sábado, 9 de outubro de 2010

Kelvin Rodrigues é o campeão no skate de rua entre os amadores

Kelvin Rodrigues é o campeão no skate de rua entre os amadores

Modalidade reuniu 60 atletas no Jump Festival, em São Bernardo (SP)

Por GLOBOESPORTE.COM São Bernardo do Campo, SP
Kelvin - Jump FestivalKelvin Rodrigues em ação  (Foto: Eduardo Braz)
O skate de rua definiu o quarto vencedor da quinta edição do Jump Festival. Após duas sessões - eliminatória e final - e quatro horas de disputa no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo (SP), Kelvin Rodrigues foi o melhor da modalidade. A disputa reuniu 60 atletas amadores.
- Já conhecia a maioria dos outros skatistas, então tentei inovar e usar a minha criatividade. Pretendo continuar a participar das próximas etapas do Jump - vibrou Kelvin, de 17 anos.
Entre os skatistas que competiram, Vinícius dos Santos foi o segundo melhor. Fecharam a relação dos cinco melhores da modalidade em São Bernardo do Campo (SP): William Campos, em terceiro; Diego Fontes, em quarto; e Vinícius Amorim, em quinto.
- A disputa foi tão acirrada que saiu até faísca. Já tinha participado do Jump Festival de São Bernardo do Campo no ano passado e, mais uma vez, gostei da estrutura. Acho que a minha principal manobra na final foi o nollie de back 360 - disse Vinicius dos Santos.
A eliminatória do Skate vertical profissional foi adiada para este sábado. Os skatistas realizarão a sessão a partir das 16h. Uma hora depois, acontecerá a semifinal com os classificados.
Confira os melhores da final do skate de rua (amador):
1º - Kelvin Hoefler Rodrigues
2º - Vinícius dos Santos
3º - William Sérgio Ramos de Campos
4º - Diego Fontes
5º - Vinícius Amorim
6º - Sérgio Santoro
7º - Fabio Gheraldini
8º - William Campos
9º - Renato Sales
10º - Alexandre Calado
Meus sinceros agradecimento a você que esteve nos acompanhado nestes 30 dias do blog Esporte Total permitindo uma marca de 1800 visitas em tão pouco tempo meus sincero obrigado e continuo contando com vocês.valeuuuuuuuuuuuuu

Animado com reforma do futebol no Haiti, técnico acredita em surpresas

Após tragédia que devastou o país, Edson Tavares vê ‘Projeto-2014’ com
bons olhos, apesar de todas as dificuldades: ‘Vida de treinador é 90 minutos’

Por Victor Canedo Rio de Janeiro
Uma obra triste do destino colocou o técnico Edson Tavares no caminho do Haiti. Por conta do terremoto de sete graus que chocou o mundo e arruinou o país em janeiro, a Federação de Futebol, em parceria com a ONG Viva Rio, optou por dar chance aos brasileiros no comando - é assim também na seleção feminina. O treinador, que até pensara em abandonar o esporte, em 2007, pediu demissão de seu clube no Omã e aceitou o desafio.
Treino Haiti Rio de Janeiro BrasilNão está apenas no bigode a semelhança de Edson Tavares com René Simões (Foto: André Durão)
Edson Tavares foi para a Suíça, ainda jovem, tentar futuro no futebol como todo jogador deslumbra. Viveu por lá durante 18 anos, incrementou o currículo com o francês entre as línguas fluentes - é como se comunica com os jogadores - e realizou um curso de treinador. Depois, passou muitas temporadas no Oriente Médio, entre Irã, Omã e outros países. Agora são novos tempos.
GALERIA DE FOTOS: veja as imagens do primeiro treino do Haiti no Rio de Janeiro
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o treinador se mostrou animado com o projeto, apesar de todas as dificuldades dentro e fora de campo e do seu estilo calmo, semelhante ao de René Simões, a quem foi “aluno” nos tempos de Vasco. A meta, é claro, é vaga na Copa do Mundo de 2014, embora admita que ainda é um sonho muito distante da realidade do Haiti, que está no Rio de Janeiro em preparação para a pré-Copa Ouro, em novembro, em Trinidad e Tobago.
Confira a entrevista completa abaixo:
GLOBOESPORTE.COM: como surgiu o convite para treinar o Haiti?
Treino Haiti Rio de Janeiro BrasilTreinador morou 18 anos na Suíça, onde tentou
fazer sucesso como jogador (Foto: André Durão)
EDSON TAVARES: Há três anos, em 2007, eu tinha decidido parar com o futebol. Um amigo que é agente da Fifa me apresentou a uma pessoa que tinha sido dirigente do Flamengo, Nildo Leão. Era diretor de futebol numa equipe da Grécia. Passou um tempo e nesse ano quando eu voltei dos Emirados, de férias, ele ligou para mim. Precisavam de um treinador bilíngue. Encontrei-me com ele, que explicou o projeto da ONG Viva Rio. O presidente veio ao Rio para ver as instalações e deu o aval dele. Só que a decisão demorou e eu voltei para o Omã. Fiquei até agosto, quando confirmaram tudo e pude assinar minha carta de demissão.
Esse projeto é até o fim das eliminatórias?
O projeto de futebol é 90 minutos. A vida de treinador é 90 minutos também. Então, em tese, é até o fim das eliminatórias mesmo. Mas a gente vive uma realidade desagradável no mundo inteiro, exceção à Europa.
O Haiti tem realmente condição de surpreender?
Se houver investimento, sim. Eles têm material humano, o pessoal não é bobo, sabem jogar e têm qualidade, mas falta muita coisa ainda para desenvolver. Refiro-me à base local. A base do exterior, em teoria, é formada de jogadores que estão formados, independentes financeiramente e que não moram no Haiti. Acredito que naquela zona da América Central há poucas equipes para ir à Copa do Mundo. Estados Unidos e México são de carteirinha, mas nem sempre os mexicanos vão. Ainda temos Costa Rica, Honduras, Jamaica... E só. É diferente da América do Sul, que temos dez países mais ou menos no mesmo nível, exceção à Brasil e Argentina. Quase todos já foram à Copa do Mundo. A Venezuela está muito forte. O Brasil não ganhou da Bolívia nas eliminatórias.
O que dá para tirar de proveito do mês que vocês ficam no país (a cada três, os outros dois são no Brasil)?
Lá é observação, pegar os jogadores e colocar para treinar. E só. A estrutura é zero, está tudo destruído. Caiu prédio, morreu treinador... Eu, inclusive, só estou aqui porque o treinador morreu. Mas vai acontecer alguma coisa, pois a Fifa está construindo um novo centro da Federação. É claro que não sabem fazer campo de futebol, fazem sem sistema de drenagem, vestiário sem chuveiro... Esse tempo em que fiquei lá pude ajudar a fazer as coisas profissionalmente. Há outro centro que é o do Viva Rio, esse sim de altíssima qualidade e primeiro mundo. Acho que com capacidade para 200 ou 300 atletas, boas acomodações, piscina, cozinha, quadra de areia... Tem de tudo lá.
Treino Haiti Rio de Janeiro BrasilTécnico não sentou na janela do ônibus e ainda brincou com a equipe de reportagem (Foto: André Durão)
Houve algum progresso no futebol do Haiti nos últimos anos?
Tem que se considerar que houve uma catástrofe no país esse ano. Então a liga, que era para começar em março, teve início em agosto. Eles estão jogando com um traumatismo muito grande. Muitos jogadores morreram, familiares, o que acabou igualando o nível. Antes eu soube que estava progredindo muito, talvez pela influência brasileira.
Você comentou sobre a alegria e descontração dos jogadores, algo cultura. Eles chegaram a desabafar e contar histórias sobre a tragédia?

Não. E eu nunca perguntei. Não se deve tocar em ferida fechada ou que se quer fechar. Não vou entrar nesse detalhe. A evidência está lá. O próprio presidente da federação ficou com sequelas, com mão e perna paralisadas.

O Que é Bungee jumping

Bungee jumping é um esporte radical praticado por muitos aventureiros corajosos, que consiste em saltar para o vázio amarrado aos tornozelos a uma corda elástica. Há muito tempo, este esporte era uma espécie de prova iniciática pela qual os rapazes de uma aldeia teriam de passar para poderem começar a ser chamados de adultos. Apesar de só haver uma prova por ano, consistia em irem buscar lianas, subirem uma espécie de escada com cerca de 5 metros, prenderem um extremo da liana à cana da escada e o outro extremo a um dos seus pés. Depois teriam de se atirar e, se chegassem lá a baixo sãos e salvos, tornar-se-iam adultos. Mas, se por outro lado, a liana se rompesse ou se fosse comprida demais, eles morreriam .

Origem

Segundo uma lenda, tudo começou na em Pentecost, uma ilha do Pacífico Sul, quando uma mulher traiu o seu marido e teve de arranjar maneira de fugir dele. Para isso, subiu à árvore mais alta que encontrou com uma videira amarrada aos tornozelos. O marido foi atrás dela mas não conseguiu apanhá-la porque ela saltou da árvore. Como estava presa pelos pés, nada lhe aconteceu. O mesmo não se pode dizer do marido que saltou atrás dela mas... sem videira!
Ao que parece, a moda pegou e os homens da região começaram a saltar de torres construídas por eles. Não se sabe bem porquê, mas a tradição manteve-se.
Em 1954, dois jornalistas da revista National Geographic foram a esta ilha e viram homens a saltar de uma torre com videiras amarradas aos tornozelos. A técnica já era tão avançada que as videiras tinham as medidas exactas para que quem saltasse encostasse apenas a cabeça no chão, mantendo a distância suficiente para não partir o pescoço.
Em 1955, na edição de Janeiro da revista, estes dois jornalistas (Irving e Electa Johnson) relataram ao mundo este estranho costume.
Quinze anos mais tarde, o escritor Kal Muller foi à ilha e tornou-se o primeiro "homem branco" a realizar o salto.
Em 1979, membros da Oxford University´s Dangerous Sport Club saltaram da ponte Clifton, em Bristol, de uma altura de 75 m, presos por elásticos usados para amarrar a bagagem aos carros.
Em 1987, o neozelandês A. J. Hackett saltou da torre Eiffel, em Paris, uma coisa impensável na altura e que deixou o mundo de olhos postos naqueles "malucos" que se atiram de alturas impressionantes presos apenas pelo tornozelo.
A partir daí, o bungee jumping passou a ser considerado um desporto radical e tem já milhares de adeptos por todo o mundo

Equipamento

Como qualquer outro desporto, o bungee jumping utiliza um equipamento próprio. Além das presilhas, engates e cintos, que são também utilizados na prática do alpinismo, o bungee jumping utiliza cordas elásticas, cordas essas que são essenciais para a segurança e o sucesso do salto. Existem quatro tipos de cordas, que variam consoante o peso da pessoa que vai fazer o salto. Todas as cordas têm um tempo de vida útil de aproximadamente 1200 saltos. Depois de alcançarem este limite, são imediatamente substituídas.
As cordas são testadas e aprovadas para aguentarem até 4000 kg. Entrelaçada no seu interior, têm uma corda de nylon com capacidade até 2500 kg, que tem aproximadamente um metro a mais de comprimento do que a corda elástica esticada, o que torna o salto mais seguro, uma vez que, se a corda elástica se romper, há ainda a de nylon.
Algumas das empresas que organizam este tipo de saltos utilizam também um colchão de ar que é colocado no chão para maior segurança.

Onde Praticar

Apesar de os mais afoitos insistirem em saltar de pontes e torres, essa prática, além de proibida, é muito perigosa. Por isso, além dos locais apropriados que as várias empresas de saltos propõem, o bungee jumping também pode ser praticado em feiras ou exposições, onde a torre e o guindaste são armados por uma equipe treinada e com todas as condições de segurança.

O salto mais alto

O Guinness (livro dos recordes mundiais) informa que o maior salto comercial de bungee jump é feito da Bloukrans River Bridge, uma ponte a 40km ao leste de Plettenberg Bay, na África do Sul. O salto é dado de uma plataforma sob a ponte e a altura de lá até o chão do vale é de 216m (709 pés). Há outro bungee comercial operante que alega ser um pouco mais alto com 220m (722 pés). Este último fica perto de Locarno, na Suíça, e pula-se do topo da barreira de uma hidrelétrica. O salto apareceu rapidamente na abertura de um dos filmes de James Bond. Em Dezembro de 2006, a AJ Hackett, empresa de esportes radicais, colocou um ponto de bungee jumping na Macau Tower, China, inaugurando assim o salto mais alto com 233m (764 pés). No entanto, este último não é considerado bungee jumping, já que é uma espécie de descida desacelerada.
O Guinness só registra saltos de plataformas fixas para garantir a precisão das medidas. John Kockleman, no entanto, entrou para o livro após um salto de 2200 pés de um balão na Califórnia, em 1989. Em 1991, Andrew Salisbury saltou 9000 pés de um helicóptero em Cancún para um programa de televisão, patrocinado pela Reebok. A corda atingiu uma tensão máxima de 3157 pés. Ele pousou a salvo de pára-quedas após o salto.

Brasil espanta a polêmica, despacha a Itália e avança à final em busca do tri Após primeiro set avassalador, seleção supera lesão de Bruninho, mantém a cabeça no lugar e cala a Arena de Roma para chegar à decisão de domingo

Clima hostil, troca de farpas, acusações voando de um lado para o outro. Quando a bola subiu neste sábado, o Brasil só precisou de 20 minutos para pulverizar duas semanas de polêmicas. Foi o tempo que durou o primeiro set da semifinal, num avassalador 25/15 que nocauteou a seleção italiana e fez a torcida se engasgar com as vaias na Arena de Roma. Dali em diante, os comandados de Bernardinho se dedicaram à tarefa de abater os donos da casa. Até então invicta, a Azzurra até se levantou e roubou a terceira parcial, mas logo voltou para o chão. Com grandes atuações de Leandro Vissotto e Marlon, que segurou a onda após uma lesão de Bruninho, a seleção verde-amarela aplicou um incontestável 3 a 1 (25/15, 25/22, 23/25 e 25/17) e saltou para encarar na final deste domingo a última barreira antes do tri mundial: os valentes cubanos.
Se conseguiu escapar de Cuba na terceira fase ao perder para a Bulgária, agora não tem mais jeito. Será justamente contra os caribenhos a decisão do Mundial, às 16h15m de domingo, com transmissão ao vivo do SporTV. Na primeira fase do torneio, eles levaram a melhor, batendo os brasileiros por 3 a 2 num jogo espetacular. Agora o cenário é diferente e vale a medalha de ouro.
vôlei Brasil x ItáliaFesta em amarelo na Arena de Roma: o Brasil despacha a Itália e avança para a decisão (Foto: Reuters)
O equilíbrio que todos esperavam neste sábado não chegou a acontecer. Após um primeiro set irrepreensível, o Brasil perdeu Bruninho, que levou um pisão acidental de Murilo no pé esquerdo. O levantador deu lugar a Marlon e ainda tentou voltar no fim da terceira parcial, mas não resistiu. Mesmo após todos os problemas físicos que teve no início do Mundial, com uma doença no intestino, Marlon deu conta do recado com sobras. Foi um dos motores da vitória verde-amarela, ao lado de um quase infalível Vissotto, autor de 24 pontos.
- Estou muito feliz por ter ajudado o time a vencer, mas o fim da guerra é amanhã. Temos que ter a cabeça no lugar para ganhar - afirmou Vissotto, em entrevista ao SporTV.
vôlei Matej CernicA Itália de Cernic foi nocauteada (Foto: AFP)
Primeiro set irretocável
O Brasil entrou na Arena de Roma com 12.178 torcedores gritando “buffoni” (palhaços), ofensa que tinha ouvido pela primeira vez em Ancona, na derrota para os búlgaros. E foi no meio das vaias que a seleção, blindada contra a pressão, mostrou o cartão de visitas e abriu 3/0. No terceiro ponto, Mastrangelo já encarava Dante na rede. Olhava e ria de forma irônica. Mas quem respondeu foi Vissotto. Com atuação impecável, o oposto virou todas e foi abrindo vantagem.
No retorno da primeira parada técnica, o placar era de 8/5. Logo pulou para 14/9, numa invasão do levantador Vermiglio. Quando os italianos erraram mais uma vez, com Mastrangelo atacando para fora, o técnico Andrea Anastasi pediu tempo. No 15º ponto, Bruninho vibrou e gritou em direção aos reservas. A seleção embalou e abriu seis pontos: 17/11. Estranhamente calmo, Bernardinho fazia no máximo sinais de positivo. A vantagem chegou a impensáveis 21/12, e a torcida já não esboçava o ânimo habitual. Anastasi ainda trocou seus jogadores, lançando Birarelli e Cernic nos lugares de Sala e Parodi. Não adiantou, o nocaute do primeiro set estava sacramentado. No chão, os italianos viram Lucão fechar a parcial em 25/15.
Apesar do golpe, a Itália não voltou grogue para o segundo set. Equilibrado, o placar de 8/8 fez Bernardinho parar o jogo. Na volta, Cernic, que tinha acertado um ace para empatar a partida, sacou para fora. Os italianos queriam bola dentro, abrindo a primeira de muitas polêmicas de arbitragem no set. O juiz chinês chamou Murilo na rede, e o ginásio quase veio abaixo com as vaias. O Brasil levou o ponto, mas sofreu um baque pouco depois. Bruninho levou um pisão no pé esquerdo e deixou a quadra. Foi substituído por Marlon, que não jogou a primeira metade do Mundial por causa de uma doença intestinal.

Mudou o levantador, mas a discussão continuou. Savani atacou e disse que a bola raspou no bloqueio de Dante, abrindo um bate-boca entre Marlon e Vermiglio na rede. O italiano recorreu ao juiz, mas não adiantou. As duas equipes seguiam se revezando na liderança. Enquanto Bruninho recebia atendimento no banco, Marlon arredondava a bola para Vissotto, que continuava virando todas as bolas. Murilo manteve o Brasil à frente e, com um ace de Lucão, veio o 23º ponto. Escorada na experiência de Fei, a Itália ainda tentou reagir, mas levou outro golpe: Brasil 25/22, 2 a 0 na partida.
vôlei BrasilEm dia ruim para Bruninho (à direita), que se machicou, o Brasil venceu e foi à final (Foto: AFP)
Os fiscais de linha, italianos, cometiam erros grosseiros a favor do time da casa, e era o juiz chinês que corrigia as falhas. Os brasileiros tentavam não perder a cabeça. Mas, como Rodrigão tinha previsto durante a semana, as provocações começaram no terceiro set. Vermiglio falava com Dante, que andava pela quadra. Murilo chamou o companheiro e pareceu pedir para que ele não caísse no jogo emocional. Mas o time caiu, e os italianos abriram vantagem no placar. Mastrangelo gesticulava para Vissotto, Marlon encarava e, perdendo por 10/6, Bernardinho pediu tempo. Os atletas ouviram os gritos do técnico e as orientações de Giba. Ainda assim, a Itália foi para a segunda parada técnica com 16/13.
E seguiu na frente. Fei atacava bem pela saída de rede, enquanto Mastrangelo conseguia parar Murilo no meio fundo. Com 18/13, Bernardinho parou o jogo outra vez. O Brasil melhorou, e o técnico fez a inversão de 5-1, mandando Bruninho de volta à quadra ao lado de Theo, nos lugares de Marlon e Vissotto. Mas Bruninho mal conseguia se movimentar em quadra, mancava e, na bola que poderia ser o 19º ponto brasileiro, errou o saque. No banco, o treinador levou a mão ao rosto e baixou a cabeça. Com a alteração desfeita, a seleção ainda apertou e cortou a diferença para um ponto. Mas não deu. Os italianos fecharam em 25/23, respiraram no jogo e acordaram a torcida.
vôlei BrasilOs brasileiros festejam a vitória (Foto: AFP)
Mas não abalaram os brasileiros. Com os brios mexidos, os jogadores voltaram afiados para a quarta etapa. Com bons saques de Murilo, um bloqueio de Dante e erros de Fei, o Brasil abriu 6/2. Em uma só tacada, congelou a torcida e ganhou o fôlego necessário para controlar o ritmo do jogo. Isso não significa que Bernardinho estava calmo. O técnico quase rasgou a camisa ao ver Murilo errar um passe. A Itália apertou o placar. Bloqueado por Mastrangelo, Rodrigão se irritou e chutou a bola nas arquibancadas.

Vermiglio provocava na rede. Durante um rali, chegou a cair no chão e demorou a levantar. A pedido de Dante, o juiz parou o ponto. O brasileiro foi até o levantador, que dispensou a ajuda. Dante insistiu, estendendo a mão, mas o italiano não parava de falar. Virou-se para Vissotto, que o chamou de maluco.
Fato é que, na segunda parada, o Brasil já tinha 16/10 no placar. E continuou abrindo vantagem. Com Vissotto no ataque e um ace de Dante, colocou 20/11. Fei ainda retornou à quadra e atrapalhou a recepção brasileira, mas àquela altura o estrago estava feito, e Vissotto seguia virando todas. A Arena de Roma já não gritava. Os italianos já não provocavam. Os fiscais de linha já não ajudavam. E o Brasil garantia a vaga na final, sem se desviar do caminho que leva ao tricampeonato mundial.

Tempestade não cessa em Suzuka, e treino é adiado para as 22h de sábado

Pilotos disputarão o treino classificatório do GP do Japão apenas cinco horas antes da prova, que tem largada programada para as 3h deste domingo

E não teve jeito. A forte tempestade que desaba sobre Suzuka desde a tarde de sexta-feira e deixou as condições da pista impraticáveis forçou o adiamento do treino classificatório do GP do Japão. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) marcou o início da luta pela pole no circuito japonês para as 22h de sábado (de Brasília), 10h de domingo no horário local.

Com a decisão de Charlie Whiting, diretor de provas da FIA, o treino classificatório será disputado apenas cinco horas antes da largada, programada para as 3h (de Brasília), 15h locais. O safety car saiu algumas vezes à pista para avaliar as condições do circuito, mas sem sucesso. O alemão Bernd Maylander, piloto do carro de segurança, sofreu para manter o Mercedes SLS AMG, preparado para andar em um ritmo próximo dos carros de Fórmula 1 na pista.
Esta é a primeira vez que um treino classificatório é adiado desde o GP do Japão de 2004, também em Suzuka. Na ocasião, a pole foi disputada no domingo por causa da passagem do tufão Ma-on. Na época, a previsão era de ventos de até 180 km/h, mas a tempestade acabou sendo mais branda. O circuito, de qualquer forma, não teve atividades de pista durante todo o sábado.
Jenson Button, atual campeão mundial, disse que não havia chances do treino classificatório ser realizado. Segundo o inglês da McLaren, as condições eram piores do que no GP do Brasil de 2009, quando a luta pela pole durou mais de quatro horas por causa da forte chuva em Interlagos.
Estava molhado demais, mais ainda do que no Brasil no ano passado. No treino livre, tivemos de andar devagar, pois se forçássemos mais, poderíamos sofrer um acidente. Não dava para completar uma volta. As condições pioraram muito e estavam bem complicadas - diz Button, em entrevista à imprensa inglesa.
Durante a espera, de mais de uma hora, pelo cancelamento do treino classificatório, os pilotos e equipes fizeram de tudo para se divertir. Lucas di Grassi, Timo Glock e seus mecânicos optaram por jogar pôquer em uma mesa improvisada. Já a RBR, a Lotus e a Sauber fizeram barquinhos que desciam o rio formado pelo excesso de água no pit lane de Suzuka, que fica em uma descida.

No dia da batalha, Bruninho brinca: ‘Sonífero no ar condicionado’

Levantador afirma que seleção brasileira dormiu bem e acordou melhor ainda antes da semifinal do Mundial de Vôlei contra a Itália

Bruninho no treino da seleção brasileira de vôleiBruninho, no treino da seleção brasileira de vôlei
(Foto: Carol Oliveira / Globoesporte.com)
Depois de alguns dias de muita tensão, a descontração e a tranquilidade tomaram conta do último treino da seleção brasileira horas antes do esperado confronto com os italianos na semifinal do Mundial. Na manhã deste sábado, na Arena de Roma, o técnico Bernardinho caminhava mancando atrás das bolas. Com um par de tênis, encostou as muletas no banco de reservas. O capitão Giba e Rodrigão, na parte lateral da quadra, se aqueciam e riam um do outro. Já no fim, quando todos se encaminhavam para o ônibus, Bruninho tentou explicar o clima.

- Até brinquei com o João Paulo, acho que colocaram sonífero no ar condicionado. A gente dormiu muito bem e acordou melhor ainda - contou o levantador, rindo.

Brincadeiras à parte, Bruninho sabe a importância da partida que está por vir. A semifinal entre Brasil e Itália, além de uma vaga na decisão, vale colocar um fim às polêmicas que envolveram as duas equipes no campeonato. Situações que ultrapassaram a rivalidade em quadra. Os brasileiros acusaram os italianos de terem sido beneficiados pelo regulamento, enquanto os donos da casa criticaram a postura do rival na segunda fase, quando perdeu para a Bulgária e acabou pegando um caminho mais fácil.

De acordo com o levantador, o importante agora é se manter relaxado e com a cabeça no lugar para, quando entrar em quadra, estar totalmente pronto para a batalha.

- A gente sempre fica pensando no jogo, é normal, mas o que a gente tem que fazer agora é descansar. Isso é importante. A gente fez um bom treino, tranquilo e alegre. Agora, é manter o foco estar pronto na hora da batalha - afirmou Bruninho.

Brasil e Itália estarão frente a frente às 16h (de Brasília), disputandouma vaga na decisão. Os brasileiros buscam o tricampeonato, enquanto os italianos tentam o tetra. Na outra semifinal, às 12h (de Brasília), Cuba e Sérvia se enfrentam. O SporTV transmite as partidas ao vivo,