segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Romário explica gesto que fez após o quarto gol

Motivado pela provocação do time rival, artilheiro marcou três vezes na reação histórica e pediu silêncio aos palmeirenses

Romario (Crédito: Arquivo Lance) Romario cala a torcida do Verdão (Crédito: Arquivo Lance)
Alexandre Araújo e Bruno Marinho
Publicada em 20/12/2010 às 08:58
Rio de Janeiro
– Dava para ver, eles não acreditavam que aquilo poderia acontecer. Após o nosso terceiro gol, eles se perguntaram o que era aquilo. Enquanto se questionavam, fizemos o quarto, levamos o título.

A maior vitória de um clube em todos os tempos foi escrita pela ousadia do técnico Joel Santana, pela garra de Viola, pela qualidade de Juninho Paulista e, principalmente, pela estrela dele, sempre ele, Romário. Dez anos depois da reação histórica sobre o Palmeiras, na decisão da Copa Mercosul, o LANCENET! encerra a série especial sobre a virada do século com esta revelação do Baixinho. O pedido de silêncio ao marcar o gol do título não foi direcionado apenas para a torcida rival. A provocação dos jogadores palmeirenses estava engasgada na garganta do artilheiro.

   – Fizemos um primeiro
   tempo muito ruim, as
   coisas não estavam
   dando certo. O time do
   Palmeiras começou a
   fazer os gols e, então,
   passou a nos
   desrespeitar. Não sou
   favorável a esse tipo de
   coisa no futebol, nunca fui. Aquilo nos motivou. Um jogador deles, no fim do primeiro tempo, viu um jogador nosso correndo e lhe disse: “esquece, já está 3 a 0. Essa nós já ganhamos.”

Difícil era achar quem pensasse diferente. Entretanto, pouco a pouco, o Vasco fez história. Aos 14 minutos do segundo tempo, JuninhoPaulista se jogou na área. Pênalti marcado pelo árbitro Márcio Resende de Freitas. Romário cobrou e descontou. Aos 25 minutos, Juninho foi derrubado e caiu novamente. Novo pênalti que o camisa 11 converteu.

– Depois que saiu o segundo gol, vimos que o que era quase impossível, na verdade era muito difícil. Quando fizemos o terceiro, percebemos, então, que não era tão complicado assim – lembrou Romário.

O empate saiu aos 41 minutos, com Juninho Paulista: 3 a 3. Para qualquer outro time, a disputa de pênaltis já estaria de ótimo tamanho. Não para aquele. Aos 47, Jorginho Paulista, Viola, Juninho Paulista e Romário, entre tropeços e lances de sorte, fizeram a jogada que nunca mais sairá da memória dos vascaínos. O milagre aconteceu. Amém.

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Como foi o vestiário após vocês terminarem o primeiro tempo perdendo por 3 a 0?

Todos estavam de cabeça baixa. Eurico Miranda (vice-presidente na época) disse que sabíamos jogar, mas que precisávamos ficar tranquilos para o segundo tempo. Disse que a responsabilidade de tudo era dele e aquilo acalmou a galera. Ainda teve a mexida do Joel, que deu certo. Ele viu o que estava errado e acertou o time, que foi outro no segundo tempo.

Por que você se sentiu menosprezado pelos jogadores do Palmeiras naquela partida?

Nosso time era muito bom, já tinha passado por situação semelhante, de ter colocado 3 a 0 no placar. E, mesmo assim, nunca desrespeitamos ninguém. Alguns jogadores deles mudaram a forma de jogar. Davam toques de letra, davam passes de efeito. Quando isso acontece, o homem lá de cima olha e diz: “Espera aí, vamos dar uma oportunidade para o outro lado para ver o que acontece.”

O Vasco, naquele ano, havia sido vice-campeão mundial, vicecampeão do Rio-São Paulo e também do Carioca. O que passou na cabeça de vocês quando viram 3 a 0 no placar no primeiro tempo?

O Vasco já vinha com uma sina de vice-campeão de finais anteriores, já havia até cantos da torcida sobre isso. Não podíamos deixar que aquilo acontecesse de novo. Acredito que isso possa ter preocupado a torcida, a diretoria. Mas isso não passou na cabeça dos jogadores. Tínhamos uma grande equipe. O melhor time do Brasil naquele momento era o Vasco.

Internazionale e Mazembe na final do Mundial


Deixei meu sapatinho na janela da CBF…


A Loba não deixa


Na mira do Cruzeiro, Guerreiro não teme pressão da torcida do Botafogo

Volante afirma não ter pedido para deixar Alvinegro e garante suportar vaias: 'Quem não suportar pressão é melhor jogar em time sem torcida'

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Leandro Guerreiro no treino do BotafogoLeandro Guerreiro afirma não ter acerto com o
Cruzeiro (Foto: Agência Photocâmera)
Após 15 dias de viagem, Leandro Guerreiro retornou ao Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira já pronto para seguir a Porto Alegre, onde passará o Natal. Na bagagem, além das compras, existe o interesse do Cruzeiro, que iniciou uma conversa com o Botafogo sobre a possível contratação. O volante, entretanto, garante que, por enquanto, certeza mesmo é o email enviado pela diretoria alvinegra: reapresentação no dia 5 de janeiro, em General Severiano.
Com contrato até o fim de 2012, Leandro Guerreiro tem multa rescisória estipulada num valor pouco acima de R$ 1 milhão. Mas o volante garante que por dinheiro algum pediria para sair do Botafogo. A saída de Lucio Flavio poderá fazer com que, na próximo ano, a responsabilidade seja ainda maior e a paciência dos torcedores, ainda menor. Mas o volante deixa claro que não será por esse motivo que deixará o clube que defende há quatro temporadas e pelo qual disputou 222 partidas.
O Cruzeiro chegou a propor uma troca com o Botafogo. O clube carioca respondeu que aceitaria negociar apenas se fosse por Fabrício, Henrique ou Marquinhos Paraná. Os mineiros descartaram e chegaram a colocar o meia Roger em pauta, mas o Alvinegro não se mostrou interessado.
Muito se fala sobre o fato de você considerar encerrar seu ciclo no Botafogo. Sair do clube é vontade sua?
Minha vontade é que todas as partes saiam bem. Estou muito feliz e nunca pedi para ser negociado. Sou Botafogo de coração. Fiquei chateado com o que li durante minha viagem, pois venho tentando construir uma história bonita no clube e há pessoas tentando destruí-la de forma maldosa, com algumas palavras. Alguém está mentindo para o torcedor.
Mas jogar a Libertadores pela primeira vez seria algo que poderia fazer você pensar em defender o Cruzeiro?
Todo mundo quer jogar a Libertadores. Mas eu saio apenas se for bom para mim, para o Botafogo e para o outro clube. Ou então se o Botafogo disser que não conta mais comigo. Mas agora que voltei de viagem é que vou saber o que é verdade e mentira. Amanhã vou para Porto Alegre e conversarei com meu empresário. Mas não falei com ninguém do Botafogo. Por enquanto, a única coisa que sei é que preciso me apresentar no dia 5 de janeiro.
Você terminou a temporada sendo vaiado em algumas partidas no Engenhão. Teme que, com a saída de Lucio Flavio, a pressão seja maior sobre os seus ombros?
Todo profissional tem altos e baixos. Sei que os mais cobrados são os mais antigos. Em qualquer clube é assim. Mas quem não suportar pressão é melhor jogar em time sem torcida. Se eu for para outro clube grande, também serei cobrado. Por isso, esse assunto não pesa. Sei que a torcida do Botafogo tem grande carinho por mim. Você encontra muitos fora do país e eles te carregam no colo.
As vaias sofridas no fim da última temporada incomodaram?
Lógico que o objetivo é jogar bem sempre e agradar o torcedor. Mas sei que não tive atuações tão boas nas últimas partidas. Aliás, o Botafogo criou uma grande expectativa nos torcedores, pois brigamos pelo título. Acho que as vaias foram mais por isso. A torcida ficou chateada, e nós jogadores também. Mas agora quero descansar e recarregar as energias. Quando a temporada recomeçar, vamos sofrer mais pressão já no Campeonato Carioca.
Após a negociação de Lucio Flavio, o mais provável é que você seja o capitão do Botafogo em 2011. Isso pesaria no momento de pensar em ficar ou sair do clube?
Esse lado é sempre bom também. Na final do Campeonato Carioca eu era o capitão, levantei a taça e consegui entrar para a história do clube. Sou um cara mais pacato, fico mais na minha. É satisfatório ser o capitão, mas também não me importaria se outro fosse o escolhido. Não tenho essa vaidade.

Lazaroni acha difícil o Qatar Sports liberar Marcinho para o Corinthians

'É um jogador importante, está tendo um bom rendimento', diz técnico

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Marcinho na partida do Qatar SportsMarcinho em partida do Qatar Sports (Foto: AFP)
O técnico Sebastião Lazaroni, que atualmente dirige o Qatar Sports Club, disse que é díficil o meia-atacante Marcinho deixar a equipe para atuar no Corinthians a partir do início de 2011. O treinador afirmou nesta segunda-feira que o meia-atacante é essencial no seu time e reiterou que a diretoria do clube também está satisfeita com o rendimento do jogador.
- Acho muito difícil o Marcinho ser liberado, porque ele tem contrato até o fim desta temporada, 30 de maio. É um jogador importante, está tendo um bom rendimento, principalmente nesta última temporada, e a equipe conta sempre com ele - afirmou, à Rádio Globo de São Paulo.
Porém, Lazaroni não fecha completamente as portas para a saída de Marcinho. Ele sabe que as negociações podem tomar outro rumo.
- O mundo é profissional, então tudo é possível, mas em princípio não me chegou nada nem da direção do clube, nem para o atleta - completou.

Osasco vence Bergamo e encara o Fenerbahçe na decisão do Mundial

Equipe de São Paulo vai encarar comandadas de Zé Roberto na decisão

Por GLOBOESPORTE.COM Doha, Qatar
O Osasco está na final do Mundial de clubes de vôlei. Nesta segunda, as brasileiras derrotaram as italianas do Bergamo por 3 sets a 0 (25/22, 25/20 e 25/21) na semifinal e garantiram vaga na decisão da competição, realizada em Doha, no Qatar. A equipe de São Paulo vai encarar o Fenerbahçe, de José Roberto Guimarães, em busca do título, nesta terça às 12h (horário de Brasília).
Osasco no Mundial de vôlei em DohaJogadoras comemoram a vaga na final do Mundial de vôlei em Doha (Foto: divulgação / FIVB)
Campeão europeu, o Bergamo, que contou com a volta da capitã Piccinini, não conseguiu fazer frente ao time brasileiro, que dominou a partida desde o princípio. Adenízia e Natália, com 14 pontos, foram as maiores pontuadores do confronto.
O Osasco, no entanto, não terá vida fácil na decisão. As brasileiras encararam o time turco na primeira fase e foram derrotadas por 3 sets a 0.

Sem contratações, Peter Siemsen toma posse como presidente do Flu

Novo mandatário afirma que já escolheu terreno para CT do clube na Zona Oeste e busca recursos para comprar a área

Por Diego Rodrigues Rio de Janeiro
Peter na cerimônia de posse como presidente do FluminensePeter Siemsen na cerimônia de posse na sede do
Flu (Foto: Diego Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)
Nem Diego Cavalieri, nem Araújo, nem Thiago Neves. A expectativa em torno da cerimônia de posse do novo presidente do Fluminense, Peter Siemsen, era sobre o anúncio de reforços por parte do novo mandatário. Porém, não foi o que aconteceu na noite desta segunda-feira. Durante coletiva de imprensa no Salão Nobre das Laranjeiras, ele preferiu não falar em nomes.

- Não vou anunciar jogadores, pois somos pragmáticos e não vamos atropelar as negociações - afirmou.

Outra expectativa era em relação ao anúncio dos ocupantes para algumas vice-presidências, incluindo a responsável pelo futebol, que poderá continuar com Alcides Antunes, e para a gerência da modalidade. No entanto, o presidente preferiu esperar até quarta-feira, quando prometeu divulgar os últimos indicados. A novidade ficou por conta da perspectiva de construção de um centro de treinamento na Zona Oeste do Rio.

- Já vi o terreno, e o dono aceitou as propostas. Estamos vendo as condições do acerto financeiro, pois o vendedor já apresentou o valor. Neste momento estamos em fase de captação de recursos para adquirir a propriedade.

O problema maior para o início do trabalho do presidente, que comandará o clube no próximo triênio, são as dívidas. De acordo com Peter, o clube tem cerca de R$ 95 milhões apenas em dívidas trabalhistas.

- Vamos criar um planejamento para pagar a dívida. Mas isso depende primeiro de uma auditoria nos setores.
Roberto Horcades, que entregaria o cargo a Peter Siemsen, alegou problemas particulares e não compareceu. Ele foi representado pelo vice-presidente financeiro de sua gestão, Carlos Henrique Ferreira. Os ex-presidentes do clube David Fischel e Francisco Horta estiveram presentes.
O advogado Peter Siemsen foi eleito na madrugada do dia 1º deste mês, com 1.726 votos. Julio Bueno, apoiado por Horcades, recebeu 831.

De Juliana ‘Beyoncé’ a Murilo ‘casual’: atletas capricham nos trajes

Ídolos do esporte recorrem a amigos e familiares para fazerem bonito na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico

Por Danielle Rocha, Gabriele Lomba e Mariana Kneipp Rio de Janeiro
Juliana e Larissa no prêmio Brasil OlímpicoJuliana ao lado da companheira Larissa no Prêmio
Brasil Olímpico (Foto: Marcelo de Jesus)
Elas juram que não combinaram, mas foi difícil acreditar. Juliana, de macacão dourado, e Larissa, com um longo vestido verde, também de lantejoulas, entraram no saguão e causaram furor. Ali perto da dupla do vôlei de praia, Murilo passava discretamente, de calça jeans escura, paletó sem gravata por cima de uma camisa de malha e calçando tênis social. Giba, pelo contrário, vestiu terno da grife italiana Dolce & Gabbana para acompanhar a mulher, Cristina Pirv, de vestido Roberto Cavalli. Acostumados a usar uniformes, os atletas capricharam no visual para irem à cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, no Rio de Janeiro.

- Estou me sentindo a Beyoncé – disse Juliana, referindo-se à cantora americana.

A jogadora teve uma ajuda especial para escolher o figurino. Foi a opinião de Ana, empregada doméstica de sua casa, que definiu qual seria o modelo da festa. Já Larissa, sua parceira, contou com o apoio da mãe e da irmã para optar por um vestido de grife francesa. A cor? Verde, combinando com os olhos.

Confira os figurinos dos atletas no Prêmio Brasil Olímpico

Yane Marques, do pentatlo moderno, também escolheu um vestido que combinasse com seus olhos azuis. Ela foi uma das atletas que, no ano passado, teve de ir à festa fardada, uma exigência aos atletas que passaram a fazer parte do Exército. Na noite desta segunda, optou longo florido.

- Experimentei uns 15 modelos, mas acabei comprando esse em cima da hora.
Giba com a esposa no prêmio Brasil OlímpicoGiba com a esposa no Prêmio Brasil Olímpico
(Foto: Marcelo de Jesus / GLOBOESPORTE.COM)
A combinação foi a preocupação do casal de jogadores de vôlei Giba e Pirv. Ele, de terno preto com blusa social branca, e ela, com vestido estampado, contaram que costumam conversar sobre o figurino antes de sair de casa.

- A gente gosta de vir combinando, no mesmo tom. Eu dou opinião sobre a roupa dela, ela fala sobre a minha. E assim vamos. Tudo igual, juntinho – brincou o jogador.

Murilo foi à festa sem a esposa, Jaqueline, jogadora do Osasco – ela está disputando o Mundial de Clubes, nos Emirados Árabes. Escolheu um figurino casual.

- Para o que estou acostumado a vestir, acho que estou bem – disse Murilo.
Murilo no prêmio Brasil OlímpicoMurilo com um estilo mais casual no Prêmio Brasil Olímpico (Foto: Alexandre Durão / GLOBOESPORTE.COM)
 

Alan Patrick: do caminhão de açúcar ao Santos e à Seleção sub-20

Apoiador revela como chegou ao primeiro teste no Peixe, relembra convivência com Robinho e brinca com o amigo: 'Ele é presepeiro'

Por Márcio Iannacca Teresópolis, Rio de Janeiro
Alan Patrick seleção Sub-20Alan Patrick é uma das jovens promessas do
futebol brasileiro (Foto: Globoesporte.com)
Da caçamba de um caminhão de açúcar aos gramados do Brasil e em pouco tempo do mundo. Foi assim que começou a carreira do apoiador Alan Patrick. Sem condições para pagar o transporte de Catanduva para Santos, onde fez um teste no Peixe, o jogador, de apenas 19 anos, precisou se virar ao lado do pai Max para chegar ao clube e carimbar o seu passaporte para a fama. Aos 12 anos, o garoto do interior paulista garantiu uma vaga nas categorias de base do clube graças ao esforço pessoal e da família.
E é justamente com essa recordação que Alan Patrick relembra com carinho do esforço do pai e da mãe, Crislaine. Agora, na Seleção Brasileira sub-20, que em janeiro vai disputar o Sul-Americano da categoria, no Peru, o apoiador revela como iniciou a carreira.
- Jogava em uma escolinha no interior de São Paulo, chamada Derac, em São José do Rio Preto. Eu era de Catanduva e aos 12 anos o Santos foi disputar um torneio na minha cidade. Eles me viram jogando e foi aí que surgiu o interesse. Depois de seis meses, eles me chamaram para fazer um teste. Lembro que eu e meu pai fomos de carona em um caminhão de açúcar. Não tínhamos condição nenhuma de pagar o transporte - relembrou o garoto.
Após ser um dos destaques do treino, os dirigentes do Santos queriam a permanência imediata do garoto na Vila. Porém, Alan Patrick só selou o acordo com o Peixe em 2004.
- Precisava resolver algumas coisas e ainda tinha o colégio. Só fui no ano seguinte.
Agradecido aos pais, Alan Patrick falou das dificuldades da família e de como foi chegar ao Santos e agora na Seleção sub-20.
- Sempre tivemos dificuldades, não tínhamos condição. Os meus pais procuravam dar o máximo, dar o suporte para eu fazer o que eu mais gostava, que era jogar futebol. A primeira vez foi nesse caminhão e temos que lembrar sempre do esforço. Não podemos esquecer a raiz, de onde viemos. Fico feliz de dar uma condição melhor para eles.
Na base do Peixe, Alan Patrick observava os profissionais e já via um espelho: o atacante Robinho. Naquela ocasião, em 2004, o jogador ajudou o Santos a conquistar o título brasileiro e logo em seguida se transferiu para o Real Madrid. Apesar do pouco tempo, o garoto pôde acompanhar parte da trajetória do Rei das Pedaladas na Vila Belmiro.
- Quando eu cheguei ao Santos, o Robinho estava de saída. Ele sempre foi o meu ídolo. Foi uma honra jogar com ele neste ano. Espero um dia estar com ele na Seleção ou em um grande clube da Europa - afirmou o jogador.
Treino seleção brasileira Sub-20 - Casimiro e Alan patrickAlan Patrick participa do treino da sub-20 ao lado
e Casimiro, do São Paulo (Globoesporte.com)
Logo depois de lembrar de sua chegada à Vila Belmiro, Alan Patrick brincou ao ser questionado sobre quem eram os seus ídolos. E as gozações foram justamente direcionadas ao Rei das Pedaladas, atualmente no Milan.
- Tenho vários ídolos: Ronaldinho Gaúcho, Zidane. Quem? O Pedalada? Ele é um presepeiro (risos). O Robinho é um grande craque, um parceiro. Ele é brincalhão, mas leva o trabalho com muita seriedade, sempre conversando e tentando ajudar. É um excelente cara, um grande homem - elogiou Alan Patrick.
Feliz por fazer parte da equipe que conta com Paulo Henrique Ganso e Neymar, Alan Patrick elogiou o grupo formado em 2010.
- O time do Santos é aquilo que vocês puderam ver no primeiro semestre. Um futebol vistoso e que todos gostam de parar para assistir. Espero que 2011 seja ainda melhor.

Após unificar títulos mundiais, Cielo passeia pelo deserto com medalhas

Nadador brasileiro faz turismo nos Emirados Árabes com ouros do Mundial

Por GLOBOESPORTE.COM Dubai, Emirados Árabes
Depois de unificar os títulos mundiais da natação, Cesar Cielo foi fazer turismo. Com as medalhas. O nadador brasileiro aproveitou para conhecer o deserto dos Emirados Árabes, vestido a caráter. Na competição em Dubai, ele venceu os 100m livre, com recorde de campeonato (45s74) e os 50m livre. Além disso, levou dois bronzes com o revezamento brasileiro, no 4x100m medley e no 4x100m livre.
Confira uma galeria de fotos com o campeão no deserto
natação cesar cielo medalhasCielo passeia pelo deserto dos Emirados Árabes (Foto: Satiro Sodré / CBDA)
 

Copa Mercosul-2000: dez anos de uma virada inesquecível para o Vasco

Relembre detalhes do título, que completa uma década, sobre o Palmeiras

Nesta segunda-feira, dia 20 de dezembro de 2010, um dos capítulos da história do Vasco que mais orgulha os torcedores completa dez anos: a conquista da Copa Mercosul de 2000. O título veio após muita superação dos jogadores, que, depois de estarem perdendo para o Palmeiras por 3 a 0 no primeiro tempo, no Palestra Itália, conseguiram fazer o 4 a 3. O feito foi apelidado pelos cruzmaltinos como "A Virada do Século".
Os gols daquela batalha épica foram marcados por Romário (três vezes) e Juninho Paulista. A missão ainda foi mais dificultada depois que Júnior Baiano foi expulso, aos 32 minutos do segundo tempo, e o time teve que seguir com um a menos até o fim. O grito de campeão veio aos 48 minutos, quando o Baixinho aproveitou um rebote da zaga e colocou para o fundo da rede.
A trajetória da equipe na competição
O Vasco ficou o Grupo E da Mercosul ao lado de Peñarol-URU, Atlético-MG e San Lorenzo. O começo da equipe foi de dificuldade, e a classificação (em segundo lugar) só veio na última rodada, após uma vitória por 2 a 0 sobre o Galo. Nas quartas de final, o time da Colina encarou o Rosario Central. Após uma vitória por 1 a 0 e uma derrota pelo mesmo placar, a disputa foi para os pênaltis. O Vasco levou a melhor - 5 a 4 - e foi para a semi contra o River Plate, que havia eliminado o Flamengo.
O adversário, o mesmo da semi da Libertadores de 1998, quando o Vasco foi campeão, novamente não foi páreo. A equipe cruzmaltina fez 4 a 1 na Argentina, 1 a 0 no Rio de Janeiro e se classificou para a final.
Antes de encarar o Palmeiras, o Vasco ainda viveu um problema de última hora. Quatro dias antes do jogo, o time enfrentou o Cruzeiro pelo semifinal do Brasileiro e empatou em casa. O técnico Oswaldo de Oliveira deu o domingo de folga para os atletas, o que desagradou Eurico Miranda. O dirigente resolveu mudar a programação, e o treinador não aceitou. Resultado: foi demitido. No domingo à tarde, Joel Santana já treinava o time em São Januário.
Além do título da Mercosul, Joel conquistou o Brasileiro daquele ano.
Romário Vasco 2000Romário comanda a festa vascaína na entrega da taça em pleno Palestra Itália (Foto: Getty Images)
Primeira Fase
Peñarol 4 x 3 Vasco
Vasco 3 x 0 San Lorenzo
Atlético-MG 2 x 0 Vasco
Vasco 1 x 1 Peñarol
San Lorenzo 0 x 2 Vasco
Vasco 2 x 0 Atlético-MG
Quartas de Final
Vasco 1 x 0 Rosario Central
Rosario Central 1 x 0 Vasco (Nos pênaltis, Vasco 5 a 4)
Semifinais
River Plate 1 x 4 Vasco
Vasco 1 x 0 River Plate
Finais
Vasco 2 x 0 Palmeiras
Palmeiras 1 x 0 Vasco
Palmeiras 3 x 4 Vasco
Os cinco minutos-chave da decisão contra o Palmeiras:
Romário Vasco 2000 MercosulJogadores desfilam em carro de bombeiros no
retorno ao Rio de Janeiro (Foto: Ag. Estado)
1 do segundo tempo: Viola entra no lugar de Nasa. O atacante entrou muito bem na partida e levou o Vasco ao ataque. Ele infernizou os defensores e teve grande importância para a virada.
13 do segundo tempo: Romário cobra bem pênalti sofrido por Juninho Paulista e incia a reação cruzmaltina.

23 do segundo tempo: a história se repete. Em novo pênalti sofrido por Juninho Paulista, o Baixinho cobra no mesmo canto e coloca 2 a 3 no placar.
40 do segundo tempo: Juninho Paulista aproveita cochilada da zaga palmeirense e, de perna esquerda, chuta para o fundo da rede. Era o empate.
48 do segundo tempo: após bate-rebate, a bola sobrou livre para quem sabe tudo dentro da área. Romário não perdoou novamente: 4 a 3 para o Vasco.
Os cinco jogadores mais importantes da campanha:
Romário: o craque fez 11 gols na campanha, três deles só na finalíssima contra o Palmeiras. Capitão da equipe, foi o jogador mais decisivo do Vasco na competição.
Juninho Paulista: veloz e habilidoso, foi constantemente uma grande arma para furar as zagas adversárias. Na final contra o Palmeiras, fez um dos gols e sofreu dois pênaltis. No total, ele balançou a rede cinco vezes na competição.
Juninho Pernambucano: organizador do meio de campo cruzmaltino, o jogador era peça fundamental no esquema tático da equipe. Sempre regular e bom nas bolas paradas, ajudou muito na conquista.
Helton: sinônimo de segurança na zaga vascaína, o goleiro foi outro que teve papel importantíssimo com belas defesas. Nas quartas de final, ele foi decisivo na disputa de pênaltis contra o Rosário Central. Contra o River Plate, na Argentina, também teve ótima participação.
Euller: foi um parceiro e tanto para o baixinho Romário. Com sua velocidade, o atacante ajudou o time a superar as defesas adversárias.
Os cinco momentos mais marcantes na opinião de Odvan:
Odvan no treino do VascoOdvan em São Januário rodeado por torcedores
(Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
"A nossa conversa no vestiário no intervalo do jogo foi fundamental. Nos cobramos uns aos outros, não podíamos perder daquele jeito. Voltamos e conseguimos aquela virada espetacular"
"Acho que outro momento marcante e decisivo para motivar o time naquele jogo foi o fato de a torcida do Palmeiras já ter gritado 'campeão' quando eles fizeram o 3 a 0"
"O que incendiou de vez o time contra o Palmeiras foi a comemoração do Juninho Paulista na hora do gol dele. Lembro que ele saiu batendo no peito dizendo que nós iríamos virar o jogo"
"Além do duelo com o Palmeiras, o jogo contra o River, em especial a partida na Argentina, foi muito especial. A vitória por 4 a 1 nos deu tranquilidade para o segundo jogo e também a certeza de que estávamos no caminho certo para conquistar o título"
"Aquela comemoração na chegada ao Rio foi uma coisa muito especial, difícil até de falar. O que a torcida fez foi emocionante demais, nunca tinha me sentido daquele jeito. Foi muito legal mesmo"
Depoimento de Pedrinho:
- Quando começou o segundo tempo, todo mundo estava ciente da dificuldade que seria virar o placar, mas o grupo sabia que a reação era algo viável, pois tínhamos uma equipe de muita qualidade. E apesar de tudo, todos nós sabíamos que o mínimo que devíamos fazer era honrar a camisa do Vasco. E com o jogo rolando, foi tudo acontecendo e quando percebemos já tinha virado o jogo de uma forma incrível, eu tenho certeza de que nunca mais terá um jogo como este, foi algo inesquecível - disse ao site oficial do clube.
Cinco curiosidades sobre a conquista:
Juninho Romário Vasco 2000Juninho e Romário comemoram o gol da virada,
aos 48 do segundo tempo (Foto: Getty Images)
* Atual técnico do Vasco, Paulo César Gusmão era o preparador de goleiros na conquista da Mercosul de 2000.
* O lateral-direito Clébson foi o único a participar de todas as partidas. O jogador morreu no ano seguinte, no dia 22 de junho de 2001, aos 22 anos, em um acidente de carro. A tragédia ocorreu no município de Serrinha-BA, próximo a Salvador. Ele estava indo para a sua cidade natal, Itiúba-BA, passar a festa de São João com os parentes.
* Romário foi o artilheiro da competição com 11 gols. Foi o segundo ano consecutivo que ele terminou como goleador. Em 1999, marcou oito pelo Flamengo. Somado os quatro gols marcados na primeira edição, o Baixinho fez 23 na Mercosul.
* A delegação vascaína chegou ao aeroporto Santos Dummont no início da tarde do dia seguinte ao título. O local estava lotado de torcedores, que acompanharam os atletas no carro de bombeiro até São Januário. Na Colina, houve uma queima de fogos que durou cerca de dez minutos.
* Luisinho encerrou a carreira depois da conquista da Mercosul. O volante é o jogador que mais taças levantou na história do clube, entre elas dois Brasileiros (1997 e 2000) e a Libertadores de 1998.

 

Odone: 'O Ronaldinho vai se pagar'

Presidente do Grêmio acredita que imagem do atleta alavancará receitas.
Jogador já está em Porto Alegre para festa de final de ano

Por clicRBS Porto Alegre, RS
ronaldinho no treino da seleção brasileiraRonaldinho é o desejo do Grêmio para 2011
(Foto: Mowa Press)
A diretoria do Grêmio já deixou claro que o grande sonho para 2011 é a contratação de Ronaldinho Gaúcho. O presidente Paulo Odone está otimista e mostra muita disposição de contar com o craque na próxima temporada.
Embora admita que o valor do jogador está fora dos padrões pagos pelo clube e até do futebol brasileiro, o dirigente não teme que a possível vinda do articulador rache o elenco diante do alto salário que ele poderá receber. Odone acredita que os vencimentos do atual camisa 80 do Milan estarão associados às rendas que aparecerão para auxiliar o Tricolor nesta iniciativa
- Ele tem de entrar na receita do marketing. O Ronaldinho extrapola a folha do futebol.
O presidente não tem dúvidas de que muitas empresas serão parceiras do Grêmio neste projeto. A imagem que o atleta tem perante o mundo alavancará patrocínios e outras rendas possíveis para o clube. Existe uma grande possibilidade de que investidores se associem à iniciativa porque, certamente, haverá retorno garantido com o atleta no Olímpico.
- O Ronaldinho vai se pagar. Aliás, ele irá nos ajudar a pagar a folha – acrescentou,
convicto, o dirigente.
O projeto para trazer de volta o camisa 80 rosonero consiste em fazer o jogador assinar um contrato de quatro anos com o Grêmio. A ideia seria semelhante à do Corinthians quando trouxe Ronaldo. Outro objetivo seria fazer o articulador encerrar a carreira no Tricolor. Além disso, atuando no país, estaria mais próximo de Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira, e, assim, próximo de uma convocação.

- Queremos que ele fique aqui. Nós temos de terminar com a mania de que não podemos (Rio Grande do Sul) contratar atletas deste nível. O Ronaldinho já foi convocado para a Seleção e poderá ter mais oportunidades aqui.
Além do Grêmio, o Palmeiras também tem interesse no jogador.
Craque já está em Porto Alegre
Enquanto aguarda uma definição sobre seu futuro, Ronaldinho já está em Porto Alegre, onde passará as festas de final de ano junto com a família. O jogador aproveitou a folga no Milan e teria desembarcado na capital gaúcha no final da manhã de domingo.
Na noite de domingo, Ronaldinho esteve em uma festa, numa casa de shows localizada na zona sul da cidade que pertence à sua família. O jogador se mostrou muito receptivo, abanou para os fãs e tirou fotos.