eugênio Bitti
    Aracruz
    Espírito Santo
  • Sab 16/04/2011 - 15h00 Eugênio Bitti
    Rio Branco-ES
    Colatina
  • Sab 16/04/2011 - 18h00 Sernamby
    São Mateus
    Linhares
  • Dom 17/04/2011 - 15h00 Eugênio Bitti
    Serra
    Vitória-ES
ClassificadosRebaixados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

Leandro com as duas mãos na vaga aberta por Alecsandro

Ricardo Gomes rasga elogios ao atacante que pode ser titular pela primeira vez. Enrico está na briga

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
leandro vasco x duque de caxias (Foto: FOTOCOM.NET)Leandro durante a partida do Vasco contra o Duque
de Caxias pelo Carioca (Foto: FOTOCOM.NET)
Leandro chegou ao Vasco com moral. Mas como vinha de uma temporada repleta de lesões, estava bem abaixo fisicamente do restante do grupo. E, enquanto se recuperava, viu os outros reforços já entrando no time por terem sido apresentados no mesmo nível físico dos novos companheiros. Mas, sem reclamar e trabalhando firme no dia a dia, Leandro se recuperou e tem sido opção boa e constante nos últimos jogos. Agora, a sonhada chance como titular está bem próxima.
Alecsandro já foi descartado para o jogo contra o Olaria por causa do risco de receber o terceiro cartão amarelo e ficar fora das semifinais. A vaga aberta no ataque tem dois concorrentes: o próprio Leandro e o apoiador Enrico. Ricardo Gomes rasgou elogios aos dois, mas admitiu que o atacante larga na frente por um lugar no time.
- O Leandro chegou muito abaixo fisicamente. É diferente do Alecsandro e do Diego Souza que chegaram depois e já ganharam a vaga. Mas ele brigou muito por ela e sempre que solicitado entrou bem. São grandes as chances de ele começar jogando, mas temos o Enrico também, que não pode ser descartado - afirmou.
A entrada de Leandro demanda uma leve mudança tática. Suas características são muito parecidas com as de Eder Luis. Ambos jogam abertos pelas pontas e exploram a velocidade, diferentemente de Alcesandro que é a referência no ataque. Mas Ricardo Gomes não vê qualquer problema para escalá-los juntos por dois motivos. Primeiro que Eder Luis já atuou mais centralizado no ano passado, quando inclusive foi o artilheiro do Vasco no Brasileiro. O segundo é a versatilidade de Leandro.
- Com certeza eles podem jogar juntos. O Leandro já fez de tudo: lateral, volante, apoiador, atacante, referência... Se for o caso eles vão se encaixar - afirmou o treinador, que descartou a utilização de Elton como titular.
Leandro chegou ao Vasco no início de fevereiro. Desde então entrou no decorrer de oito partidas, seis pelo Carioca e duas pela Copa do Brasil, mas ainda não marcou nenhum gol. O time se prepara para o último jogo da primeira fase da Taça Rio, contra o Olaria. O confronto será disputado no Moacyrzão, em Macaé, a partir das 16h (horário de Brasília), no próximo domingo.
 

Playmobil de Lionel Messi promove semana da Páscoa em Barcelona

Craque é a 'cereja' de bolo tipicamente catalão, vendido na semana que antecede o evento. Iniesta, Piqué e Shakira também são homenageados

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
O atacante Lionel Messi se tornou personagem de playmobil para promover a Páscoa na Catalunha. O boneco do craque do Barcelona é a "cereja" da Mona de Páscoa, bolo típico de algumas regiões da Espanha. A degustação da torta simboliza que a Quaresma e suas abstinências estão encerradas. A homenagem ao camisa 10 do Barça foi feita justamente pela proximidade do clássico contra o Real Madrid.
playmobil lionel messi barcelona (Foto: agência EFE)Playmobil de Lionel Messi é a estrela de bolo catalão (Foto: agência EFE)
Mas não foi apenas Lionel Messi o homenageado. O zagueiro Piqué e a namorada Shakira também ganharam destaque em algumas tortas lançadas por uma confeitaria de Barcelona. O apoiador Iniesta também tem o seu próprio boneco estilizado em um dos bolos.
pique barcelona shakira Mona de Pascua chocolate semana santa (Foto: agência EFE)Piqué, Shakira e Iniesta também foram
homenageados (Foto: agência EFE)
Os jogadores do Barcelona foram escolhidos justamente pela proximidade com os clássicos contra o Real Madrid. Ao todo, as duas equipes irão se enfrentar em quatro oportunidades. No passado, Ronaldinho Gaúcho, que também defendeu o clube catalão, recebeu a mesma homanagem de Messi, Piqué e Iniesta.
A primeira partida entre Barcelona e Real Madrid será neste sábado, às 17h (de Brasília), no Santigo Bernabéu, pelo Campeonato Espanhol. No primeiro turno, o time catalão goleou o rival por 5 a 0, no Camp Nou.
A segunda partida será pela final da Copa do Rei. O confronto será disputado em Valencia, no Estádio Mestalla. Em seguida, dois jogos pelas semifinais da Liga dos Campeões. O primeiro será no dia 27 de abril, no Santiago Bernabéu. E outro, no dia 3, no Camp Nou. O vencedor estará na final do torneio continental, que será disputada em Wembley, em Londres. O adversário sairá do duelo entre Schalke 04 e Manchester United.

Dupla brasileira avança em WQS

Leo Neves e Yuri Sodré passam à terceira fase em Thurso, na Escócia

Por GLOBOESPORTE.COM Thurso, Escócia
Leonardo Neves e Yuri Sodré seguem firme no WQS de Thurso, na Escócia, etapa seis estrelas prime da divisão de acesso mundial. Nesta sexta-feira, depois de um dia de folga, eles voltaram a competir, passaram uma bateria cada e se classificaram para a terceira fase, uma antes das oitavas de final. Krystian Kymerson foi eliminado.

A melhor nota do dia foi do neozelandês Richard Christie: 9,27. O taitiano Alain Riou fez a maior soma: 17,34 pontos.

Richard será adversário de Yuri. O francês das Ilhas Reunião Adrien Toyon completa a bateria. Leo enfrentará o francês Romain Cloitre e o britânico Micah Lester.
Surfe WQS de Thurso, na Escócia (Foto: Divulgação)WQS de Thurso, na Escócia (Foto: Divulgação)

Após reunião, pilotos ameaçam não disputar a etapa de Ribeirão Preto

Atletas listaram 15 itens para mudança nas provas e pediram a saída do diretor de prova Sérgio Berti; sistema de freios já foi modificado para a etapa paulista

Por Rafael Honório Ribeirão Preto, SP
Stock Car: carros dão a largada em Interlagos (Foto: Divulgação / Duda Bairros)Pilotos reclamaram da falta de segurança nas provas
e autódromos brasileiros (Foto: Duda Bairros)
Em uma reunião que durou pouco mais de duas horas, os pilotos da Stock Car mostraram toda sua insatisfação com a falta de segurança na categoria. Essa foi a primeira vez que os organizadores e os competidores se reuniram após a morte de Gustavo Sondermann, na etapa de São Paulo. Os atletas listaram 15 pontos a serem modificados nas provas e ameaçaram não correr caso não tenham seus pedidos atendidos. Além disso, através de um abaixo assinado, eles pediram o afastamento de Sérgio Berti, diretor de prova das últimas corridas.
A sala de briefing da etapa de Ribeirão Preto foi o palco da conversa. Reunidos com Maurício Slavieiro, presidente da organizadora da Stock Car, e Nestor Valduga, comandante do Conselho Técnico Desportivo Nacional, os pilotos expuseram suas insatisfações sobre a falta de segurança nos autódromos e provas. Ao apresentar seus 15 itens, os esportistas ainda definiram prazos para eles serem atendidos.
Na reunião, os pilotos também apresentaram um abaixo-assinado para a remoção do diretor de prova Sérgio Berti de sua função.
Uma reclamação que já havia sido atendido para esta etapa foi o problema nos freios. A solução encontrada foi liberar o sistema de refrigeração para evitar o desgaste das pastilhas. Para a etapa de Velopark, os pilotos ainda pediram uma mudança no material. Outras reclamações dos pilotos foram o botão de ultrapassagem, que terá menor potência, e o maior número de faróis para facilitar a visualização da largada da prova.
Ao ouvir as reclamações, Nestor Valduga anunciou que a Confederação Brasileira de Automobilismo irá criar uma comissão para fiscalização dos autódromos brasileiros.
A lista dos quinze itens não foi divulgada, mas o GLOBOESPORTE.COM teve acesso a alguns deles, como: visibilidade dos carros, semáforo, troca dos freios, escape do cheiro de etanol dentro do cockpit do carro, mudança do diretor de prova e mudanças no pit stop.

Neymar sofre como torcedor com vitória do Santos em Assunção

Em casa, jogador reúne amigos e acompanha duelo, alternando nervosismo, concentração e gritos de comemoração. Atacante não jogou por suspensão

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
Suspenso por conta da expulsão contra o Colo Colo-CHI, na semana passada, na Vila Belmiro, Neymar não viajou com a delegação do Santos para Assunção e ficou em casa, mas parecia estar no estádio General Pablo Rojas. O atacante, acompanhado de amigos, vibrou demais com a vitória do Santos sobre o Cerro Porteño-PAR por 2 a 1, na noite da última quinta-feira, no Paraguai, pela Libertadores.
O jogador alternou momentos de sofrimento e de concentração durante a partida. E pulou demais com os gols. Soltou até alguns palavrões. As imagens foram cedidas pela Santos TV (confira o vídeo).
A expulsão contra o Colo Colo se deu porque o jogador, que já tinha amarelo na partida, levou o vermelho ao comemorar seu gol com uma máscara que estampava seu rosto. Como as regras do futebol não permitem uso deste objeto nas celebrações em campo, ele foi punido com o segundo amarelo e o vermelho na sequência.
Com o resultado em Assunção, o Santos se manteve vivo na Taça Libertadores. Tem agora oito pontos e segue em terceiro, mas verá os dois primeiros, Colo Colo e Cerro Porteño, se enfrentarem. O Peixe só precisa vencer o Deportivo Táchira-VEN, na próxima quarta-feira, no Pacaembu, que estará classificado para a próxima fase da competição.

Cuca não confirma time devido ao desgaste acumulado na semana

Por causa da partida na Argentina contra o Estudiantes, Cruzeiro deve enfrentar o Uberaba, neste domingo, com algumas modificações

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Cuca no treino do Cruzeiro (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)Cuca ainda não definiu os 11 titulares de domingo
(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
O time que Cuca mandará a campo contra o Uberaba, domingo, às 16h (de Brasília), pela 11ª e última rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro, ainda é uma incógnita. Diante da viagem à Argentina e o desgastante jogo contra o Estudiantes, o treinador poderá se ver forçado a dar descanso a alguns jogadores. No entanto, ele garante que a Raposa vai forte. Principalmente porque terá a volta do craque Montillo.
- Nós jogamos uma partida dura, desgastante, num campo pesado, com um gramado posto um dia antes do jogo, e ainda teve a chuva. Foi um desgaste enorme. Foram 14 horas de viagem, de 5h às 18h. Estou um pouco cansado, imagino que eles estejam também. E a gente não pode estar cansado no dia do jogo se não a gente não ganha. Então, vamos colocar o que a gente tiver de melhor, e hoje (sexta-feira) eu não sei dizer. Dependo da avaliação física e clínica também para escalar o time mais forte que nós pudermos.
Algumas mudanças são certas. Titulares contra o Estudiantes, Leandro Guerreiro e Thiago Ribeiro estão suspensos pelo terceiro amarelo. Se no meio a dúvida é maior porque outros jogadores podem ser poupados, no ataque as alternativas são mais reduzidas. Ortigoza e Farías disputam a chance de começar jogando.
- Tem o Ortigoza e o Farías para jogar junto com o Wallyson. Um dos dois. Eu treino amanhã de manhã (sábado), vocês sabem que eu gosto que o jogador saiba por mim e não pela imprensa. Amanhã de manhã a gente treina e define.
O Cruzeiro vai até Uberaba para tentar garantir a liderança da primeira fase e, consequentemente, a vantagem de dois resultados iguais na semifinal e final. O treinador cruzeirense esperava chegar até a última rodada com a primeira colocação garantida. No entanto, os resultados da rodada anterior não contribuíram, e a Raposa terá que correr alguns riscos. Montillo e Gil, por exemplo, podem ir a campo pendurados com dois amarelos.
- É um jogo que para nós vale muito. Temos que ter a consistência até à última partida. A gente joga por dois resultados, já que o empate nos favorece também. Vamos jogar para ganhar, mas o importante é trazer para casa as vantagens pelas quais a gente lutou durante essas onze rodadas.

Feliz com volta ao Brasil, Marquinhos Cambalhota é apresentado no Galo

Há uma década no futebol japonês, atacante de 35 anos espera se adaptar rapidamente ao ritmo do futebol brasileiro. Estreia vai ser apenas no nacional

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Marquinhos Cambalhota Atlético-MG (Foto: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com)Cambalhota quer repetir títulos no Brasil
(Fotos: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com)
O atacante Marquinhos Cambalhota, 15º reforço do Atlético-MG para a temporada, foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira. O jogador fez carreira principalmente no futebol japonês, onde atuou por dez temporadas. Antes, no Brasil, se destacou pelo Coritiba. Marquinhos chegou ao Galo com discurso de vitórias, comuns enquanto esteve no Japão. No futebol oriental, conquistou o Campeonato Japonês quatro vezes, além da Supercopa do Japão e Copa do Imperador. Marquinhos disse estar feliz por poder atuar no Atlético-MG e, principalmente, em voltar ao Brasil.
- Estou muito feliz e honrado em vestir a camisa do Atlético-MG. A idade não atrapalha em nada. Jogar fora não é fácil e espero usar a força e a velocidade para ser feliz aqui também.
Cambalhota diz que o ritmo de treinamentos no Japão é diferente, mas não acredita que a readaptação ao futebol brasileiro será muito difícil. O atacante conta ainda que optou por deixar o futebol japonês após o terremoto que atingiu o país em março.
- Sair de lá foi difícil, mas devido aos tremores e aos terremotos, fiquei feliz com a oportunidade que o Maluf ofereceu. Lá o futebol era um pouco diferente. A semelhança era que o campeonato era de pontos corridos. Mas lá a gente treinava uma vez por semana, aqui já é mais puxado. Mas não vejo problemas na adaptação, isso é com o trabalho, aos poucos.
Sobre o apelido 'Cambalhota', Marquinhos diz que surgiu quando ainda estava no Brasil, jogando pelo Coritiba. No Atlético-MG, o jogador espera repetir o estilo de comemorar os gols.
- Isso de cambalhota é quando eu comemorava os gols e dava algumas. Hoje em dia eu comemoro os gols normalmente, mas se der para fazer algumas cambalhotas, tudo bem.
Jogador referendado
Marquinhos Cambalhota Atlético-MG (Foto: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com)Apresentado por Eduardo Maluf, jogador chega recomendado por Oswaldo de Oliveira e Levir Culpi
O diretor de futebol do Atlético-MG, Eduardo Maluf, diz que Marquinhos Cambalhota foi referendado por Oswaldo de Oliveira e Levir Culpi, treinadores que estão no Japão. Maluf ainda lembrou que Cambalhota é o principal artilheiro da história do Kashima Antlers, com 59 gols.
- O Marquinhos saiu do Brasil há muitos anos e teve muitas conquistas por lá. Conversei com o Oswaldo de Oliveira, com o Levir Culpi e todos eles recomendaram o jogador. Ele está vindo sem custo para um contrato de dois anos. Ele tem 35, fez exames e nunca teve uma lesão muscular ou de joelho, e se cuida muito bem fisicamente. Esperamos que ele faça aqui o que fez no Japão. Ele é artilheiro, fez mais de 100 gols por lá.
Marquinhos Cambalhota poderá fazer sua estreia com a camisa do Galo apenas no Campeonato Brasileiro, que começará em maio.
Ficha do jogador:
Nome completo: Marcos Gomes Araújo
Data de nascimento: 23/03/1976, 35 anos
Naturalidade: Rio Brilhante-MS
Posição: atacante
Clubes: 1997/1999: Operário-PR; 1999/2001: Coritiba; 2001/2002: Verdy Kawasaki; 2003: Yokohama Marinos; 2004: Jeff United Ichihara; 2005/2006: Shimizu S-Pulse; 2007/2010: Kashima Antlers; 2011: Vegalta Sendai.
Títulos: tetracampeão Japonês: 2003, 2007, 2009 e 2010; bicampeão da Supercopa: 2009 e 2010; bicampeão da Copa do Imperador: 2007 e 2010.

Pelé e Ronaldos são candidatos a patrimônio esportivo da humanidade

Garrincha e Romário também entram em lista, que conta ainda com os argentinos Diego Maradona e Lionel Messi

Por Agências de notícias Madri, Espanha

pele cosmos hong kong (Foto: agência Reuters)Pelé é um dos candidatos  (Foto: agência Reuters)
Pelé, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, assim como os argentinos Maradona e Messi, são candidatos a integrar a lista de "patrimônio esportivo histórico da humanidade", do Bureau Internacional de Capitais Culturais (IBOCC).
A iniciativa busca "distinguir pessoas de excelência, referências para crianças e jovens do âmbito do esporte e, especialmente, no momento, do futebol", explicou o presidente do IBOCC, Xavier Tudela.
Os candidatos são propostos no site do IBOCC. Os brasileiros apresentaram os nomes de Pelé, Garrincha, Romário, Ronaldo e Ronaldinho.
O prazo para propostas termina em 16 de maio, quando começará a segunda etapa de votação. No dia 30 de junho serão conhecidos os 10 jogadores de cada país que serão declarados "Patrimônio Esportivo da Humanidade".
O IBOCC é uma organização privada dedicada a promover o desenvolvimento de capitais da cultura em todo o mundo, assim como campanhas de promoção cultural.

D’Ale vira trintão e dá presente aos colorados: ‘Vou ficar até 2015 aqui’

Em entrevista exclusiva, aniversariante fixa Copa do Mundo como meta e diz que seguirá no Inter até lá. Ele analisa conquistas e erros da carreira

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
D´Alessandro do Internacional durante entrevista (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)D'Ale aos 30 anos: lembranças e sonhos do craque colorado (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)
Há exatos 30 anos, enquanto a Argentina apenas começava a formar Maradona como mito, enquanto um certo Paulo Roberto Falcão sonhava com a Copa do Mundo de 1982, um hospital de Buenos Aires entregava à luz mais um pequeno portenho. Dizem que as enfermeiras tiveram especial atenção com a perna esquerda do recém-nascido Andrés. Afinal, nunca se sabe, dali poderia surgir um drible só dele, ali poderia estar o alicerce de um símbolo do River Plate, ali poderia estar em criação um ícone moderno de algum clube (igualmente vermelho) de algum país vizinho (igualmente enlouquecido por futebol).
D'Alessandro (Foto: Divulgação)D'Alessandro recém-nascido: infância foi no bairro
La Paternal (Foto: Divulgação/dalessandro10.com)
Há exatos 30 anos, abria os olhos em Buenos Aires o menino chamado Andrés Nicolas, que em breve infernizaria, com pernas finas, os vizinhos de La Paternal nas brincadeiras de rua, nas peladas de bairro.
Há exatos 30 anos, nascia Andrés Nicolas D’Alessandro, nascia D’Ale, nascia um futuro campeão da América pelo Internacional. O maior craque da atualidade no Beira-Rio vira trintão nesta sexta-feira. Referencial técnico do time, amado pela torcida, eleito melhor jogador do continente há poucos meses (em tradicional votação do jornal uruguaio “El País”), D’Alessandro completa três décadas de vida com histórias (boas e ruins) para contar. E com sonhos. O camisa 10 quer, a todo custo, disputar a Copa de 2014. E dá um aviso, em seu aniversário, como presente para a torcida: seguirá no Inter até lá.
D’Alessandro acertou renovação de contrato com o Inter. O novo vínculo vai até 2015. Só falta assinar. E ele não pensa em deixar o Beira-Rio tão cedo. O jogador, mesmo com tanta idolatria, mesmo com títulos expressivos, ainda não se sente parte do olimpo colorado, onde repousam os deuses dos mais de 100 anos de vida do clube. Para chegar lá, ele diz que precisa de mais tempo. E, pelo jeito, terá.
Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, D’Alessandro analisa sua carreira, fala da história de amor que teve com River Plate e Inter, comemora conquistas, lamenta erros e traça objetivos. Confira, abaixo, a íntegra da conversa de quase 40 minutos no Beira-Rio.
D´Alessandro do Internacional durante entrevista (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)D'Alessandro renova com o Inter por quatro anos e diz que estará no clube na Copa de 2014
(Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)

Você comemora 30 anos, D’Alessandro. Isso significa que você viveu mais de 10 mil dias. Qual dele foi o mais feliz?

D´Alessandro do Internacional durante entrevista (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)D'Ale cita nascimento dos filhos como dias mais
felizes (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)
Bah... É que eu separo minha vida fora do futebol e minha vida dentro do futebol. Tive muitos momentos no futebol, bons ou não. Mas tem momentos na minha vida que são, com certeza, mais importantes: o nascimento do meu filho e da minha filha. Esses momentos não podem ser comparados. Não tem comparação nenhuma com um título, com nada. Minha carreira é aparelhada por minha vida. Os momentos mais importantes são esses.
Quais suas primeiras lembranças com uma bola de futebol?
Ah, a primeira coisa que meu pai comprou para mim foi uma bola. Minha família, como se diz na Argentina, é muito futeboleira, gosta muito de futebol. Meu pai sempre me apoiou, sempre me acompanhou. Minha mãe também. Eu nasci com isso dentro de mim. O atleta que gosta mesmo do futebol tem que nascer com o carinho pelo futebol dentro dele. Eu nasci com isso. Nasci com isso, porque estudei, acabei o primeiro e o segundo graus, e não continuei estudando porque joguei todas as minhas forças no futebol. Meu pai e minha mãe fizeram um esforço, e eu pude escolher o futebol. Eu não escolhi continuar estudando, fazer outra carreira. Meus pais não podiam me ajudar nas duas coisas. Economicamente, eu tinha que escolher uma. Meu sentimento com o futebol sempre foi forte.
Você já percebia isso quando era criança?
Sempre. Sempre.
Você jogava bola onde?
D'Alessandro (Foto: Divulgação)D'Alessandro, 'muito magrinho', mas sempre com
bola perto (Foto: Divulgação/dalessandro10.com)
Eu jogava na rua. Meu pai começou a me levar para bater bola quando eu tinha quatro anos. Íamos num clube perto de casa. Era só para bater bola. Eu gostava muito. Gostava mesmo.
E você era diferente dos outros guris da tua idade?
Era muito magrinho, cara (risos).
Mas e em qualidade? Já era possível ver diferenças?
Eu era canhoto, né? A gente sempre fala que o canhoto é diferente. Meu pai também é canhoto. O canhoto tem outra postura, outro jeito. Mas, com a idade que eu tinha, não dava para ver.
Quando foi possível ver?
D´Alessandro do Internacional durante entrevista (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)D'Alessandro: reserva nas categorias de base do
River  (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)
Eu? Sei lá... Minha carreira foi um pouco estranha. Eu não joguei com muita sequência nas categorias de base do River. Quase nunca joguei. Comecei a jogar no juvenil, e quando passei para as categorias de base maiores, continuava sendo magrinho. Eu e Saviola. Jogamos 15 anos juntos. Eu era muito magrinho. Ele também. Não conseguíamos jogar direito. A gente entrava no segundo tempo. Dava para ver que a gente gostava do futebol e tinha um jeito diferente de jogar. Eu queria jogar. Não queria saber de outra coisa. Eu não era titular, mas entrava no segundo tempo. Aí chegou um treinador, e quando comecei a jogar, já pulei para o time B. Joguei um pouco no time B e já pulei para o profissional.
Foi aí o impulso, então?
É. Não sei como se diz aqui, mas lá as categorias de base têm a nona, a oitava, a sétima, a sexta, a quinta, a quarta, a terceira, que é o time B daqui, e o time profissional. Eu comecei na quinta. Chegou um treinador, me colocou para jogar, e eu não cheguei a fazer um campeonato inteiro. Já pulei para a terceira, e comecei a ter rodagem com jogadores maiores, que eu via pela televisão. Depois, pulei para o time profissional.
Você cresceu no bairro em que o Maradona se criou para o futebol, o bairro de La Paternal. Ele jogou nas categorias de base do clube dali, o Argentinos Juniors. Aliás, o estádio hoje se chama Diego Armando Maradona. Como era isso para você?
Eu moro a duas quadras, a 200 metros do campo. Eu nasci nesse bairro. Não posso comparar nenhum outro bairro com La Paternal. Claro que existem bairros mais bonitos, com mais qualidade, com toda aquela coisa que o estrangeiro gosta. Mas meu bairro é esse. Na minha vida, foram acontecendo muitas coisas, e eu não troquei de bairro. Eu continuo morando lá, minha família continua morando lá, e minha ideia é ficar lá. Conheço todo mundo. Todo mundo me conhece não como jogador, mas desde pequeno. Todos me chamavam de Andressito. Os vizinhos me conhecem. Eu vou ao supermercado caminhando. Essas coisas não têm comparação. É o meu bairro. Sair dali vai ser impossível.
Eu comentava com você, antes da entrevista, sobre aquele vídeo em que você, com nove anos, aparece no gramado do Monumental de Nuñez dizendo que sonhava jogar no River. Eu acho até um exagero querer comparar tua história no Inter com o que você viveu no River. Sua formação como homem foi lá. O que representa o River para você?
É verdade o que tu falaste. São duas épocas diferentes. No River, eu joguei desde pequeno, quando não tinha nada. Eu viajava duas horas até o clube. O último ano da escola eu fiz no River. Saía de casa às 7h30m e voltava às 21h. Eu treinava de manhã e ficava na escola de tarde. Vivi muita coisa no River. E não era profissional. O River me deu tudo. Se tenho a possibilidade de dar a meu pai,  a minha mãe e a meu irmão uma qualidade de vida melhor, é por causa do River.
Era fã do Ruben Paz também?
Eu gostava muito. Meu pai sempre tentava me colocar na frente da tevê quando tinha jogo. Ele queria que eu jogasse de volante. Volante, não, meia, porque antes não tinha meia. Antes, se jogava em uma linha de quatro atrás, com três no meio e três na frente. Não tinha essa coisa de meia e ala. Não tinha muita tática. Era só diversão. E ele tentava me fazer ver jogadores que jogavam na minha posição. Consegui ver o Ruben Paz, o Francescoli, o Rivaldo, o Alex, que está no Fenerbahçe, o Maradona, sem dúvida. Eu comecei a ver esse tipo de jogador, de quem eu gostava, e que eu achava que poderia começar a aprender com eles.
E quando você começou a se firmar e virou um titular, e depois um dos destaques, no River? Como foi para você?
Não é fácil. Você não é ninguém e de repente começa a sair na televisão. Tem muita diferença. Você começa a jogar, a sair na tevê, as pessoas te reconhecem na rua... O principal foi manter os pés no chão, a cabeça no lugar, e saber que ser atleta é um trabalho como qualquer um. Claro, eu sempre falo que sou privilegiado, porque faço o que gosto, e ainda ganho dinheiro com isso. Nem todo mundo tem essa possibilidade. O atleta é um privilegiado. Eu sempre tentei cuidar disso. Às vezes, a gente erra, mas o importante é saber que é um trabalho. A dedicação tem que ser a mesma do que se trabalhasse em um escritório ou em algum outro lugar. É uma obrigação.
D´Alessandro do Internacional durante entrevista (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)Craque colorado teve experiência na Europa e frustração por quase ter ido para o Barcelona
(Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)
Saindo do River, você vai para a Europa. Lá, você atua em alguns dos principais mercados, mas não nos principais clubes. Você não acha que sua passagem pela Europa poderia ter sido melhor (jogou no Wolfsburg, da Alemanha, no Portsmouth, da Inglaterra, e no Zaragoza, da Espanha)?
A ideia era essa...
Mas você não acha que tem futebol para isso?
Ah, isso fica com vocês, com a mídia. Não gosto de falar de mim. Cada um tem o que merece. Às vezes, acontecem coisas que impedem que você possa ter um merecimento maior. Não me arrependo de nada. Joguei três anos no River, que até pareceram mais. Saí em 2003. A ideia, o sonho do menino, era jogar nos melhores times do mundo, no Real Madrid, no Barcelona, no Inter de Milão, no Milan, no Bayern de Munique, no Manchester, no Liverpool, no Chelsea... São os maiores clubes do mundo. Mas às vezes não acontece, por muitos motivos. Eu fui mal dirigido por um empresário que tinha naquele momento. Acontecem coisas que você não fica sabendo. Mas não me arrependo de nada.
Valeu a pena?
D´Alessandro do Internacional durante entrevista (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)Meio-campista chegou ao Inter em 2008
(Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)
Com certeza. Estou feliz pela carreira que fiz até agora. Tive um momento que foi importante... Quando caiu a possibilidade de eu ir para o Barcelona, em 2002, foi meio difícil. Eu estava no River, viajei para Barcelona. O Overmars estava saindo do Barcelona. Fui a programas com a camisa dele. Eu ia usar a camisa dele. Ia ser contratado pelo Barcelona. Aí teve eleições, mudou o presidente... E o jogador nunca sabe tudo, nunca sabe o que acontece com o empresário. Caiu a transferência, e voltei para o River. Eu não tinha saído do River, mas era uma possibilidade. Foi o mais perto que estive de jogar em um time grande da Europa.
Eu lembro bem de sua chegada no Inter. Você desceu no aeroporto, e havia centenas de colorados lá. Aí você passou pelo hotel e logo veio para o Beira-Rio ver um jogo do Inter. Era contra o Santos. O Inter jogou muito mal naquela noite. Mas a questão é: você tinha, naquele momento, alguma noção de que tanta coisa poderia acontecer com você no Inter?
Claro que não. Claro que não. Quando você chega a um novo clube, tem expectativa, tem sonho, tem objetivo, mas não como aqui. Eu sabia que o Inter era grande, um dos maiores do Brasil, que tinha vencido a Libertadores de 2006, que tinha um grupo muito bom, mas é um processo até começar a vencer no clube. Tudo tem que sair bem. Um grupo que ganha é um grupo unido, formado há tempo. Pode acontecer de um grupo formado no início de um ano ganhar alguma coisa na metade do ano, mas acontece poucas vezes. Os que mais ganharam, como é o caso do Barcelona, jogam juntos há quatro, cinco, seis anos. São como uma família.
Iniesta e Xavi, que agora são tão importantes para o Barcelona, enfrentaram o Inter no Mundial de 2006. E não eram protagonistas.
E jogaram juntos na base. Mas nunca imaginei ganhar tanta coisa em tão pouco tempo com o Inter.
Pois é, D’Alessandro. Essa é uma questão importante. Você vive, sem dúvida, a fase mais vitoriosa da história do Inter. Você vive, e sendo o destaque do time, uma parte dessa fase, que começa especialmente em 2006. Você percebe que é, sem exagero, um dos maiores jogadores dos mais de 100 anos desse clube?
Não acredito nisso.
Não?
D'Alessandro (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)D'Ale no dia em que chegou ao Inter, em 2008
(Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
Não. O Inter tem muita história. Não acredito porque passei parte da minha vida no River. Joguei 16 anos lá. Aqui, vou completar três anos. Posso fazer essa comparação. Para ser ídolo, tem que viver muita história no clube. Eu acho, ou achava, que é preciso passar muitos anos no clube. E ganhar títulos também. Títulos eu ganhei. Ganhei muitos. Mas é um período de tempo curto. Eu deixo isso para a torcida. Não posso comparar a nada o carinho que as pessoas têm por mim. Não posso falar nada mais do que obrigado sempre que encontro essas pessoas na rua. São torcedores do Inter e do Grêmio também. O torcedor do Grêmio chega para mim, me dá parabéns, diz que gosta do meu futebol, e isso me deixa muito feliz, porque ultrapassa os limites do campo.
Eu lembro perfeitamente de dirigentes do Grêmio falando que estavam negociando a sua contratação. Lembro até de um técnico do Grêmio, o Vagner Mancini, dizer como pretendia utilizá-lo no time. O interesse era público. Quão perto você esteve do Grêmio?
Esse é um assunto de que não vou falar, cara. Eu respeito muito o Inter. Isso faz tempo. Estou aqui hoje. Respeito muito o Grêmio. É um time grande. Eu joguei contra o Grêmio pelo River em 2000, na Copa Mercosul, e tomei quatro no Olímpico. Joguei contra o Tinga. Ele se lembra. Mas acho que estou no lugar certo. Estou onde tinha que estar. O assunto do Grêmio foi um boato no ar. Não aconteceu nada. Hoje, estou aqui, muito, muito orgulhoso por ter chegado ao lugar certo.
Por que você vai tão bem em Gre-Nais? Em um deles, o Inter ganhou por 4 a 1. Você fez um gol e deu o passe para os outros três.
Não sei. Na Argentina, não fui tão bem assim no River-Boca. Fiz um gol, e foi na Bombonera, mas foi mais parelho. Aqui, é o momento que o Inter aproveitou. Nós aproveitamos nosso momento para chegar da melhor maneira aos Gre-Nais. O grupo não fica nervoso. Vai para o Gre-Nal com a tranquilidade de que as coisas vão acontecer. Claro que o Gre-Nal é difícil. É muito difícil. Representa muito para a torcida. E isso marca um jogador. Fazer gol, ser protagonista, não é o mais importante, mas, individualmente, é algo que me marcou no clube.
Falando em marcas, como é a marca do Mundial em você? Esperava-se muito do Inter em Adu Dhabi, e especialmente de você, mas não deu certo.
D´Alessandro do Internacional durante entrevista (Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)Argentino diz que nunca vai esquecer o Mundial
(Foto: Edu Rickes / GLOBOESPORTE.COM)
Já passou. No meu pensamento, já passou. Não vou esquecer. Joguei o Mundial e não consegui ganhar. A gente sabia que a final era o primeiro jogo. Não conseguimos fazer nosso trabalho. Não tem desculpa quando perde um jogo desse tamanho. Era o jogo mais importante do ano. Mas o futebol continua. Temos que continuar lutando para voltar lá. Não vou esquecer nunca, mas vou trabalhar para voltar. A gente não fez um baita jogo, mas não fez um jogo ruim. Teve cobrança, mas acho que a torcida reconheceu nosso esforço. A gente não conseguiu se recuperar. Acho que o grupo só se recuperou, moralmente, esse ano. E esqueceu um pouco o Mundial.
Quando um jogador chega aos 30 anos, é normal que se fale em maturidade. Você teve grandes momentos na sua carreira, mas também momentos ruins, como a confusão na final da Copa do Brasil, a briga com o Aimar na Espanha. Você se sente mais maduro hoje? Ou, melhor dizendo, você acha que já foi um jogador imaturo?
Sempre, não.
Em alguns momentos, faltou maturidade?
Certamente. Eu tenho vergonha quando vejo na tevê o que aconteceu na Copa do Brasil (tentativa de briga com William, ex-zagueiro do Corinthians), ou ir ao STJD e os caras passarem o vídeo. Dá vergonha. Mas eu sou assim. Minha personalidade é essa. Eu virei jogador profissional, além da qualidade, por causa da minha personalidade. Nesse momento, eu me arrependo de tudo. Futebol é para jogar, não para brigar. Reconheci todos os momentos que errei. Todo mundo erra. Reconheci. Isso faz parte. Entendi que esse não é o caminho. O atleta também tem uma vida pessoal, pode ter problemas fora do campo, e isso passa para o campo. Não é fácil. Mas entendi, reconheci sempre, e isso é bom. É bom reconhecer quando erra.
Tem uma Copa América na Argentina esse ano. Você acha que estará presente?
Ah, eu acho difícil. Eu disputei três jogos importantes, contra Brasil, Espanha e Japão... Tomara que eu possa entrar em alguma convocação.
Dá tempo ainda, não?
Dá tempo. Mas não sei como é a programação da seleção argentina. Vai depender de meu trabalho aqui no Inter, de seguir bem, de fazer meu melhor. Depois, se acontecer, melhor; se não acontecer, é seguir trabalhando. Não é que eu não queira jogar, que não tenha esse objetivo, mas joguei a Copa América de 2004, aquela que fizemos a final com o Brasil. Eu gostaria de jogar é o Mundial. É uma conta pendente na minha carreira. Para mim, jogar pelo meu país é o mais importante, até em amistosos, mas o sonho mais importante é jogar o Mundial.
Em 2014, você terá 33 anos...
Sim, 33 anos. E vou estar aqui no Inter.
Vai estar? Aliás, assinou a renovação? Sei que estava acertado, mas assinou?
É só uma formalidade. Posso dizer, hoje, que vou renovar por quatro anos e ficar até 2015 aqui.
Ficar mesmo? Porque uma coisa é assinar contrato, e outra é ficar mesmo.
É, mas nunca achei que ia ficar tanto, ganhar tanto, ter tanto carinho. Quando você entra em um trabalho novo, tenta fazer o melhor. O primeiro passo é conhecer o clube, as pessoas, o grupo, ser aceito. Esse passo já foi feito. O segundo passo é cumprir objetivos. Eles foram cumpridos da melhor maneira. Hoje, posso dizer que sou agradecido ao clube pelo reconhecimento, por ficar mais quatro anos.
O que te pareceu o Falcão nos primeiros contatos entre vocês?
Muito bom. Dá para ver que foi atleta. Ele significa muito para o clube, para o futebol brasileiro. Eu já tive cinco treinadores no Inter, e sempre falo o mesmo: o resultado manda no clube, no futebol. O Celso fez um baita trabalho. Estou muito agradecido a ele, como estive ao Mário Sérgio, a todos que passaram. Mas o Falcão, para o clube, é diferente. Ele significa uma coisa diferente. Ele mexeu com a torcida, com todo mundo. Temos que aproveitar isso e escolher o caminho certo, aproveitando a figura dele para levar o Inter mais alto.
Uma provocação. Quem jogou mais: Falcão ou Maradona?
Ah, eu sou argentino. Maradona, para um argentino, é sempre muito grande. Mas meu pai gostava muito do Brasil dos anos 70, de 1982, e eu conhecia o Falcão antes de chegar no Brasil.
Está certo. Feliz aniversário, D’Alessandro.
Muito obrigado.

Melzer surpreende, elimina Federer e encara Ferrer na semi de Monte Carlo

Austríaco recebe atendimento no início da partida, mas volta bem e vence o ex-número 1 do mundo pela primeira vez na carreira, por duplo 6/4, em 1h44m

Por GLOBOESPORTE.COM Monte Carlo, Mônaco
Jurger Melzer pôs fim ao sonho de Roger Federer de chegar a sua quarta final do Masters 1.000 de Monte Carlo e buscar um título inédito para sua vasta galeria de troféus. O austríaco surpreendeu o suíço e, com um duplo 6/4, em 1h44m, garantiu vaga nas semifinais do torneio do Principado de Mônaco. Na próxima fase, o número 9 do ranking da ATP enfrenta o espanhol David Ferrer, que superou o canadense Milos Raonic nesta sexta. Federer, por sua vez, continua seu jejum de títulos desde janeiro, quando foi campeão em Doha. A derrota desta sexta-feira, a primeira para o tenista austríaco, marcou a primeira eliminação do suíço nas quartas de final nesta temporada.
Tênis melzer mAster 1000 de monte carlo (Foto: agência EFE)Melzer é superior a Federer os dois sets e fecha o jogo em duplo 6/4 (Foto: agência EFE)
O início do primeiro set deu uma falsa impressão de que Roger Federer não teria uma tarefa difícil pela frente. Logo após o primeiro game, Melzer sentiu dores nas costas e solicitou atendimento médico no vestiário. A massagem, porém, parece ter surtido efeito sobre a qualidade do jogo do austríaco. Mais incisivo nos golpes e abusando das deixadinhas, o número 9 do mundo forçou o saque, variou bastante as jogadas no fundo de quadra e provocou vários erros não-forçados de Federer. Como resultado, conseguiu uma quebra a seu favor e salvou quatro contra, fechando a parcial em 6/4.
O início do segundo set começou com Federer apático e com pouca movimentação. Após sofrer nova quebra, o suíço acordou e conseguiu bons pontos com slices em ambos os lados da quadra. Mas o esboço de reação não foi o bastante. Melzer foi competente e mostrou equilíbrio emocional para salvar três break points para fechar a parcial em 6/4.
Tênis federer mAster 1000 de monte carlo (Foto: agência EFE)Apático em quadra, Federer fica pelo caminho e dá adeus ao sonho do título em Mônaco (Foto: agência EFE)