quarta-feira, 6 de abril de 2011

Da apreensão à euforia: Vasco vence ABC de virada e está nas oitavas

Com São Januário lotado, equipe sofre para vencer a equipe potiguar por 2 a 1. Próximo adversário será o Náutico

Por Fred Huber Rio de Janeiro
Foi com emoção, mais até do que os torcedores esperavam, mas o Vasco venceu o ABC por 2 a 1, de virada, nesta quarta-feira, em São Januário, e garantiu a vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil. Depois de sair atrás no placar com o gol de Cascata, os cruz-maltinos marcaram com Alecsandro, de pênalti, e com Bernardo. O último deles, o do alívio, saiu aos 32 minutos. A torcida lotou a Colina e, no fim, acabou voltando feliz para casa.
A equipe potiguar jogou com um a menos desde os quatro minutos da segunda etapa, quando Thiago Garça fez pênalti em Ramon e levou o segundo cartão amarelo. Na próxima fase, o Vasco irá enfrentar o Náutico, que eliminou o Bangu. A data ainda será definida pela CBF.
Cascata cala São Januário
A julgar pela empolgação da torcida, o esperado era que o Vasco entrasse em campo atropelando o ABC. Correria e disposição não faltaram. O que o time ficou devendo foi na bola. Com dificuldades para entrar na área, os cruz-maltinos passaram a arriscar de fora da área. O problema era a pontaria. Foi assim com Romulo, Fellipe Bastos, Ramon e Diego Souza. Fechado no campo de defesa só na espera dos contra-ataques, o ABC calou São Januário em seu primeiro bom ataque. Aos 18 minutos, Cascata arrancou nas costas de Allan, invadiu a área sem ser incomodado e tocou na saída de Fernando Prass: 1 a 0.
Ainda atônitos, os torcedores tentaram empurrar os jogadores ao som de "O Vasco é o time da virada". Felipe bem que se esforçou para tentar organizar o time, mas o nervosismo parece ter tomado conta. Todos queriam decidir o jogo. A equipe criou algumas boas oportunidades, mas faltava o capricho final. Alecsandro, após um giro dentro da área, chutou nas mãos do goleiro Wellington. Nesta altura, a impaciência já tomava conta das arquibancadas.
Felipe, em um lance individual, voltou a levantar os torcedores. Aos 36 minutos, o meia driblou o marcador e chutou da entrada da área. A bola desviou na zaga e passou rente à trave. No último lance do primeiro tempo, Diego Souza teve a melhor chance. O camisa 10 entrou na área, deixou o zagueiro no chão e, de perna esquerda, chutou na rede pelo lado de fora. Muitos vascaínos comemoraram, mas em vão.
Bernardo entra e vira o salvador da pátria
A segunda etapa começou como os vascaínos sonharam, com um gol logo aos quatro minutos. Ramon recebeu dentro da área pela esquerda e se caiu após o choque com Thiago Garça. O árbitro deu o pênalti e deu o segundo amarelo para o zagueiro, que foi para o chuveiro mais cedo. Alecsandro foi para a bola, chutou no meio e o goleiro caiu para o canto direito: 1 a 1. O gol foi suficiente para incendiar novamente o Caldeirão. Em campo, o time seguiu o ritmo da arquibancada e partiu para a pressão.
Na blitz cruz-maltina, Alecsandro perdeu o gol após desviar de calcanhar um chute cruzado de Felipe. O goleiro defendeu com segurança no meio do gol. Depois, Diego Souza chegou atrasado em uma bola cruzada por Eder Luis e desperdiçou a oportunidade. Na vez de Eder, o atacante chutou cruzado e errou o alvo.
O grito de gol entalado na garganta dos vascaínos, enfim, saiu. Aos 32, Eder Luis foi até a linha de fundo e cruzou na medida para Bernardo, que mandou para a rede: 2 a 1. O jogador, que havia entrado no segundo tempo na vaga de Fellipe Bastos, comemorou alucinadamente com o banco de reserva e com os torcedores. Com a classificação na mão e um homem a mais em campo, o Vasco passou a controlar o jogo do jeito que queria, só à espera do apito final.
Passado o susto, os torcedores cantaram até olé e tiveram uma volta para casa feliz.
VASCO 2 X 1 ABC
Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramon (Marcio Careca); Romulo, Fellipe Bastos (Bernardo), Felipe e Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro (Leandro). Wellington; Piu, Thiago Garça, Irineu e Renatinho Potiguar; Basílio, Bileu, Reinaldo (Alessandro) e Cascata (Gabriel Silva); Ederson (Jackson) e Leandrão.
Técnico: Ricardo Gomes Técnico: Leandro Campos
Gols: Cascata, aos 18 minutos do primeiro tempo. Alecsandro, aos quatro, e Bernardo, aos 32 minutos da segunda etapa.
Cartões amarelos: Reinaldo, Thiago Garça, Alessandro (ABC); Ramon, Allan, Bernardo (VAS). Cartão vermelho: Thiago Garça (ABC)
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro. Data: 06/04/2011. Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira. Auxiliares: Guilherme Dias Camilo e Fabiano da Silva Ramires. Público: 15.315 pagantes (18.009)  Renda: R$ 241.500,00.

Com chuva de cartões, São Paulo vence Santa Cruz e fica com a vaga

Quatro jogadores foram expulsos - Lucas entre eles - e Ceni perdeu um pênalti. Time pernambucano ficou a maior parte do tempo com um a menos

Por Marcelo Prado Barueri, SP
Marlos São paulo x Santa Cruz (Foto: Ag. Estado)Marlos em ação contra Santa Cruz (Foto: Ag. Estado)
O São Paulo chegou a deixar a torcida apreensiva, ainda mais após Rogério Ceni perder um pênalti. Mas conseguiu vencer o Santa Cruz por 2 a 0 na noite desta quarta-feira, na Arena Barueri, e garantir a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Agora enfretará o Goiás, que eliminou a Ponte Preta. Em um jogo marcado pelas faltas duras e pela chuva de cartões - onze amarelos e quatro vermelhos -, o visitante foi forte e lutou muito, mas não conseguiu segurar o anfitrião, que jogou a maior parte do duelo com um a mais. Mais dois do Santa foram expulsos quase no fim da partida. Um deles era Everton Sena, a sombra de Lucas, que também foi para o chuveiro mais cedo, com os olhos cheios de lágrimas e bastante chateado por ter se desentendido com seu marcador.
André Oliveira foi o destaque negativo para o time pernambucano por fazer a falta que originou o primeiro gol tricolor e cometer também um pênalti. Só que este Ceni desperdiçou com uma cavadinha mal calculada.
Cambalhota e cavadinha frustrada
Aos poucos, o segundo gol tricolor esfriou. E o Mirassol tentou em chutes de longa distância. Mas nada que assustasse tanto o São Paulo. Com o controle da partida, o time apenas administrou a vitória por 1 a 0, que manteve a equipe, já classificada para fase final, na segunda colocação do Campeonato Paulista.
Assim como no Recife, o primeiro tempo do jogo na Arena Barueri já começou quente. Juan arriscou de longe e fez Tiago Cardoso se esticar todo, logo aos dois minutos. Everton Sena, que não deu mole para Lucas na primeira partida, começou a cumprir o que prometeu assim que o apito soou. Como um carrapato, colou no meia são-paulino.
Melhor para os outros jogadores do time paulista, que encontravam espaços. Mas o adversário abusava das faltas duras. André Oliveira acertou Fernandinho. E Dagoberto cobrou a falta de frente para o gol, mas bem longe, quase no círculo central. O atacante levantou com precisão e colocou a bola na cabeça de Rhodolfo, aos nove minutos. O zagueiro desviou para a rede e deu sua tradicional cambalhota no ar na comemoração: 1 a 0 para o São Paulo e festa grande na Arena Barueri (assista ao gol no vídeo acima).
O anfitrião queria mais tranquilidade. Levar a decisão para os pênaltis não era o plano. Aos 14, Lucas conseguiu escapar por segundos de Sena e driblou a defesa na área, mas acabou desarmado. Fernandinho não aguentou aquela pancada da falta que originou o gol, e precisou deixar o jogo aos 16 minutos, bastante frustrado. Marlos entrou.
A pressão era toda do São Paulo. Dagoberto, Juan, Rhodolfo e Lucas tiveram chances de marcar. O Santa Cruz estava gostando do empate e da decisão nas penalidades, tanto que só se preocupava em impedir os lances de ataque do time paulista. E Everton Sena seguia grudado em Lucas: acompanhou o meia até na hora de beber água...
A dupla também protagonizou um lance violento. Everton dividiu de forma dura a bola com Lucas, e acabou acertando o tornozelo direito do meia, que precisou ser atendido fora de campo. Mas o árbitro não viu falta no lance.
André Oliveira, que tinha protagonizado a falta do primeiro gol do São Paulo, apareceu de forma negativa mais uma vez aos 41 minutos, ao esticar o braço e impedir a trajetória de Dagoberto para o gol: pênalti e cartão vermelho para ele. Rogério Ceni se encaminhou para a cobrança com a intenção de fazer o segundo, mas decidiu tentar uma cavadinha, e permitiu que Tiago Cardoso tivesse tempo de voltar e tirar a bola (assista ao vídeo). Decepção do torcedor são-paulino no estádio. O camisa 1, dono de cem gols, ainda foi xingado por Jeovânio quando voltava para o gol. E o São Paulo perdeu a oportunidade de ir para o intervalo com tranquilidade.
Chuva de cartões e desentendimento da dupla Everton Sena e Lucas
Com um a mais, mas um pouco desanimado por ter perdido a chance de ampliar o placar, o São Paulo voltou para o segundo tempo com a missão de fazer o segundo gol e garantir a vaga para as oitavas. E pressionou muito o Santa Cruz, que seguia se segurando como podia e abusando das faltas. Everton Sena, a sombra de Lucas, também levou um por uma jogada mais dura.
Mas só dava São Paulo na área do Santa. Carpegiani colocou Ilsinho no lugar de Casemiro, com o objetivo de provocar mais descidas pela lateral direita. O jogador até que conseguiu algumas jogadas de linha de fundo, mas sem sucesso. Se a conclusão era ruim, era preciso um homem de área. E o comandante resolveu tentar com o garoto Willian José. Sobrou para Alex Silva, que foi sacrificado para a entrada do atacante.
A aposta deu certo. Aos 27, Ilsinho passou por dois marcadores e tabelou com Willian José. O menino devolveu para o lateral chutar no canto direito de Tiago Cardoso, que até então estava sendo decisivo a favor do Santa, mas não teve chances nesta bola: 2 a 0 e festa da torcida local, que respirou aliviada (assista ao vídeo acima).
Aliviada? Por poucos segundos, porque o Santa Cruz resolveu partir para cima do São Paulo com tudo. Zé Teodoro colocou o atacante Mário Lúcio e mandou todo mundo tentar furar o bloqueio paulista. A torcida suspendia o ar cada vez que o time pernambucano chegava ao ataque. Mas Renatinho, em uma falta duríssima em cima de Ilsinho, ganhou também o vermelho, aos 38, e deixou a equipe com apenas nove em campo.
Lucas voltou a aparecer só aos 40, em mais uma tentativa individual, e passou por Everton Sena, mas não conseguiu passar pelo goleiro. Lembra da dupla? Ela encerrou o jogo com uma cena feia. Os dois se desentenderam e levaram vermelho também. Lucas se irritou demais e teve que ser contido pelos companheiros. A vaga ficou na mão do São Paulo, mas a violência imperou para os dois lados (assista ao vídeo da confusão entre Lucas e Everton Sena).


SÃO PAULO 2 X 0 SANTA CRUZ
Rogério Ceni; Rhodolfo, Alex Silva (Willlian José), Miranda e Juan; Casemiro (Ilsinho), Jean, Carlinhos Paraíba e Lucas; Dagoberto e Fernandinho. Tiago Cardoso; Cleber Goiano, André Oliveira, Tiago Mathias e Renatinho; Wesley, Jeovânio (Mário Lúcio), Everton Sena e Natan (Marcus Vinicius); Landu (Thiago Pereira) e Gilberto
Técnico: Paulo César Carpegiani Técnico: Zé Teodoro
Gols: Rhodolfo, aos nove minutos do primeiro tempo; Ilsinho, aos 27 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Casemiro, Rhodolfo, Dagoberto (São Paulo); André Oliveira, Landu, Gilberto, Natan, Everton Sena, Tiago Mathias, Jeovânio, Mário Lúcio (Santa Cruz). Vermelho: André Oliveira, Renatinho, Everton Sena e Lucas
Público: 21.056 pagantes. Renda: R$ 529.051,00.
Local: Arena Barueri. Data: 06/04/2011. Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (Fifa/RJ). Auxiliares: Márcia Lopes Caetano (Fifa/RO) e Wagner de Almeida Santos (RJ)

Santos vence jogo dramático, mas perde Neymar, Elano e Zé Eduardo

Equipe começa bem, abre 3 a 0 sobre o Colo Colo, mas perde o controle. Tem três expulsos, e se complica para jogo contra o Cerro. Muricy terá problemas

Por Adilson Barros Santos, SP
Enfim, o Santos venceu na Taça Libertadores. Foi sofrido, dramático, tumultado. Os 3 a 2 sobre o Colo Colo-CHI, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, teve todos os ingredientes de Libertadores. Catimba, briga, expulsões. O problema é que o Peixe se complicou muito. Sofreu três baixas importantíssimas para o jogo contra o Cerro Porteño-PAR, no próximo dia 16, em Assunção. Vai precisar vencer os paraguaios sem Elano, Neymar e Zé Eduardo, expulsos. O craque alvinegro levou o vermelho na comemoração do gol: resolveu festejar com uma máscara feita em sua homenagem. Como já tinha amarelo, levou o expulso. Zé Love foi excluído por trocar empurrões com o zagueiro Scotti, do Colo Colo. Já Elano levou o vermelho quando já estava no banco.
Do seu camarote, Muricy Ramalho assitiu tudo. O treinador será apresentado nesta quinta-feira e terá de quebrar a cabeça para montar a equipe para o confronto contra os paraguaios, que o Peixe precisa vencer para não depender de outros resultados na última rodada.
Com o resultado, o Santos foi a cinco pontos e segue em terceiro lugar no Grupo 5. Os chilenos, em segundo, tem seis. O Cerro, líder, está com oito.
Gols para Muricy festejar
O Santos entrou em campo passando um pouco do ponto. A vitória do Cerro Porteño sobre o Deportivo Táchira, por 2 a 0, fez com que o Peixe entrasse em campo muito pressionado. Afinal, os paraguaios foram a oito pontos, deixando Colo Colo com seis e o Peixe com 2. Um tropeço deixaria os santistas longe demais das oitavas de final. Por isso, o time entrou em campo com apenas dois. Por isso, nervosismo, a bola queimando nos pés, passes equivocados. Mas o espírito já era diferente. Ao contrário do que aconteceu nos primeiros três jogos, o Peixe jogou Libertadores, enfim. Foi determinado na marcação e procurou abafar o Colo Colo desde o início.
O clima da Vila Belmiro ajudou. A torcida também pareceu entender que o ambiente do Alçapão conta muito. Esgotou os ingressos e empurrou o time desde o minuto inicial. Paulo Henrique Ganso, que foi hostilizado por um grupo de descontentes após a derrota para o Palmeiras, por 1 a 0, domingo passado, teve seu nome gritado.
- Paulo Henrique é o maestro do Peixão!
Logo aos 11 minutos, metade do estádio soltou o grito de gol. Numa cobrança de falta de Elano, a bola balançou a rede, mas pelo lado de fora. A galera do lado oposto às cabines de imprensa comemorou, com a impressão de que a bola havia entrado. O lance acendeu ainda mais o estádio.
Os santistas não deixaram de gritar nem quando Jorquera, aos 26 minutos, cobrou falta da esquerda e acertou o travessão de Rafael. Foi o único lance de perigo do Colo Colo.
O Peixe continuava tomando conta da partida. Estava difícil entrar tabelando pelo meio da zaga chilena. O jeito era chutar de fora. Afinal, o goleiro Castillo, como sabe bem o torcedor do Botafogo, não é dos mais confiáveis. Danilo arriscou aos 29, mas o goleiro defendeu. Aos 34, não teve jeito. Numa linda cobrança de falta, de pé direito, Elano acertou o ângulo esquerdo de Castillo.
Explosão na Vila Belmiro, especialmente no camarote do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. A seu lado, o técnico Muricy Ramalho, que assume o comando do time nesta quinta-feira, vibrou muito.
Quando Muryci e todos os outros alvinegros ainda pulavam comemorando o belo gol de Elano, Zé Eduardo recebeu pela meia esquerda e acertou um ótimo passe para Danilo, que entrava por trás. O volante driblou o goleiro e tocou para o gol. A bola ainda desviou na zaga do Colo Colo e entrou.
Aliviados, os jogadores alvinegros passaram a tocar a bola com mais calma, envolvendo o Colo Colo, que começou a sair mais, sem, no entanto, ameaçar o gol alvinegro.
Chapéu, máscara e expulsão
Algo inexplicável aconteceu na Vila Belmiro em apenas 12 minutos de jogo no segundo tempo. Aos 6 minutos, Neymar vez um gol antológico. Ele se antecipou a Cabión, passaou por Scotti, aplicou um chapéu em Cabrera e toca por cima de Castillo. Na comemoração, ele colocou uma das máscaras do seu rosto que foram distribuídas por um dos seus patrocinadores. O árbitro uruguaio Roberto Silvera não gostou da brincadeira e lhe deu o segundo amarelo. Como já tinha um, por falta no primeiro tempo, foi expulso.
Esse lance fez o clima esquentar muito dentro de campo. Em seguida, Zé Eduardo e Scotti trocam empurrões e são expulsos. Trocando em miúdos: o Peixe terá um jogo decisivo contra o Cerro Porteño, no dia 16, em Assunção, e não poderá contar com sua maior estrela, Neymar, e com seu principal centroavante: Zé Eduardo. Complicou. Como Paulo Henrique Ganso, que já tinha amarelo, também estava nervoso, o interino Marcelo Martelotte o tirou do campo, para a entrada de Alex Sabino.
Mas a escalação para a semana que vem era um problema para Muricy  Ramalho resolver depois. Ainda havia jogo. Com nove atletas em campo, o Peixe tratou de se acalmar. Passou a tocar a bola, marcando forte e tentanto achar algum contra-ataque.
O Colo Colo, com um jogador a mais em campo, martelou até diminuir, aos 36. Jerez recebeu às costas de Pará, pela esquerda, invadiu a área e tocou por cima de Rafael. A pressão chilena aumentou muito. Os santistas, cansados, se desdobravam para tentar afastar a bola de sua área. Agora, era uma luta contra o tempo.
Tempo que demorava a passar. Para piorar as coisas, Alex Sandro sentiu o joelho e ficou caído no chão. O Santos, que já não tinha muita gente em campo, ficou escancarado. Aos 41, Rúbio recebeu no setor que deveria ser ocupado por Alex, driblou Rafael e diminuiu.
O jogo que estava tranquilo, se transformava num drama. Dentro e fora de campo. Já no banco, após ser substituído, Elano arremessou uma tolha em direção do banco do adversário e também foi expulso.
O Colo Colo seguia em cima, mas também estava bastante tenso em campo. Jorquera discutiu com o juiz e também levou o vermelho.
Foi o último ato de um jogo que teve cara de Libertadores.
SANTOS 3 X 2 COLO COLO-CHI
Rafael, Pará (Bruno Aguiar), Dracena, Durval e Léo; Adriano, Danilo, Elano e Ganso (Alex Sandro); Neymar e Zé Eduardo Castillo, Magallanes, Cabrero, Scotti e Jerez; Mena (Cabión), Salcedo (Gazale), Fuenzalida (Rubio), Wilchez e Jorquera; Miralles
Técnico (interino): Marcelo Martelotte Técnico: Américo Gallego
Gols: Elano, 34, Danilo, 35 minutos do primeiro tempo; Neymar, 7, Jerez, 36, Rúbio, 41 minutos do segundo tempo
Cartão vermelho: Neymar, Zé Love, Elano, Scotti e Jorquera
Cartões amarelos: Neymar, Elano, Ganso, Rafael (Santos), Wilchez, Magallanes, Cabión, Cabrera (Colo Colo)
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 6/4/2011. Árbitro: Roberto Silvera (URU), auxiliado por Maurício Espinosa (URU) e Marcelo Costa (URU).

Jogadores do Galo mostram total destempero, e Prudente garante vaga

Empate em 0 a 0 foi suficiente para a equipe paulista chegar às oitavas
da Copa do Brasil e pegam o Ceará. Leonardo Silva e Serginho são expulsos

Por Marco Antônio Astoni Sete Lagoas, MG
Decepção. Esse foi o sentimento no rosto de cada torcedor do Atlético-MG presente na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Os jogadores foram apáticos e apenas empataram com o Grêmio Prudente, lanterna do Campeonato Paulista, em 0 a 0, e não conseguiram a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. Após a derrota em Presidente Prudente, por 2 a 1, bastava uma vitória simples para garantir a festa dos torcedores alvinegros.
O Atlético-MG mostrou falta de empenho e, no segundo tempo, um total destempero. O zagueiro Leonardo Silva e o volante Serginho foram expulsos e dificultaram ainda mais a tarefa atleticana. No fim, a torcida presente nas arquibancadas gritava 'olé', enquanto o Grêmio Prudente tocava a bola e esperava o tempo passar. Com tranquilidade e personalidade, a equipe paulista garantiu presença na próxima fase, quando enfrentará o Ceará.
Agora, as duas equipes voltarão as atenções para os campeonatos estaduais. Pelo Mineiro, o Atlético-MG enfrentará a Caldense, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no estádio Ronaldão, em Poços de Caldas. Pelo Paulista, o Grêmio Prudente terá um compromisso bastante difícil, no sábado, às 18h30m. O time encara o Palmeiras, líder do torneio, no Canindé, em São Paulo.
Retranca paulista
O Atlético-MG começou o jogo de forma eletrizante, em cima do Grêmio Prudente. Para se ter uma ideia da pressão atleticana, o time paulista não conseguiu chegar ao campo de ataque nos primeiros 15 minutos de jogo. O Galo criou boas chances, principalmente com Ricardo Bueno, Magno Alves, Renan Oliveira e Guilherme Santos, mas nenhuma delas levou perigo real ao gol de Márcio.
O Grêmio Prudente foi, pouco a pouco, saindo para o campo de ataque, mas, ainda assim, o Atlético-MG era melhor em campo. O ritmo do Galo, porém, diminuiu um pouco, e o time mineiro já não conseguia chegar ao ataque com tanto ímpeto como no começo do jogo.
A marcação do Grêmio Prudente continuou forte, e o Atlético-MG passou a ter mais dificuldades para chegar perto do gol de Márcio. O 0 a 0 se arrastou até o fim do primeiro tempo, e a torcida atleticana vaiou muito o time alvinegro na saída para o vestiário.
Drama na Arena
Dorival Júnior mandou Patric e Neto Berola a campo, nos lugares de Rafael Cruz e Renan Oliveira, na volta para o segundo tempo. O objetivo do treinador era dar mais poder ofensivo ao Atlético-MG, mas o que faltava ao time, na verdade, era organização. Aos 10 minutos, quem entrou foi Mancini, no lugar de Ricardo Bueno, que deixou o gramado da Arena sob imensa vaia.
A cada minuto, o jogo ficava mais dramático para o Atlético-MG, que seguia buscando, sem sucesso, maneiras eficazes de penetrar na defesa do Grêmio Prudente. O primeiro bom momento do Galo na etapa final veio aos 16 minutos, com Mancini, que soltou a bomba da entrada da área. A bola tirou tinta da trave direita de Márcio.
Se as coisas já eram difíceis para o Atlético-MG, ficaram ainda piores quando, aos 30 minutos, Leonardo Silva recebeu o cartão vermelho. Para piorar ainda mais, Serginho também foi expulso, aos 33 minutos.
Com dois a mais em campo, o Grêmio Prudente passou a tocar a bola e a colocar o Atlético-MG na roda. Para deixar a partida ainda mais dramática, o árbitro ainda anulou um gol do Galo, após cruzamento de Fillipe Soutto e cabeceio de Réver. O auxiliar assinalou impedimento.
O jogo seguiu desta maneira até o fim, com o Galo tentando desesperadamente o gol salvador, que não saiu. Ao time de Dorival Júnior restou ver os jogadores do Grêmio Prudente fazerem a festa e comemorarem a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil.
atlético-mg 0 x 0 grêmio prudente
Renan Ribeiro; Rafael Cruz (Patric), Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos; Serginho, Fillipe Soutto, Jackson e Renan Oliveira (Neto Berola); Ricardo Bueno (Mancini) e Magno Alves. Márcio; Wanderson Cafu, Douglas, Edinei e Rai; Anderson Pedra, Daniel, Saldanha (Alceu) e Elivélton (Rhayner); Eraldo e Juan (Alex Maranhão).
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Márcio Goiano.
Motivo: partida de volta da segunda fase da Copa do Brasil. Data: 6/4/2011. Horário: 21h50m (de Brasília). Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG). Árbitro: Pathrice Wallace Correia Maira (RJ). Auxiliares: Eduardo de Souza Couto (RJ) e Francisco Pereira de Sousa (RJ).
Público: 6.968 pagantes. Renda: R$ 33.925,00. Cartões amarelos: Leonardo Silva, Réver e Guilherme Santos (Atlético-MG); Douglas (Grêmio Prudente). Cartões vermelhos: Leonardo Silva e Serginho (Atlético-MG).
 

RBR tenta abrir vantagem, e Ferrari corre atrás dos líderes na Malásia

Depois de vencer com sobras na abertura da temporada, na Austrália, Vettel tenta repetir neste domingo o triunfo do ano passado no circuito de Sepang

Por GLOBOESPORTE.COM Sepang, Malásia
RBR e Ferrari abriram a temporada como as favoritas depois de bons desempenhos nos testes da pré-temporada. A equipe austríaca confirmou as expectativas na primeira prova do ano, com a vitória de Sebastian Vettel. A escuderia italiana não, com os dois pilotos fora do pódio e Felipe Massa em sétimo. Neste fim de semana, a Fórmula 1 chega ao circuito de Sepang, na Malásia, com o time da Áustria tentando disparar e o carro vermelho correndo para não ficar para trás. A corrida está marcada para domingo, às 5h (de Brasília).
- Se tiramos uma lição para casa depois desta corrida, é que ainda temos muito que fazer – escreveu Felipe Massa sobre o GP da Austrália.
Os pneus devem ser importantes coadjuvantes no GP da Malásia. Com a temperatura mais alta do país asiático, a tendência é de que haja um desgaste maior. Além disso, a possibilidade de chuva pode ser o primeiro grande teste apara a nova fabricante (a Rede Globo transmite ao vivo o treino na madrugada de sábado e a prova no domingo).
Vettel GP Malasia (Foto: Getty Images)Vettel, que venceu com tranquilidade na Malásia em 2010, é favorito para repetir o feito (Foto: Getty Images)
header fórmula 1 - sinal verde (Foto: arte esporte)
Sebastian Vettel: Campeão de 2010, Sebastian Vettel começou a nova temporada como terminou a anterior: vencendo. Na verdade, o início foi ainda melhor, já que o alemão sobrou na primeira prova de 2011. O piloto da RBR fez a pole position em Melbourne e chegou na primeira posição com mais de 22s de vantagem para Lewis Hamilton, o segundo colocado. Como afirmou Fernando Alonso, “Vettel parecia estar em outro planeta”.
header fórmula 1 - sinal vermelho (Foto: arte esporte)
Asa móvel: Inovação para esta temporada, a asa traseira móvel teve pouco impacto em sua primeira corrida. Desenvolvida para promover mais ultrapassagens, a tecnologia não teve muito sucesso no GP da Austrália. Na Malásia, a novidade terá uma reta maior para ser testada e, talvez, fazer a diferença.
header fórmula 1 - o circuito (Foto: arte esporte)

O GP da Malásia em 2010 começou a ser decidido no treino classificatório, quando McLaren e Ferrari tentaram esperar o fim da tempestade tropical para entrar na pista, mas acabaram ficando fora do treino. Em um domingo sem chuva no circuito de Sepang, a RBR deixou para trás duas corridas com problemas e finalmente encontrou o sucesso. Sebastian Vettel tomou a ponta na largada e não a deixou mais, conquistando a primeira vitória da temporada que terminaria com seu título. Seu companheiro Mark Webber completou a dobradinha da equipe austríaca, com Nico Rosberg, da Mercedes, em Mercedes.
O brasileiro Felipe Massa, obrigado a fazer uma corrida de recuperação, terminou a prova no sétimo lugar, mas saiu comemorando a liderança do campeonato. O motor da Ferrari de Fernando Alonso quebrou na penúltima volta.

Com Herrera de garçom, e Loco artilheiro, Bota chega às oitavas

Depois de dois anos eliminado na segunda fase da Copa do Brasil, Alvinegro bate o Paraná por 3 a 0 e se classifica para as oitavas de final

por Gustavo Rotstein
Se nos dois últimos anos, o Botafogo deixou o Engenhão de cabeça baixa, eliminado em casa na segunda fase da Copa do Brasil, nesta quarta-feira a torcida alvinegra teve motivos para sorrir. O clube deixou de lado as frustrações de 2009 e 2010, quando caiu diante de Americano e Santa Cruz, e alcançou as oitavas de final da competição ao derrotar o Paraná Clube por 3 a 0.
O Botafogo, que havia vencido por 2 a 1 em Curitiba, contou, no Engenhão, com o protagonismo de sua dupla de ataque. Em um dia de garçom, Herrera deu os passes para os dois gols de Loco Abreu. Caio, que substituiu o uruguaio no segundo tempo, fechou o placar, em cobrança de pênalti. Como resultado final de uma equipe que voltou a mostrar equilíbrio entre seus setores, sem sofrer muitos sustos durante os 90 minutos, conquistou a classificação para enfrentar o Avaí na próxima fase. Antes, neste domingo, o time de Caio Júnior encara o Flamengo, no Engenhão, para se manter vivo no Campeonato Carioca.
Apesar da vantagem de poder perder por 1 a 0, o Botafogo procurou, desde o início da partida, o gol que lhe daria tranquilidade ainda maior. Assim, apostou principalmente na velocidade de Márcio Azevedo, Everton e Herrera para levar a melhor sobre a defesa do Tricolor paranaense. Com uma saída rápida para o ataque e constante troca de passes, o Alvinegro logo garantiu o domínio do campo.
Comemoração Loco Abreu Botafogo x Paraná (Foto: Agência Globo) Loco Abreu comemora o gol que abriu o placar
no Engenhão (Foto: Agência Globo)
No entanto, a equipe errava as conclusões. Um dos mais acionados, Herrera não se encontrava em campo, chegando a tropeçar na bola. Aos dez minutos, após cabeçada de Antônio Carlos para o centro da área, o argentino perdeu chance incrível, chutando por cima. Muitos torcedores, em um gesto raro, criticaram o atacante. A partir dos 20 minutos, diante da impaciência dos poucos presentes ao estádio e com a frustração pelas falhas, o Alvinegro passou a ceder espaços ao Paraná, que equilibrou o duelo.
Mas felizmente para a mesma torcida que ensaiou vaias para um de seus ídolos, Herrera não desiste. E foi acreditando em uma bola quase perdida pela linha de fundo que, aos 29 minutos, o argentino cruzou do lado direito para Loco Abreu. O uruguaio subiu com estilo, cabeceou para o chão e abriu o placar para o time da casa.
Satisfeito com a vantagem, o Botafogo novamente se acomodou e terminou o primeiro tempo sendo dominado pelo Paraná. A equipe visitante exigiu uma grande defesa de Jefferson, em chute de Diego, e levou perigo em sucessivas cobranças de escanteio.

Com o lateral-direito Lucas substituindo Bruno Tiago no meio-campo, o Botafogo retornou para o segundo tempo com uma postura ainda mais agressiva. O objetivo era marcar mais um gol, evitar a disputa de pênaltis e garantir a classificação. Não demorou muito para o plano dar resultado. Aos nove minutos, Herrera puxou contra-ataque pela esquerda e viu Loco Abreu livre dentro da área. O argentino cruzou rasteiro, e o camisa 13 completou para a rede: 2 a 0.
Logo em seguida, o artilheiro deixou o campo, substituído por Caio. O treinador Caio Júnior ouviu críticas, mas a decisão teve como objetivo poupar Abreu, que sentia dores musculares e precisa estar na melhor forma possível para enfrentar o Flamengo no domingo. O mesmo aconteceu com Herrera, que aos 31 minutos deixou o campo para a entrada de Willian.
Mesmo com a classificação encaminhada, o Botafogo se preocupou em não dar chances para o Paraná. Sem acomodação, o Alvinegro continuou a investir pelo lado direito, criando boas chances de gol. A melhor delas teve um desfecho inacreditável. Herrera avançou aos 22 e, frente a frente com o goleiro Thiago Rodrigues, decidiu dar uma de garçom mais uma vez. O atacante tocou para Everton, que, com o gol vazio, conseguiu mandar a bola no travessão.
Com a vaga praticamente perdida, o Paraná ainda assustou aos 41. Diego chutou de fora da área e obrigou Jefferson a fazer bela defesa. No lance seguinte, o Bota teve mais sorte. Caio invadiu a área e foi derrubado por Serginho. O próprio atacante bateu e selou o triunfo e a classificação alvinegra para as oitavas. Deixando as frustrações de 2009 e 2010 realmente no passado.
BOTAFOGO 3 X 0 PARANÁ
Jefferson, Alessandro, João Filipe, Antônio Carlos e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Arévalo, Bruno Tiago (Lucas) e Everton; Herrrera (William) e Loco Abreu (Caio). Thiago Rodrigues, Paulo Henrique, Luciano Castán, Rodrigo Defendi e Lima; Serginho, Javier Méndez (Taianan) e Packer (Vinícius); Kelvin, Diego e Léo (Renato).
Técnico: Caio Júnior Técnico: Ricardo Pinto
Gols: .Loco Abreu, aos 29 minutos do primeiro tempo e aos nove do segundo; Caio (de pênalti), aos 43
Cartões amarelos: Serginho (PAR)
Data: 06/04/2011. Local: Engenhão (Rio).  Árbitro: Cleber Wellington Abade (SP). Auxiliares: Vicente Romano Neto (SP) e João Nobre Chaves (SP). Público: 4.962 pagantes / 6.014 presentes. Renda: R$ 75.645,00

Inter, muito mal, perde a primeira na Libertadores: 1 a 0 para o Jaguares

Colorado tem atuação muito ruim no México, leva gol no segundo tempo e agora depende da última rodada para classificar

por GLOBOESPORTE.COM
Jaguares x Internacional (Foto: AP)Oscar vai mal na derrota do Inter para o Jaguares
no México (Foto: AP)
Era para pelo menos garantir classificação. Se possível, vencer e aumentar as chances de ter a melhor campanha geral da primeira fase da Libertadores. Mas deu tudo errado para o Inter nesta quarta-feira. Péssima atuação em Tuxtla Gutiérrez, no México, resultou em derrota de 1 a 0 para o Jaguares, e agora o Colorado depende de seu último jogo na fase de grupos, contra o Emelec, para avançar às oitavas de final.
O Inter esteve irreconhecível. Mal no primeiro tempo, conseguiu piorar no segundo. Só reagiu depois de levar o gol, em falha defensiva, mas não a ponto de buscar o empate. O gol de Salazar estacionou o time de Celso Roth em dez pontos no Grupo 6 da Libertadores. O Jaguares subiu para nove. O Emelec tem sete, mas enfrenta o Jorge Wilstermann nesta quinta-feira, na Bolívia, e também pode ir a dez – porém, o saldo é bem inferior ao dos vermelhos.
O revés praticamente extinguiu as chances de o Inter fazer a melhor campanha da Libertadores. Mas a classificação segue próxima. Se vencer o Emelec, o Colorado será o campeão de seu grupo. Se empatar, estará classificado, mas aí corre o risco de cair para segundo. O duelo com os equatorianos é no dia 19 de abril, no Beira-Rio.

Pior que o jogo, só a música
Foi daqueles jogos de tirar bocejo até do torcedor mais animado o primeiro tempo de Jaguares x Inter. Mais chata do que a partida, só a música que o sistema de som colocava a cada poucos segundos, sabe-se lá por que cargas d’água, como costuma acontecer em jogos de beisebol nos Estados Unidos. Dentro de campo, o time colorado jogou o suficiente para controlar os mexicanos durante quase o tempo todo. O 0 a 0 foi a consequência natural da falta de inspiração dos dois times.
O Jaguares havia publicado, em seu site oficial, que a vingança é um prato que se come frio. Mas a torcida não deu muita bola para a tentativa de motivação. Em um estádio quase vazio, o fator local só foi sentido por causa do forte calor, superior a 30 graus, em Tuxtla Gutiérrez. Mesmo assim, o Inter segurou bem a onda. Pouco ameaçou, mas também esteve longe de virar pressão.
O Inter foi a campo com a repetição do desenho de dois volantes e três meias. Assim, conseguiu, na metade inicial do primeiro tempo, ter a posse de bola. D’Alessandro, como de costume, foi o centro dos avanços colorados. Zé Roberto foi bastante participativo, mas não teve muita vitória pessoal. Oscar esteve discreto.
A melhor chance colorada foi com Leandro Damião. Aos 19 minutos, ele protegeu bem a bola dentro da área e mandou chute cruzado, rasteiro. O goleiro Villaseñor defendeu.
O Jaguares cresceu na metade final da primeira etapa. A reação foi anunciada quando Andrade, com 23 minutos, mandou um chute no travessão do Inter. A bola encobriu Lauro, que conseguiu tocar de leve nela, o suficiente para evitar o gol. Mais tarde, Torres também teve sua chance. Recebeu pela direita, livre de marcação, e mandou chute fraco. Lauro pegou.

Era ruim, ficou pior
Pior do que um empate em um primeiro tempo ruim é uma derrota em um segundo tempo péssimo. O Inter se perdeu de vez na volta do intervalo e acabou vazado pelo Jaguares. Os mexicanos, com as entradas de Manso e Salazar, cresceram muito na partida. E ainda contaram com uma ajuda do adversário para chegar ao gol.
Foi aos dez minutos. Nei, no campo de defesa, foi desarmado por Rodríguez, que avançou livre em direção à área. Ele acionou Salazar, marcado de perto por Índio. O giro sobre o zagueiro colorado ocorreu com uma facilidade assustadora. Aí foi só desviar de Lauro.
O Inter tentou reagir. Celso Roth tirou Oscar (talvez em sua pior partida pelo Inter) e colocou Rafael Sobis. Também mandou Andrezinho a campo no lugar de Zé Roberto. Os gaúcho ao menos passaram a criar chances. Guiñazu desarmou, avançou com a bola e mandou o chute, mas o goleiro pegou. Sobis arriscou de longe, por cima. Andrezinho arriscou por cobertura, mas o goleiro espalmou.
Roth ainda fez troca de utilidade questionável. Tirou Bolatti, colocou Wilson Matias. Andrezinho, em cobrança de falta, obrigou o goleiro mexicano a trabalhar novamente. Cabeceio de Leandro Damião foi a chance derradeira do Inter em uma quarta-feira negativa para os colorados.

JAGUARES 1 X 0 INTERNACIONAL
Israel Villaseñor, Miguel Martínez, Omar Flores, Oscar Razo e Jaime Durán; Alan Zamora (Salazar), Francisco Torres (Damián Manso), José Ruiz (Recodo), Edgar Andrade e Jorge Hernández; Jorge Rodríguez. Lauro, Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Bolatti (Wilson Matias), Guiñazu, Oscar (Rafael Sobis), D'Alessandro e Zé Roberto (Andrezinho); Leandro Damião.
T: José Guadalupe Cruz T: Celso Roth
Estádio: Victor Manuel Reyna, em Tuxtla Gutiérrez (México). Data: 06/04/2011. Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia). Auxiliares: Humberto Clavijo (Colômbia) e Javier Camargo (Colômbia).
Gol: Salazar, aos 10 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Leandro Damião (Inter).

Barrichello visita mesquita vestido com roupa típica da Malásia

Piloto da Williams está no país para a disputa do GP de Sepang no Domingo

Por GLOBOESPORTE.COM Sepang, Malásia
rubens barrrichello em Mesquita na Malásia (Foto: Divulgação)Rubinho em mesquita na Malásia (Foto: Divulgação)
Antes de iniciar os treinos para o GP de Sepang, na Malásia, Rubens Barrichello aproveitou o tempo livre para conhecer uma mesquita. Vestido com traje típico do país, o piloto postou em seu Twitter uma imagem da visita.
- Lugares diferentes, religiões diferentes e vestimenta diferente. Aqui na mesquita na Malásia – escreveu.
No GP de abertura desta temporada da Fórmula 1, em Melbourne, na Austrália, Rubinho foi apenas o 18º colocado e não somou pontos na disputa pelo Mundial de Pilotos da categoria.
Neste domingo, o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo o que acontece em Sepang, a partir das 5h (de Brasília), em Tempo Real, com vídeos.

Barrichello visita mesquita vestido com roupa típica da Malásia

Piloto da Williams está no país para a disputa do GP de Sepang no Domingo

Por GLOBOESPORTE.COM Sepang, Malásia
rubens barrrichello em Mesquita na Malásia (Foto: Divulgação)Rubinho em mesquita na Malásia (Foto: Divulgação)
Antes de iniciar os treinos para o GP de Sepang, na Malásia, Rubens Barrichello aproveitou o tempo livre para conhecer uma mesquita. Vestido com traje típico do país, o piloto postou em seu Twitter uma imagem da visita.
- Lugares diferentes, religiões diferentes e vestimenta diferente. Aqui na mesquita na Malásia – escreveu.
No GP de abertura desta temporada da Fórmula 1, em Melbourne, na Austrália, Rubinho foi apenas o 18º colocado e não somou pontos na disputa pelo Mundial de Pilotos da categoria.
Neste domingo, o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo o que acontece em Sepang, a partir das 5h (de Brasília), em Tempo Real, com vídeos.

Após acidente fatal de Sondermann, pilotos criam uma comissão própria

Grupo de atletas cobrará atitudes das autoridades do automobilismo brasileiro; segurança é o principal ponto a ser cobrado pelos novos líderes da categoria

Por Ivan Moré e Rafael Honório São Paulo
A morte de Gustavo Sondermann alertou os bastidores do automobilismo para a falta de segurança dos autódromos brasileiros. Para diminuir o risco nas pistas, os pilotos decidiram criar uma comissão própria. Os líderes deste grupo serão Felipe Maluhy, Nonô Figueiredo, Allam Khodair e Luciano Burti. Eles serão os porta-vozes da categoria e serão os responsáveis por cobrar as autoridades automobilísticas.
- Nós vínhamos fazendo vários pedidos para que atitudes fossem tomadas diante das nossas previsões em relação a acidentes. Pelo fato de ser piloto, às vezes, a gente consegue uma visão mais ampla daquilo que pode vir a acontecer. Então, a partir dessa comissão, não serão mais pedidos e sim imposições para que tenhamos de fato mudanças que achamos necessárias - explicou Thiago Camilo, da RCM Motorsport.
Pedro Boesel Gustavo Sondermann acidente (Foto: Vanderley Soares)O acidente fatal de Sondermann chamou a atenção dos pilotos, que cobram segurança das autoridades envolvidas no automobilismo; comissão será responsável por cobrar mudanças (Foto: Vanderley Soares)
Essa não é a primeira vez que uma comissão de pilotos é criada. Mas as solicitações feitas pelo grupo anterior, normalmente, não eram atendidas pelas autoridades brasileiras. Luciano Burti, da Boettger Competições, e Daniel Serra, da RBR, afirmam que a segurança sempre foi o tema principal do grupo.
- Desde de 2007, a gente tem a comissão de pilotos que visa, principalmente, a melhorar a segurança. Algumas coisas técnicas são analisadas, mas, principalmente, a segurança dos autódromos - disse Burti.
- A gente já tentou fazer uma comissão. Já brigamos pela Curva do Café algumas vezes e não conseguimos. Tem gente que acha que não estamos questionando porque a gente não sai a público fazendo baruho. Mas, internamente, os pilotos estão sempre tentando melhorar a segurança no autódromo - comentou Serrinha.
O paulista Popó Bueno, dono do carro 74 da A.Mattheis, preferiu falar sobre os riscos de acidentes durante as corridas. Para o piloto, o automobilismo deve estar sempre de olho em novos equipamentos para a segurança dos atletas.
- O automobilimso não pode ficar parado nunca. Temos que seguir atualizando os carros e tornando-os mais seguros. E a pista também - cobrou.
disputa Stock Car etapa Campo Grande (Foto: Duda Bairros / Stock Car)Pilotos esperam com a nova comissão diminuir os riscos de acidentes durante as provas da Stock Car; eles sabem que não é apenas o Autódromo de Interlagos que necessita de mudanças (Foto: Duda Bairros)
O acidente fatal de Gustavo Sondermann aconteceu na Curva do Café, local conhecido como um dos mais perigosos do Autódromo de Interlagos. Mas os pilotos sabem que em outros circuitos brasileiros o risco é ainda maior.
- Quase todo autódromo tem um ou outro ponto que é perigoso. Em Interlagos, outro lugar que ninguém fala é a entrada dos boxes. Ela é perigosa, porque temos um muro ali. Todo autódromo precisa de alguma melhora - explicou Serra.
- Apesar da Curva do Café, que é bem perigosa, Interlagos é muito estruturado. A gente sabe das necessidades que temos em outras pistas e isso vai ser cobrado. Nós vamos ter uma evolução muito grande com essa comissão. A gente vai conseguir tirar bom proveito disso tudo e cobrar a CBA de maneira mais rígida para que as coisas aconteçam - finalizou Thiago Camilo.

Após acidente fatal de Sondermann, pilotos criam uma comissão própria

Grupo de atletas cobrará atitudes das autoridades do automobilismo brasileiro; segurança é o principal ponto a ser cobrado pelos novos líderes da categoria

Por Ivan Moré e Rafael Honório São Paulo
A morte de Gustavo Sondermann alertou os bastidores do automobilismo para a falta de segurança dos autódromos brasileiros. Para diminuir o risco nas pistas, os pilotos decidiram criar uma comissão própria. Os líderes deste grupo serão Felipe Maluhy, Nonô Figueiredo, Allam Khodair e Luciano Burti. Eles serão os porta-vozes da categoria e serão os responsáveis por cobrar as autoridades automobilísticas.
- Nós vínhamos fazendo vários pedidos para que atitudes fossem tomadas diante das nossas previsões em relação a acidentes. Pelo fato de ser piloto, às vezes, a gente consegue uma visão mais ampla daquilo que pode vir a acontecer. Então, a partir dessa comissão, não serão mais pedidos e sim imposições para que tenhamos de fato mudanças que achamos necessárias - explicou Thiago Camilo, da RCM Motorsport.
Pedro Boesel Gustavo Sondermann acidente (Foto: Vanderley Soares)O acidente fatal de Sondermann chamou a atenção dos pilotos, que cobram segurança das autoridades envolvidas no automobilismo; comissão será responsável por cobrar mudanças (Foto: Vanderley Soares)
Essa não é a primeira vez que uma comissão de pilotos é criada. Mas as solicitações feitas pelo grupo anterior, normalmente, não eram atendidas pelas autoridades brasileiras. Luciano Burti, da Boettger Competições, e Daniel Serra, da RBR, afirmam que a segurança sempre foi o tema principal do grupo.
- Desde de 2007, a gente tem a comissão de pilotos que visa, principalmente, a melhorar a segurança. Algumas coisas técnicas são analisadas, mas, principalmente, a segurança dos autódromos - disse Burti.
- A gente já tentou fazer uma comissão. Já brigamos pela Curva do Café algumas vezes e não conseguimos. Tem gente que acha que não estamos questionando porque a gente não sai a público fazendo baruho. Mas, internamente, os pilotos estão sempre tentando melhorar a segurança no autódromo - comentou Serrinha.
O paulista Popó Bueno, dono do carro 74 da A.Mattheis, preferiu falar sobre os riscos de acidentes durante as corridas. Para o piloto, o automobilismo deve estar sempre de olho em novos equipamentos para a segurança dos atletas.
- O automobilimso não pode ficar parado nunca. Temos que seguir atualizando os carros e tornando-os mais seguros. E a pista também - cobrou.
disputa Stock Car etapa Campo Grande (Foto: Duda Bairros / Stock Car)Pilotos esperam com a nova comissão diminuir os riscos de acidentes durante as provas da Stock Car; eles sabem que não é apenas o Autódromo de Interlagos que necessita de mudanças (Foto: Duda Bairros)
O acidente fatal de Gustavo Sondermann aconteceu na Curva do Café, local conhecido como um dos mais perigosos do Autódromo de Interlagos. Mas os pilotos sabem que em outros circuitos brasileiros o risco é ainda maior.
- Quase todo autódromo tem um ou outro ponto que é perigoso. Em Interlagos, outro lugar que ninguém fala é a entrada dos boxes. Ela é perigosa, porque temos um muro ali. Todo autódromo precisa de alguma melhora - explicou Serra.
- Apesar da Curva do Café, que é bem perigosa, Interlagos é muito estruturado. A gente sabe das necessidades que temos em outras pistas e isso vai ser cobrado. Nós vamos ter uma evolução muito grande com essa comissão. A gente vai conseguir tirar bom proveito disso tudo e cobrar a CBA de maneira mais rígida para que as coisas aconteçam - finalizou Thiago Camilo.

Gramado do Maracanã começa a ser retirado nesta quarta-feira

Dois tratores iniciaram a remoção da grama na parte da tarde. Segundo o cronograma da Fifa, estádio precisa estar pronto em dezembro de 2012

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
Palco de jogos inesquecíveis, o gramado do Maracanã começou a ser retirado por dois tratores na tarde desta quarta-feira. As obras visando a Copa do Mundo de 2014 seguem a todo vapor. Segundo o cronograma da Fifa, o estádio precisa estar pronto em dezembro do ano que vem a tempo de ser utilizado na Copa das Confederações.
Grande parte das arquibancadas já foi demolida. As traves também foram retiradas nesta quarta-feira. Ao redor do gramado, entulhos e caminhões complementam o cenário.
-- O primeiro passo no gramado já foi dado. Depois vamos começar a mexer na parte da irrigação - confirmou a Secretária Estadual de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Márcia Lins, logo após participar da cerimônia que eternizou os pés do ex-jogador Sócrates na Calçada da Fama do Maracanã.
Obras maracanã (Foto: Edgard Sá / Globoesporte.com)Tratores começaram a retirar a grama na parte da tarde (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)

Já em São Paulo, Wellington Paulista se oferece para jogar pelas oitavas

Camisa 9 diz que está à disposição para entrar em campo semana que vem, pela Copa do Brasil. Cruzeiro confirma negociação fechada

Por Cassio Barco e Fernando Vidotto São Paulo
O que Felipão mais queria era um camisa 9. E ele chegou a São Paulo na tarde desta quarta-feira. Wellington Paulista, reforço anunciado pelo Palmeiras por empréstimo até o fim deste ano, desembarcou já pronto para entrar em campo. Ele se ofereceu para jogar pelo Verdão na semana que vem, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Santo André e Sampaio Corrêa disputam nesta quarta-feira a vaga para enfrentar o time paulista. O Cruzeiro chegou a ameaçar o acerto, pois exigia que o lateral Vitor trocasse o Palestra pela Toca. No fim da noite, a diretoria celeste confirmou que tudo foi sacramentado.
- Se o Felipão quiser me usar na quarta na Copa do Brasil estou à disposição, até porque estava jogando pelo Cruzeiro, então estou com ritmo. Não tenho problemas com pressão e estou acostumado a ser camisa 9 - ressaltou o jogador, chamando a responsabilidade para si.
Sorridente por poder voltar para a capital paulista, Wellington fez elogios ao novo clube e disse que só não chegou antes por causa do Cruzeiro. Nesta quinta, o atacante passa por exames médicos, assina contrato e fica na expectativa pela apresentação oficial com a camisa alviverde.
- Estou muito feliz por voltar para casa, para onde nasci. Há dois anos o Palmeiras está tentando me trazer para cá e só não conseguiu antes porque o Cruzeiro não liberava. O Palmeiras é um time muito bom, marca bem, sabe sair jogando bem e mescla juventude com experiência.
Wellington Paulista Palmeiras (Foto: Fernando Vidotto / TV Globo)Wellington Paulista veste camisa do Palmeiras na chegada a São Paulo (Foto: Fernando Vidotto / TV Globo)

Na Calçada da Fama, Sócrates desabafa: 'Sinto saudade do bom futebol'

Ex-jogador eterniza seus pés no Maracanã, reclama da qualidade dos jogadores atuais e aposta no sucesso de Adriano no Corinthians

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
Sócrates coloca os pés na calçada da fama do Maracanã (Foto: Edgar Maciel / GLOBOESPORTE.COM)Ao lado de Márcia Lins, Secretária Estadual de
Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Sócrates coloca
os pés na calçada da fama do Maracanã (Foto:
Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)
Sócrates já fazia parte dos 100 jogadores homenageados pela Calçada da Fama do Maracanã. Mas, só nesta quarta-feira, o ex-jogador do Corinthians, Flamengo, Santos e Seleção Brasileira eternizou seus pés ao lado de outros ídolos do futebol nacional e mundial. Em uma cerimônia rápida diante de um estádio parcialmente destruído pelas obras para a Copa do Mundo de 2014, o doutor fugiu do clichê da emoção pelo momento único. Ao analisar a homenagem, disse que nada sentia de especial. Para ele, estar ali era um compromisso como todos em sua carreira. Destacando que o importante não são os feitos e sim a felicidade, Sócrates só lamentou a qualidade do futebol exibida hoje em dia.
- Não sinto nada especial. O importante é ser feliz. Só sinto saudade do bom futebol. Hoje não se joga mais futebol. Os atletas só correm. O que vence o jogo não é a qualidade e sim o estado atlético das equipes - disse o ex-jogador, sugerindo ainda uma solução para o problema.
- Tenho uma tese: 9 contra 9, no mesmo espaço que se joga hoje. Assim não daria para se esconder atrás de uma linha de três volantes. Até o zagueiro central teria de saber jogar.
Apesar de ter defendido o Flamengo entre 1985 e 1987, Sócrates lembrou de sua estreia pela Seleção Brasileira ao falar da melhor recordação que tem do Maracanã.
- Não lembro nem contra quem foi. Mas o que importa é a camisa amarela. E acho o Maracanã lindo do jeito que está. Vai mudar muita coisa. Vamos mostrar a força de nosso país nessa reconstrução do estádio - disse ele, que fez sua primeira partida pelo Brasil em uma goleada por 6 a 0 sobre o Paraguai, no dia 17 de maio de 1979.
Com 57 anos e um dos maiores ídolos da história do Corinthians, ele analisou a recente contratação de Adriano. E aprovou, mas o mesmo otimismo não apareceu na hora de comentar o projeto do futuro estádio do Timão.
- Só depende do Adriano. Quando eu tinha 34 anos, também queria jogar (Adriano tem 29). Mas não conseguia mais. Não é o caso dele. É só se condicionar fisicamente. Os problemas extracampo não me assustam. Qualquer um está sujeito a isso. Hoje eu até seria considerado um antiatleta. Por causa dos estudos eu treinava menos do que deveria - disse o capitão da Seleção na Copa de 82, para depois criticar o futuro estádio do Corinthians.
- Estádio? Por enquanto é só um projeto. Se é que ele realmente existe.
Sócrates coloca os pés na calçada da fama do Maracanã (Foto: Agência Estado)Sócrates sorri com os moldes nas mãos e o Maracanã em obras ao fundo (Foto: Agência Estado)