O 'sobrevivente' Joinha: de andarilho da vida a agente de estrelas do MMA
Em entrevista, empresário liga seu crescimento ao do Spider, reverencia
Dana White e explica o rompimento profissional com José Aldo e Cigano
Por Ivan Raupp
Rio de Janeiro
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Jorge Guimarães, ou simplesmente Joinha, viveu os primórdios do MMA e,
principalmente, do UFC. Nascido e criado na Zona Sul do Rio de Janeiro,
onde ficou próximo da família Gracie, largou tudo no Brasil aos 20 anos
de idade para se aventurar nos Estados Unidos. Lá, entregou jornal,
trabalhou em hotel e tentou a sorte com uma fábrica de roupas. Mas o
sucesso veio mesmo com as artes marciais mistas, só que não como
lutador. De apresentador do programa "Passando a Guarda" a empresário de
sucesso de atletas como
Vitor Belfort, no início, e agora
Anderson Silva,
Rodrigo Minotauro e
Lyoto Machida,
ele acreditou no potencial do esporte e, aos 54 anos, pode dizer que
cresceu junto dele. O reconhecimento fez de Joinha personagem do "Lendas
do UFC", série do "Multishow" que destaca em sua grande maioria os
grandes lutadores da história das artes marciais mistas. Mas ele rejeita
o status de lenda e se define, na verdade, apenas como um sobrevivente:
Joinha e Anderson após o UFC Rio III: nocaute
sobre Bonnar (Foto: Reprodução / Facebook)
- Não me considero uma lenda do UFC. Nem me considero uma lenda. Eu me
considero um sobrevivente, porque estou aqui há um tempão. Antes de
fazer o programa eu já era conhecido pelas minhas loucuras e
estripulias. Agora, lenda do UFC? Sou apenas um dos que seguraram a
bandeira e acreditaram no esporte, vestindo a camisa até o fim. Existem
vários lutadores que são lendas: Marco Ruas, Murilo Bustamante, Hugo
Duarte, Eugênio Tadeu, Marcelo Bhering, Flávio Molina, Denilson, Wallid,
Fábio Gurgel... Não podemos esquecer do João Alberto Barreto, Helio
Gracie, Rorion Gracie, que foi o homem que difundiu o jiu-jítsu pelo
resto do mundo e ainda criou o UFC... O Renzo, Royler, Royce e toda a
família Gracie, é claro. Essas pessoas fizeram história.
O sucesso de Joinha no MMA deve-se em grande parte também a Anderson
Silva. O campeão dos médios do UFC entrou na organização por intermédio
do empresário e deu um enorme retorno positivo, uma vez que é
considerado por muitos o maior nome desse esporte de todos os tempos. E
ele defende o Spider com unhas e dentes em qualquer situação,
principalmente em relação à vontade de ambos de querer realizar a
superluta contra o canadense Georges St-Pierre, campeão da categoria de
baixo, a dos meio-médios:
- O Anderson é um cara muito tranquilo, não refuga. Aquela história de
escolher luta não é necessariamente assim. Não é culpa dele se ele
dizimou essa categoria até 84kg. São lutas que têm que fazer sentido
agora. Ele chegou a um patamar que não é para qualquer um se credenciar e
lutar contra ele. São lutas que têm que fazer sentido. Têm que haver
vendas em pay per view, você tem que poder promover a luta.
Joinha em sua casa ainda em construção, no Rio de Janeiro (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
Joinha bateu um papo com o
SPORTV.COM e falou sobre
diversos pontos de sua vida. Entrou em pauta também a relação dele com
figuras do MMA, como o próprio Anderson, Minotauro, o todo-poderoso Dana
White e seu parceiro de negócios, Ed Soares. Joinha comentou ainda o
rompimento profissional com outros dois campeões do Ultimate,
José Aldo e
Junior Cigano. A seguir, leia a entrevista na íntegra:
SPORTV.COM: Você consegue resumir brevemente sua vida até hoje?
JOINHA: Passei minha juventude com a família Gracie. Morava no
Flamengo e fui amigo do Rickson, do Relson. O Royler e o Royce se
tornaram meus grandes amigos, mas na época eles eram pequenos. A gente
viajava bastante junto, eu treinava na cidade, depois quando me mudei
para Copacabana, havia uma academia do Carlson Gracie com o Rolles. Eles
dividiam o espaço. Eu continuei treinando lá e acabei indo para os
Estados Unidos com o Rorion Gracie. Continuei minha vidinha lá, dando
meus treininhos e tudo mais. Depois de fazer milhares de coisas
diferentes - cheguei a entregar jornal, trabalhei em hotel de "room
service", tive minha fábrica de roupa de borracha -, cansei de tudo e
meu negócio acabou indo mal. Aí fui para Bali, fiquei oito meses lá,
depois para a Austrália, Havaí, e acabei no Brasil. Estava trabalhando
com bandas internacionais e vi que o canal SPORTV passava lutas. Eu
tinha todos os contatos por ter morado nos EUA e vi a oportunidade de
criar um programa mostrando a vida dos atletas, mostrando que eles são
pessoas normais, que têm família, trabalham e literalmente lutam pela
sobrevivência.
E como foram os primeiros contatos?
Tinha um amigo, o Roberto Moura, do canal "Surf Adventures". Conversei
com ele, que achou a ideia totalmente viável. Fui lá e vendi meu peixe.
Era 1997, consegui fechar o programa, o "Passando a Guarda". O programa
piloto seria o Vitor (Belfort) e o Wallid (Ismail) lutando (NR: o evento
era o UFC 12, em 7 de fevereiro de 1997. Belfort nocauteou Tra
Telligman e Scott Ferrozzo, tornando-se campeão do GP peso-pesado; e
Wallid perdeu para o japonês Yoshiki Takahashi por decisão dos jurados
na semifinal dos leves). Fui com bastante antecedência para Los Angeles,
fiz o treinamento deles. O programa foi de última hora, e pedi para o
canal acelerar o processo para poder fazer a estreia do Vitor no UFC.
Ele era a nova sensação, e achei que fazia total sentido começar o
programa com a estreia dele no UFC.
Em uma das idas ao Cage Rage (evento de MMA) com o Vitor (Belfort),
reencontrei o Anderson (Silva) , que era meu amigo da época de Chute
Boxe"
Joinha, sobre um ponto decisivo na sua vida
Só que deu uma confusão com a proibição do MMA em alguns lugares, e o
evento teve que ser transferido para Dothan, no Alabama. O dono na época
teve que fretar um avião e levar todo mundo para lá. Tive que mudar o
plano de viagem. Mas a gente conseguiu. O programa foi o maior sucesso, e
aí comecei a atuar junto ao SPORTV negociando eventos no Japão. Ganhei a
confiança dos promotores e comecei a colocar gente lá. Foi quando
comecei a agenciar a carreira do Vitor, eu o levei para lutar no Japão.
Logo em seguida vieram o Allan Góes e o Paulo Filho. Depois veio o Pedro
Rizzo. Então, eu tinha meus lutadores e comecei a me envolver com o
crescimento do esporte. Nessa época, ainda no SPORTV, eu fazia as
entrevistas ao vivo como repórter nos eventos. Houve um hiato em que me
foquei no programa, outra época em que acabei indo para o Havaí para
fazer um campeonato de ondas gigantes. E em uma das idas ao Japão
encontrei um amigo de longa data, o Ed Soares, que era o dono da
Sinister (marca de roupas). Já tínhamos sido vizinhos na Califórnia, e a
mãe dele me ajudava a cuidar da minha filha, que tinha meses de idade.
Ela era uma mulher muito doce, adorava criança. Reencontrei o Ed, e eu
fazia câmera e tudo mais. Eu tinha que matar no peito, cruzar, chutar e
fazer o gol. Falei para o Ed que arrumaria um "passe" nos bastidores
para ele ficar me filmando, e eu faria as reportagens. Ficou muito
legal, e ele quis colocar o "Passando a Guarda" nos EUA. Fiquei fora uns
quatro meses, e o programa acabou vingando lá. Aí a gente voltou a
agenciar os lutadores, e foi quando surgiu a oportunidade do Anderson.
Como foi esse reencontro com o Anderson?
Em uma das idas ao Cage Rage (evento de MMA) com o Vitor, reencontrei o
Anderson, que era meu amigo da época de Chute Boxe. Não é que eu tenha
presenciado, mas acompanhei toda aquela saída dele da Chute Boxe. Eu o
reencontrei no Cage Rage, sempre achei que ele era um dos caras mais
talentosos do planeta, e começamos a conversar. Embora ele tenha deixado
a desejar em algumas atuações no Pride, era um cara para ter limpado a
categoria lá. Ele foi o cara que parou o "Brazilian Killer" (o britânico
Lee Murray, no Cage Rage, em 2004). Também deu aquela joelhada
sensacional no Carlos Newton (vitória por nocaute no Pride, em 2003).
Realmente, já era o cara. Mas deu uma parada. Quando a gente se
encontrou lá em Londres, eu falei que o lugar dele era no UFC. O Cage
Rage já estava capengando. Ele é um verdadeiro artista marcial. Eu
estava vendo essa oportunidade. Mas antes de levá-lo para o UFC, a gente
o levou para o "Rumble on The Rock" (contra o japonês Yushin Okami, em
2006, no Havaí). Aí ele deu uma pedalada ilegal e foi desclassificado.
Foi até explicado, mas houve um erro na comunicação e ele achou que
valia a pedalada. Estava "salgando" tanto o Okami que o treinador dele
(Okami) mandou ele ficar no chão. O Anderson ainda tinha mais uma luta
no contrato com o Cage Rage, e já tinha acertado verbalmente a ida dele
para o UFC com o Joe Silva (casador de lutas da organização). Ele honrou
essa luta, venceu (nocauteou Tony Fryklund), foi para o UFC e massacrou
o Chris Leben. Na segunda luta ele já conquistou o título contra o Rich
Franklin.
Você, então, credita essa sua ascensão no MMA muito ao Spider?Sem
dúvida. É um ligado ao outro, o sucesso foi mútuo ali. O Anderson já
era um dos melhores lutadores do mundo, eu tinha o meu programa e tudo
mais, mas sem dúvida um alavancou a carreira do outro.
Lyoto Machida, Anderson e Joinha em 'reunião de negócios' (Foto: Reprodução / Facebook)
E quando você passou a empresariar o Minotauro?Foi
logo depois. O Pride estava fora de combate, com dificuldades
financeiras, e os organizadores queriam vender o evento, inclusive
queriam que os lutadores reassinassem contrato. Tinham vários contratos
fora da vigência, como o Paulo Filho e o próprio Minotauro. Aí eu e o Ed
estávamos conversando com o Lorenzo (Fertitta, um dos donos do UFC) e o
Dana (White, presidente do evento), e eles disseram para a gente não
reassinar nada. Fizemos um contrato de cavalheiros, e os dois honraram
até o último momento.
Você, naquela época, já via o UFC como potencial número 1 do mundo?Claro,
sem dúvida. Sempre acreditei bastante no esporte, mas teve aquele
movimento contra, justamente por ser um esporte violento e produzir
muitos hematomas, sangue. Quer dizer, não era tão bem visto pelas
pessoas, mas a maioria gostava muito. Como diz o Dana White, a luta está
no nosso DNA. E com essa administração do UFC, criando comissões
atléticas, regras, introduzindo luvas, "enxugando" um pouco o sangue... O
esporte não pode perder sua característica, mas era hora de dar uma
"maquiada". Tinha a conotação de briga de galo humana. Quando isso tudo
foi acontecendo, não tive dúvida de que o evento iria vingar.
Joinha e Minotauro (Foto: Reprodução / Facebook)
Você foi personagem da série "Lendas do UFC", da Multishow. Você se considera uma lenda do UFC?Não
me considero uma lenda do UFC. Nem me considero uma lenda. Eu me
considero um sobrevivente, porque estou aqui há um tempão. Antes de
fazer o programa eu já era conhecido pelas minhas loucuras e
estripulias. Agora, lenda do UFC? Sou apenas um dos que seguraram a
bandeira e acreditaram no esporte, vestindo a camisa até o fim. Existem
vários lutadores que são lendas: Marco Ruas, Murilo Bustamante, Hugo
Duarte, Eugênio Tadeu, Marcelo Bhering, Flávio Molina, Denilson, Wallid,
Fábio Gurgel... Não podemos esquecer do João Alberto Barreto, Helio
Gracie, Rorion Gracie, que foi o homem que difundiu o jiu-jítsu pelo
resto do mundo e ainda criou o UFC... O Renzo, Royler, Royce e toda a
família Gracie, é claro. Essas pessoas fizeram história.
Por que o MMA virou essa febre no Brasil?Primeiramente
o mundo inteiro acompanha as tendências dos Estados Unidos. O MMA
inflamou lá, bateu todos os recordes em vendas de pay per view, e eu
sabia que eventualmente iria acontecer isso aqui, principalmente por nós
termos os maiores talentos do esporte. Isso era fundamental. O marco,
realmente, foi a luta do Anderson contra o Vitor (no UFC 126, em
fevereiro de 2011). O Vitor já era um cara muito popular, estava sempre
na mídia e vendia bem o peixe. Hoje o Anderson é conhecido mundialmente,
você não consegue andar com ele em qualquer aeroporto do mundo.
E você acha que isso, aqui no Brasil, é passageiro ou definitivo?Acho que vai permanecer. O esporte cresce de forma meteórica.
O Anderson está em uma posição de conforto, como ele mesmo diz,
e já recusou enfrentar o Chael Sonnen e o Chris Weidman, por exemplo.
Ele foi quase "obrigado" a lutar contra o Sonnen na segunda vez, no UFC
148. Como é lidar com ele?O Anderson é um cara muito
tranquilo, não refuga. Aquela história de escolher luta não é
necessariamente assim. Não é culpa dele se ele dizimou essa categoria
até 84kg. São lutas que têm que fazer sentido agora. Ele chegou a um
patamar que não é para qualquer um se credenciar e lutar contra ele. São
lutas que têm que fazer sentido. Têm que haver vendas em pay per view,
você tem que poder promover a luta.
Olha, o Dana White é um cara que tem que ser reverenciado. Realmente
foi um cara que fez a diferença, acreditou e levou a proposta (de compra
do UFC) aos irmãos Fertitta, amigos de infância dele. Na época em que o
Ultimate estava à beira da ruína, ele foi lá e vendeu o peixe, assumiu a
direção da organização. Ele é a cara do UFC e foi o grande responsável
por todo esse sucesso"
Sobre o presidente do UFC, Dana White
E como é lidar com o Minotauro, que é um cara admirado por todo mundo?O
Minotauro é um ídolo, é puro coração. Lidar com ele, para mim, é um
prazer imenso. Às vezes a gente fica um tempo sem se falar, por falta de
oportunidade, mas sempre que eu falo, até por telefone, é um prazer
enorme escutar a voz dele. É um cara por quem sinto uma empatia muito
grande. Tem uma energia positiva fluindo. Conheço a alma do Minotauro,
ele é uma das pessoas mais generosas que existem. Ele é um exemplo de
ser humano.
Empresário de Spider: St-Pierre 90%, Weidman 35%, e '??' para Jon Jones
Vou fazer uma comparação: o Minotauro é um grande exemplo em
relação a lidar com a imprensa, sempre dá atenção; já o Anderson é alvo
de reclamações nesse sentido, como se não desse a atenção devida aos
jornalistas. No treino aberto do UFC Rio III, por exemplo, todo mundo
falou com a imprensa brasileira que estava lá, menos o Anderson, que só
falou com dois ou três veículos dos Estados Unidos. Você já falou sobre
isso com o Anderson? Acha que falta alguma coisa nele em relação a isso?O
negócio do Anderson é que existe muito assédio, não só no Brasil. É
excessivo, ele não tem mais tempo nem para a família, é impressionante.
Antigamente, nos Estados Unidos, ele tinha uma paz de espírito, mas hoje
em dia ele é muito requisitado, não pode nem comer. E às vezes as
pessoas também não esperam a hora certa, entendeu? Tem gente que,
enquanto ele está comendo, a pessoa vai lá e pede para tirar uma foto.
Ele está um pouco de saco cheio dessa história toda. Ele chegou aonde
chegou e é aquela história, ele cansou um pouco de todo mundo querer um
pedaço dele. Realmente é um problema esse assédio todo.
O Dana White é um cara de opinião muito forte. Como é sua relação com ele? Ele é um cara fácil de se lidar?Olha,
o Dana White primeiro é um cara que tem que ser reverenciado. Realmente
foi um cara que fez a diferença, acreditou e levou a proposta (de
compra do UFC) aos irmãos Fertitta, amigos de infância dele. Na época em
que o Ultimate estava à beira da ruína, ele foi lá e vendeu o peixe,
assumiu a direção da organização. Ele é a cara do UFC e foi o grande
responsável por todo esse sucesso. Eu e Ed Soares sempre tivemos um
relacionamento excelente com ele. Tanto ele quanto o Lorenzo têm
palavra. Às vezes ele nem se lembra: "Pô, eu falei isso?". Aí a gente:
"Pô, falou". E ele: "Então, tudo bem". Quer dizer, a palavra para ele é
tudo, a mesma coisa para o Lorenzo Fertitta. São os melhores caras do
mundo para se negociar.
Nessa sua sociedade com o Ed, como vocês dividem as funções?O
Ed é mais a cara da empresa. Eu tenho mais uma ligação direta com os
nossos lutadores. A gente decide tudo em comum acordo. Temos um
escritório, e a gente se encontra todos os dias pela manhã para resolver
tudo. Todo dia a gente passa os tópicos, vê os novos talentos, o que a
gente pode fazer. Nós temos reuniões em todas as vésperas de evento,
justamente para ver o que podemos fazer. Por exemplo, é muito alto o
índice de contusões, e você tem que estar sempre mandando sua lista de
lutadores disponíveis para aquelas categorias um ou dois meses antes. Às
vezes alguém se machuca, e o Joe Silva recebe uma lista nossa.
Joinha e seus ex-empresariados José Aldo e Cigano (Foto: Reprodução / Facebook)
Você empresariou o Cigano e o José Aldo. Por que essas parcerias terminaram?Nós
fizemos uma espécie de teste, que estava indo muito bem. A gente fez um
trabalho incrível com o próprio Cigano. Nós o levamos até a disputa do
título, ou seja, um ótimo trabalho. Ele ganhou muita exposição e
notoriedade. Também com o José Aldo. Quando a gente começou com ele
(Aldo), já era campeão (do WEC). Mas existe uma incompatibilidade de
gênios, entendeu? Às vezes não é bom para ninguém. É o conflito de
interesses. As pessoas (que cercam o atleta) vêem de uma forma, você vê
de outra. Se não funciona de comum acordo, a parceria é dissolvida.
Como assim conflito de interesses? Pode exemplificar?De
repente o próprio lutador acha que uma coisa é melhor para ele, e você
não tem a mesma opinião. Essa divergência atrapalha um pouco a
convivência. É mais a maneira como você conduz a carreira e outros
pormenores.
Para encerrar: e o Steven Seagal? Ele é seu amigo? Como surgiu isso?Sim.
Ele é amigo de amigo, e sempre mostrou interesse e admiração muito
grandes pelo Lyoto (Machida) e o Anderson. Ele acabou virando "prata da
casa". É um cara que só agrega.