quarta-feira, 9 de julho de 2014

Após Marquezine deixar casa de Neymar, Roberta Miranda visita craque

Cantora sucesso nos anos 90 vai à casa do jogador e é assediada por fãs na chegada. Todos ficam surpreso com visita

Por Guarujá, SP
Recuperando-se de uma fratura na terceira vértebra lombar, o atacante Neymar recebeu mais uma visita na tarde desta quarta-feira. Depois da atriz Bruna Marquezine deixar a casa do craque, foi a vez da cantora Roberta Miranda aparecer para dar uma força ao camisa 10 da seleção brasileira.
Roberta Miranda Casa Neymar (Foto: Fúlvio Feola)Roberta Miranda visita Neymar, em Guarujá (Foto: Bruno Giufrida)


Destaque do cenário musical brasileiro nos anos 90, Roberta chegou ao local por volta de 15h30, de carro. Ela foi assediada pelos fãs, que fazem plantão em frente à casa do atacante, e tirou fotos. Todos ficaram surpresos com a visita da cantora ao jogador, que costuma aparecer publicamente ouvindo outros estilos musicais.
- Ele está ótimo, pessoal - falou, rapidamente, a cantora, antes de entrar no carro e deixar o local.
Também nesta quarta-feira, Neymar foi consolado pela atriz Bruna Marquezine após a derrota por 7 a 1 do Brasil para a Alemanha. A namorada do atleta deixou a residência no início da manhã e pegou um helicóptero para ir embora do litoral de São Paulo.
Outros famosos também já visitaram o atleta desde sábado, quando ele chegou à sua casa. Os jogadores Robinho e Paulo Henrique Ganso, por exemplo, foram ao local para dar força a Neymar, que está fora da Copa do Mundo depois da lesão no fim da partida contra a Colômbia, na última sexta-feira.
* Bruno Giufrida colaborou sob supervisão de Fúlvio Feola
Roberta Miranda posa para foto com Neymar e o pai do jogador (Foto: Reprodução/Instagram)Roberta Miranda posa para foto com Neymar e o pai do jogador (Foto: Reprodução/Instagram)

Roberta Miranda tira foto também com a irmã de Neymar, Rafaella Beckran (Foto: Reprodução/Instagram)Roberta Miranda tira foto também com a irmã de Neymar, Rafaella Beckran (Foto: Reprodução/Instagram)

Luta entre Bethe Correia e Shayna Baszler é transferida para UFC 177

Confronto entre brasileira e americana é terceiro a receber nova data após o adiamento do UFC 176, programado originalmente para 2 de agosto

Por Rio de Janeiro
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As peças continuam a se mover após o adiamento do UFC 176, anunciado na noite de terça-feira. O combate entre a brasileira Bethe Correia e a americana Shayna Baszler, programado originalmente para o evento do dia 2 de agosto, foi transferido para o UFC 177, no dia 30 de agosto, em Sacramento, também na Califórnia (EUA).
MMA Bethe Correia x Shayna Baszler (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)Bethe Correia (esq.) e Shayna Baszler se enfrentam no UFC 177 (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)
O Ultimate anunciou na terça o adiamento do UFC 176 após a lesão sofrida pelo campeão dos pesos-penas, José Aldo, que faria a luta principal do evento, uma revanche contra o americano Chad Mendes. Os demais combates do evento estão sendo remanejados para outros cards da companhia, e o UFC confirmou outras duas mudanças ainda na terça: os duelos entre os pesos-leves Bobby Green e Abel Trujillo e entre os pesos-moscas Jussier Formiga e Zach Makovsky passaram ao "UFC: Bader x St. Preux", em Bangor, Maine (EUA).
O confronto entre Correia e Baszler foi pedido pela americana, que não gostou da provocação da brasileira à sua equipe, 4 Horsewomen ("Quatro Cavalheiras" em inglês), após a vitória sobre uma de suas integrantes, Jessamyn Duke. Na ocasião, Bethe "Pitbull" fez o sinal de "quatro" com sua mão e abaixou um dedo, dizendo "faltam três". A líder da equipe é a americana Ronda Rousey, atual campeã dos pesos-galos femininos do UFC, que admitiu que, caso Correia vença Baszler, se tornaria uma potencial desafiante ao seu título. Pitbull está invicta em oito lutas profissionais de MMA. Baszler, pioneira do MMA feminino e participante da 18ª temporada do The Ultimate Fighter, tem 15 vitórias e oito derrotas no seu cartel.
O UFC 177 tem como evento principal a revanche entre o americano TJ Dillashaw, atual campeão dos pesos-galos masculinos, e o brasileiro Renan Barão. Os dois se enfrentaram em maio passado e Dillashaw nocauteou Barão no quinto round, tirando seu cinturão e encerrando uma invencibilidade de nove anos no MMA.

Curtinhas: Dominick Cruz volta a lutar no UFC 178, contra Mizugaki

Rival de BJ Penn, Jens Pulver também se aposenta; UFC anuncia Baczynski x Jouban para evento em Bangor e Kennedy x Romero para UFC 178

Por Rio de Janeiro
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O ex-campeão dos pesos-galos do UFC Dominick Cruz tem nova data para seu aguardado retorno ao MMA. O americano, que não luta desde outubro de 2011, está escalado para enfrentar o japonês Takeya Mizugaki no UFC 178, dia 27 de setembro, em Las Vegas, mesmo torneio da revanche entre Jon Jones e Alexander Gustafsson. O site americano "ESPN.com" foi o primeiro a noticiar a luta.
Dominick Cruz MMA UFC (Foto: agência Getty Images)Dominick Cruz em sua última luta, em outubro de 2011: quase três anos afastado (Foto: Getty Images)
Cruz está invicto desde 2008 e defendeu o cinturão dos pesos-galos quatro vezes - duas no extinto WEC e duas no UFC - antes de romper os ligamentos do joelho enquanto treinava para uma luta contra Urijah Faber em julho de 2012. O lutador precisou fazer duas cirurgias para reparar a lesão. Enquanto isso, o Ultimate criou um cinturão interino, que Renan Barão conquistou ao derrotar Faber e defendeu em duas ocasiões. Os dois deveriam se enfrentar em fevereiro deste ano para unificar o título dos pesos-galos, mas uma lesão na virilha impediu Cruz de lutar. O UFC optou por tirar o cinturão dele e deu a Barão, que o defendeu uma vez antes de perdê-lo para TJ Dillashaw em maio passado.
O americano tem 19 vitórias e apenas uma derrota na carreira. Takeya Mizugaki, por sua vez, vem de cinco vitórias seguidas e tem um cartel de 20 vitórias, sete derrotas e dois empates.
Jens Pulver mma  (Foto: Getty Images)Jens Pulver foi um dos pioneiros das classes mais
leves do UFC (Foto: Getty Images)
Jens Pulver pendura as luvas
O lendário BJ Penn se aposentou oficialmente no domingo, após sua derrota para Frankie Edgar no TUF 19 Finale. Um de seus mais antigos rivais, Jens Pulver, aproveitou a ocasião e se juntou ao havaiano na aposentadoria. "Lil' Evil", como era apelidado, confirmou que também pendurou as luvas, aos 38 anos de idade, em entrevista ao canal de Youtube "MMA H.E.A.T."
Pulver fez sua última luta oficial em 23 de novembro de 2013, uma derrota para Sami Aziz na Suécia, e encerra a carreira iniciada em 1999 com 27 vitórias, 19 derrotas e um empate. O americano foi campeão dos pesos-leves do UFC entre 2001 e 2002, período no qual defendeu o cinturão duas vezes, incluindo uma vitória por decisão majoritária sobre Penn. Pulver deixou o UFC por causa de disputas contratuais e lutou no Shooto, Pride e IFL antes de retornar à franquia em 2006. Sua revanche contra Penn viria em junho de 2007, após os dois servirem como treinadores do The Ultimate Fighter. Dessa vez, o havaiano venceu por finalização.
Pulver deixou o UFC novamente e passou pelo WEC, Titan FC e One FC antes de se aposentar. Ele lutou em quatro categorias diferentes: peso-leve, peso-pena, peso-galo e peso-mosca.
Novas lutas em Bangor e Las Vegas
O UFC anunciou lutas novas para dois cards dos próximos meses. Primeiro, o peso-meio-médio Seth Baczynski vai buscar recuperação após uma derrota para Thiago Pitbull num duelo contra um estreante no octógono: Alan Jouban, vencedor de oito de suas nove lutas. O lutador de Louisiana, porém, é famoso por seus trabalhos como modelo e ator nos EUA. O confronto acontece no UFC: Bader x St. Preux, em Bangor, Maine (EUA), dia 16 de agosto.
A outra novidade anunciada nesta terça-feira foi um duelo entre o americano Tim Kennedy e o Yoel Romero no UFC 178, dia 27 de setembro, mesmo evento da revanche entre Jon Jones e Alexander Gustafsson, em Las Vegas. Kennedy é o sexto colocado do ranking dos pesos-médios do Ultimate, enquanto Romero é o 11º, mas vem conquistando fãs com suas quatro vitórias seguidas na organização.

UFC especula criar título interino se José Aldo não puder lutar até outubro

Lorenzo Fertitta diz que revanche entre Aldo e Mendes pode ir para o Rio de Janeiro, e que Edgar e Swanson são candidatos à disputa de cinturão interino

Por Rio de Janeiro
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José Aldo UFC (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)José Aldo tem previsão de retorno aos treinos em
agosto (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)
Co-proprietário do UFC, Lorenzo Fertitta foi à TV americana na noite de terça-feira comentar o adiamento do UFC 176 após a lesão sofrida pelo campeão dos pesos-penas, José Aldo, que faria a luta principal do evento do dia 2 de agosto, uma revanche contra o americano Chad Mendes. Segundo o dirigente, a decisão de adiar o duelo, em vez de cancelá-lo, foi tomada porque o lutador brasileiro tem prazo para voltar aos treinos em três semanas, o que inviabilizaria sua participação na data programada, mas não era um longo tempo de ausência.
Por outro lado, Fertitta deixou claro que, se Aldo não puder lutar até outubro, o UFC tem a opção de criar um cinturão interino para a categoria. José Aldo não luta desde 1º de fevereiro, quando derrotou Ricardo Lamas no UFC 169.
- Nós temos alguns outros ótimos desafiantes em Frankie Edgar e Cub Swanson que certamente podem lutar por algum tipo de título interino. Vamos saber mais em duas semanas. Aldo ouviu de seus médicos para não fazer nada por três semanas. Já passamos da primeira semana. Vamos nos reunir em duas semanas, e se Aldo não estiver pronto para lutar até outubro, aí vamos sentar e ver se nós podemos fazer um título interino. Se esse for o caso, como eu disse antes, a coisa boa é que temos muitos desafiantes muito, muito bons nessa categoria de peso que poderiam desafiar Chad Mendes por um título interino - disse Lorenzo Fertitta ao canal de TV americano "Fox Sports 1".
montagem - Frankie Edgar, Cub Swanson e Chad Mendes ufc (Foto: Editoria de Arte)Frankie Edgar, Cub Swanson e Chad Mendes são candidatos a um potencial título interino se José Aldo não retornar até outubro (Foto: Editoria de Arte)
O dirigente listou ainda o UFC Rio, atualmente programado para o dia 27 de outubro no Maracanãzinho, como uma das possíveis novas datas para o duelo entre Aldo e Mendes. A primeira luta entre os dois lutadores foi no Rio, em janeiro de 2012, com vitória do brasileiro. Outras datas não especificadas no início de outubro também são possibilidades para a companhia. A única certeza de Fertitta, porém, é que o evento não acontecerá no Staples Center, em Los Angeles, como programado originalmente. A arena é uma das mais concorridas dos EUA e, em outubro, começa a receber jogos de pré-temporada da NBA, liga americana de basquete.
Os demais combates do evento estão sendo remanejados para outros cards da companhia, e o UFC confirmou outras duas mudanças ainda na terça: os duelos entre os pesos-leves Bobby Green e Abel Trujillo e entre os pesos-moscas Jussier Formiga e Zach Makovsky passaram ao "UFC: Bader x St. Preux", em Bangor, Maine (EUA), no dia 16 de agosto. Nesta quarta, a luta entre Bethe Correia e Shayna Baszler foi transferido para o UFC 177, dia 30 de agosto, em Sacramento, Califórnia (EUA).
Fertitta também admitiu que o UFC 176 "provavelmente" nunca acontecerá. Apesar de a companhia ter noticiado como um adiamento, o evento se junta ao UFC 151, de setembro de 2012, como únicos a serem cancelados nos quase 21 anos de história do Ultimate.

Treinador garante: "Ronda nocauteia Cyborg, vence até com uma mão só"

Edmond Tarverdyan diz que luta poderia ser a próxima da campeã dos pesos-galos femininos do UFC, que teria quebrado a mão no último sábado

Por Rio de Janeiro
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Os fãs de MMA feminino vêm pedindo por uma luta entre Cris Cyborg e Ronda Rousey há dois anos, e ganharam um aliado de peso nesta semana: o próprio treinador principal da atual campeã dos pesos-galos femininos do UFC, Edmond Tarverdyan. Com a lista de potenciais desafiantes à loura cada vez menor, o técnico armênio disse que adoraria ver sua pupila enfrentar a lutadora brasileira, atual campeã peso-pena do Invicta FC.
- Absolutamente, eu gosto dessa luta. Adoro essa luta. Ronda sabe, eu falei com a Ronda. Eu disse, "Você nocauteia a Cyborg qualquer dia da semana". Ronda nocauteia Cyborg. Acredito que até com uma mão (só) ela enfrenta a Cyborg e ela vence. Mas essa é uma luta empolgante. É o que acredito, mas é uma grande luta sim. Cyborg é uma trocadora, ela é dura. Ela vai soltar suas mãos e vai entrar numa briga com Ronda, e isso é uma luta empolgante. Mas o que eu acredito com minha lutadora é que a minha lutadora é a melhor do mundo. Eu adoraria ver essa luta - afirmou Tarverdyan, em entrevista ao podcast "The MMA Hour", do site "MMA Fighting".
MOntagem UFC Ronda Rousey e Cris Cyborg (Foto: Agência Getty Images)Ronda Rousey e Cris Cyborg: técnico da campeã quer luta entre as duas em seguida (Foto: Getty Images)
Para o treinador, a luta já poderia ser a próxima da programação de Rousey, que já defendeu o cinturão do UFC quatro vezes, a mais recente no último sábado, contra Alexis Davis. Todavia, Cyborg atualmente está sob contrato com o Invicta FC, deve defender seu cinturão contra Ediane Índia em breve, e nunca desceu para o peso-galo (até 61,2kg). A brasileira disse no primeiro semestre que pretende fazer uma luta na categoria ou no fim deste ano, ou no início de 2015, antes de enfrentar Rousey. O presidente do UFC, Dana White, por sua vez, tem hesitado em negociar com Cyborg após tentativas fracassadas em 2013.
- Ronda está na melhor forma de sua vida. Ronda está no seu auge. Não importa. Poderíamos fazer essa luta na próxima luta. Apenas precisamos conversar com o UFC e com Dana e ver o que está na mesa, e vamos acertar tudo. Neste momento, não sei dizer se deveria ser na próxima luta ou na luta após a próxima, mas ela está pronta para isso - assegurou Tarverdyan.
Quem quer que vier em seguida para Rousey, porém, terá de esperar. A campeã dos pesos-galos femininos quebrou a mão direita no combate contra Alexis Davis no último sábado, segundo Lorenzo Feritta, co-proprietário do UFC, disse ao site "Yahoo Sports" na terça-feira à noite. A lutadora também deve passar por cirurgia no joelho direito na próxima semana.

Revanche entre Jacaré e Mousasi é transferida para 5 de setembro

Combate será em Foxwoods, Connecticut. Lutador armênio reclama por
saber de cancelamento do UFC 176 através das mídias sociais

Por Rio de Janeiro
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Lyoto Machida, Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi (Foto: Reprodução / Instagram)Gegard Mousasi (esq.) e Ronaldo Jacaré posam
juntos no Brasil (Foto: Reprodução / Instagram)
O coevento principal do UFC 176 já tem novo local e data para acontecer. Após o adiamento do torneio de 2 de agosto por causa da lesão de José Aldo, as demais lutas do card estão sendo redistribuídas pelos demais eventos do Ultimate nos próximos meses, e o combate entre Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi passou ao UFC Fight Night de 5 de setembro, em Foxwoods, Connecticut (EUA).
O presidente do UFC, Dana White, fez o anúncio da nova data ao responder ao pedido de um fã no Twitter. Quem não gostou muito de ter sua luta adiada, porém, foi Mousasi. O lutador armênio, nascido no Irã e radicado na Holanda, reclamou nas redes sociais que soube do adiamento e provável cancelamento do UFC 176 através da mídia.
- É sempre bom ouvir que sua luta foi cancelada através da mídia social. Bom trabalho, UFC. Seis semanas treinando para nada... É assim que me sinto - escreveu Mousasi.
A luta entre Jacaré e Mousasi é uma revanche de um confronto entre os dois ocorrido em setembro de 2008, na final do GP dos pesos-médios do Dream. Na ocasião, Mousasi venceu o brasileiro por nocaute. Jacaré venceu 10 de 12 lutas desde então e ocupa atualmente a quarta posição do ranking da categoria no UFC. Mousasi lutou por alguns anos como peso-meio-pesado e voltou aos pesos-médios neste ano, com uma derrota por pontos para Lyoto Machida e uma vitória por finalização sobre Mark Muñoz em maio. Ele está na sétima posição do ranking.
Confira o card atualizado:
UFC Fight Night
5 de setembro, em Connecticut (EUA)
CARD DO EVENTO
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Gegard Mousasi
Peso-leve: Joe Lauzon x Mike Chiesa
Peso-pena: Sean Soriano x Andre Fili

Stefan Struve nega que mal-estar no UFC 175 teve relação com coração

Lutador holandês acredita que "medo mental" de uma nova doença causou seu blecaute no vestiário de luta eventualmente cancelada contra Mitrione

Por Los Angeles
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Stefan Struve está confiante para a luta contra o americano Lavar Johnson (Foto: Getty Images)Stefan Struve não luta desde março de 2013
(Foto: Getty Images)
O peso-pesado Stefan Struve foi às redes sociais tranquilizar seus fãs, após sofrer um mal-estar no vestiário do Mandalay Bay Events Center e ser forçado a desistir de sua luta contra Matt Mitrione pelo UFC 175, no último sábado. O lutador holandês aproveitou para negar que os problemas de coração que o mantiveram longe do MMA pela maior parte do ano passado tenham relação com seu "quase desmaio" em Las Vegas.
- Só quero deixar todo mundo saber que estou OK, tive um blecaute no vestiário e nós tivemos de cancelar a luta, obrigado pelo amor, amigos! Dirigi de volta a L.A. hoje e, embora o trânsito tenha sido horrível, estou me sentindo bem e, fisicamente, estou 100% (...) Meu time e eu já estamos estudando o que aconteceu e nós temos as peças, mas apenas precisamos montar o quebra-cabeça. (Estou) Confiante que vamos ajeitar isso. O que aconteceu não teve nada a ver com meu coração. Mas tudo que aconteceu deixou um medo mental que eu realmente subestimei. Entre outras coisas importantes que estamos observando, isso causou o que aconteceu no último fim de semana - escreveu Struve numa série de publicações em seu Twitter.
Seria o retorno do gigante holandês após lidar com problemas de coração em 2013, quando descobriu ter um vazamento da válvula aórtica e sofrer do que se chama de coração aumentado. Após passar por tratamento, Struve foi liberado para voltar aos treinos e lutar neste ano. Apesar de não ter lutado, ele e Mitrione receberam do UFC suas bolsas integrais, incluindo os bônus de vitória.
- O que aconteceu não foi culpa deles. Os dois apareceram para lutar, Struve estava bem e, de repente, veja o que aconteceu. Acho que o que ele teve foi muito mais um ataque de pânico. Ele estava hiperventilando, estava nervoso e, enfim... Nós vamos cuidar deles - disse Dana White, presidente do UFC, na coletiva pós-luta no último sábado.

Sonnen assume responsabilidade por falhas em exames antidoping

Lutador promete cooperar com Comissão Atlética do Estado de Nevada e terá caso julgado pela entidade no dia 23 de julho, em Las Vegas

Por Rio de Janeiro
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Sonnen UFC (Foto: Ivan Raupp)Sonnen não disputou nenhuma das "alegações
factuais" da NSAC (Foto: Ivan Raupp)
O lutador americano Chael Sonnen respondeu na terça-feira à reclamação disciplinar movida pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) contra ele, após falhas em dois exames antidoping surpresa ordenados pela entidade. A resposta formal do lutador foi enviada por seu advogado, Jeff Meyer, à comissão, que vai julgar seu caso no dia 23 de julho, em Las Vegas.
O site americano "MMA Fighting" obteve uma cópia da carta e citou um trecho em que Sonnen admite responsabilidade sobre os resultados positivos para duas substâncias proibidas no primeiro exame e quatro substâncias no segundo teste, administrados com 12 dias de espaço entre eles.
- Sr. Sonnen não disputa nenhuma das alegações factuais contidas na Reclamação. Sr. Sonnen aceita responsabilidade por suas ações e vai agir em conformidade com a Comissão na rápida resolução deste assunto - diz a resposta formal de Meyer, de acordo com o "MMA Fighting".
Chael Sonnen estava escalado para enfrentar Wanderlei Silva no UFC 175 de semana passada quando a NSAC ordenou exames antidoping surpresa para ele e seu adversário, no dia 24 de maio. Wanderlei se recusou a fazer o teste e foi retirado do evento na mesma semana; Sonnen se sujeitou ao exame, cujo resultado foi divulgado em 10 de junho. Ele havia testado positivo para duas substâncias banidas, anastrozol e clomifeno. Sonnen foi retirado do evento, alegou ter usado as duas drogas como parte de um processo de adaptação após a proibição da terapia de reposição de testosterona (TRT) e anunciou sua aposentadoria do MMA. Ausente da audiência da comissão em 17 de junho, o americano recebeu uma suspensão temporária de sua licença de lutador, até que o seu caso fosse julgado, em 23 de julho.
Todavia, em 29 de junho, foi revelado o resultado de um segundo exame antidoping surpresa, ao qual Sonnen se submeteu em 5 de junho. Neste teste, o americano foi flagrado com quatro substâncias banidas: os hormônios de melhoria de desempenho esportivo GH (hormônio do crescimento) e EPO (eritropoetina), que faz com que a produção de glóbulos vermelhos do sangue se eleve, aumentando a resistência e durabilidade do atleta, anastrozol e hCG (gonadotrofina coriônica humana), proibida por aumentar a massa muscular. Sonnen foi demitido pelo UFC e pela emissora Fox Sports 1, onde trabalhava como comentarista e apresentador, após a revelação. De acordo com o site "MMA Junkie", ele pode ser multado em até US$ 250 mil (cerca de R$ 550 mil), ter sua licença para lutar no estado suspensa, além de despesas com a queixa e a necessidade de apresentar um novo teste que não seja detectada nenhuma substância proibida.

Declaração de Felipão repercute mal em SC: "Arrogância e infelicidade"

Técnico da Seleção responde ao presidente da FCF e atinge futebol catarinense; dirigentes se mostram contrariados e exaltam a evolução do estado nos último anos

Por Florianópolis
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Felipão Scolari coletiva Brasil (Foto: Mowa Press)Felipão na coletiva desta quarta-feira, no Rio
(Foto: Mowa Press)
A declaração do técnico da seleção brasileira Luiz Felipe Scolari, ao dizer que “Santa Catarina nunca ganhou nada”, a não ser o título do Criciúma em 1991, quando ele era o técnico, causou incomodo naqueles que trabalham com futebol no estado. Arrogância, desunião e infelicidade foram alguns dos termos utilizados por dirigentes do estado que detém três clubes na Série A e dois na Série B do Brasileiro.
Em reposta ao presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto – que havia dito que treinador está “ultrapassado, obsoleto” e que “não pode mais voltar para a Seleção”, Felipão foi duro com o mandatário da FCF e também com o futebol de Santa Catarina.

 - O único título que o futebol de Santa Catarina tem, eu era o técnico [a Copa do Brasil de 1991 com o Criciúma]. Então o Delfim tem que me agradecer de joelhos. Nunca ganharam nada. E o que ganharam foi graças a mim. Eu não vou ficar respondendo a presidente de federação nenhuma – comentou Felipão em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Minutos após ao que disse o técnico, Delfim de Pádua Peixoto usou o Twitter para fazer a tréplica. Foi mais duro com o treinador.
- Ele está vivendo do passado. Não se atualizou quanto ao futebol catarinense. O Brasil jamais vai esquecer: o técnico do maior vexame da história do futebol brasileiro foi o boçal. Para de dizer bobagens Felipão. Basta as varias que fizeste na Copa. Estas realmente ultrapassado. Ele é que deveria agradecer ao Criciúma e a Santa Catariba, que o projetou. Antes qual o time de projeção ele tinha treinado? E o crescimento do futebol catarinense e seus clubes? É o segundo estado em importância nos campeonatos brasileiros, três clubes na A. dois na B, dois na D e cinco na Copa do Brasil. A Copa do Brasil pelo Criciúma não foi o único título do futebol catarinense; ele nunca soube do título do Avai campeão da série C; nunca soube dos títulos de campeão brasileiro das séries C e B pelo Criciúma. E ele não ganhou sozinho a Copa Do Brasil pelo Criciúma. Os jogadores a ganharam, sem falar que ele pegou um time quase todo montado - escreveu, em diferentes e seguidas postagens.

Os presidentes de Avaí, Chapecoense, além de um ex-jogador que esteve no Tigre campeão da Copa do Brasil no começo da década de 90, exaltaram a evolução que o futebol catarinense teve nos últimos dez anos, principalmente a ascensão das equipes que participam da Séria A. Além disso, concordaram com Delfim de Pádua Peixoto, sobre a falta de atualização de Felipão em termos técnicos e táticos. Um outro ponto argumentado, foi a necessidade de uma reformulação do futebol brasileiro.

De fato, o título de maior expressão de Santa Catarina, no cenário nacional, é conquista do Criciúma sob o comando de Felipão, porém, além deles os clubes catarinense ergueram outros quatro troféus em âmbito nacional. Ao todo o estado acumula cinco taças nacionais, mas nenhuma do Brasileirão ou de expressão continental. Em 1998, o Avaí venceu a Série C, o Criciúma, em 2002, a Série B e, quatro anos mais tarde, a Terceirona. Por último, o Joinville, em 2011, ergueu o título da Série C.

Confira o que disseram aqueles que trabalham com futebol em Santa Catarina
Nilton Machado, presidente do avaí
Nilton Macedo Machado Avaí (Foto: Diego Madruga)Nilton Macedo Machado não gostou das declarações de Felipão (Foto: Diego Madruga)
O presidente do Avaí, Nilton Macedo Machado falou em arrogância por parte do treinador da seleção brasileira. Para ele, o técnico desconhece a evolução do futebol catarinense e que ao invés de fazer críticas, deveria olhar para os erros cometidos na partida da última terça, quando o Brasil foi derrotado por 7 a 1, no Mineirão.
  
"Isso significa para nós mais um ato de arrogância do Felipão, que mostra desconhecer o futebol brasileiro e Santa Catarina. Hoje o futebol do estado tem três clubes na Série A e dois na Série B, nós só perdemos para São Paulo em proporção. Ele foi infeliz nessa declaração. Ele tem que verificar os erros dele, não basta assumir os erros e ficar por isso mesmo. Foi infeliz".

Sandro Pallaoro, presidente da chapecoense
Sandro Pallaoro Chapecoense (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)Sandro Pallaoro espera por uma reformulação no futebol (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)
Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense, também se mostrou incomodado com a posição de Felipão sobre o futebol de Santa Catarina. Para ele, é preciso saber analisar e perceber o crescimento dos clubes e também utilizar a derrota "catastrófica", como define, para tornar o momento propício para uma reformulação no modelo do futebol brasileiro.

- Realmente o único título expressivo foi em 1991. Só que tem todo o trabalho que foi feito em Santa Catarina. Por mais que o futebol não tenha tantos títulos, como em São Paulo, Minas Gerais ou Rio de Janeiro, só que nos últimos anos o futebol de Santa Catarina cresceu muito. Em termos de representatividade a gente perde apenas para São Paulo. São clubes como a Chapecoense, que não têm dívidas e são transparentes, ao contrário de muitos outros. Espero que essa catástrofe sirva de exemplo para que a gente olhe para o nosso futebol de outra forma. É preciso ter humildade e aprender com os erros. Não podemos brigar entre nós, temos que nos unir e crescer, é preciso uma reformulação total e o momento é agora.
Alexndre, ex-goleiro do criciúma
Alexandre Criciúma Minha Casa (Foto: João Lucas Cardoso)Alexandre reconhece o crescimento do futebol de SC
(Foto: João Lucas Cardoso)
Goleiro do Tigre no título em que Felipão se referiu, Alexandre Pandóssio concorda em parte com o que disse o técnico da Seleção Brasileira. No entanto, o ex-jogador de futebol não deixa de apontar que dá lá para o futebol do estado se desenvolveu.

- Em nível nacional, é verdade que aquele foi o principal título. Cheguei no Criciúma em 1989 e não lembro de outros clubes conquistarem títulos neste nível. Aquele foi o primeiro, mas não quer dizer que Santa Catarina tenha feito um futebol ruim. Neste ano, o estado tem três times na primeira divisão do Campeonato Brasil – conta o hoje corretor de imóveis na cidade do Sul de Santa Catarina.
Confira as notícias do esporte catarinense no GloboEsporte.com/sc

Zoações: web lembra até o jogo do Brasil e brinca com ausência de Krul


qua, 09/07/14
por meiodecampo |
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A exibição da Alemanha diante do Brasil e a goleada por 7 a 1 na terça-feira deixaram os internautas ansiosos para o jogo entre Argentina e Holanda. Os 90 minutos do duelo semifinal, porém, não chegaram nem perto do que foi o jogo no Mineirão. E o placar de 0 a 0 não foi perdoado. Os internautas brincaram com a falta de  gols na Arena Corinthians e claro, com a falta de emoção no duelo entre sul-americanos e europeus. A Argentina levou a melhor nos pênaltis, por 4 a 2, e os internautas também não perdoaram a ausência do goleiro Krul, holandês que desta vez não entrou em campo para defender as penalidades.
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Do fracasso à glória: o que o futebol alemão pode ensinar aos brasileiros

Investimento forte na base, um treinador com mentalidade diferente e abertura à influência estrangeira... Como a Alemanha se reergueu após seguidos fracassos

Por Rio de Janeiro
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Uma derrota, por pior que seja, vem com lições. E o exemplo pode estar bem perto. Logo a Alemanha, que hoje vive o sabor da vitória após a goleada por 7 a 1 sobre a Seleção, tem o que ensinar ao futebol brasileiro. Afinal, há 14 anos eles sentiram o mesmo sabor amargo, mas buscaram mudanças, sobretudo em três itens: investimento pesado nas categorias base, intercâmbio de ideias com países do exterior e a contratação de uma comissão técnica – liderada por Jürgen Klinsmann – que revolucionou o modo de jogar da seleção germânica.
Dez anos depois de ganharem o tricampeonato mundial na Itália, os alemães viviam uma crise no futebol, escancarada com a eliminação precoce na Eurocopa de 2000. Com duas derrotas, nenhuma vitória e apenas dois gols marcados – um na Holanda, outro na Bélgica –, a Alemanha, então campeã europeia, amargou a lanterna de um grupo que tinha ainda Portugal, Romênia e Inglaterra.
Foi o ponto de partida para que o fracasso em campo virasse coisa séria no país, e o governo decidiu: a seleção tricampeã do mundo, que vinha de dois fracassos em Copas (eliminação nas quartas de final para a Bulgária, em 1994, e Croácia, em 1998), deveria voltar a ser uma potência em uma década.
Comemoração da Alemanha contra o Brasil (Foto: Agência Reuters)Em alta, futebol alemão pode deixar lições ao futebol brasileiro com goleada em campo (Foto: Agência Reuters)

Olhar para as futuras gerações
O foco inicial foi nas futuras gerações. Em uma ação conjunta, 36 clubes das ligas alemãs investiram pesado nas categorias de base. Os responsáveis pelo futebol no país, juntando os mais diferentes setores, colocaram mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,22 bilhões nos valores atuais) em academias e centros de treinamentos para jovens ao longo deste século. Com o dinheiro, o trabalho foi fornecer toda a estrutura necessária para tirar o máximo possível das novas gerações.
Owen Inglaterra e Deisler Alemanha na Eurocopa de 2000 (Foto: Getty Images)Queda precoce da Euro de 2000 iniciou processo de reconstrução na Alemanha (Foto: Getty Images)
– Apenas a Federação Alemã de Futebol tem investido € 20 milhões (R$ 60 milhões) anuais destinados à promoção de talentos no sentido mais amplo da palavra. Em todas as categorias de base, uma rede nacional de 366 centros de formação de atletas foi criado, usando principalmente a infraestrutura dos clubes locais, com instalações acima da média. Nesses locais, 14 mil jovens com idades entre 11 e 14 anos recebem aulas extras por meio de uma sessão de treinamento de duas horas semanais fornecidas por profissionais da federação. Isso além do treinamento que eles fazem em seus respectivos clubes – disse o presidente da federação alemã, Wolfgang Niersbach, em entrevista ao jornal inglês "The Guardian".
Outras medidas além das quatro linhas foram adotadas pelos organizadores do futebol alemão.
– Mais 46 academias e 29 escolas alemãs foram designadas a formar atletas de ponta. Assim, os alunos recebem uma educação completamente normal, tem total acesso à universidade e ainda se beneficiam com o futebol como parte do currículo. Todos os jogadores das seleções de base, do sub-15 em diante, se beneficiam do mesmo nível de apoio nos bastidores, incluindo um psicólogo esportivo, um preparados físico, assim como médicos de primeira linha e fisioterapeutas – completou Niersbach.
Uma nova postura em campo
Enquanto uma geração com Mesut Özil, Thomas Müller, Sami Khedira, Manuel Neuer, Jérôme Boateng e companhia era preparada na base, foi preciso paciência. Dentro de campo, os resultados não saíram imediatamente. Um time enfraquecido, liderado pelo meia Michael Ballack e pelo goleiro Oliver Kahn, foi aos trancos e barrancos até a decisão da Copa do Mundo de 2002 para, curiosamente, enfrentar (e ser derrotado) pelo Brasil de Luiz Felipe Scolari.
Thomas Muller Khedira e Gotze alemanha gol Portugal Arena Fonte Nova (Foto: Agência Reuters)Geração de Müller, Khedira e Gotze é fruto dos investimentos na base alemã (Foto: Agência Reuters)

A campanha além das expectativas na Coreia e no Japão pode ter gerado uma animação momentânea, mas que cairia por terra dois anos depois. Na Eurocopa de 2004, a equipe comandada por Rudi Völler voltaria a fracassar na primeira fase, após perder para República Tcheca e empatar com Holanda e Letônia. E aí foi dado mais um passo para a renovação alemã: o ex-atacante e ídolo local Jürgen Klinsmann assumiu o comando da equipe e levou Joachim Löw como seu assistente.
Jürgen Klinsmann e Joachim Löw Alemanha em 2007 (Foto: Getty Images )Jürgen Klinsmann e Joachim Löw chegaram ao comando da Alemanha em 2004 (Getty Images )
– Quando concordei em assumir como técnico da Alemanha naquele verão (inverno no Brasil, em 2004), com Joachim Löw como meu assistente, tive a chance de decidir sobre a direção que a equipe tomaria. Nós dois começamos o processo de regeneração, tentando dar à nossa seleção uma identidade. Decidimos implementar um espírito ofensivo na equipe, passando a bola no chão e partindo da linha de trás para frente o mais rápido possível usando o futebol dinâmico – disse Klinsmann, atual treinador dos Estados Unidos, em artigo publicado pela "BBC" em 2010.
O jornalista Ralf Itzel, correspondente alemão no Brasil, diz que Klinsmann e Löw, o atual treinador da equipe, têm estilos distintos, mas ambos contribuíram de forma fundamental para esta mudança. Ele revela ainda uma medida curiosa adotada pelo ex-treinador.
– Klinsmann sempre foi o motivador, mais extrovertido, enquanto o Löw era o cara da tática, que observava os adversários. Foi o Klinsmann quem inventou essa história de uniforme vermelho por achar que precisávamos ser mais agressivos. Nunca houve esse vermelho nos uniformes na Alemanha. Se hoje temos esse vermelho e preto, foi uma coisa dele.
influência estrangeira
A reação pôde ser vista em campo. O futebol tricampeão do mundo teve a terceira melhor campanha nas Copas de 2006 e 2010, foi à final da Eurocopa de 2008, o Bayern de Munique era o dono da Europa até a temporada passada, o Borussia Dortmund incomodou gigantes... Tudo isso era um prenúncio de que os alemães recuperaram a antiga força ao ponto de atropelarem os brasileiros numa semifinal da Copa do Mundo dentro da casa adversária – e conquistar o tetracampeonato parece, mais do que nunca, uma questão de tempo. Pouco tempo.
– Estávamos pensando exatamente como vocês brasileiros pensam hoje: que não precisávamos aprender nada. E fomos jogando cada vez pior, pior e pior – disse o ex-jogador alemão Paul Breitner, campeão do mundo em 1974.
Com uma dose de humildade, a avalanche que foi a partida desta terça-feira no Mineirão pode trazer alguns ensinamentos para os brasileiros. Até porque a Alemanha de 2000 e 2004 tinha muitas semelhanças com o Brasil de 2014. Além da falta de resultados, a seleção brasileira tem uma grande deficiência para revelar grandes jogadores, apesar da facilidade histórica de criar talentos para o mundo.
David Luiz Brasil e Alemanha (Foto: Agência Reuters)David Luiz é dos jogadores brasileiros que apareceram apenas no futebol do exterior (Foto: Agência Reuters)

Os problemas da base vão além. Dos jogadores que começaram a partida contra a Alemanha, David Luiz, Dante, Luiz Gustavo e Hulk tornaram-se conhecidos primeiro no exterior, antes de serem "descobertos" pelos brasileiros. Para não falar de Pepe, Deco, Diego Costa, Thiago Motta e outros que deixaram o futebol brasileiro precocemente e se naturalizaram para defender as cores de grandes seleções europeias.
Os alemães não têm vergonha em reconhecer que, durante o período de crise, foram até países vizinhos para "copiar" fórmulas vencedoras. Na França, na Holanda e na Espanha, os treinadores encontraram modelos de sucesso que poderiam ser importados para o futebol local. Na visão de Ralf Itzel, a inspiração em escolas estrangeiras pode ser muito bem-vinda.
Van Gaal treino holanda em São Pualo (Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com)Chegada de Van Gaal ao Bayern, em 2009, foi positiva, dizem alemães (Foto: Marcos Ribolli)
– A mudança na Alemanha teve uma forte influência estrangeira. Chegaram técnicos de fora, como o (holandês) Van Gaal (para o Bayern de Munique), o (espanhol) Guardiola (ex-Barcelona) chegou agora (ao Bayern)... Os alemães se abriram para os estrangeiros, e outros saíram para aprender fora do país. Os alemães viram que não poderiam continuar com as mesmas coisas de sempre.
Ainda assim, há quem acredite que não é tão simples assim apenas copiar o modelo alemão, por questões culturais, como o avalia jornalista germânico Kai Schiller, do “Hamburger Abendblatt”.
– As culturas são muito diferentes, e é difícil de comparar. O Brasil tem tantos jogadores bons que nunca teve problema para construir uma seleção. Neste Mundial, parece que teve dificuldades para encontrar bons jogadores na frente.

Felipão enaltece trabalho, grupo e
só lamenta “pane nos seis minutos”

Comissão técnica exalta desde preparação de treinos até trabalho estrutural na base, trata goleada como fato isolado e Parreira lê até carta de agradecimento ao treinador

Por Teresópolis, RJ
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Foram apenas seis minutos ruins em um ano e meio. Seis minutos em que a Alemanha fez quatro gols e construiu o massacre de 7 a 1 sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo. Na visão da comissão técnica da Seleção, todo o resto foi perfeito: o título da Copa das Confederações, o desempenho nos amistosos, o comportamento dos jogadores, o número de treinos, o trabalho de desenvolvimento da CBF nas categorias de base e a classificação final na Copa do Mundo em que, segundo Felipão, “os adversários estavam melhores do que eles imaginavam”.
Felipão coletiva Brasil (Foto: Heuler Andrey / Mowa Press)Felipão na coletiva da comissão técnico do Brasil na Granja Comary (Foto: Heuler Andrey / Mowa Press)
Luiz Felipe Scolari deu entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Granja Comary. Só ele e o coordenador Carlos Alberto Parreira falaram, além de pitacos do auxiliar Murtosa e da presença na bancada do preparador de goleiros Carlos Pracidelli, do preparador físico Paulo Paixão, do médico José Luiz Runco e do chefe de delegação Vilson Ribeiro de Andrade.
Questionado sobre as declarações do presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice da região Sul da CBF, Delfim de Pádua Peixoto, que cobrou a sua saída do cargo de técnico da Seleção e o chamou de ultrapassado e obsoleto, Felipão respondeu em tom de ironia:
- O único título que o futebol de Santa Catarina tem, eu era o técnico (nota da redação: a Copa do Brasil de 1991 com o Criciúma). Então o Delfim tem que me agradecer de joelhos. Nunca ganharam nada. E o que ganharam foi graças a mim. Eu não vou ficar respondendo a presidente de federação nenhuma.
Entre muitas explicações sobre o vexame diante da Alemanha, resumidamente, admitiram que o resultado foi catastrófico, mas defenderam com unhas e dentes o trabalho à frente da Seleção, com destaque para “dona Lúcia”, torcedora que teria enviado um e-mail de agradecimento a Felipão, lido por Parreira nesta tarde (saiba mais). 
Munido de papéis com diversos dados que deixou à disposição, como número de treinos e análises do fisiologista, Felipão repetiu por diversas vezes que a derrota por 7 a 1 foi horrível, mas que a vida dele e nem dos jogadores vão acabar. 
- Depois da Copa das Confederações, tivemos uma derrota e nove vitórias. Tínhamos uma equipe preparada, um sistema de jogo. Foi a primeira vez, desde 2002, que chegamos à semifinal. Foi uma derrota ruim, seis minutos de pane geral. Se eu pudesse te responder o que aconteceu naqueles seis minutos, eu responderia, mas eu não sei - disse Felipão, frequentemente interrompido por uma defesa de Parreira. 
Numa delas, o coordenador técnico leu um e-mail que, segundo ele, foi enviado por dona Lúcia, uma torcedora que já faz sucesso nas redes sociais com um personagem “fake”. Ela agradecia Felipão pela humildade e pelos momentos de felicidade proporcionados à nação, e citava a crueldade do ser humano por conta da pergunta de um jornalista sobre dívidas do técnico após a goleada (veja o vídeo ao lado). 
Felipão voltou a reclamar de tratamento diferente a erros da arbitragem a favor do Brasil e de outros países, se recusou a comentar seu futuro antes do jogo de sábado, em que irá brigar pelo terceiro lugar, elogiou o trabalho estrutural da CBF para melhorar o futebol brasileiro e disse que foi surpreendido pelo nível dos adversários da Copa do Mundo. 
- As equipes estavam melhores do que imaginávamos, jogando um futebol de boa qualidade.
O coordenador técnico Carlos Alberto Parreira insistiu em dizer que não mudaria a postura adotada antes do Mundial, quando falou em amplo favoritismo da Seleção ao título na competição em casa.
- A visão é a mesma de anteriormente. Positiva, otimista, de quem está jogando em casa. Nunca vi um líder, um comandante dirigir seus comandados e dizer "Vamos para a guerra e vamos perdê-la". Era obrigação nossa ser positivos, acreditar no potencial dos nossos jogadores. O trabalho foi muito bem conduzido em um ano e meio. A Alemanha está há oito ou 10 anos trabalhando com esse time. Sabemos que foi doída a derrota, mas não houve reversão de expectativa. Se me perguntassem de novo qual era a expectativa para a Copa, respondo que era de ganhar. Ficamos tristes, como todos os jogadores. Todos queriam ser campeões em casa. Mas agora é vida que segue, e é olhar para frente.
Carlos Alberto Parreira Coletiva Brasil (Foto: Heuler Andrey / Mowa Press)Carlos Alberto Parreira também tentou dar explicações durante a entrevista (Foto: Heuler Andrey / Mowa Press)

Confira alguns trechos da entrevista de Felipão:
ESTATÍSTICAS
- Temos dados estatísticos que provam que depois da Copa das Confederações tivemos apenas uma derrota, montamos uma equipe preparada, com sistema de jogo... Tínhamos que desenvolver a confiança nos nossos jogadores. E fizemos isso através dos resultados. Não esperávamos essa derrota catastrófica em relação ao número de gols. Só não podemos esquecer que depois de 2002 essa é a primeira vez que a Seleção chegou à semifinal. Agora passa a ser importante o outro sonho que temos, que é terminar em terceiro lugar na Copa do Mundo. 
FUTURO
- A CBF nos deu todas as condições de trabalho, as melhores que imaginávamos. Nós e os atletas temos compromisso com a direção até o final do Mundial. E nosso final de Copa do Mundo é o jogo de sábado. Não vamos discutir esse assunto em hipótese alguma antes do jogo. Depois disso, provavelmente, nós vamos conversar com a direção da CBF, dar o relatório do que foi feito, de como foi feito, série de detalhes. Aí a presidência vai examinar o que aconteceu de bom e errado. 
VEXAME
- Nós chegamos aqui de madrugada, o pessoal comeu alguma coisa, foi dormir e só nos vimos agora ao meio-dia. Mas não falamos nada. Falar em cima do jogo de ontem, com as imagens mentais que temos, não vale a pena. Vale a pena temos a colocação exata das coisas. Se eu pudesse te responder com consciência o que aconteceu naqueles seis minutos, eu responderia. Mas também não sei (...) Não tenho como explicar, não vou justificar e também não acho que os meus jogadores tenham dificuldade de assimilar. Perdemos como nunca tínhamos perdido. É histórico, sim, mas não podemos terminar a vida dos jogadores. Agora eles continuam o trabalho pelo Brasil, voltando a ser os melhores do mundo e, pelo menos 70%, no mínimo, vai estar em 2018 com uma bagagem diferente. 
BERNARD
- São 28 jogos que treinei equipe, nos 28 o Bernard estava em 24, no mínimo. Jogou em 18, 17, 16, entrou durante ou saiu jogando. Ele sabia perfeitamente como íamos jogar, de antemão e tudo mais. Se nós usamos a imprensa (para enganar a Alemanha), peço desculpas, vocês não nos usam nunca (ironicamente). 
MANCHA
- Quero dizer a vocês todos que a colocação de todos nessa mesa foi uma solicitação geral. Em princípio eu tinha dito que viria aqui conversar com vocês, porque tenho dados que podem acabar com as dúvidas de vocês. Mas todos quiseram vir porque somos uma equipe que ganha e perde junta. E mais: entendo perfeitamente, sei o que aconteceu, sei o que é a mancha, a vergonha, sei o que é tudo e sinto, isso nunca vai sair de mim. Mas se avaliarmos por números podemos ver que estamos no caminho certo.
TRABALHO DE BASE
Nós já estamos fazendo isso, temos bons cursos, trabalho de base sendo feito pela CBF junto aos jovens treinadores e aos treinadores das categorias de base que deve resultar no futuro. Muitas vezes não é passado ao publico de forma tão explicita, mas já está sendo feito na administração do Marin. Mas é longo o trabalho.

NÍVEL DA SELEÇÃO
Nós não tivemos o mesmo nível, não fomos dentro do que tínhamos planejado conseguindo atingir os resultados. Fomos razoavelmente bem na primeira etapa, jogo ímpar, diferente contra o Chile porque era jogo muito disputado, guerra praticamente, depois jogamos bem contra a Colômbia, fomos evoluindo. Contra a Alemanha tivemos aquela dificuldade, não estivemos no nível, mas num nível de razoável pra bom desde o início. Não no mesmo nível, mas em condições de enfrentar e passar obstáculos. Único senão foi esse jogo de ontem.
POUCOS TREINOS
Muito foi cobrado e falado a respeito de treinamento, mas se forem pesquisar e olhar os dados da Copa das Confederações, foram os mesmos, o mesmo número de treinos. Então, a ideia não é correta, temos dados para passar a vocês, quando quiserem a gente passa. Não tem nada diferente daquilo que a gente imaginou, o diferente foi esse confronto com a Alemanha, o número de gols.

ESTADO FÍSICO
- Posso explicar, pelo departamento médico e físico, tudo planejado. Não tivemos lesão nenhuma, não tivemos dificuldade nenhuma. Quando precisamos de 120 minutos, corremos os 120 minutos, passamos por cima do adversário nos 30 finais. Tomamos um gol de bola parada na competição, fizemos cinco de bola retomada e seis de bola parada. Alguma coisa é trabalhada, prefiro dizer que foi sofrível, mas chegamos entre os quatro melhores do mundo. 
TERCEIRO LUGAR
- À medida que não jogarmos bem, não ganharmos, tivermos outra decepção como a que tivemos ontem, claro que vai piorar. Embora mesmo com uma vitória poderá mudar muito pouco a decepção de ontem, isso não adianta. A gente sabe disso, mas tem que trabalhar com objetivos. Era a ideia, o sonho de chegarmos à final, não conseguimos, jogamos por um sonho bem menor. 
ALEMANHA
- Veja bem, estou dizendo que Alemanha tem oito anos de preparação, nós temos um ano e meio. Experiência em determinados momentos é importante. Queríamos chegar  a uma final, nisso tomamos segundo gol, sai a bola, perdemos, tomamos o terceiro. Então é isso que aconteceu, não mudaria nada. São bons jogadores, atingiram objetivos, ganharam Copa das Confederações, vieram aqui e foram à semifinal, não dá pra denegrir.
CRÍTICAS DO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO CATARINENSE E APOIO DE MARIN
- O único título que o futebol de Santa Catarina tem, eu era o técnico (nota da redação: a Copa do Brasil de 1991 com o Criciúma). Então o Delfim tem que me agradecer de joelhos. Nunca ganharam nada. E o que ganharam foi graças a mim. Eu não vou ficar respondendo a presidente de federação nenhuma. Antes de terminar jogo de ontem, quando terminou, passados 10 minutos, 15, menos, lá estava o presidente Marin. Pedindo pra falar com os jogadores, para se posicionar e tudo mais, recebemos visita do Cafu, que foi ao vestiário, abraçou, conversou com todos os jogadores. Marin comunicou a confiança que continua tendo nesse grupo. Em todos que faziam parte do grupo especificamente. Não precisamos que ele esteja presente aqui, temos o Vilson como representante, temos telefone, comunicação a medida que precisarmos de alguma coisa, não é essa dificuldade que aconteceu. Ele está sempre presente.
DERROTA ESTIMULA A FICAR?
- Derrota daquele jeito ali não estimula nada, tem que tirar da cabeça o que é impossível e buscar alguma fonte alternativa, nossa vida não é feita só de derrotas. Essa foi a pior de todas, mas também é feita de muitas vitórias. Vida é legal e vai continuar, ninguém vai morrer por causa disso. Buscar algumas situações para corrigir e enfrentar esse tsunami que aconteceu ontem.

RIVAL NO SÁBADO
- Se for Argentina é um clássico muito importante, muita rivalidade, características diferentes de jogo da Holanda. Bem diferentes. Coloco em campo a equipe que perdeu ontem ou faço uma ou outra modificação para ideia melhor no futuro sobre determinado jogador? Vamos estudar em grupo, não tomo decisão sozinho, embora responsabilidade seja minha. Sempre pergunto, questiono por que, tenho dados espetaculares do fisiologista sobre o trabalho, vejo que algumas pessoas dão opinião, trabalham na televisão, no jornal e querem saber mais do que o fisiologista.

FATOR CASA
- Penso que jogar em casa, como comportamento do torcedor, que tiveram, foi para o bem. Foram fantásticos, mesmo ontem quando estávamos tomando de 5 a 0, ainda foi espetacular. Sentimento de raiva e tudo quando tomamos o sexto gol, aí sim, e acho que estão totalmente certos, não tem nada de errado nisso. Mesmo quando voltamos e no dia a dia, notas que recebemos, cartas, e-mails, telegramas são de muito apoio. Não foi ruim jogar no Brasil, foi ótimo, maravilhoso, ainda assim mostramos muito mais ao mundo do nosso país, das coisas que são nossas, para que a gente receba no futuro o que mais ou menos não é correto que imaginavam lá fora.