domingo, 11 de setembro de 2011

Homenagem aos 10 anos

Memorial 11 de Setembro é iluminado na noite deste domingo em Nova York

Luzes representam as Torres Gêmeas, que desabaram após ataques.
EUA vivem dia de homenagens aos dez anos da morte das vítimas.

Do G1, com informações da Reuters
Luzes memorial 2 (Foto: Gary Hershorn/Reuters)Memorial 11 de Setembro é iluminado na noite deste domingo (11) em Nova York, durante as homenagens de dez anos da morte das vítimas do World Trade Center. As luzes no exato local onde ficavam as Torres Gêmeas simbolizam os prédios que desabaram após os ataques terroristas (Foto: Gary Hershorn/Reuters)

brasileirão série a 2011

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Corinthians
43
23
13
4
6
35
23
12
62.3
2
Vasco
42
23
12
6
5
33
27
6
60.9
3
São Paulo
41
23
12
5
6
35
28
7
59.4
4
Botafogo
40
22
12
4
6
36
25
11
60.6
5
Fluminense
37
23
12
1
10
30
26
4
53.6
6
Flamengo
36
23
9
9
5
38
31
7
52.2
7
Internacional
35
23
9
8
6
39
30
9
50.7
8
Palmeiras
34
23
8
10
5
29
23
6
49.3
9
Coritiba
32
23
9
5
9
39
29
10
46.4
10
Figueirense
31
23
8
7
8
28
30
-2
44.9
11
Atlético-GO
30
23
8
6
9
29
27
2
43.5
12
Grêmio
30
22
8
6
8
27
27
0
45.5
13
Santos
29
21
8
5
8
29
32
-3
46
14
Cruzeiro
28
23
8
4
11
30
28
2
40.6
15
Ceará
27
23
7
6
10
30
37
-7
39.1
16
Atlético-MG
24
23
7
3
13
30
40
-10
34.8
17
Bahia
24
23
5
9
9
25
32
-7
34.8
18
Atlético-PR
22
23
5
7
11
24
36
-12
31.9
19
Avaí
21
23
5
6
12
27
48
-21
30.4
20
América-MG
18
23
3
9
11
30
44
-14
26.1
  • Sab 10/09/2011 - 18h00 Vila Belmiro
    SAN
    1 0
    CRU
  • Sab 10/09/2011 - 18h00 Arena do Jacaré
    AMG
    2 2
    AVA
  • Dom 11/09/2011 - 16h00 Pacaembu
    PAL
    0 3
    INT
  • Dom 11/09/2011 - 16h00 Engenhão
    FLU
    1 0
    COR
  • Dom 11/09/2011 - 16h00 Presidente Vargas
    CEA
    1 1
    ATG
  • Dom 11/09/2011 - 16h00 Couto Pereira
    CFC
    5 0
    BOT
  • Dom 11/09/2011 - 16h00 Orlando Scarpelli
    FIG
    1 1
    VAS
  • Dom 11/09/2011 - 18h00 Cláudio Moacyr
    FLA
    1 2
    CAP
  • Dom 11/09/2011 - 18h00 Olímpico
    GRE
    1 0
    SPO
  • Dom 11/09/2011 - 18h00 Arena do Jacaré
    CAM
    2 0
    BAH

Taça LibertadoresSul-AmericanaRebaixados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

Ricardo Gomes deve trocar o CTI pelo quarto em até 24 horas

Técnico melhora a cada dia e alta do Centro de Terapia Intensiva significa um grande passo em sua recuperação

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Segundo o boletim médico divulgado na manhã deste domingo pelo Hospital Pasteur, onde Ricardo Gomes está internado desde o último dia 28, quando sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) durante o clássico com o Flamengo, o técnico deve ftrocar o CTI por um quarto privativo nas próximas 24 horas. O quadro de saúde do comandante vascaíno segue estável e, a cada dia, a interação dele com a família e a equipe médica evolui.
As sessões de fisioterapia motora e respiratória seguem sendo realizadas de três a quatro vezes por dia. Gomes também faz fonoaudiologia para auxiliar na recuperação da fala. Ele já pronuncia algumas palavras soltas - o que é normal no processo de recuperação -, entende tudo o que lhe é dito, mas ainda tem dificuldades para formar frases.  O treinador, que se alimenta através de uma sonda que pode ser retirada até terça-feira, já fica a maior parte do tempo sentado em uma poltrona, fora do leito.
Entenda o caso
Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, no domingo, dia 28 de agosto, no Engenhão. Foi levado inicialmente para o centro médico do estádio e, em seguida, encaminhado para o Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde foi submetido a uma cirurgia que durou cerca de três horas e meia. A hemorragia no cérebro em decorrência do AVC sofrido pelo treinador foi estancada, e a circulação, restabelecida.
No ano passado, quando ainda comandava o São Paulo, Ricardo Gomes teve uma vasculite, considerada um pequeno AVC, e precisou ficar internado após o clássico contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista. No entanto, o médico do Vasco Clóvis Munhoz assegura que o problema não é relacionado com o enfrentado pelo treinador na outra ocasião.
Douglas leva o Grêmio à terceira vitória seguida: 1 a 0 no São Paulo
Aos 19 do segundo tempo, camisa 10 do Tricolor gaúcho marcou para os anfitriões
 
 
A CRÔNICA
por Eduardo Cecconi e Adilson Barros
Partiu dos pés de Douglas a alegria gremista na tarde deste domingo. No Estádio Olímpico, ele marcou o gol do 1 a 0 sobre o São Paulo, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi a terceira vitória consecutiva do Grêmio no Campeonato Brasileiro. O resultado freia a ascensão dos visitantes.
Há pouco ameaçado pelo ingresso na zona de rebaixamento, o Grêmio é agora o 12º colocado, com 30 pontos - e um jogo a menos. Já o São Paulo desperdiçou nova oportunidade de chegar à liderança, permanecendo com 41, e caindo para 3º.
Pela 24ª rodada o São Paulo entra em campo às 18h do próximo sábado, contra o Ceará, no Estádio do Morumbi. Nos mesmos dia e horário (de Brasília), o Grêmio visita o Vasco, em São Januário.
Douglas gol Grêmio (Foto: Ag. Estado)Ao lado de Escudero, Douglas festeja o gol que deu a vitória ao Grêmio (Foto: Ag. Estado)

Zero a zero, mesmo
Ninguém chutou a gol no primeiro tempo. E nem foi por reverência dos gremistas a Rogério Ceni e seus 1.001 jogos, ou por respeito dos são-paulinos a Victor, novamente convocado para a Seleção Brasileira. Foi porque ninguém conseguiu chutar.
Para bloquear as investidas laterais do anfitrião, Adilson Batista apresentou uma variação tática. Sem a bola, desfazia-se o losango usual, com Cícero e Casemiro alinhando-se pelos lados aos volantes, e assim fechando os espaços de Mário Fernandes e Julio Cesar.
Ao Grêmio, restaram as trocas de passes pelo centro, com Douglas, Marquinhos, Escudero e André Lima tabelando, O quarteto alcançou uma boa média de acerto nos passes. Somados, executaram 57 e erraram apenas seis.
Mas as infiltrações não aconteceram, assim como o contra-ataque do São Paulo desapareceu. Com o jogo restrito às intermediárias, com sucessões de desarmes e roubadas, a atenção voltou-se ao árbitro Heber Roberto Lopes.
Quando apresentou cartão amarelo a Marquinhos, por simulação - em lance de pênalti alegado pelo meia tricolor - recebeu uma das maiores vaias da história do Olímpico, estádio que em dezembro do próximo ano dará lugar à nova Arena em construção.
Linha de fundo
Apresentadas aos jogadores ofensivos de Grêmio e São Paulo as mesmas dificuldades do primeiro tempo, a etapa final insinuava a repetição dos fatos. Muita marcação, poucos espaços, quase nenhuma finalização.
Ao menos, os goleiros foram notados pelos mais de 30 mil torcedores. Quando o meia Douglas venceu Rogério Ceni, aos 19, Victor já havia praticado algumas defesas.
E o gol da vitória gremista nasceu exatamente daquela jogada que Adilson Batista planejara impedir: Julio Cesar conseguiu vencer as duas linhas de marcação do São Paulo, chegando à linha de fundo. E quando o lateral gremista encontra o caminho para cruzar, transforma o passe em assistência. De primeira, o camisa 10 finalizou com categoria e precisão, no canto esquerdo de Rogério.
Em festa, os torcedores comemoraram a reafirmação de uma nova história: o Estádio Olímpico é novamente um caldeirão que impõe muita resistência aos visitantes.
Pura dinamite: Guerrón dá passe, faz gol, é expulso, e Furacão bate o Fla
Em Macaé, Atlético-PR faz 2 a 1, encerra série de cinco jogos sem vitória e ganha ar contra a degola. Cariocas perdem a quarta seguida e deixam G-4
 
 
A CRÔNICA
por Richard Souza
O torcedor do Fluminense tem arrepios quando lembra de Joffre Guerrón. Em 2008, o equatoriano foi protagonista da LDU na final da Libertadores da América e calou um Maracanã abarrotado de tricolores. Na época, os rubro-negros gostaram. A partir deste domingo, também vão pensar nele com desgosto. Com uma assistência para Heracles e um golaço, "La Dinamita" decidiu a partida para o Atlético-PR contra o Flamengo, em Macaé, na 23ª rodada do Brasileirão. A vitória por 2 a 1 - Welinton descontou - ainda não foi suficiente para tirar o Furacão da zona de rebaixamento, mas serve de alento. A equipe de Antônio Lopes chega aos 22 pontos e sobe da vice-lanterna para a 18ª posição. E mais: quebra uma sequência de cinco jogos sem conquistar três pontos.
A crise chega de uma vez por todas ao Flamengo. Apesar de alguns resultados favoráveis na rodada, o time de Vanderlei Luxemburgo continua estacionado nos 36 pontos, cai para o sexto lugar e deixa a zona de classificação para a Libertadores. Agora, são oito partidas sem vitória no Nacional (cinco derrotas e três empates). O Fla não perdia quatro jogos seguidos na competição desde julho de 2006, quando foi superado por Paraná (1 x 4), Vasco (0 x 1), Santa Cruz (0 x 3) e Atlético-PR (0 x 1).
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Botafogo, no Engenhão, às 16h. No mesmo horário, o Atlético-PR recebe o Figueirense na Arena da Baixada, em Curitiba.

Fla faz pressão, Furacão faz gol

Time grande joga como time grande. Não há razão para ser diferente. Aquele Flamengo acuado que se viu contra o Corinthians, quase pequenino, não entrou no campo do Moacyrzão. Desde a saída de bola, jogou para frente, fez pressão. Sobre os ombros dos jogadores, quilos de um sequência chata de sete partidas sem vitória (quatro derrotas e três empates). Os rubro-negros cariocas tiveram iniciativa. Dentro e fora de campo. A torcida pediu a plenos pulmões por Renato numa cobrança de falta de longe. O camisa 11 atendeu, disparou a bomba de esquerda e fez o travessão de Renan Rocha tremer.

Renan Rocha. Foi ele o jogador mais participativo do Atlético-PR no primeiro tempo. Mau sinal. A equipe de Antônio Lopes, que briga para sair da zona de rebaixamento, se encolheu, quase não passou do meio-campo. Um abismo separava volantes e armadores da dupla de ataque formada por Guerrón e Rodriguinho. Com exceção de algumas investidas tímidas, o Furacão nem brisa fez na primeira meia hora.
Ronaldinho Gaúcho Flamengo x Atlético-PR (Foto: Ag. Estado)Ronaldinho Gaúcho tenta, em vão, comandar reação do Fla na derrota para Furacão (Foto: Ag. Estado)
Foi um Flamengo com pontos positivos e negativos. De volta, Alex Silva deu mais segurança para a retaguarda, falou o tempo todo com o Welinton, vaiado desde o anúncio da escalação no sistema de som do estádio. Léo Moura e Junior Cesar apoiaram mais, foram à linha de fundo. No meio, Renato e Thiago Neves se apresentaram, mas erraram muitos passes. Na frente, Deivid teve algumas chances, mas concluiu mal. Mesmo sem ser brilhante, Ronaldinho esteve perigoso. O camisa 10 criou pelo menos quatro boas oportunidades. Ora parou no bom Renan Rocha, ora errou o alvo.

A pressão não virou resultado, o ritmo diminuiu, e o Atlético-PR aproveitou. Mais solto, o time aos pouquinhos entrou no campo do Fla, foi chegando, chegando, e marcou. Aos 39, o equatoriano Guerrón fez bonita jogada pela esquerda, disparou, deixando Willians na saudade, e deu um passe rasteiro para Heracles completar. Felipe nada conseguiu fazer.

A torcida não deixou de apoiar, berrou, pediu a virada. Sem a resposta imediata, passou a gritar pelo atacante Jael. Com o fim do primeiro tempo e a desvantagem no placar, vaiou enquanto a equipe caminhava para o intervalo.
Guerrón, 'La Dinamita', decide
Vanderlei Luxemburgo tornou o Flamengo mais ofensivo para o segundo tempo. Muralha e Deivid saíram, e Negueba e Jael entraram. Antônio Lopes também mexeu. Trocou Rodriguinho por Adaílton. Mas não houve sequer tempo de ver o resultado das mudanças. Antes do primeiro minuto de jogo, com 38 segundos, Guerrón ganhou dividida de Welinton e tocou por cima de Felipe: 2 a 0 Furacão.

Pressionado pela torcida e pela urgência da reação, o Flamengou se jogou para o ataque sem qualquer organização. Aberto pela direita, Negueba pedalou, encarou a marcação, mas não conseguia concluir as jogadas. Os cruzamentos que buscavam Jael, Ronaldinho e Thiago Neves na área de nada adiantavam. O camisa 7, aliás, vive fase muito ruim. A queda de rendimento é assustadora, e a sorte também anda passeando por aí. Aos 19, Ronaldinho cobrou escanteio, Thiago cabeceou com força, e Deivid, do Furacão, salvou sobre a linha também com a cabeça.
R10 correu, se esforçou, mas repetiu a atuação discreta que teve contra o Corinthians e não brilhou. Luxa ainda tentou mais uma alternativa. Sacou Junior Cesar, deslocou Renato para a lateral esquerda e lançou Diego Maurício na linha de frente. Ronaldinho Gaúcho passou a jogar um pocuo mais recuado, na armação.
O Furacão se preocupou apenas em defender. Principalmente depois que Guerrón, protagonista do time no jogo, foi expulso. Após falta dura em Willians, ele recebeu o segundo cartão amarelo e rumou para o vestiário mais cedo.

Na base do abafa, o Flamengo conseguiu diminuir. Vaiado durante todo o jogo, especialmente depois do segundo gol do Atlético, Welinton aproveitou rebote de um escanteio dentro da área e disparou com força, aos 39. Antes de chegar no zagueiro, a bola foi ajeitada com a mão por Diego Maurício. Com o 2 a 1, o time de Luxa atacou com todo mundo e foi empurrado pela torcida. A equipe criou uma série de chances na base do desespero, enlouqueceu os torcedores, mas não conseguiu derrubar a retranca paranaense. Da batalha dos aflitos, o Furacão sai um pouco mais tranquilo.
Vibrante, Flu derruba o líder Timão e entra na zona da Libertadores: 1 a 0
Tricolor encerra escrita de seis anos sem vencer o rival e chega ao G5, deixando o Fla para trás. Resultados ajudam e Corinthians segue na ponta
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
O Fluminense comprovou sua evolução no Campeonato Brasileiro neste domingo, no Engenhão, ao derrubar o líder Corinthians, gol de Fred. O atacante entrou em campo com uma camisa em homenagem ao ex-jogador Ézio, que luta contra o câncer. Com um estilo vibrante, muita marcação a aplicação tática, o Tricolor, recebido pela torcida com o tradicional pó de arroz, alcançou a quarta vitória consecutiva ao derrubar o time paulista, que não teve boa atuação e criou muito pouco.
O resultado leva o Flu para os 37 pontos, em quinto lugar, na zona de classificação da Libertadores. O Corinthians permanece com 43, e segue na ponta graças às derrotas de São Paulo e Botafogo, além do empate do Vasco.
Com a vitória diante de 22.399 torcedores pagantes, 26.979 presentes e renda de R$ 596.500,00, o Flu derruba uma escrita de seis anos sem vencer o rival. Na próxima rodada, a equipe carioca sai para enfrentar o Bahia, domingo que vem, no Pituaçu. O Timão tem pela frente o Santos, na mesma data, no Pacaembu.
O Corinthians teve mais posse de bola no primeiro tempo - 53% a 47% -, mas o seu jogo não encaixou. Cheio de disposição, o Fluminense subia sempre com perigo, principalmente através da movimentação de Ciro, atacante que caía nas costas da zaga.
O primeiro gol tricolor só não saiu logo no início porque Ciro foi fominha e não passou a bola para Lanzini, que entrava sozinho pelo meio. Na sequência da jogada, o argentino bateu firme para a defesa de Julio Cesar. O Tricolor era envolvente e chegou muito perto logo depois, quando o mesmo Ciro foi lançado em profundidade, ficou sem ângulo, puxou para o meio e bateu. A bola passou pelo goleiro corintiano e só não entrou porque Chicão estava em cima da linha.
Fred gol Fluminense (Foto: Photocâmera)Fred comemora o gol da vitória do Fluminense sobre o Corinthians (Foto: Photocâmera)
Com William aberto pela direita e Jorge Henrique pela esquerda, Tite tentava conter as subidas dos ofensivos laterais tricolores. O Corinthians conseguia evoluir melhor pela esquerda, mas abusava dos erros de passe. Somente na primeira etapa, foram 21 erros neste fundamento, contra 12 do Flu. O time de Abel Braga parecia bem mais confiante e voltou a assustar em chutaço de Fred que Julio Cesar espalmou. Mas, aos 22, o goleiro corintiano nada pôde fazer quando o mesmo Fred cobrou falta, a barreira abriu, a bola desviou na coxa de Ralf e entrou. Flu 1 a 0.
O placar era magro e injusto, já que o Corinthians só deu o primeiro chute a gol aos 30 minutos, com William. O Flu pecou apenas quando resolveu recuar, dando espaços ao rival e sendo obrigado a parar muitas jogadas com falta. Mas, mesmo assim, foram do Flu as melhores chances até o fim do primeiro tempo, em toque de Fred, cara a cara com Julio Cesar, por cima do gol, e com Mariano, em chute perigoso de longa distância.
Com o cartão amarelo de Ramon, Tite decidiu tirar o lateral no intervalo, lançando o zagueiro Paulo André. Com isso, Leandro Castán foi deslocado para a lateral. Em desavantagem no placar, o Corinthians, mesmo que desorganizado, saiu mais para o jogo, crescendo de produção.
Ciro Fluminense x Corinthians (Foto: Photocâmera)Ciro deu muito trabalho para a defesa do Corinthians no Engenhão (Foto: Photocâmera)
Corinthians pressiona, Flu recua demais, mas consegue segurar o resultado
A melhor chance dos comandados de Tite aconteceu aos 21, em chute muito perigoso de Jorge Henrique. Do outro lado, o Flu seguia com a postura de ficar recuado, esperando as ações do rival. Abel deixou o time ainda mais atrás quando tirou Lanzini para a entrada do volante Rodrigo. As outras cartadas do Tricolor foram Digão e Martinuccio nas vagas de Mariano e Ciro. Nesta altura, o Fluminense nada criava.
Tite, por sua vez, tentou corrigir a falta de criatividade da equipe somente aos 34 minutos, lançando Danilo no lugar do zagueiro Leandro Castán. Nos minutos finais, o Corinthians foi todo para cima em busca do empate, mas encontrou um Flu muito fechado. Sem inspiração e organização, o Timão tentou de tudo, chegou muito perto em cabeçada de Paulo André no último minuto, não conseguiu o gol, e o Flu comemorou a quarta vitória consecutiva. Final: 1 a 0.
 
Figueirense e Vasco empatam após Diego Souza perder gol incrível: 1 a 1
Cariocas jogam fora nova chance de alcançar a liderança do Brasileirão e reclamam da arbitragem, que anulou gols de Elton e Diego Souza
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Muitas reclamações dos dois lados e uma arbitragem confusa de Nielsen Nogueira Dias. Figueirense e Vasco lutaram bastante, mas fizeram uma partida tecnicamente fraca e só empataram por 1 a 1, neste domingo, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Wellington Nem e Fagner marcaram os gols da partida. Diego Souza, aos 46 minutos do segundo tempo, teve uma chance claríssima para dar a vitória aos cariocas mas, sozinho na área, chutou em cima do goleiro Wilson. Lance digno de Inacreditável Futebol Clube.
Com a derrota do Corinthians para o Fluminense, no Engenhão, o time carioca perdeu mais uma chance de assumir a liderança da competição - é o segundo, com 42 pontos. O Figueirense, com 31 e em 10º lugar, segue na briga por uma vaga na Copa Sul-Americana.
Na próxima rodada, o Vasco enfrenta o Grêmio, no sábado, às 18h (de Brasília), em São Januário. Já o Figueirense encara o Atlético-PR, no domingo, às 16h (de Brasília), na Arena da Baixada, em Curitiba.
Apoio a Ricardo Gomes
Antes de a partida começar, uma homenagem. O técnico Jorginho entregou ao auxiliar do Vasco Cristóvão uma camisa do Figueirense autografada pelos jogadores em apoio a Ricardo Gomes, que se recupera de um AVC, com a mensagem: "Amigo Ricardo, continuamos orando pela sua completa recuperação".
O Vasco entrou em campo sem Juninho Pernambucano, liberado para resolver problemas particulares na França, Eduardo Costa, suspenso, Renato Silva, vetado devido à forte pancada sofrida na cabeça na vitória sobre o Coritiba, e Felipe, que operou o joelho. E o time carioca não se achou nos primeiros minutos. Com Diego Souza posicionado mais no ataque, o Figueirense levava vantagem numérica no meio-campo e dominava a partida. Não demorou para abrir o placar. Elias cruzou, e após uma confusão na área, Wellington Nem, livre, tocou para o gol. Foi o quinto do atacante no Brasileirão
O time carioca só começou a melhorar quando aumentou a marcação em Elias, que organizava as principais jogadas do Figueirense, e passou a errar menos passes - foram 26 só no primeiro tempo. E também quando passou a explorar as subidas de Fagner pela direita. Em um chute cruzado do lateral, veio o empate. O goleiro Wilson colaborou.
O jogo passou a ficar muito disputado no meio-campo. E o Vasco exagerava nas faltas - foram 15 contra 7 do Figueirense no primeiro tempo. Mesmo assim, Diego Souza ainda acertou o travessão em um cruzamento bem estranho, que quase surpreendeu Wilson.
O time carioca deixou o gramado reclamando da arbitragem do pernambucano Nielsen Nogueira Dias. Primeiro, ele anulou um gol de Elton seguindo a marcação do auxiliar Altemir Hausmann, que marcou impedimento. O atacante, porém, estava em condição normal. Em outro lance, Diego Souza dividiu pelo alto com o goleiro Wilson e marcou o gol. Mas Nielsen viu falta e também anulou o lance.
Diego Souza no Inacreditável Futebol Clube
Figueirense e Vasco voltaram sem mudanças para o segundo tempo. Mas o jogo caiu tecnicamente. Sobrava disposição, mas faltava qualidade. As reclamações contra o árbitro continuavam. Mas agora dos dois lados. Em qualquer marcação eram braços abertos, chutes no ar, palavras nada educadas.
O Figueira seguia refém da inspiração de Elias. E só levava algum perigo nas bolas paradas. O Vasco não conseguia marcar sob pressão - uma das características do time nesta temporada - e dependia das arrancadas de Eder Luis. A torcida cruz-maltina pedia a entrada de Bernardo. Mas Cristóvão optou por Diego Rosa e Kim.
Até os 35 minutos, nenhum chance clara para os dois lados. Até que Kim resolveu aparecer em campo. Primeiro, ele arriscou um chute de fora da área que passou perto do gol de Wilson. Depois, tentou um toque sutil na saída do goleiro, que conseguiu defender.
Mas no fim da partida, o inacreditável aconteceu. Depois de grande jogada de Eder Luis, Diego Souza perdeu um gol incrível, na frente do goleiro Wilson. E o Vasco, novamente, jogou fora a chance de liderar o Brasileirão.
 
Palmeiras tenta, mas Damião decide: Inter goleia Palmeiras no Pacaembu
Verdão joga bem, martela e perde gols incríveis. Em três chances, camisa 9 do Colorado faz 3 a 0, alavanca time na tabela e estoura crise no rival
 
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro
Difícil encontrar adjetivos que classifiquem a atual fase de Leandro Damião. Talvez simplicidade defina. Em apenas três aparições no jogo deste domingo contra o Palmeiras, no Pacaembu, o centroavante do Internacional fez três gols com extrema facilidade, definiu o placar de 3 a 0, colocou o Colorado em boa condição na briga e ainda deflagrou a crise no Verdão. Acha pouco? Pois Damião chegou à espantosa marca de 40 gols na temporada 2011 – 39 pelo Inter e um pela Seleção Brasileira. O craque foi o diferencial entre um time que cresce no Campeonato Brasileiro e outro que está em queda livre.
O resultado leva o Colorado aos 35 pontos, ultrapassando o próprio Palmeiras na tabela. Em franca ascensão, os comandados de Dorival Júnior entram de vez na briga por Libertadores e podem até começar a sonhar com título - a diferença para o líder Corinthians é de oito pontos. E Damião vai com moral ainda mais elevado para a Seleção, que enfrenta a Argentina na próxima quarta-feira, em Córdoba, pelo Superclássico das Américas.
O Verdão segue com 34 pontos e cai para a oitava posição na tabela, sua pior em 23 rodadas de competição. Com apenas nove pontos conquistados nos últimos dez jogos, o time de Luiz Felipe Scolari vê a crise cada vez mais de perto. Revoltada, a torcida saiu do Pacaembu vaiando e xingando o time e seus dirigentes, principalmente o vice-presidente Roberto Frizzo.
Na próxima rodada, o Palmeiras vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, domingo, às 16h. Já o Inter recebe o Coritiba no Beira-Rio também no domingo, mas às 18h.
Três arcos e uma flecha certeira
Andrezinho, do Internacional, disputa a bola com Márcio Araújo e Luan, do Palmeiras (Foto: Idário Café/VIPCOMM)Andrezinho é perseguido por Márcio Araújo e Luan no Pacaembu (Foto: Idário Café/VIPCOMM)
Dorival Júnior escalou o Inter no ataque, querendo aproveitar a boa fase do setor para o time deslanchar no Brasileirão. Mas Felipão sabia bem das intenções de seu colega e armou um forte esquema de marcação para conter os “arcos” que lançam a flecha Leandro Damião, artilheiro nato. Márcio Araújo não desgrudou de D’Alessandro, Cicinho ficou responsável por Oscar, e Gabriel Silva seguiu todos os passos de Andrezinho. Scolari usou a metáfora do arco e flecha durante a semana para ilustrar a situação diante de seu elenco.
Enquanto os meias do Inter estavam bem vigiados, o Verdão sobrou em campo. Com atuações inteligentes de Patrik e Márcio Araújo, o time abusou das tabelas e confundiu a zaga colorada. Fernandão, autor de dois gols em quatro jogos com a camisa alviverde, prendeu a atenção de Juan e Rodrigo Moledo. Assim, Vinícius teve espaço, arriscou a gol, mas parou em Muriel. As bolas paradas de Marcos Assunção tiveram o mesmo destino. No total de finalizações do primeiro tempo, deu 10 a 5 para o Palmeiras.
A torcida, longe de lotar o Pacaembu, alternava-se entre a empolgação e a preocupação. O segundo sentimento era justificável: o Verdão tem jogado melhor que os adversários nas últimas partidas, mas vacilado em momentos de decisão. E não é que o temor se confirmou? Aos 24 minutos, no primeiro descuido de marcação sobre os “arcos” colorados, Andrezinho apareceu sozinho na entrada da área e deu uma cavadinha para a flechada certeira de Leandro Damião. Com a frieza dos grandes, o camisa 9 fez o que se esperava dele: girou com rara simplicidade em cima de Henrique e deu um toquinho para as redes: 1 a 0 Inter.
Um gol que detonou o otimismo do Palmeiras. O torcedor passou a reclamar de cada passe errado ou finalização torta, e dentro de campo os mais vulneráveis sentiram isso. Patrik desapareceu, Luan perdeu um gol incrível em que atuou mais como zagueiro do que como atacante. Coube ao experiente Marcos Assunção colocar a bola no chão e acalmar os ânimos. A partir de uma bela falta que exigiu ótima defesa de Muriel, o volante conseguiu devolver o Verdão ao jogo. O time seguiu em cima, mas outro gol incrível perdido no minuto final do primeiro tempo, desta vez por Gabriel Silva, deu a noção exata do que faltava a esse time: concentração.
Hat-trick do artilheiro
Leandro Damião gol Internacional (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)Leandro Damião comemora com os companheiros mais um gol (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
O choque de Felipão no vestiário surtiu resultado, e o Palmeiras começou sufocando o rival nos primeiros dez minutos. O time voltou, trocando passes rápidos como já havia feito no primeiro tempo, mas algum detalhe ainda impede o passo seguinte, o gol, a vitória. Até na jogada que parecia perfeita, com Cicinho cruzando milimetricamente na cabeça de Vinícius, a bola faz questão de explodir no travessão e sobrar para algum jogador de vermelho. Para os de verde, não sobrava nada.
A postura mais defensiva do Inter ajudou a construir o panorama do jogo, praticamente um ataque contra defesa. Mas Dorival Júnior não fez isso por acaso. Mesmo resguardado lá atrás, o técnico colorado manteve seu quarteto ofensivo armado e sacou o organizador D’Alessandro para lançar o arisco Ilsinho, e apostar em uma bola de contra-ataque para definir o placar. Em uma dessas esporádicas escapadas, Damião estava sozinho para fazer o segundo gol, mas Rodrigo Moledo foi fominha e perdeu a bola.
Ricardo Bueno entrou na vaga de Vinícius, Tinga substituiu Patrik, mas na prática nada mudou. O Verdão parou em Muriel, na trave, na falta de criatividade, menos nas redes. A partir dos 30 minutos, o Inter já não queria mais jogo e colocou todo mundo em câmera lenta. Segundos preciosos para cobrar um lateral renderam cartão amarelo para Andrezinho, e outros tantos segundos renderam nova advertência ao goleiro Muriel.
Pode não ser o jeito mais bonito de se segurar o resultado, mas fato é que o Colorado cozinhou o jogo e impediu um sufoco final do rival. Fez mais: aos 37, Damião marcou mais um, fechou o placar e chegou a 12 no Brasileirão. Suficiente para a torcida ir embora do Pacaembu, praticamente vazio no apito final de Alício Pena Júnior. No último lance, o artilheiro fez seu terceiro na partida, entrando com facilidade na zaga e driblando Marcos, entrando com bola e tudo.
Resultado péssimo para o Verdão, em queda livre na tabela. Bom para os arcos e a flecha do Inter, que veem seus próximos alvos cada vez mais próximos
Na pressão, Coritiba deita, rola e dança sobre o Botafogo: 5 a 0
Coxa domina a partida e atropela cariocas no Couto Pereira
 
 
A CRÔNICA
por Thiago Fernandes
O caldeirão do Alto da Glória falou mais alto novamente. O Coritiba venceu categoricamente o Botafogo, neste domingo, no Couto Pereira, por 5 a 0, e chegou a 32 pontos no Brasileirão - nada menos do que 24 foram obtidos dentro de casa. O time paranaense venceu e comemorou com estilo os seus gols. Emerson deitou e rolou no chão. Bill fez dancinha. Rafinha e Everton saíram em direção à torcida fazendo gestos. Apenas Marcos Aurélio festejou de forma comum. Também, pudera. Seu gol, o segundo do jogo, saiu após a marcação de um pênalti inexistente de Jefferson em Bill.
Com a derrota, o Botafogo segue em quarto na tabela, com 40 pontos, e vê Fluminense e Inter se aproximarem na luta por uma vaga no G-4. O futebol envolvente, ofensivo e de toque de bola do Alvinegro parece ter ficado no Rio de Janeiro. Sem criatividade, o time pouco criou e foi envolvido pelo rival. Nem a ausência de Maicosuel, que acordou com febre, consegue justificar atuação tão apagada.

As duas equipes voltam a campo no próximo domingo. No Rio de Janeiro, o Botafogo encara o Flamengo, no Engenhão - suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Elkeson está fora. O Coritiba enfrenta o Inter, no Beira-Rio.
Pressão alviverde nas arquibancadas e no campo

Sem Maicosuel, Caio Júnior escalou Everton no meio-campo. O baixinho reeditou a dupla pelo lado esquerdo com Cortês e até começou bem o jogo. Foi de seus pés que saiu um perigoso cruzamento para Loco Abreu na pequena área. O uruguaio, entretanto, chegou atrasado. Apesar disso, quem atuou melhor na primeira etapa foi o Coritiba. Empurrado por sua torcida, o Coxa pressionava o Botafogo em seu campo e até conseguia roubar a bola, mas esbarrava nos seus erros de passe para armar as jogadas. Quem descobriu a solução para o problema foi Léo Gago. O volante mandou uma bomba de fora da área, para grande defesa de Jefferson.
A partir daí, foi uma avalanche de chutes de longa distância. Léo Gago tentou de novo. Tcheco seguiu o exemplo do colega, assim como Marcos Aurélio. Todas foram com perigo ao gol do Botafogo, mas Jefferson justificava as convocações de Mano Menezes para a Seleção com defesas difíceis. Quando venceu o paredão alvinegro, o Coxa teve um gol corretamente anulado (Jonas, em posição ilegal, deu passe para Bill mandar para a rede) e uma bola tirada em cima da linha por Marcelo Mattos, após um cruzamento.
O Botafogo, apesar de ter ficado menos com a bola e de todas as dificuldades defensivas, poderia ter balançado as redes, não fosse sua falta de pontaria. Renato deu dois passes açucarados para seus companheiros. Primeiro, Loco recebeu livre e mandou para fora. Depois, Elkeson entrou na área, mas se enrolou com a bola e perdeu para o zagueiro. O meia quase marcou também em uma cobrança de falta, mas Vanderlei defendeu bem.
Quando parecia que a partida iria para o intervalo sem gols, o Coritiba viu seu esforço recompensado. Tcheco bateu escanteio, a zaga do Botafogo ficou assistindo, e Emerson cabeceou no canto direito de Jefferson. Para comemorar, o jogador decidiu inventar: deitou no chão e rolou. O Couto, em festa, explodiu de alegria. O barulho só não foi maior do que quando os torcedores resolveram xingar o técnico Caio Júnior. Após sair de campo de maca, Leandro Donizete ficou ao lado do campo no chão e o técnico do Bota foi até ele falar alguma coisa, revoltando os alviverdes. Na saída para o vestiário, o treinador disse que pediu para o volante parar e voltar a campo para jogar.
Pênalti maroto e goleada alviverde
Os dois times voltaram para o segundo tempo com as mesmas estratégias do primeiro. O Coxa marcava sob pressão, e o Glorioso tentava explorar o seu toque de bola. Mas aí o árbitro Fabrício Neves Corrêa , que vinha bem até então, marcou um pênalti inexistente de Jefferson em cima de Bill. Marcos Aurélio bateu bem e fez 2 a 0 Coxa.
No banco de reservas, Caio Junior, pensativo, andava de um lado para o outro. Parecia pensar o que fazer para tentar mudar o panorama do jogo. O semblante do técnico ficou ainda mais tenso quando Elkeson fez boa jogada individual, invadiu a área, mas chutou mal e permitiu a defesa de Vanderlei.

Sem reação, o Botafogo viu o Coritiba ampliar ainda mais sua vantagem. Marcos Aurélio cobrou falta de muito longe, a bola encontrou Bill que bateufraco. A bola foi rolando mansamente até entrar no canto, sem que nenhum jogador alvinegro cortasse. Até o atacante pareceu surpreso e demorou a comemorar. Depois, ensaiou uns passinhos de dança.
A partir daí, o Botafogo se perdeu de vez em campo, e o Coritiba ainda ampliou o marcador mais duas vezes. Marcos Aurélio fez bonita jogada e deixou Bill livre para bater para o fundo das redes. E Everton Costa fechou a conta após mais uma bobeada da defesa carioca.

Cuca se vinga de Joel, Galo bate Bahia e deixa zona de rebaixamento

Vitória por 2 a 0 na Arena do Jacaré ainda manda adversário para o Z-4

Por Marco Antônio Astoni Sete Lagoas, MG
Cuca deu o troco em Joel Santana. O Atlético-MG deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro após sete rodadas na incômoda posição e ainda colocou o rival baiano na incômoda posição. Se 15 dias atrás Joel se deu melhor no clássico mineiro quando estava no Cruzeiro, neste domingo, o Galo de Cuca não deu chances ao Bahia, novo clube do experiente treinador. Diante de 10.991 pessoas, que proporcionaram uma renda de R$ 53.055,20, o Atlético-MG fez 2 a 0 no Tricolor baiano, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Os gols do jogo foram marcados por Magno Alves, um em cada tempo.
O resultado deixou o Atlético-MG na 16ª colocação da tabela, fora da zona de degola, com 24 pontos. O Bahia entrou no lugar do Galo e é o 17º, com o mesmo número de pontos, mas duas vitórias a menos.
O jogo teve dois tempos bem diferentes. O primeiro foi truncado e concentrado entre as intermediárias, e o segundo teve amplo domínio do Atlético-MG, que se aproveitou da expulsão de Paulo Miranda, nos acréscimos da etapa inicial, e do pouco ânimo demonstrado pelo Bahia.
Na próxima rodada, o Atlético-MG vai ao Serra Dourada, em Goiânia, enfrentar o Atlético-GO, sábado, às 18h (de Brasília). Já o Bahia recebe o Fluminense, no domingo, às 16h (de Brasília), no Estádio de Pituaçu, em Salvador.
Jogo truncado e gol solitário
A situação de Atlético-MG e Bahia na tabela do Campeonato Brasileiro não dava outras alternativas aos times a não ser buscar a vitória, já que o perdedor da partida ficaria na zona de rebaixamento. O jogo refletiu este panorama. Foi muito corrido e disputado, ainda que não tenha sido um primor de técnica e bons lances.
O Galo começou com Serginho na lateral direita e Mancini no meio, ajudando Daniel Carvalho na armação das jogadas. O Tricolor Baiano se apresentou para o jogo com a cara de Joel Santana, fechado na defesa, apostando nos contra-ataques para dar o bote fatal.
O problema era que, muito lento, Mancini pouco contribuía com bons passes e lançamentos para Neto Berola e Magno Alves, o que sobrecarregava Daniel Carvalho na função e fazia com que os atacantes se afastassem da área para buscar o jogo. No lado baiano, a coisa era parecida. Ricardinho e Carlos Alberto não conseguiam se comunicar com Reinaldo e Júnior. Com isso, boas chances de gol eram coisa rara na partida.
Desta forma, a chance mais provável para sair um gol seria de bola parada. E nos acréscimos veio a chance da marca da cal, já que Réver se enrolou com Paulo Miranda e caiu na área. No lance, o zagueirão também fez movimento com o braço e acabou cortando o ataque. Pela jogada, o árbitro Wilson Seneme marcou a penalidade e expulsou o jogador, que já tinha o amarelo. Magno Alves cobrou com perfeição aos 49 para abrir o placar na Arena do Jacaré.
Rever Atlético-MG x Bahia (Foto: Flickr do Atlético-MG)Além de conter o ataque do Bahia, Réver ainda sobe ao ataque (Foto: Flickr do Atlético-MG)
Vitória tranquila
Com um jogador a mais e na frente no placar, o Atlético-MG voltou para o segundo tempo mais tranquilo. Serginho foi substituído por Bernard, e o Galo ficou mais leve. O time de Cuca, exibindo bom toque de bola, não demorou a ampliar o placar. Daniel Carvalho fez lançamento precioso para Magno Alves dominar e bater aos 9 minutos.
O Bahia perdeu o resto do ânimo que tinha e se tornou presa fácil para o Atlético-MG. O Galo tocava a bola como queria e envolvia completamente o adversário, contando com boas atuações de Magno Alves, Daniel Carvalho e do garoto Bernard, que incendiou o jogo.
A torcida do Atlético-MG trocou a impaciência do primeiro tempo pela festa e comemorou animada a vitória que tira o time do Z-4 após quase um mês na desagradável situação.
Ceará domina e começa na frente, mas cede empate ao Dragão no fim
Time cearense segura a vitória até os 42 minutos da segunda etapa, mas leva gol que deixa as duas equipes no meio da tabela
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Por 49 minutos o Ceará segurou o que seria sua primeira vitória no segundo turno do Brasileirão. No entanto, Felipe saiu do banco de reservas do Atlético-GO para garantir o empate por 1 a 1 entre o Dragão e o Vovô, no estádio Presidente Vargas, pela 23ª rodada do Brasileirão. Pelas circunstâncias, o time goiano comemorou o resultado, já que foi pressionado pelo time cearense durante boa parte da partida. Já o Ceará viu a chance de se recuperar na competição escapar nos minutos finais do segundo tempo.
Egídio, aos 38 minutos da primeira etapa, abriu o placar para o Ceará. Felipe foi o autor do gol rubro-negro, já aos 42 da segunda etapa. O resultado mantém as duas equipes estacionadas no meio da tabela. O Dragão se mantém em 11º, agora com 30 pontos conquistados, e depois da sequência de cinco vitórias consecutivas completou agora o terceiro jogo sem um triunfo. O Alvinegro cearense perdeu a oportunidade de ultrapassar o próprio Atlético-GO e também não se moveu na tabela, é o 15º, com 27 pontos ganhos. O Vovô já está há quatro rodadas sem vencer.
Na próxima rodada o Ceará vai até o Morumbi enfrentar o São Paulo, às 18h do próximo sábado. No mesmo dia e horário, o Atlético-GO recebe o Atlético-MG no estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Pressão do Vovô
Disposto a afastar a sequência ruim das últimas três rodadas, o Ceará não perdeu tempo. Os primeiros 20 minutos da partida foram todos do Vovô. Tanto que logo no primeiro minuto de jogo Washington cabeceou uma bola na trave após um cruzamento de Egídio. As jogadas pelas laterais eram as principais armas da equipe cearense. Além do lateral-esquerdo, e de João Marcos pela direita, outro jogador infernizou a defesa rubro-negra nas investidas pelos lados do campo: Osvaldo.
Leonaro Atlético-GO Thiago Humberto Ceará (Foto: Ag. Estado)Leonardo disputa bola com Thiago Humberto durante a partida (Foto: Ag. Estado)
O atacante, que tem sido o destaque dos cearenses nesta Série A, abusava da velocidade pelos dois flancos do campo. Com 11 minutos de bola rolando, o Ceará já tinha seis finalizações, enquanto o Dragão não tinha nada. O primeiro chute a gol do time goiano veio somente aos 13 minutos, quando Anselmo arriscou de fora da área, mas a bola passou longe do gol de Fernando Henrique.
Mas era o Ceará que comandava a partida. Marcando forte a saída de bola dos rubro-negros, o Vovô continuava levando perigo com Osvaldo. Mas, aos poucos, o Dragão foi encaixando seu jogo. Mais cadenciado, conseguiu encontrar espaços para chegar ao gol de Fernando Henrique e equilibrou um pouco a partida. O primeiro grande lance dos goianos na partida foi aos 24 minutos, quando Ernandes recebeu na intermediária direita, puxou para a perna esquerda e soltou a bomba, mas a bola passou à esquerda da meta cearense.
'Cavadinha' decisiva
O sinal de que o Atlético-GO realmente havia acordado para o jogo surgiu seis minutos mais tarde, quando Juninho protagonizou um dos lances mais belos da partida. O baixinho recebeu passe de Rafael Cruz pela direita e, com um drible de corpo, passou por dois marcadores e chutou forte, mas Fernando Henrique fez a defesa.
Entretanto, a reação atleticana foi freada por um lance totalmente despretensioso. Após criar várias chances e insistir de todas as formas possíveis, o Ceará encontrou seu gol de uma forma que nunca imaginaria. Aos 38 minutos, Egídio avançou pela esquerda e cruzou, dando a chamada ‘cavadinha’ na bola, e encobriu o goleiro Márcio, que só viu a bola quando ela balançou suas redes. Três minutos depois Ernandes tentaria empatar pelo lado rubro-negro fazendo a mesma coisa, mas Fernando Henrique foi mais eficiente que Márcio e fez a defesa.
Felipe entra e salva o Dragão
O Ceará não voltou com o mesmo ímpeto da primeira etapa, mas continuava melhor na partida. O Vovô insistia com as jogadas em velocidade de Osvaldo pelos lados do campo e também nos cruzamentos na área para tentar achar Washington. Mas era o camisa 11 quem levava mais perigo ao gol atleticano. Aos 9 minutos, o atacante recebeu dentro da área e soltou a bomba de esquerda, mas Márcio mostrou por que ainda tem muito crédito com a torcida atleticana. Thiago Humberto também começou a aparecer mais para a partida, sempre arriscando de longe, mas sem sucesso.
O Atlético-GO não se intimidou. Sem criatividade, a equipe goiana também abusava das bolas alçadas na área, mas sempre esbarrando em Fernando Henrique ou na falta de precisão das cabeçadas de Anselmo. As bolas paradas passaram a ser uma importante arma do time do técnico Hélio dos Anjos. Aos 19 minutos, o jovem Gérson, que entrara no intervalo da partida na vaga de Pituca, fez uma ótima cobrança de falta pelo lado direito do ataque rubro-negro, e obrigou Fernando Henrique a fazer uma defesa difícil.
Lento na transição da defesa para o ataque, o time atleticano chegou pouco ao gol de Fernando Henrique. Enquanto isso, o Ceará cadenciava mais a partida e administrava mais o empate. Hélio dos Anjos tentou dar mais força ofensiva ao seu time ao lançar Felipe na vaga de Joílson, mas demorou a ver a alteração surtir efeito. O atacante entrou muito tímido na partida e foi presa fácil para a marcação cearense, assim como seus companheiros Juninho e Anselmo.
Entretanto, aos 42 minutos, quando as duas equipes já diminuíam o ritmo na partida, Felipe deixou orgulhoso o seu treinador por ter realizado a substituição. Em cobrança de falta, Gérson cruzou a bola na área, e a pelota sobrou para o atacante, que, de primeira, soltou uma bomba e empatou a partida para o Dragão. O gol mudou totalmente a cara da partida, que era morna até então. O Ceará correu atrás do gol e deu espaços para o contra-ataque dos goianos. Porém, o placar não foi alterado, para alívio dos atleticanos e desespero dos cearenses.
 

Bruno feliz em marcar os primeiros pontos na F-1: 'Tirou um peso enorme'

Brasileiro chegou na nona colocação no GP da Itália e marcou dois pontos

Por GLOBOESPORTE.COM Monza, Itália
Bruno Senna pontuou pela primeira vez na Fórmula 1. O brasileiro levou sua Renault-Lotus ao nono lugar no GP da Itália e conquistou dois pontos. O piloto ficou satisfeito com o desempenho em Monza e acha que o resultado tirou um peso de suas costas. - Estou feliz em conquistar meus primeiros pontos na F-1 hoje, especialmente por ser apenas minha segunda corrida pela equipe. Tirou um peso enorme de fazer resultado na equipe. Com certeza não começou da forma mais fácil. Então estou ainda mais contente, porque tive que fazer uma corrida em que tive que ultrapassar, tive que controlar os pneus – disse aliviado.
Décimo colocado no grid de largada, Senna adotou uma estratégia diferente dos outros pilotos. O brasileiro, que havia deixado de participar da superpole no sábado para poupar pneus para a corrida, fez três paradas nos boxes, uma a mais que todos os outros pilotos.
- Nós fomos com uma estratégia muito agressiva com nossos pneus. Estou super contente e espero que nas próximas corridas a gente consiga ir sempre melhor - contou.
O resultado final poderia até ter sido melhor, caso Senna não tivesse perdido tempo com o acidente provocado por Vitantonio Liuzzi na largada. O piloto italiano da Hispania perdeu o controle do carro,  atingiu alguns carros na chicane e acabou dificultando a passagem dos pilotos pela pista.
- Nós tivemos uma falta de sorte na largada. Todos estavam cortando a chicane enquanto eu fui forçado a passar pelo lado de fora e acabei perdendo todas as posições que tinha conquistado com dificuldade no qualifying.
bruno senna renault gp de monza (Foto: Agência Getty Images)Bruno Senna precisou passar pela grama para desviar de acidente na largada  (Foto: Getty Images)
No entanto, Senna gostou de fazer uma corrida de recuperação. O piloto comentou o movimentado e desgastante GP da Itália.
 - Foi muito legal, fiz bastante ultrapassagens, cometi alguns erros e aprendi com eles. Nós estávamos com um carro mais forte dos que estavam em nossa frente e a gente conseguia atacar. Mas não foi fácil. Estava bem difícil de chegar nos carros da frente. Sempre que você se aproxima muito o carro perde muita estabilidade. A corrida aqui é sempre muito emocionante. Deu muito trabalho físico porque a gente fica sempre no limite do carro. Nessa corrida não tinha oportunidade de descansar, andar no alívio. Tinha sempre que atacar e buscar o carro da frente e felizmente funcionou - completou.

Vasco bate o São Paulo na final, leva
o título e mantém o Brasileiro no Rio

Equipe cruz-maltina faz 9 a 7 no tricolor paulista com três gols de Pedrinho e herda título que tinha sido do Flamengo nos últimas duas temporadas

Por SporTV.com Mangaratiba, RJ
O Brasileiro de Showbol segue no Rio de Janeiro. Depois de dois títulos do Flamengo, o Vasco chegou à primeira conquista, neste domingo, ao derrotar o São Paulo por 9 a 7, em Mangaratiba. O time de São Januário somou cinco vitórias em cinco partidas.
- Esse trem-bala é um pouco mais devagar, está todo mundo coroa. Ganhamos dois títulos: ontem, do Flamengo, e hoje - comemorou Pedrinho, o principal nome do time cruz-maltino, que fez três gols na decisão.
No sábado, ao eliminar o Flamengo por 6 a 5, na semifinal, o Vasco quebrou escrita de duas derrotas nessa fase para o rubro-negro - tinham sido nos Cariocas de 2010 e deste ano.
Vasco é campeão brasileiro de showbol (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)Jogadores vascaínos festejam o inédito título de campeão brasileiro  (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)
Com poucos segundos, Fabrício Carvalho acertou drible em Cláudio e abriu o marcador para o Vasco: 1 a 0. Os 2 a 0 vieram com os pés de Zada, em desvio do Ivan Rocha, após jogada de Pedrinho pela direita.
Numa bobeada do goleiro Azul, que errou a saída de bola e deixou a bola nos pés de Juninho Paulista, o próprio marcou para o tricolor: 2 a 1.
Pedrinho passou por dois adversários e chutou cruzado por baixo do goleiro Maizena, abrindo 3 a 1 para o Vasco.
Vasco vence o São Paulo e é campeão brasileiro de showbol (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)O primeiro tempo foi muito equilibrado, com constantes
alternâncias no placar (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)
O São Paulo voltou a encostar com Amoroso - artilheiro do Brasileiro, agora com 22 gols - aproveitando-se de lance em que a bola tinha batido duas vezes na trave cruz-maltina: 3 a 2. Amoroso foi comemorar com parte da torcida do Flamengo que estava acompanhando a partida.
Logo em seguida, o mesmo Amoroso alcançou seu 23º na competição e deixou tudo igual na decisão: 3 a 3. A comemoração, agor,a teve a dancinha do "É Gol!!!"
Os paulistas viraram com Alexandre, após Azul parcialmente ter amortecido a bola.
- Num minuto de desatenção, os caras aproveitaram e viraram - lamentou o vascaíno Zada.
Para o tricolor Rogério Pinheiro, sua equipe começou devagar.
- No decorrer do jogo, conseguimos encontrar nosso rumo.
Rodada Resultado
1ª rodada Vasco 10 x 9 Palmeiras
2ª rodada Vasco 8 x 5 Grêmio
3ª rodada Vasco 6 x 3 Fluminense
Semifinal Vasco 6 x 5 Flamengo
Final Vasco 9 x 7 São Paulo
 Na volta do intervalo, de novo em poucos segundos, o Vasco fez gol, desta vez com Pedrinho, igualando a final em 4 a 4.
Num pênalti, Amoroso, com seu 24º gol no Brasileiro, pôs o São Paulo à frente: 5 a 4.
Se Amoroso tinha feito o terceiro gol na final, Pedrinho repetiu a dose e, com seu terceiro tento, igualou o jogo derradeiro em 5 a 5.
Na partida das reviravoltas, os cruz-maltinos assumiram a dianteira após o gol de Zada (6 a 5).
Maricá - que estreou no time vascaíno no sábado, na semifinal - deixou o time de São Januário com dois gols de frente (7 a 5) a 13 minutos do fim.
Vasco, de Pedrinho, vence o São Paulo, de Elivelton, e é campeão brasileiro de showbol (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)Mais uma vez, o meia vascaíno Pedrinho teve atuação
decisiva (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)
Até então com o pé "descalibrado", isolando a maioria das bolas, Alex Pinho, enfim, acertou e marcou 8 a 5 para o Vasco.
Mas Juninho Paulista aproveitou outro vacilo do goleiro Azul, que tentou sair jogando com os pés, para descontar: 8 a 6.
Coube a Alex Pinho, pela segunda vez, acertar o chute decisivo e deixar o Vasco com três gols de vantagem (9 a 6).
A três minutos do fim, Cláudio, livre, descontou para os paulistas: 9 a 7.
Vasco: Azul, Leonardo, Alex Pinho, Pedrinho, Fabrício Carvalho e Zada. Entraram Maricá, Sorato.
São Paulo: Maizena, Wilson, Ivan Rocha, Amoroso, Claudio e Juninho Paulista. Entraram Elivélton, Alexandre, Rogério Pinheiro.

Irreconhecível, Brasil é goleado pela Rússia e deixa o penta escapar

Pela primeira vez na história, a seleção brasileira toma 12 gols de um adversário. Nem os seis de André salvam e os russos vencem 12 a 8

Por Igor Christ Direto de Ravenna, Itália
O sonho do penta ficou para o Mundial do Taiti, em 2013. Isso porque o Brasil viveu o pior dos pesadelos neste domingo, na final da Copa do Mundo de futebol de areia, em Ravenna, na Itália. Diante de uma Rússia disciplinada, organizada taticamente e muito veloz nos contra-ataques, a seleção brasileira tomou 12 gols pela primeira vez em sua vitoriosa história e foi goleada por 12 a 8. Shaykov (2), Leonov (2), Eremeev (2), Makarov (2), Betinho (contra) e Shishin (3) anotaram os gols russos, enquanto André (6), Sidney e Betinho diminuíram a vergonha para o Brasil (veja os gols no vídeo ao acima).
- A Rússia foi muito bem em momentos pontuais, sempre que a gente encostava, eles marcavam um gol. A Rússia é um timaço, bem treinado, com boas jogadas ensaiadas de lateral e córner - elogiou o técnico brasileiro Alexandre Soares.
andré brasil rússi futebol de areia (Foto: Agência AP)O artilheiro André, que marcou seis gols na decisão, divide a bola com o russo Makarov (Foto: Agência AP)
Com uma marcação forte e promovendo um rodízio constante de jogadores em quadra, a Rússia dominou o Brasil e só precisou de 1min50s para abrir o placar. A defesa brasileira cochilou e Shaykov fez 1 a 0 de cabeça. Aos 5min26s, após uma confusão na área brasileira, em que Souza, Buru e Mão se enrolaram, a bola sobrou para Shaykov marcar mais um com o gol vazio.
Só então o Brasil acordou. Betinho, em duas cobranças de falta, e André obrigaram o goleiro Bukhlitskiy a trabalhar. Mas foi a Rússia que voltou a marcar aos 7min19s: Leonov bateu falta de muito longe no alto e Mão aceitou: 3 a 0 inapeláveis em menos de cinco minutos.
Aos 7min45s, o árbitro deu uma forcinha para o Brasil entrar no jogo e marcou pênalti inexistente em André. Ele mesmo cobrou forte, no meio do gol: 3 a 1. Começou aí uma blitz brasileira. Bukhlitskiy salvou a Rússia duas vezes e Betinho acertou uma bomba no travessão. Faltando 1min38s para o fim do período, André cobrou falta no cantinho: 3 a 2 Rússia, que só não levou o empate ainda no primeiro período graças à boa atuação de Bukhlitskiy.
Rússia sobra no 2º tempo e praticamente define a vitória
futebol de areia  Shaykov rússia gol brasil (Foto: Agência Getty Images / FIfa)Russo Shaykov comemora um de seus dois gols
na final (Foto: Agência Getty Images / FIfa)
Quando parecia que o Brasil estava mais próximo do empate, Emereev acertou uma linda bicicleta com apenas 14 segundos do segundo período: 4 a 2. Nervoso em quadra, Jorginho abusava das faltas e dava chances de gol para a Rússia. Numa delas, aos 2min19s, Makarov cobrou bem e marcou o quinto.
Aos 4min03s, Betinho tentou recolocar o Brasil no jogo com um golaço do meio da quadra: 5 a 3. Aos 5min01s, Benjamin acertou a trave. Poucos segundos depois, Betinho perdeu boa chance em cobrança de falta defendida por Bukhlitskiy. O castigo veio aos 6min16s, quando Shishin bateu cruzado, Mão não alcançou e Eremeev completou na cara do gol: 6 a 3.
Desesperado, o Brasil se lançou à frente, deixou espaços na defesa e a Rússia fez a festa, marcando três gols rapidamente. Makarov tocou na saída de Mão e fez o sétimo. Betinho, contra, deu o oitavo gol de presente aos russos, e Shishin, em mais uma falha defensiva, marcou o nono: 9 a 3. O Brasil tentava não se entregar e chegou ao quarto com Sidney a 2min25s do fim do período.
Com cinco gols de desvantagem, o Brasil entrou para o último período atrás de um milagre, que não veio. Com apenas um minuto, Leonov acertou o ângulo de Mão e marcou o 10º gol da Rússia. A partir daí, os russos entraram em contagem regressiva à espera do título inédito. Aos 5min54s, André diminuiu em bonita cobrança de falta: 10 a 5. Mas 30 segundos depois, Shishin acertou um voleio daqueles: 11 a 5. Shishin estava demais e anotou o 12º aos 7min02s: inacreditáveis 12 a 5.
Se serve de consolo, André marcou mais três vezes no fim, chegou aos 14 gols, superou o português Madjer na artilharia do Mundial e diminuiu a vergonha nacional. Final: 12 a 8 para esquecer.
 

Dominador, Vettel vence na Itália e pode ser campeão já em Cingapura

Alemão leva título no próximo GP se Alonso não for ao pódio. Button e Webber podem ficar até em terceiro. Em nono, Bruno Senna pontua pela primeira vez

Por GLOBOESPORTE.COM Monza, Itália
No GP de Cingapura, dia 25 de setembro. A cidade-estado asiática pode ser o ponto final da temporada 2011 após o triunfo de Sebastian Vettel na Itália, o oitavo do alemão neste ano. O alemão da RBR está muito próximo do bicampeonato: com 284 pontos, tem 112 de vantagem sobre Fernando Alonso, da Ferrari, terceiro em Monza e vice-lider do Mundial, e 117 sobre Jenson Button, da McLaren, e Mark Webber, companheiro. Ele leva o título por antecipação se vencer novamente e o espanhol chegar fora do pódio. O inglês e o australiano podem até chegar na terceira posição.
Em uma temporada que pode assistir o maior domínio de um piloto desde 2004, Vettel sobrou mais uma vez em Monza. Apesar de um início complicado, quando foi superado por Alonso na largada, ele deu sorte com a entrada precoce do safety car, por causa de um acidente com Vitantonio Liuzzi, da Hispania. Após o reinício, o alemão fez uma bela ultrapassagem por fora sobre o espanhol na Curva Biassono e ganhou a desejada tranquilidade na ponta.
vettel rbr gp de monza (Foto: Agência Reuters)Em Monza, Sebastian Vettel vence a oitava em 2011 e fica muito próximo do bicampeonato (Foto: Reuters)
Atrás de Vettel, porém, Monza viu uma corrida espetacular. Button terminou em segundo ao superar Alonso após o último pit stop. O espanhol ficou em terceiro e resistiu a uma forte pressão de Lewis Hamilton, da McLaren, nas voltas finais. O campeão de 2008, aliás, travou uma disputa espetacular com Michael Schumacher durante boa parte da prova, com várias trocas de posição e curvas dividodas. O heptacampeão da Mercedes acabou na quinta posição.
Felipe Massa teve problemas no início, quando rodou após um toque com Mark Webber, mas foi o melhor brasileiro, em sexto. Entretanto, a festa verde e amarela ficou por conta do nono lugar de Bruno Senna, da Renault-Lotus. Com o resultado, o substituto de Nick Heidfeld na equipe anglo-francesa marcou seus primeiros dois pontos em sua carreira na Fórmula 1. Com problemas de velocidade em reta, Rubens Barrichello acabou apenas em 12º com a Williams.
A corrida
Com sol e calor de 30ºC, os carros alinharam no grid. Na largada, o pole Vettel dividiu a primeira curva com Hamilton e Alonso e o espanhol assumiu a primeira posição. Lá atrás, Liuzzi se empolgou no início de sua corrida de casa, errou, escapou e acabou colhendo o carro de Petrov, que já fazia a Variante del Rettifilo. A batida acabou tirando Nico Rosberg, que estava próximo, e atrasou também Barrichello, que ficou preso atrás do alemão. Senna conseguiu desviar.
largada gp de monza (Foto: Agência AP)Fernando Alonso supera Sebastian Vettel e assume a liderança na largada do GP da Itália (Foto: Agência AP)
O acidente provocou a entrada do safety car, que voltou aos boxes na quarta volta. Em segundo, Vettel resolveu atacar Alonso para recuperar a liderança. Na quinta, em uma manobra sensacional, o alemão superou o espanhol por fora na Curva del Biassono, uma das mais rápidas da pista. Mais atrás, Webber e Massa se tocavam na primeira chicane. O brasileiro rodou e perdeu muito tempo. O australiano teve o bico quebrado e acabou saindo da pista na Parabolica, abandonando a prova.
Com Vettel disparando na liderança, a sétima volta marcou o início da maior disputa da corrida. Schumacher, que fez uma belíssima largada e pulou para terceiro, começava a ser pressiondo por Hamilton. Impaciente, o inglês tentava a ultrapassagem nas Variantes del Rettifilo e na Ascari, mas o heptacampeão defendia exemplarmente. Com isso, Button, o quinto, começou a se aproximar.
Na 13ª volta, Hamilton finalmente conseguiu passar Schumacher na primeira chicane. Só que o alemão deu o troco após a curva Biassono. E Button chegou na briga. Três voltas depois, o inglês, campeão da Fórmula 1 em 2009, passou os dois rivais, que continuavam a travar uma disputa acirrada, agora pela terceira posição. Em primeiro, Vettel já tinha perto dos dez segundos de frente.
A primeira rodada de pit stops começou na 16ª volta, quando Schumacher resolveu entrar nos boxes. Ele foi seguido por Button, na 18ª, e Hamilton, na 19ª. O alemão conseguiu se manter à frente do rival, enquanto que o companheiro da McLaren ficava tranquilo em terceiro e partia para cima de Alonso, o segundo. Alonso e Vettel fizeram suas paradas na 20ª e na 21ª, respectivamente.
Ainda atrás de Schumacher, Hamilton começou a reclamar pelo rádio de uma suposta mudança de direção do rival. O alemão foi avisado por Ross Brawn para tomar cuidado, mas não desistia da defesa de posição. Então, na 28ª volta, o inglês finalmente conseguiu concretizar a manobra, por fora, na freada para a Variante Ascari, antes da reta oposta. Mais à frente, Alonso e Button começavam a travar uma briga pela segunda posição na corrida.
Button fez sua última parada na 34ª volta, seguido por Alonso na seguinte. Com pneus médios, o inglês voltou colado no espanhol, que sofria com o aquecimento do composto mais duro. O inglês conseguiu a ultrapassagem na 36ª, entre as Variantes del Rettifilo e della Roggia. Na primeira posição, Vettel mantinha a tranquilidade, mais de 15 segundos à frente dos dois.
pós o atraso da largada, Massa se mantinha em sexto, longe de ter uma chance de atacar Schumacher, o quinto. Mais atrás, Bruno Senna vinha escalando o pelotão para tentar marcar pontos pela primeira vez na Fórmula 1. Após uma série de abandonos, o brasileiro fez três pit stops e mantinha a décima posição. Após uma disputa ferrenha por várias voltas com Buemi, ele subiu para nono na 47ª, na freada para a Variante del Rettifilo. Hamilton se aproximava perigosamente de Alonso nas últimas voltas, enquanto Vettel se mantinha à frente, tranquilo. O inglês chegou no espanhol na 53ª, mas não conseguiu a ultrapassagem. Enquanto isso, o alemão da RBR cruzava a linha de chegada na primeira posição pela oitava vez na temporada 2011 da Fórmula 1.
vettel rbr gp de monza (Foto: Agência Reuters)Com muita vantagem, Vettel cruza a linha de chegada na frente pela oitava vez na temporada (Foto: Reuters)
Confira o resultado final do GP da Itália, em Monza (306,720km):
1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 53 voltas em 1h20m46s172
2 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 9s590
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 16s909
4 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 17s471
5 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 32s677
6 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 42s9937 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
8 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1 volta
9 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - a 1 volta10 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1 volta
11 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1 volta
12 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1 volta13 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 1 volta
14 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 2 voltas
15 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 2 voltas
Não completaram:Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - a 14 voltas/correndo
Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 21 voltas/mecânico
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 32 voltas/mecânico
Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 44 voltas/mecânico
Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 49 voltas/acidente
Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 52 voltas/mecânico
Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 52 voltas/acidente
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 52 voltas/acidente
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 52 voltas/acidente
Melhor volta: Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m26s187, na 52ª