domingo, 3 de janeiro de 2016

Dana diz que Miocic deve ser próximo desafiante ao cinturão dos pesados

Presidente do UFC fez afirmação durante coletiva de imprensa pós-UFC 195. Americano de origem croata nocauteou Andrei Arlovski na co-luta principal do evento

Por Las Vegas
Dana White; UFC 195 (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White prometeu chance ao título dos pesados a Miocic (Foto: Evelyn Rodrigues)
Stipe Miocic pediu e deve receber a chance de disputar o cinturão dos pesados do Ultimate. A afirmação foi feita pelo presidente da organização, Dana White, na coletiva de imprensa pós-UFC 195, em Las Vegas.
- Quem no mundo vai dizer não para o Stipe esta noite? Ele parecia um psicopata. Eu não iria dizer não. Sim, nós estamos na mesma página - disse o chefão, após ser questionado se o americano de origem croata merecia o posto de próximo desafiante da divisão por conta da vitória por nocaute contra Andrei Arlovski, na co-luta principal do evento deste sábado.
Número três no ranking da divisão, Miocic precisou de apenas 54 segundos para derrotar o rival, dono da segunda posição. Eufórico em cima do octógono, o atleta pediu aos berros pelo vencedor do combate entre Fabricio Werdum x Cain Velásquez, marcado para o UFC 196, dia 06 de fevereiro, em Las Vegas.
- Sim, eu mereço, lutei de forma marcante e acho que mereço. Tenho um dos melhores camps do mundo e sei que Werdum x Velásquez vem na sequência. Mas quem vencer, sei que estarei pronto. Eu não ligo, só quero a chance ao título - declarou o peso-pesado na coletiva de imprensa pós-evento.
UFC 195
2 de janeiro de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Robbie Lawler venceu Carlos Condit por decisão dividida (48-47, 47-48, 48-47)
Stipe Miocic venceu Andrei Arlovski por nocaute técnico aos 54s do R1
Albert Tumenov venceu Lorenz Larkin por decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28)
Brian Ortega venceu Diego Brandão por finalização a 1m36s do R3 
Abel Trujillo venceu Tony Sims por finalização aos 3m18s do R1
CARD PRELIMINAR
Michael McDonald venceu Masanori Kanehara por finalização aos 2m09s do R2
Alex Morono venceu Kyle Noke por decisão dividida (29-28, 27-30, 29-28)
Justine Kish venceu Nina Ansaroff por decisão unânime (29-28, 30-27, 30-27)
Drew Dober venceu Scott Holtzman por decisão unânime (triplo 29-28)
Dustin Poirier venceu Joseph Duffy por decisão unânime (30-26, 30-27, 30-27)
Michinori Tanaka venceu Joe Soto por decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28)
Sheldon Westcott venceu Edgar Garcia por nocaute técnico aos 3m12s do R1

Campeã do XFC, Poliana Botelho comemora ano e projeta 2016 melhor

Lutadora, que teve luta escolhida a melhor do ano, diz que cinturão entre os moscas deu confiança pessoal, relembra conquistas e diz estar pronta para defender título

Por Juiz de Fora, MG
Poliana Botelho cinturão XFC (Foto: Poliana Botelho/Arquivo Pessoal)Poliana Botelho exibe cinturão XFC
(Foto: Poliana Botelho/Arquivo Pessoal)
Vitórias, prestígio, melhor luta do ano escolhida pela organização e um cinturão. O ano de 2015 acabou, mas ficará marcado como a temporada em que Poliana Botelho despontou para o mundo das lutas. Lutadora de MMA, a mineira de Muriaé é a dona do cinturão peso-mosca do XFC, em vitória sobre a argentina Silvana Juarez, luta que foi escolhida pela organização como a melhor de 2015.
Poliana avalia o ano como o mais importante em sua vida e afirma que todas as vitórias e conquistas da temporada representaram a realização de um sonho.
– Posso dizer que esse ano de 2015 foi melhor ano que tive desde quando comecei a lutar, ano em que consegui ganhar dois títulos no XFC, com a medalha do GP e o cinturão da categoria. Para dizer a verdade até hoje não consigo acreditar que tive essas conquistas. Tudo que sonhei desde quando entrei no mundo das lutas era ser campeã mundial. E hoje está realizado – declarou.
Poliana também conseguiu prestígio, novo patrocinador e até mesmo a visita do ex-campeão do UFC, José Aldo. Mais do que lembranças da boa trajetória no XFC, com seis vitórias em seis lutas na organização e um cinturão, Poliana acredita que 2015 foi importante para a autoestima, dentro e fora do octógono.
Poliana Botelho cinturão XFC José Aldo (Foto: Poliana Botelho/Arquivo Pessoal)Poliana Botelho e José Aldo estiveram juntos após conquista da lutadora (Foto: Poliana Botelho/Arquivo Pessoal)


– Acho que conquistar o cinturão foi uma realização, porque eu sempre quis ser campeã mundial. Isso me trouxe patrocínio. Mas eu acho que o mais importante é que eu comecei a acreditar em mim mesma, e eu não conseguia acreditar nessa capacidade que eu poderia ter. Então conquistar cinturão foi motivo de muito orgulho – explicou.
As férias da lutadora foram curtas. Mesmo sem luta marcada, ela retorna aos treinamentos no domingo e projeta um 2016 produtivo. Ainda sem desafiante, ela garante estar preparada para defender a conquista.
– Ainda não tenho desafiante, nada marcado. Vou voltar a treinar já nesse domingo e para quem quiser me desafiar, eu vou estar pronta para defender esse cinturão, que é meu, é do Brasil, de Minas. Eu espero um ano de 2016 ainda melhor do que foi o de 2015 – finalizou.
Poliana Botelho melhor luta XFC (Foto: Reprodução/Facebook)XFC escolheu luta de Poliana Botelho contra Silvana Juarez como a melhor do ano (Foto: Reprodução/Facebook)

Lawler sobre luta contra Condit: "Fiz tudo o que pude para vencer e venci"

Campeão meio-médio parabeniza desafiante, mas desconversa sobre possibilidade de revanche imediata: "Vamos ver como vou me sentir amanhã", declarou

Por Las Vegas
Robbie Lawler; coletiva; pós UFC 195 (Foto: Evelyn Rodrigues)Lawler acredita que venceu o combate contra Condit (Foto: Evelyn Rodrigues)
Robbie Lawler manteve o cinturão dos meio-médios do Ultimate apósum combate duro e bastante equilibrado contra Carlos Condit, na luta principal do UFC 195, neste sábado, em Las Vegas, EUA.
Apesar de um dos juízes ter dado vitória para Condit no duelo (47-48, 48-47, 48-47), e do próprio presidente da organização, Dana White, ter afirmado que pontuou a luta para o desafiante, o atleta da American Top Team acredita que fez o suficiente para manter o posto de campeão.
- Eu fiz tudo o que pude para vencer e venci. O objetivo é sempre melhorar, desenvolver minhas habilidades, me tornar um melhor lutador a cada duelo, mas sempre vou colocar meu pé no acelerador. Todos os caras que venho enfrentando nos últimos dois anos sao duros. Sempre tento entrar lá e arrancar a cabeça dos meus adversários, mas por alguma razão eles não ficam no chão (risos) - afirmou.
Ainda dentro do octógono, Lawler disse que gostaria de enfrentar Condit novamente. Questionado na coletiva pós-evento sobre tal possibilidade, o lutador evitou falar sobre revanche imediata, mas elogiou o desempenho do rival.
- Não vou decidir isso hoje. Vamos ver como vou me sentir amanhã, então vamos falar com o Dana e decidir. Carlos é duro, pode fazer tudo, acertou golpes muito bons. Eu estava desequilibrado, ele me acertou, mas levantei rápido. Ele consegue te finalizar em pé ou no chão e eu tenho que respeitar isso. Condit é inteligente, se movimenta muito bem e tem queixo. É um cara que faz isso há muito tempo, teve uma boa estratégia. Tenho que parabenizá-lo. Dei tudo de mim, ele deu tudo de si. Fomos duros como prego, tentamos dar o nosso máximo, foi uma batalha - finalizou.
UFC 195
2 de janeiro de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Robbie Lawler venceu Carlos Condit por decisão dividida (48-47, 47-48, 48-47)
Stipe Miocic venceu Andrei Arlovski por nocaute técnico aos 54s do R1
Albert Tumenov venceu Lorenz Larkin por decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28)
Brian Ortega venceu Diego Brandão por finalização a 1m36s do R3 
Abel Trujillo venceu Tony Sims por finalização aos 3m18s do R1
CARD PRELIMINAR
Michael McDonald venceu Masanori Kanehara por finalização aos 2m09s do R2
Alex Morono venceu Kyle Noke por decisão dividida (29-28, 27-30, 29-28)
Justine Kish venceu Nina Ansaroff por decisão unânime (29-28, 30-27, 30-27)
Drew Dober venceu Scott Holtzman por decisão unânime (triplo 29-28)
Dustin Poirier venceu Joseph Duffy por decisão unânime (30-26, 30-27, 30-27)
Michinori Tanaka venceu Joe Soto por decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28)
Sheldon Westcott venceu Edgar Garcia por nocaute técnico aos 3m12s do R1

Demian pede luta pelo título, mas cogita duelos com Woodley ou Brown

Peso-meio-médio conta que Metamoris ofereceu Nick Diaz como adversário. Brasileiro chegou a aceitar luta, mas organização disse que americano não poderia enfrentá-lo

Por Las Vegas
Nunca foi do estilo de Demian Maia pedir por adversários, mas, após fazer uma sequência de confrontos contra atletas que estão abaixo dele no ranking e vencer de forma dominante, o brasileiro agora sonha com um confronto pelo título contra Robbie Lawler, que venceu luta eletrizante sobre Carlos Condit, na madrugada deste sábado para domingo, na luta principal do UFC 195. O faixa-preta de jiu-jítsu e atual número 5 da divisão dos meio-médios (até 77kg) foi um dos lutadores convidados para a programação do evento e fez campanha para que seja escolhido como próximo desafiante.
- Eu preciso de um tempo para entrar bem. Não gosto de já sair de uma luta e entrar em outra. Gosto de fazer um camp bem feito para me apresentar bem. Sei que muita coisa pode acontecer, mas estou pronto para o título e posso lutar por isso a qualquer hora. Quero essa chance. Meu empresário, Eduardo Alonso, está conversando com eles. Vejo que o Rory tem uma luta encaminhada, acabou de lutar pelo título, o Hendricks também tem luta marcada. Quem sobra basicamente sou eu e Woodley. Então, acho que mereço lutar pelo título. Estou pedindo por isso porque é como você consegue as coisas. Você tem que lutar, tem que se sair bem, mas tem que pedir pelo título. Meu estilo não é tão barulhento, mas quero lutar pelo título - afirmou.
Demian Maia UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Demian Maia pediu para ser escolhido como próximo desafiante ao título dos meio-médios (Foto: Evelyn Rodrigues)
Apesar disso, ele deixa claro que fazer mais uma luta antes de enfrentar o campeão está nos seus planos, mas quer ter um adversário que o coloque na rota do cinturão. Ele sugeriu duelos contra o número 2, Tyron Woodley, ou o número 5, Matt Brown.
- É claro (que aceitaria outra luta). Quero enfrentar alguém que me leve a uma luta pelo título se eu vencer. Acho que as lutas que fariam sentido seriam Woodley ou Matt Brown, que está empatado comigo, ou próximo de mim, no ranking. Essas são as lutas que fariam mais sentido. Mas é claro, se eu pudesse escolher hoje, eu não quero enfrentar esses caras, quero lutar pelo título. Pelo título, eu faria qualquer coisa. Se disserem, pelo título, vamos esperar, então eu esperaria. É uma oportunidade única na vida, então esperaria.
Demian já teve a oportunidade de disputar um cinturão do Ultimate, mas pelo peso-médio (até 84kg), quando perdeu para Anderson Silva por decisão unânime, em 2010. Mais de cinco anos depois, ele se vê pronto para sair vitorioso caso tenha uma nova chance.
- Eu sinto que agora estou muito mais maduro. Aquilo foi quase seis anos atrás, abril de 2010. Nesse período de tempo, você muda completamente, especialmente eu, que sou um cara que adora aprender. Amo MMA, amo jiu-jítsu e amo aprender todos os dias. Por isso que sigo lutando e evoluindo. De seis anos para agora, fiquei totalmente diferente. Naquela vez, entrei como zebra total, e se lutar pelo título de novo, mesmo não sendo o favorito, todos saberão que tenho uma chance de vencer, se eu levar para o chão, para o mundo do jiu-jítsu, tenho uma grande chance de vencer, e eu acredito nisso.
Enquanto segue sem luta marcada, Demian Maia recebeu uma proposta do Metamoris, evento de grappling, para enfrentar o polêmico Nick Diaz e se colocou à disposição para fazer o confronto, mas a organização disse que o americano, que está suspenso do MMA por ser reincidente em exames antidoping, não poderia atuar.
- O Nick Diaz aconteceu o seguinte: o Metamoris me ofereceu ele há um tempo. Falamos que aceitaríamos se o UFC liberasse, mas, quando falamos isso, o Metamoris disse que o Nick não ia poder. Não sei se falaram com ele, se não falaram, se deixaram pra falar depois, e falaram que não ia acontecer. (Gostaria de lutar com o Diaz) Pelo desafio, por eu não lutar jiu-jítsu há muito tempo, gosto de lutar sem quimono, o evento é muito legal também, e o Nick é um cara que faz muito marketing, muito barulho quando luta, então acho que seria uma boa promoção. Acho que Nick é um grande lutador e traz muita promoção às lutas, isso é importante para mim. Ele é um bom adversário, e seria legal lutar nas regras de jiu-jítsu, sem se preocupar com socos e chutes. A última vez que lutei jiu-jítsu foi em 2007, há muitos anos - concluiu.