sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O que è Showbol

Showbol
Indoor Soccer Game in Mexico.JPG
Partida de showbol.
Outros nomes Indoor soccer
Ano de criação 1969
Origem  Canadá
Participantes 6 de cada lado
Local de disputa Quadra com grama sintética (42x22m)
Duração 50 min.
Equipamento Bola
Olímpico Não

O showbol, também conhecido como indoor soccer na América do Norte, tem semelhanças com o futebol de salão e o de campo. É jogado numa quadra de, aproximadamente, 42x22 metros com gramado sintético, com dois tempos de 25 minutos. Durante o jogo as substituições são ilimitadas, e tem a particularidade que a bola se mantém em jogo de forma quase permanente, devido à parede de acrílico transparente que cerca o campo.
O esporte possui ligas profissionais no Canadá, na Espanha, no Brasil, no Estados Unidos/México e na Inglaterra/Escócia.

História

Foi criado em 1969 pelo ex-jogador de de campo húngaro Joe Martin, que atuou pelo Ferencváros e pela seleção húngara.
No final de sua carreira, Joe foi jogar em Toronto, Canadá e devido às baixas temperaturas do inverno canadense, Martin criou um esporte com as regras do futebol, mas jogado em quadras de futebol de salão. E mais, acrescentou um elemento que dá mais dinâmica às partidas: a tabela.
Na década de 1970 o showbol foi para o Brasil, levado por Francisco Monteiro, e também para a Europa, com amistosos de exibição.
É o esporte mais praticado nas Plataformas de Vermelho 1, Vermelho 2 e Vermelho 3 da Petrobrás na Bacia de Campos desde sua fundação ao dias atuais, dada ao limites impostos a quadra dessas plataformas, o showbol acaba sendo uma das poucas opções de lazer a bordo sendo praticado de maneira empírica desde a fundação das plataformas, só mais tarde com a popularização e divulgação do esporte via TV no Brasil é que se constatou que o que se praticava ali naquelas plataformas era o Showbol.

Regras

Campo: Retangular com comprimento mínimo de 42 m e máximo de 44 m, largura mínima de 22 m e máxima de 24 m. A quadra é feita obrigatoriamente com grama sintética, e deve ter linhas que definam a área, o meio da quadra e a marca de pênalti.
Bola: Esférica, deve ter entre 68 e 79 cm de circunferência e entre 410 e 450 gramas. É a mesma bola do futebol de campo.
Jogadores: Os dois times devem contar em campo com 6 jogadores, sendo 5 na linha e 1 goleiro. As substituições entre os jogadores não têm limite. E podem acontecer a qualquer momento, sem consulta ao árbitro.
Uniformes: Os jogadores devem jogar com tênis de futebol society (pequenas travas de borracha), ou tênis de futsal. O uniforme tem calção e camisa.
O Árbitro: O jogo é controlado por um único árbitro. Cabe ao árbitro apitar o início e fim do jogo, assim como o início e fim do intervalo. Cabe ao árbitro punir o atleta com cartão azul ou vermelho. O cartão azul é mostrado ao atleta que cometer uma falta grave. Este cartão pune o atleta com dois minutos de suspensão, ficando sua equipe com um atleta a menos durante este período. O vermelho é a expulsão da quadra, ficando a equipe com um atleta a menos até o fim da partida.
Duração de Jogo: O tempo da partida é de duas etapas de 25 minutos cada, com intervalo de 10 minutos. O tempo é corrido e visível no placar. O tempo só é interrompido, quando o árbitro determinar para atendimento médico.
Reinício de Jogo: O início do jogo é determinado por um sorteio entre os capitães das duas equipes. A equipe escolhe se inicia o jogo ou se escolhe o lado da quadra. No segundo tempo inverte o lado da quadra.
Bola dentro e fora de jogo: A bola não sai pelas laterais, pois há uma tabela, a não ser quando passar por cima da tabela. Se a bola sair na defesa do time que a colocou para fora, é marcado pênalti (regra 12). Se a bola sair no ataque do time que a colocou para fora, a bola é reposta em jogo através do goleiro.
O Gol: Será marcado gol quando a bola ultrapassar totalmente a linha da trave. Quem marcar mais gols, vence a partida.
Falta: É marcado falta quando um atleta chutar, golpear, empurrar ou fazer carga excessiva no adversário. A falta será cobrada no ponto exato em que ocorreu a infração. Também será marcada falta quando o atleta colocar a mão na bola intencionalmente.
Pênalti: É marcado pênalti em duas situações. Quando a falta for marcada dentro da área, ou quando a equipe colocar a bola para fora da quadra, por cima da tabela, ainda na sua quadra (defesa).

Showbol no Brasil

Francisco Monteiro, ex-jogador de futebol conhecido também como Todé, que atuou em alguns clubes do Rio de Janeiro, também foi encerrar sua carreira no Canadá. Lá conheceu Joe Martin e o showbol. Percebendo o potencial do esporte, Todé trouxe o esporte para o Brasil.
A primeira partida disputada no país foi realizada em 1972 no ginásio Maracanãzinho, entre a seleção brasileira e a seleção do resto do mundo.
Depois de quase 30 anos no esquecimento o esporte voltou a ser praticado no país. E voltou com estilo, com a seleção brasileira campeã no primeiro Mundialito de Showbol, realizado na Espanha, em 2006. Em 2007 o Showbol Brasil realizou o Torneio Rio-São Paulo de Showbol, cujo campeão foi o Corinthians.
Vários ex-jogadores brasileiros já tiveram a oportunidade de servir a seleção, dentre eles, Djalminha, Dunga, Mauro Silva, Aldair, Zetti, Müller, Careca e Paulo Victor. Maradona, ex jogador argentino foi o maior nome do futebol a praticar a nova modalidade.
O Showbol é disputado nos mais variados locais deste planeta, até mesmo no meio do Oceânico Atlantico, mais precisamente nas Vermelhos I, II e III, as mesmas são Plataformas Continentais da Petrobras no ativo de Produção Nordeste, localizadas cerca de 100 Km da costa de Campos dos Goytacazes, no distrito de Farol de São Tomé - RJ. Por volta do ano 2000, o mesmo já estava presente na vida dos trabalhadores destas unidades, garantindo o lazer dos mesmos e a continuação do movimento em busca da saúde. As disputas seguem firme e forte até os tempos atuais...

Seleções

Conmebol

CONCACAF

UEFA

Campeonatos oficiais

Clubes

Seleções

Fontes

  • Showbol, em português, espanhol e inglês


O que è Rapel


Bombeiro na prática de rapel
Rapel (em francês: rappel) é uma atividade vertical praticada com uso de cordas e equipamentos adequados para a descida de paredões e vãos livres bem como outras edificações.
Trata-se de uma atividade criada a partir das técnicas do alpinismo o que significa que requer preocupação com a segurança do praticante. Este deve ter instruções básicas e acompanhamento de especialistas. Cursos preparatórios são indispensáveis.
A atividade é praticada essencialmente em grupo onde cada integrante se deve preocupar com o companheiro, questionando qualquer situação que possa gerar um incidente e até um acidente.
Rappel é uma palavra que em francês quer dizer "chamar" ou "recuperar" e foi usada para batizar a técnica de descida por cordas. O termo veio da explicação do "criador" do rappel, Jean Charlet-Stranton, por volta de 1879, quando explicava a técnica: "je tirais vivement par ses bouts la corde qui, on se le rappelle...." que quer dizer em tradução livre "Quando chegava perto de meus companheiros eu puxava fortemente a corda por uma de suas pontas e assim a trazia de volta para mim...", ou seja, ele chamava a corda de volta ao terminar a escalada e a descida de uma montanha ou pico.


Prática de rapel

Categorias de Rappel

Quando os pés têm contacto com a parede, durante a descida, utilizam-se as técnicas de Rappel em Positivo. Do contrário, quando praticado em vãos livres, onde não há contato dos pés com a parede, a técnica é de Rappel em Negativo. Para cada técnica é possível realizar algumas manobras como saltos, giros e descidas de ponta-cabeça.

Salvamento com rapel



Salvamento realizado pelo Corpo de Bombeiros do Paraná.
De forma direta, o rapel também é utilizado como técnica de salvamento em diversas situações. Os corpos de bombeiros do mundo todo utilizam desta técnica para o resgate de pessoas.

Equipamento

São utilizados diversos equipamentos diferentes para cada necessidade. É preciso estar atento a cada detalhe, revendo todos os pontos sempre. Redundância é um fator de segurança.
Existem equipamentos voltados para a amarração ou ancoragem da corda de descida, como os mosquetões, as fitas tubulares e as ancoragens back-ups.
Entre os equipamentos individuais básicos estão a arnês, mosquetão, luva, freio e capacete. Normalmente são utilizados equipamentos com certificação de segurança internacional.
Esse conjunto adapta-se ao corpo com conforto na altura da cintura e, depois de conectado à corda e travado, permite ao praticante uma descida com velocidade controlada, sem esforço maior, utilizando o atrito entre o oito (um tipo de descensor) e a corda e controlando com uma das mãos a passagem da corda pelo sistema. Não requer força, apenas determinação, um pouco de coragem e técnica, sendo necessária uma formação antecipada de forma a evitar acidentes trágicos e fatais. Quem cai, por não saber utilizar correctamente os equipamentos, só cai uma vez!
As descidas devem ser monitoradas por um agente, no lançamento, e por outro agente, durante a descida cuidando da segurança lá embaixo. Ele segura a ponta da corda, esticando-a, caso necessário e provocando atrito no sistema conectado, colaborando com o praticante em caso de alguma dificuldade.
É uma atividade segura desde que praticada com muita atenção aos princípios de segurança.

Descrição dos equipamentos

  1. Mosquetões de aço: usados na ancoragem da corda em que é feita a descida. Os de aço são os mais recomendados por terem uma resistência e durabilidade maior.
  2. Mosquetão de alumínio: Servem para ligar o Freio à cadeirinha.
  3. Fitas Solteiras: São as mais aconselhadas para se fazer ancoragens, por resistirem bastante e serem mais confiáveis.
  4. Cordas: Usadas para fazer a descida, devem ser do tipo que possuem "alma", ou seja, que tenham um núcleo trançado independente além da capa (parte externa). De preferência deve ser de material muito resistente, como o Nylon e o Polipropileno.
  5. Luvas: Servem para proteger a mão do praticante contra queimaduras ao haver fricção com a corda. Serve também para dar mais atrito na hora de reduzir a velocidade da descida.
  6. Capacete: Indispensável em qualquer atividade radical, protege de vários perigos, desde deslizamentos de pedras à queda acidental de um equipamento de um praticante que esteja acima de você.
  7. Freio 8 (ou blocante): De aço ou alumínio. Usado para torcer a corda, aumentando o atrito e assim, reduzindo a velocidade da descida. É esta peça que lhe dá o controle da descida.
  8. Baudriers (ou Cadeirinha): Uma espécie de "cinta" que envolve as pernas e os quadris dando o aspecto de uma "cadeirinha" mesmo. Pode ser fabricada (costurada em modelos) ou pode ser feita de cabo solteiro (pedaço de corda do mesmo material usado na corda do rappel, em média de 5m, podendo variar de acordo com as exigências do praticante).

Cuidados que se deve ter

O rapel não é perigoso (Se feito com responsabilidade). Toda prática de rapel deve ser executada em grupo, pois um integrante é sempre responsável pela vida de outro. Toda descida deve ter no mínimo três participantes:
  1. O que aborda: Que é o responsável por colocar o praticante na corda, conferir se seu equipamento está correto e orientá-lo no momento da abordagem.
  2. O que desce: Que é o praticante atual, ou seja, quem vai fazer a descida.
  3. O que faz a segurança: Que é a pessoa que vai estar lá em baixo, segurando a corda, atento a qualquer vacilo que o que desce possa dar.
Quem fica responsável pela segurança da descida, deve ter total atenção, pois com ele fica o ultimo recurso antes de uma fatalidade. Se alguém que está descendo perde o controle de sua descida, é o segurança quem vai ter que fazer o bloqueio dele na corda, ou seja, parar a sua queda e evitar que ele caia.
Devemos deixar claro que rapel não é um esporte pois não há regras mundiais ou competições. O Rapel denomina-se Atividade de Aventura seja na cidade ou na natureza.




Running backs brasileiros perguntam; Adrian Peterson, dos Vikings, responde

sex, 03/12/10
por Leo Velasco |

Enquanto a NFL é a liga mais rica do mundo, o futebol americano no Brasil ainda dá seus primeiros passos no amadorismo (o Carioca Bowl, disputado na praia, tem onze anos). Se você fosse um dos atletas que aposta no pioneirismo do esporte e pudesse fazer uma pergunta a um jogador da poderosa liga americana, qual seria?
Quatro dos principais running backs do futebol americano brasileiro me mandaram perguntas para Adrian Peterson, do Minnesota Vikings, e ele topou responder. Rômulo Ramos e Tiaguinho, que jogam na praia, e Lucas “Mullet” e Mateus “Hulk”, que participam do jogo equipado na grama, puderam tirar algumas curiosidades sobre a carreira e a vida do jogador, com a participação do Overtime. A primeira parte da entrevista com Peterson, você lê aqui.
Rômulo Ramos, 23 anos, Rio de Janeiro Sharks
- Temos algumas ligas amadoras aqui no Brasil, em desenvolvimento há cerca de dez anos, e com atletas que demonstram potencial físico. Acha possível que jogadores amadores daqui poderiam ter algum tipo de apoio pra jogar alguma liga americana?
- Adrian Peterson
– Eu acho que a NFL começará a ter mais jogadores estrangeiros conforme os anos forem passando e o futebol americano fique mais popular em outros países.
- Como é sua rotina de preparação física? Ela não é extenuante? Você gosta da rotina puxada de atleta ou repeti-la durante anos é cansativo?
– Eu passo muito tempo do período fora da temporada treinando para que durante a temporada eu só tenha que manter o que construí. Trabalhar na minha velocidade e nos exercícios aeróbicos é muito importante fora da temporada. É um jogo que pede muita corrida e a capacidade de ter explosão.
Tiago Martins (Tiaguinho), 27 anos, Piratas de Copacabana
- O que é preciso para ser um running back de sucesso na NFL?
– Em primeiro lugar você tem que querer ser grande e jogar sem medo. Depois disso, você tem que trabalhar, malhar, correr, estudar os filmes. Seu dom dado por Deus cuidará do resto a partir daí.
- Você teve uma lesão séria na clavícula ao se jogar para marcar um touchdown na universidade. Valeu a pena?
– A lesão foi dura, mas quando estou no campo, eu nunca penso sobre me machucar. Só penso em fazer pontos e vencer.
Lucas “Mullet” Nascimento, 22 anos, Barigui Crocodiles
- O que você acha que é mais importante para você: velocidade ou força?
– Uma combinação é importante. Ter apenas uma destas coisas não será o suficiente.
- Qual jogador defensivo da NFL que faz você ficar mais “preocupado” quando está jogando contra?
– Há muitos grandes jogadores na NFL. Eu provavelmente “apanhei” mais forte de Shaun Rogers (defensive lineman do Cleveland Browns, que tem 31 anos, 1,93m e 159 kg) do que de qualquer outro da liga.
Mateus “Hulk” Naegele, 24 anos, Fluminense Imperadores
- Como você define seu estilo de vida fora da temporada? Você é um cara mais do tipo família, você sai com seus amigos, ou é apenas preparação pesada para a próxima temporada?
– Eu tento ficar bem tranquilo quando estou longe do futebol americano. Eu adoro passar tempo com minha família e tento relaxar o máximo possível.
- Você gosta de assistir a outros esportes além do futebol americano?
– Eu sou um grande fã de basquete e adoro assistir à NBA. Eu também tento acompanhar futebol americano universitário o máximo que posso.

Dono do Chelsea, russo Abramovich participará da organização do Mundial

Magnata esteve presente nas apresentações da candidatura para Copa-2018

Por Agência de notícias Moscou
Roman Abramovic, dirigente, durante partidaAbramovich durante jogo do Chelsea (Getty Images)
O magnata russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, participará da organização da Copa do Mundo que a Rússia sediará pela primera vez em 2018, informou nesta sexta-feira seu porta-voz, John Mann.
– Abramovich está disposto a estudar a possibilidade de participar dos preparativos do Mundial na Rússia. Ele esteve presente nas apresentações da candidatura russa na África do Sul, Londres e Zurique – afirmou Mann à emissora de rádio "Eco de Moscou".
Além disso, lembrou que o dono do Chelsea contribuiu generosamente com o desenvolvimento do futebol russo nos últimos anos ao pagar, por exemplo, o salário do técnico da Rússia, Guus Hiddink.

Bota chega ao Sul com Alessandro como dúvida contra o Grêmio

Latreal-direito sofreu torcicolo em treino desta sexta-feira, mas garante
esforço para partida decisiva em Porto Alegre

Por Gustavo Rotstein Porto Alegre
Botafogo chega ao Sul com Alessandro como dúvida contra o GrêmioCom torcicolo, Alessandro não está garantido
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
O Botafogo desembarcou em Porto Alegre, na noite desta sexta-feira, confiante para enfrentar o Grêmio, na disputa por uma vaga na Libertadores. No entanto, há uma preocupação. Alessandro sofre com um torcicolo e virou dúvida para o jogo deste domingo, no Olímpico, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.
A lesão de Alessandro aconteceu durante o treino da manhã desta sexta, que teve apenas os seus últimos dez minutos abertos à imprensa. O lateral sentiu o pescoço ao fazer um movimento, mas a opção da comissão técnica foi relacioná-lo no grupo que seguiu para a capital gaúcha.
- Ainda sinto dores e realmente ainda não sei se vou poder jogar. Mas vou fazer o máximo para estar em campo, pois quero muito ajudar o Botafogo a conquistar essa vaga na Libertadores - disse o lateral, que precisou imobilizar o pescoço como parte do tratamento intensivo.
A equipe de Joel Santana realiza na manhã deste sábado, em Porto Alegre, seu último treino antes de enfrentar o Grêmio. Caso Alessandro seja mesmo vetado, Somália deve atuar na lateral direita, e Lucas Zen pode ganhar mais uma oportunidade como titular. O Botafogo ainda terá a volta de Leandro Guerreiro e Herrera, que se recuperaram de lesões.

Torcida do Grêmio cria apelido para zagueiro: Paulão agora é 'Caveirão'

Jogador torna-se ídolo pela força nas divididas e pela seriedade com a bola

Por Eduardo Cecconi Porto Alegre
Montagem do zagueiro Paulão com o chapéu do BOPEPaulão, na montagem elaborada pelos torcedores
(Foto: Reprodução)
O Caveirão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro é um veículo à prova de balas, com mais de 13 toneladas, velocidade máxima superior a 100 quilômetros por hora, e capacidade de ultrapassar obstáculos de meio metro. Características que, para os gremistas, assemelham-se às demonstradas em campo pelo zagueiro Paulão - jogador de 1,87m e 84 quilos.
Indicado por Renato Gaúcho, Paulão chegou ao Grêmio praticamente desconhecido. Era o Paulo Marcos do Prudente, jogador de 24 anos emprestado até maio de 2011. Uma incógnita.
Menos de um semestre depois, Paulão é titular incontestável. Veste a camisa 3 tricolor. E não passa um jogo no Estádio Olímpico sem ser ovacionado a cada forte dividida vitoriosa, a cada bola afastada quase além dos limites das arquibancadas, a cada trombada que leva o adversário para o chão, mas o mantém ileso. Um blindado, intransponível.
Para homenageá-lo, torcedores do Grêmio divulgam na internet o novo apelido. Com uma montagem - Paulão com o quepe do Bope. Em entrevista posterior ao treino desta sexta-feira, Paulão se mostrou surpreso com a mobilização. E gostou.
- Legal...o caveirão é aquele que 'limpa' né. Deu jeito no Rio, tenho que dar jeito aqui também. Ficou muito legal - disse ele, observando a montagem, para depois completar:
- Não estava sabendo disso. Esse carinho é muito bom, mas também aumenta a responsabilidade. Tem que retribuir e fazer as apresentações da melhor forma para ajudar o Grêmio.

Campeão a distância? Direto da Áustria, Alan cola na TV pelo Flu

Atacante marcou quatro gols em nove jogos no Brasileirão e torce pela conquista dos ex-companheiros direto da Europa: ‘Meu coração é tricolor’

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
Alan acompanha partida na ÁustriaAlan acompanha Tempo Real do Flu, através do
GLOBOESPORTE.COM (Foto: Divulgação)
Domingo em Salzburgo, Áustria, o relógio aponta 20h, e um torcedor especial se protegerá do frio para torcer de longe pelo título do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Ou melhor, pelo próprio título. Responsável direto por nove dos 68 pontos do Tricolor na campanha que pode garantir a conquista com uma vitória sobre o Guarani, domingo, às 17h (de Brasília), no Engenhão, Alan deixou as Laranjeiras no início de agosto, mas nem a distância foi capaz de separá-lo do “Time de Guerreiros”.
Autor de gols decisivos nos triunfos sobre Atlético-MG, Vitória e Santos, o jovem atacante atualmente defende o austríaco RB Salzburgo. Entretanto, dará um tempo em sua rotina normal para colar na frente da televisão no domingo.
- Estou torcendo muito. Acompanho todos os jogos pela Globo Internacional ou pelo GLOBOESPORTE.COM. Fiz gols importantes na campanha e fico feliz por ter ajudado de alguma forma. Mas os méritos são de quem está aí agora, lutando contra tudo e contra todos. Agora, é esperar o jogo contra o Guarani, que vai ser muito difícil. Acredito no título e vou comemorar bastante aqui da Áustria.
Meu coração é tricolor. De uma forma ou de outra, sou campeão. Seja como jogador ou como torcedor"
Alan, ex-atacante do Flu
Presente em nove partidas neste Brasileirão e autor de quatro gols, Alan não tem dúvidas: será, sim, campeão caso tudo dê certo diante do Bugre. Ainda assim, já tem a resposta para que não o considerar assim:
- Com certeza. Meu coração é tricolor. De uma forma ou de outra, sou campeão. Seja como jogador ou como torcedor.
Para domingo, o atacante acredita em vitória tranquila do Tricolor e tem até palpite para placar e heróis.
- Aposto em 2 a 0. Gols de Conca e Fred.
Resta a diretoria guardar uma medalha para o torcedor-artilheiro. Com 68 pontos, o Fluminense é o primeiro colocado do Brasileirão, seguido pelo Corinthians, com 67, e pelo Cruzeiro, que tem 66.

Palmeiras aposta em Felipão para contratar Adriano por empréstimo

Clube acredita que técnico pentacampeão pode atrair atacante, que viria para o Palestra Itália por um ano

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Adriano treino Roma 22/11/10Adriano no treino do Roma (Foto: AFP)
O Palmeiras encerrará o ano de 2010 sem uma vaga na Libertadores, o que, teoricamente, diminui as chances de o time conseguir uma grande estrela para o próximo ano. Mas o clube aposta na fama de Luiz Felipe Scolari para atrair um reforço de peso. Confiando no histórico vitorioso de seu treinador, o clube tenta conseguir junto ao Roma o empréstimo de Adriano por um ano. A proposta pelo atacante, que também interessa ao Corinthians, já foi enviada aos italianos, que estão analisando.
Scolari já tentou ter Adriano em sua equipe quando comandou o Chelsea, da Inglaterra. Na ocasião, o atleta não foi liberado do Inter de Milão por determinação de José Mourinho, treinador do time italiano.
Um dirigente do Palmeiras, que preferiu não se identificar, disse ao GLOBOESPORTE.COM que a diretoria acredita que Felipão pode “enquadrar” Adriano para que ele atue bem e não tenha problemas extracampo, como aconteceu no São Paulo, em 2008 e no Flamengo em 2009 e este ano.
- Queria levar o Adriano para o Chelsea, mas não consegui. A história que o Adriano faz isso, aquilo... Ele faz é gol. É muito bom trabalhar com quem faz gol – disse Scolari na tarde desta sexta-feira, na Academia de Futebol.
Felipão, porém, evitou afirmar que Adriano integre uma lista de possíveis reforços para 2011, ao lado do meia Alex, que está no Fenerbahçe, da Turquia.
- São ótimos nomes, mas não posso garantir que estejam naquela lista de reforços que está com os diretores. São diversas possibilidades aí, vamos correr atrás.
O único nome confirmado por Scolari para reforçar a equipe para a próxima temporada foi o do atacante Maikon Leite, que está no Atlético-PR. A diretoria alviverde já conversa com os representantes do atleta há mais de um mês para tentar fechar a negociação.
- É ponta, rápido, driblador. É um jogador que chama a atenção e que, nas vezes que vi jogar, gostei bastante.

Mão está na taça, mas bobeada pode deixá-la escapar, reforça Ernando

Zagueiro diz que Esmeraldino não pode sofrer gols em Avellaneda e espera que possível título apague vexame da Série B e incentive recuperação

Por Carolina Elustondo Goiânia
rafael moura comemora gol do goiás sobre o independienteJogadores comemoram gol de Rafael Moura sobre
o Independiente (Foto: EFE)
Depois de uma vitória importante por 2 a 0 sobre o Independiente-ARG, na última quarta-feira, no Serra Dourada, o Goiás pode até perder por um gol de diferença em Avellaneda, na próxima quarta, que fica com o título da Copa Sul-Americana. Preparado para enfrentar um caldeirão em terras argentinas, Ernando tenta colocar uma ordem na cabeça dos companheiros: o time não pode sofrer gols. Para o defensor, uma das mãos esmeraldinas está na taça, mas ainda é preciso passar pela prova de fogo na Argentina, pois qualquer bobeira pode tirar o caneco dos goianos.
- Foi muito importante fazer o dever de casa, não tomar gol. O Independiente tem jogadores que podem resolver, e precisamos seguir com o que costumamos fazer fora: ter atenção total na marcação. Se não sofrermos gols o título vem pra nossa mão. Vai ter torcida, pressão, mas temos que ter tranquilidade para conter a euforia deles. Temos uma das mãos na taça sim, pois já fizemos metade do trabalho, mas agora tem que jogar a outra metade pelo tão sonhado título. Não podemos bobear em momento algum - reforçou o zagueiro.
Além de buscar a realização pessoal com o possível título, Ernando acha que a conquista será fundamental para reerguer o Goiás, que acabou rebaixado para a Segunda Divisão do Brasileiro. Só a taça apagará a mancha deixada pela tragédia no nacional.
- Já lamentamos o que tínhamos que lamentar com a queda para a Série B. Agora é importante tentar apagar essa mancha, e tenho certeza que se o título vier o Goiás entrará 2011 motivado e fará um bom ano pra subir novamente para a Série A - completou.

Por títulos, Ramon e Prass querem o Vasco pronto já no início de 2011

Goleiro acredita que, com um bom planejamento, Cruzmaltino possa até
brigar pelo Campeonato Brasileiro da próxima temporada

Por Guilherme Maniaudet Rio de Janeiro
Fernando Prass e PC Gusmão no treino do VascoPrass e PC conversam durante treino
(Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
O Vasco teve um ano com mais baixos do que altos. No Campeonato Carioca, perdeu a final da Taça Guanabara para o Botafogo e foi eliminado da Taça Rio pelo Flamengo, nas semifinais. Na Copa do Brasil, o time saiu nas quartas-de-final, no confronto contra o Vitória. Já no Campeonato Brasileiro, a equipe esteve muito mal no início da competição e chegou a ficar na zona de rebaixamento por muitas rodadas. Porém, com a chegada de PC Gusmão e de reforços, como Felipe, Zé Roberto e Eder Luis, o desempenho melhorou bastante.
Para o lateral-esquerdo Ramon, se o grupo que terminou o Brasileiro fosse o mesmo que começou a competição, o Cruzmaltino teria uma sorte diferente
- O que mais pesou neste segundo semestre foi o entrosamento... Aí, depois, já era tarde, pois o time começou muito mal o campeonato. Se na próxima temporada estivermos juntos e entrosados desde o início, temos grandes chances no Carioca e na Copa do Brasil no primeiro semestre – disse o lateral
Assim também pensa Fernando Prass. Para o goleiro, o clube já precisa pensar em 2011 e ter como meta voos altos. Ele acredita ainda que, com um bom planejamento, o time pode até tentar vencer o Campeonato Brasileiro.
- Primeiro, temos que trabalhar para termos todos os jogadores nas condições físicas ideais para trabalhar com o que temos de melhor. O mais importante, não tem como fugir, é o Brasileiro. Mas sabemos que é um campeonato muito difícil. Todo ano tem times preparados para ganhar. A diretoria já está planejando para o ano que vem. Acho que teremos um grupo forte, com contratações e a meninada que está subindo forte. Com a tradição do Vasco, temos que lutar sempre pelo titulo – afirmou o goleiro.
Neste domingo, o Vasco tem o seu último desafio no Brasileirão. Em São Januário, o Cruzmaltino recebe o Ceará em São Januário, às 17h (de Brasília).

Adriano de 2009 vale por todo o ataque do Fla no Brasileirão 2010

Na campanha do hexa, Imperador fez 19 gols e foi artilheiro. Na briga contra a queda, foram necessários sete atacantes para alcançar a marca

Por Richard Souza Rio de Janeiro
Ignoremos a frustração com a perda do título carioca e a eliminação nas quartas de final da Libertadores da América deste ano. Na caminhada para o hexa, Adriano foi a referência técnica, a liderança no vestiário e o ídolo da torcida. Três em um. Com ele, o Flamengo foi novamente campeão brasileiro. Fica a imagem do Imperador sorridente, erguendo o troféu no gramado do Maracanã (hoje fechado para as obras da Copa do Mundo de 2014). Foram 19 gols na campanha, artilheiro ao lado de Diego Tardelli, do Atlético-MG.
Em maio, o Imperador voltou à Itália, foi para o Roma. Lá, não vive bom momento. Ainda não fez gol e reveza entre o departamento médico e o banco de reservas. A situação o incomoda. Nos rubro-negros, deixou saudade.
atacantes flamengo 2010Foram necessários sete atacantes para repetir o desempenho de Adriano: 19 gols (Foto: arte esporte)
A escassez de gols é apenas uma das marcas do fracasso do Flamengo no Brasileiro deste ano. Escapar do rebaixamento com uma derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, na penúltima rodada, escancarou de vez uma série de deficiências. A maior delas é o ataque. Os homens de frente amargaram 11 rodadas sem um gol sequer, de julho a setembro. Somando-se os gols de todos os atacantes da equipe no Nacional, chega-se a 19, mesmo número do Imperador. A diferença é que foram necessários sete jogadores para alcançar o feito de Adriano. E com um agravante: já no fim da disputa.
Na lista, estão cinco gols de Diego Maurício, quatro de Deivid, três de Val Baiano, um de Diogo, um de Denis Marques, um de Paulo Sérgio e quatro de Vagner Love. Os três últimos não fazem mais parte do grupo. O jogador do CSKA, da Rússia, disputou cinco partidas do Brasileirão. Love ainda é o goleador do time na temporada: 23 gols em 29 jogos.
- Não esperava ser um dos artilheiros do time no fim do ano. Mas as coisas nem sempre saem como queremos – disse, em visita aos ex-companheiros na última quarta-feira.
Não esperava ser um dos artilheiros do time no fim do ano. Mas as coisas nem sempre saem como queremos"
Vagner Love, ex-atacante do Fla
Val Baiano é um retrato da má fase ofensiva do Flamengo. Em 17 partidas, fez três gols. Estreou em julho e só foi desencantar em outubro. Virou motivo de chacota entre os torcedores e foi bombardeado por críticas.
- O ano não foi bom para o Flamengo, especialmente para os atacantes. Não quero tapar o sol com a peneira, mas eu, Deivid e Diogo não fizemos pré-temporada. Nos primeiros jogos que fiz no Flamengo, nem chance para chutar no gol eu tive. Sabemos que os jogadores daqui são de qualidade. A metade do elenco foi campeã brasileira. Para se ter uma ideia, tive chance contra o Atlético-MG e depois só contra o Guarani. Depois que o Vanderlei chegou que as bolas começaram a aparecer mais, não só para mim, o ataque começou a fazer gol. Acredito que 2011 possa ser melhor para todos nós, não só do ataque, mas para o Flamengo – afirmou.
Neste domingo, o Fla encerra sua participação no Campeonato Brasileiro contra o Santos, na Vila Belmiro, às 17h. O Rubro-Negro é o 15º, com 43 pontos, e quer a vaga na Sul-Americana do ano que vem. Para isso, precisa subir uma posição.
O técnico Vanderlei Luxemburgo não terá Diogo, suspenso. No treino coletivo desta quinta-feira, ele escalou a linha de frente com Diego Maurício e Val. Deivid ainda faz tratamento no tornozelo direito e tem poucas chances de jogar.

Jogadores não esperam moleza contra os reservas do Palmeiras

Zagueiro Léo e o atacante Wellington Paulista acreditam que todos
vão querer mostrar serviço para continuar na equipe em 2011

Por Fernando Martins Y Miguel Belo Horizonte
wellington paulista cruzeiro treinoAtacante sabe que vai ser preciso calma para
vencer o jogo(Foto: Washington Alves / Vipcomm)
Os jogadores do Cruzeiro não acreditam em uma possível facilidade na partida contra os reservas do Palmeiras, domingo, na Arena do Jacaré. Para os cruzeirenses, quem entrar em campo vai querer mostrar trabalho para o técnico Felipão.
De acordo com o zagueiro Léo, que esteve no clube paulista no primeiro semestre, a Raposa terá dificuldades para conseguir uma vitória que poderá dar o título do Brasileiro para o Cruzeiro.
- Todo jogo é difícil. A gente sabe que não tem jogo fácil. Talvez no decorrer do jogo possa ser que se torne fácil, mas a gente tem que fazer ficar. Acho que mesmo sendo os reservas, o pessoal que não vem jogando vai querer mostrar serviço – declarou.
O atacante Wellington Paulista também compartilha da opinião do companheiro.
- Temos que tomar cuidado com o time que vem aí. Todos querem mostrar futebol para serem mantidos na equipe para o próximo ano – disse.
Para o camisa 9 da Raposa, a receita é ter atenção desde o início.
- Não podemos ir afoitos. É marcar certinho para sair no contra-ataque e fazer os gols – concluiu.

Ronaldo faz balanço negativo de 2010: 'Um ano de lesões chatas'

Fenômeno admite que temporada não foi tão boa quanto a de 2009, pelo menos individualmente. Em 2011, ele quer encerrar bem sua carreira

Por Carlos Augusto Ferrari e Diego Ribeiro São Paulo
ronaldo corinthians coletivaRonaldo admite que 2010 foi ruim para ele
(Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
Se comparado a 2009, 2010 foi um ano bem mais modesto para Ronaldo. Desfalcando o Corinthians em boa parte da temporada e sofrendo com lesões, o Fenômeno admite que este ano não foi dos mais produtivos, pelo menos individualmente. Dos 68 jogos do Timão na temporada, Ronaldo participou de 26 - e fez 12 gols. Na sua temporada inaugural pelo clube, os números foram melhores: 38 jogos e 23 gols. Por isso, ele faz um balanço até certo ponto negativo de seu ano.
- Eu diria que foi ruim (o ano), porque joguei poucas vezes. Diria até que nas vezes em que entrei em campo, correspondi, mas a quantidade de vezes que fui a campo foi bem abaixo do que eu gostaria. Apesar de ter jogado uns três, quatro jogos a menos do que no ano passado (foram 12), foi um ano de lesões chatas, persistentes - lamentou o Fenômeno, que sofreu com lesões na panturrilha e na coxa.
Se individualmente o balanço foi ruim, coletivamente foi bem mais animador. Ronaldo comemorou a boa temporada feita no ano do centenário corintiano, mesmo sem a conquista da Taça Libertadores, sonho máximo do clube. Ainda acreditando no título brasileiro, o camisa 9 acha que a temporada pode terminar ainda melhor do que já foi.
- O título muda o cenário positivamente, seria ótimo, maravilhoso. Mas temos de considerar que, se não ganharmos o título, fomos dignos e demos nosso melhor. Fomos uma equipe regular o ano todo, conquistamos a participação na Libertadores de 2011. Portanto, coletivamente, foi um ano muito bom, e que pode terminar maravilhosamente bem com a conquista. Mas falar que isso vai salvar o ano é muito pesado. Os outros times da capital não fizeram nem metade do que nós fizemos - disse Ronaldo.
Para 2011, suas expectativas são bem melhores. Ronaldo espera que seu último ano como profissional seja especial, para que uma carreira de sucesso internacional e dois títulos mundiais com a Seleção seja encerrada de forma digna.
- Espero que no próximo ano as lesões me deixem em paz, para que eu possa fazer um último ano divertido e fechar com chave de ouro - desejou o Fenômeno.

Sem censura: Diguinho sorri, chora e desabafa: ‘Saio, mas me garanto’

Volante tricolor fala sobre intimidades, polêmicas, jeito de ser e dificuldades que enfrentou no percurso até se tornar peça fundamental do Flu

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
Censura: uso de poder por estado ou grupo no sentido de controlar ou impedir a liberdade de expressão. No caso de Diguinho, a censura é própria, pautada em um silêncio que por vezes dura meses diante dos microfones. Sem limites em campo na busca pelas vitórias, fora dele as palavras são escassas e pensadas, fruto de pancadas recebidas por seu estilo espontâneo de viver. Defesa da qual o volante se despiu na última terça-feira, quando encarou o gravador e câmera fotográfica para falar da proximidade do primeiro título nacional com a camisa do Fluminense. Mas, acima de tudo, para falar de Rodrigo Oliveira de Bittencourt: um “cariúcho”, como se definiu, que deixou Canoas (RS) para se sentir em casa no Rio de Janeiro.
ESPECIAL diguinho fluminenseDiguinho fala sobre personalidade e estilo de vida em entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Incansável nas quatro linhas, o camisa 8 tricolor tem papel fundamental na equipe de Muricy Ramalho, que decide o título do Brasileirão no próximo domingo, às 17h (de Brasília), no Engenhão. Tão fundamental que desde que retornou de uma torção no tornozelo esquerdo só viu o Flu deixar o campo “derrotado” após um tempo: os 45 minutos iniciais do empate por 1 a 1 com o Goiás, pela 35ª rodada – entrou em campo no intervalo.
A regularidade apresentada com a bola nos pés desde os tempos de Botafogo, porém, são deixadas de lado por quem prefere falar da maneira com a qual Diguinho vive no Rio de Janeiro. Aos 27 anos, vira e mexe é apontado como um jogador que gosta da vida noturna. Fama que ele não nega, mas rebate com firmeza e argumentos:
Todo mundo tem o direito de ir e vir. Preciso também dispersar a cabeça, porque a batida é grande de concentração, treinos. Dou a vida em campo. Se quero sair, tenho que me garantir"
Diguinho, volante do Fluminense
- Todo mundo tem o direito de ir e vir. Preciso também dispersar a cabeça, porque a batida é grande de concentração, treinos. Dou a vida em campo. Se quero sair, tenho que me garantir. Vão dizer que viram o Diguinho na rua, bebendo uma cerveja, mas podem ir no treino seguinte que vão me ver correndo e trabalhando como os que não saem.
E realmente, em quase dois anos de Laranjeiras, o volante não tem nem um “X” no livro de faltas. Como um skatista e surfistinha, como o próprio define, Diguinho bate o ponto na hora marcada por Muricy Ramalho, desfilando o estilo despojado que o transformou em um dos mais extrovertidos do elenco. Ao lado de Fernando Henrique e Marquinho, é responsável pelos apelidos e brincadeiras em viagens e concentrações. Perfil que contrasta com uma história que inclui agressão de torcedor, uma tuberculose que quase o fez abandonar o futebol e um episódio que até hoje é capaz de abalar sua estrutura: a morte do irmão Vagner, em acidente de moto, em 2007.
+ Confira galeria com fotos de Diguinho
Com seis tatuagens, brincos nas duas orelhas, piercing na língua e estilo próprio, Diguinho se soltou, chorou, sorriu, explicou a própria vaidade, admitiu sonhar com a Seleção Brasileira e falou da ansiedade de levantar no próximo domingo o troféu do campeonato mais importante do país: com vocês, Diguinho. Sem censura.
Você é um cara que está há algum tempo no Rio e criou uma identificação grande nos tempos de Botafogo, onde sua passagem ficou marcada também por alguns vices, frustrações... Agora, no Flu, você está prestes a ser campeão do maior campeonato do país. Como está a ansiedade por, enfim, deixar o ‘quase’ para trás?
ESPECIAL diguinho fluminenseDiguinho não esconde vaidade: 'Tenho que me
cuidar' (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
A ansiedade existe, não tem como esconder. Todo mundo que acompanha e torce sente isso. Além de tudo há a motivação para sair do quase, parar de bater na trave. Mas é bom viver isso tudo, o dia a dia, esse momento. Até por tudo que vivemos no ano passado. Devemos aproveitar cada minuto, sugar o máximo de energia boa. Já sofremos bastante e esperamos concretizar esse momento bom. Temos trabalhado muito e a expectativa é a melhor possível.
Nessa semana que antecede a decisão, você tem pensado muito em todos os títulos que já deixou escapar?
Procuro esquecer as coisas negativas, as vezes em que tentei e não deu. Deixo de lado. São coisas que não vão me fortalecer. Penso na família, nas pessoas que estão comigo, no quanto trabalhei... Só coisas boas. Esse é o foco. O que passou, passou.
Você tem ideia de que o Diguinho, que por muito tempo foi o “Diguinho do Botafogo”, pode passar a ser o “Diguinho do Fluminense” definitivamente com esse título? Já pensou no quão histórica será essa conquista para o clube?
Desde que cheguei sempre falei isso. Na minha apresentação, disse que não seria mais um e que tinha chegado para fazer história. O Fluminense fez muita força para me contratar e isso me marcou. Foi um clube que demonstrou mais interesse, mostrou vontade e não cheguei para defender as cores só por defender. Quero fazer ainda mais história nesse clube de tradição, camisa e com uma torcida gigante. Espero cumprir meus próximos dois anos de contrato e sempre com coisas boas.
Fala-se muito na arrancada do time que saiu de 99% de risco de rebaixamento para a situação atual, próximo de um título. Mas você diria que sua arrancada começou até antes, no episódio em que teve que superar uma tuberculose para continuar jogando? Como você recebeu a notícia da doença no ano passado?
No primeiro instante, fique bem chocado. Via a preocupação de pai, mãe, amigos, e pensava: “Sou muito novo ainda, tenho uma família, pessoas que dependem de mim, e não posso me entregar”"
Diguinho sobre tuberculose
No primeiro instante, fique bem chocado. Via as pessoas conversando baixo, sem querer falar sobre o assunto na minha frente, e vi que era sério mesmo, que podia até ter que parar de jogar. Via a preocupação de pai, mãe, amigos, e pensava comigo mesmo: “Sou muito novo ainda, tenho uma família, pessoas que dependem de mim, e não posso me entregar”. Segui a regra tudo que o médico falou, que se fizesse tais coisas voltaria ou, não se fizesse, teria que parar e poderia até morrer. Levei a sério, fiz tudo certinho e pude provar para mim e para quem duvidada que era capaz. Tive que ser uma cara regrado, eram oito remédios por dia. Foi bem complicado. Para caminhar até a frente de casa já sentia falta de ar. Foi f...! Mas pude voltar no topo, em jogos fundamentais no fim do ano passado, naquela arrancadinha. Teve o dedo de Papai do Céu. Voltei bem, salvamos o rebaixamento e ganhei o ano. Agora, tudo o que está acontecendo é fruto do que plantamos. Estamos conseguindo algo histórico. E só nós mesmos acreditamos desde o início. Esse é o momento da glória.
Outro episódio que não tem como não lembrar foi o da agressão de que você recebeu de um torcedor no ano passado. Sabemos que futebol envolve muito fanatismo, até que ponto você ficou com medo depois daquilo e de que forma superou a desconfiança para ser aplaudido por quem o agrediu?
Conheço o meu potencial, sei até onde posso chegar. Eu sabia que aquilo ali era resultado de uma cobrança imediata. Cheguei como reforço de peso após ir bem no Botafogo e não rendi o esperado no começo. É preciso um tempo para se adaptar. Tudo muda. Torcida, diretoria, ambiente... Faltou tempo. No dia da briga, estava voltando de doença e rolou muita pressão. Mas soube suportar e dar a volta por cima. Hoje torcedores me encontram na rua e falam que sempre acreditaram em mim, dizem que o cara me agredir foi um erro. Mas também já fui torcedor e sei como é a paixão. Não tenho mágoa nem o que falar. Atualmente, gritam meu nome, aceno... É um episódio passado, que procuro deixar de lado.
Gostaria que você falasse um pouco desse seu estilo. Se você visse o Diguinho caminhando pelo calçadão, de bermuda, cabelo grande e loiro, tatuado. O que diria?
ESPECIAL diguinho fluminenseVolante do Flu tem seis tatuagens pelo corpo: todas
com significado (André Durão / Globoesporte.com)
Diria que era um modelo, né? (gargalhadas). Sou um cara simples. As pessoas às vezes confundem. Quem me conhece sabe que sou puro. Até fico meio assim de falar, mas sou assim. Não gosto de puxar muita conversa, mas quando conheço a pessoa falo bastante. Sei ser amigo, um cara de coração aberto. Me vendo na rua até podem achar também que sou um surfista (risos). Sou mais humilde do que marrento.
Por falar em surfista, você já se arriscou no mar?
Já me arrisquei, mas não dá para mim, não. É melhor deixar para quem tem o talento. Meu lugar é mais dentro de campo mesmo. Até porque não temos tido tempo para isso. Quem sabe depois, nas folgas, tento de novo. Mas prefiro mesmo jogar um futevôlei, tomar um solzinho, olhar outras coisas boas que existem na praia... (risos).
E como você lida com a vaidade? Dá para perceber que você gosta de ser vestir bem, cuida do cabelo...
Sou um cara vaidoso, que se cuida. Cuido do cabelo, do corpo, uso perfumes, cremes, relógios, acessórios, anéis, brincos, correntes... Gosto de combinar camisa com bermuda, tênis maneiro, bonezinho para dar uma diferenciada. É uma maneira de se cuidar. Vamos envelhecendo e acabando. Tem que se manter.
É ligado em moda também?
Procuro fazer mais a minha moda. Tipo skatista, surfistinha... Estou sempre de bermuda, com um tênis baixinho, algo mais leve"
Diguinho
Procuro fazer mais a minha moda. Tipo skatista, surfistinha... Estou sempre de bermuda, com um tênis baixinho, algo mais leve. Não gosto de usar calça. Quando eu uso, é porque é forçado. Gosto de ficar à vontade.
Mas se for para colocar aquele terno no dia 6 de dezembro (no Prêmio Craque do Brasileirão) para buscar o troféu de campeão vale a pena...
Aí, sim. Se tiver que ir, com certeza. Coloco até dois (risos). Vai ser bom demais. Essa é a melhor ocasião. Aí, não ligo se estou de terno, sapato apertado... Para comemorar, tiramos de letra.
E estilo musical: qual o gosto do Diguinho?
Curto de tudo. Pagode, funk por estar no Rio e também sertanejo. É bom para ouvir em casa com os amigos. Gosto da cultura brasileira.
Há alguma música ou estilo que você ouça no vestiário, na concentração...
Depende muito do dia. Concentro muito com o Marquinho e quem acorda primeiro coloca o som. O outro respeita, escuta. Tem dia que é bom colocar algo mais leve para dar uma acalmada. Já nesta reta final, é bom algo mais agitado, tipo um rap, para entrar no clima do jogo mesmo. Em decisões, com muita torcida, é bom para dar energia, colocar no embalo.
Você falou do Marquinho e é nítido que vocês têm uma amizade muito forte, o que é marca desse grupo. Diria que essa boa relação que começou lá atrás, na arrancada, é o grande diferencial do elenco atual?
Do ano passado para cá, não tivemos diferenças, problemas. Desde quando estávamos na beira do poço para ser rebaixado e agora para ser campeão. Não há vaidade, não falamos um do outro, sobre um que comprou carro ou que ganha mais. Isso não existe. Independentemente de ter Fred, Deco, Belletti, que ganham acima e são consagrados, todos são tratados da mesma maneira. Não só pelos jogadores como pela rouparia, comissão técnica. Já trabalhei em outros lugares e há tratamentos diferentes, cada um tem seu jeito de ser, mas dentro do grupo, dentro do vestiário, não há deslealdade. Isso faz a diferença. A relação é muito boa. Até mesmo de folga, sinto falta deles. Ligamos um para o outro para sair para jantar, ir para praia, estar junto. No futebol, fazemos muitos colegas e poucas amizades. Com esse grupo conquistei muitos amigos. Marcou.
Você tem muitas tatuagens. Quantas são? Conte a história de cada uma delas?
Tenho seis tatuagens. Todas com explicação. A primeira foi um agradecimento (Deus é fiel). A segunda foi meio na moda, fiz um peixe por conta do meu signo. Fiz outras em homenagem ao meu pai e outra para minha mãe. Há também uma que é o símbolo da amizade que tenho com todas as pessoas que andam comigo. Mais uns 10, 15 usam, como pessoas que moravam comigo na época do Botafogo: o Thiago Marin, o Nélio e o Julio Cesar, goleiro. Marcamos essa nossa amizade. E uma outra que é em homenagem ao meu irmão, que fiz quando ele faleceu. Fiz uma lua, pois o apelido dele era Da Lua, e o capacete, pois aconteceu em um acidente de moto. Vem mais por aí, minha filha está para nascer.
Você falou do seu irmão e na época em que ele sofreu o acidente você ficou bastante abalado, deixou transparecer bastante esse sentimento. De que forma encara a perda dele hoje? É uma inspiração para tudo que você faz?
ESPECIAL diguinho fluminenseDiguinho se emociona ao falar do irmão, falecido após acidente (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
É difícil até de falar...(Diguinho para e chora bastante). A lembrança que vem é de uma pessoa que estava sempre comigo, incentivando. Era um ídolo, assim como é o nosso pai. É um cara do dia a dia, que estava sempre do meu lado. Tudo que um fazia, o outro estava junto. Sempre me apoiou nas dificuldades da minha trajetória, me ajudou. Cada vez que abaixo a cabeça para rezar, para agradecer, peço a proteção dele. As lembranças são sempre boas. Não tem como esquecer.
E sobre Seleção Brasileira? Quais seus planos? Desde os tempos do Botafogo cogita-se seu nome, mas nunca aconteceu. Acha que agora, com o time prestes a ser campeão e a renovação do Mano, chegou a hora?
Eu acredito nisso. Acredito porque venho em uma crescente boa e acredito na oportunidade. Meu nome é citado não de hoje, mas desde os tempos de Botafogo. Ano passado realizamos aquela campanha, agora brigamos pelo título, e é questão de trabalho. Tenho que confiar. Não depende só de mim, mas não posso desistir. Não penso que não dá. Nem cogito as coisas que não podem acontecer. Tenho que pensar positivo. Sei da renovação e vou continuar fazendo meu trabalho. O sonho é esse, desde a infância. Seria o auge da minha carreira.
Quais dificuldades você enfrentou no início da carreira? Como foi sua caminhada do Rio Grande do Sul até o Botafogo?
No Sul não têm muito a cultura de contratar, gostam de investir no garoto desde jovem. Por ser pequeno, fraquinho, eu batia nos clubes e voltava. Meu pai era gremista doente, me levava ao Olímpico e me mandavam para casa, diziam que eu ia me machucar. Foi algo que doeu muito em mim por causa do meu pai. Ele nunca me deixou desistir. Até que voltei para escolinha da minha cidade, passei pelo Inter e conheci meu empresário (Jorge Machado), que me levou para o Cruzeirinho de Porto Alegre. Lá joguei com o (Rafael) Sóbis, o Michel Bastos... Depois passei pela Ulbra, da minha cidade, no juniores, e fui para o Mogi. Foi de onde fui para o Botafogo. Hoje fico feliz por lembrar isso e ver que, antes de vir para o Flu, Grêmio e Inter me queriam. Meu pai até brinca com essa situação. É uma motivação a mais.
Isso tudo fez com que você compensasse a falta de estrutura física com a disposição e fôlego que tem em campo?
ESPECIAL diguinho fluminenseDiguinho é um dos jogadores mais extrovertidos do elenco do Flu (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Eu sabia que precisava ter um diferencial. Sou pequeno, não sou forte e pensei: vou ter que correr e ser habilidoso. Treinava bastante em casa e isso me ajudou. Sei que é difícil ter um cara que marca e joga na minha posição, e quem faz isso se destaca. Foi onde procurei me especializar.
Você falou sobre a cultura gaúcha, mas é muito identificado com o Rio. Diria que hoje é mais gaúcho ou carioca?
Um pouco de cada. Sou de lá, mas tenho muitos amigos aqui. Sou um “cariúcho” para te falar a verdade. Ainda vou bastante para minha cidade, pois gosto muito de lá, vou visitar meus amigos, mas já estou acostumado com o Rio, com o calor. E trouxe todo mundo do Sul para viver esse momento agora. São pessoas que estão comigo nas horas boas e ruins.
Por fim, sempre te acusaram muito de ser um jogador envolvido com a noite, de ser um cara que gosta de curtir, que bebe. Como você encara isso tudo? O que tem de verdade?
Às vezes, as pessoas falam demais"
Diguinho, camisa 8 do Flu
As críticas, eu encaro dentro de campo. Às vezes, as pessoas falam demais. A verdade é que saí do Mogi-Mirim ganhando R$ 1 mil, R$ 2 mil, e cheguei ao Rio ganhando bem mais. A pessoa acaba conversando com um e outro, e procura ter a cabeça no lugar. Sempre fiz muitas coisas, mas sempre bem pensado. Vou sair hoje? Vou. Mas amanhã vou estar no treino correndo. No jogo, não interessa se saí, se estou cansado, dane-se, vou correr, dar a vida. Ali é o meu ganha pão, a minha vida. Então, eu saio mesmo quando tem que sair, me divirto, sou novo, estou aproveitando a vida. Não sou ligado em bens materiais, isso a pessoa vai morrer e deixar tudo. Quando tem que aproveitar, aproveito mesmo, mas me garanto em campo. Não tenho histórico de machucar, faltar treino, pedir para sair por estar cansado... Nunca vou deixar que isso aconteça. Se quero sair, tenho que me garantir. Vão dizer que viram o Diguinho na rua, bebendo uma cerveja, mas podem ir no treino seguinte que vão me ver correndo e trabalhando como os que não saem. Não é algo indevido, não há mal nenhum. Todo mundo tem o direito de ir e vir. Preciso também dispersar a cabeça, porque a batida é grande de concentração, treinos. É tudo bem pensado. Dou a vida em campo.