quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dana White rejeita promoção de luta da Nova União: "Não precisa disso"

Presidente do UFC nega que empurrão de José Aldo em Chad Mendes tenha sido forjado, mas adverte para lutadores focarem em serem "grandes"

Por Las Vegas
Líder da equipe Nova União, o treinador Dedé Pederneiras disse no início desta semana, em entrevista ao Combate.com, que se reuniria com seus atletas para orientá-los a pensar mais no lado "business" do MMA e nas promoções das lutas. Na terça-feira, foi vista a primeira ramificação dessa mudança de atitude: o empurrão de José Aldo em Chad Mendes numa encarada no Maracanã, em evento de divulgação do UFC Rio 5, ou UFC 179. O presidente do Ultimate, Dana White, discordou da nova posição adotada pela equipe. Em entrevista ao site oficial da organização, o dirigente afirmou que os lutadores precisam se preocupar apenas em lutar.
- Acho que os caras simplesmente não deviam tentar. Chael (Sonnen) tinha (a capacidade de promover lutas com palavras). Conor McGregor tem isso. Esse cara sabe lutar e falar. Acho que alguns caras que não falam tão bem quanto outros acham que precisam falar mais. Não, não precisa disso. Você precisa ser um grande lutador. Contanto que você seja um grande lutador, ninguém dá a mínima para essas outras coisas. Sim, alguns caras podem se destacar um pouco mais, mas se você tem talento, você vai chegar aonde quer chegar de qualquer forma - argumentou Dana.
O polêmico empurrão de José Aldo (esq.) em Chad Mendes no Maracanã (Foto: André Durão)
Em entrevista ao site do canal "ESPN" no dia seguinte ao empurrão, José Aldo admitiu que havia tentado dar uma apimentada na luta com o empurrão após a conversa com sua equipe, mas disse que estava arrependido. Suas palavras foram interpretadas como uma admissão de que a confusão havia sido premeditada. White, porém, disse ter conversado com o campeão dos pesos-penas do UFC e afirmou que a altercação foi real e orgânica, e não fabricada.
- Isso já aconteceu antes, Aldo disse, "Não foi isso que eu falei". Ele disse que não forjou, o empurrão foi real. Mas toda vez que eles dizem algo em português e é traduzido para o inglês, fica embaralhado na tradução. Recebi uma ligação (uma vez) que (Renan) Barão tinha dito que não estava recebendo dinheiro suficiente. Então, nós ligamos para ele e ele disse que nunca disse isso - disse o dirigente.

"Pode botar o pai dele de juiz", brinca Glover sobre preocupação de Davis

Peso-meio-pesado brasileiro diz que não deixará luta no UFC 179 ir à decisão dos juízes e conta que voltou às "raízes" após derrota para Jon Jones

Por Rio de Janeiro
As declarações de Phil Davis sobre uma suposta preocupação com os juízes de sua luta contra Glover Teixeira no Brasil chegaram aos ouvidos do peso-meio-pesado mineiro. O americano negou que tenha insinuado que os jurados se influenciariam pela torcida local, mas Glover afirmou que o adversário não precisa ficar preocupado: o coevento principal do UFC Rio 5, ou UFC 179, não precisará dos cartões de pontuação - e, se precisar, não haverá dúvidas sobre o vencedor.
Glover Teixeira com Phil Davis no Maracanã: brasileiro quer dominar luta no Rio (Foto: André Durão)
- Eu não estou nem aí se existe (favorecimento ao lutador local), para mim não faz diferença nenhuma. Eu vou para finalizar a luta, para acabar com a luta, e você ganha ou não ganha. Se você fica meio empacado ali, tudo pode acontecer. Na luta do Lyoto (Machida) com ele, eu achei que a luta foi do Lyoto, mas também não fiquei brigando com ninguém por achar que ele ganhou. Foi realmente uma luta bem pareada. Se ficar pareada e der para ele ou para mim, não fico chateado, não. O negócio é ir lá e provar para todo mundo que eu ganhei. Quero ver o juiz roubar e, mesmo se for para a decisão, quero ver como vão dar a vitória para ele se eu ganhar os três rounds claro, (dando) porrada na cara dele o tempo todo. Como vão dar para ele os três rounds? Pode botar o pai dele lá fazendo os pontos que não vai dar (risos). Ele vai pensar, "vou ser mandado embora da comissão" (se der vitória para o outro lado) - disparou Teixeira durante o evento de divulgação do UFC 179 na última terça-feira, no Maracanã.
Apesar da afirmação, o clima entre os dois lutadores não poderia ser melhor. Glover não cansou de brincar com o adversário, pedindo toda hora para que ele não falasse muita m*** sobre ele nas entrevistas. Os dois não são amigos íntimos, mas o brasileiro disse considerar Davis "um cara maneiro" e "top da categoria".
Dentro do octógono, porém, Teixeira não estará muito preocupado com o que Davis é ou faz. Segundo o peso-meio-pesado mineiro, essa foi a principal lição de sua derrota para Jon Jones, seu primeiro revés desde 2005: focar em si mesmo.
- Mentalmente, nunca fui abalado. Perdi ali e saí pensando que tinha que mudar algumas coisas no camp. (Mas) chego ali para lutar, me divirto ali dentro do octógono. Ganhando ou perdendo, a gente tem que sair de cabeça erguida. Mentalmente, nunca fui abalado, mas fisicamente tomei alguns chutes ali, uma chave de braço, saí um pouco quebrado, mas já estou recuperado 100%, estoui treinando 100%. Voltei às raízes mesmo, de respeitar meu corpo, treinar o que eu sempre treinei, de tudo, sem ficar se preocupando tanto com o que o cara vai fazer e mais com o que eu vou fazer - explicou.

Sem muita atenção da mídia, Tony Ferguson é "entrevistado" por técnico

Treinador faz brincadeira e utiliza garrafa d'água na função de microfone

Por Direto de Sacramento, EUA
A equipe do peso-leve americano Tony Ferguson encontrou uma maneira de diminuir o constrangimento que pode ocorrer quando o UFC realiza um "media day", ou seja, um dia em que os principais lutadores do card ficam disponíveis para entrevistas com a imprensa. Muitas vezes alguns atletas menos conhecidos são pouco requisitados e ficam "à toa" em boa parte do tempo, enquanto as maiores estrelas são entrevistadas do início ao fim. Nesta quinta-feira, durante o "media day" do UFC 177,  um dos treinadores de Tony Ferguson aproveitou um desses momentos de "ócio" para "entrevistar" seu lutador. Na brincadeira, ele usou uma garrafa d'água como microfone. No sábado, Ferguson encara Danny Castillo.
Tony Ferguson é "entrevistado" por treinador no "media day" do UFC 177 (Foto: Ivan Raupp)
A luta entre Renan Barão e TJ Dillashaw é a principal do UFC 177, que será realizado na Sleep Train Arena, em Sacramento, neste sábado. O evento também terá os brasileiros Bethe Correia e Carlos Diego Ferreira em ação no card principal. O canal Combate transmite tudo a partir das 19h45 (de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real. Na sexta-feira, dia anterior, canal e site transmitem a pesagem oficial às 19h55.
UFC 177
30 de agosto de 2014, em Sacramento (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: TJ Dillashaw x Renan Barão
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-mosca: Scott Jorgensen x Henry Cejudo
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-galo: Anthony Birchak x Joe Soto
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade

Dana White: "Estamos planejando Rockhold x Machida no Brasil"

Presidente do UFC rejeita "acerto de contas" entre Luke Rockhold e Michael Bisping no futuro imediato: "Eles vão se encontrar eventualmente"

Por Las Vegas
Um dia após a possibilidade de um duelo entre Lyoto Machida e CB Dollaway ser ventilada, o presidente do UFC, Dana White, afirmou em entrevista ao site oficial da companhia que quer uma luta entre o brasileiro e Luke Rockhold. O combate entre os pesos-médios vem sendo negociado há duas semanas, como o Combate.com confirmou na semana passada, mas Rockhold havia trocado farpas com Michael Bisping após a vitória deste último no sábado passado e o confronto entre os desafetos parecia próximo. White, entretanto, se mantém fiel ao plano original, e revelou que a luta pode acontecer no Brasil.
- Nós estamos observando Rockhold x Machida no Brasil. É isso que estamos observando - afirmou o presidente, que disse ainda que o duelo faz mais sentido do que uma luta entre Lyoto e Dollaway.
Lyoto Machida e Luke Rockhold devem se enfrentar no Brasil, disse Dana White (Foto: Editoria de Arte)
Lyoto Machida é atualmente o segundo colocado do ranking dos pesos-médios do UFC, atrás apenas do lesionado Anderson Silva. Vitor Belfort, terceiro colocado, é o próximo desafiante ao cinturão de Chris Weidman, e Ronaldo Jacaré, quarto lugar, está escalado para enfrentar Gegard Mousasi no próximo dia 5 de setembro. Com isso, Luke Rockhold, quinto do ranking, é a opção melhor posicionada no momento.
O americano, porém, vem trocando provocações com Bisping desde o início do ano, irritado com comentários que o inglês fez acerca de um treino de sparring entre os dois. A vitória de Bisping sobre Cung Le no UFC Macau no último sábado pareceu deixar o duelo mais próximo, mas White disse que os dois terão de esperar para se enfrentarem.
- Tudo é possível. Michael Bisping está ranqueado número oito no mundo. Rockhold é o número cinco. Eles vão se encontrar eventualmente de qualquer jeito, mas Rockhold tem o Machida primeiro - encerrou White.
O Brasil está programado para receber mais quatro eventos até o fim do ano, mas dois deles já têm lutas principais: o UFC Brasília (Antônio Pezão x Andrei Arlovski) e o UFC Rio 5 (José Aldo x Chad Mendes). Na quarta-feira, o Ultimate confirmou a primeira luta de um evento em 8 de novembro, que deve acontecer em Uberlândia-MG, mas ainda não anunciou o combate principal. Outro torneio é esperado para o país em dezembro.

Dillashaw diz que vai dominar Barão, mas espera confronto equilibrado

Campeão peso-galo também aproveitou para criticar empurrão de José Aldo em Chad Mendes: "Foi um pouco ridículo. É preciso ser profissional"

Por Direto de Sacramento (EUA)
No próximo sábado, exatos 98 dias após tomar o cinturão peso-galo de Renan Barão, o americano TJ Dillashaw entrará novamente no octógono contra o mesmo oponente, pelo evento principal do UFC 177, buscando não deixar dúvidas sobre a sua superioridade na divisão. No primeiro duelo, ocorrido em maio passado, o atleta da Team Alpha Male surpreendeu o mundo ao dominar o confronto de forma contundente, mas acredita que, desta vez, o combate será um pouco mais equilibrado.
- Eu estou preparado para uma revanche mais competitiva. Barão é um grande lutador, não posso subestimá-lo ou vou me meter em apuros. Estou esperando uma luta dura, vai ser uma guerra. É assim que eu gosto de entrar em um duelo, esperando que o meu oponente seja o melhor possível. Sei que vou dominá-lo novamente, mas não acho que preciso fazer isso. Estou indo lá para vencer da forma que for possível. O meu objetivo é vencê-lo, por isso estou preparado para o melhor e também para o pior. O importante é sair com a mão erguida e o cinturão na cintura - declarou em entrevista ao Combate.com durante um evento promocional com a imprensa nesta quinta-feira em Sacramento (EUA), local do evento.
TJ Dillashaw admitiu ter adotado técnicas de Dominick Cruz para seu estilo (Foto: Evelyn Rodrigues)
Dillashaw entrou no primeiro duelo sendo considerado o azarão por uma probabilidade de 10 a 1 e precisou de pouco mais de 22 minutos para nocautear o então campeão peso-galo. Durante o combate, o americano acertou 140 golpes significantes no adversário, e seu trabalho de pernas e a utilização de certos ângulos fizeram com que muitos especialistas apontassem semelhanças entre o seu estilo de luta e o de Dominick Cruz. Ele admitiu que isso não foi mera coincidência.
- Eu tive que aprender muito trabalho de perna do Dominick quando o (Urijah) Faber o enfrentou. Você meio que precisa imitar o lutador na academia para ajudar o seu companheiro de time a se preparar para o seu duelo, mas eu acabei incorporando alguns desses elementos ao meu estilo. Na prática, adquiri um bom trabalho de perna e aprendi a trabalhar melhor os ângulos. É algo que eu já vinha adaptando nas minhas últimas lutas, mas como assisto a muitas lutas de MMA e de boxe, eu acabo desenvolvendo o meu estilo a partir dessas coisas que vejo e estudo. Eu aprendo com todo mundo e moldo isso ao meu estilo.
Embora tenha estudado muito Dominick Cruz, Dillashaw afirma que seu maior foco sempre foi Renan Barão, principalmente depois que o brasileiro venceu o cinturão interino da divisão, em julho de 2012.
- Eu estava completamente pronto para o que quer que o Barão fosse apresentar, já vinha estudando-o há bastante tempo. Ele enfrentou o Urijah Faber duas vezes e eu fiz parte do córner do Faber nas duas oportunidades. Quando chegou a minha vez de enfrentar o Barão, eu continuei esse processo. Eu e o Duane (Ludwig, treinador da Team Alpha Male) vínhamos trabalhando na possibilidade de enfrentar o Renan nos últimos dois anos. Eu me preparei muito para ele, assisti a muitos vídeos. Acho que assisti a mais vídeos do Barão do que qualquer outro lutador na vida. Eu já o conhecia muito bem quando ele entrou no octógono, ele descobriu quem eu era apenas ali dentro.
Acho que assisti a mais vídeos do Barão do que qualquer outro lutador na vida. Eu já o conhecia muito bem quando ele entrou no octógono, ele descobriu quem eu era apenas ali dentro"
TJ Dillashaw, sobre primeira luta com Barão
Para a revanche deste sábado, o americano acredita que Barão pode buscar uma  estratégia diferente na tentativa de retomar o cinturão. Justamente por isso, ele afirma que trabalhou bem todas as áreas de seu jogo a fim de evitar surpresas.
- Eu estava pensando que, talvez, o Barão possa sim levar a luta para o chão e  trabalhei muito nisso, caso ele tente. Acho que vai ser difícil para ele me derrubar. Eu pratico wrestling desde a faculdade e tenho um bom chão, mas não estou dizendo que não pode acontecer. Estou pronto para ser derrubado e também para derrubar. Também estou pronto se ele tentar trocar comigo, porque é isso que ele ama fazer. Barão é um trocador perigoso e empolgante e eu espero que ele tente de tudo. Ele vai buscar a luta com certeza.
O americano também acredita que uma de suas vantagens esteja no processo do corte de peso.
- Definitivamente, ele não parecia muito forte no primeiro duelo, mas ele ainda fez um bom trabalho contra mim nos rounds finais, apesar de não ser no ritmo em que estou acostumado. Barão é um cara grande, parece maior que o José Aldo, que é da divisão de cima. Acho que é necessária muita energia para cortar tanto peso assim. Eu não precisei me preocupar com o meu peso até o início dessa semana. O meu peso normal é em torno de seis quilos acima do limite da categoria e eu consigo me manter muito forte. Isso é algo que deve me beneficiar.
O campeão também aproveitou para falar sobre a rivalidade entre a sua equipe e a de seu adversário. Os dois times já se encontraram cinco vezes em disputas de cinturão no UFC, com a Nova União levando a melhor em quatro ocasiões. Desde que Dillashaw tomou o cinturão de Barão, porém, o clima entre as academias esquentou ainda mais. Nesta semana, por exemplo, o campeão peso-pena José Aldo, que é companheiro de treinos de Barão, acabou empurrando Chad Mendes, que também é da Alpha Male, em um evento promocional do UFC 179 no Rio de Janeiro. Durante o bate-papo com o Combate.com, TJ não perdeu a oportunidade de "cornetar" o manauara.
- Eu acho que é um pouco ridículo, o esporte deve ser levado mais a sério. Eu sei que o Aldo provavelmente estava tentando vender a luta, mas isso acaba fazendo com que as pessoas olhem torto para ele mesmo, porque parece que ele está pronto para lutar a qualquer momento. Você precisa ser profissional. Eu tenho o maior respeito pelo time deles, são grandes adversários, mas não sinto nenhuma animosidade com relação a isso - finalizou.
A luta entre Renan Barão e TJ Dillashaw é a principal do UFC 177, que será realizado na Sleep Train Arena, em Sacramento, neste sábado. O evento também terá os brasileiros Bethe Correia e Carlos Diego Ferreira em ação no card principal. O canal Combate transmite tudo a partir das 19h45 (de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real. Na sexta-feira, dia anterior, canal e site transmitem a pesagem oficial às 19h55.
UFC 177
30 de agosto de 2014, em Sacramento (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: TJ Dillashaw x Renan Barão
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-mosca: Scott Jorgensen x Henry Cejudo
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-galo: Anthony Birchak x Joe Soto
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade

Dunga conta com Neymar e diz: "Queremos que seja o do Santos"

Treinador acredita que atacante, que voltou a treinar no Barcelona após
sete dias recuperando-se de lesão no tornozelo, não será um problema

Por Rio de Janeiro
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Principal estrela da seleção brasileira convocada por Dunga para os amistosos contra Colômbia, dia 5 de setembro, em Miami, e Equador, quatro dias depois, em Nova Jersey, o atacante Neymar não preocupa da comissão técnica do Brasil. De acordo com o treinador, o atleta deverá se apresentar normalmente com o restante do grupo na próxima segunda-feira.
Dunga diz que Neymar não preocupa em evento na sede da CBF (Foto: André Durão)

Neymar, que sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo durante um treino do Barcelona, ficou fora da estreia da equipe catalã no Campeonato Espanhol, no último sábado, contra o Elche (vitória por 3 a 0). Porém, no início da semana, o camisa 11 voltou a trabalhar com o grupo.
– Temos todas as informações. O doutor (Rodrigo Lasmar) está conversando diretamente com os dois clubes, com o Porto e com o Barcelona, e com os jogadores. A princípio, não teremos nenhum problema – afirmou o treinador, lembrando também da mialgia na coxa esquerda apresentada pelo lateral-esquerdo Alex Sandro, do Porto.
Dunga falou ainda do que pretende de Neymar nos dois primeiros compromissos da Seleção sob o seu comando.
– Todos querem que seja o Neymar do Santos. Espontâneo, criativo, jogador determinante para a Seleção, referência e sem perder a alegria que é dele próprio.
Neymar voltou a treinar com o grupo do Barcelona nesta quinta-feira (Foto: Miguel Ruiz/FCB)

Confira abaixo o restante da entrevista de Dunga:
COLÔMBIA E EQUADOR
– Vai ser um bom teste, difícil. Vamos enfrentar duas seleções difíceis, que quase sempre temos dificuldades nas eliminatórias. A Colômbia fez uma excelente Copa do Mundo. Vai ser um bom teste para tomarmos algumas decisões.
BRASIL SEM REFERÊNCIA
– Não se tem um atacante referência, mas temos atacantes. A maioria dos clubes jogam sem uma grande referência, com jogadores de mais movimentação. Quanto a forma de jogar, isso vai depender da maneira que os atletas vão chegar, condicionamento, e aí vamos montar o time.
O QUE NÃO REPETIR DA PRIMEIRA PASSAGEM?
– O trabalho foi feito. Os resultados estão aí e agora é uma outra etapa. É inútil pensar no passado. Temos que ver como vamos trabalhar com o grupo de jogadores que temos, com a nova forma de trabalhar da CBF e, aos poucos, nós vamos implantando o que nós pensamos.
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Dunga diz que Colômbia e Equador serão bons testes para a seleção brasileira (Foto: André Durão)

RECADO PARA REMANESCENTES DA COPA
– Tenho que falar para todos que vão estar na Seleção. Não temos essa divisão. Nós sempre falamos em termos de coletivo. Não vamos falar quem esteve na Copa e quem não esteve. Agora é vida nova. Cada um vai aproveitar o seu aprendizado na Copa para contribuir com os mais novos. O importante é a chance que cada um terá na Seleção.
TRABALHO COM O NOVO GRUPO
– Vamos ter que chegar para trabalhar. Ninguém faz milagre em dois dias. Vamos manter uma base. Mas não só eu, os jogadores também querem mostrar a importância de jogar na Seleção, mostrar um futebol competitivo e que temos que resolver dentro de campo.
CAPITÃO
– Não decidi ainda o capitão. Tem que ter uma liderança natural.
IMPORTÂNCIA DOS CAMPEÕES DO MUNDO NA SELEÇÃO
– A importância desses campeões do mundo, deles estarem mais participativos, é importante. Trouxemos o Mauro Silva para esse primeiro jogo. Nós temos que dar chance aos campeões do mundo. Mostrar a importância da Seleção e como é difícil chegar ao topo, sem perder a alegria e o dinamismo. Ouvir de pessoas que passaram tanto na Seleção é, sem dúvida, muito importante. Mas achar que a Seleção vai mudar o futebol brasileiro é muita pretensão. Z'

De volta ao topo: Murer faz prova perfeita e leva o bi da Diamond League

Fabiana não comete erros até garantir o título da etapa de Zurique e da temporada do principal circuito mundial do atletismo. Prêmio é de mais de R$ 90 mil

Por Zurique, Suíça
Fabiana Murer salto com vara Diamond League (Foto: EFE)Fabiana Murer vibra ao saltar 4,72m para vencer em Zurique (Foto: EFE)
Fabiana Murer vibrou ao ultrapassar o sarrafo a 4,72m. A brasileira comemorou uma prova impecável na etapa de Zurique da Diamond League nesta quinta-feira, sem erros até garantir o triunfo. Uma forma perfeita de fechar a temporada do principal circuito mundial do atletismo e coroar um excelente ano para a brasileira do salto com vara. Campeã mundial em 2011 e atual líder do ranking mundial, Fabiana Murer voltou ao topo do mundo ao conquistar o bicampeonato da Diamond League - o primeiro foi em 2010.
- Acabou a prova em Zurique. Ouro, com 4,72m. O troféu da corrida pelo diamante no salto com vara é meu! Campeã da Diamond League. Muito obrigada pela torcida de todos - celebrou a saltadora.
Depois de deixar as Olimpíadas de 2012 e o Mundial de 2013 aos prantos por não ter conquistado a medalha, Fabiana Murer é só sorrisos nesta temporada de volta por cima. No Mundial em pista coberta de Sopot, ela ficou na quarta posição, mas com a mesma marca de 4,70m da campeã cubana Yarisley Silva. Daí em diante, a brasileira cresceu na temporada, venceu as etapas da Diamond League de Nova York, de Glasgow e de Mônaco, anotando a melhor marca do ano nos Estados Unidos (4,80m).
Fabiana Murer salto com vara Diamond League (Foto: EFE)Fabiana Murer venceu a Diamond League também em 2010 (Foto: EFE)
Nesta quinta-feira, a brasileira entrou na pista de Zurique com grande vantagem. Como a segunda colocada do ranking, a cubana Yarisley, não participou da prova na Suíça, Fabiana precisava pelo menos da prata para garantir o título independentemente dos resultados das adversárias. Com um bronze, apenas a vitória da grega Katerina Stefanidi tiraria o bi das mãos de Fabiana.
Fabiana Murer salto com vara Diamond League (Foto: EFE)Fabiana Murer salto com vara Diamond League (Foto: EFE)
Com segurança, a brasileira começou a saltar na barreira a 4,47m e passou na primeira chance. Ela também não cometeu falhas no sarrafo a 4,57m para assumir a ponta. A saltadora então optou por não saltar a barreira de 4,62m e passar direto para os 4,67m. A estratégia era arriscada, já que as rivais passaram pelos 4,62m. No entanto, Fabiana superou na primeira chance os 4,67m para continuar na liderança. A vitória veio na barreira de 4,72m. Mais uma vez Fabiana foi impecável e passou na primeira oportunidade. Pressionadas, nenhuma adversária conseguiu superar a marca. Fabiana já comemorava. Ela ainda tentou estabelecer nova melhor marca do ano, mas não conseguiu ultrapassar os 4,82m. Nada que tire o brilho da brasileira, que deixou para trás até mesmo a americana campeã olímpica Jennifer Suhr.
- Foi muito difícil mesmo porque a Fabiana foi mal em Birmingham (etapa anterior), não sei nem porque ela saltou mal lá, e chegou na última etapa precisando ganhar. Mas foi muito bom porque mesmo tendo ido mal lá ela manteve a concentração e ganhou aqui de forma muito limpa, passando sempre de primeira. Poderia até mesmo ter saltado 4,82 m porque fez boas tentativas, mas aqui a competição pedia ganhar. E foi isso que aconteceu - disse o técnico e marido Elson Miranda.
Assim como em 2010, Fabiana fez uma temporada de afirmação para vencer a principal disputa do ano e retornar ao topo do mundo. Campeã mundial em 2011, a saltadora embolsará o prêmio de US$ 40 mil (pouco mais de R$ 90mil) por vencer a Diamond League. Mais campeões da Diamond League serão conhecidos na etapa de Bruxelas, na Bélgica, no dia 5 de setembro.
Fabiana Murer salto com vara Diamond League (Foto: AFP)Fabiana Murer é a líder do ranking mundial (Foto: AFP)


Outros campeões da Diamond League nesta quinta-feira
Salto em distância feminino - Tianna Bartoletta (EUA)
Lançamento de disco feminino - Sandra Perkovic (CRO)
Arremesso de peso masculino - Reese Hoffa (EUA)
Salto triplo masculino - Christian Taylor (EUA)
3.000m com obstáculos feminino - Hiwot Ayalew (ETI)
400m com obstáculos masculino - Michael Tinsley (EUA)
200m rasos masculino - Alonso Edward (PAN)
1.500m rasos feminino - Jennifer Simpson (EUA)
400m rasos masculino - Lashawn Merritt (EUA)
100m rasos feminino - Veronica Campbell-Brown (JAM)
800m rasos masculino -Nijel Amos (BOT)
100m com barreiras feminino - Dawn Harper-Nelson (EUA)
Salto em altura feminino - Mariya Kuchina (RUS)
Lançamento de dardo masculino - Thomas Röhler (ALE)
5.000m rasos masculino - Caleb Mwangangi Ndiku (QUE)

Após vitória contra Timão, presidente do Braga critica "gringos de segunda"

Na opinião do dirigente do Bragantino, crise atual do futebol brasileiro passa pela supervalorização dos jogadores estrangeiros: "Quantos Lodeiros têm aqui no interior?"

Por Bragança Paulista, SP
Bragantino x Corinthians na Arena Pantanal (Foto: Christian Guimarães)Peruano Guerreiro é um dos estrangeiros do elenco do Corinthians na temporada (Foto: Christian Guimarães)
O Corinthians escalou três estrangeiros no jogo desta quarta-feira contra o Bragantino pela Copa do Brasil. Após vitória do Braga por 1 a 0, o presidente do clube manteve o discurso de "pés no chão". Marcos Chedid respeita o adversário, sabe que o mata-mata está aberto, mas se incomoda quando o assunto é a presença de gringos no elenco do Timão. Na opinião do presidente do Massa Bruta, a atual crise do futebol brasileiro passa pela supervalorização de atletas que vêm do exterior.
- Essa regra de cinco estrangeiros por jogo é um absurdo. Isso não existe! Vendo o jogo de ontem (quarta-feira), fiquei me perguntando: quantos Lodeiros não existem no interior de São Paulo? Quantos Guerreros? Precisamos valorizar mais os nossos talentos. Estamos prejudicando nosso futebol e servindo de ponte para países sul-americanos, com gringos de segunda - criticou.
O Palmeiras do técnico argentino Ricardo Gareca foi o primeiro time a utilizar cinco estrangeiros no Campeonato Brasileiro. O elenco do Verdão conta com oito gringos. Chedid destaca as revelações de jogadores como Rivaldo (Mogi Mirim), Luizão (Guarani) e Roberto Carlos (União São João) para justificar a força do futebol do interior. Recentemente, o próprio Bragantino revelou jogadores que se destacariam no Corinthians, como o volante Paulinho e Romarinho.
- Os dirigentes buscavam talentos nos clubes menores e isso fortalecia os pequenos. Hoje não. Os salários estão inflacionados por culpa dos dirigentes, que não sofrem punições, e uma das saídas é olhar o mercado estrangeiro, que sai mais em conta. Olha o Bahia, Internacional, Palmeiras, se você observar bem há mais estrangeiros que jovens promessas em campo. A verdade é que precisávamos passar a limpo o futebol, com punição às irresponsabilidades dos dirigentes que cometem erros e passam. Mas os clubes ficam e as dívidas também.
Arena Pantanal recebeu público recorde no duelo Bragantino x Corinthians pela Copa do BR (Foto: Christian Guimarães)

Apesar do olhar crítico à gestão do futebol nacional, Chedid está animado com o futuro do Bragantino. A expectativa é insistir no trabalho de revelação de jogadores e também assumir um estilo "nômade" na busca por bilheteria. Sobre atletas, o meia Gustavo Campanharo foi a última venda. Ele acertou com o Verona da Itália.
24 anos do título do Paulistão
E o mês de agosto também é de festa para Bragança Paulista. No último dia 26 de agosto, o Massa Bruta comemorou o aniversário de 24 anos do título do Campeonato Paulista de 1990. A equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo bateu o Novorizontino na chamada "final caipira" do Paulistão.
- Seguimos trabalhando, sabendo das nossas dificuldades. Mas enfrentar de igual para igual um grande como o Corinthians, numa arena de Copa do Mundo lotada, isso já é uma conquista. Agora é focar principalmente na Série B, para afastarmos o rebaixamento e passarmos a sonhar com um acesso. O trabalho do PC Gusmão é muito bom - comentou Chedid.
Paulo Baier brilha sobre zagueiro novato, e Criciúma bate o São Paulo
Veterano de 39 anos leva a melhor em duelo com Lucão, de 18, e time catarinense bate o Tricolor por 2 a 1 no Heriberto Hülse, pela Sul-Americana
 
DESTAQUES DO JOGO
  • como fica?
    Tudo aberto

    No Morumbi, o Criciúma jogará por um empate para se classificar. O São Paulo avança com vitória por 1 a 0 ou dois de diferença se levar um gol.
  • nome do jogo
    Paulo Baier

    Aos 39 anos, jogando quase como centroavante, o veterano deitou e rolou em Lucão. Participou dos dois gols do Criciúma..
  • time misto
    Valeu a pena?

    Muricy Ramalho poupou Rafael Toloi, Denilson, Ganso, Kaká e Alan Kardec.  Perdeu o jogo e pode ser novamente eliminado num mata-mata.
A CRÔNICA
por Carlos Augusto Ferrari
Quando Paulo Baier estreou pelo Criciúma, em 1997, Lucão era apenas uma criança recém-nascida. A experiência do jogador do time catarinense (39 anos) sobre o jovem zagueiro do São Paulo (18) foi o ponto de desequilíbrio numa partida muito parelha no Heriberto Hülse, na noite desta quinta-feira, pela Copa Sul-Americana. Graças a duas jogadas de pura inteligência de Baier sobre Lucão, o Criciúma levou a melhor e venceu o Tricolor por 2 a 1.
Atuando quase como centroavante, Baier, obviamente sem o fôlego de antes, mas com muito mais inteligência tática, parecia se poupar. Só ia na boa. Mas fez a diferença. No primeiro gol, enganou Lucão ao fazer um corta-luz brilhante, deixando Silvinho de cara com Rogério Ceni. No segundo, deslocou-se para receber e deu com açúcar para Lucca marcar. Alexandre Pato fez o gol de um São Paulo muito modificado - Rafael Toloi, Denilson, Ganso, Kaká e Alan Kardec foram poupados por Muricy Ramalho.
O jogo da volta será na quinta-feira, no Morumbi, às 20h. O Criciúma jogará pelo empate. Ao São Paulo, basta uma vitória simples, por 1 a 0. Se o Tricolor levar um gol, precisará vencer por dois de diferença, por conta do critério de gols fora de casa. Um 2 a 1 para o São paulo leva a disputa para os pênaltis.
Pelo Brasileirão, os dois times jogam no domingo. O São Paulo permanece em Santa Catarina, mas em Florianópolis, treinando para o jogo contra o Figueirense, às 16h, no Orlando Scarpelli. Já o Criciúma viaja para Pernambuco, onde enfrenta o Sport no estádio Lacerdão, em Caruaru, também às 16h.
Lucca comemora gol do Criciúma, o segundo do time catarinense (Foto: Agência Estadão)
O jogo
O primeiro tempo foi equilibrado, com pequena vantagem tática para o São Paulo. O que não teve nada de equilíbrio foi o duelo Paulo Baier e Lucão. O jogador do Criciúma, aos 39 anos, deitou e rolou no zagueiro são-paulino de 18. Atuando bem enfiado, quase como centroavante, o veterano participou de três lances capitais na etapa inicial - no primeiro, com um corta-luz, deixou Silvinho em excelente condição para chutar forte e abrir o placar; no segundo, fez o gol, mas em impedimento (corretamente assinalado pela arbitragem); no terceiro, deu a assistência para Lucca marcar. Em todos esses lances, Lucão ficou só olhando Paulo Baier.
O jovem zagueiro foi mesmo o ponto de desequilíbrio num São Paulo que se mostrou bem postado num 4-4-2 com duas linhas de quatro. Maicon e Michel Bastos jogavam abertos, com Souza e Hudson mais centralizados, e somente Ademilson e Pato no ataque. Nesse sistema consagrado na Europa, Michel Bastos, em seu primeiro jogo como titular, foi o grande destaque. Levou a melhor em quase todos os lances que tentou nas costas dos ex-palmeirenses Luis Felipe e João Vitor. Foi numa dessas jogadas que Bastos tocou para Alexandre Pato empatar o jogo aos 26, 11 minutos após o gol de Silvinho. Não fosse a grande jogada de Baier, com o gol de Lucca aos 43, o primeiro tempo teria terminado empatado - resultado que seria o mais justo.
Michel Bastos foi um dos poucos destaques do São Paulo (Foto: Rubens Chiri / site oficial do SPFC)
Na etapa final, o Criciúma voltou ainda mais empolgado. Pressionando o São Paulo, quase marcou o terceiro com Silvinho - de cabeça, mandou na trave. Muricy Ramalho mexeu no time, colocando o promissor Boschilia no lugar de um sonolento Maicon, e depois o rápido Ewandro na vaga de Ademilson. Os garotos mostraram qualidade, mas, diante de um Criciúma bem armado na defesa, pouco puderam fazer. Pato foi quem teve a melhor chance, de cabeça, num cruzamento de Alvaro Pereira, mas acabou mandando para fora. Melhor para o Criciúma, que jogará por um empate no Morumbi para se classificar às oitavas de final da Copa Sul-Americana.
 
Com um a menos e ajuda da trave, Flu vence Goiás, que desconta no fim
Edson marca duas vezes, Erik e Esquerdinha chutam na trave, Flu tem Klever expulso e Goiás marca no fim pela segunda fase da Sul-Americana
 

DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    14 do 2T
    A expulsão de Klever obrigou Cristóvão a recuar seu time para se defender. Assim, o Goiás cresceu, pressionou e garantiu, nos acréscimos, o seu gol.
  • fator sorte
    traves
    O Goiás poderia ter marcado outros dois gols, não fossem as traves de Klever, no 1º tempo. Elas seguraram chutes de Esquerdinha e Erik.
  • goleador
    Edson
    O volante iniciou sua segunda partida como titular, substituindo Valencia, e marcou os dois gols do Flu, também os seus primeiros pela equipe.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
Houve de tudo no Maracanã no primeiro jogo da segunda fase da Copa Sul-Americana, nesta quinta-feira à noite: gol, pressão, expulsão de goleiro, chute na trave, defesa milagrosa e desconto de placar aos 48 minutos do segundo tempo. Sob os olhares de 7.060 torcedores (6.314 pagantes), o Fluminense conseguiu vencer o Goiás por 2 a 1, no Maracanã, mas viu sua vantagem para a partida da volta ser reduzida.
Com Klever expulso aos 14 da etapa complementar, Cristóvão precisou mexer na equipe para se defender. Com isso, o Esmeraldino pressionou, pressionou, até conseguir diminuir o placar. O resultado permite que o Tricolor empate no Serra Dourada, na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília). O Goiás, por sua vez, precisa vencer por 1 a 0 ou por dois gols de diferença, caso sofra algum. Um novo 2 a 1 leva a disputa para os pênaltis. Quem avançar, vai às oitavas de final.
Antes do duelo de quarta, o Fluminense viaja para São Paulo, onde enfrenta o Corinthians pela 18ª rodada do Brasileirão. As equipes duelam às 16h, na Arena Corinthians. Já o Goiás recebe o Atlético-PR em casa. No Serra Dourada, a bola rola a partir das 18h30, pela mesma competição e rodada.
Edson marcou os dois gols do Fluminense contra o Goiás (Foto: Marcello Dias / Futura Press)
Gols, chute na trave, expulsão e muita pressão
Os dois tempos foram bem distintos. No primeiro, o Flu garantiu a sua vantagem, marcando duas vezes com Edson. No segundo, teve seu goleiro expulso e precisou recuar. Assim, o Goiás cresceu, dominou as jogadas e tentou descontar até o fim, quando conseguiu o gol com Erik.
Após cerca de 20 minutos nos quais as equipes abusaram do toque de bola, estudando o adversário e buscando espaços, o Fluminense detectou a deficiência do Goiás e passou a trabalhar mais pelas laterais do campo. Foi por ali onde encontrou seus dois gols - um em bola cruzada por Conca e, outro, em cobrança de escanteio de Sobis. Em ambos os lances, a bola encontrou o volante Edson, reserva que substituiu Valencia e garantiu a vitória tricolor. O Goiás, por sua vez, apesar do placar adverso, não se intimidou. Seguiu em cima. E teve duas grandes chances de marcar o seu, com duas bolas no travessão. A primeira com Esquerdinha, a segunda com Erik, essa na pequena área, com o goleiro batido.
Erik desconta para o Goiás aos 48 do segundo tempo (Foto: Marcello Dias / Futura Press)
A equipe de Ricardo Drubscky voltou mais atenta para o segundo tempo. Passou a marcar mais as laterais, impedindo as jogadas que tão bem funcionaram na primeira parte da partida para o Fluminense. Um lance, porém, foi crucial para mudar o desenrolar do duelo. Aos 14, Klever se adiantou para impedir a chegada de contra-ataque de Erik. Na meia-lua, derrubou o jogador e acabou expulso. Com um a menos, Cristóvão Borges precisou mudar sua estratégia e fez substituições para recuar o time, tirando Sobis e Fred. Sem mais nenhum atacante em campo, sofreu com a pressão do Goiás. A persistência foi a marca do Esmeraldino. De tanto tentar, garantiu o gol que lhe dá esperança para o jogo de volta. Aos 48, Erik recebeu cruzamento rasteiro pela direita. A bola ainda bateu em Marlon antes de encostar no atacante e entrar. Festa para os cerca de 10 torcedores goianos que estiveram no Maraca.
Santos vence Grêmio e tem grande vantagem; Aranha denuncia racismo
Com os 2 a 0 (um deles irregular), Peixe pode até perder por um gol na Vila. Goleiro santista diz ter sido xingado. Gremistas reclamam do juiz
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    45 do 1º tempo
    Lucas Lima mata com o braço e arranca rumo ao gol. Ele chega à linha de fundo e cruza para Robinho finalizar o placar.
  • polêmica
    Arbitragem
    Além do lance de mão de Lucas, os gremistas reclamaram pênalti em Zé Roberto, no início do segundo tempo. Felipão foi expulso.
  • lamentável
    Racismo
    Aranha disse que foi xingado com ofensas racistas por torcedores do Grêmio e deixou o gramado inconformado.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
O Santos conquistou uma importante vitória sobre o Grêmio, nesta quinta-feira, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O placar de 2 a 0 soou como uma goleada para os alvinegros, que foram cirúrgicos: passaram a maior parte do tempo presos em seu campo de defesa, sofrendo uma pressão intensa do Tricolor. Nas pouquíssimas chances de gol que tiveram, não desperdiçaram: David Braz abriu o placar; Robinho completou. Ambos no primeiro tempo. Os gremistas reclamaram muito da arbitragem. De fato, o segundo gol santista saiu de uma jogada irregular de Lucas Lima, que ajeitou com o braço antes de arrancar e dar a assistência para Robinho.
A marca negativa do jogo: o goleiro Aranha, do Santos, disse ter sido ofendido com xingamentos racistas por torcedores do Tricolor. Imagens da ESPN mostram uma garota com um grupo de rapazes fazendo sons de um macaco.
- Quando gritaram "preto fedido" e "cambada de preto", eu tentei aguentar. Mas quando começou o corinho fazendo barulhos de macaco, eu não aguentei - afirmou Aranha, que cobrou providências das autoridades, mas não confirmou se tomará alguma atitude.
Com o resultado, o Peixe pode até perder por um gol no jogo de volta, na Vila Belmiro, quarta-feira que vem. O Tricolor precisará vencer por três para avançar direto (ou por dois, desde que faça ao menos três). Caso devolva os 2 a 0, o time gaúcho força a decisão por penalidades.
Aranha diz ter sido ofendido com xingamentos racistas (Foto: Futura press)
O JOGO
O Grêmio passou todo o primeiro tempo em cima do Santos. Com Luan, Giuliano e Dudu a todo vapor, o Tricolor encurralou o rival, criou várias chances, viu Mena, lateral alvinegro, tirar a bola de cima da linha em chute de Luan... e levou dois gols. Pois é. O Peixe passou boa parte do primeiro tempo acuado, apostando em contra-ataques. Apareceu pouco na frente, mas quando chegou foi mortal. No primeiro gol, aos 37, a zaga gremista dormiu na cobrança de escanteio de Lucas Lima. David Braz apareceu sozinho no meio da área e cabeceou para o gol. O segundo, aos 45, saiu em uma jogada irregular de Lucas, que matou a bola no braço antes de arrancar rumo ao gol e cruzar para Robinho completar. Como o juiz não viu, 2 a 0 Santos.
O segundo tempo foi todo do Grêmio, que voltou do intervalo sem Felipão, expulso por reclamação - ele não se conformou com a jogada irregular do segundo gol santista. O Tricolor ocupou todo o campo de ataque, jogou o Santos para dentro de sua área e pressionou muito. Aos 5, Zé Roberto foi travado por Arouca e caiu na área pedindo pênalti. A arbitragem ignorou, para mais desespero dos gremistas. O time gaúcho insistia muito em bolas alçadas. Não era o caminho. A zaga santista conseguia levar vantagem pelo alto. Havia espaços para contra-ataques do Peixe. Faltava a bola, que era toda do Grêmio.
Como precisava marcar, o Grêmio abandonou a defesa e deixou um enorme espaço aberto na defesa. Uma escapada do Santos poderia ser fatal. Só não foi porque Rildo, que havia entrado no lugar de Robinho, perdeu grande chance quando saiu de frente para Marcelo Grohe, mas chutou fraco, entregando a bola para o goleiro. Depois, foi a vez de Thiago Ribeiro aparecer à frente, já aos 44, e bater colocado. Grohe espalmou. Seis minutos de acréscimo. A tensão era enorme na Arena. Aranha reclamava dos xingamentos e se inconformava porque cobrava providências do juiz, mas não foi atendido. Torcedores atiravam objetos no goleiro. Até que, aos 51, soou o apito final. Uma vitória enorme do Peixe, que tem grande vantagem. O Tricolor terá de se provar imortal, como canta sua torcida, para a avançar na Vila Belmiro.
 

Racismo de grupo de gremistas tira Aranha do sério: "Sou negão, sim!"

Revoltado, goleiro afirma que foi chamado de "macaco" e "preto fedido" na vitória santista contra o Grêmio, por 2 a 0, em Porto Alegre

Por Porto Alegre
 
Vítima de ofensas racistas por parte de alguns torcedores do Grêmio, na vitória do Santos sobre o Tricolor gaúcho, por 2 a 0, nesta quinta-feira, em Porto Alegre, o goleiro Aranha, do Peixe, deixou o campo indignado. Segundo o camisa 1, não é a primeira vez que isso ocorre na arena gremista. Por isso, cobra punição com rigor. Imagens do canal ESPN mostram uma torcedora gritando "macaco"
- Da outra vez que viemos jogar aqui pela Copa do Brasil (no ano passado) tinha campanha contra racismo acontecendo. Não é à toa. Sei que torcida pegar no pé é normal, mas começaram a me chamar de "preto fedido", a gritar "cambada de preto". Fiquei nervoso, mas me segurei. Mas aí começou coro de macaco, eles imitando. Fizeram rapidinho, para não dar tempo de filmar. Fico nervoso com essas coisas - afirmou.
Aranha negou que tenha insultado a torcida adversária. Ele disse que apenas respondeu ao grupo que o ofendeu.
 - Vieram falar que eu estava insultando a torcida. Quando me chamaram de preto, de macaco, essas coisas, eu virei para eles, bati no braço e disse: "Sou preto, sim. Sou negão sim". Se isso é insultar, eu não sei. Todo mundo que vem jogar aqui sabe. Não são todos, mas sempre tem alguns racistas aí no meio.
Por fim, o goleiro deixou claro que nenhum insulto vindo da arquibancada vai mudar a forma de ele jogar e ressaltou que existem leis para coibir o racismo. Basta que elas sejam cumpridas.
- Não me sinto impotente. Hoje, graças a muito esforço e luta, há leis. No futebol, o torcedor usa várias maneiras para desestabilizar o jogador. Mas sou cara com idade boa, experiente. Não vou deixar de jogar meu futebol por causa de manifestação de torcedor.
Aranha goleiro Santos Grêmio (Foto: Diego Guichard)Aranha reclama de insultos ocorridos na Arena do Grêmio (Foto: Diego Guichard)