domingo, 23 de outubro de 2011

Na chuva e na raça, Cruzeiro faz 3 a 2 no Atlético-GO e fica fora do Z-4
Torcida presente na Arena do Jacaré deixou o estádio satisfeita com a vitória celeste, após 11 rodadas do Brasileiro sem conquistar três pontos
 
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
Foi dramático. Alguns diriam que a vitória do Cruzeiro sobre o Atlético-GO teve requintes de crueldade. De fato, o placar de 3 a 2 a favor da equipe celeste foi conquistado com suor e raça, mesmo que, em vários momentos, o futebol apresentado não foi o que se esperava. O Dragão saiu na frente, com Thiago Feltri, mas a Raposa empatou ainda no primeiro tempo, com Farías. Na segunda etapa, porém, Felipe colocou os goianos novamente em vantagem, mas Anselmo Ramon, duas vezes, garantiu os três pontos ao time mineiro.
farias cruzeiro x atlético-go (Foto: Juliana Flister/VIPCOMM)Farías comemora o primeiro gol do Cruzeiro (Foto: Juliana Flister / Vipcomm)
Foi a primeira vitória do Cruzeiro sob o comando do técnico Vágner Mancini. Além disso, foi o primeiro triunfo no segundo turno. A equipe celeste vinha de 11 partidas sem conseguir um resultado positivo. O Atlético-GO, muito bem organizado pelo técnico Hélio dos Anjos, foi um adversário brioso e perigoso, mas não conseguiu evitar a derrota.
O pequeno público, de apenas 5.595 pagantes, que enfrentou a chuva torrencial, deixou a Arena do Jacaré satisfeito. Os torcedores celestes foram para casa após testemunharem um golaço de Anselmo Ramon, o terceiro do Cruzeiro, de fora da área. O chute do atacante surpreendeu o goleiro Márcio, que esperava um cruzamento.
Na próxima rodada, o Cruzeiro vai ao Rio de Janeiro, onde encara o Botafogo, às 18h (de Brasília). A partida será realizada no sábado, no estádio Engenhão. Já o Atlético-GO receberá o Internacional no domingo, às 18h, no Serra Dourada.
Muita lama e correria
O clima frio e chuvoso atrapalhou a partida de várias maneiras. No 14º jogo no estádio em outubro, o gramado apresentava vários pontos de lama. Além disso, a presença do público era pequena, já que, sob chuva, muitos torcedores desistiram de pegar a estrada de Belo Horizonte a Sete Lagoas.
Antes do início da partida, o Cruzeiro já sabia todos os resultados dos concorrentes diretos. Com a derrota do Ceará, por 1 a 0, para o Atlético-PR, a Raposa entrou em campo precisando apenas de um empate para deixar a zona de rebaixamento. Com três zagueiros, o técnico Vágner Mancini optou por Naldo, Victorino e Léo na defesa. O treinador do Dragão, Hélio dos Anjos, por sua vez, não se intimidou e manteve a linha de frente com os rápidos Vítor Júnior, Anselmo e Felipe.
Montillo, como se quisesse apagar de vez da memória o pênalti perdido contra o Corinthians, era pura raça e dividia cada jogada como se fosse um prato de comida. A disposição do argentino empolgava o torcedor nas arquibancadas. Mas a fase celeste mostrou como a situação é crítica. Aos 15 minutos, o lateral-direito Rafael Cruz tocou na bola, que desviou em Marquinhos Paraná, caiu nos pés de Felipe, que deixou Thiago Feltri, ex-jogador do rival Atlético-MG, livre para chutar duas vezes e abrir o placar para os goianos. Silêncio na Arena do Jacaré.
Após o gol, a torcida perdeu a paciência com Vitor, que não teve um bom início de partida. A cada bola tocada pelo jogador, as vaias eram ensurdecedoras. A impaciência também tomou conta de Vágner Mancini, que sacou o lateral para a entrada de Roger.
O Cruzeiro melhorou e passou a pressionar. Anselmo Ramon perdeu grande chance. Farías também levou perigo, mas Márcio fez grande defesa. Porém, na segunda oportunidade, aos 41 minutos, o argentino não desperdiçou. Recebeu livre de Anselmo Ramon e chutou rasteiro, no canto esquerdo de Márcio. Tudo igual no placar e alívio para os cruzeirenses.
Virada na raça
No intervalo, Fabrício reclamou de dores musculares na panturrilha e deixou o time para a entrada do meia Élber. O técnico Hélio dos Anjos, por sua vez, não promoveu nenhuma alteração na equipe goiana. O time da casa voltou melhor, e Farías quase virou o placar, após chute no ângulo do gol de Márcio, que fez grande defesa. Na sequência, Roger pegou rebote do escanteio e chutou rente à trave, com o goleiro já batido.
A pressão celeste era grande. Os goianos tinham dificuldades para atacar mas, esporadicamente, encontravam espaços na defesa do Cruzeiro. E foi em um cochilo da defesa celeste, aos 21 minutos, que Felipe calou a Arena do Jacaré. O atacante tocou por cima, na saída de Fábio. Foi o terceiro gol dele contra a Raposa no campeonato, já que marcou os dois na vitória no primeiro turno.
Mas o empate veio pouco depois, com Anselmo Ramon completando escanteio de Montillo, aos 25 minutos. O zagueiro Léo chegou a desviar a bola antes de chegar aos pés do atacante. O gol colocou o Cruzeiro de volta ao jogo, e a torcida voltou a empurrar o time.
Mas a noite era de Anselmo Ramon. Em um chute cruzado, de fora da área, ele soltou o grito de gol da torcida nas arquibancadas da Arena do Jacaré. O goleiro Márcio, imóvel, apenas olhou a bola morrer no fundo das redes. Festa azul em Sete Lagoas, após 11 rodadas sem vitórias do Cruzeiro. A equipe, com muita raça, se manteve fora da zona de rebaixamento.

Com arrancada no fim, Adriana da Silva conquista o ouro da maratona

Brasileira ultrapassa mexicana faltando quatro quilômetros, cruza a linha
de chegada na frente e de quebra ainda bate o recorde pan-americano

Por Gustavo Rotstein Direto de Guadalajara, México
As ruas de Guadalajara têm uma nova dona, ao menos neste domingo: Adriana da Silva. Com uma arrancada espetacular nos últimos quatro quilômetros, a brasileira conquistou o ouro na maratona, com a marca de 2h36m37s. De quebra, ainda bateu o recorde Pan-Americano, que pertencia a chilena Erika Oliveira (2h37m41s) desde o Pan de Winnipeg (Canadá), em 1999. A mexicana Madai Perez, que dominou a corrida desde o início, sentiu o cansaço no fim e teve de se contentar com a medalha de prata. Lucy Tejeda, do Peru, garantiu o bronze.
Pan maratona Adriana da Silva (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)Adriana cruza a em primeiro lugar e festeja o ouro (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)
Adriana passou os 20 primeiros quilômetros de prova brigando pela terceira posição e tentando superar o forte calor de Guadalajara. Na segunda metade dos 42km, no entanto, a fundista brasileira apertou a sua passada e deixou a mexicana Paula Apolônio para trás. Em seguida, ultrapassou a peruana Gladys Tejeda. A 10 km para o fim da prova, aumentou o ritmo e viu a diferença construída pela mexicana Madai Perez cair. No km 38, Adriana passou a líder com tranquilidade e não teve problemas para cruzar a linha de chegada na frente em 2h3m37s.
Em dia de histeria feminina para Neymar, Fla e Santos empatam
Craque do Santos faz gol, brilha e ouve gritos da torcida a todo momento que pega na bola. Rubro-negros ficam mais longe da liderança

A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Dois meses e 26 dias depois de fazerem um jogo épico na Vila Belmiro, considerado o melhor dos últimos tempos, Flamengo e Santos se reencontraram no Engenhão neste domingo sem o mesmo brilho e algumas das principais estrelas daquele duelo que terminou 5 a 4 para os rubro-negros, na 12ª rodada. Daqueles, quem esteve presente desta vez foi Neymar, que naquela ocasião saiu com a derrota. Agora, sob histeria da torcida feminina, que gritava toda vez que pegava na bola, o craque voltou a ser o destaque. Fez gol, comemorou inspirado em passos que aprendeu com as dançarinas do Faustão e comandou o time com seu repertório de grandes jogadas. Mas saiu novamente sem a vitória. O Flamengo reagiu e, comandado pelo garoto Thomás, conseguiu o empate por 1 a 1.
Faixa Neymar Engenhão flamengo x santos (Foto: Adilson Barros/Globoesporte.com)Faixa de torcedoras para Neymar no Engenhão
(Foto: Adilson Barros/Globoesporte.com)
Deivid fez o gol do Flamengo, que com o resultado segue na briga pelo título mas ficou mais longe do líder, já que o Vasco chegou aos 57 pontos após vencer o Bahia por 2 a 0. Os rubro-negros estão com 52, em quarto, com o mesmo número de pontos do Botafogo, mas atrás pelo critério de desempate de vitórias. O Santos, sem aspirações ao título e sonhando com o Mundial de Clubes no fim do ano, está com 42.
A partida teve arbitragem polêmica. O árbitro Paulo Godoy Bezerra deixou de marcar um pênalti de Welinton em Neymar e anulou erradamente um gol legal do Flamengo, marcado por Alex Silva.
O gol de Neymar foi de pênalti, sofrido por Allan Kardec em jogada sensacional, ao driblar dois jogadores e ser derrubado por Alex Silva, o terceiro  O atacante vestiu a camisa 10 de Pelé, que neste domingo completou 71 anos de idade. E com uma coroa impressa perto do número, não fez feio e mostrou inspiração na partida válida pela 31ª rodada do Brasileirão.
Na próxima rodada, o Flamengo - que na quarta-feira vai ao Chile na missão impossível de ao menos devolver os 4 a 0 sofridos para o Universidad de Chile pela Copa Sul-Americana para tentar a vaga nos pênaltis - terá um jogo importantíssimo. Vai encarar, no domingo, no Olímpico, o Grêmio, que pela primeira vez em seus domínios enfrentará Ronaldinho Gaúcho desde seu retorno ao Brasil. O Santos receberá no sábado o Atlético-PR, que briga para não ser rebaixado.
Neymar, Léo Moura e Henrique em disputa de bola (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)Neymar, Léo Moura e Henrique em disputa de bola (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)
Começo morno
O primeiro tempo foi uma decepção. De um lado, o Santos só queria deixar o tempo passar. Do outro, o Flamengo tropeçava na limitação de seu elenco. Sem Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, cumprindo suspensão, Bottinelli, que fraturou um osso do pé esquerdo, e Aírton, barrado pela expulsão que prejudicou o time na goleada de 4 a 0 sofrida para o Universidad de Chile,. pela Copa Sul-Americana, Vanderlei Luxemburgo optou por Maldonado ao lado de Willians como volante e Negueba como meia se aproximando de Deivid e Jael no ataque. Ou seja: a armação da equipe ficava a cargo do aniversariante do dia, Léo Moura, que aos 33 anos passou a ser a grande esperança de lucidez.
Ali, pela direita, o Flamengo forçava o jogo desde o começo, sem sucesso. O Santos até dava liberdade. O time, desfalcado de Ganso, Elano e Léo, contundidos, do artilheiro Borges, suspenso, e do técnico Muricy Ramalho, que teve alta no sábado após crise de hérnia de disco, procurava cadenciar o jogo  no toque de bola e apostar no talento de Neymar e na velocidade de Allan Kardec e Rentería. E foi o camisa 9 santista quem teve a primeira chance de gol, aos 21 minutos. Impedido, arrancou e bateu pelo alto, obrigando Felipe a boa defesa, mandando para escanteio. Na cobrança de Neymar, o goleiro deu um susto ao sair e não achar a bola.
Gritos para Neymar
O camisa 11 começou o seu show particular pouco depois da metade da primeira etapa, quando deu drible espetacular em Willians e sofreu falta em seguida. Pouco depois, os dois jogadores deram susto ao se chocarem, batendo cabeça em jogada pelo alto, mas ficou tudo bem. A essa altura, o Flamengo, que não conseguia criar oportunidades, diminuía o seu ímpeto, e o Peixe começava a alugar o meio-campo. Arouca, principalmente, procurava ditar o ritmo. E bolas para Neymar, sempre seguidas de gritaria da torcida feminina presente ao Engenhão. Numa dessas jogadas, pela direita, o camisa 11 costurou Alex Silva, Junior Cesar e Maldonado, mas perdeu o equilíbrio na sequência.
O Flamengo não esboçava agressividade.. Negueba não acertava uma jogada, e Renato Abreu, recuado, pouco aparecia na frente. Junior Cesar não dava opção pela esquerda. Deivid e Jael pouco se movimentavam.
Até que, nos cinco minutos finais do primeiro tempo, três boas chances acordaram o torcedor rubro-negro. Primeiro foi uma cabeçada de Jael por cima do travessão em escanteio cobrado por Renato Abreu. Depois, Junior Cesar bateu para Rafael mandar para escanteio. Por fim, Jael matou a bola que veio de bicão para o alto de Renato Abreu e bateu com violência, obrigando Rafael a trabalhar novamente. De qualquer forma, muito pouco para quem entrou com a obrigação de vencer para seguir na briga pelo título.
neymar gol flamengo x santos (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)De pênalti, Neymar abre o placar para o Santos contra o Fla (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)
Gol e dança
Veio a segunda etapa, bem mais quente que a primeira. E o Santos não teve dúvidas em jogar justamente pelo lado direito do Flamengo. Com Neymar, claro. Logo depois de uma jogada individual do camisa 11 que causou histeria na arquibancada, foi a vez de Allan Kardec disparar. Com a camisa 10 de Pelé, que tinha uma coroa em homenagem ao aniversário do Rei, que completou 71 anos neste domingo, ele pareceu buscar inspiração.
Allan Kardec driblou Maldonado e Léo Moura até ser derrubado na área por Alex Silva. Neymar, na única vez que foi vaiado, bateu com perfeição, deslocando Felipe: 1 a 0, aos três minutos. Na comemoração, o craque tapou o rosto com as mãos e depois fez uma dancinha ensaiada com as dançarinas do Faustão.
Erros da arbitragem
O gol gelou o Flamengo. E o dia era mesmo de Neymar. Aos 10 minutos, agora pela direita, driblou Welinton e acabou derrubado na área pelo zagueiro. O árbitro, erradamente, não marcou a penalidade máxima.
Preocupado com o domínio do Santos, Vanderlei sacou Jael e o inoperante Negueba para pôr Diego Maurício e Vander. E um novo erro da arbitragem prejudicou dessa vez o Flamengo. Após cobrança de escanteio, Welinton tocou de cabeça para Alex Silva, que testou para as redes em posição legal, mas foi marcado impedimento.
Empate do Fla
Vanderlei voltou a mexer, botando o garoto Thomás no lugar de Willians. A prata da casa, ao lado de Vander, deu mais velocidade ao time e fez boa jogada para Diego Maurício desperdiçar.
Preocupado, Tata mexeu no Santos, sacando Allan Kardec, que estava bem, para pôr Ibson, para conter a velocidade rubro-negra. Não conseguiu. Pouco depois, o Flamengo chegou ao empate: no único centro perigoso pela esquerda de Júnior César, o sumido Deivid, na primeira boa intervenção na partida, testou no canto. A bola ainda tocou na trave antes de ir ao fundo das redes, aos 32 minutos.
deivid gol flamengo x santos (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)Deivid fez o gol do Flamengo no empate com o
Santos  (Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM)
O Flamengo seguiu na pressão, comandado pelo veloz Thomás. O Santos, em contra-ataque, assustava, tanto que quase fez o segundo, com Neymar obrigando Felipe a outra boa defesa. Aos 44, o Peixe ainda teve um gol de Edu Dracena corretamente anulado por impedimento. Mas o jogo ficou mesmo no empate.
Com o resultado, a equipe rubro-negra completa nove  jogos sem perder para o rival santista - a última derrota foi em 2007. Mas fica mais longe da liderança.

É lider meu rei

Vasco não dá chance ao Bahia, volta à liderança e 'faz chover' em Pituaçu
Com ótima atuação de Diego Souza, que fechou o 2 a 0, time carioca é eficiente e volta a ameaçar o Tricolor com a zona da degola 



A CRÔNICA
por André Casado
Diante de muito calor e um estádio cheio, o cenário parecia complicado para o Vasco retomar a liderança do Campeonato Brasileiro. Mas com Diego Souza inspirado e uma eficiência no sistema defensivo, o Bahia não teve chances. Felipe abriu o placar no primeiro tempo, e o camisa 10 fechou a conta em Pituaçu: um 2 a 0, que, com o empate do Corinthians com o Internacional em 1 a 1, levou a torcida cruz-maltina à loucura em Salvador, mesmo debaixo de chuva.
Na próxima rodada, o Vasco pega o São Paulo domingo, às 16h, em São Januário. O Bahia enfrenta o Figueirense fora de casa, no mesmo horário. O time de Joel está em 14º lugar, com 36 pontos.
Vasco leva susto no início, mas toma conta do jogo
O duelo começou a mil por hora. Ignorando o calor intenso - que compensou a semana chuvosa em Salvador -, os jogadores pareciam competir quem corria mais e se revezaram em carrinhos, bons lançamentos, chutes perigosos e até pequenos desentendimentos.
Empurrado pela torcida, que esteve perto de lotar o estádio de Pituaçu, o Bahia explorava o lado direito da defesa vascaína. A partir dali, saíram os dois lances mais importantes do time, em tentativas de Dodô e Fabinho - que acertou o travessão.
Também em peso (a ponto de se expandirem para o setor do mandante), os cruz-maltinos não deixaram por menos e viram Diego Souza em tarde inspirada, sobretudo quando Felipe ou Eder Luis tabelavam com ele. Assim, ninguém sentiu a ausência da boa fase de Elton, que foi vetado horas antes da partida por conta de uma forte gripe.
O camisa 10 encarou uma disputa particular com Marcelo Lomba. O arqueiro tricolor foi vencido por Diego aos 16 minutos, em gol mal anulado pela arbitragem. O jogador estava 24 centímetros atrás da zaga ao receber o passe e girar. Portanto, em posição legal.
Pouco a pouco, o ritmo foi diminuindo, e já dava para o público respirar. A defesa do Bahia, porém, exagerou no cochilo e só assistiu a Felipe tocar em Diego Souza e receber livre para anotar um golaço de canhota, aos 22. Detalhe é que o Maestro começou  improvisado na lateral-esquerda, mas não se acomodou e criou a pintura no lado oposto campo.
Com a vantagem, o esquema com quatro volantes (que ainda teve a troca de Eduardo Costa, lesionado, por Nilton) desenhado por Cristóvão Borges passou a dar mais certo do que nunca. Sem se retrair, mas com uma marcação para lá de eficiente, o Vasco evitava que a bola chegasse em boas condições a Reinaldo e Souza, que sempre tinha Dedé em sua cola. Solto, o time carioca teve até momentos de alta inspiração, lembrando o motivo de ter reassumido a liderança do Brasileirão.
No finzinho da primeira etapa, Eder Luis ainda teve tempo para desperdiçar uma chance para ampliar o placar. Lá estava Lomba para salvar o Esquadrão. Impaciente, os torcedores já pediam a entrada de Lulinha no time, para dar mais movimentação.
Joel muda, mas Bahia ataca pouco
O clima quente se tornou morno na volta do intervalo. Cozinhando a partida, o Vasco fincou sua estratégia nos contra-ataques e incomodou o Bahia, que, mal organizado, não sabia como escapar do povoado meio de campo adversário. O técnico Joel Santana demorou a mexer, mas deu novo gás com a entrada do xodó baiano Lulinha. O atacante Júnior também teve sua oportunidade, pegou bem mais na bola e, na marra, foi mais efetivo que Reinaldo, substituído.
Do outro lado, Felipe sentiu dores e deu lugar a Bernardo. A partida viu o número de faltas crescer muito, e o tom do segundo tempo foi de pouca bola rolando. Para ajudar ainda mais, o placar eletrônico de Pituaçu anunciou o gol do Inter sobre o Corinthians, que causou um efeito positivo por alguns minutos nos cariocas, na base de bons arremates de longe.
Nos dez minutos finais, o Bahia ensaiou uma pressão, mas esbarrava na falta de qualidade para acertar o toque final e a conclusão. Até que, depois de uma bola isolada da defesa, Diego Souza aproveitou toque de cabeça e entrou livre para selar o triunfo do Gigante da Colina, que escalou mais uma degrau na caça ao pentacampeonato da competição. Logo depois, um temporal desabou sobre a cidade, inundou de alegria a comemoração vascaína e marcou os lamentos baianos.
Com um a menos, Corinthians busca o empate com o Inter no Beira-Rio
Alex marcou faltando um minuto para o final da partida disputada neste domingo
 
 
A CRÔNICA
por Eduardo Cecconi e Leandro Canônico
Há exatas duas semanas o Vasco chegou a Porto Alegre líder do Campeonato Brasileiro. Perdeu para o Inter, e voltou ao Rio de Janeiro na 2ª colocação. E neste domingo a história quase se repetiu. Novamente no Estádio Beira-Rio, o time treinado por Dorival Júnior derrubou uma equipe da liderança, mas não da maneira que esperava
O Inter saiu na frente com Nei, mas Alex - em cobrança de falta no fim da partida - empatou para o Corinthians. O resultado de 1 a 1 faz o Timão perder a liderança para o Vasco e mantém o Colorado fora do G-5. O placar foi lamentado pelos jogadores de Dorival Júnior e celebrado pela equipe do técnico Tite, que buscou a igualdade mesmo com um jogador a menos desde os 40 do primeiro tempo, quando Alessandro foi expulso.
O Inter vai para 48 pontos, e segue na 7ª colocação, desperdiçando a chance de encostar no G-5. O Corinthians tem 55, dois a menos que o Vasco, novo líder.
Pela 32ª rodada, o Corinthians recebe o desesperado Avaí no Pacaembu às 16h do próximo domingo. No mesmo dia, às 18h, o Inter visita o Atlético-GO no Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Ralf, do Corinthians, disputa bola com Bolatti, do Inter, observados por Alessandro (Foto: Marcos Nagelstein/VIPCOMM)No Beira-Rio lotado, Inter vencia por 1 a 0, mas cedeu o empate (Foto: Marcos Nagelstein/VIPCOMM)
Equilíbrio
Quem ironiza o discurso característico de Tite em suas entrevistas utiliza-se da expressão "equilíbrio" como apoteose da paródia ao treinador do Corinthians. Afinal, ele sempre recorre a esta palavra para exemplificar o que deseja de sua equipe.
Mas não há motivos para piada caso Tite, ou Dorival Júnior, ou qualquer pessoa, diga que Inter e Corinthians enfrentaram-se em partida muito equilibrada, ao menos no primeiro tempo. Jogando em casa, apoiado por aproximadamente 40 mil colorados, o Inter até levou certa vantagem - teve 53% da posse e finalizou seis vezes - mas os números foram praticamente idênticos nos passes certos, nos passes errados, nos desarmes, nas faltas...
Quem desequilibrou, e impediu a vitória parcial do Inter, foram Julio Cesar e a pontaria colorada. Frente a um ofensivo adversário, muitas vezes posicionado sob as prerrogativas de um reinventado 4-2-4, o goleiro corintiano se viu obrigado a fazer duas boas defesas - nas demais chances, faltou mira na hora de concluir para Jô, Andrezinho e Oscar.
Criou-se, entretanto, uma boa perspectiva para o Inter. Aos 40 o lateral Alessandro derrubou Andrezinho com truculência, no campo de ataque, e recebeu cartão vermelho direto do árbitro Evandro Rogério Roman. No segundo tempo a pressão poderia ser incrementada pela vantagem numérica em campo.
Mais equilíbrio
Andrezinho, do Inter, em disputa de bola com Fábio Santos, do Corinthians (Foto: Marcos Nagelstein/VIPCOMM)Andrezinho, do Inter, em disputa com Fábio Santos,
do Timão (Foto:Marcos Nagelstein/VIPCOMM)
A expulsão no final do primeiro tempo levou os dois treinadores a tomarem iniciativas contrastantes no intervalo. Tite reconstituiu a defesa trocando o atacante Willian pelo lateral Weldinho, sistematizando uma espécie de 4-4-1 em duas linhas; e Dorival Júnior respondeu substituindo o volante Bolatti pelo driblador meia João Paulo, recuando Andrezinho para a proteção defensiva no 4-2-3-1 com cara de 4-2-4.
Mas o Corinthians não se intimidou com tamanhas dificuldades. Danilo, por exemplo, desperdiçou ao cabecear nas mãos de Muriel a primeira boa jogada do segundo tempo. Nada que fizesse, também, o Inter desistir da pressão elaborada por Dorival.
E o gol que premiou a insistência colorada saiu aos 21, em jogada dos laterais: Kleber cruzou, Nei atirou-se de cabeça para vencer Julio Cesar. A esta altura os corintianos já estavam contrariados com a arbitragem.
Quando anunciava-se a vitória colorada, com festa da torcida - apesar da expulsão de D'Alessandro, nos minutos finais - Alex marcou em cobrança de falta, aos 44. Ex-jogador do Inter, aplaudido na entrada em campo, ele respeitou o clube sem comemorar o empate do Corinthians.
São Paulo para em Vanderlei, fica no zero com o Coxa e vê título longe
Tricolor é ajudado por resultados, mas não consegue fazer gol e fica a oito pontos do líder Vasco. Paranaenses contam com tarde inspirada de goleiro
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro
Os resultados da rodada do Campeonato Brasileiro até ajudaram, mas o São Paulo não consegue se livrar dos próprios erros. Neste domingo, no Morumbi, o time fez um primeiro tempo fraco, martelou no segundo, mas parou em tarde inspirada do goleiro Vanderlei e não saiu do 0 a 0 contra o aplicado Coritiba. O Tricolor não perdeu posição na tabela, mas, em sexto lugar, segue fora da zona de classificação para a Taça Libertadores. A equipe paulista perdeu chances demais para quem ainda sonha com o título nacional.
O empate levou a equipe do interino Milton Cruz aos 49 pontos, a oito de distância para o Vasco, líder e adversário da próxima rodada. O momento ruim continua mesmo depois da saída do técnico Adilson Batista: já são sete jogos sem vencer pela competição. A última veio no já distante 17 de setembro, 4 a 0 sobre o Ceará.
Com o resultado, o Coritiba atinge os 42 pontos e fica em posição relativamente confortável, longe da zona de rebaixamento, longe da Libertadores. Os comandados de Marcelo Oliveira só querem assegurar uma das vagas para a Copa Sul-Americana de 2012.
Na próxima rodada, o São Paulo visita o líder Vasco no domingo, às 16h (de Brasília), em São Januário. Antes, na quarta-feira, enfrenta o Libertad-PAR, em Assunção, pelo jogo de volta das oitavas de final da Sul-Americana - o jogo de ida terminou 1 a 0 Tricolor. No domingo, às 18h, o Coritiba recebe o lanterna América-MG no Couto Pereira.
Tricolor travado
Léo Gago, do Coritiba, tenta passar por Lucas, do São Paulo (Foto: Idário Café/VIPCOMM)Lucas tenta superar Léo Gago no Morumbi
(Foto: Idário Café/VIPCOMM)
O Coxa entrou em campo para travar o jogo, e conseguiu cumprir essa missão por boa parte do primeiro tempo. Willian travou duelo com Lucas, enquanto Luis Fabiano ficou isolado entre os zagueiros Jeci e Emerson. Apagado, Dagoberto pouco fez. E Casemiro, escolhido por Milton Cruz para substituir o suspenso Denílson, mostrou que a má fase ainda prejudica seu futebol – o volante só apareceu quando acertou uma cotovelada (sem querer) no meia Rafinha.
Percebendo que a bola não chegaria ao ataque, Luis Fabiano recuou para buscar o jogo e deixou o Tricolor sem opção lá na frente. Mesmo assim, foi o camisa 9 quem participou dos poucos momentos de brilho do desorganizado time da casa. A técnica apurada do Fabuloso apareceu em dois lances, quando deixou Juan e Casemiro na cara do gol. Os dois, porém, erraram o alvo. Pelo meio, Lucas teve mais fôlego depois que Willian levou cartão amarelo, e quase abriu o placar – Vanderlei salvou o Coritiba.
Aos poucos, os paranaenses desataram o nó que eles mesmos construiram no meio-campo. Marcelo Oliveira deixou Willian resguardando o lado direito da defesa e liberou Jonas para atacar. Pelo setor, o lateral dominou Cícero e Juan e investiu nas jogadas aéreas com Bill, que não aproveitou qualquer chance.
Nas arquibancadas, a torcida foi tão morna quanto o jogo. Sem lances de maior perigo, ficou difícil animar os tricolores. Para piorar, Lucas sofreu um corte na perna direita após disputa com Lucas Mendes, aguentou o restante do primeiro tempo, mas acabou substituído no intervalo por Marlos.
luis fabiano são paulo x coritiba (Foto: Idário Café/VIPCOMM)Com apenas duas finalizações, Luis Fabiano tem atuação discreta no jogo (Foto: Idário Café/VIPCOMM)
Só faltou o principal...
E não é que a entrada de Marlos fez o São Paulo melhorar? Normalmente criticado pela torcida, o meia ocupou a mesma faixa de campo de Lucas, aberto pelo lado direito, e por ali conseguiu armar jogadas perigosas com Luis Fabiano e Dagoberto. O Tricolor avançou todas as suas linhas e empurrou o Coxa para o próprio campo de defesa. O time cresceu, passou a arriscar chutes de longe, mas parou no goleiro Vanderlei.
O São Paulo parou de errar passes, mas a desorganização seguiu em campo. Em meio ao sufoco, o zagueiro Rhodolfo virou ponta-direita, Luis Fabiano se tornou meia e Dagoberto fez as vezes de centroavante. Assim estava difícil abrir o placar. Foi quando Milton Cruz resolveu mexer: sob vaias da torcida, Casemiro deu lugar a Jean. Na frente, Fernandinho entrou na vaga de Cícero para o time poder investir mais pelo lado esquerdo.
A pressão aumentou, mas faltou o detalhe final que resultaria em gol. Depois dos 30 minutos, o nervosismo ficou ainda maior. O São Paulo mais uma vez foi ajudado pelos resultados de outros jogos da rodada, mas novamente não ajudou a si mesmo. Empate sem gols que não agradou nem mesmo ao Coxa, cada vez mais consolidado na zona intermediária da tabela.
Em jogo de tudo ou nada, Atlético-PR vence o Ceará e acirra a briga no Z-4
O triunfo impede que o Furacão se afaste da disputa para escapar da segundona. Já o Ceará, segue sem vencer e se afunda no Brasileirão
 
A CRÔNICA
por Gabriel Hamilko
Na partida considerada como um marco na parte inferior da tabela, o Atlético-PR se deu bem e venceu o Ceará, por 1 a 0, na Arena da Baixada, mantendo forte a esperança de conseguir sair da zona de rebaixamento nas últimas sete rodadas do Brasileirão.
O meia rubro-negro Paulo Baier foi o responsável pela quinta partida sem vitória do Vozão, ao marcar o único gol da partida, ainda no primeiro tempo, após uma cobrança de falta.
O duelo foi considerado como vital pelas duas equipes. No lado atleticano, o técnico Antônio Lopes chegou a dizer que era uma “partida de 600 pontos”. Para o goleiro cearense Fernando Henrique, era a partida mais importante do Ceará na competição.
A partida foi marcada pela velocidade das duas equipes, ansiosas por um resultado positivo. O visitante chegou com uma formação defensiva, com quatro volantes. Já o Furacão contou com o retorno do experiente Cleber Santana, que soube dar boa movimentação à meia-cancha rubro-negra.
Com o triunfo, o Furacão acirra a disputa da Z4. Com 31 pontos, o Atlético-PR permanece na 18ª posição, enquanto o Ceará estaciona nos 32, entrando na incômoda briga para continuar na primeira divisão.
O Furacão enfrenta o Santos, no próximo sábado, às 18h (de Brasília), na Vila Belmiro. No mesmo dia e horário, o Vozão recebe o Fluminense, no estádio Presidente Vargas.
paulo baier michel ATLÉTICO-PR X CEARÁ (Foto: Agência Estado)Paulo Baier abriu o placar na Arena da Baixada (Foto: Agência Estado)
Briga de volantes
A disputa começou centralizada pelos sete volantes das duas equipes. O Ceará, sem vencer há quatro partidas, entrou com um propósito defensivo, pronto para explorar os contra-ataques, com os volantes Eusébio, João Marques (atuando como zagueiro), Careca e Michel.
No lado atleticano, Antonio Lopes escalou três volantes: Marcelo Oliveira, Deivid e, o mais ofensivo, Cléber Santana. E quem deu mais trabalho nos minutos iniciais foi o Furacão. Com um meio-campo rápido e através dos avanços pela esquerda com Héracles, o anfitrião chegou com perigo.
Tanto que aos seis minutos, o Atlético-PR envolve a defesa do Vozão. Héracles chuta, Fernando Henrique espalma e Nieto, de voleio, balança a rede. Gol anulado pelo árbitro Sálvio Spindola, que interpretou como falta do argentino sobre o zagueiro Daniel Marques.
Postado de maneira defensiva, só restava ao Ceará arrematar de fora da área. Em uma boa chegada, o atacante Washington mandou uma bomba, que passou à direita de Renan Rocha, assustando os torcedores atleticanos.
Mas a onda ofensiva atleticana passou e duas situações predominaram no jogo: a cera do arqueiro cearense Fernando Henrique e o abatimento da zaga rubro-negra. Desde o começo da partida, o goleiro do Vozão deixou bem claro que o empate era um bom resultado, atrasando a partida a cada tiro de meta e irritando a massa atleticana.
Por outro lado, a equipe visitante chegava com perigo, aproveitando as falhas na linha defensiva do Atlético-PR, que definitivamente batia cabeça. Mas nada que o paizão Paulo Baier não resolvesse. Aos 32 minutos, o meia do Atlético-PR cobrou uma falta perfeita pelo lado direito do ataque rubro-negro. Fernando Henrique não saiu do lugar, assistindo o primeiro gol válido do Furacão.
Jogo equilibrado
No retorno do intervalo, o técnico Estevam Soares realizou uma troca de volantes no Alvinegro: tirou Careca e colocou Rudinei, que atuou mais avançado. Em campo, o jogo não começou com o mesmo vigor, se concentrando principalmente na meia-cancha. O Ceará assustava mais nas bolas paradas, com ênfase aos escanteios, onde o jogo aéreo do Vozão era superior.
Observando a queda de rendimento no Rubro-Negro, Antônio Lopes arriscou: tirou o volante Marcelo Oliveira (que já tinha um cartão amarelo) e colocou o meia Marcinho, que voltava de lesão.
A diferença foi nítida. O Furacão passou a ter um toque de bola mais refinado e com qualidade. Quase que o atacante Guerrón marcou o segundo, após passar por três marcadores.
Mas a melhora atleticana passou em menos de cinco minutos. Com bom apoio dos dois laterais, com destaque para Boiadeiro, o Ceará acuou o Atlético-PR no campo de defesa e bombardeou a zaga. Para dar uma força na ofensiva cearense, Soares também partiu para o tudo ou nada. Tirou o lateral Vicente e colocou o atacante Marcelo Nicácio, algoz do Furacão na partida do primeiro turno.
Para tentar dar mais tranquilidade e garantir a vitória, Lopes retrancou o Furacão e colocou Edilson e Wendel, tirando Wagner Diniz e Nieto. No lado alvinegro, Estevam Soares sacou o destaque Boiadeiro para dar uma chance a Egídio.
Mas nada tirou a alegria dos torcedores atleticanos que foram apoiar o Furacão, com faixas de incentivo, como "lute até o fim". Para os mais de 50 cearenses que estavam na Arena, restou aguardar as sete rodadas finais em busca de uma reação. No total, 12.183 torcedores pagantes acompanharam o duelo, para uma renda de R$ 164.040.
 

Exausta, Pâmella Oliveira resiste e leva o bronze no triatlo: 'Estou cheia de dor'

Brasileira, que chegou a liderar boa parte da disputa, desaba após o fim da prova e precisa receber atendimento médico. Americana leva o ouro em Puerto Vallarta

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Puerto Vallarta, México
Pâmella Oliveira resistiu o quanto pôde. Na natação, sempre esteve entre as líderes. No ciclismo, chegou a liderar em alguns pontos. Na corrida, porém, a brasileira sentiu o cansaço. Com cãibras e desidratação, a triatleta aguentou até o fim e levou o bronze na prova nos Jogos Pan-Americanos, em Puerto Vallarta (2h00m32s). Na linha de chegada, desabou e foi levada para receber atendimento da equipe médica. O ouro ficou com a americana Sarah Haskins (1h57m37s), e a prata, com a chilena Barbara Rivero (2h00m23s). Outra brasileira na prova, Flavia Fernandes chegou em 12º lugar, com 2h05m27s.
Pamella Oliveira carregada Pan (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Pâmella Oliveira é carregada após o fim da corrida (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Na chegada, antes de desabar, Pâmella gritou. Não de dor, mas um desabafo após o esforço na busca por uma medalha na prova em Puerto Vallarta.
- A última parte da corrida foi muito dura. Na chegada, achei que ia desabar direto, mas consegui gritar. Foi um grito de desabafo, de alegria. Grito para quem duvidou, para quem torceu. Estava exausta, mas muito feliz.
Após a prova, Pâmella foi atendida pela equipe médica da organização. Ficou deitada, descansando e repondo os líquidos perdidos. Já recuperada, no entanto, a dor seguia ali.
- Fiquei na recuperação. Senti náuseas, tonteira. Tive que ficar deitada. É a reação normal do corpo. Mas ainda estou cheia de dor. Não estou conseguindo ficar em pé - disse a triatleta, rindo.
Durante os problemas que enfrentou no percurso, Pâmella só pensava em subir ao pódio.
- Passa tudo na nossa cabeça. Nas Olimpíadas, no Pan, quem entra para a história são os que ganham as medalhas. Eu queria muito fazer parte dessa história. Por isso, tentei o máximo.
CICLISMO Pamela Oliveira pan (Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)Pâmella Oliveira teve problemas no início do ciclismo
(Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)
Na água, Pâmella quis se manter no bolo. Com um ritmo forte, a brasileira, que disputava provas de natação, esteve sempre ao lado das americanas Sarah Haskins e Sara McLarty. O trio foi, aos poucos, se destacando das demais competidoras. Ao fim do percurso de 1.500m, elas já tinham quase trinta segundos de vantagem sobre as rivais. Flavia Fernandes, outra brasileira na prova, vinha no segundo grupo.
Sobre as duas rodas, Pâmella teve problemas no início. Logo ao subir na bicicleta, a brasileira sofreu com os pedais e reclamou. Ao som de alguns xingamentos, ficou um pouco para trás em relação às americanas, mas logo tirou a diferença. Em alguns momentos da disputa, Pamela chegou a liderar o trio, mas se poupou para a corrida. Flavia vinha um pouco atrás, em quinto lugar.
Nos primeiros passos em terra, Pâmella assumiu a ponta. A triatleta deixou as duas americanas para trás logo no início da transição do ciclismo para a corrida e começou o percurso de 10km à frente do trio dianteiro, que seguia tranquilo, com mais de quatro minutos de vantagem sobre o segundo pelotão.
Sarah Haskins, porém, logo fez a ultrapassagem e passou a não tomar conhecimento da brasileira. No fim da segunda volta, a diferença da americana para a brasileira, que sofria com cãibras, era de mais de 1m30s. Àquela altura, Pâmella já era ameaçada pela canadense Kathy Tremblay e pela chilena Barbara Rivero, enquanto McLarty, que chegou a liderar, estava em queda livre.
Na última volta, Pâmella resistiu o quanto pôde. O cansaço, porém, foi brutal. Apesar do esforço, a brasileira foi superada por Barbara Rivero e cruzou a linha de chegada em terceiro lugar. Na sequência, deu um grito, deu dois tapas nas pernas e desabou, tendo que ser atendida pelos médicos. Pouco depois, a equipe afirmou que a triatleta passa bem, apenas exausta, sem nenhuma gravidade.
Pamela Oliveira triatlo pan (Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)Pâmella Oliveira acabou sentindo o cansaço durante a corrida (Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)

Wozniacki encara Kvitova, Zvonareva e Radwanska no WTA Championship

Sorteio dos grupos coloca Sharapova diante de Azarenka, Stosur e Li

Por GLOBOESPORTE.COM Istambul, Turquia
A WTA sorteou, neste domingo, os grupos do WTA Championship, que começa nesta segunda-feira, e Caroline Wozniacki terá pela frente, na primeira fase, a tcheca Petra Kvitova (número 4 do mundo), a russa Vera Zvonareva (5) e a polonesa Agnieszka Radwanska (8). A dinamarquesa, atual líder do ranking, é a principal cabeça de chave do Grupo Vermelho da competição.
Wozniacki Sharapova Radwanska Stosur Li Kvitova Zvonareva Istambul (Foto: Getty Images)Da esquerda para a direita: Stosur, Kvitova, Wozniacki, Sharapova, Li, Zvonareva e Radwanska posam para a foto. Azarenka, que jogou a final do WTA de Luxemburgo neste domingo, é a ausência (Foto: Getty Images)
O Grupo Branco é encabeçado pela russa Maria Sharapova (2), que terá como adversárias a bielorrussa Victoria Azarenka (3), a australiana Samantha Stosur (6) e a chinesa Na Li (7). O formato do WTA Championship, que reúne em Istambul as oito tenistas que mais somaram pontos na temporada, é diferente dos demais torneios do circuito. As atletas jogarão contra todas de seu grupo, e as duas melhores de cada chave avançarão às semifinais.
Em 2011, Wozniacki tem retrospecto modesto contra as adversárias, já que soma apenas dois confrontos: uma derrota para Zvonareva no WTA de Doha, em fevereiro, e uma vitória diante de Radwanska no WTA de Stuttgart, em abril. A dinamarquesa não enfrentou Kvitova este ano.
Sharapova tem úmeros melhores contra suas primeiras adversárias em Istambul. A russa acumula uma vitória e uma derrota diante de Azarenka, três triunfos sobre Stosur e uma vitória sobre Li. Ao todo, são cinco vitórias e duas derrotas.

Esteticista e vaidosa, medalhista se diverte com piadas para ‘virar macha’

Aline Ferreira carrega potes de creme e sempre estoura o limite de peso
nas viagens. Na volta de Guadalajara, levará na mala a medalha de prata

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México
A bagagem quase sempre estoura o limite de peso. Para onde quer que vá, Aline Ferreira leva seu material de trabalho. Mas não são apenas uniformes de competição. E sim potes e mais potes de cosméticos, kits para cuidar da pele, dos cabelos, das unhas. Esteticista formada há quatro meses, ela voltará para casa com um peso a mais na mala: a prata dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, inédita na luta livre feminina.
Luta livre Aline Ferreira no Pan de Guadalajara (Foto: Gaspar Nóbrega/ InovaFoto/COB)Aline Ferreira: cara feia só na luta (Foto: Gaspar Nóbrega/ InovaFoto/COB)
- Para não dar excesso de bagagem, vou distribuindo entre as amigas. Uma mala é só de creme. Creme de rosto, dos olhos, mãos, corpo, máscara para o rosto, argila, kit de unha. Minha unha não está feita. Não faço antes de lutar porque às vezes tira um bifinho ou outro e fica mais sensível.

Aline, de 25 anos e cursando Educação Física, deu um jeito de acrescentar no currículo algo pelo qual era apaixonada desde antes mesmo de conhecer a luta livre. A vaidade dela virou piada entre as lutadoras. Brincam, mas também pedem ajuda para dar aquele retoque no visual.

- Gosto muito de maquiagem, depilação, adoro. As meninas falam, brincando, “lutadora tem que ser homem, você é uma viada, vira macha” - conta, rindo - E estética dá direito, né? Mulher não pensa na hora de ficar bonita...
Luta livre Aline Ferreira no Pan de Guadalajara (Foto: Wagner Carmo / Inovafoto / COB)Aline com a medalha inédita e o mascote do Pan
(Foto: Wagner Carmo / Inovafoto / COB)
A formatura, após três anos, foi aos trancos e barrancos. Por conta dos treinos, viagens e campeonatos, Aline praticamente só assistiu a três meses de aula. O período coincidiu com o diagnóstico de hipertireoidismo. Desde então, faz tratamento para controlar a doença.

- Minha dificuldade é o profissionalismo, pois não estou trabalhando na área, e muita coisa a gente aprende quando começa a trabalhar... e esquece se não praticar.

O jeito, então, é tentar praticar boa parte do que aprendeu no dia a dia. Além dos cremes, toma cuidados especiais com os cabelos, sempre presos com trancinhas durante as competições.

- Como todo dia eu prendo o cabelo, já tenho prática nas tranças. Levo 15 ou 20 minutos. O que demora mesmo é lavar depois, desembaraçar, dar banho de creme. Meu namorado fica doido. Levo 1h30m para me arrumar. Meu cabelo dá muito trabalho.

Aline gostaria de poder exercer melhor a profissão, mas vai ter de adiar os planos...

- P elo menos até 2016...Quero estar na briga.
 

'Muricy do Nordeste', Zé Teodoro diz: 'Sou mais ou menos o estilo do Telê'

Feliz com o acesso do Santa Cruz para a Série C em 2012, treinador comenta resgate da autoestima da equipe e almeja conquistas maiores

Por Bruno Marinho Recife
Dez meses. Este foi o tempo que o técnico Zé Teodoro precisou para marcar o seu nome na história do Santa Cruz. Como principal maestro do Tricolor pernambucano, sua segunda casa desde dezembro do ano passado, ele recolocou o clube na rota das decisões, das classificações e das conquistas. Apesar de já ter conquistado o Estadual deste ano e o acesso à Série C, o treinador quer mais. A próxima meta não é está muito longe. Em quatro jogos, Zé Teodoro pode fazer o Mais Querido levantar o seu primeiro troféu nacional: o da Série D do Campeonato Brasileiro de 2011.
- Nós não vamos nos contentar com pouca coisa, não. Vamos brigar pelo título da Série D e continuar buscando os resultados. Vamos chegar mais longe ainda e, daqui para a frente, será só alegria. O Santa Cruz vai brigar pelo título da Série D, pelo título do Pernambucano 2012, pelo acesso para a Série B e vai subir. Esta torcida merece um time de primeira divisão, por isso vamos melhorar cada vez mais – afirma Zé Teodoro.
O título da Quarta Divisão seria o sexto da carreira de Zé Teodoro como treinador. Além dos Pernambucanos deste ano e de 2004 (pelo Náutico), constam no currículo do técnico dois Campeonatos Cearenses (em 2006 pelo Ceará e em 2010 pelo Fortaleza) e uma taça da Copa Centro-Oeste (em 2009, pelo Gama). Como jogador, Zé Teodoro também tem várias conquistas para se orgulhar. Pelo São Paulo, o lateral-direito foi bicampeão brasileiro (em 1986 e em 1991). Vestindo a camisa do Goiás, conquistou o Estadual três vezes (1981, 1982 e 1985). Além disso, esteve presente no grupo da Seleção Brasileira que levantou o troféu da Copa América de 1989.
Zé Teodoro técnico Santa Cruz (Foto: Globoesporte.com)Com Zé Teodoro, Santa Cruz começa a sair das trevas do futebol nacional  (Foto: Bruno Marinho)
Em uma entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, Zé Teodoro relembrou fatos marcantes da sua carreira como jogador e treinador e explicou por que recusou 11 propostas para deixar o Santa Cruz neste ano.
GLOBOESPORTE.COM: Como mostrar a um time em crise o caminho das vitórias e conquistas novamente? Qual é o segredo de Zé Teodoro?
ZÉ TEODORO: O segredo é transparência, seriedade, honestidade, trabalho e montar um grupo e valorizar o pessoal da casa, resgatando as condições desses meninos que queriam vencer. Recuperei também muitos jogadores que vinham de cirurgia, que estavam parados ou na reserva, mas eu os conhecia e sabia que eles podiam chegar para ajudar o clube. E lógico, exigir melhorias no clube. Tudo isso foi uma aposta, e acreditaram nesse projeto. Isso fez com que a gente abraçasse a causa. Encontramos muitas dificuldades para contratar porque ninguém queria vir para a Série D. Ninguém quer sair da B para a D, quer sim é sair da D para a B. Então a gente trabalhou muito, foi um trabalho coletivo da diretoria e da comissão técnica e dos jogadores, que acreditaram na nossa proposta. Foi assim que as coisas começaram a dar resultado.
O que lhe chamou a atenção no projeto do Santa Cruz para aceitar o desafio de treinar uma equipe que, desde 2009, disputava a Série D?
Primeiro foi o convite que eu tive do Sandro (Barbosa, atual assistente técnico do Santa Cruz). Vim por indicação dele, que brigou com Deus e o mundo, com o colegiado e as facções políticas do clube, para poder me trazer. E me trazer numa situação em que o clube não tinha dinheiro. Eu estava acostumado a trabalhar na Série B, onde recebia luvas e salário adiantado do último mês. Mas nós viemos para tirar o time lá de baixo, da lama, para ressurgir das cinzas, mesmo sem recursos, sem dinheiro, sem jogador, sem nada. Então, apostamos e, através dos resultados, as coisas foram se encaminhando e conseguimos o sucesso. Hoje melhorou o clube em todos os aspectos, funcionários e jogadores recebem em dia.
Zé Teodoro, técnico do Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro)Zé Teodoro em ação no comando do Santa Cruz
rumo à Segunda Divisão (Foto: Aldo Carneiro)
Quantas propostas você recebeu, durante esta temporada, para deixar o Santa Cruz? E por que decidiu recusá-las?
Eu tive propostas para sair, mas já tinha aberto um compromisso, um vínculo com os jogadores, com o Sandro e a comissão. Na realidade, eu fiquei mais pelo torcedor. Eu não conseguia ver mais o torcedor como nas imagens que eu vi da desclassificação do time na Série D nos outros anos. O time estava com a autoestima baixa, sem respeito, por baixo. O Salgueiro estava com mais moral que o Santa Cruz. Então a gente resgatou esse respeito e isso que me fez enfrentar essa missão. Eu disse: eu vou lá para ser campeão, para subir o time. Tive onze propostas, da Série B, da Série C e do futebol goiano, mas queria mostrar para os torcedores que nós tínhamos condições de mudar essa história de traumas.
De todos os clubes que você já treinou, a torcida que mais o impressiona é a do Santa Cruz? Como você lida com o carinho dos torcedores corais que o chamam até de Zé ‘Teadoro’?
A torcida pesou muito na minha permanência no clube. Eu não consigo me ver trabalhando no Duque de Caxias ou no São Caetano, que não têm torcida. Gosto de cobrança e de pressão, de domingo lotado. É uma coisa que é natural da minha característica, do meu jeito. Gostaria de trabalhar nesses clubes todos, mas eu prefiro trabalhar com cobrança, com pressão, com esse tipo de comportamento do que trabalhar com um clube que não tem torcida.
Santa Cruz x Treze (Foto: Aldo Carneiro)Torcida coral: determinante para a permanência de Zé Teodoro no Santa Cruz  (Foto: Aldo Carneiro)
Como a conquista do Estadual contribuiu para o grupo do Santa Cruz acreditar no acesso e conquistá-lo?
O trauma, a desilusão, a dificuldade, aquela situação do clube de ficar cinco anos só na descendência, diante disso a gente marcou história. Eu, o grupo, a comissão técnica, a diretoria, todo mundo. A gente usava o trampolim da Copa do Brasil e do Pernambucano para a Série D. Sabíamos que corríamos por fora, tínhamos um time inferior em investimentos e sabíamos das nossas limitações, mas nunca deixamos de acreditar que podíamos surpreender. Nós surpreendemos a tudo e a todos, com a folha mais baixa que o Sport e Náutico, mas com jogadores comprometidos e baratos, que queriam o seu espaço. Para fazer o trabalho na Série D e nos próximos anos, teríamos que fazer uma base, por isso mesclamos jogadores da casa com os de fora. Foram jogadores bons, bonitos e baratos que nos trouxeram esse resultado e hoje o clube encontra uma repercussão no Brasil inteiro e no mundo.
Você conquistou o Estadual pelo Náutico em 2004 e pelo Santa Cruz neste ano, além de conquistar o acesso à Série C pelo Tricolor. Pode-se dizer, então, que Pernambuco tem uma importância especial na sua carreira?
Sem dúvida, foi o começo de tudo. No Náutico, eu comecei do zero, montamos um time, fomos campeões, fomos para a Série B e nos classificamos com oito rodadas de antecedência. Depois fui para o Sport, mas peguei um grupo montado por outros treinadores e não deu certo. Mas eu tive uma boa passagem pelo Ceará, por três anos trabalhei em Fortaleza e fui campeão cearense. Então, o Nordeste realmente tem sido importante para mim. Tem gente que fala que eu estou me tornando o Rei do Nordeste e até me chamam de “Muricy do Nordeste”. É uma região que está me dando sorte e estou podendo realizar um bom trabalho.
jogadores santa cruz campeão troféu (Foto: Antonônio Carneiro Costa / agência Gazeta Press)A festa pelo título do Pernanbucano 2011
(Foto: Antônio Costa / Gazeta Press)
Para ficar marcado na história dos três grandes clubes de Pernambuco, falta ainda um título estadual pelo Sport...
Quem sabe, né? Na vida, tudo pode acontecer. Mas hoje o que eu posso falar é que eu tenho uma passagem positiva pelo Náutico e pelo Santa Cruz. A do Sport, eu não posso falar, mas tudo é questão de oportunidade. Um dia, posso ter a chance de realizar um bom trabalho lá.
Além das três maiores equipes de Pernambuco, você já comandou times do futebol goiano, cearense, paulista, entre outros. As dificuldades são as mesmas ou mudam de uma região para outra?
Mudam, sim. Você precisa conhecer o leque de jogadores de todos os mercados. Para você fazer um bom trabalho, você tem que conhecer o clube, qual é a estrutura, a equipe. Então tudo isso é uma dificuldade e o treinador precisa de tempo. Quando se tem tempo de escolher, de montar o grupo, tudo isso é mais viável para o treinador.

Você jogou no Goiás de 1981 a 1985 e conquistou três títulos estaduais. O que você recorda dessa sua passagem pelo futebol goiano?
Fui formado no Goiás, onde fiquei de 72 a 84. Eu conquistei três Campeonatos Goianos como jogador e fiquei por lá até os 20 anos. É a casa onde fui formado. Fui criado lá dentro e lá cheguei à Seleção Brasileira juvenil, depois fui tricampeão na França pela seleção de novos e disputei o Campeonato Brasileiro pelo Goiás, o começo de tudo. Mas realmente como jogador fiquei mais conhecido foi no São Paulo, para onde fui em 85 e conquistei dois Brasileiros e três Campeonatos Paulistas.
zé teodoro são paulo jogador (Foto: Agência Estado)Zé Teodoro nos tempos de São Paulo: lembranças
de um time que marcou época  (Foto: Ag. Estado)
Por falar no São Paulo, foi jogando com a camisa tricolor que você se tornou bicampeão brasileiro. O que você se lembra do grupo que conquistou esses títulos?
Era chamado do time dos Menudos porque eram todos jovens. As contratações foram escolhidas a dedo, foi mantida a base dos jogadores mais experientes, mas foi mesclada com jogadores formados. E aí revelou jogadores como Silas, Müller, eu, Gilmar. Foi uma época de ouro, em que ganhávamos tudo. Depois chegaram o Falcão, Careca, Pita, Oscar e Darío Pereyra.
E a sensação de fazer parte da Seleção que conquistou a Copa América de 1989?
Eu fui para a Copa América, mas não joguei. Estava machucado. Era para ser titular e, posteriormente, ir para a Copa do Mundo. Mas o Mazinho, que foi lançado, foi para a lateral, deu certo e eu perdi a oportunidade. Mas o grupo nosso era Romário, Careca, Bebeto, Dunga, então nós tivemos muita gente boa naquela época, o próprio Mazinho e o Taffarel. Montamos um grupo bom e todos eles, a maioria, disputou a Copa do Mundo de 1990.
Queria mostrar para os torcedores que nós tínhamos condições de mudar essa história de traumas"
Zé Teodoro
Quais os momentos mais marcantes, de felicidade e de tristeza, enquanto era jogador? E na sua carreira como técnico?
Fico feliz de ter jogado num clube igual ao São Paulo. Foi onde eu conquistei tudo e ganhei tudo na minha carreira. Tudo hoje devo ao futebol e ao São Paulo, também ao Goiás, porém mais ao São Paulo. E ainda teve a Seleção Brasileira. Depois passei para a carreira de treinador, que é uma cachaça que está no sangue. Eu gosto de comandar, do trabalho de campo, de desafios, de missão impossível e de trabalhar por objetivo. Sou um treinador que, apesar de ter 48 anos, já tenho vários títulos e estou subindo gradativamente para chegar para ficar num clube grande. Ainda não consegui trabalhar num time de ponta, mas quero chegar lá preparado, este é meu pensamento.
Você teria feito algo diferente na sua carreira ou se arrepende de algo?
Não me arrependo de nada. Sempre gosto de tentar novamente, de buscar, de ser audacioso. A tônica da minha vida, como jogador e treinador, é alcançar, buscar, é a conquista.
Esta pergunta agora é direto do Baú do Esporte. É conhecida uma história de que, durante um jogo entre São Paulo e Santos, no começo dos anos 90, você teve de usar da velocidade para não ser alcançado por Serginho Chulapa, do Peixe, que queria tirar satisfação pelas faltas duras que você cometeu em Sérgio Manoel durante a partida. O que você recorda dessa partida?
Foi num jogo no Pacaembu, numa confusão que teve. O Serginho Chulapa tomou as dores de Sérgio Manoel e partiu para cima, pois queria me pegar de qualquer jogo. Então eu corri para dentro do vestiário. Na época, ele era um negrão daquela altura, com 1,90m, e já com histórico, imprevisível e tudo. Então eu corri, fui para o vestiário e ninguém me segurou, não. Foi uma coisa que, na época, marcou porque ele já tinha feito com o Leão, com o Mauro. Fora do campo, ele era uma mãe; mas, dentro do campo, ele se transformava.
Treinador ou jogador: qual carreira no futebol é mais complicada?
A mais difícil é a de treinador. A de jogador é muito mais fácil. O treinador tem muita responsabilidade, tem que cuidar de vários setores, são 40 cabeças mais assessoria de imprensa, departamento médico, os dirigentes. É campo, é vestiário, é fisioterapia, é muita coisa e participo de tudo. Eu sou assim de olhar o campo e, se está estragado, eu quero mandar arrumar. Eu sou mais ou menos no estilo do Telê, ele era enjoado com tudo e eu gosto de estar atento a todos os detalhes.
Como é o Zé Teodoro no dia a dia, fora do futebol?
Sou muito família, gosto de ficar dentro de casa e saio, às vezes, para ir para o cinema, para andar, caminhar. E, quando estou em Goiânia, gosto de curtir a minha fazenda, de andar a pé e a cavalo. Gosto da minha música sertaneja, da pelada com os amigos. Sou uma pessoa que se relaciona bem com todo mundo, gosto de estar entendendo todo mundo. Em todo lugar que eu vou, desde a cozinheira até o presidente, eu trato todo mundo bem. Minha vida é esta, é a maneira simples de ser deste goiano criado na Bahia.

Boateng substitui Robinho, marca 3 vezes e lidera Milan em virada épica

Time rubro-negro leva 3 a 0 do Lecce em 36 minutos, mas faz quatro vezes no segundo tempo e vence: 4 a 3. Partida tem luto por piloto italiano

Por GLOBOESPORTE.COM Lecce, Itália
O Milan conseguiu uma virada espetacular contra o Lecce neste domingo, pela oitava rodada do Campeonato Italiano. O protagonista foi o meia Kevin-Prince Boateng (nascido na Alemanha e naturalizado ganês), que substituiu Robinho no segundo tempo e marcou três vezes na vitória por 4 a 3, fora, depois que o time time da casa abriu 3 a 0 em 36 minutos de jogo. O quarto gol do atual campeão foi do colombiano Yepes.
O time de Massimiliano Allegri entrou em campo de luto por causa da morte do piloto italiano Marco Simoncelli, que faleceu após grave acidente na MotoGP da Malásia. Simoncelli era torcedor fanático do Milan, que publicou uma nota em seu site oficial: "Luto no mundo do esporte. Faleceu o piloto Marco Simoncelli após um gravíssimo acidente durante a segunda volta do GP da Malásia. Todo o Milan se solidariza à família do jovem e grande torcedor rossonero e enviamos os nossos sentimentos".
Kevin Prince Boateng comemora gol do Milan contra o Lecce (Foto: AFP)Boateng comemora com Van Bommel: ganês mudou a história da partida contra o Lecce (Foto: AFP)
Sem Thiago Silva e Alexandre Pato, machucados, o único brasileiro em campo pelo Milan foi Robinho. O ex-santista atuou como titular, mas não foi bem e deixou o campo para a entrada de Boateng. A substituição mudou a partida.
Em casa, o Lecce fez 3 a 0 em 36 minutos no primeiro tempo: Giacomazzi, logo aos quatro, Oddo (ex-Milan), aos 30 de pênalti, e Grossmuller, aos 36, após bela troca de passes que contou com ajuda da defesa rubro-negra.
Allegri voltou do intervalo com Aquilani e Boateng em campo nos lugares de Ambrosini e Robinho. O Milan melhorou muito. Logo na primeira chance, o ganês arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Benassi a fazer grande defesa.
Robinho milan de luto  (Foto: agência AFP)Robinho foi titular do Milan: time entrou de luto por
morte de piloto de MotoGP (Foto: agência AFP)
Aos três, Benassi não pôde fazer nada: depois de cruzamento da direita, Boateng acertou uma bomba de primeira, cruzada, e marcou o primeiro. O segundo saiu aos nove: o meia chutou de três dedos de fora da área, no ângulo direito. Golaço. Oito minutos depois, mais um: Boateng aproveitou um rebote na área, o goleiro ainda tentou salvar, mas a bola já havia passado da linha. Era o empate.
Empolgado pela grande atuação do ganês, o Milan seguiu no ataque. Ibrahimovic quase virou, mas não conseguiu alcançar o cruzamento rasteiro na área. Logo depois, a festa. Cassano cruzou da esquerda aos 38, o colombiano Yepes subiu bem de cabeça e marcou o quarto: 4 a 3 para os visitantes.
A vitória deixou o Milan em sexto lugar com 11 pontos, a quatro do líder Udinese. O Lecce é o 18º colocado com quatro.
Confira os jogos da 8ª rodada do Campeonato Italiano:
Sábado
Fiorentina 2 x 2 Catania
Juventus 2 x 2 Genoa
Domingo
Lecce 3 x 4 Milan
Cagliari 0 x 0 Napoli
Parma 1 x 2 Atalanta
Udinese 3 x 0 Novara
Siena 2 x 0 Cesena
Inter de Milão 1 x 0 Chievo
Roma 1 x 0 Palermo
Bologna x Lazio

Falcão marca um golaço, e Brasil se sagra hexacampeão do Grand Prix

Maior jogador da história do futsal mundial entra na prorrogação e faz, de peito, o gol do título brasileiro, numa decisão sofrida contra a Rússia

Por Flávio Dilascio Direto de Manaus
Quem tem estrela e talento, resolve. Apesar de não ter jogado muito bem no primeiro tempo e de ter atuado pouco tempo no segundo, Falcão entrou na prorrogação e marcou o gol do título brasileiro no Grand Prix de futsal, na Arena Amadeu Teixeira, em Manaus. De virada, o Brasil venceu a Rússia por 2 a 1 e conquistou o hexacampeonato da competição (confira os gols no vídeo ao lado). Apesar de um jogo muito difícil, a  torcida amazonense, que lotou praticamente todos os jogos, ganhou um presente antecipado, já que a cidade comemora 342 anos nesta segunda-feira.
Após marcar o gol da vitória, Falcão desabafou para a câmera durante a comemoração e, em entrevista depois do jogo, continuou:
- A confiança, para o bom e para o ruim, tem que ser para todos e não direcionada: se você errar, você está descartado. Mas é como eu falei: a resposta mais gostosa que tem é dentro de quadra - disparou, sem deixar claro se a irritação seria contra o técnico da seleção, Marcos Sorato, que o deixou no banco em boa parte da decisão.
Falcão seleção brasileira grand prix futsal (Foto: Cristiano Borges/ CBFS)Falcão jogou pouco, mas marcou o gol do título da seleção brasileira no Grand Prix  de futsal (Foto: Cristiano Borges/ CBFS)
O Brasil começou pressionando, com vários chutes a gol. Mas a falta de pontaria e as boas defesas do goleiro Gustavo, brasileiro naturalizado russo, impediam que a seleção abrisse o placar. Aos cinco minutos, Rodrigo soltou uma bomba que passou rente à trave esquerda da Rússia.
No meio do primeiro tempo, a Rússia passou a gostar do jogo, apertando a marcação para jogar no contra-ataque. Aos 11 minutos,  Abramov abriu o placar após escorar o chute cruzado de Dushkevich. O técnico brasileiro pediu tempo e orientou os jogadores a tocarem mais bola, em vez de arriscar o chute de longe.
Quatro minutos depois, Valdin soltou uma bomba na trave e os russos responderam com um chute defendido pro Tiago. O jogo ficou corrido, com as duas equipes atacando. Aos 17 minutos, Vinicius chutou forte, mas a bola foi na rede pelo lado de fora, dando a ilusão de gol para o público na Arena.
Valdin seleção brasileira de futsal (Foto: Cristiano Borges/ CBFS)Valdin comemora o gol de empate da seleção
brasileira (Foto: Cristiano Borges/ CBFS)
No segundo tempo, o Brasil voltou pressionando com a Rússia apostando nos contra-ataques. Aos dois minutos, Gadeia roubou a bola da defesa adversária, mas foi desarmado com falta na hora da finalização. Dois minutos depois, Neto chutou uma bomba, mas Gustavo defendeu. Na cobrança de escanteio, o jogador brasileiro, sozinho, cabeceou para fora.
O gol estava amadurecendo e, aos cinco minutos, Valdin finalmente igualou o marcador, ao receber lançamento na frente e tocar com categoria na saída de Gustavo, para delírio do público que lotava a Arena. Aos oito, o Brasil por pouco não virou com um chute de Jackson, em cobrança de falta ensaiada. A bola passou rente ao travessão. Dois minutos depois, foi a vez de Gadeia finalizar na entrada da área russa, mas Gustavo tirou com o pé.
Depois de 10 minutos sofrendo pressão, a Rússia voltou a assustar com Badretdinov. Aos 12, o jogador tocou rente ao poste direito do goleiro Tiago. A dois minutos do fim, Jackson penetrou na defesa adversária, limpou um marcador, mas chutou fraco, para a defesa de Gustavo. Na jogada seguinte, foi a vez dos russos quase marcarem, em finalização de Cirilo, que tocou no braço de Neto, mas o juiz não marcou pênalti.
Falcão, de peito, garante o hexa na prorrogação
Logo aos 30 segundos da prorrogação, Vinicius fez boa jogada pela direita e chutou cruzado, mas Fernandinho não alcançou. Um minuto depois, foi a vez de Valdin arrancar com a bola e finalizar sozinho, para mais uma grande intervenção de Gustavo.
Atendendo aos pedidos da torcida, o técnico Marcos Sorato colocou Falcão em campo. O Brasil pressionou no fim do primeiro tempo da prorrogação, mas o goleiro da Rússia não deixou nada passar.
No segundo tempo, Falcão mostrou por que é o maior jogador do futsal mundial. Após passe na área, o ídolo fez um golaço de peito, virando o jogo para o Brasil e encerrando um jejum de três jogos sem marcar. Na comemoração, o jogador desabafou.
- O meu brilho ninguém tira, tem que me respeitar - falou para as câmeras.
Após o jogo, Falcão mostrou que não gostou de ter jogado pouco durante a partida (veja no vídeo acima).
- O meu brilho ninguém apaga. Não adianta achar que com 34 anos, eu vou render o que eu rendia com 30, mas não é para jogar fora - afirmou.

Em clássico histórico, City humilha United no Old Trafford por 6 a 1

Time de Mancini vence com gols de Balotelli (dois), Agüero, Dzeko (dois) e David Silva e é líder isolado do Inglês: goleada repete feito de 1926

Por GLOBOESPORTE.COM Manchester, Inglaterra
O Old Trafford ficou azul neste domingo: o City atropelou o United, na casa do rival, e goleou o maior adversário por 6 a 1, pela nona rodada do Campeonato Inglês, em um histórico clássico de Manchester. Suspeito de ter causado um incêndio em casa no sábado, Mario Balotelli colocou fogo no jogo com dois gols e sofrendo a falta que gerou a expulsão de Evans no início do segundo tempo. Agüero, Dzeko (duas vezes) e David Silva ampliaram, e Fletcher descontou. Agora, o time de Robero Mancini é líder isolado da Premier League com 25 pontos, cinco a mais que o vermelho (o Chelsea, com 19, ainda pode assumir a segunda posição).
O resultado iguala o maior placar da história dos clássicos: também 6 a 1 para o City em 23 de janeiro de 1926. O United estava há 25 jogos sem perder em casa no Inglês, com 19 vitórias e seis empates. No total do confronto, o clube de Alex Ferguson leva vantagem: em 160 jogos, são 66 triunfos dos Diabos Vermelhos contra 44 do City, com 50 empates. E a equipe azul não vencia o adversário no Old Trafford desde 2008, com 2 a 1.
O primeiro gol de Balotelli saiu aos 22 minutos do primeiro tempo, com um belo chute no canto direito do goleiro De Gea. Na comemoração, o atacante levantou o uniforme e mostrou uma camisa com a pergunta: "Por que sempre eu?".
balotelli manchester city gol manchester united (Foto: Agência Reuters)Balotelli provoca na comemoração do primeiro gol: 'Por que sempre eu?' (Foto: Agência Reuters)
Na etapa final, Balotelli ia entrar sozinho na área do time de Alex Ferguson logo no primeiro minuto, mas foi derrubado por Evans. Resultado: cartão vermelho. Na cobrança, o italiano acertou a barreira. Mas o segundo gol não demorou muito. Aos 14, o City fez uma linda troca de passes pela direita, David Silva driblou o brasileiro Anderson na área e rolou para Milner, que cruzou rasteiro para Balotelli empurrar para dentro: 2 a 0.
O terceiro nasceu em jogada parecida, nove minutos depois. Dessa vez, Richards recebeu na linha de fundo e passou para Agüero pegar de primeira, dentro da pequena área, sem defesa para De Gea. Aos 35, Fletcher descontou para o United com um belo chute no ângulo esquerdo de Hart. Já aos 44, De Gea defendeu, mas deu rebote para Lescott, que tocou para Dzeko aumentar para 4 a 1. E a humilhação dos donos da casa ficou completa aos 45: David Silva recebeu de Dzeko cara a cara com o goleiro, tocou por baixo no espanhol e marcou 5 a 1. Três minutos depois, o espanhol devolveu o presente para o bósnio invadir a área e marcar o sexto. goleada completa.
No sábado, a imprensa britânica noticiou que Balotelli escapou ileso de um incêndio na sua casa: o italiano teria tentado usar fogos de artifício no banheiro. Esta não foi a primeira polêmica do italiano desde que trocou o Inter de Milão pelo futeobl inglês: ele já atirou dardos em jogadores das divisões de base do City, afirmou que não gosta de morar em Manchester, foi criticado pelo técnico Roberto Mancini por tentar humilhar o Los Angeles Galaxy com um gol de calcanhar (errando o lance) e também foi acusado de ter envolvimento com máfia de Nápoles.
Nani manchester UNited david silva manchester city (Foto: Agência Reuters)David Silva aperta a marcação em Nani: espanhol
teve grande atuação no jogo (Agência Reuters)
Se durante a semana os torcedores de United e City se "uniram" contra Carlitos Tevez, no Old Trafford houve muita troca de provocações. Principalmente do lado azul, com gritos chamando o adversário de time dos Estados Unidos (por ter a família Glazer como proprietários).
Mancini escalou o líder com Balotelli e Agüero no ataque, com Dzeko e Nasri no banco. No United, Ferguson deixou o brasileiro Fábio e os atacantes Chicharito e Berbatov na reserva. Aos 25, Dzeko substituiu Balotelli, que saiu de campo exaltado pela minoria azul no estádio. Em seguida, Nasri entrou na vaga de Agüero. Sorridentes, os autores dos gols do City ficaram sentados bem perto da torcida do United, que começou a deixar o Old Trafford logo depois do 3 a 0 no placar.
Arsenal passa pelo Stoke City
No Emirates Stadium, o Arsenal venceu o Stoke City por 3 a 1 e ficou em sétimo lugar com 13 pontos, enquanto o adversário tem 12 em nono. O destaque da partida foi o holandês Van Persie, autor de dois gols após deixar o banco de reservas, então poupado pelo técnico Arsène Wenger. Gervinho fez o primeiro dos Gunners - e deu passe para os outros -, enquanto Crouch marcou para os visitantes.
gervinho arsenal gol stoke city (Foto: Agência AFP)Gervinho abriu o placar para o Arsenal contra o Stoke City no Emirates Stadium (Foto: Agência AFP)
Confira os jogos da nona rodada do Campeonato Inglês:
Sábado
Wolverhampton 2 x 2 Swansea
Aston Villa 1 x 2 West Bromwich
Bolton 0 x 2 Sunderland
Newcastle 1 x 0 Wigan
Liverpool 1 x 1 Norwich
Domingo
Arsenal 3 x 1 Stoke City
Fulham 1 x 3 Everton
Manchester United 1 x 6 Manchester City
Blackburn 1 x 2 Tottenham
Queens Park Rangers x Chelsea

LA MUSA: Após internação, paraguaia do atletismo celebra a disputa do Pan

Ex-miss e apresentadora de TV, Leryn Franco, do lançamento de dardo, diz não se importar sobre destaque dado à sua beleza

Por Gustavo Rotstein Direto de Guadalajara, México
Por pouco o time das musas dos Jogos Pan-Americanos não ficou desfalcado de sua titular absoluta, ou principal estrela. A paraguaia Leryn Franco, atleta do arremesso de dardo, chegou a Guadalajara na última sexta-feira, confirmando em cima da hora a participação na competição. Até a última semana ela estava internada depois de contrair o vírus Influenza A e uma faringite aguda.
Miss Paraguai 2006, apresentadora de um programa esportivo na televisão local e modelo, Leryn circula na Vila dos Atletas mostrando simpatia e ótima disposição. No entanto, admite que ainda não se recuperou totalmente dos problemas médicos.
leryn franco  musa selo pan guadalajara (Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)Leryn ainda busca seu lugar na elite do esporte, mas já encanta  (Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)
- Meu coração está bom novamente, mas o fígado ainda não melhorou totalmente. Não pude treinar para o Pan como deveria, mas os médicos dizem que que posso seguir trabalhando até quando eu me sentir bem. Venho fazendo exames para acompanhar a evolução do quadro, mas minha expectativa é de fazer uma boa prova e chegar ao menos próximo dos 56m17cm, minha melhor marca no ano - disse.
Como competidora, Leryn Franco ainda busca seu espaço entre as melhores. Mas foi sua beleza que alavancou sua carreira. Mesmo assim, a atleta garante não se incomodar com o destaque dado aos seus dotes físicos. Enxerga isso como algo benéfico para promover o esporte em seu país.
- Infelizmente não posso depender somente do esporte e preciso de outras atividades para tocar minha vida e ajudar minha família. O mais importante é que as pessoas vejam que existem atletas de elite do Paraguai que precisam de apoio para não desperdiçarem suas carreiras. Não fico incomodada quando falam do meu corpo, pois o mais importante é que os meus resultados são bons - destacou.
leryn franco paraguaia modelo (Foto: Divulgação)Além de atleta, Leryn Franco atua como modelo e fez fotos sensuais (Foto: Divulgação)
Leryn jura não fazer uma dieta muito radical. Para manter a forma, além dos exercícios obrigatórios, garante não comer frituras. Segundo ela, o mais importante é o descanso, além de muita hidratação. Mas como musa de carne e osso, admite que de vez em quando se rende a algumas tentações.
- Claro que há dias que dá aquela vontade de comer um chocolate e de tomar um sorvete, mas não abuso.
Para ela, o mais importante é não deixar a beleza tomar a frente do esporte em suas prioridades. Em 2007, por exemplo, ela deixou de fazer parte do concurso Miss Mundo para disputar os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Aliás, a Cidade Maravilhosa e o país agradam a musa do atletismo.
- O Brasil me encanta. É um lugar lindo, com pessoas alegres e simpáticas. Quando estive no Rio, fui tratada como uma rainha.

Esperança morena


dom, 23/10/11
por Thiago Dias |
categoria Fotos
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Por Thiago Dias


Será que vem mais um ensaio sensual por aí?
Depois de encantar os fãs com fotos nua recentemente, a goleira Hope Solo publicou no Twitter uma imagem sua fazendo bronzeamento artificial. Uma toalha cobriu o corpo da musa americana, que estava – pelo menos – sem nada em cima.
- Oi pessoal. Eu, oficialmente, passei para o lado negro! Minha primeira vez com spray de bronzeamento! Ah… vamos chamar isto de “show business! – brincou Hope, que toda segunda-feira participa da versão americana do “Dança dos Famosos”.

No Twitter, Minotauro posta que Inter vai finalizar o Timão de Anderson Silva

Lutador colorado publica foto com atacante D'Alessandro, convoca a torcida para lotar o estádio Beira-Rio neste domingo e provoca 'Spider'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
Minotauro e D'Alessandro (Foto: Reprodução Twitter)Minotauro, com a camisa do Inter, ao lado do
argentino D'Alessandro (Foto: Reprodução Twitter)
O Corinthians é o líder do Brasileiro, o Internacional ainda mantém esperanças de título ou, pelo menos, boas chances de brigar por uma vaga na Libertadores 2012. O clássico deste domingo, às 16h, no Beira Rio, que já tem tudo para ser quente dentro de campo, ganhou uma pimenta extra no Twitter e foi parar num ‘combate virtual de MMA’.
Minotauro, que é lutador colorado, com direito à bandeira da torcida em sua homenagem, postou em sua conta:
- Hoje, o craque D'alessandro vai finalizar o Timão, de Anderson Silva – disparou provocando o amigo, que é atleta do Corinthians.
Em seguida, Minotauro completou, convocando a torcida do Internacional para o jogo.
- Brincadeiras a parte, o Brasileirão está disputadaço, grandes jogos nessa reta final. Tenho certeza que os colorados vão lotar o Beira-Rio. Quero ver minha bandeira lá na arquibancada passando aquela energia positiva pros jogadores.
A associação de clubes de futebol com MMA tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. No início de agosto, o Corinthians foi o primeiro a contratar o campeão dos pesos-médios Anderson Silva. Uma semana depois, foi a vez de Paulo Thiago fechar com o Cruzeiro. O atleta meio-médio assinou contrato de um ano com o clube mineiro. Dias antes de participar do UFC Rio, Minotauro foi contratado pelo Internacional e já subiu no octógono vestido com as cores do clube.