domingo, 27 de abril de 2014

Top do jiu-jítsu mundial, Gabi diz que luta evitou revidar bullying na infância

Gabi Garcia, que tem oito títulos mundiais, disse no Corujão do Esporte que mudou radicalmente os hábitos para alcançar seu próximo desafio: entrar para o UFC

Por Rio de Janeiro
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Gabi Garcia, jiu-jítsu (Foto: Arquivo Pessoal)Gabi Garcia em treino de muay thai (Foto: Arquivo Pessoal)
Quem gosta luta já está acostumado a ver os campeões brasileiros de jiu-jítsu, ou de diversas artes marciais, migrarem para o MMA, a arte marcial mista. Já com as mulheres, essa transição é quase não acontece. No entanto, se depender da dedicação de Gabi Garcia, brasileira atual número 1 do mundo jiu-jítsu, com oito títulos mundiais - quatro na categoria acima de 74kg e quatro no absoluto, vamos ter uma brasileira lutando no UFC em breve. Em participação no programa do Corujão do Esporte, Gabi diz que sempre gostou de lidar com cobranças e, que aprender algo novo, a deixa mais motivada. Além disso, a lutadora de 1,87m recorda que entrou no mundo da luta quando criança para evitar revidar as agressões dos colegas de escola que implicavam com sua condição física.

- As pessoas esperam sempre um show de você. Se você não finaliza, perguntam por que não finalizou. Eu sempre lidei muito bem com a cobrança porque eu entrei no esporte porque eu sofria bullying -  disse.
Surpreso com a declaração da atleta, Flávio Canto, que lutou judô por muitos anos, ficou curioso.
- Mas quem tinha coragem de fazer bullying com você? -  brincou.
 - Eu não era forte, era uma gordinha. Eu entrei no esporte porque eu batia nas crianças, eu revidava aquela agressão que hoje é bullying, naquela época não era. Hoje eu pago para não entrar numa briga. Essa é a questão da arte suave, da mente e de corpo.
Gabi Garcia
 - Eu não era forte, era uma gordinha. Por isso acho o esporte tão importante na vida. Eu entrei no esporte porque eu batia nas crianças, eu revidava aquela agressão que hoje é bullying, naquela época não era. Eu era gordinha e mexiam comigo. Ai eu entrei no jiu-jítsu, depois no judô, e ali eu achei um caminho. Hoje eu pago para não entrar numa briga. Essa é a questão da arte suave de mente, de corpo.
O ex-lutador Flávio Canto, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004), heptacampeão sul-americano de judô e vencedor de diversos outros títulos, também concordou com a importância da luta na infância.

- Eu sempre sugiro para os meus amigos colocarem os filhos em uma atividade de luta. Porque todo mundo em algum momento passo por isso, eu passei por bullying, mas é uma maneira de você se defender sem brigar.
Gabi Garcia, jiu-jítsu (Foto: Arquivo Pessoal)Gabi Garcia (Foto: Arquivo Pessoal)
A atleta que representa a Alliance e o Corinthians decidiu assumir esse desafio, mas não vai abandonar o jiu-jítsu.

- Eu decidi que queria aprender algo novo, e na verdade não é aquilo: Ah! A Gabi esta indo para o MMA. Isso surgiu porque eu queria aprender, e aprender é sempre bom. Eu não sabia boxear, no muay thai achei que eu nunca ia chutar, agora estou aprendendo a chutar. Estou me sentindo uma criança no parque de diversões aprendendo coisa nova.
Até agosto, quando deve acontecer a primeira luta de Gabi no MMA, ela tem que perder 10 KG. Com 1,87m ela já chegou a pesar mais de 100kg. Justamente pelo porte físico, seria difícil conseguir lutas nas artes marciais mistas. Mas aos poucos Gabi percebeu que seria possível. Mudou radicalmente os hábitos alimentares e hoje apresenta um corpo mais atlético.
- Eu faço acompanhamento com o meu médico. Eu faço o acompanhamento todo com meu médico. Todos os dias eu ligo para o Dr. Paulo Muzy.  Eu tenho muita vontade de comer, não doce, mas salgado. Eu sempre fui gordinha e tenho que manter a dieta. Eu tive uma vontade de comer um pão de queijo um dia, liguei para ele, ele falou: vem para cá e me dá um soco.  Ai eu pensei (risos), acho que não posso mesmo. Então eu estou muito focada na dieta para conseguir. Eu vou tentar, estou dando meu máximo. Aonde eu vou, vou com marmita, acho que vou conseguir. Se não conseguir, vou estar ali perto, e espero que minha adversária aceite lutar mesmo assim (risos) -  disse .
- Acho que esse deve ser o grande desafio, não? Achar alguém para lutar com você, mas deve ter alguma louca aí…(risos) -  brincou Flávio Canto. 
 
MOMENTO DESCONTRAÍDO
Em determinando momento do programa o apresentador Flávio Canto convocou Natália, do vôlei, a lutadora Gabi Garcia e atriz Samantha para ficarem de pé. A diferença de altura entre Samantha e as atletas é gritante. Flávio perguntou para a atriz onde estão os melhores perfumes, nos frascos pequenos ou grandes. Para não ficar em desvantagem, ela brincou.
- Eu acho que estão nos maiores. Não me traga esse problema, Flávio (risos). Com certeza estão nos maiores - brincou.

Em entrevista ao Combate.com, Gabi Garcia contou um pouco sobre a grande mudança que aconteceu na sua vida e a dificuldade e os conflitos diários da perda de peso. Confira a entrevista com ela no Combate.
Lutador Gabi Garcia no Corujão do Esporte (Foto: Daniel Cardoso)Lutador Gabi Garcia no Corujão do Esporte (Foto: Daniel Cardoso)

Força Bruta: musa do Jungle Fight exibe boa forma em competição

Em evento organizado por Schwarzenegger, Geisa Vitorino participa da categoria "Wellness", modalidade inspirada nas mulheres que andam pelas praias do Rio

Por Rio de Janeiro
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Nos corredores do "Força Bruta" desfilam muitos corpos musculosos. Afinal, este é um dos eventos multiesportivos mais importantes do mundo. Porém, no evento criado pelo ator, político e ex-campeão mundial de fisiculturismo, Arnold Schwarzenegger, uma das modalidades foge a esta regra e preza por corpos mais curvilíneos e menos musculosos: o "Wellness". 
Geisa Vitorino Concurso Wellness (Foto: Thiago Lopes)Geisa Vitorino durante participação na categoria 'Wellness" (Foto: Thiago Lopes)










Apesar do nome estrangeiro, que em tradução livre significa "bem estar", o esporte foi inspirado nas praias cariocas, lotadas de mulheres com corpos forjados em academias. Segundo seu criador, o "Wellness", tem como objetivo influenciar  as pessoas que gostam de malhar para manter a forma a adotarem o fisiculturismo como esporte, sem precisarem se transformar em esculturas de músculos.

 
- É a categoria das gostosas, daquelas que malham. Quando assumi a presidência (da IFBB), percebi que estava faltando a integração do bodybuilding (fisiculturismo) com as academias, pois as meninas que têm corpo bonito e treinam nas academias só podem se mostrar nas praias -  explicou Gustavo Costa, presidente da Federação Internacional de Fitness e Bodybuilding (IFBB), que há 32 anos trabalha em academias. (confira o vídeo sobre a competição)

Expoente da modalidade, Geisa Vitorino, ring girl do Jungle Fight, compete pela segunda vez no Arnold Classics e reforça o discurso a favor do Wellness. Para ela, a modalidade se diferencia justamente por levar as praticantes ao meio do caminho entre os corpos de quem disputa a categoria biquíni e as bodybuilders.

- É uma categoria na qual as pessoas ficam muito saudáveis, não precisa fazer aquela dieta absurda, como as meninas do 'Biquíni', e nem ficar tão forte. Quando você fala que é fisiculturista, as pessoas imaginam aquela mulher enorme. Mas quando digo que eu sou fisiculturista, as pessoas olham e dizem: "nossa, você é normal" - explicou.

Critérios do Wellness

Geisa Vitorino Concurso Wellness (Foto: Thiago Lopes)Competidoras em ação na categoria Wellness (Foto: Thiago Lopes)
Para disputar a categoria Wellness, as mulheres precisam transmitir clara impressão de que praticam musculação, apresentar físico saudável, ter corpos com baixo percentual de gordura e grupos musculares com formas naturais e firmes. O tamanho dos músculos precisa ser moderado e a beleza é quesito fundamental. Critérios como presença de palco e simpatia também contam pontos. Já a magreza, pode levar atletas à derrota.

Para competir, as atletas precisam ter mais de 16 anos de idade, e as categorias são divididas por altura: até 158cm, até 163cm, até 167cm e acima de 167cm. Também há uma categoria para  competidoras com mais de 30 anos.

Quem quiser ver como é essa competição basta ir neste domingo ao Rio Centro (na zona oeste do Rio de Janeiro) e acompanhar as finais da categoria, no palco principal do Arnold Classic.

O Esporte Espetacular transmite o "Força Bruta" no dia 4 de maio, com a presença de Tiago Leifert e Rodrigo "Minotauro". 

Geisa Vitorino Concurso Wellness (Foto: Thiago Lopes)Geisa (à direita) e uma competidora se preparam para entrar no palco (Foto: Thiago Lopes)

Chris Beal abre o UFC 172 com nocautaço de joelhada voadora

Peso-galo estreia no Ultimate com grande vitória sobre Patrick Williams no segundo round. Com belo overhand, Danny Castillo também nocauteia

Por Baltimore, EUA
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Assim como Godofredo Pepey fez em Natal contra Noad Lahat, o estreante Chris Beal abriu o card do UFC 172 com uma joelhada voadora que lhe rendeu um nocautaço. O golpe "apagou" o também estreante Patrick Williams no segundo round, e o público ganhou um ânimo especial para esperar pela luta principal da noite deste sábado, entre Jon Jones e Glover Teixeira, em Baltimore (EUA).

Clique aqui e veja como foi a vitória de Bethe Correia sobre Jessamyn Duke
O começo do duelo pela categoria dos galos (até 61kg) teve um momento curioso. Beal sentiu uma joelhada nos "países baixos", e Williams foi para cima e encaixou um mata-leão, mas o árbitro Herb Dean parou o combate para que Beal pudesse se recuperar, como manda o figurino. Na volta, Williams chegou a botar para baixo, mas levou alguns contragolpes fortes. No fim do primeiro round, Williams achou que estava em vantagem e quis ser bem conservador, claramente fugindo do adversário ao correr pelo octógono. Mas ele não conseguiu e saiu para o segundo round com um pequeno corte na testa após ter sido acertado em cheio.
MMA - UFC 172 - Chris Beal x Patrick Williams (Foto: Getty Images)Chris Beal acerta joelhada voadora em Patrick Williams (Foto: Getty Images)
Na volta, a caça de Beal ao rival seguiu, e ele acertou a mão pesada algumas vezes. Com 1m51s do segundo assalto, Beal deixou as mãos de lado e soltou uma bela joelhada voadora. O golpe pegou no rosto de Williams, que caiu nocauteado.
Aos 28 anos, Beal chegou a um cartel de nove vitórias em nove lutas. Ele participou da última temporada do The Ultimate Fighter, nos EUA, e foi eliminado nas quartas de final por Chris Holdsworth, que posteriormentre se sagrou campeão. As lutas dentro da casa do TUF, no entanto, não entram para o cartel oficial. Já Williams, de 32 anos, sofreu o quarto revés em 11 combates na carreira. Ele vinha de dois triunfos consecutivos.
Danny Castillo também consegue nocaute plástico
O peso-leve (até 70kg) Danny Castillo não teve sucesso com seu overhand de direita em sua última luta, contra Edson Barboza. O nocaute técnico não veio por pouco. Neste sábado, porém, o golpe entrou limpo no queixo de seu compatriota Charlie Brenneman, e o veterano de 34 anos saiu vencedor com um nocautaço aos 21 segundos do segundo round, na segunda luta do card.
Castillo começou a luta como o "agressor", misturando chutes baixos e jabs. Brenneman, todavia, rapidamente conseguiu uma queda e caiu já na posição de 100kg. No solo, o "Spaniard" puniu "Last Call" com joelhadas no corpo e ameaçou uma chave de braço. Castillo conseguiu escapar. Brenneman obteve nova queda no minuto final, mas seu adversário não só escapou de suas garras, como fechou um estrangulamento lateral, mas não houve tempo para finalizar antes do soar da sirene.
MMA - UFC 172 - Danny Castilho x Charlie Brenneman (Foto: Getty Images)Charlie Brenneman "apaga" após levar overhand de Danny Castillo (Foto: Getty Images)
No segundo round, Castillo não precisou de mais de 21 segundos para conseguir o nocaute. O americano de San Francisco fintou uma queda, Brenneman abriu a guarda e levou um overhand de direita no queixo, caindo já "apagado". Foi a 17ª vitória de Castillo na carreira, a terceira em suas últimas quatro lutas. Brenneman, por sua vez, sofreu sua segunda derrota seguida no Ultimate, a sétima em sua carreira no MMA.
Takanori Gomi vence "guerra" contra Vallie-Flagg
Os veteranos pesos-leves (até 70kg) Takanori Gomi e Isaac Vallie-Flagg fizeram um combate muito parelho na penúltima luta do card preliminar do UFC 172. O japonês, ex-campeão peso-leve do extinto Pride, acabou levando a melhor na decisão unânime dos juízes (triplo 29 a 28) graças à sua maior precisão nos golpes, que deixaram seu adversário americano com o rosto bastante ferido e ensanguentado ao final do duelo.
Vallie-Flagg começou o combate com muitos chutes baixos. Gomi não se intimidou e conseguiu desequilibrar o adversário com um direto de esquerda. Aos poucos, o japonês foi encaixando seus jabs e ganchos. Vallie-Flagg respondeu na mesma moeda e conectou dois bons diretos de direita. Ele se desequilibrou ao tentar um chute mais ousado e caiu por baixo de Gomi, que pegou suas costas e ameaçou fechar um estrangulamento. O posicionamento não estava bom, e Vallie-Flagg escapou.
MMA - UFC 172 - Takanori Gomi x Isaac Vallie-Flagg (Foto: Getty Images)Takanori Gomi conecta direita em Isaac Vallie-Flagg (Foto: Getty Images)
Os dois rounds seguintes foram de muita trocação franca. Vallie-Flagg tinha sua melhor arma nos diretos de direita, que encontraram o rosto de Gomi várias vezes e abriu um leve sangramento no nariz. O "Fireball Kid", porém, acertava com mais poder e com melhores sequências, e um de seus cruzados de de esquerda abriu um corte abaixo do olho direito do americano, que rapidamente inchou. Vallie-Flagg teve seu melhor momento no início do terceiro round, quando aproveitou um tropeço de Gomi para cair por cima e golpear a cabeça com marretadas. A luta poderia ter terminado ali, mas Gomi se recuperou e se levantou, levando a torcida ao delírio. No centro do octógono, ele engoliu mais um direto de Vallie-Flagg, mas seguiu jogando seus próprios golpes. Uma série de jabs, ganchos e diretos abriu mais cortes no rosto do americano, que ficou ensanguentado. Vallie-Flagg resistiu, conseguiu derrubar o adversário nos segundos finais e, mesmo terminando por baixo, jogou cotoveladas e golpes curtos para tentar garantir a vitória. Porém, não foi o suficiente.
Benavidez começa no prejuízo, mas finaliza Elliott
O peso-mosca (até 57kg) Joseph Benavidez conquistou uma vitória convincente na luta que fechou o card preliminar. O americano foi quedado algumas vezes pelo compatriota Tim Elliott no começo e viu o adversário apresentar ótimo jogo de chão, mas foi esperto e achou espaço para encaixar uma guilhotina, finalizando aos 4m08s do primeiro round.
Elliott buscou a quda no single leg logo de cara e quase viu Benavidez pegar seu pescoço. Em nova queda, Elliott travou os dois braços do rival com um crucifixo. Benavidez, no entanto, forçou o quadril e conseguiu sair. Logo depois, Elliott foi no double leg e botou para baixo de novo. Benavidez, sempre atento, movimentou-se no chão, chegou à montada e encaixou uma guilhotina. Elliott tentou sair, mas estava com os dois braços presos. No desespero, Elliott usou as pernas para dar os três "tapinhas" em sinal de desistência, em cena inusitada.
MMA - UFC 172 - Joseph Benavidez x Timothy Elliott (Foto: Getty Images)Joseph Benavidez encaixa guilhotina em Tim Elliott (Foto: Getty Images)

Bethe Correia encurta a distância contra Duke e vence outra no UFC

Peso-galo brasileira não se intimida com diferença de envergadura, vai bem
na trocação e mantém invencibilidade do cartel no MMA, que agora é de 8-0

Por Baltimore, EUA
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A potiguar Bethe "Pitbull" Correia se apresentou bem no octógono na noite deste sábado, no UFC 172, em Baltimore (EUA), e venceu mais uma na organização. Ela superou a diferença de altura e envergadura em relação à americana Jessamyn Duke, teve ótimo desempenho na trocação e derrotou a adversária por decisão unânime dos jurados (30 a 27, 29 a 28 e 30 a 27). O duelo foi válido pela categoria feminina dos galos (até 61kg).
Clique aqui e veja como foram as outras lutas do card preliminar do UFC 172
Em sua estreia no Ultimate, Bethe já havia derrotado outra americana, Julie Kedzie, por decisão dividida. No total, a atleta de 30 anos chegou a um cartel de oito triunfos em oito combates. Já Duke, de 27 anos, sofreu seu primeiro revés oficial em cinco duelos na carreira.
MMA - UFC 172 - Bethe Correia x Jessamyn Duke (Foto: Getty Images)Bethe Correia tenta overhand contra Jessamyn Duke (Foto: Getty Images)
As duas estudaram bem a distância no início. Bethe encurtou e conseguiu conectar alguns golpes no rosto de Duke, que partiu para o clinch. A brasileira da equipe Pitbull Brothers pressionou a rival contra a grade e foi quedada, mas logo se levantou. A americana manteve Bethe longe no finzinho com jabs e chutes frontais.
No segundo round, Bethe foi colocada para baixo de novo e viu Duke tentar uma gravata peruana, mas inverteu a posição. A brasileira não golpeou muito a oponente, que se levantou e aplicou linda queda. De novo em pé, Duke voltou a jabear bem.
Bethe aumentou a agressividade no último assalto e por pouco não encaixou lindo soco rodado. Ela encurtou ainda mais a distância e castigou Duke com chutes baixos e a mão certeira, que entrou na guarda da americana. Duke conseguiu a queda e tentou prender o braço de Bethe, que saiu bem e inverteu a posição. A brasileira sofreu outra queda, mas a americana mais uma vez não deu prosseguimento no chão. No fim, unanimidade a favor da potiguar.

Joelhada voadora e guilhotina da montada rendem bônus no UFC 172

Nocaute de Chris Beal e finalização de Joseph Benavidez ficam com os prêmios de "Performance da Noite". Melhor luta é entre Gomi e Vallie-Flag

Por Baltimore, EUA
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Duas maneiras de terminar lutas nem tão comuns assim renderam a Chris Beal e Joseph Benavidez US$ 50 mil (cerca de R$ 111,6 mil) a mais para suas contas pessoais após o UFC 172, em Baltimore (EUA), neste sábado. Ambos ficaram com os bônus de "Performance da Noite". Beal por ter nocauteado Patrick Williams com uma joelhada voadora. E Benavidez por ter encaixado uma guilhotina da montada, obrigando Tim Elliott a desistir do combate.
A melhor luta da noite na opinião dos dirigentes do Ultimate foi o confronto entre Takanori Gomi e Isaac Vallie-Flag. O japonês venceu por pontos a batalha disputada basicamente toda ela na trocação.
MMA - UFC 172 - Chris Beal x Patrick Williams (Foto: Getty Images)Chris Beal dispara joelhada contra Patrick Williams (Foto: Getty Images)
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Das dez lutas do UFC 172, quatro terminaram por finalização, sendo três por guilhotina. Outras quatro foram por pontos, e curiosamente apenas as duas primeiras acabaram com nocautes.

Dana White confirma Gustafsson como próximo adversário de Jones

Sueco desafiou americano em 2013 e quebrou tabus do rival, mas foi
derrotado na decisão dos jurados. Ainda não há data nem local definidos

Por Baltimore, EUA
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O próximo desafio de Jon Jones será um velho conhecido: Alexander Gustafsson. O presidente do Ultimate, Dana White, confirmou na coletiva de imprensa pós-UFC 172 que o americano, após a vitória sobre Glover Teixeira, fará a revanche contra o sueco. Os dois se enfrentaram em setembro do ano passado, no Canadá, onde o campeão manteve o cinturão em uma luta de cinco rounds. O resultado foi um triplo 48 a 47 para Jones na decisão dos jurados, na batalha mais dura que ele enfrentou até hoje. Ainda não há data e local definidos para o novo duelo.
Encarada UFC 165 Jon Jones e Gustafsson (Foto: Getty Images)Encarada entre Jon Jones e Gustafsson no UFC 165 (Foto: Getty Images)
Após o anúncio de Dana, "Bones" foi questionado sobre o que fará de diferente na revanche contra Gustafsson, já que sofreu bastante na primeira luta entre eles, mas evitou comentar:
- Não vou falar daquele cara. Não quero falar nada sobre isso agora. Só quero aproveitar o momento - afirmou o campeão.
Aos 26 anos, Jon Jones é o recordista de defesas de cinturão na categoria dos meio-pesados, com sete, e nessa caminhada só venceu grandes nomes: Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alexander Gustafsson e Glover Teixeira.
Já o sueco está com 27 anos e vem de um triunfo por nocaute sobre Jimi Manuwa após perder para Jones. No total, ele tem um cartel de 16 vitórias e apenas duas derrotas. Gustafsson, por sinal, é o único da divisão que tem altura e envergadura similares às do campeão. Ele foi o primeiro e único até hoje a quedar Jones e a fazê-lo sangrar durante uma luta.

Rockhold insiste em revanche contra Belfort: "Sei que posso vencê-lo"

"Ele me pegou na hora certa, num momento de transição. Ele veio com
algo que nunca tinha feito antes. Me sinto mais confortável agora", afirma

Por Baltimore, EUA
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Se já estava pensando em Vitor Belfort antes, Luke Rockhold voltou suas atenções ainda mais para o brasileiro após a vitória sobre Tim Boetsch no UFC 172, na noite de sábado. O ex-campeão do Strikeforce deu fortes sinais de que não digeriu a derrota para o "Fenômeno", ocorrida em maio do ano passado, quando foi nocauteado com um belíssimo chute rodado seguido de socos. Rockhold justificou o revés dizendo que Belfort teoricamente o enfrentou num bom momento para o próprio carioca e ruim para ele, pois estava trocando o Strikeforce pelo UFC:
- Foi uma derrota, e quero me redimir. Quero merecer a disputa de título. Ganhar do Vitor é o melhor jeito de mostrar isso. Ele me pegou na hora certa, num momento de transição. Ele veio com algo que nunca tinha feito antes. Me sinto mais confortável agora. Adoraria colocar um final diferente nessa história. Sei que posso vencê-lo - disse ele, na coletiva de imprensa pós-evento.
Luke Rockhold (Foto: Evelyn Rodrigues)Luke Rockhold na coletiva do pós-UFC 172 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Ao ouvir a declaração de Luke, o presidente do Ultimate, Dana White, também se manifestou e de forma positiva, elogiando a postura do peso-médio:
- Concordo. Não é qualquer um que desafia o Vitor. E ele nem desarrumou o cabelo nessa luta. Fez um trabalho incrível contra o Boetsch.
Desde a comentada derrota, Rockhold havia vencido Costa Philippou por nocaute técnico, em janeiro deste ano, antes de encarar Tim Boetsch. Apesar de querer a revanche contra Belfort, o mais provável é que ele faça uma outra revanche, contra Ronaldo Jacaré. Luke tomou o cinturão do Strikeforce de Jacaré em 2011, e os dois hoje são quinto e quarto colocados do ranking oficial dos médios do Ultimate, respectivamente.

Bethe cutuca quarteto de Ronda: “Já foi uma, agora só faltam três"

Brasileira derrotou protegida da campeã em duelo pelo UFC 172, neste sábado e não quer saber de esperar para voltar ao octógono

Por Direto de Baltimore, EUA
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A brasileira Bethe Correia conseguiu a sua segunda vitória seguida no Ultimate neste sábado, quando derrotou Jessamyn Duke pelo UFC 172, em Baltimore, nos EUA. Ainda eufórica, ela conversou com o Combate.com logo depois de sair do octógono e aproveitou para cutucar a equipe de sua adversária, que é a mesma de Ronda Rousey.  Logo depois de participar do TUF 18 como treinadora, a campeã praticamente adotou duas ex-participantes - Jessamyn e Shayna Baszler - e as levou para morar em sua própria casa na Califórnia, onde também reside Marina Shafir, sua melhor amiga. O  quarteto foi apelidado de “4horsewomen” (as quatro cavaleiras), e Bethe não perdoou ao derrotar uma de suas integrantes:
- Eu vim para trocar porrada com ela, foi o que eu falei, disse que ia para cima e que não ia me intimidar com a envergadura dela. A Jessamyn tinha um alcance bem maior e estava se gabando, dizendo que ia me nocautear. O apelido dela é “The Gun” (arma) e eu disse que sou à prova de bala. Então troquei com ela, que aplicou algumas quedas em mim, mas me levantei rapidamente e raspei, me mantive por cima. Gostei bastante do meu desempenho e agora é evoluir mais e focar na próxima luta e na próxima adversária para fazer uma luta ainda melhor do que essa. Hoje eu derrotei a Jessamyn, agora só faltam três cavaleiras - cutucou.
MMA - UFC 172 - Bethe Correia x Jessamyn Duke (Foto: Getty Images) Bethe Correia (esquerda) derrota Jessamyn Duke (Foto: Getty Images)

A potiguar, que agora está invicta na carreira, com oito lutas e oito vitórias, não quer pensar em descanso e pretende voltar ao octógono o quanto antes:
- Eu luto com qualquer uma, é só dizer aí, tem várias meninas contratadas pelo UFC na minha categoria e na hora que eles disserem “Bethe é essa”, eu caio para dentro. Eu só vou esperar o telefonema. Tomara que seja rápido, porque estou com um ritmo de luta e treino e aí já mantenho.
No início da semana,  Bethe tinha dito que não se intimidava com a maior envergadura da americana, que é quase 15 centímetros mais alta do que ela. Depois de vencer Jessamyn na decisão unânime, a atleta comemorou a estratégia certa para o duelo:
- Como ela é bem maior do que eu, eu não podia cair para dentro, porque podia começar a levar muito jab e, quando entra um, facilita uma sequência maior e eu podia realmente ser nocauteada. Então eu preferi estudar primeiro a distância dela, para depois me encontrar no combate e encaixar os meus golpes para romper o alcance dela. Não é muito fácil lutar com pessoas que têm uma diferença de alcance tão grande, né? E foi isso que eu fiz, preferi achar a distância do meu braço para acertar o rosto da minha adversária. Foi assim que eu treinei para lutar com ela e deu certo.
Apelidada de “Pitbull” por treinar na mesma academia que os irmãos Patricky e Patrício Pitbull, a lutadora fez apenas a sua segunda luta no UFC e conta que o nervosismo dessa vez não a atrapalhou tanto quanto em sua luta de estreia, quando derrotou Julia Kedzie na decisão dividida dos juízes, em dezembro passado:
- Eu acho que foram duas lutas totalmente diferentes, mas as duas foram muito tensas para mim. A primeira foi muito tensa por ser estreia no UFC e porque o mundo inteiro estava me vendo. Essa foi tensa porque foi uma adversária que me provocou bastante. A Jessamyn é de um time muito forte, um dos maiores do mundo, é muito dura, treina com a Ronda, que é a campeã,  e estava com uma estrutura muito forte sobre ela. Só que eu confiei bastante na minha equipe, que tem um arsenal de atletas internacionais. Não me intimidei com esse papinho dela, que falou demais. Até papagaio fala. Estou tranquila e entrei na luta mais à vontade, o frio na barriga foi um pouco menor. Cada luta que vier vai manter esse frio na barriga, mas já estou me sentindo em casa - finalizou.

Anthony Johnson domina Phil Davis em pé e tem retorno triunfal ao UFC

Integrante da Blackzilians castiga o adversário na trocação, evita todas as quedas e vence por decisão unânime. Rockhold, Miller e Holloway finalizam

Por Baltimore, EUA
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Ex-peso-médio (até 84kg) e meio-médio (até 77kg), Anthony Johnson voltou ao Ultimate como meio-pesado (até 93kg) na noite deste sábado, em Baltimore (EUA), no UFC 172, e conquistou uma grande vitória sobre Phil Davis, número 4 do ranking oficial da categoria. Johnson evitou todas as quedas, mostrou mão pesada, dominou o rival durante os três rounds e venceu por decisão unânime dos jurados (triplo 30 a 27).
O "Rumble" chegou ao sétimo triunfo consecutivo, sendo que os seis anteriores foram fora do UFC, de onde ele havia sido demitido no começo de 2012 após ter problemas com a balança. Davis, por sua vez, teve interrompida uma série de três vitórias.
Johnson foi cercando Davis pelo octógono e encurtando a distância para golpear. Ele acertou um gancho e um cruzado, e defendeu a primeira tentativa de queda. Johnson acertou um chute baixo e uma sequência de golpes no rosto. Com um sangramento no supercílio, Davis sentiu e tentou ir nas pernas, mas não obteve sucesso. Davis, então, tentou trocar um pouco em pé, mas continuou em desvantagem.
MMA - UFC 172 - Anthony Johnson x Phil Davis (Foto: Reuters)Anthony Johnson acerta chute frontal em Phil Davis (Foto: Reuters)
Phil Davis melhorou no segundo round e começou a acertar jabs e outros golpes em Johnson na trocação, e a se defender melhor. Mas o integrante da Blackzilians seguiu com a mão mais potente, encaixando bons cruzados e diretos, além de dois chutes altos. Davis buscou outra vez a queda, e de novo ficou só na tentativa.
No terceiro round, Davis aguentou bem algumas pancadas de Johnson e o travou na grade, mas a ação durou pouco. Com o gás em dia, Johnson imprimiu o mesmo ritmo dos assaltos anteriores e caçou o rival. Na decisão dos jurados, justa unanimidade a favor do "Rumble".
Luke Rockhold vence com linda finalização
Conhecido por seu ótimo kickboxing, o peso-médio (até 84kg) Luke Rockhold deu um show de jiu-jítsu no UFC 172 e finalizou Tim Boetsch com uma kimura ainda no primeiro round. Boetsch começou quedando Rockhold, que girou no chão e ficou em boa posição ao encaixar um triângulo invertido. Com os braços presos, Boetsch ficou sem ação, e Rockhold puxou o braço esquerdo do adversário. Faixa-marrom da arte suave, o ex-campeão do Strikeforce aplicou a kimura e obrigou Boetsch a desistir. O árbitro interrompeu o combate aos 2m08s.
- Eu quero uma disputa de cinturão. Quero que o UFC me dê alguém que esteja lá em cima. Gostaria de uma revanche contra o Vitor Belfort. Quero merecer disputar o cinturão. Também tenho negócios a resolver com o Michael Bisping - disse Rockhold, no microfone do UFC.
MMA - UFC 172 - Luke Rockhold x Tim Boestsch (Foto: Getty Images)Luke Rockhold trava Tim Boestsch com um triângulo invertido antes de encaixar kimura (Foto: Getty Images)
Jim Miller não dá chance para Yancy Medeiros
O americano Jim Miller conquistou sua terceira vitória nas últimas quatro lutas ao finalizar o havaiano Yancy Medeiros aos 3m18s do primeiro round. Medeiros, que aceitou a luta com uma semana de antecedência após Bobby Green, adversário original de Miller, sofrer uma lesão, teve dificuldades para encontrar o tempo para atacar seu adversário canhoto. Miller abriu caminho para sua vitória justamente com um gancho de esquerda no corpo. Ele encurtou a distância, conseguiu uma queda e já caiu com a guilhotina encaixada. Medeiros pareceu bater em desistência, mas o árbitro Mário Yamasaki não viu e ele continuou lutando. Miller apertou mais, e Medeiros acabou "apagando".
- Quero agradecer ao Medeiros por ter aceito a luta com pouco tempo de antecedência. Agora, quero subir no ranking e quero enfrentar alguém à minha frente: Josh Thomson, Cowboy (Cerrone), Dos Anjos, qualquer um deles, quero subir - afirmou Miller na entrevista pós-luta.
MMA - UFC 172 - Jim Miller x Yancy Medeiros (Foto: Getty Images)Jim Miller apaga Yancy Medeiros com uma guilhotina (Foto: Getty Images)
Max Holloway finaliza Andre Fili com guilhotina
Em um duelo de jovens promessas da categoria dos penas (até 66kg), o americano Max Holloway, de 22 anos, finalizou o compatriota Andre Fili, de 23, no terceiro round. O combate abriu o card principal do UFC 172, na noite deste sábado, em Baltimore (EUA).
Holloway acertou bom chute frontal de início, e Fili bateu na barriga pra mostrar que não havia sentido. Fili desenvolveu bem a trocação e conectou vários golpes no rosto e no corpo do adversário. Fili foi para a queda no fim do round, mas não manteve o rival por baixo, e os dois logo se levantaram.
Holloway repetiu o chute frontal no começo do segundo round, e desta vez Fili pareceu sentir o golpe. O atleta da Team Alpha Male tentou puxar para a guarda, em vão. Holloway vivia um momento melhor quando Fili conseguiu a queda e ficou por cima. Mas, pela falta de efetividade, o árbitro fez a intervenção e os mandou de volta ao centro, onde Holloway seguiu com leve vantagam na parcial.
MMA - UFC 172 - Max Holloway x Andre Fili (Foto: Getty Images)Max Holloway dispara um direto contra Andre Fili (Foto: Getty Images)
Após breve trocação no último assalto, Fili voltou a botar para baixo e novamente não soube muito o que fazer. Com isso, Holloway não teve trabalho para se levantar. Fili tentou travar o rival, mas levou dois golpes potentes no rosto. Ele sentiu o baque e foi na perna. Holloway aproveitou a posição para encaixar a guilhotina e, no chão, apertou o pescoço do adversário. Fili não achou espaço para sair e desistiu do combate quando o relógico marcava 3m39s.

Jones x Gustafsson 2 pode ser em estádio na Europa, diz Dana White

Presidente do UFC diz que diferença de fuso horário não será problema e especula público de 50 mil a 60 mil pessoas para esperada revanche

Por Direto de Baltimore, EUA
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Jon Jones ainda não quer falar sobre sua revanche contra Alexander Gustafsson, mas o presidente do UFC, Dana White, falou à vontade sobre o aguardado reencontro entre os dois pesos-meio-pesados. Em bate-papo com os jornalistas após o UFC 172, na madrugada de domingo, em Baltimore, o dirigente revelou que está considerando a Europa como possível sede para o duelo, seja na Suécia, país de origem de Gustafsson, ou em outro lugar. Mais do que isso, fazer a luta no "Velho Continente" abriria a possibilidade de realizar um dos sonhos mais antigos e ambiciosos de Dana: promover um evento num grande estádio.
- É uma luta grande. Tem o potencial para ser enorme, e a renda dessa luta pode ser enorme também, dependendo de onde fizermos. É uma grande luta, maciça. Se fizermos na Europa, essa coisa podia vender 50 ou 60 mil assentos, ou mais. Se formos para a Europa, faremos (num estádio) - disse Dana White.
Jon Jones x Alexander Gustafsson MMA UFC (Foto: Getty Images)O reencontro entre Jon Jones e Alexander Gustafsson pode acontecer na casa do sueco (Foto: Getty Images)
Há anos, o dirigente sonha com uma luta grande o suficiente para ocupar o Cowboys Stadium, estádio de futebol americano com capacidade para até 108 mil pessoas. Em 2011, o UFC teve seu maior público na história ao alcançar 55.724 pessoas na arena Rogers Centre, um estádio fechado que recebe jogos de futebol, beisebol e futebol americano, e, em 2012, chegou a marcar a revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen para o Engenhão, no Rio de Janeiro, mas a luta foi transferida para Las Vegas por conflitos de datas com outros eventos na cidade.
Se a revanche for marcada de fato para a Suécia, Dana White vislumbra como sede a Tele2 Arena, estádio inaugurado no ano passado em Estocolmo com capacidade para até 45 mil pessoas em shows musicais. O presidente também citou Las Vegas, sede da companhia nos EUA, como outra possibilidade, e negou que Jon Jones vá se opor a um combate na "casa" de seu adversário.
- Sim, Jon vai concordar com qualquer luta que fizermos. O que Jon vai pedir, (para lutar em) Seattle? Às vezes você tem que fazer o que você tem que fazer. Nunca tivemos ninguém nos dizendo onde vão lutar suas lutas, nunca. Não vai acontecer. Vamos levar a luta aonde ela vai render mais. Mesmo se levássemos para Vegas, seria uma renda muito grande - ponderou.
A diferença de fuso horário da Suécia para os EUA também não assusta Dana White. Apesar de Estocolmo estar seis horas à frente do horário da costa leste americana, o dirigente lembrou que, no verão na Escandinávia, os dias são mais longos e o sol praticamente não se põe. Desta forma, ele acredita que não haveria problema em realizar o evento num horário que encaixasse na hora habitual de início dos cards de pay per view dos EUA.
- Seria na mesma hora. Nessa época, lá, tem luz 24 horas por dia, ou fica escuro por só uma hora ou algo assim. Seria às 4h da manhã (no horário local) - explicou.
A primeira luta entre Jon Jones e Alexander Gustafsson aconteceu em setembro do ano passado. Jones venceu uma luta muito acirrada por decisão unânime dos jurados, mas houve polêmica sobre o resultado e o sueco conquistou os fãs com sua performance. Desde então, Gustafsson derrotou Jimi Manuwa para conquistar uma nova oportunidade de disputar o cinturão, e Jones defendeu seu título contra Glover Teixeira na madrugada deste domingo, em Baltimore.

Jones x Gustafsson 2 pode ser em estádio na Europa, diz Dana White

Presidente do UFC diz que diferença de fuso horário não será problema e especula público de 50 mil a 60 mil pessoas para esperada revanche

Por Direto de Baltimore, EUA
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Jon Jones ainda não quer falar sobre sua revanche contra Alexander Gustafsson, mas o presidente do UFC, Dana White, falou à vontade sobre o aguardado reencontro entre os dois pesos-meio-pesados. Em bate-papo com os jornalistas após o UFC 172, na madrugada de domingo, em Baltimore, o dirigente revelou que está considerando a Europa como possível sede para o duelo, seja na Suécia, país de origem de Gustafsson, ou em outro lugar. Mais do que isso, fazer a luta no "Velho Continente" abriria a possibilidade de realizar um dos sonhos mais antigos e ambiciosos de Dana: promover um evento num grande estádio.
- É uma luta grande. Tem o potencial para ser enorme, e a renda dessa luta pode ser enorme também, dependendo de onde fizermos. É uma grande luta, maciça. Se fizermos na Europa, essa coisa podia vender 50 ou 60 mil assentos, ou mais. Se formos para a Europa, faremos (num estádio) - disse Dana White.
Jon Jones x Alexander Gustafsson MMA UFC (Foto: Getty Images)O reencontro entre Jon Jones e Alexander Gustafsson pode acontecer na casa do sueco (Foto: Getty Images)
Há anos, o dirigente sonha com uma luta grande o suficiente para ocupar o Cowboys Stadium, estádio de futebol americano com capacidade para até 108 mil pessoas. Em 2011, o UFC teve seu maior público na história ao alcançar 55.724 pessoas na arena Rogers Centre, um estádio fechado que recebe jogos de futebol, beisebol e futebol americano, e, em 2012, chegou a marcar a revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen para o Engenhão, no Rio de Janeiro, mas a luta foi transferida para Las Vegas por conflitos de datas com outros eventos na cidade.
Se a revanche for marcada de fato para a Suécia, Dana White vislumbra como sede a Tele2 Arena, estádio inaugurado no ano passado em Estocolmo com capacidade para até 45 mil pessoas em shows musicais. O presidente também citou Las Vegas, sede da companhia nos EUA, como outra possibilidade, e negou que Jon Jones vá se opor a um combate na "casa" de seu adversário.
- Sim, Jon vai concordar com qualquer luta que fizermos. O que Jon vai pedir, (para lutar em) Seattle? Às vezes você tem que fazer o que você tem que fazer. Nunca tivemos ninguém nos dizendo onde vão lutar suas lutas, nunca. Não vai acontecer. Vamos levar a luta aonde ela vai render mais. Mesmo se levássemos para Vegas, seria uma renda muito grande - ponderou.
A diferença de fuso horário da Suécia para os EUA também não assusta Dana White. Apesar de Estocolmo estar seis horas à frente do horário da costa leste americana, o dirigente lembrou que, no verão na Escandinávia, os dias são mais longos e o sol praticamente não se põe. Desta forma, ele acredita que não haveria problema em realizar o evento num horário que encaixasse na hora habitual de início dos cards de pay per view dos EUA.
- Seria na mesma hora. Nessa época, lá, tem luz 24 horas por dia, ou fica escuro por só uma hora ou algo assim. Seria às 4h da manhã (no horário local) - explicou.
A primeira luta entre Jon Jones e Alexander Gustafsson aconteceu em setembro do ano passado. Jones venceu uma luta muito acirrada por decisão unânime dos jurados, mas houve polêmica sobre o resultado e o sueco conquistou os fãs com sua performance. Desde então, Gustafsson derrotou Jimi Manuwa para conquistar uma nova oportunidade de disputar o cinturão, e Jones defendeu seu título contra Glover Teixeira na madrugada deste domingo, em Baltimore.

Dana rejeita volta de Belfort a tempo do UFC 175: "Está se enganando"

Dirigente diz que processo para o brasileiro obter a licença de lutador em Nevada é complicado e que só vai definir seu futuro quando isso for resolvido

Por Direto de Baltimore, EUA
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Dana White MMA UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White fala durante a coletiva do UFC 172
(Foto: Evelyn Rodrigues)
Durante a feira Arnold Classic Brasil, no Rio de Janeiro, o lutador brasileiro Vitor Belfort afirmou, na última sexta-feira, que havia feito um teste e já estava limpo de resíduos da terapia de reposição de testosterona (TRT), tratamento usado por ele nos últimos dois anos e recentemente banido pela comissão atlética de Nevada, nos EUA. Ele pediu para receber de volta sua luta pelo cinturão dos pesos-médios do UFC contra o atual campeão da categoria, Chris Weidman, que passou para Lyoto Machida e foi adiada para 5 de julho, no UFC 175.
O presidente do UFC, Dana White, ouviu falar das declarações do carioca durante seu tradicional bate-papo com os jornalistas pós-evento, após o UFC 172, na madrugada deste domingo, em Baltimore. O dirigente achou graça das declarações e descartou mudar os planos para acomodar o pedido de Belfort. Segundo ele, o processo para que o ex-campeão dos pesos-meio-pesados consiga sua licença de lutador em Nevada (estado onde fica a cidade de Las Vegas, sede do UFC 175), é longo e lento.
- Ele tem muito trabalho a fazer. Essas coisas não acontecem assim. Você tem que entrar na agenda, ele tem muito a fazer. Ele está se enganando se acha que fez dois testes em casa e está pronto para lutar, se é isso que ele fez - disse Dana ao comentar a situação, antes de comentar que ouvir as ideias de Belfort "sempre é divertido".
Belfort feira de fisisculturismo Arnold Classic no Riocentro (Foto: Carol Fontes)Vitor Belfort na feira fitness Arnold Classic, no
Riocentro (Foto: Carol Fontes)
Durante a semana, White admitiu que Vitor Belfort permanece como o desafiante número 1 entre os pesos-médios e o primeiro adversário para o vencedor de Weidman x Machida, desde que regularize sua situação com a comissão de Nevada, o que lhe daria licença para lutar em qualquer lugar nos EUA.
- É o lance do TRT com a comissão. Ele precisa resolver seus problemas com a comissão atlética de Nevada, e quando ele fizer isso, a gente resolve (quando ele vai voltar) - disse Dana neste domingo.

Jones aprova atuação contra Glover: "Consegui mostrar o meu dom hoje"

Lutador comemora o fato de ter controlado praticamente todo o duelo
contra o brasileiro e também voltar a contar com o apoio dos torcedores

Por Baltimore, EUA
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Um Jon Jones tranquilo, confortável e seguro de si dominou praticamente toda a luta contra Glover Teixeira na atração principal do UFC 172, neste sábado, em Baltimore (EUA). O americano não conseguiu finalizar ou nocautear, mas foi declarado vencedor em todos os rounds pelos jurados e chegou à sétima defesa de cinturão com sucesso. Jones se mostrou bastante feliz com a performance, principalmente depois do sufoco que passou diante de Alexander Gustafsson no duelo anterior.
- Eu queria ter uma performance dominante e acredito que, quando você tem um dom, não é sempre que você está no controle disso. Eu esperava estar de volta e ter uma performance no nível que eu gostaria. Consegui mostrar o meu dom hoje. Vencer um cara que não havia perdido em 20 lutas... Não posso reclamar disso - disse o americano na entrevista coletiva após o evento.
Jon Jones MMA UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Jon Jones mostra bom humor na coletiva após o UFC 172 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Jon Jones também comentou o fato de ter a torcida ao seu lado desta vez. Como duas das suas três últimas lutas foram no Canadá e a outra foi contra Chael Sonnen, os fãs ficaram divididos ou contra ele na plateia.
- Foi bom ter a torcida ao meu lado de novo. Fazia tempo que eu não tinha aplausos. E eu quis mesmo abraçar isso e dar a essa audiência um pouco de entretenimento. O meu gás estava bom, e eu estava quase implorando a mim mesmo a tentar coisas novas e sou muito grato por tudo o que aconteceu lá - vibrou.
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Em sua próxima luta, Jon Jones terá a revanche contra Alexander Gustafsson, conforme voltou a afirmar neste sábado o presidente do Ultimate, Dana White. A data e o local do combate ainda não foram anunciados.

Sharapova vence o duelo das musas e fica com o tricampeonato em Stuttgart

Russa bate a sérvia Ana Ivanovic de virada e conquista o 30º título da carreira.
Festa é completa com o título do namorado, Grigor Dimitrov, no ATP de Bucareste

Por Stuttgart, Alemanha
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No duelo daquelas que são tidas como as mais belas tenistas do circuito, a russa Maria Sharapova, nona do mundo, mostrou que não tem rival à altura quando joga em Stuttgart. Na manhã deste domingo, ela bateu a sérvia Ana Ivanovic por dois sets a um (3/6, 6/4 e 6/1) e conquistou seu terceiro título em três participações no evento alemão.

Depois da perda da primeira parcial, a russa teve sangue frio para se recolocar na partida e virar o confronto entre duas ex-líderes do ranking mundial.

- Na primeira metade do jogo eu pensei que poderia não ser o meu dia hoje, mas de alguma forma eu me virei - disse Sharapova, que conquistou seu 30º título da WTA e venceu oito dos dez duelos contra a rival no circuito profissional.

Já Ivanovic, 12ª do ranking, perdeu a chance de conquistar seu terceiro título na temporada. Em 2014, ela foi campeã em Auckland (janeiro) e Monterrey (abril).
De quebra, Sharapova ganhou um Porsche 911 Targa devido à conquista. Ela, inclusive, é embaixadora da montadora.
tênis maria sharapova wta de Stuttgart  (Foto: Agência AP)Sharapova levou o troféu e o carrão em Stuttgart (Foto: Agência AP)

ATP 250 de Bucareste

O domingo reservou mais uma alegria para Sharapova. O búlgaro Grigor Dimitrov (16º da ATP), namorado da musa, venceu o tcheco Lukas Rosol, 45º, na final romena por dois sets a zero, parciais de 7/6 (7/2) e 6/1.
ATP 500 de Barcelona

A final de personagens surpreendentes teve o título maiúsculo do japonês Kei Nishikori. Ele, 17º da ATP bateu com facilidade o colombiano Santiago Giraldo, 65º do ranking com um duplo 6/2.

Saldo da luta para Glover: músculo rompido e lesões no ombro e costela

Derrotado por Jon Jones em decisão unânime dos jurados, brasileiro passará por exames para saber a gravidade dos problemas

Por Direto de Baltimore, EUA
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Derrotado por Jon Jones na disputa do título dos meio-pesados do UFC na madrugada deste domingo, em Baltimore (EUA), o brasileiro Glover Teixeiranão sofreu apenas a tristeza pela derrota, por decisão unânime dos jurados (triplo 50 a 45). Além de perder a chance de conquistar o cinturão, Glover terá que passar por exames para avaliar a extensão das lesões sofridas na luta. Em entrevista ao SporTV, com o rosto bastante inchado, o lutador disse que rompeu um músculo do abdômen e que sente dores na costela e no ombro.

- Primeiro quero agradecer a galera toda que mandou mensagens para mim. Não foi dessa vez. Dei o meu máximo, o Jon Jones é duro mesmo, aguentou. Vou fazer um exame na costela, rompi um músculo do abdômen, e um exame no ombro. O ombro não está deslocado, mas o médico disse que pode ter deslocado, voltado para o lugar e lesionado algum ligamento. Vou fazer a ressonância essa semana – afirmou o lutador.
Glover Teixeira (Foto: Reprodução/SporTV)Glover Teixeira com as marcas da batalha contra Jon Jones (Foto: Reprodução/SporTV)
Com o triunfo, Jon Jones se consolidou no topo da lista de atuais campeões do UFC. O americano tem 20 vitórias no cartel, 11 seguidas desde que sofreu o seu único revés, numa polêmica desclassificação por conta de golpes ilegais diante de Matt Hamill, em 2009.
Apesar da superioridade de Jones, o brasileiro diz que não mudaria a sua estratégia e diz que vai trabalhar forte para ter uma nova oportunidade de ser campeão.

- Se eu pudesse voltar no tempo, primeiramente não ia me surpreender com aquela chave de braço logo no início. Acho que ia fazer a mesma estratégia, só não ia deixá-lo me encostar na grade. A mesma estratégia, encurtar a distância e tentar nocautear. Mas eu vou voltar. Vou treinar bastante. Estou com 34 anos, mas estou me sentindo bem. Cada vez mais aprendo com a experiência. Parecia que nem estava lutando pelo cinturão. Eu pensava no dia em que iria lutar pelo cinturão, se eu ia ficar nervoso. Mas não, eu estava calmo, tranquilo, vendo a técnica, os golpes. Jon Jones é um grande lutador e me venceu. E o negócio é voltar e tentar ganhar dele de novo.
MMA - UFC 172 - Jon Jones e Joe Rogan (Foto: Reuters) Jon Jones dá entrevista após manter o cinturão
dos meio-pesados contra Glover (Foto: Reuters)
Até a derrota para o americano, Glover Teixeira vinha em uma ótima sequência, com 20 vitórias seguidas no MMA, ostentando uma invencibilidade que durava desde 2005. Sobre a luta em Baltimore, o brasileiro lamenta não ter conseguido colocar em prática o que planejou.

- Eu me lembro da luta toda. Sabia que estava perdendo os rounds. Mas a estratégia era encurtar a distância e bater bastante no corpo dele para cansá-lo e depois aproveitar e ir para a cabeça e tentar nocautear. Mas eu não consegui fazer isso, porque, depois da chave de braço em pé na grade, meu ombro estourou. Treinei para botar para baixo, sou um cara que não tenho muito plano. Sou um cara que estou sempre bem em todas as artes marciais. Tanto que eu sabia que ele ia tentar me colocar para baixo e treinei bastante levantada, finalização no chão. Treinei queda, mas não deu. O cara também é bom. Perdi a força da pancada no terceiro round, depois veio o corte, mas tudo da luta mesmo. Não é questão de desculpa. O cara fez isso, ele me machucou assim, e a gente não conseguiu pôr o jogo lá – finalizou.

 
 

Rivalidade? Horas depois da decisão, Rio e Sesi-SP confraternizam em churrascaria

Adversárias dentro da quadra e amigas fora dela, finalistas da Superliga celebram ressurgimento no torneio. Fabiana é ovacionada por cariocas e ouve coro de “volta”

Por Rio de Janeiro
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Nem parecia que as duas equipes haviam acabado de jogar uma final de Superliga (assista aos melhores momentos). Horas depois da vitória do Rio sobre o Sesi-SP por 3 sets a 1, que deu às cariocas o nono título da competição, as rivais dentro de quadra celebraram a amizade em uma churrascaria tradicional da Cidade Maravilhosa, situação bem diferente do que acontecia nos últimos nove anos, quando enfrentavam o arquirrival Osasco.
- É até difícil falar, mas a gente não quer mandar recado, mensagem para ninguém, só que somos amigas do lado de fora. Falou-se a semana inteira que a gente se encontrava, falava, brincava nos treinamentos, mas isto é o que deve prevalecer dentro do esporte, deveria servir de exemplo para todo mundo. Foi uma final diferente, com um clima diferente. Respeitando, acima de tudo, a outra equipe - opinou Carol.
volei - Juciely, Fabiana e Fofão (Foto: Fabio Leme)Fabiana, Fofão e Régis confraternizam em churrascaria no Rio, horas depois da final da Superliga (Foto: Fabio Leme)

Heptacampeã com o time do Rio e acostumada a jogar contra a equipe paulista, a líbero Fabi diz acreditar que o respeito e a admiração vistos ainda dentro do Maracanãzinho, quando os elencos dançaram e cantaram juntos, ao som de uma música de Valesca Popozuda, são sentimentos que só elevam o vôlei brasileiro.
- Contra o Osasco há uma rivalidade e um respeito muito grande. Elas têm um ritual e uma maneira de se comportar que a gente respeita, mas tomara que isto (a amizade entre Rio e Sesi-SP) sirva de exemplo para o futuro.
Mesmo com cada grupo tendo um espaço reservado para si no local, por muitas vezes era possível ver a interação e cordialidade entre as partes nos corredores. Uma das mais queridas era a central Fabiana. Em um determinado momento, ela foi até a área destinada ao Rio e aplaudida por todos no recinto. Sem graça, a jogadora acenou e ouviu o coro de “volta” à equipe de Bernardinho, onde ela conquistou quatro troféus da Superliga.
- Acho que isso vem do respeito e carinho que eu tenho pela equipe do Unilever. Nós, jogadoras, nos conhecemos há anos e somos muito amigas fora de quadra - disse Fabiana.
volei - Fabiana recebida pelo grupo do Rio (Foto: Fabio Leme)Abraçada com o assistente técnico, Hélio Griner, Fabiana faz a alegria de Régis e Mihajlovic (Foto: Fabio Leme)

Antes de entrar na fila para preparar seu prato, a atleta do Sesi-SP falou e abraçou Régis e Fofão. Após muitas risadas com a levantadora, Fabizona afirmou que a MVP da final não pode pensar em parar de jogar tão cedo.
- Fofão tem que sair de quadra só daqui a uns 10 anos - brincou abraçada na amiga.
Ao ouvir o desejo da meio de rede, a camisa sete carioca devolveu a brincadeira.
- Está bom, vou sim. Só se for para jogar de cadeira de rodas nas paralimpíadas - completou Fofão, carregando a medalha de ouro no peíto..
Outro favorável a permanência de “Fofa” é seu marido. Com um semblante seguro de que a esposa, de 44 anos, não vai parar agora, ele argumentou que a atuação dela nesta final vai pesar na hora da escolha.
- Se ela jogou o que jogou hoje com uma perna, imagina com duas – decretou Márcio Rodrigues.

Bahia aproveita campo neutro e bate o Figueira diante de 777 pagantes

Tricolor faz 2 a 0 na Arena Barueri, gols de Lincoln e Fahel, em jogo que marca reencontro entre os amigos Marquinhos Santos e Vinícius Eutrópio

Por Barueri, SP
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  • Pouca gente
    777 pagantes
    Longe de casa por punição, o Figueira jogou para pouca gente. Só 777 pagantes, e a maioria tricolor. Em 2013, o menor público foi  Lusa x Flu: 1.182 pagantes.
  • nome do jogo
    Uelliton
    O volante do Bahia foi o nome do jogo. Comandou o meio campo, distribuiu bolas, colcou bola na trave e distriubuiu dribles. Sobrou até lençol no atacante Everaldo
  • alerta
    Lanterna
    Apesar do começo do campeonato, o Figueira já sai de campo com luz de alerta ligado e na última posição. Marcos Assunção pediu mudanças
Depois de 11 anos, Marquinhos Santos e Vinícius Eutrópio se reencontraram em campo. Desta vez em lados opostos. E o jovem treinador do Bahia saiu de campo como vencedor diante do homem quem em 2003 lhe deu oportunidade de treinar a equipe sub-15 do Atlético-PR. Na ocasião, Eutrópio era coordenador da base do Furacão. Bahia e Figueirense colocaram a amizade de lado e, com o placar de 2 a 0 para os tricolores, apenas Marquinhos teve motivo para comemorar.
O jogo pela segunda rodada do Brasileirão foi realizado na Arena Barueri, uma vez que o time de Santa Catarina cumpre suspensão por perda do mando de campo, e teve 777 pagantes - número menor do que o de qualquer partida na edição de 2013. A renda foi R$ 20.480. Lincoln abriu o placar no primeiro tempo, e Fahel marcou no segundo.
Sem poder ofensivo, o Figueirense foi um adversário que não custou a ser batido - pela segunda vez no nacional. A chance de reação do lanterna será no clássico contra o Criciúma, no domingo, no Heriberto Hülse, às 16h. O Tricolor comemora o primeiro triunfo, fica em nono lugar e agora recebe o Botafogo, no mesmo dia e horário. Antes, na quarta-feira, pega o Villa Nova-MG, pela Copa do Brasil, na Fonte Nova, às 21h.
O Bahia começou melhor a partida e chegou logo ao gol com Lincoln, enquanto o Figueira iniciou o jogo estudando o adversário e parecia surpreendido pela sua postura ofensiva. Depois do 1 a 0, o Tricolor passou a esperar as ações catarinenses e apostar na bola parada, nos pés de Lincoln ou Talisca. O Figueirense esbarrou na falta de criatividade dos homens de frente e no baixo poder ofensivo. A única chance veio com Marco Antônio, numa bola que passou perto.
O segundo tempo foi no mesmo ritmo, um samba de uma nota só. O Bahia chegava com perigo no ataque, e o Figueirense não assustava Marcelo Lomba. O goleiro praticamente assistiu ao jogo e fez poucas intervenções. Administrando a vantagem, o time baiano chegou com perigo em diversas ocasiões e poderia ter saído de Barueri com um placar mais elástico. Balançou a rede apenas mais uma vez. Após cobrança de falta batida por Lincoln, Titi ajeitou, e Fahel fez alegria dos poucos, porém barulhentos tricolores na Arena Barueri.
Maxi Biancucchi e Giovanni Augusto, Figueirense x Bahia (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)Bahia de Maxi Biancucchi bateu o Figueira de Giovanni Augusto (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)