quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

UFC chega à edição 300 com disputa
de dois cinturões e "clima de rodeio"

Palco do evento deste sábado, Las Vegas sedia, até o dia 13 de dezembro,
o “Super Bowl” dos caubóis. Card do Ultimate também compete com o boxe

Por Las Vegas, EUA
O UFC realiza neste sábado, 06 de dezembro, a sua edição de número 300  (contando eventos numerados e não-numerados) no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas, com um card repleto de grandes combates, incluindo a disputa de dois cinturões. Na luta principal da noite, o campeão peso-meio-médio Johny Hendricks faz a sua primeira defesa de título contra Robbie Lawler, em uma das revanches mais aguardadas do ano. Na co-luta principal, Anthony Pettis e Gilbert Melendez fazem o duelo de treinadores da 20ª edição do “The Ultimate Fighter”, valendo o cinturão da divisão dos pesos-leves.
Lobby do MGM com o leão dentro do ringue de boxe (Foto: Evelyn Rodrigues)Lobby do MGM com o leão dentro do ringue de boxe (Foto: Evelyn Rodrigues)
Apesar de ser uma edição de significado histórico, afinal até aqui foram 299 cards em 107 cidades de 15 países e em 35 estados americanos, o UFC 181 não será o principal acontecimento da semana em Vegas. A cidade está tomada por caubóis que, de 04 a 13 de dezembro, acompanharão as finais do rodeio nacional. Organizado pela Associação de Caubóis de Rodeio Profissionais (PRCA), o evento é considerado o "Super Bowl” do setor e deve atrair 180 mil pessoas de todas as partes do país na comemoração de sua trigésima edição. A programação especial inclui uma feira de exposições gratuita no Las Vegas Convention Center e eventos paralelos no South Point Hotel e Cassino, no Sands Expo e nos dois principais palcos da luta na “Cidade do Pecado” - o Mandalay Bay e o MGM Grand Hotel e Cassino.
Por falar em MGM, em semana de UFC é quase uma tradição entrar no lobby do hotel e ver a estátua do leão símbolo da empresa enjaulada dentro de um octógono. Nesta terça-feira, no entanto, o leão estava dentro de um ringue, divulgando o duelo de boxe entre Amir Khan e Devon Alexander, que será realizado pela Golden Boy Promotions somente no dia 13 de dezembro. Como a luta ainda tem ingressos à venda, a organização até colocou um chapéu de caubói no leão, na tentativa de atrair a atenção do público que chega à cidade para acompanhar as finais do rodeio.
Lobby do MGM com destaque às finais do rodeio (Foto: Evelyn Rodrigues)Lobby do MGM com destaque às finais do rodeio (Foto: Evelyn Rodrigues)
Já o Mandalay Bay, palco do UFC deste sábado, também sedia, até o próximo dia 04 de dezembro, uma convenção de profissionais da indústria de projetos, design e engenharia, que deve atrair cerca de 11 mil participantes. Por conta disso, o Ultimate fez uma verdadeira dança das cadeiras para dar conta da logística do evento deste fim de semana. Para começar, os lutadores foram acomodados em um hotel fora da Las Vegas Boulevard, a avenida principal dos cassinos, e parte dos treinadores e equipe acabou ficando no hotel Dellano, localizado dentro do Mandalay Bay. A programação oficial do evento tem início na quinta-feira, 04 de dezembro, com o “media day”, que deve acontecer no MGM Hotel e Cassino e será fechado ao público. Somente na sexta-feira, dia 05, o evento volta para o Mandalay Bay, com a pesagem oficial.
Segundo o que o Combate.com apurou, ainda há ingressos disponíveis para o UFC 181. Os preços variam entre US$140 e US$ 1.042.35 (R$ 336 e R$ 2.501,64).
Fachada do Mandalay Bay, sede do UFC 181 (Foto: Evelyn Rodrigues)Fachada do Mandalay Bay, sede do UFC 181 (Foto: Evelyn Rodrigues)
UFC 181
6 de dezembro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Robbie Lawler
Peso-leve: Anthony Pettis x Gilbert Melendez
Peso-pesado: Travis Browne x Brendan Schaub
Peso-galo: Raquel Pennington x Ashlee Evans-Smith
Peso-leve: Tony Ferguson x Abel Trujillo
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Urijah Faber x Francisco Rivera
Peso-médio: Eddie Gordon x Josh Samman
Peso-meio-pesado: Corey Anderson x Justin Jones
Peso-pesado: Todd Duffee x Anthony Hamilton
Peso-galo: Matt Hobar x Sergio Pettis
Peso-pena: Clay Collard x Alex White

Masvidal se machuca, e Tibau luta contra Norman Parke, em Boston

Brasileiro tenta terceira vitória consecutiva contra norte-irlandês invicto no UFC

Por Rio de Janeiro
Brasileiro com mais lutas pelo Ultimate, Gleison Tibau já tem data para pisar pela 24ª vez na carreira no octógono. De acordo com informações apuradas pelo Combate.com com fontes próximas à organização, ele vai enfrentar o inglês Norman Parke, no dia 18 de janeiro, em Boston (EUA). Inicialmente, Jorge Masvidal seria o adversário de Parke, mas sofreu uma lesão e foi retirado do card. Com isso, o UFC ofereceu o duelo para Tibau, que aceitou prontamente.
montagem Gleison Tibau e Norman Parke (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)Norman Parke e Gleison Tibau lutam dia 18 de janeiro (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)
Com 31 anos, Gleison Tibau tem um cartel de 32 vitórias e 10 derrotas. Nas últimas duas vezes que entrou em ação, venceu Pat Healy, por decisão unânime, e Piotr Hallmann, por decisão dividida, em seu último compromisso, em setembro deste ano.
Norman Parke tem 27 anos e possui 20 triunfos, dois reveses e um empate na carreira. Ele tem cinco confrontos pelo Ultimate, tendo vencido quatro deles e empatado com o brasileiro Léo Santos. Na última vez que atuou, nocauteou Naoyuki Kotani, em julho deste ano.
UFC: McGregor x Siver
18 de janeiro de 2015, em Boston (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora)
Peso-pena: Conor McGregor x Dennis Siver
Peso-leve: Ben Henderson x Eddie Alvarez
Peso-médio: Costas Philippou x Uriah Hall
Peso-leve: Gleison Tibau x Norman Parke
Peso-meio-médio: Zhang Lipeng x Chris Wade
Peso-meio-pesado: Matt Van Buren x Sean O'Connell
Peso-meio-médio: John Howard x Lorenz Larkin
Peso-mosca: Patrick Holohan x Shane Howell
Peso-leve: Johnny Case x Paul Felder
Peso-meio-médio: Cathal Pendred x Sean Spencer
Peso-mosca: Tateki Matsuda x Joby Sanchez
Peso-pena: Charles Rosa x Sean Soriano

Curtinhas: Cung Le pede para UFC o liberar de seu contrato com o evento

Lutador critica organização por não ter lhe dado "o benefício da dúvida"

Por Milwaukee, EUA
Cung Le UFC MMA (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)Cung Le quer ser liberado de seu contrato com o UFC
(Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)
Cung Le não gostou da forma como foi tratado pelo UFC após a derrota sofrida contra Michael Bisping. A organização do evento chegou a anunciar uma suspensão de um ano ao vietnamita por índices elevados de hormônios do crescimento, mas recuou após admitir que não teria como provar. O lutador disse, durante o podcast "Gross Point Blank", ter pedido para seu empresário intermediar com o Ultimate a sua liberação do evento por não querer fazer parte de um lugar que "não dá aos seus lutadores o benefício da dúvida".
Amigo de Scott Coker, que assumiu o cargo de CEO do Bellator recentemente, Le negou que seja uma tentativa de ir para o concorrente e deixou o seu futuro em aberto.
Demitido do UFC, Njokuani assina com o Legacy FC
Anthony Njokuani não ficou muito tempo desempregado após ser dispensado pelo Ultimate. O peso-leve de 34 anos assinou com o Legacy FC, de acordo com o "MMA Fighting". Ele estreia no dia 13 de fevereiro, quando enfrentará Thomas Glifford.

Irmãos Iuri e Ildemar Marajó vão
treinar com Jon Jones nos EUA

Dupla fará preparação na Jackson-Winkeljohn MMA Academy, na cidade de Albuquerque. "Treinando em Belém eles fizeram milagre", diz empresário

Por Rio de Janeiro
Os irmãos Iuri e Ildemar Marajó decidiram sair de Belém para fazer uma temporada de treinos nos EUA. A equipe escolhida foi a Jackson-Winkeljohn MMA Academy, na cidade de Albuquerque, onde treina o campeão dos meio-pesados do UFC, Jon Jones, além de outras estrelas da organização, como Donald Cerrone, Carlos Condit, Cub Swanson, Andrei Arlovski e Alistair Overeem.
Ildemar e Iuri Marajó mma  (Foto: Ivan Raupp)O irmão mais novo, Ildemar, e o mais velho, Iuri Marajó (Foto: Ivan Raupp)
O peso-médio (até 84kg) Ildemar já está em Albuquerque e fará a preparação para o duelo contra o também brasileiro Rick Monstro, que está marcado para o UFC 183, no dia 31 de janeiro, em Las Vegas (EUA). O peso-galo (até 61kg) Iuri, por sua vez, está a caminho de lá, apesar de ainda não ter luta marcada. Ele deve voltar ao octógono até fevereiro.
De acordo com o empresário da dupla, Wallid Ismail, a ideia é que os irmãos sempre façam pelo menos boa parte de seus camps na Jackson-Winkeljohn MMA Academy:
- Se der tudo certo nesse camp, eles vão treinar sempre lá. Treinando em Belém eles fizeram milagre. O Iuri é o oitavo do ranking (da categoria dos galos) treinando em Belém. Foi excepcional. Acho que eles fizeram a escolha certa. Dei todo o apoio, inclusive.

UFC chega pela 1º vez a Porto Alegre e terá Werdum como embaixador

Evento será no dia 22 de fevereiro, no Gigantinho, ainda sem card definido

Por Porto Alegre
O ano de 2015 começará com uma novidade especial para os gaúchos fãs de MMA. Porto Alegre receberá em 22 de fevereiro o primeiro evento do UFC a ser realizado na cidade. O local escolhido foi o Gigantinho, ginásio integrado ao Complexo do Estádio Beira-Rio, do Inter. A organização ainda não definiu os participantes do card, mas adiantou que Fabrício Werdum será o embaixador.
Gaúcho e identificado com o Grêmio, Werdum conquistou o cinturão dos peso-pesados do UFC no último dia 16, ao nocautear Mark Hunt na Cidade do México. As vendas para o evento começam em 9 de dezembro, pelo site ticketsforfun.com.br.
Fabricio Werdum com cinturão do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Fabricio Werdum com cinturão do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Confira as notícias do esporte gaúcho no globoesporte.com/rs

Faber espera que Cruz não volte a se lesionar até colocar suas mãos nele

Peso-galo, que é dono de uma marca de roupas, deu a sua opinião sobre a parceria comercial do UFC: “Oportunidade que está sendo tirada de mim"

Por Las Vegas, EUA
Urijah Faber volta ao octógono pela terceira vez no ano neste sábado. O adversário é o atual décimo primeiro colocado no ranking peso-galo do Ultimate, Francisco Rivera. Os dois fazem a última luta do card preliminar do UFC 181, que acontece no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas, EUA. Mas apesar de estar focado em “Cisco", o líder do Team Alpha Male não esquece a rivalidade com o ex-campeão da divisão, Dominick Cruz, que voltou ao esporte em setembro depois de dois anos sem lutar devido a lesões. E só tocar no nome do compatriota para o “Califórnia Kid” tirar o sorriso do rosto:
- Eu acho que é bom que o Dominick finalmente tenha voltado ao mix. Estou tentando não "roubar o trovão” para não iniciar uma nova tempestade entre mim e ele, antes do TJ ter a sua oportunidade. Sei que o TJ é a sua próxima luta, mas claro que todo mundo sabe que a gente não gosta um do outro. Finalmente ele voltou…esse cara não foi feito para o esporte, ele está sempre sendo espancado e lesionado, então espero que ele consiga ficar longe de lesões tempo suficiente até eu colocar as minhas mãos sobre ele - declarou em entrevista exclusiva ao Combate.com.
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Urijah Faber UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Faber segue com Dominick Cruz na cabeça (Foto: Evelyn Rodrigues)

Atual terceiro colocado no ranking da divisão, atrás apenas de Renan Barão e Dominick Cruz (Dillashaw não entra na listagem por ser o campeão), Urijah tem planos de disputar novamente o título no ano que vem. É claro que tudo dependerá de quem será o dono do cinturão, mas o lutador já garantiu outras vezes que enfrentaria TJ, seu companheiro de time, caso o duelo fosse pela cinta:
- Em 2015 eu vou continuar sem perder, tendo a minha melhor forma a cada luta, porque essas são as coisas que eu posso controlar. E vou tentar chegar mais perto do título. Estou sempre lá em cima, perto do topo para conquistar outra chance e, se eu conseguir, vamos ver o que acontece, independente de quem for o dono do cinturão…
Durante a entrevista, Faber ainda falou sobre as lesões no esporte e deu a sua opinião sobre o recente acordo firmado entre o UFC e a Reebok, para padronização dos uniformes dos lutadores e seus córneres nas semanas de eventos. Dono de uma marca de roupas, que inclusive patrocina outros atletas, ele afirmou que ainda está aguardando mais informações sobre a parceria, mas ressaltou que encara a iniciativa como positiva:
- Eu acho que pode ser muito bom. Há algumas coisas que ainda estão no ar, como os detalhes do acordo, mas no tocante à parceria em si, acredito que isso pode tirar dinheiro do bolso de alguns lutadores, ou não. Como eu disse, nós não sabemos os detalhes ainda nessa questão de pagamento, mas parece que eles estão fazendo algo que é bom para o esporte. Infelizmente eu tenho a minha marca de roupas, então nesse caso é uma oportunidade que está sendo tirada de mim, mas eu sou apenas uma pessoa e não é todo mundo que tem o seu próprio negócio de roupas. Se uma marca foi feita para ter êxito, isso deve acontecer independente de ela poder aparecer no octógono. A minha é uma marca de lifestyle, não é necessariamente voltada apenas à luta, então eu vou continuar usando Torque fora do octógono e no meu dia-a-dia, e vou usar Reebok dentro do octógono, fazendo parte dessa parceria do UFC.
Urijah Faber UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)O lutador prefere aguardar para se pronunciar mais sobre nova parceria do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)

Confira a entrevista na íntegra:
Combate.com: Você sofreu uma lesão na costela em sua luta contra o Alex Caceres, que acabou te impedindo de lutar no Japão, em setembro. Como foi a recuperação?
Urijah Faber:  Me lesionei na minha última luta. No dia que eles anunciaram que eu não ía mais lutar, foi o primeiro dia que voltei a treinar. Claro que eu avisei o UFC que eu não estava 100% desde que me ofereceram a luta, mas agora estou bem. Tive algumas lesões aqui e ali durante o camp de treinamento. Tive oito semanas sensacionais, foi um excelente camp. Agora só preciso perder o resto do peso e vou estar pronto para lutar.
Esta será a sua terceira luta no ano, mesmo tendo sofrido lesões aqui e ali. Como você faz para superar essas adversidades e continuar tão ativo no esporte aos 35 anos?
- Esse é um esporte difícil de se permanecer por muito tempo sem lesões. Eu tenho me ajustado, entendendo que estar com uma pequena lesão vai ser sempre parte da minha vida. Isso é algo que ninguém gosta nesse esporte, mas é um fato. Algumas pessoas conseguem lidar com isso, outras não. Se você tem uma luta programada e não pode lutar, especialmente para esses caras mais novos, você perde uma oportunidade. Eu não gosto de perder oportunidades, acredito em mim mesmo, tenho tempo suficiente no jogo e conhecimento suficiente para ajustar e lidar com o que eu tenho. Então, eu sou conhecido por superar esse tipo de situação e é isso que eu faço.
Você parece se divertir bastante durante o processo de preparação para uma luta...
- Esse é um esporte duro, se você não estiver se divertindo ou rodeado de pessoas que você gosta, aí você vai lá lutar contra alguém que você provavelmente não gosta, ou pelo menos vocês vão tentar matar um ao outro, e vai ser uma experiência ruim desde o começo. Então, eu tento me divertir durante todo o processo. Você ouve professores e treinadores, quando eles estão ensinando crianças, dizendo a elas que elas precisam se divertir até o final, e essa é uma parte muito importante do processo. Claro que nem sempre é muito confortável, mas ter uma atitude positiva ajuda muito no processo.
Com tantos camps de treinamento seguidos, dá para buscar novas técnicas ou habilidades?
- Eu tento misturar as coisas. Estava assistindo algumas lutas minhas essa semana e elas são todas diferentes. Depende um pouco do adversário, do que eu estava trabalhando para aquele camp, há muitas coisas consistentes, mas parece que elas são sempre diferentes nas lutas. Eu gosto de manter a imprevisibilidade. Quando você assiste às lutas de alguns caras, você pensa: “Ok, isso é o que ele faz. Ele sempre faz isso e isso”. O meu estilo é desconhecido. Ele está, às vezes, na parte em pé, às vezes no chão, às vezes eu tento buscar a queda, outras eu prefiro manter a luta em pé. Eu continuo aprendendo novos truques e acredito que isso é parte do meu sucesso.
Você assistiu às lutas do Francisco Rivera?
- Assisti à algumas lutas do meu adversário também e ele é bom, tem mãos super pesadas, é um grande socador e não tem medo de buscar finalizações ou conseguir quedas. É um cara atlético, mas não acho que ele tenha essas coisas intermediárias que eu tenho. Acho que essa será a diferença e é por isso que eu vou vencer.
Faber treina com Joseph Benavidez (Foto: Evelyn Rodrigues)Faber faz os últimos ajustes para a luta do fim de semana (Foto: Evelyn Rodrigues)

Você disse que se considera um atleta sem um estilo definido. Pode dizer o mesmo do seu adversário?
- Não. Você sabe o que ele procura em uma luta, não acho que ele vai tentar me derrubar ou me finalizar. Acredito que ele vai querer lutar em pé para tentar me nocautear. Talvez eu tente nocauteá-lo, talvez eu o leve para o chão, não sei o que vou fazer ainda. Ninguém sabe, nem mesmo eu (risos).
Dominick Cruz finalmente está de volta à divisão. Como você vê esse retorno?
- Eu acho que é bom que o Dominck finalmente tenha voltado ao mix. Estou tentando não "roubar o trovão” para não iniciar uma nova tempestade entre mim e ele, antes do TJ ter a sua oportunidade. Sei que o TJ é a sua próxima luta, mas claro que todo mundo sabe que a gente não gosta um do outro. Finalmente ele voltou…esse cara não foi feito para o esporte, ele está sempre sendo espancado e lesionado, então espero que ele consiga ficar longe de lesões tempo suficiente até eu colocar as minhas mãos sobre ele.
Como acha que será o duelo entre Dominick Cruz e TJ Dillashaw?
- TJ vai vencê-lo. Acredito que ele tem um estilo bem parecido com o meu e com o do Dominick, de uma certa forma. Ele é imprevisível e é perigoso e isso é algo que ele tem que é muito diferente do Dominick. Cruz é bom no que ele faz, mas não é extremamente perigoso. Ele tem apenas uma finalização na carreira desde 2006 e, se ele entrar muito agressivo contra o Dillashaw, como fez em sua última luta contra o Mizugaki, vai se machucar.
Como você o Urijah Faber em 2015?
- Em 2015 eu vou continuar sem perder, tendo a minha melhor forma a cada luta, porque essas são as coisas que eu posso controlar. E vou tentar chegar mais perto do título. Estou sempre lá em cima, perto do topo para conquistar outra chance e, se eu conseguir, vamos ver o que acontece, independente de quem for o dono do cinturão…
O UFC acaba de anunciar uma parceria com a Reebok para padronizar o uniforme dos lutadores. Você tem uma marca própria de roupas que é bastante conhecida no meio e que, inclusive, patrocina outros atletas. O que achou dessa parceria?
- Eu acho que pode ser muito bom. Há algumas coisas que ainda estão no ar, como os detalhes do acordo, mas no tocante à parceria em si, acredito que isso pode tirar dinheiro do bolso de alguns lutadores, ou não. Como eu disse, nós não sabemos os detalhes ainda nessa questão de pagamento, mas parece que eles estão fazendo algo que é bom para o esporte. Infelizmente eu tenho a minha marca de roupas, então nesse caso é uma oportunidade que está sendo tirada de mim, mas eu sou apenas uma pessoa e não é todo mundo que tem o seu próprio negócio de roupas. Se uma marca foi feita para ter êxito, isso deve acontecer independente de ela poder aparecer no octógono. A minha é uma marca de lifestyle, não é necessariamente voltada apenas à luta, então eu vou continuar usando Torque fora do octógono e no meu dia-a-dia, e vou usar Reebok dentro do octógono, fazendo parte dessa parceria do UFC.

UFC 181
6 de dezembro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Robbie Lawler
Peso-leve: Anthony Pettis x Gilbert Melendez
Peso-pesado: Travis Browne x Brendan Schaub
Peso-galo: Raquel Pennington x Ashlee Evans-Smith
Peso-leve: Tony Ferguson x Abel Trujillo
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Urijah Faber x Francisco Rivera
Peso-médio: Eddie Gordon x Josh Samman
Peso-meio-pesado: Corey Anderson x Justin Jones
Peso-pesado: Todd Duffee x Anthony Hamilton
Peso-galo: Matt Hobar x Sergio Pettis
Peso-pena: Clay Collard x Alex White

Pettis diz que citação sobre Spider foi distorcida: “Nunca o desrespeitaria”

Campeão peso-leve explica declaração e afirma que Anderson é seu lutador favorito: "Disse que foi um chute básico, não um movimento amador"

Por Las Vegas, EUA
Anthony Pettis não gostou da repercussão de sua entrevista a uma rádio dos EUA, na qual é questionado sobre a fratura que Anderson Silva teve na perna durante a revanche contra Chris Weidman. Em bate-papo exclusivo com o Combate.com, o campeão peso-leve do UFC disse que gostaria de esclarecer a declaração e afirmou que sua frase foi distorcida:
- Isso está fora de contexto. Eu disse que foi um chute básico, não um movimento amador. Eu disse que tinha sido um chute baixo básico, que ele provavelmente já fez isso milhões de vezes, então eles pegaram um pedaço da frase e saiu em destaque que eu tinha dito que tinha sido um erro amador. Mas eu disse que foi um chute básico… Tenho certeza de que ele já chutou milhões de vezes a perna de outro cara e nunca quebrou sua perna antes, então era isso que eu estava dizendo. Essa era a minha linha de raciocínio. A pergunta foi se hoje eu chuto diferente porque o Anderson Silva quebrou a sua perna daquele jeito e eu disse que não, porque ele machucou a perna dando um chute básico. Anderson Silva é um ídolo, eu o respeito muito, ele é o meu lutador favorito no mundo. Eu nunca o desrespeitaria.
Anderson sempre foi um cara no qual eu busquei inspiração para ser quem sou como lutador.
Anthony Pettis UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Pettis procurou esclarecer  suas declarações sobre a fratura sofrida pelo Spider (Foto: Evelyn Rodrigues)
A declaração de Pettis aconteceu depois de um treino noturno na academia Carlson Gracie Team, em Las Vegas, nesta quarta-feira. O campeão treinou por quase uma hora acompanhado dos treinadores Duke Roufus e Daniel Wanderley, que se revezaram em turnos treinando também o irmão de Anthony, Sérgio Pettis, que luta no card preliminar do UFC 181, contra Matt Hobar.
Durante a sessão de sparring, num ringue de boxe, Pettis afiou diversas posições e praticou alguns dos seus movimentos característicos, como os chutes circular e circular alto, além de diversas combinações de socos e joelhadas. Foi um treino puxado, que chamou a atenção dos alunos que faziam aula de jiu-jítsu no mesmo horário. Depois de uma pequena pausa, o campeão trabalhou algumas posições na parede, sendo acompanhado de perto pelo companheiro de time e campeão peso-meio-médio do One FC, Ben Askren. Logo em seguida, foi a vez de afiar o jiu-jítsu em uma sessão de quase 15 minutos. Questionado sobre o ritmo de treinos a dois dias antes da luta, Pettis sorriu:
- O camp de treinamento para esse duelo foi sensacional. Eu tive excelente treinadores no meu córner, grandes companheiros de time, e me sinto muito bem. É muito bom poder voltar a lutar. E o treino de hoje foi um treino mais light, com um ritmo mais tranquilo (risos). Nós treinamos muito mais duro do que isso. Esse foi um treino para os movimentos fluírem, o Duke e o Daniel estavam pegando leve comigo. É um treino mais para eu me movimentar e trabalhar as posições.
Anthony Pettis, treino (Foto: Evelyn Rodrigues)O campeão faz os últimos acertos para o duelo de sábado com Melendez (Foto: Evelyn Rodrigues)
Sem lutar desde que venceu o cinturão peso-leve, em agosto de 2013, “Showtime” foi o treinador da 20ª edição do “The Ultimate Fighter” nos EUA, ao lado de Gilbert Melendez, contra quem faz a sua primeira defesa de título na co-luta principal deste sábado. E o lutador acredita que o tão aguardado duelo não passará do primeiro round:
- Melendez é um bom lutador, mas eu acho que eu tenho um estilo diferente. Não acho que ele já enfrentou alguém como eu. Sou muito ativo no chão, tenho finalizações malucas, luto muito bem em pé e a minha base em pé é muito forte. Ele é duro, então vamos ver como ele vai se sair. Eu imagino que vencerei por nocaute. Eu vou buscar o nocaute, minha última luta eu venci por finalização... Ele acha que pode andar pelos meus chutes e trocar comigo, eu venho treinado com caras duros há muito tempo e estou confortável, pronto para a luta. Acredito que será por nocaute no primeiro round.
Quanto à sua participação no TUF, Anthony ressaltou o excelente desempenho de seu time de lutadoras, que só perdeu um duelo na fase classificatória, dominando o restante do programa nas quartas-de-final e semifinais:
- Meu time foi muito bom. Eu soube escolher o time certo e, obviamente, consegui ser um pouco melhor que o Melendez como treinador. A nossa estratégia era vencer dois rounds e foi nisso que nós focamos. Essas garotas provavelmente iriam nocautear umas as outras, ou finalizar, então a nossa mentalidade era: “se você não conseguir fazer isso (finalizar ou nocautear), você precisa vencer os dois rounds. Tem que focar nos dois rounds. Se você fizer isso, você vencerá a luta” e funcionou.
Anthony Pettis UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Pettis não vê a hora de entrar no octógono e colocar seu título em jogo (Foto: Evelyn Rodrigues)
Com Anthony Pettis x Gilbert Melendez na co-luta principal, valendo o cinturão dos leves, e Johny Hendricks x Robbie Lawler, na principal atraçãol, pelo cinturão dos meio-médios, o UFC 181 terá transmissão do Canal Combate ao vivo neste sábado, a partir das 22 h. O Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, com transmissão em video da primeira luta. A pesagem do evento acontece nesta sexta-feira, às 22h, com transmissão ao vivo do Combate e do Combate.com.

UFC 181
6 de dezembro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Robbie Lawler
Peso-leve: Anthony Pettis x Gilbert Melendez
Peso-pesado: Travis Browne x Brendan Schaub
Peso-galo: Raquel Pennington x Ashlee Evans-Smith
Peso-leve: Tony Ferguson x Abel Trujillo
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Urijah Faber x Francisco Rivera
Peso-médio: Eddie Gordon x Josh Samman
Peso-meio-pesado: Corey Anderson x Justin Jones
Peso-pesado: Todd Duffee x Anthony Hamilton
Peso-galo: Matt Hobar x Sergio Pettis
Peso-pena: Clay Collard x Alex White

Estrelas do UFC 181 têm encarada
tranquila em “media day” em Vegas

Ultimate também revelou como ficou a caixa de famosa marca de cereal
com Anthony Pettis. Campeão venceu votação popular em setembro.

Por Las Vegas
O Ultimate realizou nesta quinta-feira o tradicional  “media day” com as principais estrelas do card do UFC 181. Em uma tarde calma no MGM Hotel e Cassino, em Las Vegas (EUA), os lutadores conversaram com os jornalistas e demonstraram bastante tranquilidade durante a primeira encarada oficial da semana.
Johny Hendricks x Robbie Lawler (Foto: Evelyn Rodrigues)Johny Hendricks x Robbie Lawler é a luta principal do UFC 181 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Protagonista da luta principal ao lado de Johny Hendricks, Robbie Lawler abriu o sorriso quando viu o adversário se aproximar, mas depois tratou logo de fechar a cara. O campeão peso-meio-médio, por sua vez, demonstrou bastante cansaço em função do processo de perda. Em entrevista ao Combate.com antes do olho no olho, ele revelou que faltava perder 4,5 kg.
Anthony Pettis x Gilbert Melendez (Foto: Evelyn Rodrigues)Anthony Pettis e Gilbert Melendez disputam título dos leves (Foto: Evelyn Rodrigues)
Anthony Pettis e Gilbert Melendez também passaram pelo momento com tranquilidade, mas evitaram se aproximar. Gilbert, inclusive, evitou olhar para o cinturão do campeão, quando Dana White colocou a peça no ombro do atleta para eles posarem para fotos.
Ao final do evento,  o presidente do UFC, Dana White, revelou, ao lado de Anthony Pettis, como ficou a caixa de cereal de uma famosa marca que terá uma campanha especial com a estampa do campeão. Pettis venceu uma votação popular em setembro, obtendo mais de 873 mil votos em dois meses para ser o destaque na caixa do produto. Famosa por ter atletas em sua caixa, esta é a primeira vez que a marca trará um lutador de MMA na embalagem.
Anthony Pettis (Foto: Evelyn Rodrigues)Anthony Pettis ganhou votação de marca de cereal (Foto: Evelyn Rodrigues)
UFC 181
6 de dezembro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Robbie Lawler
Peso-leve: Anthony Pettis x Gilbert Melendez
Peso-pesado: Travis Browne x Brendan Schaub
Peso-galo: Raquel Pennington x Ashlee Evans-Smith
Peso-leve: Tony Ferguson x Abel Trujillo
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Urijah Faber x Francisco Rivera
Peso-médio: Eddie Gordon x Josh Samman
Peso-meio-pesado: Corey Anderson x Justin Jones
Peso-pesado: Todd Duffee x Anthony Hamilton
Peso-galo: Matt Hobar x Sergio Pettis
Peso-pena: Clay Collard x Alex White

Toleman usada por Senna em sua estreia na F-1 é colocada à venda

Modelo TG183#5 foi utlizado por Ayrton nas quatro primeiras provas de 1984, a primeira delas no GP do Brasil, no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro

Por Londres
Uma parte da história da Fórmula 1 foi colocada à venda nesta quinta-feira, no Reino Unido. A Toleman utilizada pelo brasileiro Ayrton Senna em sua temporada de estreia na categoria, em 1984, foi adicionada ao leque de opções para compra da "Cars International", empresa que trabalha com a venda de carros históricos. O monoposto é do modelo TG183#5, da estreia de Ayrton, no GP do Brasil de 1984, no Autódromo de Jacarepaguá, hoje em obras para o futuro Parque Olímpico de 2016.

Com o carro, o brasileiro, que mais tarde tornou-se tricampeão mundial da Fórmula 1, guiou por quatro corridas. O monoposto ajudou Senna a conseguir dois sextos lugares, nas etapas da Bélgica e da África do Sul. A máquina estava sob o domínio do americano Mike Earl, que o restaurou completamente na década de 1990. O valor do veículo não foi informado no site da empresa.

De acordo com a "Cars International", o veículo está apto para uso e pode ser pilotado por quem comprá-lo. O motor é o original e usa a tecnologia turbo da Hart 415T. O site da empresa tem um contrato de autenticidade, que prova que o carro foi usado por Senna, que faleceu em 1º de maio de 1994, em acidente em Ímola, na Itália.
Toleman usada por Ayrton Senna em 1984 (Foto: Divulgação)Toleman usada por Ayrton Senna em 1984 (Foto: Divulgação)
E

ntre BH e SP: longe da família, Jaque se adapta à rotina da ponte aérea

Bicampeã olímpica assume papel de espelho no Minas e busca "entrosamento forçado" para ajudar equipe a crescer na Superliga feminina

Por São Paulo
Jaqueline participa do Altas Horas (Foto: Marcos Guerra)Jaqueline participou da gravação do programa Altas Horas (Foto: Marcos Guerra)
Qualquer tempinho livre é precioso para Jaqueline. Recém-contratada pelo Minas, a jogadora de vôlei faz uma ponte aérea entre Belo Horizonte e São Paulo para matar as saudades da família. Até mesmo a gravação do programa “Altas Horas”, na capital paulistana, vira uma desculpa para ver o marido Murilo e o filho Arthur por algumas horas. A bicampeã olímpica aos poucos vai se adaptando a uma rotina longe dos entes queridos, mas cheia de recompensas.
- O Arthur ainda não foi para lá (Belo Horizonte), não tive tempo para levá-lo. Quando eu me estruturar, ele vai ficar comigo. Por enquanto ele está aqui (em São Paulo) com o Murilo, com a babá, com a minha mãe, com a mãe dele. Ainda bem que tenho uma estrutura familiar muito boa, que pode me ajudar, se não seria muito difícil ter de ir lá e deixá-lo sozinho. A gente fica nessas idas e vindas. Faz parte da nossa profissão. Eu achei que eu não iria me adaptar a essa situação, tanto que no início falei que não sairia de perto dele, mas agora estou vendo que dá. Essa é a parte mais difícil, mas estou tendo um carinho tão grande, todo mundo me ajudando tão bem que eu não estou nem sofrendo muito nesse início - disse Jaqueline, nos bastidores do programa “Altas Horas”.
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A ponteira, que passou mais de um ano sem clube para dar à luz Arthur, está há quase duas semanas morando em Belo Horizonte. Quando não está treinando junto com as comandadas de Marco Queiroga, Jaque corre para encontrar e montar seu apartamento. Em breve Arthur se mudará para a capital mineira, mas o marido Murilo ainda ficará em São Paulo, já que defende o Sesi-SP.
Jaqueline participa do Altas Horas (Foto: Marcos Guerra)Jaqueline aproveitou gravação em São Paulo para encontrar Murilo e Arthur (Foto: Marcos Guerra)


Dentro de quadra, a adaptação também caminha com tranquilidade, apesar dos obstáculos. Depois de dois meses sem jogar desde o fim do Mundial, a ponteira ainda não está no ritmo ideal. Além disso, ela corre contra o tempo para ganhar entrosamento com as companheiras de equipe.
- Treinei pouco tempo. Demora meses para se entrosar, às vezes até anos. Temos de entrar no entrosamento forçado, não tem jeito. Vamos entrar na metade da Superliga, e eu preciso me adaptar e me entrosar o mais rápido possível. Estou adorando conhecer as meninas lá. Está sendo muito especial. As jogadoras mais novas me procuram para tirar dúvida de jogo. Eu acho superlegal. Uma experiência nova para mim - disse Jaque.
Jaqueline, do MInas, contra o Maranhão, pela Superliga (Foto: Orlando Bento/Minas TC)Jaqueline está ajudando o Minas a crescer na Superliga (Foto: Orlando Bento/Minas TC)
Líder nos clubes por que passou e também na seleção brasileira, Jaqueline assume o papel de espelho para as garotas do Minas, que também conta com outras experientes jogadoras como as centrais Walewska e Carol Gattaz.
- O que elas poderem sugar de mim, de tudo por que passei, dos momentos ruins, dos momentos bons da seleção, por tudo na minha carreira, que não foi fácil por conta de contusões. Dei muitas voltas por cima. Eu tenho uma pessoa em que me espelho muito que é a Ana Moser, que teve todos esses problemas e conseguiu jogar em alto nível, não desisti pelo fato de saber que ela conseguiu, por que eu também não vou conseguir? Hoje estou aqui jogando e espero que possa servir de espelho para essas jogadoras mais novas.
Por estar fora de ritmo, Jaqueline ainda é reserva no Minas, mas já deu novo gás ao time. Antes lanterna da Superliga, a equipe mineira venceu as duas partidas em que a bicampeã olímpica esteve em quadra. O Minas tentará a terceira vitória seguida nesta sexta-feira, às 20h15 (de Brasília), contra o Rio do Sul, em Santa Catarina.
- Dá para esperar muitas surpresas do Minas. É uma equipe que vai crescer, que é jovem, mesclada com algumas jogadoras experientes. Podemos surpreender. Tem que ter muito trabalho, cabeça no lugar, porque sabemos que outras equipes são mais fortes que a nossa, mas vamos batalhar muito para surpreender - disse Jaqueline.
Jaqueline e Murilo com o filho Arthur (Foto: Marcos Ribolli)Arthur fica com Murilo em São Paulo enquanto Jaque não monta apartamento em Belo Horizonte (Foto: Marcos Ribolli)

Com F-1 "no passado", Razia busca se encontrar nos EUA: "Preciso engrenar"

Depois de "decepção" em 2013, baiano tenta vaga na Indy no próximo ano após boa temporada na Indy Lights: "Sempre foquei na F-1, mas preciso encontrar meu espaço"

Por Curitiba
Luiz Razia na estreia na Indy Lights na temporada 2014 (Foto: Divulgação)Luiz Razia na estreia na Indy Lights na temporada 2014 (Foto: Divulgação)

No dia 1º de março de 2013, Luiz Razia sofreu o maior baque de sua vida: pouco antes de realizar o sonho de estrear na Fórmula 1, foi substituído pela Marussia em razão do não cumprimento da obrigação de alguns patrocinadores com a equipe. Um golpe e tanto em sua carreira. No mesmo ano, disputou um campeonato de carro de turismos. E em 2014, ingressou na Indy Lights, divisão de acesso da Fórmula Indy, principal categoria de monopostos dos Estados Unidos. Além disso, ele divide seu tempo com a vida de repórter do programa Auto Esporte, da TV Globo, onde testa carros super esportivos e faz matérias especiais ligadas ao esporte a motor. Em conversa com o GloboEsporte.com, o baiano de 25 anos garante que, um ano e oito meses depois da decepção, a F-1 ficou “no passado” e que está empenhado em conseguir uma vaga na elite do automobilismo americano.
- Eu fiquei muito frustrado na época, porque chegar na Fórmula 1 é um sonho de qualquer moleque que começa no kart. Fiz todos os passos: kart, Fórmula 3, F-3000, GP2. Fui campeão, vice ou 3º lugar em todas as categorias que passei. Quando consegui emplacar a F-1 fiquei maravilhado: “Estou conseguindo realmente ser piloto de F-1”. E depois de 20 e poucos dias tudo caiu abaixo. Naquele momento eu senti uma decepção muito grande. Depois, tentei de várias formas voltar ao que tinha acontecido, não consegui. E depois eu falei: “Que se lasque! Vou fazer outras coisas da minha vida. Não tem só Fórmula 1 no mundo” – disse.
Luiz Razia Marussia testes Fórmula 1 Jerez (Foto: Divulgação Marussia)Sonho de correr na Fórmula 1 pela Marussia acabou virando pesadelo (Foto: Divulgação )

Razia disputou a temporada 2014 da Indy Lights pela equipe Schmidt e terminou em quinto na classificação geral. Em 14 corridas, subiu cinco vezes ao pódio, anotou duas pole positions e venceu uma vez, justamente em Indianápolis, em uma prova disputada no circuito misto. Para o próximo ano, o piloto tenta uma vaga na categoria principal. A maior chance é na própria equipe Schmidt, que só confirmou o canadense James Hinchcliffe até o momento, e com quem tem vínculo de longo prazo. Outras possibilidades são a Dale Coyne e a Andretti, que ainda possuem vagas.
Confira a entrevista completa com Luiz Razia:
GloboEsporte.com: O que achou de sua temporada na Indy Lights em 2014:
Luiz Razia: Esse ano foi show de bola. Para o que eu fiz em 2013 que era Turismo, foi voltar às minhas raízes. E foi tudo diferente. Eu não conhecia pista nenhuma, nunca tinha andado de ovais e não conhecia os carros da Indy Lights. Só que eu fui para uma equipe boa e tive uma boa ajuda deles. No começo da temporada eu dei uma patinada e quando entraram as pistas em autódromos eu comecei a melhorar, subi ao pódio, ganhei, fiz pole. Aí na parte dos ovais também fiz pole e consegui bons resultados.
Luiz Razia com carro da equipe Schmidt na Indy Lights em 2014 (Foto: Divulgação)Baiano com o carro da equipe Schmidt na Indy Lights em 2014 (Foto: Divulgação)

Estava indo tudo certo para ganhar o campeonato, aí tiveram duas etapas em que o carro quebrou e eu não consegui largar e isso “lascou” minha temporada. Terminei o ano em quinto, mas a poucos pontos do primeiro. Mesmo assim, foram pódios, poles, vitória. Gostei bastante e a equipe gostou bastante do meu trabalho e para o ano que vem estou tentando engrenar para a Indy.
Luiz Razia venceu o GP de Indianápolis na Indy Lights (Foto: Divulgação)Luiz Razia venceu o GP de Indianápolis na Indy Lights (Foto: Divulgação)

Está confiante em correr na Fórmula Indy em 2015?
Sim, estou otimista. Talvez não para a temporada inteira, mas para algumas provas. Minha carreira precisa engrenar, né?  Sou um piloto que por todas as categorias que passei venci, briguei por campeonato, fui campeão, fui vice da GP2. Preciso me profissionalizar, preciso achar meu espaço. E gostei bastante da Indy. Sempre foquei na Fórmula 1, mas depois daquele problema eu pensei: “bem, preciso procurar uma outra praça”. E os EUA me receberam muito bem. É o que eu quero. Não quero mais ficar procurando patrocínio, tentando mil vezes para conseguir correr. Eu quero que uma equipe enxergue o meu trabalho, que eu seja profissional e que eu consiga me manter.
Quais são suas opções na Indy para 2015?
Há poucas negociações, na verdade. A Dale Coyne, que tem espaço, a Sam Schmidt, e talvez a Andretti. Está bem apertado. A Sam Schmidt tem contrato comigo, um contrato prolongado. Esse ano foi de aprendizado e o Sam fechou contrato longo para minha carreira nos EUA. Ficou meio que amarrado com eles. Então a grande possibilidade de fazer alguma coisa no ano que vem é com a Sam Schmidt mesmo.
Se não conseguir a vaga na Indy, pensa em disputar a Indy Lights novamente?
Qualquer oportunidade que eu tenha no ano que vem eu gostaria de estar entrando de uma forma que eu seja um profissional, que eu tivesse lá para fazer meu trabalho e a equipe me mantivesse. Se eu conseguir a Indy ou a Indy Lights, estarei no lucro. Como sei que podem acontecer algumas coisas na Indy, estou focando nela mesmo.
Sentiu-se acolhido nos EUA? Pretende fazer carreira longa por lá?
Se eu conseguir emplacar no próximo ano, com certeza ficaria nos EUA, não tenho nem dúvidas. O automobilismo lá é sensacional. Você vê o Juan Pablo Montoya. Ele foi para a Nascar, voltou para a Indy, não teve nenhum problema, andou bem nas duas categorias. A vida profissional é muito boa, muito remunerada, os pilotos são bem tratados, são categorias top, grande promoção dos eventos...
kanaan montoya castroneves (Foto: Reprodução/Instagram)Colombiano Montoya com os brasileiros Kanaan e Castroneves (Foto: Reprodução/Instagram)
Como é sua relação com Hélio Castroneves e Tony Kanaan, os dois brasileiros da Indy atualmente? Eles te passam dicas?
O Helinho e o Tony são parceirões. Eles estão lá há muitos anos. Para eles é até legal que venha um outro brasileiro que queira participar da categoria. Eles dão toda a força.
Como foi a experiência de estrear em ovais justamente no tradicional circuito de Indianápolis?
Antes do oval de Indianápolis, fiz um GP (no circuito misto), onde venci e fiz a pole. Quando voltamos das férias teve o oval. E eu fiz a pole também. Era minha primeira experiência em um oval, eu tinha vencido o Indy GP antes, aí fiz a pole... Foi “do caramba”. Eles fazem um grande show na largada, cantam hino nacional... Foi sensacional!
Luiz Razia fez a pole position para a corrida no oval de Indianápolis na Indy Lights (Foto: Divulgação)Luiz Razia fez a pole position para a corrida no oval de Indianápolis na Indy Lights (Foto: Divulgação)

Gostou de correr em ovais?
Correr em oval é muito diferente de autódromo. Porque você tem que lidar em andar atrás do cara, ficar no vácuo. Às vezes você passa o cara, ele te passa de novo e dois vão no embalo. Existia muita coisa que eu não conhecia e que “apanhei” nessa minha primeira vez para aprender. E nas outras comecei a ter mais manha, mais malícia.
Luiz Razia em etapa no oval de Indianápolis na Indy Lights (Foto: Divulgação)Piloto em etapa no oval de Indianápolis na Indy Lights (Foto: Divulgação)

Um ano e meio depois do problema com a Marussia, você já abstraiu o episódio ou ainda fica incomodado?
Eu fiquei muito frustrado na época, porque chegar na Fórmula 1 é um sonho de qualquer moleque que começa no kart. Fiz todos os passos: kart, Fórmula 3, F-3000, GP2. Fui campeão, vice ou 3º lugar em todas as categorias que passei. Quando consegui emplacar a F-1 fiquei maravilhado: “Estou conseguindo realmente ser piloto de F-1”. E depois de 20 e poucos dias tudo caiu abaixo. Naquele momento eu senti uma decepção muito grande. Depois, tentei de várias formas voltar ao que tinha acontecido, não consegui. E depois eu falei: “Que se lasque! Vou fazer outras coisas da minha vida. Não tem só Fórmula 1 no mundo”.  E aí tive uma oportunidade instantânea com a McLaren na GT3.
Luiz Razia - Marussia - Fórmula 1 (Foto: Divulgação)Luiz Razia chegou a ser anunciado pela Marussia em fevereiro de 2013 (Foto: Divulgação)

A Fórmula 1 para você é passado ou ainda sonha em competir lá?
É passado. Mas se uma oportunidade surgir... Como no caso do Rubinho (Barrichello), que passa por várias situações de ter a oportunidade e tenta. Só não vou me debater, ficar procurando. Já passou essa fase.
A Marussia, onde você quase correu, fechou no fim deste ano. Você acha que não teria sido pior para sua carreira se tivesse ido para lá?
O “se” é inimigo do automobilismo. “Se eu tivesse ido dois décimos mais rápido eu era pole”, “se isso ou aquilo eu teria sido campeão”. Então eu não me preocupo com o “se”. Eu tive a oportunidade. Se eu tivesse consolidado a oportunidade seria muito legal. Mas não tive e esqueci e o que passou com a Marussia depois não é problema meu.
Max Chilton treino GP Hungria (Foto: Getty Images)Com dificuldades financeiras, Marussia fechou antes mesmo do fim da temporada 2014 da F-1 (Foto: Getty Images)

O que você acha do atual momento da Fórmula 1?
Acho que a Fórmula 1 está em um momento muito crítico. As equipes grandes estão tentando amassar as equipes pequenas. E não está tendo espaço para jovens pilotos subirem, só nas equipes da RBR, que tem uma escola de pilotos sensacional – que outras empresas e  montadoras poderiam fazer também, mas não fazem. Vira isso. Ou é piloto RBR que sobe por talento ou vem a galera com grana que tem que se desdobrar para conseguir dinheiro. O cara tem que ser piloto e empresário, gerente de marketing ao mesmo tempo.
O que achou de sua passagem guiando uma McLaren pela equipe Bhai Tech no GT Open em 2013?
Fiz um ano com eles, mas foi uma coisa que não gostei muito. Dividir o carro com outro cara... Não era a minha pegada. Carro fechado não é o que eu gosto. Eu precisava tomar um rumo. Foi aí que falei com o meu manager e ele me passou boas oportunidades nos EUA, e ele me conseguiu a Indy Lights. E hoje não me arrependo, porque me abriu muitas portas.
Luiz Razia e Chris van der Drift McLaren GT Open (Foto: FotoSpeedy / divulgação)Luiz Razia disputou o campeonato GT Open, de carros de turismo (Foto: FotoSpeedy / divulgação)

Está curtindo o trabalho no programa Auto Esporte?
Com certeza. Já são quatro anos que trabalho com o pessoal. Já foi criado uma grande fidelidade lá dentro. E eu tomo conta da parte dos super esportivos, que tem um link com o lado piloto. Minha parte é bem “chata” né? Só andar nas “carangas” “massa”, Ferrari, Lamborghini. Estou gostando, eu me dou bem com essas paradas, e o pessoal gosta de mim.
Luiz Razia testa carros super esportivos no programa Auto Esporte da TV Globo (Foto: Divulgação)Luiz Razia testa carros super esportivos no programa Auto Esporte da TV Globo (Foto: Divulgação)

Medina diz que não se importa com a pressão dos gigantes Slater e Fanning

Líder do Circuito Mundial, brasileiro de 20 anos afirma não sentir peso antes da decisão do título: "Estou preparado e tranquilo. Não me preocupo com ninguém"

Por Direto de Oahu, Havaí
O sonho de conquistar para o Brasil o inédito título mundial foi adiado para o Pipeline Masters, no Havaí, a última etapa WCT. Líder, Gabriel Medina tem apenas dois rivais na briga pelo caneco, no entanto, trata-se de dois gigantes. De um lado está a sua maior ameaça, o australiano Mick Fanning, tricampeão do mundo (2007, 2009 e 2013), com quem dividirá a casa. Do outro lado, com menos chances, está o americano Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais. Nada que abale o surfista de 20 anos, que garantiu não sofrer com a pressão. Confiante, ele diz estar tranquilo. A janela de espera do Pipe Masters começa na segunda-feira e vai até dia 20 de dezembro.
Surfe Gabriel Medina Pipeline Havaí (Foto: ASP)Medina treina em Pipeline antes da última etapa do Mundial (Foto: ASP)

 - Estou preparado e tranquilo, não me sinto pressionado ou nervoso. Na real, eu não estou pensando no Mick e no Kelly, não me preocupo com ninguém. Eu sei que só dependo de mim para ser campeão mundial, por isso, vou focar em mim. A pressão está em cima deles. Estou me sentindo bem e vou ganhar esse título. Esta será a etapa mais importante da minha vida, e a minha fé é a última que morre. Vai dar tudo certo. Deus sabe o que faz - disse.
Surfe Gabriel Medina Pipeline Havaí (Foto: ASP)Gabriel Medina lidera o ranking mundial (Foto: ASP)
Apontado como um dos mais talentosos surfistas brasileiros de todos os tempos, o paulista de São Sebastião é o único que pode ser campeão mundial sem depender de outros resultados, basta chegar à final em Pipeline. Se cair nas quartas, será campeão se Mick Fanning não vencer a etapa havaiana. Para tirar Slater da briga pelo título, Medina precisará avançar à quarta fase. Nas 11 etapas do WCT até o momento, Gabriel venceu três: Gold Coast, na Austrália, Tavarua, em Fiji, e Teahupoo, a mais temida bancada de corais do mundo, no Taiti.
Kelly Slater Gabriel Medina WCT Taiti (Foto: Reprodução Instagram)Kelly Slater e Gabriel Medina no pódio no Taiti. Surfistas estão na briga pelo título mundial (Foto: Reprodução Instagram)
O jovem de 20 anos ainda não tem noção da dimensão do seu título traria para o surfe mundial, afinal, não seria apenas o primeiro do Brasil, e sim da América Latina. Além disso, após a humilhante eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, assim como as derrotas nos Mundiais de vôlei e basquete, boa parte das esperanças foi depositada no surfe. Mas o garoto que carrega um país nas costas vê o apoio como motivação.
- Não vejo como pressão, o apoio das pessoas me motiva, é uma energia positiva que me carrega e me leva para frente. Ainda não parei para pensar no tamanho do feito desse título. O Brasil nunca teve um campeão mundial no surfe e isso significa muito. Acho que isso vai ajudar o esporte, fazer com que outras pessoas escolham seguir no surfe. E ser campeão mundial em um ano difícil vai ser especial. Perdemos a Copa, o vôlei e o basquete também perderam... Acho que o título vai ser bom para todo mundo - analisou Gabriel.
o que medina precisa para ser campeão mundial
- Se Medina perder na segunda (25º) ou na terceira fase (13º) em Pipeline, precisa torcer para Slater não vencer a etapa, e Fanning não chegar às semifinais. Caso Fanning pare nas quartas, os dois farão uma bateria homem a homem para decidir o caneco.
- Se perder na quinta fase (9º), tem que torcer para Mick não chegar à final.
- Se perder nas quartas (5º) ou nas semis (3º), tem que torcer para Mick não vencer a etapa.
- Se chegar à final, conquista o título, independentemente do resultado de Mick.
medina 360 graus: assista

gold coastMedina abre a temporada com vitória na Austrálias
fijiVirada com nota quase perfeita nos tubos cristalinos
tos
taitiVitória épica contra Kelly Slater em Teahupoo


Quadro evolui bem, e Castán deixa UTI um dia após cirurgia no cérebro

Zagueiro do Roma está consciente e interagindo com família e médicos, evoluindo dentro do esperado, mas segue sob observação

Por Roma, Itália
Leandro Castán Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)Leandro Castán deixou a UTI nesta quinta-feira (Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)
O zagueiro Leandro Castán recebeu uma boa notícia nesta quinta-feira. Um dia depois de passar por uma cirurgia no cérebro, o brasileiro do Roma teve uma boa evolução de seu quadro e deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

- Leandro Castán passou bem as primeiras 24 horas depois da operação. Está consciente e interage com os familiares e equipe médica. Ele deixou a Unidade de Terapia Intensiva, mas continua sendo constantemente monitorado. Ele está progredindo como esperado, ainda que nenhum prognóstico tenha sido divulgado – informou o Roma em seu site oficial.

A cirurgia realizada na quarta-feira durou cerca de três horas e meia e retirou um cavernoma - malformação vascular do sistema nervoso central - de 3 cm do cérebro do brasileiro. Aos 28 anos, o defensor não atua desde setembro, quando começou a sentir tonturas durante uma partida.

"Eu sei que você treme": sorridente, Dátolo canta hit argentino do Galo

Meia relembra sucesso de "Decime que se siente" na Copa e se diverte ao aprender versão que embalou a conquista da Copa do Brasil, mas avisa: "É brincadeira, hein?"

Por Belo Horizonte

A melodia é argentina, virou febre na Copa do Mundo justamente a partir da invasão em BH, sede da equipe de Messi na Copa, encontrou eco na torcida do Atlético-MG e acabou se transformando em tema da conquista da Copa do Brasil. A junção de todos esses fatores tornou inevitável para Jesus Dátolo. A canção que embalou compatriotas e atleticanos ao longo de 2014, virou também uma marca da temporada onde o meia deixou para trás a irregularidade do período na Europa e no Inter para se consolidar como cérebro do Galo. Sendo assim, por que não cantá-la?  
Em entrevista ao GloboEsporte.com, Dátolo passou a limpo os acontecimentos recentes na carreira. Admitiu as dificuldades na Europa, celebrou o bom momento em BH, e cantou. De sorriso aberto, cantou as canções que levantaram as torcidas da Argentina e do Atlético-MG neste ano. Por precaução, fez questão falar diretamente para o torcedor do Cruzeiro que tudo não passa de uma brincadeira respeitosa, e soltou a voz (confira no vídeo acima):  
- Vou cantar aqui e dedicar para todos os cruzeirenses. Mas é brincadeira, hein!? Sempre de brincadeira. Vou cantar uma música argentina passada para o português: "Maria, eu sei que você treme sempre que o Galo vai jogar. Eu vi Riascos ir para bola, e o Victor de bico isolar. Nove a dois.. (para de cantar ao se enrolar no português)". Ahhh! Corta aí (risos).  
A canção é moda nos estádios argentinos há algum tempo, e muitos clubes têm a sua versão para incentivar os times. A música é inspirada na melodia da "Bad Moon Rising", da banda californiana de country rock Creedence Clearwater. Depois da Copa do Mundo, as torcidas brasileiras também fizeram suas letras, mas a campanha vitoriosa da Copa do Brasil deixou a do Galo em evidência.
Datolo (Foto: Cahê Mota)Dátolo canta hit argentino do Galo, mas avisa: "É brincadeira, hein?" (Foto: Cahê Mota)

É improvável que Dorival Júnior continue no comando do Palmeiras em 2015. A insatisfação com o técnico vai do vestiário até a diretoria. Reeleito, o presidente Paulo Nobre já trabalha em busca de um substituto - algo que só deve ser finalizado após a definição do destino do time no Campeonato Brasileiro.

Mano Menezes é o nome preferido da diretoria do Palmeiras hoje e agrada a conselheiros tanto da situação como da oposição - embora o futuro-ex-técnico do Corinthians também tenha sido sondado por Santos e Vasco.
 
Antes da escolha de um novo treinador, porém, o Palmeiras se movimenta para contratar um executivo para tocar o futebol. O nome de Rodrigo Caetano, que já foi dado como certo antes das eleições e agora é cotado também no Flamengo, perdeu força nos últimos dias. Alexandre Mattos, do Cruzeiro, chegou a ser contatado, mas ainda não há nada concreto.
 
* Com Marcelo Hazan e Felipe Zito

Vasco tenta parceria com Sorocaba para contar com o ala Falcão em 2015

Com problemas estruturais e sem ginásio, time paulista recebe propostas para mudar de cidade por uma temporada. Presidente do clube nega possibilidade de mudança

Por Rio de Janeiro
A falta de um local adequado para mandar os seus jogos provoca dúvidas sobre o futuro do Sorocaba na cidade onde o clube foi fundado, no início deste ano. Um dos interessados em abrigar a equipe sorocabana enquanto o seu ginásio não fica pronto é o Vasco, campeão da Liga Futsal em 2000 e atualmente sem equipe adulta. Após a eleição de Eurico Miranda, pessoas ligadas ao departamento de futsal cruz-maltino procuraram o clube paulista oferecendo uma parceria. A ideia é que o Sorocaba se mude para o Rio e passe a utilizar a marca Vasco. Com isso, Falcão, o melhor jogador de todos os tempos, atuaria com a camisa vascaína. O Sorocaba nega ter recebido proposta dos cariocas. A diretoria cruz-maltina não admite o interesse, embora a informação tenha surgido com força na última semana nos bastidores do futsal. O Sorocaba disputa a final da Liga Futsal na próxima segunda-feira, contra o Orlândia, em Uberlândia (MG), e só precisa de um empate para ser campeão.
Falcão, ala do Sorocaba Futsal (Foto: Danilo Camargo / Futsal Brasil Kirin)Vasco quer montar parceria com o Sorocaba, de Falcão, em 2015 (Foto: Danilo Camargo / Futsal Brasil Kirin)
- Por enquanto, posso lhe garantir que não tem nada, só especulação. Às vezes os boatos viram verdade e seria muito bom que assim fosse com essa informação - afirmou Eurico Ângelo Miranda, filho de Eurico e um de seus assessores na presidência.
Os problemas do Sorocaba começaram em fevereiro. Durante uma chuva de verão, a cobertura de arena que estava sendo construída para abrigar a equipe desabou, atrasando o cronograma das obras. Com isso, o time do craque Falcão passou toda a temporada sem poder atuar em sua casa, mandando partidas no ginásio Éden, em Sorocaba, e no Agostinho Fávaro, em Paulinia.
Desde então, muitas prefeituras têm procurado o clube apresentando propostas de mudança. O Vasco surgiu nas últimas semanas, após a eleição de Eurico Miranda à presidência. Segundo Euriquinho, o clube planeja voltar às atividades no futsal adulto, embora o seu ginásio não possa abrigar partidas oficiais, por ter medidas de quadra abaixo do limite mínimo estabelecido pela Fifa. O local, inclusive, começará a ser reformado no início de 2015 para receber as categorias de base do futsal, treinamento da equipe adulta e o basquete vascaíno, que também deverá ser reativado.
- Sempre tivemos a intenção de voltar com o futsal adulto, mas para isso vários fatores têm que acontecer. A reforma do ginásio independe dessa volta. Ele vai ser reformado de qualquer jeito. Nossa ideia é começarmos a recuperá-lo a partir do início do ano que vem. Estamos para lançar uma campanha de financiamento coletivo para levantarmos recursos junto aos torcedores - revelou Euriquinho.
Vasco campeão metropolitano de futsal 2001 (Foto: Reprodução)Vasco pretende reativar a sua equipe adulta de futsal  (Foto: Reprodução)

O Sorocaba nega ter recebido proposta do Vasco. De acordo com o presidente do clube, Fellipe Drommond, a intenção é permanecer na cidade paulista no ano que vem, mesmo sem o seu ginásio pronto no primeiro semestre.
- Sempre há muitas sondagens nesse sentido. Já fomos procurados por Barueri e Jaraguá do Sul, mas digo que não há chance de saíramos de Sorocaba no momento, mesmo porque temos uma parceria muito satisfatória com a prefeitura. A previsão é que tenhamos o nosso ginásio a partir do segundo semestre do ano que vem - comentou.
Vitorioso na primeira partida da final da Liga Futsal, o Sorocaba faz o segundo jogo da decisão na próxima segunda-feira, às 19h, em Uberlândia (MG), com transmissão ao vivo do SporTV e tempo real no SporTV.com. Para tirar o título da equipe do craque Falcão, o Orlândia precisa vencer no tempo normal para forçar a prorrogação. No tempo extra, a vantagem do empate é da equipe orlandina, que somou mais pontos ao longo de toda a competição.