domingo, 8 de setembro de 2013

Erick Silva visita lutador Gabriel Diniz e afirma: 'Me motivou muito'

Em recuperação de lesão na coluna, sofrida em campoenato de jiu-jítsu, jovem capixaba recebe uma grande injeção de ânimo neste domingo

Por Vitória, ES
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Erick Silva e Gabriel Diniz (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)Erick Silva e Gabriel Diniz
(Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Passando por um longo processo de recuperação de uma lesão na coluna, sofrida na segunda etapa do Capixaba de jiu-jítsu, o jovem lutador Gabriel Diniz recebeu uma grande injeção de ânimo na manhã deste domingo, em sua casa, no município de Guarapari. Diniz recebeu a visita do lutador do UFC, Erick Silva, que veio ao Espírito Santo para prestigiar o Haidar Capixaba Combat 13, que rolou na noite deste sábado, em Vila Velha.
Erick Silva, acompanhado do pai, José Nunes, se mostrou muito feliz com a evolução de Gabriel Diniz, que no início apresentava um quadro de tetrapelgia e agora já possui novamente sensibilidade nos braços e pernas. Além disso, Gabriel já recebeu alta hospitalar e faz fisioterapia para seguir recuperando os movimentos do corpo.
- É muito bom ver a força de vontade do Gabriel. Ele já fala em voltar a treinar e isso me motivou muito. O que aconteceu com ele foi uma fatalidade, mas tenho fé que logo ele estará bem novamente. Gabriel é um menino tranquilo, inteligente, muito alegre , e graças a Deus conta com o apoio de uma família maravilhosa.
Em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM/ES o menino Gabriel Diniz, de apenas 15 anos, se mostrou muito feliz com a visita inesperada e também atualizou o seu atual quadro de saúde, revelando que aguarda uma vaga num hospital de Brasília, para prosseguir evoluindo em sua recuperação.
- Foi muito bom. Erick é um grande atleta e pessoa, humilde e me motivou ainda mais a voltar aos tatames. Gostei muito da visita dele. Agora estou em processo de reabilitação. Durante a semana fico internado no Crefes (Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo), em Vila Velha e no final de semana estou ficando em Guarapari. Vamos ficar assim ate sair a vaga no Sarah Kubitschek.
Erick Silva faz uma visita ao jovem lutador de jiu-jítsu Gabriel Diniz (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)Erick Silva faz uma visita ao jovem lutador de jiu-jítsu Gabriel Diniz (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Aos 29 anos, Erick Silva tem um cartel de 15 vitórias e 3 derrotas, além de um no-contest (luta sem resultado). Em sua última luta, o capixaba venceu Jason High, no mês junho, em fortaleza, na final do TUF Brasil 2. O meio-médio Erick Silva encara o sul-coreano Dong Hyun Kim, no UFC Fight Night no Combate: Maia x Shields, no dia 9 de outubro, em Barueri, São Paulo.
Confira o card do evento
UFC Fight Night no Combate: Maia x Shields
9 de outubro, em Barueri (SP)
CARD DO EVENTO
Demian Maia x Jake Shields
Erick Silva x Dong Hyun Kim
Thiago Silva x Matt Hamill
Rony Jason x Jeremy Stephens
Rousimar Toquinho x Mike Pierce
Raphael Assunção x TJ Dillashaw
Fábio Maldonado x Joey Beltran
Hacran Dias x Rodrigo Damm
Iliarde Santos x Chris Cariaso
Alan Nuguette x Garett Whiteley
Yan Cabral x David Mitchell
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Golaço de voleio de Elias dá vitória ao Botafogo sobre o Criciúma no fim
Tigre sai na frente, mas equipe alvinegra, mesmo desfalcada, vira para 2 a 1, mantém distância curta para Cruzeiro e reassume vice-liderança
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Oswaldo
    O técnico alvinegro ousou mais uma vez com garotos no clube. Após o sucesso com Hyuri, lançou Octávio, autor do gol de empate, e Gegê, bem na partida.
  • deu errado
    S. Criciúma
    O técnico do Tigre errou feio ao sacar da partida o destaque de sua equipe. Mesmo cansado, o meia Morais levava perigo ao Botafogo, que cresceu no jogo.
  • redenção
    Edílson
    Ele quase foi vilão em lance de Morais. Mas depois salvou a bola e se transformou num dos destaques. Tanto que centrou na medida para o gol de Elias.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Desfalcado de vários jogadores importantes, entre eles Seedorf, Lodeiro e o goleiro Jefferson, o Botafogo tinha virado o primeiro tempo derrotado por 1 a 0 por um Tigre que, em casa, dera o bote e abrira o placar logo com três minutos de jogo. De início fora um baque para um time com vários garotos, entre eles Hyuri, sensação contra o Coritiba, e Octávio, lançado por um ousado Oswaldo de Oliveira. Pois bem. Pouco depois, o time retomou a partida e voltou para o segundo tempo reservando emoções e uma grande surpresa. Empurrado pelos jovens, chegou ao empate com ele, justamente Octávio. E nos acréscimos, aos 46, Elias marcou um golaço de voleio que deu a vitória por 2 a 1 e devolveu a vice-liderança no fim do primeiro turno do Brasileirão.
Sim, o Botafogo de sangue novo agora tem 36 pontos ganhos, quatro a menos que o líder, o Cruzeiro, que derrotou o Flamengo por 1 a 0, no Mineirão. Melhor que isso. Manteve a confiança na aposta do treinador de lançar mais garotos - Gegê também entrou bem na partida e se tornou nova opção. Em contrapartida, o Tigre, que vinha de três vitórias consecutivas, estacionou em 23, caiu para o 11º lugar, e continuou próximo dos clubes que logo abaixo brigam para fugir do Z-4, a zona de rebaixamento.
É bom lembrar também que jogadores experientes, como Marcelo Mattos, Renato e Rafael Marques, foram fundamentais para a reação alvinegra. O lateral-direito Edílson também se tornou peça importante - foi dele o centro para o golaço de Elias. Na 20ª rodada, primeira do returno, o Criciúma irá a Salvador encarar o Bahia, na próxima quarta-feira à noite, na Fonte Nova. O Botafogo receberá no mesmo dia o Corinthians, no Maracanã.
- Esse gol mostrou a força do Botafogo. Estávamos sem grande jogadores, como o Seedorf, e isso é para dizer que o Botafogo joga sem Seedorf ou com ele do mesmo jeito. O time do Botafogo é isso aí. Fico muito feliz, a cada jogo o time vem apresentando bonitos gols, espero fazer mais - disse o atacante Elias, herói da virada.
No lado do Criciúma, Leonardo lamentou o fato de o time ter adotado postura defensiva no fim da partida.
- A gente recuou. Eles acertaram um chute ali... São coisas do futebol, a bola pune. Infelizmente fomos punidos hoje.
Octavio gol Botafogo contra Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)Time vibra com empate, do garoto Octávio: era o começo da virada (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)
Tigre surpreende
O Criciúma é daqueles times que sabem - e gostam - de usar bem o mando de campo como fator de pressão. A torcida é animada e empurra o time, que procura entrar sempre ligado. Foi exatamente assim, com o grito dos torcedores, que o Tigre precisou de míseros três minutos para dar o seu recado para o Botafogo. Méritos para Morais. O camisa 10 cumpriu com louvor a missão de garçom e deu o passe na medida. Méritos para Lins, que se antecipou a Dória para bater cruzado, sem defesa para Milton Raphael: 1 a 0.
Não há time que não sinta um gol logo de cara. Ainda mais o Botafogo deste domingo, sem sete titulares, entre eles Seedorf, e cheio de garotos. O técnico Oswaldo de Oliveira até ousou ao escalar o jovem Octávio no meio-campo, deixando a equipe mais ofensiva. Mas o time acabou prejudicado com o gol que tomou no começo. Logo após a vantagem no placar, o Criciúma se fechou direitinho, com muita competência, dando poucos espaços. Aí, nem Hyuri, sensação na partida contra o Coritiba, conseguia criar.
O jeito era bater de fora da área. Foi o que Renato fez, aos 24. Galatto espalmou, e Elias emendou de cabeça, para nova defesa do goleiro do Tigre. E o lance acordou um pouco a partida, àquela altura sonolenta. No contra-ataque, Lins, pela direita, centrou na medida para Bruno Lopes, que se enrolou e não conseguiu bater. Poderia ter feito ali o segundo gol.
Estava clara, ali, a estratégia dos donos da casa. Jogar pelo lado direito de ataque, esquerdo do Botafogo. Julio Cesar perdia o duelo com Lins, e Dória não estava nos melhores dias para fazer a cobertura. O Botafogo tentava dar o troco, mas Octávio e Hyuri esbarravam na boa marcação do Tigre, que nem sentiu a saída do volante Serginho, contundido, para a entrada de Amaral, com corte moicano à lá Fábio Ferreira (ex-zagueiro alvinegro, hoje no Tigre, machucado). Na partida, voava Morais, camisa 10 da equipe catarinense, responsável por mais dois lances: um chute perigoso de fora da área e um belo lançamento desperdiçado pelo ataque na direita. Melhor para o Botafogo.
Morais e Bolívar jogo Criciúma e Botafogo (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)Destaque do Tigre, Morais tem dura disputa com Bolívar (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)
Reação alvinegra
O Botafogo sabia que no segundo tempo precisaria mudar. Cometeu o mesmo pecado inicial ao entrar menos ligado que o Criciúma. O enredo quase se repetiu quando, com cinco minutos, Morais se aproveitou de bobeada de Edílson, ao atrasar bola no fogo para Bolívar, e só não marcou porque o próprio Edílson se recuperou e salvou. Parecia o estímulo do qual a equipe precisava. Huyri, a sensação contra o Coritiba, acordou e fez jogada individual. Ao chegar na entrada da área, bateu com perigo, por cima da meta. Pouco depois, aos 8,  Rafael Marques, pela direita, lançou o outro menino Octávio, que bateu de primeira, pela esquerda. A bola parou no fundo das redes: 1 a 1.
A partida esquentou. Os dois times se lançaram ao ataque. Com a marcação mais adiantada, Marcello Mattos e Renato cresciam. E o Botafogo se agigantou com três lances perigosos, que obrigaram Galatto a três boas defesas: o primeiro de Edílson, em tiro violento após grande arrancada pela direita, mesma arma de Renato e Marcelo Mattos, pelo meio. O goleiro do Criciúma já era, naquele momento, o destaque da partida e responsável pelo empate.
Com Weldon no lugar de Bruno Lopes, o Criciúma tentou melhorar o poder ofensivo. O Tigre voltou a se lançar ao ataque, e Gilson só não marcou após bom passe de Morais porque adiantou demais a bola. Depois, novamente o camisa 10 participou bem, ao tocar para Lins bater de fora da área, obrigando Milton Raphael a boa defesa.
Os técnicos voltaram a mexer. Oswaldo de Oliveira trocou Julio Cesar por Alex, recuando Gegê para a lateral. Depois, se arrependeu e trocou o cansado Hyuri por Lima, devolvendo Gegê para o setor ofensivo. Fez certo. Já Sílvio Criciúma sacou Morais, o melhor do time, para pôr André Gava. O camisa 10 dava sinais de cansaço. Mas o técnico do Tigre errou. Bom para o Botafogo. Aos 46, após mais um centro na medida de Edílson, um dos destaques da partida, o voleio de Elias no ângulo deu a vitória que o time precisava. Calou a animada torcida no Majestoso, como é conhecido o Heriberto Hülse. E deixou mais empolgados os alvinegros para o returno. A briga pela ponta continua firme.
 
Vasco e Atlético-PR ficam no 0 a 0 em jogo equilibrado e cheio de chances
Times protagonizam duelo franco em São Januário, mas têm ataques sem inspiração. Furacão cai duas posições no G-4, e Cruz-Maltino estaciona
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O jogo em São Januário foi daqueles que merecia gols. Mesmo longe de apresentar um primor técnico, Vasco e Atlético-PR criaram muito, protagonizaram um duelo franco e equilibrado, mas não saíram do 0 a 0 na noite deste domingo. A escrita de o Furacão jamais ter vencido o rival no Rio de Janeiro se manteve com o placar em branco, mas ambos não subiram na tabela do Campeonato Brasileiro e saíram com gostinho de frustração.
Enquanto o Furacão perdeu duas posições (para Botafogo e Grêmio) e fechou o turno em quarto, com 34 pontos, o clube cruz-maltino manteve o décimo lugar, com 24. A sequência invencível do Rubro-Negro, porém, cresceu para 12 confrontos. Desde 14 de julho, contra o Coritiba, o time comandado por Vagner Mancini não sabe o que perder na competição.
A nota triste do duelo foi o corte profundo na testa que fez Luiz Alberto sair do estádio de ambulância. A preocupação foi grande, mas o zagueiro passa bem. Depois de ter vencido o Náutico por 3 a 0, na quinta-feira, a torcida reacendeu sua esperança e compareceu em número razoável à Colina: 8.687 pagantes (11.832 presentes), para renda de R$ 206.695,00. Só que os números do Vasco como mandante continuam ruins: são três triunfos em dez partidas.
Em análise profunda, no gramado, Juninho não reprovou o desempenho, mas levantou a discussão sobre a maratona que se transforma o calendário do futebol nacional neste época. Segundo ele, tem sido muito prejudicial para a qualidade dos jogos.
- Não acho que o Vasco ficou devendo. Jogou um bom primeiro tempo e não conseguiu manter o nível no segundo. Com uma semana de viagens, chegando a noite de sexta de volta para jogar no domingo... O futebol brasileiro é esse. Enquanto não se conscientizarem de que o preparo é importante, vamos ver duas equipes se arrastando em campo. É difícil independentemente da idade - criticou o meia.
Já o volante Bruno Silva se mostrou contente com o ponto conquistado, apesar da queda.
- Valeu pelo empate, pois foi um jogo difícil é uma equipe complicada jogando em casa. Um resultado de empate aqui está de bom tamanho.
Agora, o adversário é a Portuguesa, quarta-feira, às 21h50m, no Canindé. Para o Atlético-PR, o compromisso é contra o Fluminense, às 19h30m do mesmo dia, em Curitiba.
André jogo Vasco contra Atlético-PR (Foto: Nina Lima / Agência O Globo)Principal arma do jogo, a bola cruzada na área não funcionou (Foto: Nina Lima / Agência O Globo)

Chances perdidas dão o tom
Não deu para reclamar da falta de chances no primeiro tempo. A partida foi bastante animada desde os minutos iniciais, com equilíbrio em vários quesitos. O Furacão abriu os trabalhos, duas vezes com Marcelo - em uma delas o atacante cabeceou para fora após rebatida errada de Baiano. Aos cinco, Juninho furou na entrada da pequena área e desperdiçou. A bola aérea foi a principal arma das equipes, com os ataques levando vantagem sobre as defesas.
Mas nada de a rede balançar. André, Marlone, Everton... todos chegaram perto e falharam ou deram azar na conclusão. Foram oito tentativas cruz-maltinas contra cinco dos paranaenses. Em meio à correria, um momento de preocupação: Luiz Alberto teve um corte profundo na testa, chegou a ficar desacordado e foi levado para um hospital. Ele passa bem. Na reta final, o Vasco passou a dominar. Faltava calma, porém. E também controlar a aparente ansiedade.
Mudanças, cansaço e falta de gols
O técnico Dorival Júnior voltou do intervalo com Dakson no lugar de Pedro Ken, que, apagado mais uma vez, destoava do bom nível do mandante frente ao vice-líder da competição. De cara, a mudança indicou efeito prático, com um claro domínio. A retaguarda rubro-negra, no entanto, se tornou instransponível, fosse pelo alto ou nas eventuais penetrações. Era nítida a dificuldade dos cariocas de se entrosarem na chegada pelo meio.
Juninho Pernambucano jogo Vasco e Atlético-PR (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)Juninho tenta levar o Vasco, marcado por Bruno Silva (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)
Aos poucos, o Vasco cansou um pouco e passou a errar mais passes. Deixou assim o Atlético-PR crescer novamente. Só Marlone, com chutes perigosos, é que ofereceu uma sobrevida. Mancini observou a queda e colocou mais um atacante: Dellatorre, na vaga do veterano Paulo Baier. Do outro lado. Montoya assumia a vaga de Willie, que já não levava vantagem na velocidade, e Tenorio, a de André, bem longe de viver uma noite inspirada.
Depois de longos minutos de monotonia e conformismo com o resultado, Marcelo, em bola isolada, jogou fora a melhor oportunidade do duelo. Cara a cara com Diogo Silva, tocou para fora ao aproveitar lançamento de seu campo e cochilo de Cris e Jomar. Nos acréscimos, o Cruz-Maltino forçou uma pressão, mas, desordenado, sequer conseguiu bater a gol.
 

Gilmar Samurai aplica um 'ezequiel' e vence Gabriel Chorão no HCC 13

Lutador experiente de 43 anos levou a melhor sobre o jovem de 20, no evento de MMA realizado neste sábado, no Ginásio Tartarugão, em Vila Velha

Por Vila Velha, ES
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Gilmar Samurai aplica um 'ezequiel' e vence Gabriel Chorão no HCC 13 (Foto: Reprodução/Globoesporte.com)Gilmar Samurai aplica um ezequiel no segundo
round (Foto: Reprodução/Globoesporte.com)
A experiência prevaleceu sobre a juventude na luta principal do Haidar Capixaba Combat 13, na noite deste sábado, no Ginásio Tartarugão, em Vila Velha, no Espírito Santo. No décimo e último confronto do show de lutas, Gilmar de Andrade, o 'Samurai', finalizou Gabriel 'Chorão' Silva com um ezequiel, no segundo round do combate.
Gilmar de Andrade começou o combate dominando o centro do octógono e deu um chute rodado, que acertou a guarda de Chorão. Na sequência, Samurai imprimiu uma sequência de socos e chutes, fazendo Chorão encostar na grade.
Mais experiente, Samurai conseguiu levar a luta para baixo, com uma montada. Em posição de vantagem, começou a martelar, socando de cima para baixo, enquanto Gabriel só se defendia. Ainda no primeiro round, Samurai tentou por algumas vezes a finalização, mas bravamente o jovem aguentou até soar o gongo.
O segundo round começou da mesma forma que terminou o primeiro, com Samurai tomando a iniciativa. Logo, o lutador levou novamente Gabriel para o chão, mas ao contrário do primeiro round, o mais experiente parecia sentir o cansaço e não é era mais tão efetivo.
Porém, a dez segundo do fim, Gilmar de Andrade aplicou um 'ezequiel' e não deu chances para Chorão resistir, que acabou dando os três tapinhas e desistindo do combate.
Confira o card oficial do Haidar Capixaba Combat 13

HCC 13
7 de setembro de 2013, Ginásio do Tartarugão, em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha (ES)
CARD PRINCIPAL
Gilmar de Andrade 'Samurai' vence Gabriel 'Chorão' Silva - luta principal - categoria peso-médio
Gustavo 'Guru' vence Diego Balloutta - categoria meio-pesado
Jonas Coelho vence Bruno Diniz - desafio ES x RJ - categoria peso-pena
Wilians 'Lama' Santos vence Miguelzinho 'Hezbo Alah' dos Anjos - categoria peso-médio
Gabriel 'Macaco' Siqueira vence Julio 'Batman' - desafio ES x RJ - categoria peso-leve
Elvis Silva vence Diego Pralon - semifinal do GP da categoria peso-pena
Karol Rosa vence Mylena 'Madu' Duarte - categoria peso-galo
Thiago 'Fino' Gomes vence Léo Candeia - desafio ES x RJ - categoria peso-galo
Efraim Coimbra vence Paulo 'Zé Doido' Machado - categoria peso-leve
Matheus Barbosa vence Gabryel Bonna - categoria meio-médio
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Bellator: Giva Santana perde em Grand Prix e anuncia aposentadoria do MMA

Patricky Pitbull também é derrotado. Alexander Shlemenko mantém cinturão
ao derrotar Brett Cooper em decisão apertada dos jurados

Por Uncasville, Estados Unidos
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Giva Santana anunciou a aposentadoria do MMA neste sábado, aos 41 anos, depois de perder nas quartas de final do Grand Prix peso-médio do Bellator. Apelidado de "Colecionador de Braços" por conta de sua habilidade de finalizar seus adversários com chave de braço - foram 13 em 21 lutas -, Giva era um dos mais respeitados representantes do jiu-jítsu na arte suave. Ele finalizou 16 adversários nas 18 vitórias que conquistou. Na carreira, foram apenas três derrotas.
Giva teve mais uma vez a chance de usar o seu jiu-jítsu no Bellator 98, que foi realizado em Uncasville, nos Estados Unidos. No primeiro round, ele dominou Jason Butcher no solo, ficou bem perto de finalizar com um katagatame, mas o americano, também especialista em grappling, defendeu bem. No segundo período, Butcher buscou a trocação e conseguiu o nocaute técnico, mantendo sua invencibilidade, agora com sete triunfos em sete combates, e se classificando para as semifinais do GP dos médios. Os outros três que garantiram vaga foram Perry Filkins, Brennan Ward e Mikkel Parlo.
Giva Santana Bellator MMA (Foto: Reprodução / Twitter / Bellator)Giva Santana anuncia aposentadoria após derrota no Bellator 98 (Foto: Reprodução / Twitter / Bellator)
Outro brasileiro que se apresentou nesta noite foi Patricky Pitbull. Pelo peso-leve, ele enfrentou outro invicto, Derek Anderson, e também só conseguiu ir bem no primeiro round. Mas diferentemente de Giva, ele levou a luta até o fim e perdeu por pontos.
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A atração principal do Bellator 98 ficou por conta da disputa do cinturão do peso-médio. Alexander Shlemenko fez uma luta equilibrada com Brett Cooper e venceu por decisão unânime. O placar dos jurados mostrou como ele ficou bem perto de perder o cinturão: triplo 48 a 47.
Confira os resultados completos:
Alexander Shlemenko venceu Brett Cooper por decisão unânime (48 a 47, 48 a 47 e 48 a 47)
Mikkel Parlo venceu Brian Rogers por decisão unânime (30 a 27, 30 a 26 e 30 a 26)
Jason Butcher venceu Giva Santana por nocaute técnico a 1m12s do round 2
Brennan Ward venceu Justin Torrey por nocaute técnico aos 3m28s do round 2
Perry Filkins venceu Jeremy Kimball por finalização (mata-leão) aos 4m18s do round 3
Derek Anderson venceu Patricky Pitbull por decisão unânime (29 a 28, 29 a 28 e 29 a 28)
Jeff Nader x Mike Mucitelli: "no contest" após dedada no olho involuntária de Mucitelli
Josh Diekman venceu Parker Porter por nocaute técnico a 1m12s do round 1
R. Quinn venceu B. Van Artsdalen por finalização (chave de braço no triângulo) a 2m34s do round 1
Matt Bessette venceu Nick Piedmont por nocaute a 1m41s do round 1
Rico Disciullo venceu Glenn Allair por nocaute a 1m21s do round 1

UFC anuncia Brian Ebersole e Rick Story no card de evento de 20 anos

Na madrugada deste domingo, organização divulga nomes dos meio-médios para compor UFC 167, que terá GSP e Johny Hendricks como luta da noite

Por Rio de Janeiro
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Mais uma luta do card do UFC 167, que comemora os 20 anos da organização, e terá Georges St-Pierre colocando o cinturão em jogo contra Johny Hendricks como evento principal da noite, foi confirmada neste domingo. Trata-se dos pesos-meio-médios Brian Ebersole e Rick Story. O anúncio foi feito no Twitter oficial do Ultimate.
Apesar de ter mais de 60 lutas na carreira, Brian Ebersole fez sua estreia no UFC apenas em 2011, quando venceu Chris Lytle, no UFC 127. Ele já entrou no octógono em cinco oportunidades, sendo quatro vitórias e uma derrota, justamente em seu último compromisso diante de James Head, no UFC 149, em julho de 2012. Aos 32 anos, Ebersole tem um cartel de 50 vitórias, 15 derrotas, 1 empate e 1 No Contest (luta sem resultado).
Montagem - UFC  Rick Story e Brian Ebersole (Foto: Agência Getty Images)Os pesos-médios Rick Story e Brian Ebersole se enfrentam no UFC 167 (Foto: Agência Getty Images)
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Já Rick Story, de 29 anos, apesar de ter menos experiência, é atleta do UFC desde 2009, quando estreou perdendo para John Hathaway, por decisão unânime. Após a estreia decepcionante, o meio-médio engatou uma sequência de seis vitórias, sendo parado dois anos depois, diante de Charlie Brenneman, em junho de 2011. Sua última luta no Ultimate foi em maio deste ano, na derrota para Mike Pyle, por decisão dividida, no UFC 160. Ao todo, o atleta possui um cartel de 15 vitórias e sete derrotas.

Rebney crê que Askren continuará dominando suas lutas mesmo no UFC

CEO do Bellator explica que ainda aguarda a oferta da organização rival
para saber se vai tentar renovar o contrato do campeão dos meio-médios

Por Rio de Janeiro
Comente agora
O futuro de Ben Askren segue indefinido, mas seja lá onde ele for lutar, o CEO do Bellator, Bjorn Rebney, acredita que ele continuará dominando suas lutas. Mesmo se for no UFC, a principal organização de MMA do mundo. Duas vezes campeão nacional na luta-livre e representante dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, Askren usa o seu wrestling para derrubar os adversários e, uma vez no solo, estabiliza bem a posição de domínio para trabalhar os golpes no ground and pound ou tentar finalizações. A tática vem dando certo: são 12 lutas e 12 vitórias.
- Eu não sei se Ben estará com a gente, eu não sei se Ben estará com o UFC. Mas onde quer que ele vá, ele continuará a ser dominante e permanecerá incrivelmente eficaz na única coisa que ele faz melhor do que ninguém. Ele é ridiculamente unidimensional. Mas o problema dessa forma de lutar é que ele é melhor nisso do que qualquer pessoa na face da terra - disse Rebney ao canal "AXS TV".
Bjorn Rebney, Ben Askren e King Mo Lawal (Foto: Reprodução / Facebook)Bjorn Rebney, Ben Askren e King Mo Lawal em um dos eventos do Bellator (Foto: Reprodução/ Facebook)
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Sobre a situação contratual, Bjorn Rebney explicou que está aguardando pela proposta do Ultimate para tomar uma decisão. O contrato com Askren terminou, mas o mesmo acordo prevê que o Bellator pode igualar qualquer oferta de organizações rivais.
- O que eu disse foi que eu não ficaria em seu caminho em relação a uma oferta - que eu não iria fazê-lo gastar 90 ou 100 dias negociando conosco. Ben disse que queria sair e ver o que o UFC iria oferecer. Eu disse: "Quer saber? Vamos encurtar esse caminho. Você sai e veja o que eles vão oferecer, e nós vamos tomar uma decisão a partir daí". Então, agora, nós estamos apenas à espera de Ben nos mostrar a oferta do UFC e vamos tomar uma decisão a partir daí - explicou.

Com três lesões no joelho esquerdo, Conor McGregor passa por cirurgia

Irlandês, que já virou sensação após duas vitórias em duas lutas no peso-pena do Ultimate, deve ficar cerca de dez meses sem entrar no octógono

Por Rio de Janeiro
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Sensação do peso-pena do Ultimate com boas vitórias em suas duas primeiras lutas no Ultimate, Conor McGregor foi submetido a uma cirurgia neste sábado, confirmando a previsão inicial de que terá de ficar afastado do MMA por cerca de dez meses. O procedimento foi realizado para corrigir três lesões: no ligamento cruzado anterior, no ligamento colateral medial e no menisco. Ele se machucou no duelo contra Max Holloway no UFC: Shogun x Sonnen, no dia 17 de agosto, em Boston (EUA).
- Cirurgia realizada. Reabilitação começa agora. Estou me sentindo bem - escreveu o irlandês em sua conta no Twitter.
Conor McGregor Max Holloway ufc fight night (Foto: Agência Getty Images)Conor McGregor (por cima) na luta contra Max Holloway (Foto: Agência Getty Images)
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Conor McGregor tem um cartel com 14 vitórias e apenas duas derrotas e vem de uma sequência de dez triunfos. Antes de superar Max Holloway por pontos, o irlandês já havia enfrentado Marcus Brimage no Ultimate. Na ocasião, ele bateu o americano por nocaute em apenas 1m07s.

Evento da final do TUF 18 tem primeiro combate divulgado: Diaz x Maynard

Ambos recentemente tiveram a chance de disputar o cinturão dos leves e
não tiveram êxito. Duelo será no dia 30 de novembro, em Las Vegas (EUA)

Por Rio de Janeiro
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No dia 30 de novembro, em Las Vegas (EUA), o Ultimate promoverá o evento da final do TUF 18. O card, obviamente, será repleto de lutadores do reality show, mas também contará com estrelas consagradas da organização. A primeira luta foi anunciada neste domingo. Pelo peso-leve, Nate Diaz e Gray Maynard se enfrentarão.
monatagem Nate Diaz e Gray Maynard (Foto: Editoria de Arte)Gray Maynard x Nate Diaz: duelo de ex-desafiantes do peso-leve (Foto: Editoria de Arte)
Essa será a terceira luta entre eles. A primeira delas, entretanto, não conta no cartel dos atletas porque foi disputada durante o TUF 5, em 2007, e é considerada uma exibição. Na ocasião, Diaz finalizou com uma guilhotina. Na segunda, já com ambos contratados pelo Ultimate, Maynard deu o troco e venceu por decisão dividida dos jurados.
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De 2011 para cá, Nate Diaz (16-9) e Gray Maynard (11-2-1, 1NC) tiveram, juntos, três oportunidades de conquistar o cinturão do peso-leve e falharam em todas elas. Maynard disputou o título duas vezes contra Frankie Edgar. Empatou a primeira, recebeu mais uma chance e perdeu na segunda. Já Diaz encarou Ben Henderson e foi derrotado por pontos.

Bellator anuncia Mark Godbeer como adversário de estreia de Cheick Kongo

Organização não confirmou se primeira luta do francês será no Bellator 101, em setembro, no início da nona temporada do torneio da categoria até 120kg

Por Rio de Janeiro
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Após sair do UFC e assinar com o Bellator, o peso-pesado Cheick Kongo tem sua primeira luta confirmada. No último sábado, a organização anunciou que o francês fará sua estreia lutando contra Mark Godbeer, no Bellator 101. A expectativa é que o confronto faça parte da temporada nove do torneio da categoria até 120kg, que começa em 27 de setembro, em Portland, EUA.
MMA Cheick Kongo (Foto: Getty Images)Cheick Kongo vai ter Mark Godbeer como primeiro adversário no Bellator (Foto: Getty Images)
Aos 38 anos, Cheick Kongo possui um cartel de 18 vitórias, oito derrotas e dois empates. O veterano lutador, que fez 18 lutas no UFC, com 11 vitórias, seis derrotas e 1 empate, é mais um nome do Ultimate a assinar com o Bellator. Após não ter seu contrato renovado com a organização depois de sua derrota para Roy Nelson, dia 27 de abril deste ano, no UFC 159, o francês seguiu o mesmo caminho que Quinton "Rampage" Jackson e Tito Ortiz.
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Já Mark Godbeer, de 29 anos, é britânico e possui apenas nove lutas de MMA na carreira, sendo oito vitórias e uma derrota. Entre os triunfos, seis foram por nocaute ou nocaute técnico e duas finalizações por guilhotina. O último confronto do peso-pesado foi na vitória sobre Catalin Zmarandescu, em março de 2012.

Rivalidade na F-1: atores e Fittipaldi falam do filme sobre Lauda x Hunt

'Rush, no limite da emoção' retrata a história de um dos maiores duelos da F-1, que resultou em um acidente grave em 1976. Filme estreia na sexta

Por Rio de Janeiro
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A rivalidade entre um playboy inglês e um austríaco perfeccionista virou filme com diversos elementos intrigantes, que vão muito além do esporte. Baseado em fatos reais, "Rush, no limite da emoção" entra em cartaz nos cinemas brasileiros na próxima sexta-feira, e mostra até onde podem chegar dois pilotos de Fórmula-1 quando colocam nas pistas a razão de viver, a paixão, a competição e a ousadia, sem nenhum medo. Em 1976, o mundo glamouroso do automobilismo foi marcado pela rivalidade entre Niki Lauda (Ferrari) e James Hunt (McLaren). O Esporte Espetacular entrevistou os atores do filme, o diretor, o piloto brasileiro Emerson Fittipaldi, contemporâneo dos pilotos, e o próprio Niki Lauda. (Assista acima à reportagem do Esporte Espetacular)

Lauda buscava o bicampeonato e Hunt, seu primeiro título. No entanto, a história começou bem antes da temporada de 1976. Aos 64 anos, trabalhando na equipe da Mercedes, Niki Lauda precisou contar para o roteirista do filme todos os detalhes dos primeiros desentendimentos com James Hunt, ainda no final da  década de 60.

Na décima corrida da temporada, no GP de Nurburgring, na Alemanha, após ser pressionado por James Hunt e outros pilotos a concordar em correr, mesmo sem condições climáticas favoráveis, o piloto da Ferrari sofreu um acidente grave e ficou quase um minuto preso dentro do carro em chamas. Lauda sofreu queimaduras gravíssimas em todo o lado direito do corpo, os fiscais de pista ficaram apavorados com tanto fogo, seis pilotos pararam os carros para tentar salvar a vida de Niki Lauda. Entre esses carros, estava a Copersucar do bicampeão brasileiro Emerson Fittipaldi. Hoje, Fittipaldi, fala do antagonismo evidente entre as duas personalidades da época e relembra aquele momento difícil.
- A imagem que ficou o Niki assim semiacordado, desesperado coitado, e aquela frustração, apesar de você ter ajudado e não poder fazer mais nada. Ele estava nas mãos de Deus -  conta o piloto.
Cartaz do filme que conta a história de Niki Lauda e James Junt em 1976 (Foto: Divulgação)Cartaz do filme que conta a história de Niki Lauda e James
Junt em 1976 (Foto: Divulgação)
Duas imagens de arquivo dizem mais do que muitas descrições. No pódio, Niki Lauda preferia ficar escondido atrás de óculos escuros e devolver as flores que ganhava de presente. Já James Hunt acendia um cigarro e abria uma cerveja.
- O Niki é aquele austríaco alemão, totalmente. Todo planejado, o outro sem planejar nada (risos) - relembra Emerson.
A missão de recriar o circo da Fórmula 1 dos anos 70 caiu nas mãos de um vencedor do Oscar.  O diretor Ron Howard recebeu a estatueta máxima com o filme "Uma Mente Brilhante", de 2001 e, em entrevista ao Esporte Espetacular, ele falou de "Rush".
- Essa rivalidade tem muito drama envolvido. Eu sentia que o mundo da Fórmula 1 era algo novo, empolgante. As corridas em si eram um pouco assustadoras na hora de se filmar - relatou.
As filmagens aconteceram na Inglaterra, na Alemanha e na Áustria. Para fazer a reconstituição das corridas, a produção teve o apoio de uma equipe da Fórmula 1 especializada em peças antigas. Há muitos efeitos especiais, mas a Ferrari 312T2, de Niki Lauda, e a McLaren M23, de James Hunt, são de verdade.
- As pessoas sempre acham alguém para se comparar. Algumas vezes eles são amigos. Outras são inimigos. E outras vezes são as duas coisas. A gente passou dois dias lá filmando a sequência posterior à batida, uma parte do acidente. E no fim das contas, foram dias bem silenciosos, tensos. Porque você está fazendo um filme para o público, tentando entreter as pessoas, mas ali você está recriando algo que faz parte da vida de uma pessoa, uma parte trágica da vida de alguém, uma parte dramática – explica o diretor do filme.
Niki Lauda, ex-piloto da F1 (Foto: Getty Images)Niki Lauda é um apaixonado pela F-1,
atualmente trabalha na Mercedez (Getty Images)
Atualmente, Niki Lauda está muito bem de saúde. Aos 64 anos, o tricampeão mundial é um dos homens-fortes da equipe Mercedes. Niki acumula muitos sucessos na vida profissional, é dono de uma companhia aérea, comentarista esportivo na TV alemã e treinador de atores. Ele fez questão de ajudar o ator Daniel Bruhl, o Niki das telonas, e disse a razão.
- Com ele eu me encontrei umas oito, dez vezes. No primeiro encontro ele disse: “Sabe, para mim isso é muito difícil”. E eu perguntei o motivo. Ele respondeu: “Porque você está vivo e é conhecido, as pessoas sabem como você fala, as pessoas veem você na televisão o tempo todo, então eu não vou interpretar alguém morto, vou interpretar alguém que está aqui” - contou Lauda sobre a conversa com Daniel, que precisou de muita maquiagem para ter o efeito de Lauda antes e depois do acidente.
Coube ao ator Chris Hemsworth interpretar, sem tanta maquiagem, James Hunt, um dos maiores galãs do automobilismo.

Temporada de 1976
Foram dias bem silenciosos, tensos, porque você está fazendo um filme para o público, tentando entreter as pessoas, mas ali você está recriando algo que faz parte da vida de uma pessoa, uma parte trágica da vida de alguém, uma parte dramática"
Ron Howard, diretor do filme
Niki Lauda dominou a primeira parte do Campeonato de 1976, venceu a corrida de abertura da temporada, em Interlagos, São Paulo, presente no filme, e venceu a segunda, na África do Sul. Foram cinco vitórias nas primeiras dez etapas do Mundial, até chegar a etapa da Alemanha e o fatídico acidente. Na época, Hunt era o único adversário que poderia acompanhar o ritmo do campeão mundial, e não deixou a oportunidade passar. O piloto da McLaren venceu duas corridas nessa primeira parte do campeonato: Espanha e França.
Com Niki Lauda no hospital, o campeonato parecia ter caído no colo de James Hunt. Mas o austríaco surpreendeu o mundo do esporte e voltou a pilotar 42 dias após o acidente na Alemanha. Ele perdeu apenas duas corridas até assumir a Ferrari número 1 no circuito de Monza, na Itália. James Hunt não completou aquela prova e Niki Lauda chegou em quarto lugar. A rivalidade estava de volta. Fittipaldi conta como era competir na época entre os dois.
- Era uma rivalidade espetacular porque eram dois personagens totalmente diferentes. Nunca ninguém achou que o James pudesse ganhar do Niki pela personalidade dele, né, brincalhão, divertido, meio playboy, dormia na hora errada e no dia seguinte tinha que acelerar, e o Niki todo certinho -  relembrou.

Mas no fim, a irresponsabilidade do inglês pesou. Um temporal atingiu a pista de Fuji no dia da corrida. Os pilotos praticamente não enxergavam os outros carros, Niki Lauda preferiu não correr mais riscos e abandonou a prova na segunda volta. James Hunt permaneceu na pista. Com a ultrapassagem sobre Alan Jones, da equipe Surtees, ele garantiu o terceiro lugar e o título de 1976 com apenas um ponto de vantagem sobre Niki Lauda. Esse filme vale assistir, não?
Cineasta Ron Howard tieta tricampeão Niki Lauda durante GP de Mônaco (Foto: Getty Images)Cineasta Ron Howard tieta tricampeão Niki Lauda durante GP de Mônaco (Foto: Getty Images)

Inalcançável, Vettel vence facilmente em Monza. Massa chega em quarto

Alemão da RBR sobra na casa da Ferrari e abre ainda mais vantagem
na liderança da temporada 2013. Alonso e Webber completam o pódio

Por Monza, Itália
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Inalcançável. Assim foi o líder do campeonato, Sebastian Vettel, durante todo o fim de semana do GP da Itália. Largando da pole position, o alemão da RBR não deu a mínima chance para os rivais e venceu com a mais absoluta tranquilidade em Monza, palco de seu primeiro triunfo na Fórmula 1, em 2008, pela STR. Uma vitória com autoridade na casa da Ferrari, para desespero dos “tifosi” – como são conhecidos os torcedores do time italiano –, que vaiaram o piloto na cerimônia do pódio. Desesperado também deve estar Fernando Alonso, que vê o tetra do rival cada vez mais encaminhado. O espanhol bem que tentou brindar a torcida com o troféu de primeiro lugar. Largou em quinto, ganhou posições e cruzou em segundo, mas passou longe do prodígio da RBR, que ainda pôde tirar o pé nas voltas finais. Com problemas no câmbio, Mark Webber conseguiu levar sua RBR até o fim, fechando o pódio. Assim que cruzou a linha de chegada, parou o carro (confira os melhores momentos no vídeo acima).
Prestes a ter o futuro definido no time de Maranello, Felipe Massa fez uma boa exibição no GP caseiro da Ferrari. Fez uma largada brilhante, pulando da quarta para a segunda posição. Fez também o “dever de casa”, deixando o caminho livre para o companheiro Alonso, que ainda sonha com o título. Porém, os mecânicos de sua equipe não foram tão velozes quanto os da RBR na parada nos boxes, e Massa voltou atrás de Webber, perdendo o lugar no pódio.
Sebastian vettel RBR gp da Itália  (Foto: Agência AP)Sebastian Vettel recebe a bandeirada da vitória no GP da Itália (Foto: Agência AP)
De olho na vaga de Massa, Nico Hulkenberg foi um dos destaques da prova. Após conseguir a façanha de largar em terceiro com a limitada Sauber, conseguiu se manter no pelotão da frente, fechando em quinto. Outro que mandou bem foi Daniel Ricciardo, da STR. Em seu primeiro GP após assinar com a RBR para 2014, o jovem australiano chegou em sétimo, atrás de Nico Rosberg (Mercedes). Completaram a zona de pontuação: Romain Grosjean (Lotus), Lewis Hamilton (Mercedes) e Jenson Button (McLaren). Na semana que completa 50 anos, a McLaren teve mais um desempenho abaixo da crítica: Button somou um solitário ponto, enquanto Sergio Pérez foi o 12º. Após bater o recorde de corridas seguidas no top 10, Kimi Raikkonen amargou seu segundo GP fora dos pontos. Também cotado na Ferrari, o “Homem de Gelo” teve a corrida prejudicada logo na largada, ao tocar na McLaren de Sergio Pérez, e terminou apenas em 11º.
Fernando alonso felipe massa ferrari gp da Itália  (Foto: Agência AP)Felipe Massa perdeu a posição para Mark Webber no pit stop (Foto: Agência AP)
Vettel dispara no campeonato e iguala Alonso em número de vitórias
Difícil de alcançar na pista e também na tabela. Com o sexto triunfo na temporada, Vettel subiu para 222 pontos e segue firme para se tornar o tetracampeão mais jovem da história. Com 12 de 18 provas disputadas, sua vantagem para o vice-líder Alonso subiu de 46 para 53 pontos. E Vettel é realmente a pedra no sapato do espanhol. Chegou à 32ª vitória na carreira, igualando o piloto da Ferrari como quarto maior vencedor da categoria. O alemão, porém, tem apenas 113 GPs disputados, contra 209 do espanhol. À frente deles estão apenas Michael Schumacher (91), Alain Prost (51) e Ayrton Senna (41).
Próxima etapa: GP de Cingapura, dia 22 de setembro
O GP da Itália fechou a chamada “temporada europeia” da Fórmula 1. Os pilotos partem para a Ásia, onde disputarão mais cinco etapas no continente vizinho, a primeira delas em Cingapura, no dia 22 de setembro. Após a fase asiática, a temporada se fecha com mais duas provas, uma nos EUA e outra no Brasil.
pódio gp da itlália Vettel fernando alonso e Mark Webber  (Foto: Agência Reuters)Sebastian Vettel foi vaiado pelos torcedores da Ferrari na cerimônia do pódio (Foto: Agência Reuters)
Header_corrida (Foto: arte esporte)
Largada empolgante em Monza
A previsão de chuva não se confirmou. Mesmo assim, a largada foi movimentada. Vettel manteve a ponta, mas precisou dar uma travada forte de pneu na primeira chicane, seu único susto em toda a prova. Massa e Alonso, partindo em quarto e quinto, respectivamente, “engoliram” Hulkenberg, que largara em terceiro. O brasileiro ainda deu o bote sobre Webber e tomou a segunda posição (veja no vídeo). Já o espanhol ficou espremido entre Hulk e o australiano e teve que se contentar com o quarto lugar. Raikkonen, que começou em sétimo, viu Pérez se jogar na sua frente, não conseguiu segurar e tocou na McLaren, quebrando o bico de sua Lotus. Ainda na primeira volta, Paul di Resta acertou a outra Lotus, de Romain Grosjean, arrebentando a suspensão da Force India e se tornando o primeiro a abandonar a prova. Assista ao acidente no vídeo com a nova "câmera térmica".
Sebastian vettel RBR gp da Itália  (Foto: Agência AFP)Sebastian Vettel trava pneus na largada. Único susto do alemão na prova (Foto: Agência AFP)
Massa abre caminho para Alonso
Alonso seguiu na cola de Webber e conseguiu superar o australiano na terceira volta, com direito a uma bela manobra na segunda chicane do circuito, para assumir o terceiro lugar. Cinco voltas depois, seu companheiro, Massa, abriu caminho e não ofereceu resistência, fazendo o espanhol subir para a segunda colocação, atrás apenas do líder Vettel.

Hamilton com problemas no rádio
Começando no pelotão intermediário, Hamilton sofria com problemas no rádio. Na esperança de que o piloto estivesse ouvindo, a Mercedes avisou que não conseguia escutá-lo. Para piorar, os engenheiros identificaram um pequeno furo num dos pneus. O britânico recebeu a ordem para parar nos boxes, mas parece não ter ouvido. Uma volta depois, enfim fez seu pit stop, retornando em 19º.
Massa perde posição nos boxes
Enquanto isso, Vettel construía uma boa vantagem sobre Alonso na liderança. Em 20 voltas, o alemão abriu 6s sobre o espanhol. Um pouco mais atrás, Massa era acompanhado de perto pela outra RBR, a de Webber. Alonso então começou a tirar, aos poucos, a diferença para Vettel. Percebendo a perda de rendimento, o tricampeão foi para seu primeiro pit stop na volta 24, retornando à pista em quinto. Massa parou pouco depois, mas a Ferrari foi mais lenta que a RBR nos pits e ele acabou retornando atrás de Webber, que já havia visitado os boxes voltas antes.
Webber cola em Alonso na briga pelo 2º lugar
Alonso se manteve o quanto pôde na pista, parando finalmente na 28ª volta. Mas parece que a longa permanência com os mesmos pneus não deu muito certo. O espanhol voltou bem distante do líder Vettel e com Webber em sua cola. A essa altura, Raikkonen – que havia caído para a última posição após o toque na largada – já aparecia em quinto, atrás de Massa. Mas por pouco tempo. Logo precisou ir para os boxes para sua segunda parada, caindo para 14º.  Tempo depois, Jean-Eric Vergne sofreu com o estouro do motor se sua STR e foi o segundo a deixar a prova.
Faltando 20 voltas para o fim, Vettel se mantinha firme na liderança, 10s à frente de Alonso, que era acompanhado de perto por Webber e Massa. O quinto era Hulkenberg, seguido por Hamilton, Rosberg, Ricciardo, Button e Pérez, que fechava o top 10. Fazendo boas voltas, Hamilton se aproximou de Massa. Entretanto, a Mercedes preferiu que o britânico fizesse logo sua segunda parada, para não perder tempo disputando posição. E por falar em disputa, Webber chegou de vez em Alonso e começou a pressionar o bicampeão.
Segura para não bater!
Restando dez voltas para o fim, poucas mudanças nas primeiras posições. Vettel, tranquilo na ponta, bem à frente do segundo colocado Alonso, que segurava a pressão de Webber, que teve que frear forte numa ocasião para não encher a traseira do adversário (vídeo). O australiano, porém, recebeu a informação pelo rádio que enfrentava problemas no câmbio. Mas como o defeito era nas marchas mais baixas, o piloto da RBR conseguiu contornar a situação. Felipe Massa aparecia em quarto, com folga para o quinto, Hulk.
Com pneus novos, Hamilton é a atração das voltas finais
Coube a Hamilton ser o “showman” da prova nas voltas finais. Com pneus mais frescos que os rivais por ter feito uma parada a mais nos boxes, o britânico partiu para cima. Deixou Raikkonen, Pérez e Button para trás, mas se precipitou ao tentar o bote em Grosjean, cortando a chicane e tendo que devolver a posição. No fim, terminou em nono. Mas como prêmio de consolação, anotou a melhor volta da prova: 1m25s849, na antepenúltima passagem.
Folgado na ponta, Vettel tira o pé
Com cerca de 10s de vantagem de Vettel para Alonso, a RBR pediu para o alemão tirar o pé e poupar equipamento, para evitar qualquer problema. O alemão, abusado em outras ocasiões, dessa vez obedeceu e guiou com cautela até receber a bandeirada para mais uma vitória. O espanhol cruzou em segundo, acompanhado de perto por Webber, que fechou o pódio mesmo enfrentando problemas no câmbio. Massa chegou em quarto, seguido por Hulkenberg, Rosberg, Ricciardo e Grosjean. Hamilton e Button completaram o top 10.
Header_resultado (Foto: arte esporte)
1) Sebastian Vettel (ALE/RBR) 53 voltas, em 1h18m33s352
2) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) + 5s467
3) Mark Webber (AUS/RBR) + 6s350
4) Felipe Massa (BRA/Ferrari) + 9s361
5) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) + 10s355
6) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) + 10s999
7) Daniel Ricciardo (AUS/STR) + 32s329
8) Romain Grosjean (FRA/Lotus) + 33s130
9) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) + 33s527
10) Jenson Button (ING/McLaren) + 38s327
11) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) + 38s695
12) Sergio Pérez (MEX/McLaren) + 39s765
13) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) + 40s880
14) Pastor Maldonado (VEN/Williams) + 49s085
15) Valtteri Bottas (FIN/Williams) + 56s827
16) Adrian Sutil (ALE/Force India) + 1 Volta
17) Charles Pic (FRA/Caterham) + 1 Volta
18) Giedo van der Garde (HOL/Caterham) + 1 Volta
19) Jules Bianchi (FRA/Marussia) + 1 Volta
20) Max Chilton (ING/Marussia) + 1 Volta
Não completaram:
Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - problemas no câmbio
Paul di Resta (ING/Force India) - choque com Grosjean
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Circuito Monza - GP da Itália 2013 (Foto: Arte esporte)

Jornal alemão já crava Kimi no lugar de Felipe Massa na Ferrari em 2014

'Auto Motor und Sport' dá como certo o retorno do 'Homem de Gelo' ao time de Maranello, onde foi campeão em 2007. Intenção seria pressionar Alonso

Por Monza, Itália
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Ainda não é oficial. Mas o jornal alemão “Auto Moto und Sport” garante que Kimi Raikkonen substituirá Felipe Massa na Ferrari na temporada de 2014. De acordo com a publicação, apesar do presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, dizer que não há nada definido, a decisão em contratar o finlandês, campeão mundial pelo time em 2007, já teria sido tomada. O mandatário teria preferido apenas esperar passar o GP da Itália, na casa da Ferrari, para fazer o anúncio. As matéria é assinada pelo repórter Michael Schmidt, conhecido no paddock pelas informações quentes. A TV alemã RTL vai além e diz que o contrato já foi assinado na última quarta-feira.
Kimi Raikkonen - Ferrari (Foto: AP)Kimi Raikkonen estaria acertado com a Ferrari, garante jornal alemão  (Foto: AP)
Segundo ele, a Ferrari teria dois objetivos em contratar Kimi Raikkonen para fazer uma dupla de campeões mundiais com Fernando Alonso. O primeiro seria pressionar o espanhol, que tem sido o piloto principal do time nos últimos anos, mas recentemente tem criado mal-estar na equipe com críticas, levando até bronca pública de Montezemolo. A outra intenção seria ter mais chances no Mundial de Construtores. A Ferrari estaria prevendo um enfraquecimento da RBR com a chegada de Daniel Ricciardo para o lugar de Mark Webber e por isso teria apostado na regularidade demonstrada pelo “Homem de Gelo” desde que voltou à F-1 para fazer frente aos rivais.
Formula 1 Alonso gp Bélgica (Foto: Getty Images)Contratação de Raikkonen seria forma de pressionar Fernando Alonso (Foto: Getty Images)
Insatisfeito com o futuro da Lotus, Raikkonen sempre deixou seu destino na categoria em aberto. Após as negociações com a RBR fracassarem, ele teria voltado suas atenções para a Ferrari. Um possível retorno do finlandês à escuderia italiana representaria uma reviravolta em Maranello. Primeiro campeão da Ferrari após a era Michael Schumacher, Kimi deixou a equipe pela porta dos fundos em 2009. Na ocasião, a Ferrari decidiu romper seu vínculo precocemente após duas temporadas mais discretas para abrir vaga para a chegada de Alonso. Raikkonen, inclusive, ficou um ano recebendo salários da escuderia, mesmo fora da F-1. Além disso, na época, a relação do piloto com Montezemolo ficou arranhada. Entretanto, tanto o presidente quanto o finlandês já deram declarações recentemente dizendo que o episódio foi superado.
Em 2007, Kimi Raikkonen conquistou o único título de Pilotos da Ferrari após a era Michael Schumacher (Foto: Getty Images)Em 2007, Kimi conquistou o único título de Pilotos da Ferrari após a era Schumacher (Foto: Getty Images)
Futuro de Massa na Fórmula 1
Felipe Massa ainda tem esperanças de seguir na Ferrari, equipe que defende há oito anos. Nesta semana, Montezemolo contou que se reunirá com o piloto antes de tomar a decisão. Caso não siga no time de Maranello, o brasileiro de 32 anos pode encontrar espaço na própria Lotus de Kimi Raikkonen, que precisaria de um piloto experiente para comandar a equipe no caso da saída do finlandês. Outra opção seria a Sauber, que tem parceria técnica com a Ferrari no fornecimento de motor, e enfrenta dificuldades financeiras.
Felipe Massa nos boxes da Ferrari no fim de semana do GP da Itália (Foto: Getty Images)Felipe Massa se reuniára com presidente da Ferrari nesta semana (Foto: Getty Images)

Com versatilidade e disciplina, Ramires volta a brigar por vaga

Após perder a Copa das Confederações por caso de indisciplina, volante tem bom retorno à Seleção e ganha elogios de Felipão e Neymar

Por Brasília
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Remanescente da Copa do Mundo de 2010 e presente em boa parte das convocações de Mano Menezes, Ramires vive um momento de recomeço na Seleção nesta nova passagem de Luiz Felipe Scolari. Titular na primeira partida sob o comando do técnico - empate em 2 a 2 com a Inglaterra, em fevereiro -, o volante do Chelsea acabou se envolvendo em um caso de indisciplina na sequência e ficou de fora da Copa das Confederações. Após ganhar nova chance de Felipão, mostrou na vitória por 6 a 0 sobre a Austrália, neste sábado, em Brasília, que tem condições de estar no grupo para a Copa de 2014. Mais que isso, deve brigar para retomar a vaga de titular.
Escalado no lugar de Oscar, que sofreu uma entorse no tornozelo e foi poupado, Ramires mostrou toda sua versatilidade diante dos Socceroos. Marcou, ajudou Paulinho a organizar o meio-campo e também apareceu bem no ataque. No primeiro tempo, fez um lançamento preciso para que Neymar marcasse o terceiro gol do Brasil. Na volta do intervalo, deixou o seu, de cabeça. Ainda acertou um chute na trave. Despenho bastante elogiado por Felipão.
Ramires gol Brasil contra Austrália (Foto: Reuters)Ramires tem boa atuação contra a Austrália: gol, assistência e bola na trave (Foto: Reuters)
- É bom jogador. Tem qualidade em duas ou três posições. Foi muito útil no jogo de hoje. Ele é muito rápido, ágil. Chega na frente rapidamente e já volta para recompor. Por isso que entendo que, quanto mais versatilidades, melhor pra mim - disse o treinador.
Mesmo antes da lesão de Oscar, Scolari já tinha dado pistas de pretendia escalar Ramires no lugar de Hulk, cortado por contusão, mudando um pouco o esquema usado na Copa das Confederações: Luiz Gustavo, Paulinho, Ramires e Oscar no meio-campo, com apenas Neymar e Jô no ataque. Com a provável volta de Oscar, o técnico poderá testar essa formação no amistoso contra Portugal, na próxima terça-feira.
- Posso usá-lo na direita, como segundo atacante, como homem de meio e posso recompor a defesa. É um jogador moderno. Hoje me deu uma ideia como pode ser útil. É bom ter essa versatilidade para que possamos mudar o esquema durante o jogo sem trocar jogadores. O Ramires tem esse estilo - completou Felipão.
A boa atuação de Ramires contra a Austrália rendeu elogios até mesmo do principal nome da Seleção. Neymar também ressaltou a versatilidade do volante do Chelsea e disse que a volta dele é muito bem-vinda.
- O Ramires é um grande jogador. Todos nós já sabíamos disso. E jogador de qualidade é sempre bem-vindo. Ele marca muito bem e mostrou que pode lançar bem a bola para deixar os atacantes na cara do gol. O Brasil tem muitos jogadores bons - disse o camisa 10.
Ramires jogo Brasil Austrália (Foto: Reuters)Em seu retorno, Ramires mostrou força também
na marcação (Foto: Reuters)
Fim da polêmica
Em março, Ramires esteve presente na segunda convocação de Felipão, para os amistosos contra Itália, em Genebra, e Rússia, em Londres (onde mora). O volante do Chelsea não viajou para Suíça por causa de uma lesão e ficou de se apresentar para uma avaliação na noite de um sábado, no hotel onde a Seleção estaria na Inglaterra. Mas só apareceu no domingo, acompanhado da médica dos Blues, Eva Carneiro. Para piorar a situação, a esposa do jogador publicou em redes sociais algumas fotos da comemoração do aniversário de 26 anos do volante, justamente na data em que ele deveria ter se apresentado com o restante do grupo.
O caso irritou a comissão técnica, que deixou Ramires de fora da Copa das Confederações. O presidente da CBF, José Maria Marin, também chegou a criticar o atleta. O volante justificou dizendo que houve um mal entendido na comunicação entre o departamento médico do Chelsea e a CBF. Seis meses após a polêmica, Felipão voltou a chamar Ramires para os amistosos contra Austrália e Portugal, mas deixou claro que não admitiria novos problemas.
- O atleta teve uma dificuldade, entendemos a dificuldade e ele terá a chance de fazer parte do grupo. Ninguém disse que ele vai ser cortado ou que seguirá no grupo no futuro. Ele terá que demonstrar isso dentro de suas condições técnicas. O ambiente que criamos aqui é sadio e queremos levar isso até a Copa - disse Felipão no dia da convocação.
Ramires parece ter entendido o recado e foi o primeiro a se apresentar à seleção em Brasília para o período de preparação para as duas partidas. Com a demonstração de disciplina e a boa atuação contra a Austrália, a polêmica parece ter ficado de vez no passado.
Ramires e a Seleção desembarcam neste domingo na cidade de Boston, nos Estados Unidos, onde o time enfrenta Portugal na próxima terça-feira. A TV Globo, o GLOBOESPORTE.COM e o SporTV transmitem o jogo. O site também acompanha em Tempo Real.
Cruzeiro domina o Fla, vence e mostra por que é o melhor do turno
Com superioridade técnica e tática desde o início, time celeste chega aos 40 pontos ganhos com o 1 a 0, gol de Ricardo Goulart. Fla fica perto do Z-4
 
DESTAQUES DO JOGO
  • sorte
    R. Goulart
    O gol contou com sorte. Após cabeçada do camisa 31, a bola tocou sua coxa, e após tapinha de Paulo Victor, achou a trave e voltou para o meia marcar.
  • estatística
    domínio celeste
    Os números mostram 18 finalizações do Cruzeiro contra cinco do Fla, e seis chances claras de gol contra nenhuma do rival. Na posse de bola, 57%.
  • paredão
    Paulo Victor
    Escalado no lugar do vetado Felipe, o goleiro se salvou na partida. Principalmente na grande defesa em chute de Éverton Ribeiro, no 1º  tempo.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Líder do Brasileirão. Do primeiro turno, que acabou neste domingo. Os 15 pontos de vantagem que tinha sobre o adversário antes da partida já eram o sinal de superioridade do Cruzeiro sobre o Flamengo, no encontro no Mineirão entre os times que se digladiaram nas oitavas de final da Copa do Brasil. E a proeza rubro-negra de ter despachado a Raposa no duelo eliminatório de ida e volta na outra competição foi posta à prova no campeonato de pontos corridos. Aí, normalmente, vence quem tem melhor time, melhor elenco, melhor conjunto, melhor esquema, melhores jogadas ensaiadas... Não só vence, mas domina. Foi o que aconteceu. E o placar de 1 a 0 foi pouco. O gol solitário de Ricardo Goulart foi muito pouco para mostrar a superioridade de 18 pontos na tabela.
Pelo menos, a torcida celeste, que compareceu ao estádio - o público presente foi de 37.466, e o pagante, de 35.797, originando a renda de R$ 2.137.575 -, saiu do estádio vingada da eliminação da Copa do Brasil. E certa de que o time tem totais condições de manter a boa campanha no returno para se sagrar campeão brasileiro. Os rubro-negros terminam o primeiro turno fora do Z-4, mas muito preocupados. A equipe está ali por perto, em 15º lugar, com 22 pontos, e mostra muita instablidade, com muita limitação técnica e tática, com poucas jogadas ofensivas. O técnico Mano Menezes precisa trabalhar, e muito, para melhorar o Flamengo.
No início do returno, na 20ª rodada, o time celeste vai ao Serra Dourada encarar o Goiás, na próxima quarta-feira. O meia Ricardo Goular, autor do gol da vitória, comemorou muito os três pontos a mais na liderança da tabela.
- Neste Brasileiro, meio gol é o que importa. Hoje fui feliz de ter feito esse gol na persistência.
A equipe rubro-negra receberá o Santos na quinta-feira, no Maracanã. O volante-meia Elias, destaque e agora capitão da equipe, que jogou visivelmente sem totais condições físicas, resumiu bem a frustração com a fraca atuação da equipe. Mas deu esperanças de melhora.
- Falhamos todos, coletivamente. Mas não adianta abaixar a cabeça. Fizemos um grande jogo, estamos no caminho. No segundo turno vai mudar muita coisa. Vamos trabalhar. A gente joga em casa a próxima partida, e os adversários atuam fora. Mas uma vitória hoje nos colocaria em nono ou décimo, e a derrota mantém a posição. O Brasileiro está embolado, é ruim (a posição do Flamengo), o torcedor não quer ver a tabela com o Flamengo lé embaixo. Mas uma vitória nos coloca lá em cima.
Everton Ribeiro jogo Cruzeiro contra Flamengo (Foto: Washington Alves / Vipcomm)Éverton Ribeiro é um dos destaques do Cruzeiro na vitória sobre o Fla (Foto: Washington Alves / Vipcomm)
Raposa melhor
O Cruzeiro entrou sem Julio Baptista, poupado de última hora com dores musculares. Mas o time nem sentiu falta do camisa 10. Dominou inteiramente a primeira etapa. O trio Éverton Ribeiro-Willian-Ricardo Goulart explorava a habilidade com toques rápidos e boa movimentação. Sorte do Flamengo que essa pressão não foi capaz de criar tantas chances de gol. Com Paulo Victor atento no lugar de Felipe, também poupado com dores no tornozelo direito, e três volantes - Cáceres, Luiz Antônio e Elias - bem ligados, a defesa rubro-negra era facilitada pelo jogo centralizado da equipe celeste.
Esse foi o maior problema da Raposa. E por isso o primeiro tempo virou sem gols. Ceará e Egídio pouco chegavam à linha de fundo. Na única vez que deu certo, o camisa 6 obrigou Samir a dar uma cabeçada salvadora para escanteio. Na cobrança do lateral, Nilton testou no travessão. Isso aos 44 minutos. Antes, a bola mais perigosa da primeira etapa foi pelo meio mesmo, aos 30, num belo chute de fora área, bem longe, de Éverton Ribeiro. E defesa sensacional de Paulo Victor salvou o Flamengo, que viu o camisa 17 da equipe mineira soberano. Seu único erro foi não ter devolvido bola para Ricardo Goulart em jogada pela direita aos 39. Tentou bater por cobertura, mas a bola subiu.
E se o jogo centralizado do Cruzeiro nem possibilitou Borges de ter chance de gol,  o Flamengo bem que tentava abrir o jogo, ora com Rafinha e Léo Moura pela direita ou Gabriel pela esquerda. Mas a jogada não funcionava. E Hernane ficava isolado, lutando sozinho contra Dedé e Bruno Rodrigo. Resumo da ópera. Exceto centros para a área, o time não conseguiu uma jogada com perigo em 45 minutos.
Ricardo Goulart jogo Cruzeiro contra Flamengo (Foto: Washington Alves / Vipcomm)Fla tenta conter Ricardo Goulart, mas autor do gol está inspirado (Foto: Washington Alves/Vipcomm)
Pressão e gol
Veio o segundo tempo, e Marcelo Oliveira mexeu na lateral. O técnico celeste trocou Egídio por Mayke. Ceará, de touca desde que se chocou com Borges no primeiro tempo, foi para o lado esquerdo. Aos dois minutos, houve jogada polêmica de ataque por aquele lado. Ricardo Goulart caiu  após a saída de Paulo Victor, mas o árbitro não viu pênalti. Nem o comentarista de arbitragem da TV Globo, Renato Marsiglia. O camisa 31 cruzeirense ganhou ainda cartão amarelo por simulação.
O Flamengo viu que precisava agredir. Na primeira boa trama de ataque, Rafinha tocou para Hernane, mas o pé salvador de Dedé tocando para escanteio evitou o pior. Àquela altura, seria tremendamente injusto a equipe rubro-negra abrir o placar. E foi o que ficou bem claro pouco depois. Aos oito minutos, Mayke centrou na medida para Ricardo Goulart. O camisa 31 deu a cabeçada e a bola ainda tocou em sua coxa antes de ir para o gol. Paulo Victor deu um tapinha, a bola tocou na trave e sobrou livre para ele novamente, Ricardo Goular, tocar para as redes. A sorte acompanhou o bom jogador, para delírio da torcida celeste.
Daí em diante, o domínio cruzeirense continuou, e por pouco Willian não ampliou o placar, mas a trave novamente salvou o Flamengo, que tentava nos contra-ataques o empate. Elias, sem boas condições físicas, se esforçava para tentar criar. Hernane, após a entrada de Nixon no lugar de Rafinha, até que participava mais. Mas sem receber a bola na medida para concluir. Com isso, ficava difícil a equipe chegar ao empate.
Com Dagoberto no lugar de Borges, a ideia era aumentar a velocidade do ataque celeste.  E o camisa 11 tocava rápido para Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro, com o camisa 17 fazendo jogadas de efeito para delírio dos cruzeirenses. Mano tentoui dar sangue novo, Com Carlos Eduardo e Bruninho nos lugares de Luiz Antônio e Gabriel, a briga foi inglória. No fim, até tentou o empate, mas no desespero. Seria muito injusto para o Cruzeiro e o futebol.