domingo, 6 de novembro de 2011

brasileirão série a 2011

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Corinthians
58
33
17
7
9
47
34
13
58.6
2
Vasco
58
33
16
10
7
49
37
12
58.6
3
Fluminense
56
33
18
2
13
48
42
6
56.6
4
Botafogo
55
33
16
7
10
49
38
11
55.6
5
Flamengo
55
33
14
13
6
57
44
13
55.6
6
Figueirense
53
33
14
11
8
43
38
5
53.5
7
Internacional
51
33
13
12
8
53
40
13
51.5
8
São Paulo
50
33
13
11
9
48
42
6
50.5
9
Santos
48
33
14
6
13
49
46
3
48.5
10
Coritiba
48
33
13
9
11
52
38
14
48.5
11
Grêmio
46
33
13
7
13
40
44
-4
46.5
12
Atlético-GO
42
33
11
9
13
42
40
2
42.4
13
Palmeiras
41
33
9
14
10
37
36
1
41.4
14
Atlético-MG
39
33
11
6
16
41
49
-8
39.4
15
Bahia
39
33
9
12
12
39
44
-5
39.4
16
Ceará
35
33
9
8
16
39
55
-16
35.4
17
Cruzeiro
34
33
9
7
17
38
47
-9
34.3
18
Atlético-PR
34
33
8
10
15
33
50
-17
34.3
19
Avaí
29
33
7
8
18
44
69
-25
29.3
20
América-MG
28
33
5
13
15
43
58
-15
28.3
  • Sab 05/11/2011 - 19h00 Engenhão
    BOT
    0 1
    FIG
  • Sab 05/11/2011 - 19h00 Arena do Jacaré
    CAM
    2 0
    GRE
  • Sab 05/11/2011 - 19h00 Pituaçu
    BAH
    4 3
    SPO
  • Dom 06/11/2011 - 17h00 Vila Belmiro
    SAN
    2 0
    VAS
  • Dom 06/11/2011 - 17h00 Engenhão
    FLA
    5 1
    CRU
  • Dom 06/11/2011 - 17h00 Ressacada
    AVA
    1 2
    CEA
  • Dom 06/11/2011 - 17h00 Parque do Sabiá
    AMG
    2 1
    COR
  • Dom 06/11/2011 - 19h00 Arena Barueri
    PAL
    0 2
    CFC
  • Dom 06/11/2011 - 19h00 Beira Rio
    INT
    1 2
    FLU
  • Dom 06/11/2011 - 19h00 Arena da Baixada
    CAP
    2 1
    ACG
Taça LibertadoresSul-AmericanaRebaixados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento
Coritiba domina, vence Palmeiras e deixa rival preocupado com degola
Coxa não toma conhecimento do rival e faz 2 a 0 em dois contra-ataques. Sem reação, equipe de Felipão fica a sete pontos da zona de rebaixamento
 
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro
O Coritiba não estava no Couto Pereira, mas se sentiu em casa na Arena Barueri. Jogou como e não tomou conhecimento do adversário, neste domingo. Diante de um Palmeiras cada vez mais perdido e sem reação, o Coxa teve pouco trabalho e só dependeu de dois contra-ataques certeiros para fazer 2 a 0, ficar tranquilo na tabela do Campeonato Brasileiro e deixar o rival em situação um pouco mais delicada – a zona de rebaixamento vai ficando cada vez mais próxima, a cinco rodadas do fim da competição.
Reeditando as boas atuações do primeiro semestre de 2011, o Coritiba mostrou um ataque insinuante e contou com ótima exibição de Everton Costa, o melhor em campo. Aos gritos de “olé” da revoltada torcida do Palmeiras, o Coxa chegou aos 48 pontos e está confortável no Brasileirão – os comandados de Marcelo Oliveira ainda têm remotas chances de classificação para a Taça Libertadores.
O Palmeiras até teve apoio da torcida (7.513 pagantes em Barueri, graças a uma promoção de ingressos), mas voltou a mostrar os erros dos últimos jogos e se manteve com 41 pontos na tabela. O Coxa, algoz da Copa do Brasil, deixou o time de Luiz Felipe Scolari a sete pontos da zona de rebaixamento. Em uma fase que nada dá certo, já são oito jogos sem vitórias e um risco cada vez mais real de viver novamente o pesadelo da Série B.
Na próxima rodada, o Coritiba recebe o Flamengo no Couto Pereira, domingo, às 17h (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Palmeiras vai a Porto Alegre enfrentar o Grêmio - jogo duríssimo para quem precisa desesperadamente voltar a vencer.
Davi gol Coritiba (Foto: Ag. Estado)Davi comemora gol do Coxa: paranaenses foram absolutos na Arena Barueri (Foto: Ag. Estado)
Mais do mesmo...
O torcedor do Palmeiras só foi feliz nos momentos anteriores ao início da partida, quando o placar da Arena Barueri anunciou a vitória do América-MG por 2 a 1 sobre o Corinthians. Ao apito inicial de Alício Pena Júnior, o que se viu foi mais do mesmo. Apesar do falso domínio nos primeiros dez minutos, o Verdão deixou transparecer sua falta de qualidade com a reação automática dos jogadores ao receberem a bola: todos procuravam Marcos Assunção, única fonte de criatividade no time.
Assunção voltava depois de três jogos fora, recuperando-se de uma luxação no ombro direito. E com ele voltou a mania de o Palmeiras depender excessivamente de cruzamentos e bolas paradas para ameaçar o adversário. Dos pés do capitão saiu a única jogada perigosa do time no primeiro tempo: um cruzamento perfeito para Luan, que cabeceou e viu a bola raspar a trave esquerda de Vanderlei.
O Coritiba, esperto, percebeu a desorientação palmeirense em campo. O técnico Marcelo Oliveira preparou a armadilha, chamou o Palmeiras para o jogo e deixou Everton Costa aberto pela esquerda e Marcos Aurélio pela direita, jogadores habilidosos e rápidos que dão dor de cabeça a qualquer defesa. A dupla ficou no mano a mano com Henrique e Thiago Heleno. Uma jogada perigosa era questão de tempo.
Aos 23 minutos, o contra-ataque certeiro apareceu. O “liso” Everton Costa não tomou conhecimento de Henrique e deixou Davi na cara do gol e sem goleiro para abrir o placar: 1 a 0 Coxa, em cima de um rival inoperante e com sérios problemas defensivos para resolver.
O tempo de bola que falta a Henrique sobra para os atacantes do Coritiba, que lembraram as ótimas atuações do início do ano – época em que o time somou 24 vitórias seguidas, incluindo um 6 a 0 no próprio Verdão. No intervalo, o torcedor que compareceu à Arena deu o aviso com muitas vaias: queria mudanças urgentes.
Reação por pouco tempo
Felipão entendeu a mensagem e resolveu arriscar lançando Maikon Leite na vaga de Rivaldo, que teve mais uma atuação ruim. Na base da pressão, do entusiasmo, o time conseguiu sufocar o Coritiba no início da segunda etapa e exigiu três boas defesas de Vanderlei, em duas finalizações de Luan e uma de Ricardo Bueno.
A torcida até que começou a se empolgar, mas o momento do Palmeiras não permite erros. Uma falha simples no ataque ocasionou outro contra-ataque muito bem aproveitado pelo Coxa. Marcos Aurélio e Leonardo trocaram passes como se estivessem num treino “fantasma”, sem adversário. Aos 11 minutos, Leonardo finalizou sem ser incomodado: 2 a 0 no placar.
Foi o estopim da revolta entre os palmeirenses. A saída de Tinga foi comemorada como um grito de gol engasgado – os mais desatentos pensariam que o time empatou a partida. O expulso João Vitor também recebeu "homenagens" da torcida. Os irônicos resolveram gritar “Luan é Seleção”, homenagem ao atacante, único que demonstrava algum poder de reação em campo.
Ainda é muito pouco para o Palmeiras, que vê a zona da degola cada vez mais próxima. Para o Coxa, a boa atuação dá alento: aquele time que encantou o Brasil no primeiro semestre ainda pode jogar muita bola.
 

Tite admite má atuação do Timão, mas avisa: ‘Aqui não tem cagalhão’

Técnico pede para que time absorva rapidamente o mau resultado e siga em frente. Mesmo com derrota, Corinthians segue na liderança do Brasileirão

Por Leandro Canônico Uberlândia, MG
Em uma de suas piores atuações no Brasileirão, o Corinthians perdeu neste domingo para o lanterna do campeonato (assista aos melhores momentos do jogo no vídeo ao lado). Após a derrota por 2 a 1 para o América-MG, em Uberlândia, o técnico Tite admitiu a má atuação e foi contundente ao ser questionado se o resultado assusta na sequência do torneio.
– Tem de ter coragem, colhão, para ver o que fez de errado. Temos de matar no peito as situações adversas. Sou o primeiro a dar as caras para absorver críticas. Em nenhum momento o grupo negligenciou, mas estivemos numa tarde infeliz. E isso não assusta. Aqui não tem cagalhão – declarou o comandante.
  •  
veja também
Ainda na análise do treinador corintiano, o elenco sentiu demais a intensidade do jogo, as condições do jogo na cidade mineira de Uberlândia.
– A equipe sentiu a intensidade, o gramado alto, o calor... Não conseguimos fazer transição de ida e volta. Ficaram espaços, e não conseguimos compactar – analisou.
Mesmo com a derrota em Minas Gerais, o Corinthians segue na liderança do Campeonato Brasileiro, seguido de perto pelo Vasco - ambos têm 58 pontos, mas o Timão leva vantagem no número de vitórias. Para o jogo do próximo domingo, contra o Atlético-PR, no Pacaembu, Tite não terá Alessandro, suspenso, mas contará com os retornos dos zagueiros Paulo André e Castán.
Tite Corinthians  (Foto: Ag. Estado)Tite admite que Corinthians jogou mal contra o América-MG, em Uberlândia (Foto: Ag. Estado)
Fluminense silencia o Beira-Rio, faz 2 a 1 no Inter e sobe para o 3º lugar
Gols de Rafael Moura e Rafael Sobis deixam o Flu a dois pontos dos líderes
 
A CRÔNICA
por Eduardo Cecconi e Thiago Fernandes
O Fluminense gostou de comemorar o título nacional em 2010 e quer repetir a festa em 2011. No início da noite deste domingo, a equipe treinada por Abel Braga calou os aproximadamente 38 mil colorados presentes no Estádio Beira-Rio, vencendo por 2 a 1, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Rafael Moura e Rafael Sobis marcaram os gols do Flu, ambos em assistências de Deco. Oscar descontou para o time da casa. Com a vitória o Flu sobe para 56 pontos, apenas dois abaixo dos líderes Corinthians e Vasco, na terceira colocação. O Inter volta ao 7º lugar, com 51, a quatro pontos do G-5.
Na 34ª rodada o Fluminense enfrenta o América-MG às 19h do próximo sábado, no Engenhão. Já o Inter visita o Cruzeiro às 19h de domingo, na Arena do Jacaré.
Rafael Sobis Rafael Moura gol Fluminense (Foto: Photocâmera)Rafael Moura vibra, mas Sobis não comemora gol em respeito ao clube onde cresceu (Foto: Photocâmera)
Sina colorada
Assim que o Fluminense entrou em campo, as atenções voltaram-se aos jogadores Edinho e Rafael Sobis, ovacionados, e ao técnico Abel Braga, que também teve o nome gritado. Ele reverenciou a torcida, contemplou a bandeira em sua homenagem - "Louco Abel", está escrito - e fez questão de cumprimentar todos os profissionais do Inter no banco de reservas.
O mesmo fez Sobis, que cantou todo o Hino Rio-Grandense junto com 38 mil vozes coloradas - o segundo maior público do ano no Beira-Rio. Um ambiente emocionante justificado pela história vitoriosa do trio do Fluminense pelo Inter. Mas o início da partida deu fim às amenidades. Em seu primeiro toque na bola, Sobis foi vaiado. Era hora de torcer pelo Inter.
Empolgados pelo caldeirão formado nas arquibancadas, os jogadores do Inter entraram no ritmo e foram ao ataque. Bolatti e Oscar concluíram bons lances, porém desperdiçados. No primeiro contra-ataque, entretanto, o Fluminense lançou água fria sobre a ebulição colorada: Sobis guerreou até recuperar a bola, Deco utilizou-se de um passe de mágica para cruzar, e deixou Rafael Moura às costas de Muriel. Sem goleiro, aos 17 minutos, He-Man fez 1 a 0.
Mas a fervura não baixou, a pressão não se estancou, e o Inter persistiu. As principais jogadas partiam da esquerda, com Kleber forçando Sobis a marcá-lo, e Mariano em frequente desvantagem contra Oscar. E foi o meia colorado quem igualou tudo. Aos 36,  Leandro Damião aproveitou-se de erro de Leandro Euzébio, foi à linha de fundo e cruzou. Do outro lado da área, Oscar bateu com a costumeira categoria, e fez 1 a 1.
Havia, ainda, uma espécie de sina a se confirmar. Quase sempre que algum ídolo colorado retorna ao Beira-Rio vestindo camisa alheia, marca. Foi assim com Fernandão pelo São Paulo, Iarley no Ceará ou Alex com o Corinthians. E com tantos grandes nomes da história do clube em campo, o risco era alto. Foi o que aconteceu. Nos acréscimos, Sobis recebeu lançamento genial de Deco e recolocou o Flu à frente. Colorado desde a infância, não comemorou o 2 a 1.
Maestro Tricolor
Deco voltou do intervalo ainda mais inspirado. Se no primeiro tempo foi o autor das assistências para os dois gols, posicionando-se com inteligência às costas dos volantes colorados, na etapa final ele evitou que os cariocas recuassem.
Errando um passe pela primeira vez após quase uma hora de jogo, ele esfriou o ímpeto dos anfitriões fazendo o Fluminense controlar a posse no campo do Inter. Ao invés de recuar, Abel Braga avançou a equipe, e contou com seu capitão para reger a estratégia.
Dorival Júnior tentou encontrar alternativas, levando ao campo Ilsinho, Zé Roberto e Tinga. Abel Braga respondeu, dando descanso ao maestro Deco e fortalecendo a marcação com Diguinho - Araújo entrara pouco antes para puxar os contra-ataques.
No fim, o zagueiro Juan foi expulso por reclamação. Com um jogador a mais, bem posicionado e obstinado em assegurar a vitória, o Fluminense soube fazer do 2 a 1 construído no primeiro tempo o placar definitivo, encostando nos líderes.
 
Apático, Timão perde do lanterna América-MG, mas se segura na ponta
Derrota do Vasco acaba ajudando o Corinthians, que se mostrou apático em Uberlândia. Já o Coelho, mesmo com a vitória, segue em situação difícil
 
A CRÔNICA
por Leandro Canônico
O Brasileirão tem cada coisa... Neste domingo, em Uberlândia, estava tudo armado para uma festa corintiana. Estádio lotado, com milhares de alvinegros, e pela frente um adversário já com um pé na Série B do Brasileirão. Mas o América-MG, lanterna da competição, derrubou o líder Corinthians com uma vitória por 2 a 1.
Fábio Júnior abriu o marcador, em pênalti mal marcado a favor do Coelho, e o Timão empatou com Chicão, de volta após oito rodadas afastado, também de pênalti. Mas o gol da heroica vitória dos mineiros saiu dos pés de Amaral, em cobrança de falta aos 42 minutos do segundo tempo. Frustração para o Timão!
A derrota para o lanterna só não teve um gosto mais amargo porque o Vasco, concorrente direto pelo título nacional, também perdeu para o Santos. O Corinthians segue líder, com 58 pontos, o mesmo que os cariocas, que têm uma vitória a menos. O América-MG, com 28, continua amargando a última colocação, com chances remotas de permanecer na elite do futebol nacional.
O próximo jogo do Corinthians será contra outro time que luta contra o rebaixamento - o Atlético Paranaense, domingo, às 17h (de Brasília), no Pacaembu. Já o América-MG pega o Fluminense, sábado, às 19h, no Engenhão.
Liedson Corinthians x América-MG (Foto: Ag. Estado)Liedson, do Corinthians, em disputa com Micão, do América-MG (Foto: Ag. Estado)
Dois pênaltis, duas medidas
O clima de Pacaembu armado pela torcida do Corinthians no Parque do Sabiá, em Uberlândia, impulsionou os alvinegros para o ataque logo de cara. Ainda mais depois que o sistema de som do estádio anunciou, com apenas um minuto de bola rolando, gol do Santos em cima do Vasco, concorrente direto ao título.
Sem dar espaços ao América-MG, o Timão tentou algumas vezes com Liedson, muito acionado nos 15 minutos iniciais. Ao artilheiro da equipe no Brasileirão, no entanto, faltou pontaria e paciência. Aos 11 minutos, por exemplo, ele foi “fominha” e cabeceou cruzamento que seria para Danilo. Mandou mal!
Dois minutos depois, um problema para o Corinthians. Alex, que retornara de lesão, voltou a sentir dores musculares na coxa esquerda e deixou o gramado para a entrada de Emerson. Com três atacantes, o estilo de jogo do Timão mudou, mas a soberania alvinegra continuou. O Coelho estava apático e desorganizado.
Mesmo assim, um chute de fora da área de Rodriguinho, aos 16 minutos, obrigou Julio Cesar a grande defesa. Quase dez minutos depois, Fábio Santos criou a melhor chance do Timão até então. O lateral arrancou pela esquerda, invadiu área e bateu colocado. Neneca, porém, se esticou e fez boa intervenção.
O jogo estava bom para o Corinthians. E o gol esquentava. Mas um erro da arbitragem mudou o rumo do jogo. Aos 32 minutos, o árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima viu falta de Alessandro em Kempes dentro da área. Na cobrança, Fábio Junior balançou as redes e colocou o Coelho em vantagem.
Aos 44 minutos, no entanto, o Timão também teve um pênalti em seu favor. Emerson disputava bola com Amaral e quando percebeu que o adversário o segurava, caiu na área. Na cobrança, Chicão, em seu retorno ao time titular, deixou tudo igual no placar do estádio João Havelange, em Uberlândia.
Pouca ação
O Corinthians voltou para o segundo tempo apostando no toque de bola para envolver o adversário. E o América-MG, ainda desorganizado e com pouca técnica, era presa fácil para os visitantes. Mais recuado, Emerson tentava buscar o jogo, armar as jogadas e ainda aparecer para finalizar.
Aos 12 minutos, o técnico Tite resolveu tirar Alessandro, pendurado com o cartão amarelo e já suspenso para o duelo com o Furacão, e colocar Weldinho. Dessa maneira, a braçadeira de capitão voltou para Chicão, que a tinha antes de se desentender com a comissão técnica e perder a vaga de titular.
Apesar de mal na partida, o Coelho levava perigo nas poucas vezes que tinha chance, como aos 15 minutos. Após vacilo de Fábio Santos, Kempes se aproveitou e obrigou Julio Cesar a importante defesa. O lance animou os mineiros, que pressionaram, mas a falta de qualidade do time impedia voos maiores na partida.
Com a partida morna, à torcida do Corinthians restou comemorar mais um gol na Vila Belmiro, quando o Santos fez 2 a 0 no Vasco. Embora tivesse recuperado o controle da partida após uma pequena pressão do Coelho, o Timão finalizava pouco no segundo tempo. Quase nada, na verdade. Neneca pouco teve trabalho.
Acalmado pela derrota do Vasco e tranquilo com a falta de força do América-MG, o Corinthians tentou administrar bem o empate. Evitou se arriscar muito, embora tenha tido algumas chance pontuais na parte final do jogo. As circunstâncias da rodada faziam o Timão olhar para essa igualdade como se fosse vitória. Acabou castigado no fim. Aos 42 minutos, Amaral, de falta, chutou à meia altura, e Julio Cesar aceitou. Gol do América. Vitória do lanterna sobre o líder. Coisas do Brasileirão.
 
Em ensaio para o Mundial, Santos vence Vasco e ajuda o Corinthians
Borges se torna o santista com mais gols em uma edição de Brasileiro, com 23. Vasco perde três pontos e a chance de ultrapassar o Timão
 
A CRÔNICA
por Adilson Barros e Mariana Kneipp
Três pontos para o Santos. Que serviram para o Corinthians. Sem dar muitas chances para o Vasco, o Peixe venceu a equipe carioca por 2 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, e acabou ajudando o seu maior rival. O time da Colina, com um simples empate, poderia ter retomado a liderança, já que o Corinthians perdeu para o lanterna América-MG em Uberlândia. Com os dois tropeços, Timão e Vasco permanecem com 58, mas a equipe do Parque São Jorge lidera, pelo número de vitórias.Já o Alvinegro Praiano vai a 48 pontos, em nono lugar.
Neymar e Borges marcaram os gols santistas. O artilheiro do Brasileirão, aliás, chegou a 23 tentos e quebrou um recorde que durava 28 anos. Ele ultrapassou Serginho Chulapa e se tornou o jogador do Peixe com mais gols em uma edição de Brasileiro.
Neymar gol Santos (Foto: Ag. Estado)Neymar abre o placar e comemora fazendo pose de marrento  (Foto: Ag. Estado)
Neymar garante vantagem
O Santos entrou com fome. O clima era favorável ao time alvinegro: estádio lotado, torcida motivada pelo retorno de Paulo Henrique Ganso, após 63 dias afastado por lesão, e, principalmente, pela presença de Neymar, que disputou seu primeiro jogo depois de ser indicado à Bola de Ouro da Fifa. Logo aos 3 minutos de jogo, o astro, numa cobrança de falta, abriu o placar, contando com a colaboração de Renato Silva, que desviou e tirou a bola do alcance de Fernando Prass. A intervenção de Renato foi tão sutil, que a arbitragem deu gol para o jogador do Peixe. É o 97º gol de Neymar, que está a três do 100º.

O Peixe seguia em cima, sufocando o Vasco, criando chances, mais na base do abafa do que em jogadas organizadas. Aos poucos, porém, a equipe carioca foi equilibrando as ações. Acertou a marcação no meio de campo, vigiando bem Neymar. Os santistas tentavam entrar tocando, mas paravam na zaga e também no péssimo estado do gramado da Vila, que já foi referência, mas atualmente está bastante castigado.

A equipe da Colina ameaçou pela primeira vez aos 12 minutos, quando Juninho cobrou escanteio da direita e Elton apareceu livre no primeiro pau para escorar. Rafael, no reflexo, espalmou. O Vasco percebeu que o caminho era pelo alto. Passou a cruzar bolas na área do Santos, sempre com perigo. Aos 23, numa dessas jogadas, Diego Souza subiu mais alto que Danilo e escorou bem, estufando as redes. O juiz André Luiz Castro, porém, invalidou o lance, considerando que o vascaíno fez carga no santista, mas o lance, aparentemente, foi normal. O camisa 10 carioca ficou inconformado.

Com o passar do tempo, o ímpeto dos dois times foi diminuindo e o jogo se tornou apenas morno: o Vasco tentava ir para cima, mas não conseguia concluir as jogadas. O Santos buscava os contra-ataques, mas errava o último passe. O estádio só voltou a explodir aos 37 minutos. As duas torcidas vibraram com o gol do América-MG sobre o Corinthians, em Sete Lagoas. Os santistas festejaram pela rivalidade. Os vascaínos, porque seu time luta pela liderança do Brasileirão com a equipe do Parque São Jorge.

Peixe se garante no contra-ataque
O Vasco voltou para o segundo tempo aceso e partiu para a pressão. Logo aos dois minutos, o ímpeto carioca provocou um lance polêmico: Fagner apareceu livre pela lateral direita e cruzou. A bola bateu na mão de Durval. O árbitro considerou o toque do santista acidental, para desespero dos vascaínos, que reclamaram muito o que consideraram pênalti não marcado.

A estratégia do Santos era clara: atrair o adversário e surpreender nos contra-ataques. E houve chances para isso. Aos 8, a equipe da casa perdeu uma chance incrível: Ganso lançou Neymar, que partiu livre em direção ao gol. Quando chegou de frente para Fernando Prass, rolou para Borges. O artilheiro tentou o toque de primeira. O goleiro estava batido, mas Fagner apareceu para salvar o que seria o segundo gol santista.
Neymar, liso como sempre, era o responsável pelas principais investidas do Peixe, que parecia que mataria o jogo em contra-golpes a qualquer momento. Aos 13, ele recebeu pela esquerda, livrou-se de dois marcadores e inverteu para Danilo, que descia livre pela direita. O ala acertou uma bomba. Fernando Prass espalmou. O Vasco parecia entregue e o Santos perdia chances. Aos 17, Neymar entortou Renato Silva, abriu espaço e rolou para Ganso, que emendou de direita e errou o alvo.
O técnico Cristóvão Borges mexia no time tentando aumentar o poder de fogo. Elton, Eder Luis e Julinho foram substituídos, respectivamente, por Bernardo, Leandro e Diego Rosa. Pouco adiantou. Além de não conseguir criar, o Vasco deixava espaços perigosos para o Santos criar jogadas. Aos 29, Adriano roubou a bola no meio de campo e deu para Neymar, que avançou e abriu para Borges. O artilheiro, que andava apagado, acertou um tiro forte, certeiro, de pé direito, no ângulo esquerdo alto de Prass.
O gol de Borges é histórico. Foi o seu 23º gol no Brasileirão. Ele quebra o recorde de Serginho Chulapa, de 1983, e se torna o santista com mais gols em uma edição de Brasileiro.  Na comemoração, o goleador homenageou os seus filhos gêmeos, Matheus e Gabriel, que nasceram semana retrasada.
O Vasco se entregou, abatido. O Peixe passou a trocar passes, esperando o tempo passar. Para os santistas, a partida foi encarada como um primeiro ensaio para o Mundial de Clubes. Por enquanto, tudo saiu de acordo com o script. Para os vascaínos, fica o gosto amargo de deixar a chance de ser líder isolado escapar.
Endiabrado: Fla goleia, volta ao G-5 e deixa o Cruzeiro em apuros
Em dia inspirado de Deivid, Thiago Neves e Muralha, Rubro-Negro faz 5 a 1 e se mantém na briga pelo título. Raposa entra na zona de rebaixamento
 
A CRÔNICA
por Richard Souza
Um Engenhão vermelho, preto e feliz. Feliz e confiante. O Flamengo teve uma tarde de domingo como há muito não se via. De bom futebol, de gols de sobra, de talento. Um domingo de Thiago Neves, autor de três gols, de Deivid, que fez dois, de Muralha, que, pouco a pouco, se consolida como uma grata revelação do Rubro-Negro. Um domingo de goleada empolgante, de volta ao G-5 e de sonho ainda muito vivo pelo título Brasileiro. Soberano, o time de Vanderlei Luxemburgo goleou o Cruzeiro por 5 a 1, de virada, pela 33ª rodada. O gol de Anselmo Ramon, no primeiro tempo, acabou sendo apenas um susto. Com o resultado, o time chega a 55 pontos, assume a quarta posição e aguarda o encerramento da rodada. Durante quase todo o segundo tempo, a torcida, 34.496 eufóricos pagantes, festejou aos gritos de “o campeão voltou”.
Do lado celeste, drama. Daqueles que fazem doer lá no fundo da alma. O esforço dos jogadores foi inútil. Mesmo quando esteve em vantagem não conseguiu ser melhor. Faltou sorte no gol de empate do Fla, quando a bola explodiu no travessão, tocou no goleiro Fábio e entrou. Faltou competência ao zagueiro Victorino, que perdeu um pênalti quando o placar apontava 1 a 0 para a Raposa. Faltou Montillo, a única andorinha que faz verão de um time desencontrado. O argentino sentiu a coxa esquerda logo no início do segundo tempo. Com 34 pontos, o Cruzeiro está na zona de rebaixamento, em 17º lugar.
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Coritiba no domingo, no Couto Pereira, em Curitiba, às 17h. Às 19h, o Cruzeiro recebe o Inter na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Travessão ‘defende’ e ‘ataca’ pelo Fla
No vestiário do Flamengo, pouco antes de o jogo começar, caiu no colo do goleiro Paulo Victor uma bomba em forma de oportunidade. Na revisão feita pelo médico José Luiz Runco, Felipe, titular da posição, informou que fizera uso de um analgésico proibido sem consultar o clube. Vanderlei Luxemburgo teve de vetá-lo, já que havia o risco de ser pego no exame antidoping, caso fosse sorteado. O treinador mostrou-se profundamente irritado e chamou o camisa 1 de irresponsável.
O Rubro-Negro e o Cruzeiro entraram em campo pressionados para uma decisão. Os cariocas de olho no G-5 e no título, e os mineiros em apuros na cercanias da zona de rebaixamento. Foi um Flamengo empolgado, empurrado pela torcida, mas com dificuldades na articulação de jogadas. A saída de bola com Maldonado e Airton ficou comprometida, lenta, já que Thomás, Thiago Neves, Ronaldinho e Deivid estavam muito avançados. O jeito foi chutar. Uma, duas, três, muitas vezes. Thiago Neves tentou quatro arremates de fora da área antes dos 15 minutos. Thomás também arriscou. Diego Renan fez o mesmo pelo Cruzeiro.
Ronaldinho Flamengo x Cruzeiro (Foto: André Portugal / VIPCOMM)Ronaldinho tenta se livrar da marcação durante o primeiro tempo (Foto: André Portugal / VIPCOMM)
O torcedor do Flamengo não esqueceu o que Montillo fez na Libertadores do ano passado, ainda pelo Universidad de Chile. O argentino foi vaiado desde o primeiro minuto, marcado, mas não se intimidou. Como sempre, conduziu a equipe celeste com arrancadas e bons passes. Na bola parada, criou o gol da Raposa, aos 22. Em cobrança de escanteio, achou Farías, que escorou para Anselmo Ramon completar. Sem marcação, o atacante completou de pé direito: 1 a 0. O segundo não saiu quatro minutos depois por pouco. Farías acertou o travessão, e Paulo Victor ficou com o rebote.
Em desvantagem, o Flamengo mostrou-se perdido por alguns minutos. Montillo aproveitou. Aos 28, em nova arrancada, o camisa 10 invadiu a área e foi derrubado por Alex Silva, de forma grotesca. O árbitro marcou pênalti. Depois de perder quatro cobranças na temporada, o gringo deu um tempo e deixou de ser o batedor oficial. O zagueiro uruguaio Victorino assumiu a responsabilidade e falhou. No chute forte, parou no travessão de PV.
Inflamada, a torcida rubro-negra fez a equipe de Luxa correr mais, se doar muito mais. O travessão que ajudou a defender, também ajudou a atacar. Em bonito chute de Deivid de fora da área, a bola explodiu na barra, bateu no goleiro Fábio e entrou mansa, aos 35. Décimo quarto gol do camisa 9 no Brasileirão, o melhor do Flamengo na primeira etapa: 1 a 1. O empate deu gás, e o time criou uma sequência de boas chances. Na melhor delas, Thiago Neves, mais uma vez, buscou o ângulo em chute de fora da área, mas Fábio fez grande defesa. Faltou tempo para a virada.
Endiabrado, Fla aniquila o Cruzeiro
Havia dois times em campo, mas só um jogou. Foram 12 minutos endiabrados do Flamengo no início do segundo tempo. Irretocáveis. Se algum rubro-negro demorou um pouco mais no banheiro no intervalo, perdeu o segundo gol. Aos três minutos, Ronaldinho cobrou escanteio na segunda trave, e Deivid completou de cabeça: 2 a 1. Desta vez, a torcida que tanto critica o camisa 9, aplaudiu. Ele mereceu. Deivid correu demais, armou, brigou pela bola e fez o que se espera dele. Com 15 gols, é o artilheiro do time no Brasileirão.
O Cruzeiro sentiu o golpe. E doeu. Doeu também a coxa esquerda da Montillo, substituído aos seis minutos. Roger entrou e viu Muralha, que substituíra Maldonado no intervalo, e Thiago Neves brilharem. Com duas assistências do volante, o camisa 7 fez o terceiro e o quarto: 4 a 1 com direito a gritos de “olé” e de “o campeão voltou”. Enquanto R10 e Thiago dançavam na bandeirinha de escanteio, Thomás e Muralha, a nova geração rubro-negra, festejavam abraçados e aos pulos do outro lado do gramado. E antes do segundo gol de Thiago, Ronaldinho quis fazer graça e perdeu a chance de fazer o dele: livre na grande área, olhou para o lado na hora de finalizar e mandou para fora.
Vagner Mancini fez as duas alterações que lhe restavam para tentar diminuir o tamanho do estrago. Tirou Charles e colocou Elber. No lugar de Farías, lançou Wellington Paulista. Em vão. O Rubro-Negro continuava soberano, agressivo, com gana. Aos 24, Thiago Neves abusou da categoria. Em bola recuada, Fábio chutou em cima do camisa 7. Com calma e talento, Thiago encobriu o goleiro com um toque lindo. Golaço e Engenhão aos pulos: 5 a 1.
Completamente entregue, o Cruzeiro não teve qualquer chance de reação. Para completar, Anselmo Ramon ainda foi expulso de campo, após acertar o pé na cabeça de Fierro. Com um a menos, o jeito foi esperar, ao som dos gritos de olé, a agonia passar e tentar entender como um time que encantou na maior parte do primeiro semestre vive uma fase tão ruim.
 
Endiabrado: Fla goleia, volta ao G-5 e deixa o Cruzeiro em apuros
Em dia inspirado de Deivid, Thiago Neves e Muralha, Rubro-Negro faz 5 a 1 e se mantém na briga pelo título. Raposa entra na zona de rebaixamento
A CRÔNICA
por Richard Souza
Um Engenhão vermelho, preto e feliz. Feliz e confiante. O Flamengo teve uma tarde de domingo como há muito não se via. De bom futebol, de gols de sobra, de talento. Um domingo de Thiago Neves, autor de três gols, de Deivid, que fez dois, de Muralha, que, pouco a pouco, se consolida como uma grata revelação do Rubro-Negro. Um domingo de goleada empolgante, de volta ao G-5 e de sonho ainda muito vivo pelo título Brasileiro. Soberano, o time de Vanderlei Luxemburgo goleou o Cruzeiro por 5 a 1, de virada, pela 33ª rodada. O gol de Anselmo Ramon, no primeiro tempo, acabou sendo apenas um susto. Com o resultado, o time chega a 55 pontos, assume a quarta posição e aguarda o encerramento da rodada. Durante quase todo o segundo tempo, a torcida, 34.496 eufóricos pagantes, festejou aos gritos de “o campeão voltou”.
Do lado celeste, drama. Daqueles que fazem doer lá no fundo da alma. O esforço dos jogadores foi inútil. Mesmo quando esteve em vantagem não conseguiu ser melhor. Faltou sorte no gol de empate do Fla, quando a bola explodiu no travessão, tocou no goleiro Fábio e entrou. Faltou competência ao zagueiro Victorino, que perdeu um pênalti quando o placar apontava 1 a 0 para a Raposa. Faltou Montillo, a única andorinha que faz verão de um time desencontrado. O argentino sentiu a coxa esquerda logo no início do segundo tempo. Com 34 pontos, o Cruzeiro está na zona de rebaixamento, em 17º lugar.
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Coritiba no domingo, no Couto Pereira, em Curitiba, às 17h. Às 19h, o Cruzeiro recebe o Inter na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Travessão ‘defende’ e ‘ataca’ pelo Fla
No vestiário do Flamengo, pouco antes de o jogo começar, caiu no colo do goleiro Paulo Victor uma bomba em forma de oportunidade. Na revisão feita pelo médico José Luiz Runco, Felipe, titular da posição, informou que fizera uso de um analgésico proibido sem consultar o clube. Vanderlei Luxemburgo teve de vetá-lo, já que havia o risco de ser pego no exame antidoping, caso fosse sorteado. O treinador mostrou-se profundamente irritado e chamou o camisa 1 de irresponsável.
O Rubro-Negro e o Cruzeiro entraram em campo pressionados para uma decisão. Os cariocas de olho no G-5 e no título, e os mineiros em apuros na cercanias da zona de rebaixamento. Foi um Flamengo empolgado, empurrado pela torcida, mas com dificuldades na articulação de jogadas. A saída de bola com Maldonado e Airton ficou comprometida, lenta, já que Thomás, Thiago Neves, Ronaldinho e Deivid estavam muito avançados. O jeito foi chutar. Uma, duas, três, muitas vezes. Thiago Neves tentou quatro arremates de fora da área antes dos 15 minutos. Thomás também arriscou. Diego Renan fez o mesmo pelo Cruzeiro.
Ronaldinho Flamengo x Cruzeiro (Foto: André Portugal / VIPCOMM)Ronaldinho tenta se livrar da marcação durante o primeiro tempo (Foto: André Portugal / VIPCOMM)
O torcedor do Flamengo não esqueceu o que Montillo fez na Libertadores do ano passado, ainda pelo Universidad de Chile. O argentino foi vaiado desde o primeiro minuto, marcado, mas não se intimidou. Como sempre, conduziu a equipe celeste com arrancadas e bons passes. Na bola parada, criou o gol da Raposa, aos 22. Em cobrança de escanteio, achou Farías, que escorou para Anselmo Ramon completar. Sem marcação, o atacante completou de pé direito: 1 a 0. O segundo não saiu quatro minutos depois por pouco. Farías acertou o travessão, e Paulo Victor ficou com o rebote.
Em desvantagem, o Flamengo mostrou-se perdido por alguns minutos. Montillo aproveitou. Aos 28, em nova arrancada, o camisa 10 invadiu a área e foi derrubado por Alex Silva, de forma grotesca. O árbitro marcou pênalti. Depois de perder quatro cobranças na temporada, o gringo deu um tempo e deixou de ser o batedor oficial. O zagueiro uruguaio Victorino assumiu a responsabilidade e falhou. No chute forte, parou no travessão de PV.
Inflamada, a torcida rubro-negra fez a equipe de Luxa correr mais, se doar muito mais. O travessão que ajudou a defender, também ajudou a atacar. Em bonito chute de Deivid de fora da área, a bola explodiu na barra, bateu no goleiro Fábio e entrou mansa, aos 35. Décimo quarto gol do camisa 9 no Brasileirão, o melhor do Flamengo na primeira etapa: 1 a 1. O empate deu gás, e o time criou uma sequência de boas chances. Na melhor delas, Thiago Neves, mais uma vez, buscou o ângulo em chute de fora da área, mas Fábio fez grande defesa. Faltou tempo para a virada.
Endiabrado, Fla aniquila o Cruzeiro
Havia dois times em campo, mas só um jogou. Foram 12 minutos endiabrados do Flamengo no início do segundo tempo. Irretocáveis. Se algum rubro-negro demorou um pouco mais no banheiro no intervalo, perdeu o segundo gol. Aos três minutos, Ronaldinho cobrou escanteio na segunda trave, e Deivid completou de cabeça: 2 a 1. Desta vez, a torcida que tanto critica o camisa 9, aplaudiu. Ele mereceu. Deivid correu demais, armou, brigou pela bola e fez o que se espera dele. Com 15 gols, é o artilheiro do time no Brasileirão.
O Cruzeiro sentiu o golpe. E doeu. Doeu também a coxa esquerda da Montillo, substituído aos seis minutos. Roger entrou e viu Muralha, que substituíra Maldonado no intervalo, e Thiago Neves brilharem. Com duas assistências do volante, o camisa 7 fez o terceiro e o quarto: 4 a 1 com direito a gritos de “olé” e de “o campeão voltou”. Enquanto R10 e Thiago dançavam na bandeirinha de escanteio, Thomás e Muralha, a nova geração rubro-negra, festejavam abraçados e aos pulos do outro lado do gramado. E antes do segundo gol de Thiago, Ronaldinho quis fazer graça e perdeu a chance de fazer o dele: livre na grande área, olhou para o lado na hora de finalizar e mandou para fora.
Vagner Mancini fez as duas alterações que lhe restavam para tentar diminuir o tamanho do estrago. Tirou Charles e colocou Elber. No lugar de Farías, lançou Wellington Paulista. Em vão. O Rubro-Negro continuava soberano, agressivo, com gana. Aos 24, Thiago Neves abusou da categoria. Em bola recuada, Fábio chutou em cima do camisa 7. Com calma e talento, Thiago encobriu o goleiro com um toque lindo. Golaço e Engenhão aos pulos: 5 a 1.
Completamente entregue, o Cruzeiro não teve qualquer chance de reação. Para completar, Anselmo Ramon ainda foi expulso de campo, após acertar o pé na cabeça de Fierro. Com um a menos, o jeito foi esperar, ao som dos gritos de olé, a agonia passar e tentar entender como um time que encantou na maior parte do primeiro semestre vive uma fase tão ruim.
Em jogo dramático, Ceará derrota Avaí na Ressacada e deixa o Z-4
Com boa atuação de Fernando Henrique no fim, Vovô garante vitória por 2 a 1. Situação do time catarinense, em penúltimo lugar, é crítica
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
No duelo entre dois times desesperados na parte de baixo na tabela do Brasileirão, o Ceará levou a melhor sobre o Avaí neste domingo. Em jogo dramático, o Vovô, que estava sem vencer há seis rodadas, jogou com inteligência, no contra-ataque, explorando os buracos deixados por um anfitrião tenso e desorganizado taticamente. Fora isso, Fernando Henrique, com boas defesas no fim, garantiu o resultado. Com péssimo retrospecto em plena Ressacada, tendo vencido apenas quatro vezes no Brasileirão, a equipe catarinense acabou derrotada por 2 a 1 e tem a situação mais complicada ainda na tabela.
Thiago Humberto e Felipe Azevedo marcaram os gols - William fez o do Avaí - que dão esperanças ao Ceará de fugir do rebaixamento. Com a vitória por 2 a 1 - além da goleada do Flamengo sobre o Cruzeiro por 5 a 1-, o Vovô fugiu do Z-4, a zona de descenso. Agora ocupa o décimo sexto lugar, com 35 pontos ganhos. Na 34ª rodada, no domingo, recebe o Santos no estádio Presidente Vargas.
O Avaí agoniza no Brasileiro. Mantém-se com 29 pontos, na penúltima colocação, e a seis pontos do Ceará, o primeiro fora da degola. No próximo sábado, encara o São Paulo no Morumbi e vê reduzidas suas chances de escapar do rebaixamento.
Bruno Avaí Euzébio Ceará (Foto: Ag. Estado)Bruno não ganha deí Euzébio: Ceará não deixa Avaí dar sequência às jogadas (Foto: Ag. Estado)
Gol do Vovô
O Avaí entrou com a missão de abafar o adversário. Marcar logo um gol seria o ideal, para aumentar a pressão. Só que o primeiro lance com perigo foi do Vovô, num chute de Juca de fora da área, bem defendido por Felipe. Parecia um aviso do que aconteceria no primeiro tempo. Mas o time catarinense, no começo, não se abalou e deu o troco. Robinho iniciou bem a jogada para Lincoln levantar na área. Cléverson, pela esquerda, tocou de cabeça para fora. Pouco depois, em centro de Fernandinho, Vicente tentou cortar e quase marcou contra. Fernando Henrique salvou.
Já eram dois lances de perigo para o Avaí. A torcida se contorceu pelo grito de gol que não houve. O time atacava, mas deixava espaços na defesa. E num erro de saída de bola, o Vovô se aproveitou. Felipe Azevedo tocou na medida para Thiago Humberto colocar sem defesa, abrindo o placar aos 15 minutos.
Daí em diante, o panorama mudou e resumiu bem o primeiro tempo. O Avaí ficou tenso junto com sua torcida. O Ceará, vestido de preto, botou a bola no chão. Thiago Humberto, que já se destacava, quase ampliou. Mesmo assim, o Vovô não mudava a tática. O segredo era esperar o adversário subir para se aproveitar dos buracos e dar o bote. A tranquilidade era fundamental.
Avaí erra muito
O maior problema do Avaí era, além de precisar pôr fim ao nervosismo, arrumar o conjunto, encurtar a distância entre seus jogadores. Cléverson tentava pela direita, sem companhia. Lincoln e Pedro Ken procuravam virar o jogo, mas muito de trás. Pela esquerda, Fernandinho até conseguia alguma coisa. Em uma das jogadas, bateu com perigo, cruzado, para fora, assustando Fernando Henrique.
Aos poucos, o Avaí, se não melhorava o posicionamento, ao menos recuperava a posse de bola. E pela esquerda saíam as melhores jogadas. Por ali, Cléverson, que mudava de lado constantemente, teve outra boa chance. Mas, em grande parte dos primeiros 45 minutos, a defesa, juntamente com o meio-campo do Vovô - destaque para Eusébio, João Marcos e Juca -, mostrou boa postura, deixando poucos espaços. E foi só terminar a primeira etapa para as vaias chegarem ao técnico do Avaí, Toninho Cecílio.
Fernando Henrique brilha
No segundo tempo, Toninho Cecílio sacou Daniel para pôr Caíque. Deslocou Pedro Ken para o lado direito e optou por formação mais ofensiva, com três atacantes. O time começou mais agressivo e quase marcou logo aos cinco minutos. Novamente pela esquerda, Fernandinho cruzou, Cléverson deu o carrinho para escorar, mas tocou fraco na bola.
O Vovô não se abalava. Continuava na mesma toada. E aos 12 minutos, marcou o segundo gol em jogada polêmica. Daniel Marques recebeu em posição adiantada e centrou na área. A defesa do Avaí bateu cabeça, e a bola sobrou para Felipe Azevedo apenas colocar, aos 12, ampliando o placar. O Avaí reclamou do impedimento, mas a arbitragem confirmou o gol.
Com a vantagem, o Vovô se retraiu mais. O Avaí partiu para o tudo ou nada. Aos 15, após centro de Caíque, William, de cabeça, diminuiu.  Daí até o fim, foi pressão, ainda que de forma desorganizada. Era coração na chuteira.
Cléverson perdeu dois gols. O Ceará ficou sem Vicente, que saiu com suspeita de fratura na canela. A partida ficou bem dramática. O Avaí deu sufoco, e Fernando Henrique apareceu como herói para o Ceará no fim, com duas grandes defesas, principalmente no tirambaço de Cléverson, aos 46 - a outra, aos 45, foi numa cabeçada à queima-roupa de William. Era mesmo dia do Vovô.
 

brasileirão série a 2011

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Corinthians
58
33
17
7
9
47
34
13
58.6
2
Vasco
58
33
16
10
7
49
37
12
58.6
3
Botafogo
55
33
16
7
10
49
38
11
55.6
4
Flamengo
55
33
14
13
6
57
44
13
55.6
5
Fluminense
54
33
17
3
13
46
41
5
54.5
6
Figueirense
53
33
14
11
8
43
38
5
53.5
7
Internacional
52
33
13
13
7
52
38
14
52.5
8
São Paulo
50
33
13
11
9
48
42
6
50.5
9
Santos
48
33
14
6
13
49
46
3
48.5
10
Grêmio
46
33
13
7
13
40
44
-4
46.5
11
Coritiba
45
32
12
9
11
50
38
12
46.9
12
Atlético-GO
42
32
11
9
12
41
38
3
43.8
13
Palmeiras
41
32
9
14
9
37
34
3
42.7
14
Atlético-MG
39
33
11
6
16
41
49
-8
39.4
15
Bahia
39
33
9
12
12
39
44
-5
39.4
16
Ceará
35
33
9
8
16
39
55
-16
35.4
17
Cruzeiro
34
33
9
7
17
38
47
-9
34.3
18
Atlético-PR
31
32
7
10
15
31
49
-18
32.3
19
Avaí
29
33
7
8
18
44
69
-25
29.3
20
América-MG
28
33
5
13
15
43
58
-15
28.3
  • Sab 05/11/2011 - 19h00 Engenhão
    BOT
    0 1
    FIG
  • Sab 05/11/2011 - 19h00 Arena do Jacaré
    CAM
    2 0
    GRE
  • Sab 05/11/2011 - 19h00 Pituaçu
    BAH
    4 3
    SPO
  • em tempo real
    SAN
    2 0
    VAS
  • em tempo real
    FLA
    5 1
    CRU
  • em tempo real
    AVA
    1 2
    CEA
  • em tempo real
    AMG
    2 1
    COR
  • em tempo real
    PAL
    CFC
  • em tempo real
    INT
    0 0
    FLU
  • em tempo real
    CAP
    ACG
Taça LibertadoresSul-AmericanaRebaixados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento