quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Fluminense e Botafogo empatam e ficam distantes de seus objetivos
Com dois gols nos primeiros 14 minutos, equipes ficam no 1 a 1 na volta do clássico ao Maracanã depois de três anos
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    lado direito
    Se na frente Rafinha foi bem, atrás ele deixou a desejar. O Bota criou as melhores chance pelo lado do volante, que jogou improvisado na lateral direita
  • fora de combate
    suspensos
    Seis dos nove jogadores que receberam cartão amarelo estão suspensos na próxima rodada: Gum, Edinho, Felipe, Bolívar, Edilson e Gabriel.
  • estatística
    marcação
    O Fluminense fez quase o dobro de roubadas de bola do Botafogo: 15 contra oito. O volante tricolor Edinho, com três, foi o líder no quesito.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Não deu nem para o embalado Fluminense, nem para a tentativa de reconstrução do Botafogo. Os sete jogos sem derrota agora viraram oito, o que deixa o time tricolor ainda na luta pelo G-4, mas poderia ser melhor. A sequência de três derrotas cessou, o que não quer dizer muita coisa para os alvinegros, pois o 1 a 1 na noite desta quarta-feira, no Maracanã, não ajuda na luta pelo título do Campeonato Brasileiro.
Agora com 43 pontos, o Botafogo continua em terceiro lugar, mas agora a dois pontos do vice-líder Grêmio e a 13 do Cruzeiro. O Fluminense continua embolado no meio da tabela e soma 34 - são sete de distância para o time que abre o G-4, o Atlético-PR, derrotado nesta quarta pelo Grêmio.
Fazia três anos que as equipes não se enfrentavam no Maracanã, desde o 3 a 2 alvinegro pela semifinal da Taça Rio de 2010. O início da partida até deu a impressão de outro placar movimentado. Com 14 minutos, Biro Biro, para o Flu, e Bolívar, para o Bota, já haviam marcado. Mas foi só isso. Algumas chances foram criadas, e o resultado ficou inalterado.

- Fomos bem superiores. Tomamos um gol sem querer, o Bolívar nem soube que fez o gol. Claro, não foi o ideal, mas fizemos um grande jogo, e é o que fica - afirmou Rafael Sobis, que comentou as suspensões de  Edinho, Felipe e Gum contra o Inter, próximo adversário. - Em todo o campeonato tivemos problemas, talvez será o maior de todos. Mas é dar sequência, independentemente de quem for jogar.

O holandês Seedorf tentou reanimar o time na saída do gramado.

- O jogo começou muito mal, mas tivemos uma boa reação. No primeiro tempo comandamos o jogo, e no segundo foi mais equilibrado. É um classico, e mostramos que não estamos mortos. Vamos para frente nessa reta final. Não estamos olhando o Cruzeiro, estamos tentando somar o maior número de pontos possíveis. Temos que ser superiores a resultados. Tentamos ganhar, não deu, e vamos agradecer aos nossos torcedores. Mostramos que não estamos mortos.

O Botafogo terá no próximo sábado um confronto importante contra o vice-líder, o Grêmio. Os times se enfrentam às 18h30m (horário de Brasília), no Maracanã. O Fluminense viaja até o Rio Grande do Sul para pegar o Inter, no estádio Centenário, em Caxias do Sul, no domingo, às 16h.
Gum e Edilson Fluminense e Botafogo (Foto: Andre Durão)Gum e Edilson disputam a bola no Maracanã (Foto: Andre Durão)
Tabela e um pouco de sorte
Um Fluminense contrastante deu as caras logo no início do jogo. Se na defesa Leandro Euzébio e Gum se atrapalharam sob pressão do ataque alvinegro, no ataque Biro Biro, Wagner e Jean trocaram passes em velocidade. Em um dos lances, o atacante recebeu do volante depois de uma bonita tabela e empurrou para o fundo do gol, aos dois minutos de jogo.
Parecia jogada ensaiada: Cavalieri lançava para frente, Wagner desviava, e Biro Biro partia para a jogada individual - na maioria das vezes bem-sucedida - contra Edilson. Mas a defesa hesitante deu sinais de que uma hora a sorte falharia. Falhou no cruzamento de Seedorf em cobrança de falta. Rafael Marques, sozinho, cabeceou para o meio, e Bolivar, também livre, viu a bola tocar em sua perna sem querer antes de morrer no canto: 1 a 1.
Azar do Fluminense, que ainda viu Carlinhos sair lesionado, e Gum, Edinho e Felipe receberem o terceiro cartão amarelo. Viu também Biro Biro perder uma chance cara a cara, mas também Leandro Euzébio salvar um lance na pequena área, em jogada pelo sempre perigoso lado esquerdo do ataque. Os alvinegros exploraram o fato de o jovem Rafinha, volante de origem, estar improvisado na lateral direita por conta das ausências de Bruno e Igor Julião.
Seedorf e Felipe jogo Botafogo e Fluminense (Foto: Vitor Silva / SSPress)Veteranos Felipe e Seedorf disputam a bola no meio de campo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Mudanças no time, nenhuma no placar
Na volta do intervalo, mais cartões. Oswaldo de Oliveira terá que achar substitutos para Bolívar, Edilson e Gabriel, mais três na lista dos suspensos por causa do amarelo. Pior ainda ficou para Vanderlei Luxemburgo, que precisou gastar suas alterações até os 22 minutos. Primeiro por opção tática, já que Felipe rendia pouco. Rhayner entrou para dar mais velocidade. Mas o outro meia sentiu dores. Wagner pediu para sair, e Diguinho o substituiu. Até então Oswaldo sequer havia mexido.

Mas, quando mexeu, mudou a cara do time ao trocar o atacante Henrique pelo lateral Gilberto. Rafael Marques ficou mais centralizado e marcou depois de cruzamento de Julio Cesar, mas o lateral estava em posição de impedimento, bem assinalado pelo assistente. O Fluminense, porém, passou a mandar mais no jogo, pressionou, Rafael Sobis chutava sempre que podia, mas parou na defesa adversária.
 
Com gol do 'amuleto', Vitória bate o Goiás e se aproxima do G-4
Decisivo na última rodada, William Henrique entra no segundo tempo e marca o gol do triunfo rubro-negro na Arena Fonte Nova, em Salvador
 
DESTAQUES DO JOGO
  • amuleto
    W. Henrique
    O atacante foi fundamental no triunfo sobre o Atlético-PR e voltou a ser decisivo nesta quarta-feira, com um gol marcado nos minutos finais da partida.
  • golaço
    Escudero
    O meia argentino acertou um lindo chute de fora da área e mandou a bola no ângulo da meta defendida por Renan. Golaço do jogador rubro-negro.
  • Fonte Nova
    polêmica
    O telão do estádio exibiu um escudo do Vitória com a palavra 'vice' ao invés das iniciais 'ECV'. A torcida rubro-negra ficou na bronca com a gafe.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O atacante William Henrique foi contratado pelo Vitória como uma aposta, teve poucas chances no início do ano e foi emprestado duas vezes. Retornou ao Rubro-Negro a pedido do téncico Ney Franco e virou o novo amuleto da equipe baiana. Decisivo na última rodada, o jogador voltou a fazer a diferença nesta quarta-feira e marcou o gol do triunfo do Leão sobre o Goiás, na Arena Fonte Nova, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Escudero abriu o placar no primeiro tempo. Pedro Henrique empatou minutos depois, mas deixou a partida logo em seguida, machucado.
- Já estava sentindo dores, aí firmei para chutar e peguei muito forte na bola. Não deu para continuar em campo. Ao menos consegui fazer o gol - contou o atleta ao sair do gramado.
Já William Henrique comemorou bastante a volta por cima. Após o apito final, o jogador foi até a arquibancada onde estava a torcida do Vitória para agradecer o apoio.
- Muito bom isso. Faz tempo que não sinto essa emoção. Bom demais. Só tenho que agradecer a todos - declarou.
Escudero comemoração Vitória contra Goiás (Foto: Erick Salles / Futura Press)Escudero marcou um golaço na Arena Fonte Nova (Foto: Erick Salles / Futura Press)
Com o resultado, o Vitória se aproximou ainda mais do G-4 e manteve vivo o sonho da briga por uma vaga na Copa Libertadores da América. Invicto no segundo turno, o Rubro-Negro ocupa a 5ª colocação na tabela de classificação, com 37 pontos conquistados, quatro a menos que o Atlético-PR, primeiro time do G-4. Na próxima rodada, o Rubro-Negro encara o São Paulo, no Morumbi. A partida está marcada para sábado, às 21h (horário de Brasília).
O Goiás, por sua vez, amarga a segunda derrota seguida e estaciona nos 33 pontos. O Esmeraldino ocupa a 12ª posição e volta à campo no domingo, quando enfrenta o Criciúma, no Serra Dourada.
Polêmica e gols
A torcida ainda se acomodava nas cadeiras, os times sequer haviam entrado em campo e a bola nem tinha rolado, mas a partida entre Vitória e Goiás já tinha sua primeira polêmica. No telão da Arena Fonte Nova, um vídeo que abordava o histórico de duelos entre as duas equipes exibiu um escudo que traz a palavra ‘vice’ no lugar das iniciais ECV, criação de torcedores rivais do Rubro-Negro baiano. A reação foi imediata. Alguns tiraram os celulares do bolso para fotografar. Outros reclamaram indignados da organização do estádio pela gafe.
Já com a bola rolando, muita movimentação. O Vitória começou melhor e Juan exigiu bela defesa de Renan ainda nos minutos iniciais. Sob pressão, o Goiás tentou segurar a igualdade no placar para tentar equilibrar a partida, mas o meia argentino Escudero acertou um chutaço de fora da área e inaugurou o marcador. O time baiano ainda perdeu oportunidades com Dinei e Marquinhos. E, como diz o ditado, quem não faz, leva. Rodrigo cobrou falta com veneno e Wilson espalmou para a grande área. Pedro Henrique aproveitou bobeira da defesa e chutou forte para empatar a partida. O atleta esmeraldino, no entanto, não teve muito tempo para comemorar, já que deixou o campo de jogo machucado minutos depois.
Muita marcação e gol do amuleto
O segundo tempo começou bastante movimentado. No entanto, tanto Vitória quanto Goiás demoraram para achar espaço na marcação adversária. Até a intermediária, os passes saíam sem qualquer problema. O último toque antes da conclusão, contudo, era um grande problema para os dois times, que chegavam ao ataque, mas quase não produziam lances de perigo. O primeiro registro de emoção das arquibancadas ocorreu após alguns bons minutos, quando William Matheus cruzou da esquerda e Júnior Viçosa cabeceou no ângulo. Wilson conseguiu tirar com a ponta dos dedos.
O Vitória chegou perto do gol com um belo chute de fora da área de Cáceres. Insatisfeito com o resultado, o técnico Ney Franco decidiu modificar a equipe e colocou em campo o atacante William Henrique, autor de um gol e uma assistência na rodada anterior, no triunfo sobre o Atlético-PR. E foi do 'amuleto' rubro-negro o gol que decretou o triunfo do time baiano. O atleta recebeu cruzamento, se enrolou com a bola, mas conseguiu tocar na saída de Renan para fazer explodir os mais de 21 mil torcedores presentes na Fonte Nova.
 
Timão encerra jejum de gols, vence Bahia e encontra alívio para a crise
Com atuação segura, Corinthians faz 2 a 0 e dá fim a sequência de oito jogos sem vencer. Tricolor perde invencibilidade no segundo turno
 
A CRÔNICA
por Rodrigo Faber
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A sequência negativa e o jejum de gols ficaram para trás. Com uma atuação intensa e segura, principalmente no primeiro tempo, o Corinthians venceu o Bahia por 2 a 0, nesta quarta-feira, em Mogi Mirim, e deu uma pausa na crise que assolou a equipe de Tite no mês de setembro. Diante de um adversário direto na luta por posições na tabela do Brasileiro, o Timão mostrou tranquilidade. O Bahia perdeu a invencibilidade no segundo turno da competição.
A vitória deu fim a uma sequência de oito jogos sem resultado positivo do Corinthians. Além disso, foram 393 minutos sem gols até a cabeçada certeira de Guerrero que abriu o placar nesta quarta. O Timão foi aos 34 pontos, contra 32 do Bahia, que passa a ficar mais preocupado com a parte de baixo da tabela.
As duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Corinthians visita o Atlético-MG em Belo Horizonte, às 16h (horário de Brasília), enquanto o Bahia recebe a Ponte Preta em Salvador, às 18h30.
Quebra de jejum, confiança retomada
A alternativa que Tite encontrou para tentar melhorar o desempenho ofensivo só foi testada uma vez na temporada. Em um jogo de Paulistão, contra o Atlético Sorocaba. De lá para cá, Emerson, Pato e Guerrero não iniciaram um jogo sequer juntos. Nesta quarta, o trio mostrou a característica mais pedida pelo comandante: intensidade. Com movimentação e boas trocas de passes, o ataque envolveu a defesa do Bahia e criou suas chances.
O Bahia criou pouco, com William Barbio, Wallyson e Fernandão muito avançados, mas um meio-campo sem ninguém para criar. Assim, ficou fácil para a defesa renovada do Corinthians – Felipe e Cléber na zaga, Alessandro improvisado na lateral esquerda. O setor teve pouco trabalho e mostrou segurança quando exigido.
O Timão jogou bem e tomou conta do primeiro tempo. Quebrar a série negativa do incômodo mês de setembro parecia questão de insistência. A bola aérea era o caminho. Aos 20 minutos, Guilherme desviou cobrança de escanteio de Emerson e encontrou Guerrero sozinho para completar: 1 a 0, e um golzinho alvinegro após 393 minutos.
A confiança voltou, as pernas ficaram mais leves. O retorno de Guilherme também contribuiu para a melhora corintiana. Aos 41, a tendência de um time mais incisivo se confirmou. Nova cobrança de escanteio de Emerson, e cabeçada certeira do estreante Cléber: o segundo gol fez o bom público de Mogi Mirim comemorar o alívio na crise.
Segurança para vencer
Cristóvão Borges corrigiu o buraco no meio-campo com a entrada de Rafael Miranda na vaga de William Barbio. Apesar da melhor organização tática, o Bahia não conseguiu criar. Pressionou pelas laterais nos primeiros dez minutos, sem sucesso. Ao Timão, coube cozinhar a partida e evitar qualquer susto.
Para uma equipe em situação difícil, nada mais justo. O Corinthians precisava de segurança e confiança, duas coisas que começou a readquirir com a vitória desta quarta-feira. Até Alexandre Pato pôde ser visto na marcação do lateral adversário – em um lance, foi quase até a linha de fundo com Madson.
A falta de agressividade do Bahia contribuiu, claro, já que a equipe tricolor não mostrou o bom desempenho ofensivo de outras partidas. Mesmo se refazendo de uma crise que não vivia há tempos, o Timão já passou o rival desta quarta-feira na tabela de classificação. E deixou um pouco do peso nas costas em Mogi Mirim.