-
fez a diferença
meio-campo
Sem o ataque titular, o Grêmio contou com seu meio-campo completo, o
que desequilibrou: Souza, Elano e Zé Roberto marcaram no 4 a 2
-
incansável
Aloisio
O baixinho lutou muito diante do seu ex-clube. Finalizou três vezes,
foi o que mais sofreu e cometeu faltas no Figueira. Ah, e ainda marcou
dois gols
-
nome do jogo
Elano
O meia estava inspirado no aniversário de 4 anos da filha Maria
Clara. Abriu o placar e deu o passe para os demais gols do Grêmio no
Scarpelli
O Grêmio quase conseguiu transformar o Gre-Nal de 2 de dezembro num
amistoso de luxo para a despedida do Olímpico. Isso porque, neste
domingo, com a ajuda de sua torcida, que fez do Orlando Scarpelli um
pedaço de Porto Alegre, o time de Vanderlei Luxemburgo venceu o já
rebaixado Figueirense por 4 a 2, pela 37ª rodada. No entanto, o
Atlético-MG virou aos 43 minutos do segundo tempo sobre o Botafogo, no
Engenhão, e impediu o Tricolor de comemorar o segundo lugar antecipado
no Brasileirão.
Os gols de Elano, Zé Roberto, Souza e Leandro - Aloisio descontou, duas
vezes - deixam o Grêmio um ponto à frente do Galo, que enfrenta o
Cruzeiro no clássico mineiro, no próximo domingo.
Com a vitória, o Grêmio chega aos 70 pontos, numa situação
completamente oposta à do Figueira, que, além de não ter mais chances de
sair do Z-4, segue com 30 pontos e virou lanterna do campeonato. Na
última rodada, ambos jogam às 17h de domingo. O Grêmio recebe o Inter,
no clássico de despedida do Olímpico - estádio que, a partir de
dezembro, será substituído pela Arena. Os catarinenses visitam o
Coritiba.
Elano abriu o placar no Orlando Scarpelli (Foto: Petra Mafalda / Futura Press)
Invasão gremista e Figueira empolgado
O confronto interessava para um lado, o do Grêmio, que, aliviado pela
renovação de contrato de Luxa, só pensava na vaga direta à Libertadores.
Já rebaixado, o Figueirense sofreu com o descaso da torcida,
representada por alguns gatos pingados. Com mais de 4 mil torcedores, os
gaúchos lotaram o seu espaço, atrás do gol defendido por Tiago Volpi,
no primeiro tempo.
Tinha tudo para ser uma festa azul, mas o jogo começou com
dificuldades. Mesmo com meio time de jovens da base e com alguns atletas
já destituídos do grupo antes mesmo do fim do campeonato, o Figueira
reuniu forças e incomodou os gaúchos, que atuavam com o meio-campo
completo, mas sem os titulares na dupla de ataque.
O centroavante Aloisio, ex-Grêmio e 12 gols no Brasileiro, era um dos
que mais incomodava a zaga rival. Para completar, o Atlético-MG fazia 1 a
0 sobre o Botafogo, o que inviabilizaria a classificação antecipada do
time de Luxa à fase de grupos da Libertadores.
Grêmio faz a sua parte
Sorte do Grêmio que existe o tempo. Ele é sempre o melhor remédio. Aos
poucos, a superioridade tricolor começou a sobressair. Primeiro, com
Leandro. Após belo passe de Zé Roberto, o atacante entrou sozinho na
área, mas chutou sobre o goleiro.
Luxa se indignou e, do reservado, fazia o sinal de que seu jogador
deveria ter colocado a bola por cima de Volpi. Dois minutos depois, aos
23, Elano pareceu ter entendido a ordem do comandante. Surgiu sozinho à
frente de Volpi e, com a categoria que antes faltara a Leandro, abriu o
placar: 1 a 0.
O gol valeu por três. Isso porque o Botafogo, logo depois, com duas
bolas na rede, virava para cima do Galo no Engenhão, devolvendo ao
Grêmio a chance de fechar a rodada com a segunda colocação assegurada.
Logo após o gol de Elkeson, no Rio, Leandro por pouco não aumentou no
Orlando Scarpelli. Como na oportunidade anterior, parou nas mãos de
Volpi.
Goleada em 45 minutos
Mãos que não conseguiram segurar o chutaço de Zé Roberto. Aos 42
minutos, o meia, que está perto de renovar o seu contrato com Grêmio,
emendou de primeira rebote da zaga após escanteio de Elano: 2 a 0.
Disposto a acelerar o tempo, o terceiro gol já viria na etapa inicial,
nos acrésimos. E pelo mesmo caminho. Escanteio de Elano, desta vez
interceptado na primeira trave por Souza: 3 a 0, e a certeza de que a
vaga antecipada só não viria com uma reviravolta mineira em solo
carioca.
- O jogo se tornou fácil pela nossa proposta - elogiou Zé Roberto, no
intervalo, aos gritos de "fica" dos milhares de torcedores gremistas.
O segundo tempo do Grêmio foi de administração. Tocando a bola,
esperando o Figueirense, que, valente concentrava em Aloisio as suas
principais investidas, pouco eficazes, é bom ressaltar. Com exceção de
um arremate de Helder, aos 3 minutos, que passou raspando o poste de
Marcelo Grohe. O Grêmio assustou logo depois. Inspirado, Elano só não
virou garçom mais uma vez porque André Lima finalizou errado belo
lançamento do camisa 7, aos 7 minutos.
Figueira reage, mas... havia Elano
A chance de ouro do Figueira chegaria pouco tempo depois. Léo Lisboa
foi derrubado por Tony, titular na vaga do suspenso Pará. Aos 19
minutos, Aloisio cobrou com perfeição e provocou a torcida azul, pedindo
para os gremistas, que tanto o vaiaram em seus tempos de Olímpico, se
calarem no Orlando Scarpelli.
Aloisio estava impossível. Um minuto depois, o atacante cobrou falta
direto na barreira, mas, insistente, pegou o rebote e fuzilou. Contou
ainda com um desvio para vencer Grohe. Com a vivacida de Aloisio e a
habilidade de Deretti, o Figueirense ressurgia.
Só não contavam com mais uma obra de Elano. Autor do primeiro gol e dos
passes dos outros dois, ofereceu lançamento à feição para Leandro. O
camisa 21, que já havia desperdiçado duas chances, desta vez, não tirou
Luxa do sério. Pelo contrário. Tirou o pé do chão e soltou uma bomba.
Golaço e o desafogo. Com o 4 a 2, nada mais tiraria do Grêmio a vaga
direta à Libertadores. Ou melhor, tiraria. O Atlético-MG conseguiu a
virada no Engenhão aos 43 minutos, com o ex-gremista Réver. Gre-Nal,
como sempre, virou decisão.