domingo, 30 de novembro de 2014

Zoações com o rebaixamento do Botafogo tomam conta das redes sociais na internet


dom, 30/11/14
por meiodecampo |
categoria Botafogo
O Botafogo sobreviveu ao sábado, mas o iminente rebaixamento foi confirmado neste domingo. O time de Vagner Mancini precisava ganhar do Santos na Vila Belmiro para chegar vivo até a última rodada do Campeonato Brasileiro, mas a derrota por 2 a 0 sacramentou a queda para a Série B. O que se transformou num prato cheio para os torcedores rivais na internet. Confira algumas zoações nas redes sociais:
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Webber se envolve em acidente nas 6 Horas de São Paulo, e carro pega fogo

Australiano ex-Fórmula 1 é atingido pelo carro italiano Matteo Cresssoni, na curva do Café, em Interlagos. Piloto da Porsche deixa circuito de ambulância, mas passa bem

Por São Paulo


Ex-Fórmula 1, o piloto Mark Webber se envolveu neste domingo em um acidente quando faltavam apenas 23 minutos para o fim das 6 Horas de São Paulo, no autódromo de Interlagos, na última etapa do Mundial de Endurance. O australiano, que pilota pela equipe Porsche, foi tocado pela Ferrari 458 Itália do piloto Matteo Cresssoni, da equipe 8 Star, na curva do Café, e após o choque seu carro sofreu um princípio de incêndio. Webber foi prontamente atendido pela equipe médica do autódromo e deixou a pista de ambulância.
Na maca, antes de ser colocado na ambulância, o piloto ergueu a mão e fez um sinal para mostrar que está bem. A Porsche usou as redes sociais rapidamente e garantiu que Webber passa bem. Mark Webber foi levado para o centro médico do próprio autódromo de Interlagos e passa bem, mas por precaução passará por todos os processos de segurança estabelecidos.
Carro de Webber pega fogo após choque em Interlagos (Foto: Reprodução/SporTV)Carro de Webber pega fogo após choque em Interlagos (Foto: Reprodução/SporTV)

A relação do piloto australiano Mark Webber com Interlagos é antiga. Ela soma duas vitórias na Fórmula 1, em 2009 e 2011, e agora soma duas grandes batidas. O acidente foi na curva do Café, a mesma em que ele, no GP do Brasil de 2003, perdeu o controle do Jaguar e acabou sendo atingido pela Benetton de Fernando Alonso.
Durante a semana, Webber chegou a cornetar a grande reforma na pista de Interlagos, que foi recapeada para a disputa do GP do Brasil de Fórmula 1, no início deste mês. Ele reclamou que as antigas e criticadas ondulações do asfalto faziam falta, porque elas geravam um desafio a mais para os competidores.
A prova marca o retorno de Emerson Fittipaldi às pistas. Bicampeão mundial de Fórmula 1, o piloto de 67 anos não disputava uma corrida com tal peso desde 2008. Emerson Fittipaldi largou na quarta colocação de sua categoria, a LMGTE Am, e na 23ª colocação geral dentre os 26 carros inscritos nas 6 Horas de São Paulo, a etapa nacional do Mundial de Endurance. Ele pilota uma Ferrari 458 Italia, realizando o sonho de guiar para a escuderia italiana durante uma competição.Webber se aposentou da Fórmula 1 no fim da última temporada, quando passou a se dedicar ao endurance.
Carro de Webber se chocou com veículo de Matteo na Curva do Café (Foto: Reprodução/SporTV)Carro de Webber se chocou com veículo de Matteo na Curva do Café (Foto: Reprodução/SporTV)
Mark Webber acidente Porsche 6 Horas de São Paulo (Foto: Victor Eleuterio)Porsche de Mark Webber é retirada da pista depois do acidente nas 6 Horas de São Paulo (Foto: Victor Eleuterio)

Ex-BBBs Vanessa e Aline brilham ao lado de Geisa no Jungle Fight 74

Musas atuam como ring girls do evento deste sábado, em São Paulo

Por São Paulo
O Jungle Fight 74 foi abrilhantado por três musas na noite deste sábado, no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, em São Paulo. A campeã da última edição do Big Brother Brasil, Vanessa Mesquita, e a também ex-BBB Aline DaDahlen se juntaram à tradicional ring girl do evento, Geisa Vitorino, na tarefa de levantar as placas entre os rounds das lutas. O card conta com nove duelos e tem transmissão ao vivo do Combate e do SporTV.
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação) Jungle Fitght 74 tem três ring girls (Foto: Caio Duran/Divulgação)
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação)Campeã do último BBB, Vanessa Mesquita participa da edição (Foto: Caio Duran/Divulgação)
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação)Wallid Ismail possa ao lado das ex-BBBs (Foto: Caio Duran/Divulgação)
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação)Ring Girls sorriem antes das lutas em São Paulo (Foto: Caio Duran/Divulgação)
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação)Musas exibem as plaquinhas dos rounds (Foto: Caio Duran/Divulgação)
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação)Vanessa exibe sorriso para a foto (Foto: Caio Duran/Divulgação)
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação)Geisa Vitorino é ring girl fixa do Jungle Fight (Foto: Caio Duran/Divulgação)
Ring Girls Jungle Fitght 74 (Foto: Divulgação)Aline Dahlen também participa do evento (Foto: Caio Duran/Divulgação)

Dirlei Mão de Pedra e Júnior Alpha se consagram no Jungle Fight 74, em SP

Atletas são os novos campeões meio-pesado e peso-médio da organização após derrotarem Martin La Máquina e Douglas Bertazini, respectivamente

Por São Paulo
O Jungle Fight 74, que adentrou a madrugada deste domingo em São Paulo, coroou dois novos campeões da organização com performances distintas. Numa atuação um tanto quanto burocrática, Dirlei Mão de Pedra derrotou o argentino Martin La Máquina por decisão unânime dos jurados para conquistar o cinturão dos meio-pesados (até 93kg). Júnior Alpha, ao contrário, foi bem agressivo e faturou o cinturão dos médios (até 84kg) ao bater Douglas Bertazini por nocaute técnico com 1m06s de combate. Os dois títulos estavam vagos.
Júnior Alpha com o treinador Yuri Carlton e Wallid Ismail, presidente do Jungle (Foto: Caio Duran - Jungle Fight)Yuri Carlton, Júnior Alpha e Wallid Ismail, presidente do Jungle (Foto: Vinicius Stasolla - Jungle Fight)
O evento, realizado no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, contou com boa presença de publico e alguns bons duelos. A melhor e mais emocionante luta foi a que abriu o card, onde o peso-mosca Zé Reborn venceu Danilo Adrian por nocaute técnico aos 42s do terceiro round. Outras boas performances individuais foram as do peso-pena Bruno Beirute, que finalizou Rodrigo Romano com um mata-leão aos 2m11s do primeiro assalto; do peso-leve Jonathan Bombeiro, que finalizou José Armoa da mesma forma aos 2m55s de combate; do meio-médio Bruno Lopes, que finalizou William Curaçá com um katagatame aos 3m06s do primeiro round; e do peso-médio Quemuel Otoni, que derrotou Carlos Guarda por nocaute técnico (interrupção médica) aos 2m57s do terceiro e último assalto.
Martin La Máquina tenta acertar Dirlei Mão de Pedra, sem sucesso (Foto: Caio Duran - Jungle Fight)Martin La Máquina tenta acertar Dirlei Mão de Pedra, sem sucesso (Foto: Vinicius Stasolla - Jungle Fight)
Mão de Pedra vence La Máquina
Lá Máquina buscou acertar um golpe no começo da luta principal, e os dois acabaram se agarrando na grade. Dirlei aplicou algumas joelhadas, e eles foram para o chão. Dirlei se levantou e soltou vários socos no adversário. Com ambos em pé, o argentino foi nas pernas, mas não botou para baixo. Dirlei acertou bons chutes na perna, e o árbitro Alessandro Souza os mandou de volta ao centro. Eles se embolaram novamente, e Lá Máquina tentou, sem sucesso, catar a perna para finalizar na chave.
Dirlei botou para baixo e jogou mais chutes e socos no rival de costas no chão no começo do segundo round. O argentino passou a já demonstrar cansaço na luta. Mão de Pedra ficou por cima soltando golpes em duas oportunidades, e o árbitro os mandou de volta ao centro julgando falta de efetividade.
Os dois ameaçaram mais agressividade no início do assalto final, mas não demoraram a se embolar no chão de novo. Após Alessandro Souza separá-los, Lá Máquina jogou vários socos, nenhum acertando o rival de fato. O público passou a reclamar do combate, insatisfeito com a falta de emoção. Afinal, ou Dirlei botava para baixo, ou La Máquina puxava para a guarda. No fim, triplo 30 a 27 na decisão para o gaúcho campeão.
Veja também: Ex-BBBs Vanessa e Aline brilham ao lado de Geisa no Jungle 74
Júnior Alpha atropela Bertazini
Júnior Alpha começou chutando o corpo do rival, e os dois trocaram algus golpes. Mas logo um diretão balançou Bertazini. Alpha sentiu o cheiro da vitória, emendou uma sequência fortíssima de socos, combinada a uma joelhada, e conseguiu o knockdown. Ele foi pra cima, com o adversário no chão, e deu mais dois socos até a interrupção do árbitro Douglas Ayres, a 1m06s do primeiro round, decretando o nocaute técnico.
Veja todos os resultados do evento:
Dirlei Mão de Pedra venceu Martin La Máquina por decisão unânime
Júnior Alpha venceu Douglas Bertazini por nocaute técnico a 1m06s do R1
Bruno Beirute venceu Rodrigo Romano por finalização aos 2m11s do R1
Jonathan Bombeiro venceu José Armoa por finalização aos 2m55s do R1
Bruno Lopes venceu William Curaçá por finalização aos 3m06s do R1
Zeca Predador venceu Alexandre Turquinho por decisão dividida
Quemuel Otoni venceu Carlos Guarda por nocaute técnico aos 2m57s do R3
Vitor Super Boy venceu Júnior Suicida por decisão unânime
Zé Reborn Alexandre venceu Danilo Adrian por nocaute técnico aos 42s do R3

Toquinho esbanja confiança contra Fitch: "Luto até de cabeça para baixo"

Campeão do WSOF no peso-meio-médio afirma que provocações do americano acabam no dia 13 de dezembro e garante ter amadurecido

Por Rio de Janeiro
Rousimar Toquinho e Jon Fitch trocaram muitas farpas através da imprensa, mas o acerto de contas tem data marcada e está perto de acontecer: os dois vão se enfrentar no dia 13 de dezembro, no WSOF 16, pelo cinturão do WSOF, que pertence ao brasileiro. Ele precisou lidar com muitas provocações do rival, principalmente após o combate, inicialmente marcado para o WSOF 11, ser cancelado para que o lutador pudesse ficar perto de sua mãe, que passou por uma cirurgia para tratar uma trombose nas pernas e já encontra-se bem. Além disso, quando o atleta da Team Nogueira foi contratado pelo evento, o americano garantiu que jamais o enfrentaria, já que foi dispensado do UFC após a organização julgar que pela segunda vez na carreira ele demorou para soltar uma finalização, no duelo contra Mike Pierce.
Toquinho MMA (Foto: Divulgação )Toquinho com o cinturão do WSOF (Foto: Divulgação )
Agora, Toquinho apenas sonha em dar a resposta dentro do cage. O lutador garantiu que está pronto e disse ser um presente poder enfrentar Fitch depois da declaração de que o adversário nunca lutaria com ele.
- As provocações acabam no dia 13. Vou ficar mordido de quê? Nós vamos lutar. Eu amo isso. Faço isso porque amo e estou sempre motivado. Essa vitória será para minha mãe e para o Brasil. Só estou pensando no meu braço levantado no final e é isso que vai acontecer. Não precisa ter dúvida porque é isso. Estou pronto para tudo. O recado para ele já foi dado. Ele sabe o que espera por ele e eu também sei. Lembra quando fui mandado embora do UFC? O que ele falou? Qual o único cara do mundo que ele disse que não lutaria? Eu preciso falar mais alguma coisa? Olha o que é o destino. Esse é o meu presente. Eu vou estar voando, bem preparado, tanto faz onde a luta vai ser. Luto no chão, luto até de cabeça pra baixo, de qualquer jeito estarei pronto. Eu estou na melhor fase da minha vida. Está acontecendo tanta coisa comigo que eu amadureci. É inexplicável isso. Se vocês sentissem o que estou sentindo vocês iriam saber. Estou feliz - afirmou, em entrevista ao Combate.com.
Com apenas duas lutas como meio-médio (até 77kg), sendo duas finalizações com chave de calcanhar, especialidade do lutador, Toquinho disse que passa dificuldade para bater o peso, mas quem sofre na hora da luta são os rivais.
- Vou te falar a verdade: esses caras estão perdidos comigo porque agora o negócio está sério. Nesse peso, meu irmão, eu fico beleza. Passo mal para bater o peso, mas no outro dia vai ver como eu fico. Recupero 10, 12kg. Não me preocupo com peso e sim em estar bem, forte. Tudo na vida é bom, a técnica, tudo, mas tem que ter força. Luta é luta. Eu agora só me preparo para vencer. Já passei por muita coisa na vida e isso me fez ser quem sou hoje, mas nunca vou abrir a boca para falar de alguém - garantiu.
Rousimar Toquinho (Foto: Ivan Raupp)Rousimar Toquinho disse que rivais estão perdidos com ele (Foto: Ivan Raupp)
Toquinho ainda analisou o casamento de estilos entre ele e Fitch. Ambos são adeptos da luta agarrada, mas o brasileiro voltou a mostrar confiança e declarou que até mesmo o americano sabe que é um confronto ruim para ele.
- Essa luta vai ser sinistra. Não posso perder a oportunidade não. Acho que é uma ótima luta para mim. Eu sei disso, ele sabe disso e todos sabem disso. Só tenho isso pra dizer: essa luta é boa. Não desfaço de ninguém não, mas o negócio vai ser osso. Lá em cima vai ser duro. Eu só estou pensando nessa luta agora. Deixa as coisas acontecerem, está tranquilo. Só penso nessa luta e em mais nada. Tenho até que me controlar para esquecer um pouco da luta às vezes. Mas eu amo demais isso, estou feliz demais com esse negócio. Esse momento agora, depois de tudo que passei, isso me ajudou a ser quem sou hoje. É estranho. Parece que as coisas na vida vem tudo ao contrário. Doideira. Eu não sei como aconteceu tudo isso comigo, mas se não acontece eu não seria o que sou hoje. Nunca me senti como estou me sentindo agora. Mudei completamente. Sou mais tranquilo. Vou esquentar a cabeça pra quê? Vou fazer uma coisa que amo, sei o que me espera, então vou ficar nervoso? - concluiu.

Mancini atribui degola aos problemas do clube em 2014: "Não caímos hoje"

Técnico do Bota lembra situações de dificuldade no ano: "Fora de campo nem se fala"

Por Santos, SP
O Botafogo terminou o fim de semana matematicamente rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. A queda iminente foi esticada até a penúltima rodada, mas não resistiu à derrota por 2 a 0 para o Santos na Vila Belmiro(veja os melhores momentos no vídeo acima). Para Vagner Mancini, a degola não aconteceu na tarde deste domingo. O técnico, que comandou o Alvinegro do início ao fim da competição, apontou como responsáveis pela situação do clube os problemas que surgiram dentro e fora de campo durante a temporada. Como por exemplo as lesões no elenco, os salários atrasados e a dispensa de jogadores considerados importantes.
- No primeiro momento é difícil falar, aceitar. Momento que ninguém gostaria de viver. Sabemos que quatro desceriam, e um deles é o Botafogo, infelizmente. Temos que aceitar, não desenvolvemos o que teríamos que desenvolver. Foi um retrato do que foi desenhado ao longo do ano. Não caímos hoje. O clube teve uma série de problemas que todos expuseram. Temos que ser francos. Sabíamos que era difícil, mas em nenhum momento a equipe jogou a toalha. Lutamos, fomos bravos, mas não foi suficiente - disse Mancini.
Vagner Mancini, Santos X Botafogo (Foto: Levi Bianco / Agência estado)Vagner Mancini não esconde sua frustração durante o jogo com a queda do Botafogo (Foto: Levi Bianco / Agência estado)
Matematicamente rebaixado, o Botafogo vai cumprir tabela na última rodada do Brasileiro contra o Atlético-MG, no Mané Garrincha, em Brasília. O jogo está previsto para o próximo domingo, às 17h (de Brasília). Porém, como os dois times não buscam mais nada no campeonato, a partida pode ser antecipado pela CBF para o sábado.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Vagner Mancini:
Sentimento após o rebaixamento

Não é fácil. Eu me escorava no ambiente que tínhamos internamente. Mas eu não podia ver as coisas que estava vendo no dia a dia sem que colocasse a cara, aí acabei tendo um desgaste muito maior em função de ter que agir em outras partes do clube. Mas faria novamente. Não posso deixar os atletas em situação difícil.

Os problemas fora do campo rebaixaram o Botafogo?
Muita gente vai enxergar isso como uma justiça do futebol. A partir do momento em que se vê um clube que fica atrasando salários, claro que há uma responsabilidade. Lamentamos isso. Bota tem uma história maravilhosa e vai estar na Série A em breve. Vai bater na Série B e vai voltar, não tenho dúvida. Mas a partir do momento que toda a estrutura for reorganizada"
Vagner Mancini, técnico do Botafogo
Muita gente vai enxergar isso como uma justiça do futebol. A partir do momento em que se vê um clube que fica atrasando salários, claro que há uma responsabilidade. Lamentamos isso. Botafogo tem uma história maravilhosa e vai estar na Série A em breve. Vai bater na Série B e vai voltar, não tenho dúvida. Mas a partir do momento que toda a estrutura for reorganizada. Acho que cabe um perdão a todos que estão aqui. Muitas vezes achamos que somos super-homens, e ninguém é.

Quando o time desandou?

Difícil precisar, mas a saída de vários atletas acabou pesando. E não estou falando especificamente dos quatro (Emerson, Bolívar, Edilson e Julio Cesar). Alguns saíram por desgaste pela falta de pagamento (Lucas, por exemplo). Sempre que perde um jogador de qualidade, é difícil achar a peça de reposição. A falta de dinheiro gerou uma onda de problemas e minou nossas forças. Foi determinante. Dentro de campo tínhamos que tentar resolver os problemas de fora.

Panorama para 2015

Em uma análise fria, tem que mudar muita coisa. Entrou uma diretoria que vai analisar tudo, pensar, enxergar... Estava fora e vai entender o que foi feito no campo e na parte administrativa. O Botafogo, por causa da falta de dinheiro, se desgastou como um todo. Não foi só o futebol. Fazendo uma analogia com uma empresa, houve uma falência de vários departamentos e há uma necessidade de reestruturação.

Tem interesse em permanecer?

Ao longo deste tempo, disse que tinha o interesse em ficar, ajudar. Mas seria deselegante dizer isso agora porque tem uma diretoria que acabou de assumir. Eles precisam ter total liberdade para tomar as decisões. Meu vínculo acaba agora, no fim do mês. Depois vamos ver. Qualquer coisa que eu responder agora serei deselegante.
Tem algum desabafo?

Jamais vou expor as pessoas. Acho que, a partir do momento que defendo a camisa do Botafogo, tenho que ter respeito. Óbvio que muitas vezes temos vontade de falar, mas acho que não é o momento. Estaria colocando um dedo em uma ferida que já é grande. O momento é de respeito ao Botafogo. Não queríamos que o clube estivesse nesta situação
Mais um gol no início do segundo tempo

O jogo acabou sendo retrato do que foram os anteriores. Um certo domínio aparente, mas na hora que volta do intervalo leva o gol e as coisas se acentuam. Acho que o aspecto emocional bateu forte em cima de um time jovem.

Discussão entre Dankler e Andreazzi durante o jogo
Foi excesso de vontade, e o momento exigia que todos estivessem focados no jogo. Quando há uma falha de marcação às vezes gera isso. Algumas vezes é no vestiário. Já estou no futebol há muito tempo e já vi muito. Claro que não pode ter exagero. Se o árbitro desse o vermelho, estaríamos aqui falando de uma coisa muito maior.

Atuação do atacante Maikon em sua estreia

Acho que ele nos ajudaria muito se estivesse nos jogos anteriores, mas infelizmente não foi possível. Os atletas que estiveram em campo lutaram, mas não foi o suficiente. Dói muito este momento, mas o time vai jogar a Série B e tem todas as chances de voltar.
Em dia de festa após título sobre rival, Galo perde para Coritiba, que se salva
Time paranaense consegue resultado que o mantém na Série A, em partida marcada por comemoração do Atlético-MG de título da Copa do Brasil
 
DESTAQUES DO JOGO
  • irritação
    Arbitragem
    A noite era de festa, mas virou de irritação. Com dois gols anulados, os atleticanos não perdoaram Pablo dos Santos e o criticaram após a partida.
  • garantido
    Rebaixamento
    A vitória valeu mais do que os três pontos ao Coritiba. Representou também a garantia na Série A de 2015. O time curitibano só cumpre tabela.
  • festa no fim
    Cena rara
    Após o apito final, os jogadores do Coritiba comemoraram a permanência. Os jogadores do Galo deram a volta olímpica com a taça da Copa do Brasil.
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
195 comentários
O jogo era de despedida, mas no fim virou de festa. O Atlético-MG se despediu da torcida de Belo Horizonte no ano e do presidente Alexandre Kalil, que deixará o clube na próxima quarta-feira. O Coritiba, do meia Alex, que fez o último jogo pelo clube como visitante. Alívio para o maestro curitibano, que viu o clube do coração se garantir na primeira divisão com o triunfo por 2 a 1, em pleno Independência. Nada disso afetou a alegria dos torcedores e jogadores atleticanos que, ao fim do jogo, prolongaram a comemoração da conquista da Copa do Brasil, obtida na última quarta-feira, dando volta olímpica no Horto e exibindo a taça de campeão.
Os gols de Carlinhos e Leandro Almeida definiram o placar. A torcida do Galo fez a festa mesmo assim, com o gol de Pedro Botelho nos últimos minutos e com a volta olímpica dos jogadores ao fim da partida, em referência ao título da Copa do Brasil. Tardelli e Victor foram os responsáveis por segurar a taça. Mas nem tudo foi alegria. Os os atleticanos se irritaram com os erros de arbitragem, que não viu Carlinhos impedido e a anulação do gol de Rafael Carioca, ainda no primeiro tempo.
As duas equipes se despedem da temporada no próximo domingo. Enquanto o Coritiba recebe o Bahia, que ainda luta contra o rebaixamento, no Couto Pereira, às 17h (de Brasília), o Galo vai a Brasília, onde encara o já rebaixado Botafogo, no estádio Mané Garrincha, no mesmo horário.
Frame Atlético-MG x Coritiba (Foto: Reprodução \Sportv)Atlético-MG pressiona até o fim da partida, mas não consegue o empate (Foto: Reprodução \Sportv)
Água no chope
Como um visitante incômodo, o Coritiba queria estragar a despedida do time atleticano da torcida em Belo Horizonte na temporada e amenizar o clima de êxtase pela conquista da Copa do Brasil sobre o maior rival, no meio de semana. Os torcedores que foram ao Independência nem se importaram muito com o gol do Coritiba logo no início da partida: Carlinhos aproveitou cruzamento e fez de cabeça, na primeira descida dos paranaenses. A certeza da virada, tão presente na campanha vitoriosa da Copa do Brasil, permeava o pensamento do atleticano no estádio. A bola na rede representava a salvação do adversário na Série A.
Mas a arbitragem passou a ser o visitante mais indigesto para o Galo. Rafael Carioca chegou a balançar as redes. Mas, na jogada, o árbitro Pablo dos Santos Alves anulou o gol depois de assinalar que a bola saiu, quando Leonardo Silva ajeitou de cabeça para o volante encobrir o goleiro Vanderlei. Na noite de festa, a alegria da torcida se tornou irritação com os erros da arbitragem.
O segundo tempo ficou um jogo de um time só. O Galo seguia pressionando em busca do gol e perdia chances em sequência. O time visitante se fechava a cada minuto e quase não passava do meio-campo. O excesso de finalizações erradas e o goleiro Vanderlei eram os responsáveis. E Leandro Almeida ainda ampliou. Lançado por Alex, o zagueiro tocou na saída de Victor e sacramentou o que todo torcedor do Coxa angustiado ao longo do Brasileiro sonhava: Coritiba na Série A em 2015. Pedro Botelho chegou a tirar o grito de "Eu acredito" da garganta da torcida, após diminuir, mas não havia mais tempo para o empate. Era hora de festejar no Horto.
 
 
Bahia derrota o Grêmio e mantém vivo o sonho de permanecer na elite
Tricolor baiano chega à última rodada com chances de escapar do rebaixamento. Com a derrota, Grêmio dá adeus ao sonho da Libertadores
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • rebaixamento
    esperança
    O Bahia vai para a última rodada com chances de escapar do rebaixamento. Precisa vencer o Coritiba e torcer por tropeços de Palmeiras e Vitória.
  • libertadores
    fim do sonho
    Com a derrota para o Bahia, o Grêmio não é capaz de alcançar Corinthians e Inter no G-4. Acabaram as chances de disputar Libertadores.
  • paredão
    Lomba
    O goleiro do Bahia se redimiu de algumas falhas ao longo da temporada ao salvar o Bahia com grandes defesas e atuação de gala na vitória.
A CRÔNICA
por Rafael Santana
283 comentários
A torcida do Bahia insiste em contrariar os matemáticos. Se lhe dizem que as chances de rebaixamento são de 99%, gritos de “eu acredito!” ecoam como resposta. Dentro de campo, embalados pela demonstração de fé e paixão que vinha das arquibancadas, os donos da casa mostraram um futebol convincente, renovaram a esperança de permanecer na elite e mandaram para o espaço qualquer chance de o Grêmio disputar a Libertadores em 2015. Galhardo, de falta, marcou o gol do triunfo dos baianos em partida disputada neste domingo, na Arena Fonte Nova.
Ainda é delicada a situação do Bahia. Para permanecer na Série A, o time do técnico Charles Fabian terá que vencer o Coritiba na próxima rodada e torcer por derrota do Palmeiras e ao menos um empate do Vitória, seu maior rival. Apesar do triunfo, o Tricolor baiano se mantém na zona da degola, com 37 pontos. O Grêmio, com os seus 60 pontos, não pode mais alcançar Internacional e Corinthians, ambos com 66.
Bahia e Grêmio fecham suas participações no Campeonato Brasileiro no próximo domingo. Enquanto os baianos vão até o Couto Pereira para enfrentar o Coritiba, às 17h (horário de Brasília), os gaúchos recebem, no mesmo horário, o Flamengo em sua arena.
Galhardo comemora gol do Bahia contra o Grêmio (Foto: Felipe Oliveira / Getty Images)Galhardo cobra falta com perfeição e corre para o abraço (Foto: Felipe Oliveira / Getty Images
Primeiro tempo de um time só
Os resultados da rodada ajudaram. O Bahia entrou com chances de permanecer na Série A. O Grêmio mantinha vivo o sonho de disputar a Libertadores em 2015. Mas quando a bola rolou os donos da casa partiram para cima. Marcação alta, transição rápida e ataques agudos pelos lados. A atuação nos primeiros 45 minutos foi digna de aplausos. E os números comprovam: 11 finalizações dos baianos contra quatro dos gaúchos. Henrique teve duas chances claras de abrir o placar. Mandou uma para fora e obrigou Marcelo Grohe a fazer grande defesa na outra. Wiliam Barbio também parou no goleiro. Faltava o gol. Que começou a se desenhar nos pés do nome da primeira etapa. O jovem Rômulo, primeira vez titular, cruzou o meio-campo em velocidade e rolou para Henrique, que sairia livre na cara do gol. Geromel parou-o com duro carrinho por trás. Foi para o chuveiro mais cedo. Da entrada da área, Galhardo cobrou falta com perfeição e fez explodir a Fonte Nova. O placar até poderia ser mais dilatado, mas o Bahia foi para o intervalo vencendo pelo placar mínimo.
Papéis invertidos
Na volta do intervalo, o Bahia adotou postura defensiva, muitas vezes com o time todo no campo de defesa. O Grêmio, mesmo com um jogador a menos, passou a comandar as ações. Everton, Werley e Barcos acumularam boas chances, mas pararam nas mãos de Marcelo Lomba. Com a frente da área congestionada, os gaúchos insistiam nas bolas alçadas na área, mas o goleiro mostrava confiança nas saídas de gol. O relógio corria, e o Bahia só pensava em administrar o resultado. Só que o Grêmio continuava a pressionar. Coube a Lomba, então, o papel de salvar o Bahia. Tão criticado por falhas cruciais ao longo da temporada, fez interveções milagroas. Nos últimos cinco minutos, o grito sufocado voltou a ecoar na Fonte. "Eu acredito!". O Bahia acredita e vai fazer na última rodada o jogo da vida.

Com boa recuperação, Pelé já caminha pelo quarto do hospital

Rei do Futebol apresenta melhora, e expectativa é que ele comece a receber visitas já na terça-feira

Por São Paulo
Hostital Albert Einstein (Foto: Rodrigo Faber)Hospital Albert Einstein, onde Pelé está internado desde segunda-feira, em São Paulo (Foto: Rodrigo Faber)
Recuperando-se bem de uma infecção urinária, Pelé caminhou pela primeira vez, neste domingo, pelo quarto do hospital onde está internado em São Paulo desde segunda-feira.
Segundo o último boletim médico divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein divulgou, no final da tarde deste domingo, Pelé se recupera bem, e o tratamento de suporte renal (hemodiálise) que vinha sendo realizado em Pelé foi suspenso até segunda-feira, quando a necessidade do mesmo será reavaliada.
A intenção é saber se o rim do ex-atleta conseguirá funcionar normalmente, sem nenhuma ajuda, o que seria um grande passo da recuperação. Caso isso aconteça, ele deve deixar a unidade de terapia intensiva.
Ainda segundo o comunicado, o Rei do Futebol segue evoluindo, apresentando boas condições clínicas. A situação também é estável do ponto de vista hemodinâmico e respiratório.
Filha de Pelé se mostra otimista, segundo Suplicy
Pouco antes do boletim ser divulgado, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) esteve no hospital para levar presentes para o Rei, mas não pôde entrar, já que as visitas estão proibidas. Ele conversou com Kelly, uma das filhas de Pelé, que relatou que a expectativa é que as visitas comecem a ser liberadas a partir de terça-feira.

A assessoria do Albert Einstein relatou que o Rei tem recebido mensagens do mundo inteiro por meio do e-mail do hospital. Aos poucos elas são passadas para ele, que está lúcido - até já pediu um violão para tocar - e agradece o carinho vindo de todas as partes.
Na manhã deste sábado, o hospital havia informado que o ex-jogador já conversava normalmente e que a bactéria estava controlada, afastando a possibilidade de infecção generalizada. Mais tarde, houve a confirmação que a hemodiálise seria interrompida neste domingo. À noite, Edinho, filho do Rei, deu boas notícias sobre o pai.
 No final da noite de quinta-feira, o quadro de Pelé era considerado delicado, já que ele não estava reagindo bem ao antibiótico para conter infecção no sangue. Havia enorme preocupação de uma infecção generalizada por conta disso.
Aos 74 anos, Edson Arantes do Nascimento passou por uma intervenção cirúrgica para retirada de cálculos renais recentemente. No entanto, ele voltou a passar mal na última segunda-feira, por conta de uma infecção urinária, e teve de ser internado novamente no Hospital Albert Einstein. Na quinta-feira, porém, ele piorou e foi transferido para unidade de terapia intensiva.
Confira a íntegra do novo boletim:
"O paciente Edson Arantes do Nascimento apresenta boa evolução clínica e permanece sob cuidados da unidade de terapia intensiva. Está lúcido e estável do ponto de vista hemodinâmico e respiratório.
O tratamento de suporte renal foi suspenso até amanhã, quando sua necessidade será reavaliada."

Boletim médico de Pelé (Foto: Diogo Venturelli)Boletim médico de Pelé (Foto: Diogo Venturelli)
* Colaboraram Diogo Venturelli e Leandro Canônico

Lágrimas, "sambadinha" e carinho de torcida e família no título de Rubinho

Campeão da Stock Car 2014, piloto de 42 anos celebra conquista em Curitiba com a família e os membros da equipe, além de contar com o apoio intenso da torcida

Por Curitiba

Na Fórmula 1, Rubens Barrichello conquistou a admiração de boa parte do público brasileiro por ser o representante do país desafiando os estrangeiros. Rubinho deixou a categoria, mas o carinho dos fãs ficou. Na disputa do título da Stock Car, neste domingo em Curitiba, ele parecia o único brasileiro na pista. A cada vez que passava na reta, a torcida que lotou as arquibancadas comemorava como se fosse um gol. “Rubinho! Rubinho!”, gritavam. No fim, com o terceiro lugar na corrida e o título assegurado, Barrichello retribuiu:
- Muito obrigado pelo carinho!
Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Barrichello é exaltado pelo público ao ser campeão da Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)



Era só o começo da festa. Afinal, eram 23 anos com o grito de “É campeão!” engasgado na garganta, desde o título da Fórmula 3 inglesa em 1991. Na saída da pista, o piloto de 42 anos comemorou com a esposa Silvana e os filhos Eduardo e Fernando, que choravam copiosamente assim que o pai cruzou a linha de chegada. Subiu no carro e foi levantado pelos membros da equipe Full Time. No pódio, é claro, não podia faltar a famosa “sambadinha”.
- Campeão é campeão, né. Eu tenho que agradecer à equipe Full Time, que me deu um carro sensacional para lutar pelos pontos hoje. É um orgulho correr com esses caras. Eu só tenho a agradecer. Vamos agradecer a todo mundo. De coração, eu estou lisonjeado em ter a minha família ao meu lado. Não posso descrever o sentimento. Obrigado – celebrou o novo campeão.

Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Rubinho recebe o carinho da esposa Silvana e dos filhos Dudu e Fêfo na saída da pista (Foto: Duda Bairro / Divulgação)



E a família teve um papel especial na conquista. A esposa Silvana, companheira de longa data, não escondia a emoção e o alívio com a conquista do maridão:
- Eu quase morri do coração. A gente só se tranquilizou na bandeirada final. Mas é isso que o público quer ver, chegar até o fim todo mundo brigando pelo título. É um dia especial. Foi muito merecido. Foi maravilhoso.
Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Filhos acompanham Barrichello no desfile após o título (Foto: Duda Bairro / Divulgação)


E como o pai é o herói de qualquer criança, Eduardo, de 13 anos, e Fernando, de 9, estavam em êxtase, orgulhosos com o feito de Rubinho. Os dois desfilaram com o pai na caminhonete que deu a volta no circuito para exaltar o novo campeão:
-  Eles estão muito felizes. Isso faz parte da nossa vida. Não tem como não se emocionar, não se entregar a tudo isso. Faz parte da nossa família – destacou Silvana.
Barrichello campeão Stock Car (Foto: Duda Bairro / Divulgação)Rubinho comemora o título da Stock Car em Curitiba (Foto: Duda Bairro / Divulgação)
Depois do pódio e do desfile, a festa de Rubinho seguiu nos boxes da equipe Full Time. Camisa comemorativa, cartazes, música, champanhe e quitutes embalavam todos que fizeram parte do título: o piloto, os amigos, os familiares e os membros do time.
- A gente vai ficar aqui até o Fantástico – brincou o bem-humorado campeão.
Festa nos boxes da Full Time pelo título de Rubens Barrichello na Stock car (Foto: Miguel Costa Jr./Divulgação)Festa nos boxes da Full Time pelo título de Rubens Barrichello na Stock car (Foto: Miguel Costa Jr./Divulgação)
* Colaborou Luan Sanchez, estagiário do GloboEsporte.com, do Rio de Janeiro
Com a vida resolvida, Chapecoense e Cruzeiro ficam no empate por 1 a 1
Chape joga com permanência garantida e se despede de casa, enquanto Cruzeiro coloca “mistão”; em sua estreia, garoto Hugo Ragelli marca
 
DESTAQUES DO JOGO
  • amigável
    clima de festa
    A comemoração da Chape ocorreu no sábado. Com a derrota do Vitória, o time garantiu a permanência na Série A. E enfrentou o campeão Cruzeiro.
  • Alvo celeste
    ele e a Raposa
    Bruno Rangel gosta de jogar contra o Cruzeiro. Desde que voltou para o Verdão, no meio do ano, ele marcou apenas duas vezes. Sempre diante da Raposa
  • estrela
    menino Hugo
    É muita estrela para um garoto. No primeiro minuto como profissional, Hugo Ragelli deixou sua marca. O gol garantiu o empate do time mineiro.
A CRÔNICA
por Laion Espíndula
77 comentários
Cruzeiro e Chapecoense entraram em campo na tarde escaldante deste domingo com a vida resolvida. De um lado, o campeão com duas rodadas de antecedência, que foi a campo com um time misto, ainda mais depois da desgastante final contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. Do outro, o mandante do confronto, que garantiu o principal objetivo do ano, a permanência na Série A. Diante deste cenário, o que se viu na Arena Condá foi um duelo de festa. Em despedida da sua torcida, o Verdão do Oeste abriu o placar no primeiro tempo. Na etapa final, o time mineiro deixou tudo igual e se aproxima de bater o recorde de pontos corridos do Campeonato Brasileiro no atual formato, com 20 clubes.
Duas curiosidades marcaram o confronto pela penúltima rodada da competição nacional. Bruno Rangel marcou pela segunda vez desde que voltou à Chape, na metade deste ano.  E os dois gols do atacante saíram justamente contra o Cruzeiro. O primeiro foi na partida em Minas Gerais. E o camisa 9 repetiu a dose em casa. A Raposa viu brilhar a estrela do garoto Hugo Ragelli. Na estreia como profissional, o jogador balançou as redes com apenas um minuto em campo.
O resultado mantém, até o momento, a Chapecoense na 14ª posição do Brasileiro. O time tem 43 pontos. O Cruzeiro segue líder, com 77, e precisa vencer o próximo compromisso para atingir a marca de maior número de pontos na competição - em poder do São Paulo em 2006, com 78 pontos. Pela última rodada do torneio nacional, os dois times voltam a campo no próximo domingo, às 17h. O time celeste recebe o Fluminense no Mineirão, enquanto o Verdão tem duelo com o Goiás, fora de casa.
Neilton e Fabiano, Chapecoense X Cruzeiro (Foto: Alexandre Schneider / Getty Images)Com domínio em cada etapa, Chape e Cruzeiro empatam (Foto: Alexandre Schneider / Getty Images)
O jogo
O forte calor em Chapecó atrapalhou um pouco o desenvolvimento da partida no primeiro tempo. Os jogadores sentiram a alta temperatura e fizeram um confronto lento nos 45 minutos iniciais. Com o apoio da torcida e sem qualquer preocupação, a Chapecoense apresentou maior posse de bola e fechou bem o meio-campo, enquanto o Cruzeiro arriscava idas ao ataque com Marlone.

Logo no início da partida, o meia Camilo cobrou escanteio na medida para Bruno Rangel, mas o cabeceio saiu por cima do gol. O time celeste surpreendeu com boa saída aos 17 minutos, Lucas Silva deixou Neilton cara a cara com o goleiro Danilo. O atacante deu um toque leve, mas a bola foi para fora. Logo depois, Tiago Luis meteu uma bomba de fora da área e obrigou Elisson a fazer ótima defesa. Só que o goleiro não conseguiu salvar aos 40, quando Wanderson saiu do meio, tabelou com Camilo, ganhou de Manoel na área e cruzou rasteiro para trás, onde estava Bruno Rangel sozinho. Daí era só tocar para as redes e comemorar o 1 a 0.

O cansaço bateu na Chapecoense no segundo tempo. O time do técnico Celso Rodrigues pouco conseguiu fazer depois do intervalo e foi inferior ao Cruzeiro. Logo no início da etapa final, o treinador colocou o goleiro Nivaldo no lugar de Danilo, atendendo a um pedido da torcida da Chape. Há oito anos no time verde e branco, Nivaldo é um dos ídolos do clube e foi uma forma de homenagem ao jogador.

Aos 13 minutos, o arremate de Camilo para fora foi praticamente o último para os mandantes A partir daí, o técnico Marcelo Oliveira passou a apostar nos garotos, e o Cruzeiro tornou-se superior no confronto. E foi dos pés de um menino que o campeão igualou. Aos 26, Hugo Ragelli, em sua primeira participação, iniciou bela jogada até chegar a bola a Judivan, que devolveu para o jovem tocar de cabeça para a meta. Os mineiros seguiram em cima, mas pararam nas defesas de Nivaldo, que garantiu o 1 a 1.
 
Marcelo garante vitória do Atlético-PR sobre o Goiás na despedida da Arena
Em jogo para cumprir tabela, Furacão cresce no segundo tempo e mantém o oitavo lugar no Campeonato Brasileiro. Goiás fica na 13ª posição
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    16 do 2° tempo
    Marcelo recebeu lançamento de Natanael, invadiu a área e soltou a bomba para fazer o gol da vitória atleticana na despedida da Arena da Baixada no Brasileiro.
  • cabeça quente
    dois expulsos
    O zagueiro Jackson recebeu o cartão vermelho direto após entrada dura, e o volante Thiago Mendes levou dois cartões amarelos por faltas.
  • no meio da tabela
    8° e 13° lugares
    Com o resultado, o Atlético-PR ficou no oitavo lugar, com 53 pontos ganhos. Já o Goiás permaneceu em décimo terceiro, com 44 pontos.
A CRÔNICA
por Fernando Freire
7 comentários
O Atlético-PR despediu-se da Arena da Baixada com festa. Venceu o Goiás por 1 a 0 na noite deste domingo, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. E, apesar de ter ficado longe do G-4, recebeu os aplausos da torcida no fim. O atacante Marcelo marcou o gol decisivo aos 16 minutos do segundo tempo. Com isso, o Furacão segue no oitavo lugar, agora, com 53 pontos. O Esmeraldino fica na modesta 13ª posição, com 46 pontos.
O primeiro tempo teve pouca emoção. Ficou concentrado no meio-campo, com raros lances de perigo. O Furacão cresceu no segundo tempo e chegou ao gol com Marcelo, que vinha sendo cobrado pela torcida e comemorou de forma tímida. Os mandantes pressionaram, mas ficaram no 1 a 0 mesmo. No fim, o zagueiro Jackson e o volante Thiago Mendes ainda foram expulsos.
Na última rodada, o Atlético-PR visita o Palmeiras, que luta contra o rebaixamento. O Goiás recebe a Chapecoense, que apenas cumpre tabela. Os jogos estão marcados para as 17h (horário de Brasília) de domingo, dia 6.
Comemoração do Atlético-Pr contra o Goiás (Foto: Geraldo Bubniak / Agência estado)Jogadores celebram Marcelo, autor do gol contra o Goiás (Foto: Geraldo Bubniak / Agência estado)
Furacão cresce no segundo tempo e vence
Atlético-PR e Goiás protagonizaram um primeiro tempo com pouca emoção na Arena da Baixada. O time da casa jogava com apenas um meia de criação e três atacantes, o que deixava Bady sobrecarregado. No lance mais perigoso, o atacante Marcelo invadiu a área, mas, cara a cara com Renan, bateu em cima do goleiro. Depois, arriscou de fora da área e, mais uma vez, parou no camisa 1. Por outro lado, os visitantes contavam com três volantes e depositavam suas fichas no trio Ramon, Erik e Samuel. Eles trocavam passes e rondavam a área rubro-negra, mas sem conseguir levar perigo ao gol adversário.
Apoiado pela torcida, o Atlético-PR voltou sem mudanças, mas com uma postura mais ofensiva. Dellatorre cabeceou rente à trave após cobrança de falta. Depois, Bady e Hernani arriscaram de longe, para fora. A presão deu resultado aos 16. O lateral-esquerdo Natanael deu lançamento preciso, e Marcelo bateu firme para fazer 1 a 0. O Goiás até ameaçou com Samuel, que quase marcou um golaço de longe. Mas, depois, sentiu a pressão. Deu espaços para o Furacão, que quase ampliou com Cléo, Marcos Guilherme e Nathan. No fim, o Esmeraldino ainda teve dois expulsos: o zagueiro Jackson e o volante Thiago Mendes. Aí o Rubro-Negro só esperou o apito final para comemorar a vitória na despedida da Baixada em 2014.

Em clima de festa no Tricolor, Muricy volta a cobrar reforços para 2015

Aniversariante, treinador que completou 59 anos diz que elenco é bom, mas não o suficiente para o próximo ano. "Não dá para trazer jogador mais ou menos"

Por São Paulo

O São Paulo garantiu a segunda colocação no Brasileiro e a vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2015 com o empate diante do Figueirense, por 1 a 1, e a derrota do rival Corinthians, goleado por 5 a 2 pelo Fluminense. A alegria do Tricolor neste domingo, dia de festa pela despedida de Kaká do Morumbi, também teve o aniversariante Muricy Ramalho, que completou 59 anos. Por conta da data, o treinador ganhou um bolo surpresa, que gerou uma "guerra" generalizada iniciada por Kaká. Emprestado pelo Orlando City até 31 de dezembro, o ídolo fez seu último jogo na casa são-paulina.
Apesar do clima de festa, Muricy voltou a cobrar reforços para o São Paulo em 2015. O treinador fez uma retrospectiva do seu trabalho no clube desde quando chegou em 2013, quando tinha a missão de salvar a equipe do rebaixamento, passando pela reformulação feita nessa temporada até o atual momento.
- Não se consegue nada no futebol sem planejamento e muita organização. Por acaso não dá. A pergunta é o que nós queremos. No ano passado nós brigamos para não cair e neste ano reformulamos, mas agora precisamos ganhar títulos. Então tem de trabalhar mais. E eu sou chato mesmo. Sei o que é isso. Conheço este clube mais do que ninguém. Às vezes tem de conversar duro em grandes empresas para crescer. Agora temos uma base boa, mas a pergunta é: dá só com isso? Não dá. Precisamos ser realistas. Temos de caprichar muito neste fim de ano - disse Muricy.
- Sabemos as dificuldades. A diretoria está trabalhando. Não dá para trazer jogador mais ou menos. A camisa é muito pesada. Tem de trazer quem suporta. Como fizemos nesse ano: todos estão jogando, porque foi escolhido com critério. Então não temos o direito de errar - emendou o treinador.
Com o planejamento para 2015 em andamento, o Tricolor busca um zagueiro pela esquerda, um volante e um lateral-direito. Questionado sobre se o clube também precisa de um substituto para Kaká, Muricy lamentou principalmente a perda do bom ambiente gerado pelo meia no dia a dia.
- Como pessoa é impossível. Sinceramente é muito difícil, porque é um cara muito acima da média. Ele se entrega. Muitos jogadores cresceram com a chegada dele. É um exemplo de atleta. Com tudo o que tem e fez, chegava cedo e treinava muito, porque precisa disso. A parte física sempre foi o forte dele. É excepcional como pessoa. Sinceramente, estou há muitos anos nisso, e encontrar um cara que ganhou tudo o que ele venceu e ser desse jeito é difícil. No campo podemos achar uma outra maneira de jogar. Ele faz falta também como um cara que orienta em campo. O Rogério é o nosso capitão e líder, mas fica longe. E o Kaká fica perto dos jogadores. Ele sabe fazer isso. Substituir como caráter e pessoa é muito difícil. Como jogador é possível - disse Muricy.
Muricy Ramalho, São Paulo X figueirense (Foto: Marcos Ribolli)Muricy quer reforços para o São Paulo em 2015: "Trazer jogador mais ou menos não dá" (Foto: Marcos Ribolli)

Confira os principais trechos da entrevista de Muricy Ramalho:
Coisas melhores em 2015

- O Rogério nos conhecemos há muitos anos. Ele só resolveu renovar contrato porque começou a ter confiança nesse grupo, assim como a torcida. Agradeço o apoio antecipado da torcida, desde o ano passado, quando estávamos numa situação muito complicada. E eles estão conosco até hoje: apoiando e incentivando. Claro que é importante o time jogar bem, mas eles querem mesmo é um time comprometido e que se doa em campo. Esse time foi isso. O nosso ambiente é excelente. Como o Kaká falo aqui, da turma do baralho. Nem pelo baralho, mas para ficar junto chegavam mais cedo no clube para se encontrar. Muito diferente. Já vi times com grandes ídolos e jogadores sem resultado, porque o ambiente era ruim. Não sei se foi competência ou sorte, mas erramos muito pouco nas contratações. Mesmo com os que chegaram depois. Isso é fundamental no futebol brasileiro, em que você não pode errar pela parte financeira. Agora nesse fim de ano esperamos não errar, porque é fundamental nas contratações. A torcida comprou a ideia, e os jogadores também. Principalmente o nosso capitão, que voltou a ser feliz no segundo semestre. Queremos gente que quer ganhar. Somos muito parecidos. Quando não ganhamos, não comemos, nem dormimos. Não vivemos bem. A gente só vive de vitórias. A verdade é essa. Somos viciados nisso. O Kaká não dava para ficar mesmo, mas por isso torcemos bastante para o Rogério assinar o contrato.

Dificuldade substituir Kaká

- Como pessoa é impossível. Sinceramente é muito difícil, porque é um cara muito acima da média. Ele se entrega. Muitos jogadores cresceram com a chegada dele. É um exemplo de atleta. Com tudo o que tem e fez, chegava cedo e treinava muito, porque precisa disso. A parte física sempre foi o forte dele. É excepcional como pessoa. Sinceramente, estou há muitos anos nisso, e encontrar um cara que ganhou tudo o que ele venceu e ser desse jeito é difícil de ver. No campo podemos achar uma outra maneira de jogar. Ele faz falta também como um cara que orienta em campo. O Rogério é o nosso capitão e líder, mas fica longe. E o Kaká fica perto dos jogadores e sabe fazer isso. Substituir como caráter e pessoa é muito difícil. Como jogador é possível.

Jogo da última rodada antecipado

- Temos um problema que é o jogo marcado contra a imprensa. O calendário está formado (risos). Marcou tem de cumprir. Vai ser porrada em vocês de novo. O campo e o churrasco são nossos. Seria bom (antecipar). Se trouxesse mais para cá seria melhor ainda, mas acho que está em cima. Para nós seria ótimo, porque entrava de férias antes e todos nós estamos precisando. Esse segundo semestre foi muito duro e os jogadores foram muito cobrados. Claro que o ideal era ser campeão, mas só chegaram porque aguentaram muito e foram parceiros. Não foi fácil jogar o que jogamos: três jogos em uma semana. Seria legal, porque nosso time precisa descansar.

São Paulo na Libertadores 2015

- Não se consegue nada no futebol sem planejamento e muita organização. Por acaso não dá. Se não planejar, não dá. Fizemos um planejamento desde o ano passado. A primeira etapa, quando chegamos, era não pensar em nada. Atrasou demais, porque queríamos salvar o time. Seria o maior desastre da história desse time. A torcida ficaria com a autoestima lá embaixo. Seria ruim em todos os aspectos. Não aconteceu. Demos sorte. A verdade é essa, porque muitas coisas erradas foram feitas. O ambiente era horrível, com falta de comprometimento, mas conseguimos. A segunda etapa era a reformulação, que também foi muito dura. Se contratou muito. Havia jogadores que não eram usados e estavam insatisfeitos. Mas ganhavam bem, e nenhum time queria pagar isso. Entramos no Brasileiro reformulando, com gente insatisfeita. E quando reformulamos, também fomos atrás de jogadores que precisávamos. Se esse time estivesse desde o início, estaríamos brigando contra o Cruzeiro pau a pau. Perdemos muito no primeiro turno. Fizemos o time no meio da competição. Hoje está diferente, porque temos uma base. Precisamos de alguns jogadores mesmo. A pergunta é o que queremos. Ano passado brigamos para não cair, nesse ano reformulou, mas agora precisamos ganhar títulos. Então tem de trabalhar mais. E eu sou chato mesmo. Sei o que é isso. Conheço esse clube mais do que ninguém. Sou chato e as pessoas não gostam muito, mas é o jeito que tem de ser. Às vezes tem de conversar duro em grandes empresas. Agora temos uma base boa, mas a pergunta é: dá só com isso? Não dá. Precisamos ser realistas. Temos de caprichar muito nesse fim de ano. Sabemos as dificuldades. A diretoria está trabalhando. Não dá para trazer jogador mais ou menos. A camisa é muito pesada. Tem de trazer quem suporta. Como fizemos, todos estão jogando, porque foi escolhido com critério e como homens também. Então não temos o direito de errar.

Fred desabafa, critica "politicagem", revela dívida e não garante que fica

Artilheiro do Brasileirão deixou o campo após a goleada sobre o Corinthians comentando o momento complicado do clube para a próxima temporada

Por Rio de Janeiro
Os dois gols marcados sobre o Corinthians não foram suficientes para acalmar Fred. Depois de ser alvo de protestos nas Laranjeiras no último sábado, o atacante divulgou uma nota criticando a atitude do grupo de torcedores. Na saída do campo após a goleada de 5 a 2 sobre o Timão, ele voltou a comentar a atitude dos torcedores no treinamento. (Confira a primeira parte do desabafo no vídeo abaixo)
- Quero fazer um desabafo. Há seis anos estou no clube. Me desgastei sempre para defender os jogadores. Mas algumas vezes a imprensa, como agora na Globo.com, eles têm de ter responsabilidade e entender que aquele bando de 10 pessoas que foram fazer aquela palhaçada não representa a torcida do Fluminense. Fizeram matéria tendenciosa. Da forma que fizeram, é uma falta de respeito. Tem de analisar toda a história. Sei que o torcedor está do meu lado. Aquilo é coisa mandada. Vou sempre me desgastar pelo clube. Se forem mandar fazer sacanagem comigo, estou de peito aberto. Mas se estiver ruim, pego a minha viola, coloco no saco e vou embora, porque estou aqui para defender o Fluminense.

Durante seu desabafo, o atacante citou o GloboEsporte.com, que noticiou o protesto ocorrido nas Laranjeiras. Ele ainda revelou que está há 20 meses sem receber direitos de imagem. Fred afirmou que está sendo alvo de opositores.
 "Eu tenho 20 meses de direitos de imagem atrasado e nunca falei para ninguém. Mesmo assim me dedico."
- Há grupos de opositores que fizeram sacanagem comigo. Tenho 20 meses de direitos de imagem atrasados, mas se a torcida estiver de saco cheio, pego minhas coisas e vou embora. Me garanto dentro e fora de campo. A minha revolta maior é com aquele babaca do GloboEsporte.com que fez a matéria armada. “Posiciona para fazer a foto, vem de lá para fazer o vídeo”. Foi assim. Eu estou me matando, velho. O grupo inteiro, não só eu. A comissão técnica ralando para caramba e estamos sozinhos nessa. Eu domino no peito, mas divido a responsabilidade também, porque tem gente que não faz nada aqui dentro. Eu tenho 20 meses de direitos de imagem atrasado e nunca falei para ninguém. Mesmo assim me dedico. Mas a minha indignação é com aquela palhaçada que aconteceu. Vocês têm que noticiar, mas ter responsabilidade para, no mínimo, analisar a situação. Aquele protesto é da torcida do Fluminense? Pergunto para os senhores. É um bando de imbecis. Aquilo lá é coisa armada. Mas se quiserem, vamos para o pau. Tinha moleque lá com short do Santos. Não representa minha torcida. Respeito muito a verdadeira torcida e quando tem coisa manipulada, eu vou para dentro.
Fred, Fluminense X Corinthians (Foto: Andre Durão)Fred reclama do impedimento marcado que anulou um gol seu quando o jogo ainda estava 1 a 0 para o Corinthians. Atacante viria a marcar duas vezes, de pênalti, na segunda etapa da partida, ajudando o Flu a golear. (Foto: Andre Durão)

Assim como após a partida contra o Sport, Fred voltou a minimizar a posição do Flu na tabela, longe de qualquer disputa pelo título e fora do G-4 . O capitão lembrou que o clube vive um momento complicado fora de campo e que as longas novelas nas renovações de contrato de muitos jogadores foi um problema no grupo.
 "Nós jogadores estamos nos dedicando desde o início, e sozinhos"
- Frustação é uma palavra que é forte para esse grupo pelos problemas que nós enfrentamos, pelas dificuldades. Por esse grupo e essa comissão caminharem sozinhos o ano inteiro, com todos os problemas internos que nós tivemos. Há seis, sete meses atrás, eu como capitão, eu representava o meu grupo de jogadores e sempre briguei pelo meu grupo. Eu cheguei para diretoria e falei: "o nosso grupo precisa renovar o contrato, porque são sete, oito jogadores de pura qualidade, campeões dentro do clube, que já passaram dificuldades e sabem o que eles tem que fazer aqui dentro, tem uma história bonita e faz parte de uma base vencedora aqui dentro". Então, antes, era ruim para quem estava com o contrato acabando. Hoje, por causa de politicagem, por causa dessas palhaçadinhas que a gente tem fora de campo e que a imprensa, que foi o caso da Globo.com, deu a maior ênfase para aquela palhaçada forjada... Hoje, quem tem contrato no clube que está pensando: "Eu que vou ter que sofrer aqui ano que vem, né?" Porque nós não sabemos o que vai acontecer. Então, não existe frustração, porque esses jogadores... Nós jogadores estamos nos dedicando desde o início, e sozinhos. Maioria das vezes sozinhos. Então, não existe frustração para gente. A gente sai daqui de cabeça erguida. Falamos lá dentro que tem uma maioria de jogadores que pode ser o último jogo aqui no Maracanã. Para gente jogar por nós, pelas nossas famílias, pelo nosso empenho, pela união que nós fizemos aqui.
Fred comemora gol do Fluminense contra o Corinthians (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)Fred comemora um de seus gols na goleada do Fluminense sobre o Corinthians (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)

Fred também voltou a mostrar preocupação com o planejamento do clube para a temporada 2015. O atacante falou na saída de jogadores e colocou em dúvida o potencial dos jogadores da base para aguentar a pressão e até mesmo sua permanência nas Laranjeiras. Sem o apoio da Unimed, a diretoria do Fluminense vai apostar nos jogadores que ainda têm contrato com o clube e em atletas formados no Tricolor.
 "Será que a molecada da base vai botar a camisa e jogar?"
 - O que eu estou torcendo porque eu criei um carinho muito grande por esse clube, é que pro o ano que vem as coisas melhorem, que haja planejamento, que melhore alguma coisa. Mas do jeito que está, vão sair oito jogadores, não sabemos qual vai ser a comissão do ano que vem... Então, quem está acabando o contrato vai embora. Quem tem contrato, está desesperado porque não sabe: "vou ficar aqui e o que vai acontecer ano que vem?" A gente tem exemplos. Não dá para falar se eu fico. Eu tenho contrato mais um ano. Será que vai acontecer o quê com o Fluminense no ano que vem? O que que vai acontecer com a gente? Vão sair aí oito jogadores. A mulecada da base tem uma qualidade imensa, mas será que eles vão colocar a camisa e jogar? Será que o torcedor vai ter paciência para essa reformulação e a saída desses jogadores que eles chamam de mercenários?



Voltando a citar o atraso em seus pagamentos, Fred ainda defendeu os companheiros de clube dos xingamentos de "mercenários", se disse sempre pronto a defender o Fluminense e ainda cobrou da diretoria mais presença e organização.
- No meu caso, eu tenho vinte meses de contrato de imagem atrasados. Nunca falei para ninguém. Resolvi internamente. Aí eles vão lá, fazem a palhaçadinha de grupo que faz palhaçada para falar que eu sou mercenário? Meu salário é muito bom, tenho vinte meses de imagem atrasado, que é uma grana muito grande, mas mesmo assim eu me dedico diariamente por isso aqui. E me exponho por causa do meu grupo e por causa desse clube. Então, quando vai falar de Fluminense, eu vou querer entrar na frente. Por isso que me desgasto, mas a diretoria tem que estar mais presente, tem que estar mais organizado pro futebol do Rio não ficar ruim. E eu me preocupo com meu lado. Não sei como vai ser aqui ano que vem.
Artilheiro isolado do Brasileirão com 17 gols, o atacante lembrou o momento difícil que viveu depois da Copa do Mundo, quando foi apontado, ao lado de Felipão, como principal culpado pela fraca campanha da seleção brasileira. (Veja a segunda parte do desabafo no vídeo acima)
- Eu estou feliz por isso (artilharia do Brasileirão). Essas vitórias, esses gols e esse momento de voltar por cima realmente. Porque foi um momento delicado esse ano para mim. Mas um mês não ia jogar por terra todo meu empenho, todo meu suor e sacrifico e qualidade. Por isso sou muito grato a todos os jogadores, grato ao Fluminense por tudo que fizeram, pela torcida de verdade. Eu vou continuar sempre trabalhando para defender o clube, para fazer meus gols e conseguir o máximo possível para gente.

NOTA DA REDAÇÃO: O GloboEsporte.com repudia as infelizes insinuações de Fred. Na manhã de sábado, como em todos os dias, nosso repórter esteve nas Laranjeiras para cobrir o treino do Fluminense com a missão de mostrar o que acontece dentro e fora de campo. Se torcedores fazem uma manifestação contra a principal estrela do time, o nosso dever é informar, como fizemos.