sábado, 21 de setembro de 2013

Vasco mantém obra em São Januário mesmo sem clássico em casa no ano

Reforma para atender exigências da PM e Bombeiros segue prazo de 8 de outubro, véspera do jogo com o Fluminense. Custo estimado é R$ 250 mil

Por Rio de Janeiro
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Os reparos feitos no reboco da cobertura das sociais em São Januário são parte do cronograma de obras que o estádio passa para atender a exigências da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O clube faz intervenções para receber clássicos e jogos de grande porte na Colina, como seria a partida contra o Fluminense no returno se o Cruz-Maltino não tivesse perdido o mando de campo para esse e mais três jogos. A pena foi aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após a briga entre torcedores corintianos e vascaínos ocorrida na arquibancada do Mané Garrincha, em Brasília, no dia 25 de agosto.
Obras em são januário vasco (Foto: Raphael Zarko)Prazo segue previsão, e São Januário amanheceu em obras neste sábado (Foto: Raphael Zarko)
O clássico contra o Fluminense é o último da temporada em que o Vasco será o mandante. Mesmo assim, a previsão de entrega do estádio reformado segue a mesma do planejado anteriormente para atender a esta partida: dia 8 de outubro. As obras começaram há quase dois meses com a demolição de 30 metros de muro e a hipermeabilização do teto, que outro dia teve seu pedaço próximo aos refletores despencado, sem atingir torcedores nem funcionários do clube. Na manhã desse sábado, cerca de dez homens trabalhavam no novo portão, que será erguido na saída 4, na esquina da rua General Almério de Moura, parte da frente de Sâo Januário.
- Não mudamos em nada o cronograma das obras. Ela vai estar pronta em outubro, como já seria para o jogo contra o Fluminense - disse o vice de patrimônio Manoel Barbosa.
Os custos das obras são estimados em cerca de R$ 250 mil. Por contrato antigo com a Ambev, que anuncia em todo o estádio e também em outros grandes do futebol brasileiro, o clube não paga nada pelo serviço em São Januário. Devido à punição do STJD, o time só volta a jogar em casa pelo Brasileiro na 33ª rodada, contra o Santos. Até lá vai escolher os locais de partidas contra Internacional, Fluminense, Goiás e Coritiba, nas rodadas de número 25, 27, 29 e 32 do Brasileiro, respectivamente.

Bellator 100: Douglas Lima nocauteia Saunders e se torna campeão do GP

Brasileiro pode enfrentar Ben Askren pelo cinturão dos meio-médios ou esperar que organização escolha novo adversário, caso americano não renove

Por Rio de Janeiro
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Na noite da última sexta-feira, 20 de setembro, o brasileiro Douglas Lima tornou-se campeão da temporada oito do GP dos meio-médios do Bellator ao nocautear o americano Ben Saunders com um chute no segundo round. Com o resultado, o brasileiro pode enfrentar o invicto Ben Askren pelo cinturão da categoria ou esperar outro adversário, caso Askren não renove com a organização.
O Bellator 100, realizado no Arizona, EUA, teve ainda no card principal a derrota do brasileiro Sergio Junior para Ron Keslar por decisão dividida dos juízes (29 a 28, 28 a 29 e 29 a 28). O vencedor do combate, válido pelas quartas de final da nona temporada do GP dos meio-médios, substituiu Matthew Riddle, que não pôde lutar devido a uma lesão nas costelas.
Douglas Lima e Ben Sauders no Bellator 100 (Foto: Reprodução / Facebook)Douglas Lima acerta chute alto e nocauteia Ben Saunders no Bellator 100 (Foto: Reprodução / Facebook)
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Ainda no card principal, válido pelas quartas de final da nona temporada do GP da divisão até 77kg, mais três lutas: Brent Weedman derrotou Justin Baesman com uma chave-de-braço no primeiro round; Rick Hawn venceu Herman Terrado por decisão unânime dos juízes (30 a 27, 29 a 28 e 29 a 28); e War Machine derrotou Vaughn Anderson com um mata-leão no segundo round. Agora nas semifinais do GP dos meio-médios, War Machine enfrenta Ron Keslar e Rick Hawn luta com Brent Weedman dia 18 de outubro, no Bellator 104.

Jamilson 'Daduzinho' nocauteia e disputa título dos moscas do WOCS

Primeiro evento-teste sob chancela da CABMMA tem lutas canceladas, e organizadores eliminam os três atletas que não bateram o peso na véspera

Por Rio de Janeiro
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Escalado com menos de uma semana de antecedência para substituir Dileno Lopes, lesionado, Jamilson "Daduzinho" é o primeiro classificado para a final do GP peso-mosca (até 57kg) do WOCS. Na última sexta-feira, na edição 29 do evento, no ginásio da AABB-Lagoa, no Rio de Janeiro, o atleta da TFT/Infight nocauteou Denison Silva e garantiu sua vaga. A disputa de cinturão deve acontecer apenas em 2014, já que Alexandre Pantoja luta provavelmente em novembro, contra adversário a ser definido, para tentar a classificação.
jamilson daduzinho wocs (Foto: Marlon Falcão)Jamilson 'Daduzinho' Se qualificou para a disputa do cinturão dos moscas do WOCS (Foto: Marlon Falcão)
As atenções dos organizadores já se voltam para Montes Claros, em Minas Gerais, onde acontece o WOCS 30. Na edição festiva do evento, duas disputas de cinturão: pelo peso-pena (até 66kg), o campeão linear Maurício "Facção" volta de lesão contra o interino Cyderlan "Porco Loco" para unificar os títulos; no peso-médio (84kg), o local André Muniz pega o brasiliense Julio Cesar dos Santos.
Um dos promotores do WOCS, Phillip Lima destacou o comprometimento com o profissionalismo na primeira edição-teste do evento sob a chancela da Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA). Pedro Nobre, Kevin Pereira e Junior "Kamikaze" foram desqualificados do WOCS 29 na véspera por não atingirem o peso (57,3kg) da categoria e cancelaram o GP de duas lutas na mesma noite que aconteceria nesta sexta.
- Parabenizamos os atletas profissionais e ficamos tristes pelos que não bateram o peso. Mas que sirva de lição para eles e para todos os que pretendem lutar o WOCS. Vamos proteger sempre os profissionais. Hoje temos a assinatura da Comissão Atlética Brasileira de MMA, estamos trabalhando para melhorar o WOCS e torná-lo o melhor evento do Brasil. Na próxima edição voltaremos a Montes Claros, uma cidade que nos recebeu muito bem, e que terá o privilégio de assistir a duas disputas de cinturão - ressaltou.
Daduzinho, Merenda e Gersinho vencem no segundo round
Na luta principal da noite, Jamilson "Daduzinho" e Denison Silva faziam luta parelha, até que "Daduzinho" encontrou brechas no jogo do adversário e aplicou bons chutes no primeiro round. Na volta para o segundo assalto, o atleta da TFT/Infight cresceu e logo conseguiu um knockdown com um upper no clinche, e no chão completou com mais socos até o árbitro decretar nocaute técnico a 1min37seg do segundo round. Classificado para a final do GP até 57kg, Jamilson "Daduzinho" reforçou a importância de habilidades diversificadas numa luta de MMA.
jamilson daduzinho wocs (Foto: Marlon Falcão)Daduzinho venceu Denison Silva por nocaute no WOCS 29, no Rio de Janeiro (Foto: Marlon Falcão)
- Agora é continuar os treinos, trabalhar duro e acrescentar mais para a final. Hoje o Denison queria botar pra baixo as lutas, eu fui defendendo as quedas e coloquei meu boxe em jogo. Nessa final espero qualquer um e vou estar pronto para qualquer um - afirmou.
No co-evento principal, o também atleta da TFT Julio Cesar Merenda dominou a luta e se aproveitou de sua maior envergadura e técnica de solo. No segundo round, derrubou José Luiz Camargo, dominou o braço do adversário e aplicou um justo katagatame.
Gersinho Conceição e Ariel Machado deram show de trocação, mas melhor para o atleta da BTT. Ainda no primeiro round, Gersinho aplicou um lindo cruzado de direita que tirou um dente de Ariel e o deixou debilitado, até que no segundo round a vitória veio por nocaute técnico.
WOCS 29 - RESULTADOS OFICIAIS
CARD PRINCIPAL
Semifinal até 57kg: Jamilson " Daduzinho" Silva (TFT/ Infight) venceu Denison Silva (PRVT) por nocaute técnico a 1m37s do R2
Até 77kg: Julio Cesar Merenda (TFT) finalizou José Luis Camargo (PRVT) com um katagatame aos 3m21s do R2
Até 84kg: Gerson Conceição (BTT) venceu Ariel Machado (CM System) por nocaute técnico a 1m03s do R2
Até 77kg: Marcão "Bad Face" (CM System) nocauteou Igor Silva (Machado JJ/PRVT) com 1min15seg do R1
Até 70kg: Jefferson Brother (TFT) x Thiago "Paulista" Silva (RFT) não lutaram porque Jefferson sofreu hipoglicemia após a pesagem oficial
Até 70kg: Fernando Santos (Nova União) venceu Raush Manfio (Team Nogueira) por decisão unânime
Até 77kg: Elton Batoré (TFT/Rocinha) finalizou Matheus Silva (PRVT) com um triângulo de mão aos 3m07s do R1
CARD PRELIMINAR - MMA AMADOR
Até 93kg: Mauro Fúria (RFT) venceu Roberto de Oliveira (GFTeam) por decisão unânime
Até 57kg: Bruno Korea (TFT) finalizou Wagner China (Baixinho Team) aos 2m43s do R1
Até 84kg: Leonardo Coelho (RFT) finalizou Roberto de Oliveira (GFTeam) aos 2m31s do R2
Até 77kg: Gabriel Manna (Baixinho Team) venceu Jansen Silva (TFT) por decisão unânime
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Nocaute espetacular de Luiz Banha em americano marca estreia do SFT

Ex-lutador do UFC aplicou bela joelhada para nocautear Rodney Wallace; Flávio Álvaro e revelações do MMA brasileiro também brilham no evento

Por São Paulo
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luiz banha x  Rodney Wallace  mma (Foto: Divulgação/Fusion Photography/) Banha nocauteia Rodney Wallace com uma joelhada
no SFT, em SP (Foto: Divulgação/Fusion Photography)
Após ser demitido do UFC, o brasileiro Luis "Banha" Cané deu a volta por cima e voltou ao MMA com uma bela vitória por nocaute no primeiro round diante do americano Rodney Wallace, na luta principal do evento de estreia do Standout Fighting Tournament (SFT). O duelo empolgou o público que compareceu em bom número ao ginásio do Ibirapuera, na noite da última sexta-feira, em São Paulo, para acompanhar o evento, qque também teve como atração a ring girl Aline Franzoi, ex-UFC. Feliz com a vitória, Banha comemorou a volta ao cage acompanhado de perto por Demian Maia e Daniel Sarafian, seus companheiros de equipe.
- Eu estava sentindo falta de lutar, fiquei quase um ano parado. Lutar é o que eu amo fazer. Dei a volta por cima com uma grande vitória, em um grande evento, numa grande noite de lutas. Estou muito feliz. Percebi que ele estava baixando muito a cabeça, dando essa brecha. Fui de encontro e peguei na hora exata.
Após perder a mãe, Flávio Álvaro vence e emociona
O veterano Flávio Álvaro também participou do evento, e mostrou ter superado a perda de sua mãe no último domingo, dia 15 de setembro. O lutador anotou mais uma vitória no cartel, esta por pontos, na única luta da noite que acabou em decisão dos juízes, diante de Sérgio Soares. O resultado veio após os três rounds de combate, com Flávio sendo melhor nos dois últimos. Usando bem os cotovelos no clinche, ele conseguiu furar o bloqueio do adversário e pontuar até a decisão unânime dos juízes laterais se confirmarem.
flavio alvaro mma STF (Foto: Divulgação/Fusion Photography )Flávio Álvaro levantou a plateia com sua entrada para o STF (Foto: Divulgação/Fusion Photography )
- Dedico essa vitória para a pessoa que mais amo nessa vida, minha mãe. Como todos sabem, ela faleceu no último fim de semana. E se tem algo que posso aconselhar a galera, é que cuidem bem dos seus pais, valorizem o que vocês têm em casa - disse Flávio, emocionado e emocionando o público, que aplaudiu o lutador de pé.
Jovens talentos do MMA brasileiro levantam a galera
Se a experiência reinou nas duas lutas principais do SFT, nos dois combates que iniciaram o card principal o show ficou por conta dos jovens. Thomas Almeida, com uma atuação segura, não deu chances e nocauteou Cenir Alves no segundo round, na única luta de seu cartel que passou do primeiro round. O jovem agora é dono de um cartel invicto com 14 lutas e 14 vitórias, nenhuma por decisão por pontos.
digoo cavalcanti mma SFT (Foto: Divulgação/Fusion Photography/)Diogo Cavalcanti finaliza Carlos Prates com chave de calcanhar  (Foto: Divulgação/Fusion Photography)
- Muita gente me pede no UFC, inclusive a galera aqui gritou isso, mas não sei se está na hora de rolar. Eu tenho a certeza que, se a chance aparecer, vou estar pronto para entrar em ação - comenta Thomas, de apenas 22 anos.
Já Diogo Cavalcanti e Allan "Puro Osso" recorreram ao jiu-jitsu para vencerem no SFT. Ambos ajustaram a posição de chave de calcanhar em seus respectivos adversários, Carlos Prates e Dé Loco. Atleta da Constrictor Team, Diogo fez uma luta muito equilibrada contra Carlos Prates na parte em pé. As quedas e o excelente trabalho de solo, porém, frustraram os planos de Carlos. Já Puro Osso foi mais rápido e encaixou a posição em pouco mais de um minuto, não dando chances ao adversário.
aline franzoi mma SFT (Foto: Divulgação/Fusion Photography/)Ex-UFC, a bela Aline Franzoi foi a ring girl do SFT
(Foto: Divulgação/Fusion Photography)
Munil Adriano, Cláudio Godoy, Tiago Vieira e Thiago Gaia também venceram no card preliminar do SFT, batendo respectivamente Geyfesson Lima, Rodrigo Batista, Walter Bruce e Ismael Bueno.
Ao final da noite de lutas, Ivan Jatobá, organizador do SFT, fez um balanço da primeira edição do evento.
- Estou extremamente satisfeito com o primeiro show do SFT. Tivemos grandes lutas, um excelente público, uma estrutura de primeiro nível, e é exatamente isso que quero dar aos atletas e aos fãs.



Resultados do Standout Fighting Tournament:
CARD PRINCIPAL
Luiz "Banha" Cané nocauteou Rodney Wallace no primeiro round
Flávio Álvaro venceu Sergio Soares por decisão unânime dos juízes
Thomas Almeida nocauteou Cenir Alves no segundo round
Diogo Cavalcanti finalizou Carlos Prates com uma chave de calcanhar no primeiro round
CARD PRELIMINAR
Munil Adriano nocauteou Geyfesson Lima no segundo round
Allan "Puro Osso" finalizou Dé Loco com uma chave de calcanhar no primeiro round
Claudio Godoy finalizou Rodrigo Batista com um arm-lock no segundo round
Tiago Vieira nocauteou Walter Bruce no primeiro round
Thiago Gaia finalizou Ismael Bueno com um triângulo no segundo round
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Tito Ortiz avalia carreira, elogia Cyborg e revela que volta a lutar pelos filhos

Lutador explica volta ao octógono pelo Bellator e elogia Jon Jones: 'Se alguém que merece quebrar meu recorde no UFC, esse alguém é o Jones'

Por Direto de Las Vegas, EUA
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Tito Ortiz estava no córner de sua sua cliente, Cris Cyborg, durante a sua estreia no Lion Fight, competição de muay thai que aconteceu em Las Vegas, nos EUA, na última sexta-feira, 20 de setembro. Circulando tranquilamente pela Freemont Street, famosa rua que reúne os cassinos mais antigos da cidade e que abrigou o evento, ele atraiu olhares curiosos de fãs ao se misturar com a plateia e conversar animadamente com todos que se aproximavam, com muita simplicidade.
tito ortiz Cris Cyborg X Jennifer Colomb mma (Foto: Evelyn Rodrigues)Tito Ortiz garante que está concentrado em sua carreira de lutador novamente (Foto: Evelyn Rodrigues)
O americano parece mesmo estar se distanciando cada vez mais da imagem de "bad boy" que cultivou no passado. Longe do octógono desde julho de 2012, quando perdeu o duelo para Forrest Griffin no UFC Silva x Sonnen 2 e anunciou a sua aposentadoria, o ex-campeão dos pesos-meio-pesados finalizou a sua carreira com 16 vitórias, 11 derrotas e um empate depois de ter perdido sete dos últimos nove combates. Em conversa com o Combate.com, no entanto, ele afirmou que o desejo de pendurar as luvas foi precipitado, e aconteceu por conta de uma má fase em seu relacionamento com a então esposa e ex-atriz pornô Jenna Jameson:
- Sim, estou voltando a competir, e isso tem a ver com o meu atual momento, pois tudo está bem dentro da minha casa. Eu consegui sair de um péssimo relacionamento, que tinha me deixado para baixo, pois eu tinha que me preocupar com duas pessoas e não conseguia focar em mim mesmo. Eu não tinha que me preocupar com outro adulto, mas isso aconteceu e me levou ao fundo do poço. Mas eu saí desse relacionamento, estou solteiro e quero focar nos meus filhos, pois tenho a custódia dos meus dois garotos. Posso dizer que tudo mudou e agora eu consigo ver claramente que me aposentar foi uma decisão precipitada, que eu cai de rendimento por uma péssima situação causada por esse relacionamento. Nos meus treinos hoje eu fico pensando onde foi que eu estava esse tempo todo. Eu fiz muita coisa estúpida, me perdi, quase abdiquei do meu sonho, mas eu me reencontrei, estou me dedicando, voltei a me divertir enquanto treino e eu redescobri o meu amor pela luta. Eu só quero voltar a competir e cuidar dos meus filhos, e é lutando que eu consigo fazer isso.
O ex-campeão volta a lutar no próximo dia 2 de novembro contra Quinton Rampage Jackson pelo Bellator, principal concorrente do UFC, e não descarta um retorno definitivo ao octógono:

- Essa é uma luta de retorno, vamos ver como vai ser, como meu corpo vai se comportar. O treinamento tem sido bastante duro, é claro que eu não sou mais tão jovem, mas essa é uma daquelas situações em que você não tem opção, a não ser dar o seu melhor. Vamos ver como vou me sair e o que virá depois.
Ortiz ainda aproveitou para falar sobre a parceria com Cris Cyborg e sobre a sua versão sobre a saída prematura dela do UFC. O americano ainda fez um retrospecto de sua carreira e rasgou elogios ao atual campeão dos meio-pesados do UFC, Jon Jones, que neste sábado ultrapassa o seu recorde de maior defesas de títulos da divisão:
- Oh meu Deus, já chegou esse dia? Uau! (risos) Foi tão rápido! Mas falando sério, se tem alguém que merece quebrar esse recorde, esse cara é o Jon Jones. Eu gosto dele, acho que é um excelente atleta, um campeão sensacional e eu vou ficar feliz de vê–lo fazer isso!
tito ortiz Cris Cyborg X Jennifer Colomb mma (Foto: Evelyn Rodrigues)Empresário de Cris Cyborg, Ortiz acredita que ela é a melhor lutadora do mundo (Foto: Evelyn Rodrigues)
Confira a entrevista na íntegra:
Combate.com: Como você avalia a carreira da Cris desde que você se tornou empresário dela?
Tito Ortiz:
Ela na verdade está indo muito bem. Cris parece estar muito feliz, e é como se ela fosse parte da minha família. Eu estou tentando tomar conta dela e garantir que tenha um futuro decente. Quero ensiná–la também o lado dos negócios, para ela ter dinheiro suficiente para sustentar a sua família quando ela se aposentar. A Cris é uma grande campeã e eu quero vê–la com uma carreira bem gerenciada como atleta, então quero ter certeza de que estamos fazendo as coisas certas. Nós já duplicamos o dinheiro que ela ganhava com o contrato do Strikeforce e temos tentado promover muito a sua carreira, e mostrar a verdadeira campeã que ela é, pois a Cris trabalha duro e é uma mulher muito bacana e batalhadora, além de uma grande campeã. Ela sair do mundo do MMA e vir aqui hoje competir em uma luta de muay thai  mostra o coração de lutadora que ela tem. Eu acho que muitos fãs no Brasil respeitam isso porque, além de tudo, ela é uma mulher guerreira que supera adversidades.
Como vocês começaram essa parceria? Como surgiu o interesse de empresariar a carreira dela?
Na verdade surgiu em uma das vezes em que estávamos treinando juntos. Ela me deu um baita trabalho, me acertou e me jogou no chão e eu pensei: "Isso é uma garota?" (risos). Mas eu falei com a Cris na época e ela disse que queria ser a melhor no que faz. Logo depois se tornou campeã do Strikeforce. Aí ela acabou terminando o relacionamento com o marido e disse: "Olha, eu fui para casa agora que me tornei campeã, e a única coisa que eu tenho hoje é o cinturão. Eu não tenho dinheiro guardado, não tenho bens materiais, não tenho nada mais do que um cinturão de ouro. Eu entendo que isso é um negócio. Eu amo lutar, mas eu quero tomar conta de mim para viver de forma confortável". E eu disse a ela que eu não podia prometer nada, mas que eu daria a ela todas as oportunidades do mundo. E isso era o que ela queria. Demorou um pouco, mas nós finalmente conseguimos um contrato que fazia sentido com o Invicta FC, de três lutas e a oportunidade de ela se tornar campeã. E hoje ela tem a oportunidade de defender esse cinturão e de continuar sendo uma das melhores lutadoras do mundo.
Muitas coisas foram ditas sobre o contrato dela com o UFC e o jeito como ele acabou. Dana White disse que ela não quis chegar a um acordo para enfrentar a Ronda Rousey. Você poderia explicar o que aconteceu?
Bom, primeiro eles disseram que fariam quatro lutas no ano, com um pagamento razoável. Aí nós aceitamos e dissemos que enfrentaríamos a Ronda, mas que a primeira luta da Cris seria nos 65,7 kg, e que depois nós tentaríamos trabalhar o peso dela para que ela baixasse de categoria. Então o Dana foi até a Ronda e disse que estava tudo certo. Porém, do nada, ele disse depois que o contrato teria que ser de oito lutas. Eu não quis que ela ficasse presa a um contrato de oito lutas com um pagamento que não era bom e sem eles terem certeza sobre o que fariam com o futuro da Cris. Eu já lutei no UFC, já vi o que eles fazem com os lutadores deles e, como empresário, achei que aquele não era o melhor caminho para a Cris. E foi aí que eu tive que decidir entre esse contrato "meia–boca" com o UFC e o contrato com o Invicta, que estava nos oferecendo um bom dinheiro por um acordo de três lutas e a oportunidade de ela lutar pelo cinturão já na segunda luta.
Então foi esse o motivo? Dana White havia dito que o UFC continuaria pagando para Cris Cyborg lutar em outras promoções e até mesmo no Invicta...
Sim, o salário que o UFC queria pagar para que isso acontecesse era bem menor do que o que o Invicta estava nos oferecendo. Era metade do dinheiro que ela está recebendo por luta agora. Além disso, tem a questão do pay–per–view e várias outras coisas relacionadas ao contrato, e isso é negociação. Eu e o mundo entendemos o quão valiosa é a Cris. O Invicta também sabe o quanto ela vale, é só olhar os números do pay–per –view da última luta dela. Eu acho que a promoção que a Cris recebeu enquanto nós estávamos negociando o contrato foi a maior que ela já recebeu na carreira. E quando finalmente ela venceu o cinturão, fez a Marloes Coenen parecer que nem merecia estar na mesma jaula que ela. O trabalho duro dela se pagou e eu disse para ela continuar lutando com o coração, porque boas coisas acontecem para as pessoas boas. O Dana disse que eu estava pedindo muito dinheiro e falou o quanto a Cris é irrelevante para o esporte, mas veja como todo mundo fala dela. Ela está recebendo um bom dinheiro para essa luta de muay thai hoje, com transmissão ao vivo pela TV nos EUA, e nós só queremos mostrar que ela é relevante. Ela é a melhor peso–por–peso do mundo hoje, e é quem todo mundo quer ver lutar, porque ela é uma campeã e é uma lutadora dedicada.
tito ortiz Cris Cyborg X Jennifer Colomb mma (Foto: Evelyn Rodrigues)Ortiz e sua equipe festejam vitória de Cris Cyborg no
Lion Fight, em Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)
Você acha que a luta com a Ronda Rousey vai acontecer um dia?
Essa luta só não vai acontecer por causa do Dana White. Não é por minha causa. Eu adoraria ver essa luta. A outra razão é que eles querem que ela aconteça nos 61 kg.  Ronda desceu para a divisão dos galos para fugir da Cris. Ela começou a carreira de judô nos 69,8 kg, depois lutou na categoria da Cris e a desafiou dizendo que iria vencê–la. Mas depois desceu para os 61 kg para não enfrentar a Cris. Quem está fugindo? Para ela dizer que é a campeã e que a Cris tem que chegar ao peso dela... Cris era a campeã, e ainda é, e a Ronda fugiu. Vamos fazer em peso combinado então. Ninguém quer saber do cinturão, todo mundo quer ver essa luta. Vamos deixar os juízes decidirem quem é a melhor lutadora do mundo, quem é a melhor peso–por–peso do mundo.
Então a intenção não é disputar o cinturão?
Quem liga para o cinturão? A Ronda pode ficar com o título se é isso que ela quer, mas ela vai apanhar ainda assim. As pessoas falam quão boa a Ronda é, e eu sei quão boa a Cris é. Eu vi quão boa ela é quando dominou a Marloes Coenen e a destruiu. A Cris pode ter levado alguns golpes durante a luta, mas nada sério, ela nem se machucou. E é assim que ela é nos treinos. As pessoas têm medo de enfrentar a Cris, ela treina com os caras na academia, são eles que fazem as sessões de sparring com ela, não as mulheres. É por isso que eu acho que o UFC está protegendo a Ronda, porque eles não querem acabar com o reinado dela.
Você ainda treina com a Cris?
Eu treino um pouco, treino mais wrestling, a gente trabalha muito o ground–and-pound. Eu sou bom em motivar as pessoas, sabe? Em colocar a cabeça no lugar. E quando está lutando, a Cris acredita em si mesma como nenhuma outra pessoa faz. Ela é a mulher com a mente mais forte que eu já conheci. Ela perde 10 kg para lutar e as pessoas não sabem como esse processo é terrível, ainda mais para mulher. Durante a perda de peso você passa por muita coisa, sua cabeça pira, você chora, você pensa que não vai conseguir. Você precisa de uma pessoa do seu lado para dizer que tudo vai dar certo, que você é o melhor do mundo e que é por isso que você está se sacrificando, pois você não vai sentir nenhuma dor quando estiver lutando. E ela acredita nisso. Então, quando está dentro da jaula, ela não tem medo de mais nada, ela é a pessoa mais forte mentalmente que eu já vi, e eu quero o que ela continue indo bem e se mantenha no topo como uma das melhores lutadoras do mundo, porque é isso que ela é. Eu acho que ela é até um pouco melhor do que o Wanderlei Silva no auge da carreira, porque ela tem uma cabeça aberta e está sempre procurando aprender coisas novas e se aventura em áreas novas. Ela quer realmente se aprimorar.
Jenna Jameson e Tito Ortiz lutador UFC (Foto: Getty Images)Tito Ortiz e sua ex-esposa, a ex-atriz pornô Jenna
Jameson, quando eram casados (Foto: Getty Images)
Apesar de ser um homem de negócios agora, você vai deixá-los um pouco de lado para voltar ao octógono. O que te fez mudar de ideia com relação a pendurar as luvas?
Sim, estou voltando a competir, e isso tem a ver com o meu atual momento, pois tudo está bem dentro da minha casa. Eu consegui sair de um péssimo relacionamento, que tinha me deixado para baixo, pois eu tinha que me preocupar com duas pessoas e não conseguia focar em mim mesmo. Eu não tinha que me preocupar com outro adulto, mas isso aconteceu e me levou ao fundo do poço. Mas eu saí desse relacionamento, estou solteiro e quero focar nos meus filhos, pois tenho a custódia dos meus dois garotos. Posso dizer que tudo mudou e agora eu consigo ver claramente que me aposentar foi uma decisão precipitada, que eu cai de rendimento por uma péssima situação causada por esse relacionamento. Nos meus treinos hoje eu fico pensando onde foi que eu estava esse tempo todo. Eu fiz muita coisa estúpida, me perdi, quase abdiquei do meu sonho, mas eu me reencontrei, estou me dedicando, voltei a me divertir enquanto treino e eu redescobri o meu amor pela luta. Eu só quero voltar a competir e cuidar dos meus filhos, e é lutando que eu consigo fazer isso.
E seu retorno ao octógono vai ser contra o Rampage Jackson, seu amigo...
Sim. É estranho enfrentar um amigo, mas nós somos lutadores antes de tudo. Espero que a gente consiga fazer um show e que essa luta termine no primeiro round. Nós temos como provar que ainda conseguimos competir em alto estilo. O meu trabalho é ir lá e dar um show, que é o que eu sempre fiz, sem ligar para quem é o meu adversário, em qual lugar do ranking ele está e etc e tal. Vou colocar o meu coração nas luvas, vou lutar pelos fãs da melhor forma possível.
Chamada da Luta entre Rampage Jackson e Tito Ortiz. (Foto: Reprodução / Facebook)Chamada da Luta entre Rampage Jackson e Tito Ortiz pelo Bellator. (Foto: Reprodução / Facebook)
Esse é um retorno definitivo ao octógono ou é apenas uma última luta?
Essa é uma luta de retorno. Vamos ver como vai ser e como meu corpo vai se comportar. O treinamento tem sido bastante duro, é claro que eu não sou mais tão jovem, mas essa é uma daquelas situações em que você não tem opção, a não ser dar o seu melhor. Vamos ver.
Você foi um dos mais temidos lutadores de MMA de todos os tempos. Quando descobriu que tinha o potencial para se tornar um dos melhores lutadores do mundo?
Eu acho que foi quando eu lutei o Frank Sharmock e perdi para ele no quarto round. Ele era o campeão mundial e, naquele momento, eu compreendi que tinha a chance de me tornar um campeão se eu dedicasse e nunca mais parasse de treinar duro.
Então a luta contra o Frank Shamrock foi o ponto chave para uma reviravolta na sua carreira?
Com absoluta certeza. No final das contas eu treinei seis, sete semanas, perdi e não conseguia entender que ainda tinha muito trabalho para fazer. Depois dessa derrota eu passei a dar toda a minha vida para cada luta. Eu treinava todo dia, corria, treinava de tudo um pouco para ter certeza de que eu poderia chegar a ser o campeão. A luta contra o Frank Shamrock valia o título, era a luta mais dura que eu poderia ter naquela época, era o teste perfeito. E aí, quando eu entrei lá e perdi, entendi que eu tinha que treinar cada vez mais, sempre. Foi por isso que eu tentei uma revanche contra o Frank, mas ele se aposentou. E então eu acabei enfrentando o Wanderlei Silva pelo título dos meio-pesados, e venci.
Você teve outros pontos marcantes na sua carreira ou na sua vida que te ajudaram a ser quem você é hoje?
Eu tive vários, inclusive antes de iniciar a minha carreira. Tive que aprender muito cedo a cuidar de mim. Minha família vivia em hoteis e carros porque meus pais lutavam contra a dependência de drogas. Eu era muito magro quando entrei no colegial, tinha 1,70m e pesava 54 kg. Decidi começar a levantar peso depois do meu primeiro ano no colégio. Eu estava cansado de sofrer bullying, e comecei a treinar wrestling quando eu estava no segundo ano do colégio. Quando eu terminei a escola e comecei a pensar sobre entrar na faculdade, me olhei no espelho e vi que estava perdido, não conseguia sequer me reconhecer. Estava saindo muito, indo a muitas festas e não me dedicava tanto a nada. Foi aí que percebi que eu queria algo melhor para a minha vida, e tentei me encontrar. Acabei ficando na Califórnia por dois anos treinando wrestling, e cheguei pela primeira vez ao UFC. A partir daí uma coisa levou à outra. Eu só tentei mostrar meu trabalho, minha dedicação, e consegui alcançar o meu objetivo. E aí minha mente começou a se abrir e eu passei a não querer ser conhecido apenas nos EUA, mas também no mundo.
Você teve grandes rivais na sua carreira, como Ken Shamrock, Randy Couture e Chuck Liddell. Como você vê essas rivalidades hoje?
Todos esses caras eram super durões, mas o maior rival da minha carreira foi mesmo o Ken Shamrock, porque era uma rivalidade verdadeira. Eu gosto do Randy Couture, o UFC “vendeu” que eu odiava o Liddell e vice-versa, mas eu achava que nós éramos amigos – nós treinávamos juntos, não éramos inimigos. O único inimigo real que eu tinha era o Ken Shamrock, e isso era 100% verdadeiro.
Quem foi o adversário mais difícil da sua carreira?
Vitor Belfort e Randy Couture.
Jon Jones, hoje, entra no octógono para quebrar o seu recorde de maior defesas de títulos na divisão dos meio–pesados do UFC. O que você tem a dizer sobre isso?
Meu Deus, já chegou esse dia? Uau! (risos) Foi tão rápido! Mas, falando sério, se tem alguém que merece quebrar esse recorde, esse cara é o Jon Jones. Eu gosto dele, acho que é um excelente atleta, um campeão sensacional e eu vou ficar feliz de vê–lo fazer isso!
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Cris Cyborg atropela francesa em competição de muay thai nos EUA

Brasileira comemora vitória e diz não fazer questão de disputar cinturão de Ronda Rousey no UFC: 'Precisamos lutar, mas não precisa ser pelo título'

Por Direto de Las Vegas, EUA
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Cris Cyborg roubou a cena na sua estreia na 11ª edição do Lion Fight - tradicional competição de muay thai nos EUA. Em duelo na noite na última sexta-feira, 20 de setembro, na Freemont Street, em Las Vegas, a brasileira praticamente atropelou a rival Jennifer Colomb de forma brutal, levando o público presente ao evento ao delírio.
Cris Cyborg X Jennifer Colomb mma (Foto: Evelyn Rodrigues)Cris Cyborg nocauteia Jennifer Colomb em evento de muay thai em Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)
A francesa entrou no ringue invicta, com um cartel de dez vitórias, mas bastaram alguns minutos de luta para ela se mostrar bastante desconfortável. Cyborg impôs um ritmo de luta muito agressivo, distribuindo chutes e socos fortíssimos, que levaram a rival ao desespero. Jennifer ainda tentou responder aos golpes, mas não teve sucesso, pois a brasileira estava determinada a liquidá-la. E foi no início do terceiro round que Cyborg conseguiu finalizar a luta soltando uma combinação de socos no corpo da oponente. Após a vitória por nocauute, a Colomb chorava copiosamente enquanto a brasileira comemorava, emocionada, a sua primeira vitória na competição.
Após o duelo, Cyborg conversou com o Combate.com e falou da emoção de se testar em outras modalidades de luta. Ela também comentou o desejo de concretizar a luta contra a campeã peso-galo feminino do UFC, Ronda Rousey, mas afirmou que não faz questão de disputar o cinturão da rival.
- Eu não me importo com o cinturão dos galos do UFC. Acho que não precisamos lutar pelo cinturão, se a Ronda faz tanta questão de mantê-lo. Agora que finalmente o MMA feminino chegou a um patamar de maior reconhecimento, acho que os fãs merecem um grande duelo, e o momento para essa luta é agora. Eu quero que essa luta aconteça e as pessoas que me seguem sabem que eu nunca corri desse combate, sempre lutei na categoria de 65,8 kg. Não estou dizendo que a Ronda correu também, eu acho que cada uma tem um objetivo diferente. Eu não tenho nada pessoal contra ela, só acho que esse é o momento para essa luta acontecer.
Confira a entrevista na íntegra:
Combate.com: Você fez hoje a sua estreia nessa competição de muay thai, e praticamente aniquilou a sua rival. Como é a sensação de se sair tão bem em outros tipos de luta?
Cris Cyborg: Na verdade eu comecei a minha carreira no muay thai, que é um esporte que eu sempre gostei. Mas quando quis fazer a minha primeira luta no esporte, me disseram que tinham conseguido uma luta de MMA, então passei a lutar MMA e só depois fiz algumas lutas de muay thai. Mas é um esporte que eu amo e estou muito feliz por essa oportunidade de lutar no Lion Fight. Eu ía lutar na Tailândia antes, mas aí apareceu essa oportunidade e fiquei muito lisonjeada, porque faz com que eu não saia da academia. Tenho motivação para continuar treinando duro e me manter em forma, já que consigo lutar sem tanto intervalo de tempo.
Cris Cyborg X Jennifer Colomb mma (Foto: Evelyn Rodrigues)Cris Cyborg se emociona após a vitória contra a francesa Jeniffer Colomb (Foto: Evelyn Rodrigues)
Sua última luta de MMA foi pelo Invicta FC e foi quando você conquistou o cinturão com uma performance dominante contra Marloes Coenen. Quando é a sua próxima luta?
A minha próxima luta pelo Invicta deve ser em novembro, eu ainda não sei quem vai ser minha adversária. Estou bem animada em defender meu cinturão e também estou muito feliz em saber que as portas estão abertas para lutar muay thai de novo.
A sua intenção é tocar carreiras paralelas em diferentes modalidades?
Eu gosto de competir, então quando eu não luto MMA, tento me aventurar. Já competi no Mundial de Jiu-Jítsu, e ganhei duas vezes na minha categoria, e também já participei de competições de wrestling. Isso me mantém motivada e melhora também o meu jogo de MMA. Você fica mais confiante dentro do octógono quando melhora outras áreas do seu jogo. Isso te ajuda também a abrir a sua visão para o que você faz dentro da jaula. Eu acho que a vida é assim, você tem que buscar iniciativa, adrenalina. Eu gosto de fazer coisas diferentes.
cris cyborg ensaio moda praia (Foto: Renata Amazonas / Divulgação)Lutadora fez ensaios mais sensuais e diz que assédio
dos fãs cresceu (Foto: Renata Amazonas / Divulgação)
De uns tempos para cá os fãs passaram a conhecer um lado seu que eles não conheciam antes, pois você se aventurou em fazer fotos mais sensuais, passou a usar maquiagem, a se produzir mais. Isso tem a ver com o atual momento da sua carreira e com o fato de estar cuidando mais de você?
Antes eu achava que dar tudo de mim dentro do octógono era suficiente, e que era só isso que importava. Conquistei o cinturão do Strikeforce, fui considerada a melhor do mundo, mas não me cuidava tanto. Focava só no treino, na parte atleta. Hoje eu acho que não é só ali dentro do octógono que importa, e sim um compilado de coisas. Você tem que dar atenção aos fãs, tem que fazer foto, não pode deixar de ser feminina, e eu só focava em treino e casa. Estou muito mais feliz com a Cris Cyborg de hoje, acho que me encontrei.
E o assédio masculino aumentou?
Sim, hoje tenho mais assédio (risos), mas recebo também muitos comentários positivos dos meus fãs. No começo eu tinha um pouco de vergonha de fazer foto, posar sexy, essas coisas. Mas fui aprendendo. Hoje todo mundo elogia, até porque estou tentando melhorar a minha imagem, fazer com que as pessoas me vejam como uma mulher que bate como homem, mas que nem por isso deixa de ser feminina.
Você passou por várias dificuldades depois que venceu o cinturão do Strikeforce - foi pega no antidoping, perdeu o cinturão, teve que ficar um ano sem lutar, terminou seu casamento… Agora que tudo passou, que lição você tirou disso tudo?
Eu acho que toda dificuldade tem um porquê, e eu aprendi muito com tudo o que aconteceu na minha vida. Nada acontece por acaso. Talvez se eu tivesse vivenciado esse momento de agora antes, eu não teria amadurecimento para lidar com ele. Refleti muito em todo esse tempo que passou, cresci muito como pessoa e também tecnicamente, porque treinei muito durante esse tempo todo. Hoje tenho uma cabeça muito melhor, e estou cheia de sonhos. Quero defender o meu cinturão no Invicta, quem sabe eu não possa disputar em breve o cinturão do Lion Fight? Eu só quero continuar evoluindo como pessoa e como lutadora e, graças a Deus, hoje acho que estou no caminho certo. Eu até abri um projeto social no Rio de Janeiro, em Belford Roxo, e a gente fez um programa de MMA contra drogas, do qual sou madrinha, então tem muita coisa acontecendo. Vou para o Rio de Janeiro e dou a minha vida por aquelas crianças, que às vezes não têm o que comer, mas estão lá porque têm um sonho de um dia lutar no esporte. Eu quero mudar a vida dessas crianças.
Ronda Rousey na coletiva do UFC (Foto: Divulgação / UFC)Cris Cyborg busca luta contra Ronda Rousey, mesmo
sem valer o cinturão do UFC  (Foto: Divulgação / UFC)
Tito Ortiz disse que você ainda tem interesse no duelo contra Ronda Rousey, mas que você não faz questão de disputar o cinturão dos pesos-galos do UFC. É verdade? Você desistiu de ser campeã do UFC?
Eu não me importo com o cinturão dos galos do UFC. Acho que não precisamos lutar pelo cinturão, se ela faz tanta questão de mantê-lo. Agora que finalmente o MMA feminino chegou a um patamar de maior reconhecimento, acho que os fãs merecem um grande duelo, e o momento para essa luta é agora. Eu quero que essa luta aconteça, e as pessoas que me seguem sabem que eu nunca corri desse combate, sempre lutei na categoria de 65,8 kg. Não estou dizendo que a Ronda correu também, acho que cada uma tem um objetivo diferente. Não tenho nada pessoal contra ela, só acho que esse é o momento para essa luta acontecer.
Você foi uma das precursoras do MMA feminino em uma época em que as mulheres ainda tinha muita dificuldade para conseguir lutas, porque não eram reconhecidas. Como você se sente vendo a evolução do esporte?
Eu estou muito feliz com o crescimento do MMA feminino. Quando eu comecei era muito difícil, eu treinava na academia que tinha uns 40 homens e só eu de mulher treinando todos os dias. O interesse das mulheres pelo MMA também está crescendo cada vez mais, e isso é uma conquista. MMA ainda é muito vinculado ao UFC, mas não é só isso que existe. Todo mundo me pergunta o porquê de eu não estar lutando lá, mas a verdade é que eu não me importo se não estou no UFC. Estou muito feliz no Invicta, que me acolheu de braços abertos. É a minha casa agora, e é um torneio que vai crescer comigo, nós vamos crescer juntos. E tanto o Invicta quanto o UFC, que agora fez até um TUF com mulheres, todas essas competições estão levando o MMA feminino adiante. É muito bom ver as mulheres mostrando a que vieram. E eu, claro, tenho muito orgulho de ser parte dessa história.
Você ainda enfrenta dificuldades para conseguir adversárias?
Agora está um pouco mais fácil. Veja essa menina que eu lutei hoje, a Jessica. Ela merece todo o meu respeito porque aceitou a luta com uma semana de antecedência, já  que a minha adversária inicial, a Martina Jindrova, se machucou. Ela foi muito guerreira. Eu não sei se eu aceitaria uma luta faltando apenas uma semana para me preparar, e olha que eu treino todos os dias. É difícil! Ela foi guerreira e eu admiro a atitute dela. No Invicta também está mais fácil, mas elas perguntaram se eu lutaria no peso de 70 kg. Ou seja, a gente tem que ter jogo de cintura para fechar os combates. As meninas fogem de mim, mas eu também não sou tão má assim (risos).
Na Chute Boxe, quando você começou, você treinava com Wanderlei Silva, Maurício Shogun, Anderson Silva... E hoje?
Eu ainda  treino com homem, faço sparring com o Tito Ortiz às vezes, bato nele um pouquinho (risos). É difícil encontrar mulheres para fazer sparring contra mim. Eu estou acostumada a treinar com homens e posso garantir que eles não aliviam o meu lado. A gente sai na porrada mesmo!

À frente de Alonso no grid, Massa não pensa em ajuda: 'Não sei se precisa'

Largando em sexto em Cingapura, brasileiro diz: 'Que ajuda eu posso dar? Vettel é primeiro. Fernando precisa é rezar por um problema no carro dele'

Por Cingapura
Comente agora
Felipe Massa nos boxes da Ferrari no fim de semana do GP de Cingapura (Foto: EFE)Massa nos boxes da Ferrari  (Foto: EFE)
Ciente que não segue na Ferrari em 2014, Felipe Massa prometeu “ir para cima” em suas últimas corridas pela equipe e disse que não pensaria mais em ajudar o companheiro Fernando Alonso em entrevista à TV Globo na semana passada. Um dia depois, viu o presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, garantir que terá que dar uma forcinha para o espanhol nesta reta final.
E neste sábado, após se classificar em sexto no treino que definiu o grid para o GP de Cingapura, uma posição à frente de Alonso, Massa foi perguntando se ajudaria ou não o parceiro, mesmo sabendo que não seguirá no time em 2014. E o paulista voltou a dizer que não pensa em auxiliar o espanhol. Dessa vez, porém, Massa acredita que sua contribuição não acrescentará tanto, já que o rival de Alonso na briga pelo título, Sebastian Vettel, largará na pole position.
- Para ser honesto, que ajuda eu posso dar? Sebastian é primeiro e acho que Fernando precisa rezar por um problema no carro de seu rival. Não será nada fácil terminar na frente de Vettel. Fernando precisa que algo aconteça. Eu quero terminar minhas últimas sete corridas da melhor maneira possível. Falando do fundo do coração, não sei se Fernando precisa de minha ajuda – admitiu Massa.
Nada como um dia após o outro
Após ter dificuldades em encontrar o acerto do carro nos treinos livres de sexta-feira, Felipe Massa reagiu na sessão classificatória e superou Alonso pela segunda etapa consecutiva. Será a quinta vez que o brasileiro largará na frente do espanhol em um mesmo ano, algo inédito em quatro temporadas de parceria.
- Ontem estava sofrendo massivamente. Não sabia como guiar o carro, não sabia que caminho seguir. Não estava confiante com o carro e por isso mudamos completamente para hoje. Ainda não está perfeito para qualificações, mas estava bom. O balanço estava mais do jeito que gosto. Consegui fazer uma ótima volta no Q3 – analisou o brasileiro.
Fernando Alonso nos boxes da Ferrari durante treino em Cingapura (Foto: Getty Images)Sétimo lugar no grid, Fernando Alonso mostrou abatimento com ritmo em Cingapura (Foto: Getty Images)
Válido pela 13ª etapa da temporada, o GP de Cingapura está marcado para as 10h (de Brasília) com transmissão ao vivo da TV Globo e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.
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13_Circuito_Cingapura-5 (Foto: Infoesporte)

Motivação milionária: Fla tem bicho polpudo previsto para próximos jogos

Se atingida, meta de 10 pontos nas cinco primeiras rodadas do returno garante premiação de R$ 1 milhão. Vitórias sobre Náutico e Criciúma bastam

Por Rio de Janeiro
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Treino Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Jogadores atingirão meta se vencerem Náutico
e Criciúma (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Um milhão de reais. Este é o valor da premiação oferecida pelo Flamengo caso vença Náutico e Criciúma nas duas próximas rodadas do Brasileirão. O acordo não é específico para estas partidas. Em reunião com líderes do grupo, antes do início do segundo turno, a diretoria acertou o montante diante de uma meta pré-estabelecida: dez pontos nas cinco rodadas a partir do jogo contra o Santos. Como triunfou diante do Peixe e empatou com a Ponte Preta, a derrota para o Atlético-PR não inviabilizou a combinação de resultados necessária para encher os bolsos rubro-negros.
A premiação é progressiva e, uma vez com a meta alcançada, cada ponto conquistado a partir do confronto com o Coritiba, dia 2, até o fim da competição valerá R$ 100 mil - ou seja, R$ 300 mil por vitória. O montante será repartido por todos os funcionários do departamento de futebol (jogadores, comissão técnica e staff). A parcela, no entanto, seguirá divisão proporcional à participação de cada um nas partidas.
Um bom início da segundo turno é considerado fundamental por todos no clube para um fim de ano tranquilo. O próprio ex-treinador, Mano Menezes, repetiu em entrevistas coletivas a importância de uma arrancada e citou o começo ruim de Brasileirão como determinante para proximidade do Flamengo da zona de rebaixamento. Nas quatro rodadas iniciais, ainda sob o comando de Jorginho, apenas dois pontos foram conquistados em 12 disputados - dois empates e duas derrotas. Mesmo com o decepcionante revés para o Atlético-PR, no Maracanã, o clube já superou a marca: tem quatro pontos em três jogos.
Atualmente, o Flamengo é o 15º colocado no Brasileirão, com 26 pontos, dois a mais que o Criciúma, primeiro time no Z-4. No domingo, o rival é o lanterna Náutico, às 16h (de Brasília), na Arena Pernambuco, pela 23ª rodada do Brasileirão. Caso vença, a premiação gorda dependerá apenas de um novo triunfo diante do Criciúma, dia 29, no Maracanã.
Sem avanços: Flu e Coritiba empatam por 1 a 1 no Maracanã
Coxa joga melhor no primeiro tempo e pula na frente, mas Tricolor reage na etapa final. Maracanã recebe mais de 34 mil pessoas
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • entrou bem
    Biro Biro

    O crescimento do Fluminense no segundo tempo foi resultado da entrada de Biro Biro. Ele deu o passe para o gol de Gum e criou nova força ofensiva ao Tricolor.
  • funcionou
    Desarmes

    Foi impressionante o poder de marcação do Coritiba no primeiro tempo, com dez desarmes e dez roubadas de bola - contra apenas três no somatório do Flu.
  • público
    Torcida

    O Fluminense fez promoção de ingressos e conseguiu levar 34.397 pessoas ao Maracanã. O público pagante foi de 28.550, e a renda ficou em R$ 501.840,00.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
2 comentários
O Fluminense não perdia há cinco jogos. E continua sem perder. O Coritiba não vencia há três rodadas. E continua sem vencer. Mesmo assim, o empate por 1 a 1 deste sábado, no Maracanã, tende a doer mais nos cariocas do que nos paranaenses. O Tricolor levou mais de 34 mil pessoas ao estádio e não conseguiu presenteá-las com uma vitória. O afastamento da vizinhança da zona de rebaixamento, tão desejado, não foi alcançado pelos tricolores - tampouco sua consequente aproximação do bloco superior da tabela, justamente aquele espaço de onde o Coritiba se afasta pouco a pouco.
RAfael Sóbis fluminense coritba (Foto: Fernando Cazaes / Photocamera)Fluminense e Coritiba fazem jogo parelho no Maracanã (Foto: Fernando Cazaes / Photocamera)
Lincoln, no primeiro tempo, justificou a melhor atuação do Coxa e colocou os visitantes na frente. Na etapa final, o Fluminense voltou a crescer, repetindo a rotina dos últimos jogos, e buscou o empate com Gum.
O resultado levou o Alviverde à sexta colocação, com 31 pontos - sete atrás do G-4, aberto por seu maior rival, o Atlético-PR. O Flu, com 30, é o oitavo. Neste domingo, porém, as duas equipes devem perder posições. Ambas voltam a jogar no próximo sábado, às 18h30m, fora de casa: o Tricolor contra o Goiás, o Coritiba diante do Náutico.
Coritiba, com justiça, pula na frente
O fato de o Coritiba ter tido quatro finalizações no primeiro tempo, contra apenas uma do Fluminense, serve para colocar todas as ressalvas na maior posse de bola tricolor (54% a 46%) no Maracanã. Tê-la é diferente de saber o que fazer com ela, afinal. O Coxa foi um time mais prático, mais dinâmico. Não por acaso, foi para o intervalo vitorioso, consequência do gol de Lincoln aos 30 minutos. Escudero apareceu livre pela esquerda e cruzou na cabeça do meia, que, feito centroavante, completou para o gol.
Foi justo. Antes, Vítor Júnior já havia acertado o travessão de Diego Cavalieri em cobrança de falta. O Fluminense, com atuação sonâmbula, só teve algo próximo a uma chance quando Bruno arriscou chute cruzado, para fora. Foi impressionte a facilidade dos paranaenses para desestruturar os cariocas. Em 45 minutos, os visitantes tiveram dez roubadas de bola e outros dez desarmes. E ainda quase marcaram um golaço, quando Robinho, após troca de passes impressionante do setor ofensivo, tentou mandar por cima de Cavalieri, que conseguiu defender.
Flu reage
E tudo mudou no segundo tempo. A exemplo do que aconteceu nos dois últimos jogos, contra Portuguesa e Criciúma, o intervalo fez muito bem ao time tricolor. Vanderlei Luxemburgo mexeu no time, com as entradas de Biro Biro e Ronan nos lugares de Diguinho e Carlinhos. Deu certo, especialmente por causa do primeiro. Foi do jovem atacante o cruzamento, aos cinco minutos, para o gol de Gum. O zagueiro recebeu a bola cruzada da esquerda, às costas da zaga, e desviou do goleiro Vanderlei: 1 a 1.
O Flu seguiu à caça do gol. Wagner arriscou de longe e acertou o travessão. Bruno tentou mais uma vez. Sobis foi travado na hora do chute após bela jogada de Biro Biro. A pressão, no entanto, foi em vão. O Coritiba segurou a onda e, em contra-ataque, quase virou. Gil acertou no travessão, e Dudu, no rebote, mandou para fora. No lance, Rafinha, do Flu, foi expulso.
Mais uma na conta: Palmeiras vence Sport e caminha para a Série A
Anfitrião ganha por 2 a 1 com dois de Wesley. Visitante se afasta do G-4 e ainda tem um expulso no segundo tempo, mas chega a diminuir o placar
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    8 min
    Wesley ampliou o placar para o Palmeiras na segunda etapa e deu tranquilidade ao torcedor, que via o Sport tentar o empate. Foi dele também o primeiro gol, em um belo chute de fora da área.
  • ovacionado
    Valdivia
    Esforçado, ajudando na marcação, animado: o meia foi ovacionado pela torcida ao ser substituído no segundo tempo, principalmente pela luta. O chileno não fez gol, mas foi importante para a vitória.
  • quem segura?
    55 pontos
    Com a vitória deste sábado, o Palmeiras chegou a 55 pontos e, segundo as contas de Gilson Kleina, pode subir com 66 pontos. O time está nove pontos à frente da Chapecoense, em segundo.
A CRÔNICA
por Carlos Augusto Ferrari
432 comentários
São 55 pontos e a ponta da tabela com nove pontos de vantagem. O Palmeiras venceu mais uma vez na Série B ao bater o Sport por 2 a 1, na tarde deste sábado, no Pacaembu, pela 24ª rodada, e está cada vez mais perto do acesso à elite em 2014. O time pernambucano, com um homem a menos no segundo tempo, ainda conseguiu achar um gol, mas acabou se afastando do G-4 com a derrota e segue com 37 pontos. Valdivia foi ovacionado pela torcida, mas o nome do jogo foi Wesley, autor dos dois gols da vitória.
Palmeiras x Sport (Foto: Marcos Ribolli)Jogadores do Palmeiras comemoram o primeiro gol (Foto: Marcos Ribolli)
Segundo as contas do técnico Gilson Kleina, o Palmeiras pode subir à Série A se alcançar 66 pontos, ou seja, mais três vitórias e dois empates, pelo menos. O próximo compromisso é contra o América-RN, no sábado, às 16h20m, no Pacaembu. O Sport, ainda com boas chances de subir, volta a campo no mesmo dia e horário contra o Bragantino, fora de casa.
Gol relâmpago define primeiro tempo
Líder absoluto da Série B, o Palmeiras deu a entender, logo no primeiro minuto, que estava em dia inspirado. Em um belo chute de fora da área, Wesley acertou o ângulo direito do goleiro Magrão antes mesmo de o Sport conseguir tocar na bola: 1 a 0. O jogo seguiu com um Palmeiras forte na marcação, deixando poucos espaços para o visitante, que até conseguiu meter uma bola na trave e assustou Fernando Prass em alguns lances.
O Verdão tentava chegar ao segundo gol principalmente pelos lados do campo. Quase marcou com Valdivia, que chutou para fora, e com Alan Kardec, que foi parado por Vinicius Simon. Mas terminou o primeiro tempo com o 1 a 0. Pereira e Kardec tiveram um choque de cabeça, e a partida precisou ser  interrompida.
Palmeiras amplia; Sport perde um e diminui, mas não reage
Na volta do intervalo, Gilson Kleina precisou mudar o esquema de jogo, pois Kardec precisou ser substituído por Charles, ainda por conta da pancada na primeira etapa. Com isso, o Palmeiras perdeu um atacante, fechou mais o meio e passou a ter Vinicius centralizado. Apesar de ter um homem de frente a menos, o Palmeiras não perdeu o bom ritmo da primeira etapa e logo ampliou o placar. Wesley, de novo, chutou muito forte ao entrar na área e marcou, aos oito minutos: 2 a 0.
O Sport, que já tinha dificuldades em encontrar espaços por conta da forte marcação palmeirense, parece ter desanimado um pouco mais após o segundo gol. Geninho ainda tentou dar novo gás ao time ao colocar dois novos elementos no meio-campo: Chumacero e Aílton. Mas quem deu uma esperança ao torcedor do time pernambucano foi Lucas Lima, que fez fila da defesa do Palmeiras e chegou até o gol, só que chutou por cima.
A situação do Sport piorou com a expulsão de Tobi, aos 20 minutos, após falta em Valdivia na entrada da área. Como já tinha o amarelo, levou o vermelho. E o Palmeiras ganhou uma boa chance de fazer o terceiro gol, mas Wesley cobrou na barreira.
Com um a menos no Sport, Geninho não teve opção e precisou tirar o habilidoso Lucas Lima para entrar o zagueiro Oswaldo. O objetivo agora era evitar uma goleada. Os torcedores do Palmeiras, sem pena do rival, aproveitavam para gritar "olé". Substituído aos 29, Valdivia saiu ovacionado de campo. O Mago, que foi participativo no jogo e ajudou até na marcação, teve o esforço reconhecido pela torcida.
O time pernambucano ainda conseguiu diminuir aos 35, em uma cabeçada de Rithely, mas não teve condições de buscar o empate. Melhor para o anfitrião, que segue navegando em águas calmas na Série B.