terça-feira, 29 de março de 2011

Sauber desiste de recorrer de exclusão do GP de Melbourne

Perez e Kobayashi foram desclassificados por irregularidade na asa traseira

Por GLOBOESPORTE.COM Melbourne, Austrália
sergio perez sauber gp da austrália (Foto: agência Getty Images)Sergio Perez chegou em sétimo em Melbourne, mas
foi desclassificado (Foto: agência Getty Images)
A Sauber desistiu de recorrer da exclusão da equipe do GP de Melbourne, na Austrália, no último domingo. Sergio Perez e Kamui Kobayashi, que haviam completado o percurso em sétimo e oitavo lugares, respectivamente, foram desclassificados pelos comissários técnicos por uma irregularidade na asa traseira, que estava alguns milímetros fora do padrão.

- Isso não nos trouxe nenhuma vantagem na performance, mas o fato é que houve um desvio da regulamentação. Tomamos nota da decisão dos comissários. Encontramos um erro no processo de conferência deste componente, mas já tomamos medidas para que isso não aconteça no futuro – disse o diretor técnico James Key, em entrevista ao site “Autosport.com”.

Chefe da equipe, Peter Sauber fez questão de valorizar o desempenho dos pilotos da escuderia, afirmando que nenhum dos dois tirou vantagem desta irregularidade.

- Tanto Sergio quanto Kamui tiveram uma tremenda performance no domingo. Não tiraram qualquer vantagem da asa imprecisa. Os dois lutaram duro para segurar suas posições e realmente ganharam seus pontos. Apesar da decepção, mostramos que temos um carro rápido e dois pilotos muito talentosos. Isso me deixa otimista para esta temporada.

O próximo compromisso da Fórmula 1 será no dia 10 de abril, em Kuala Lumpur, na Malásia.

Eduardo Maluf confirma que
Jobson pediu para voltar ao Botafogo

Diretor de futebol do Atlético-MG disse que entrará em contato com
o clube carioca, ainda nesta terça-feira, para decidir o futuro do atacante

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Jobson treino Atlético-MG (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)Jobson pediu para deixar o Atlético-MG
(Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)
O atacante Jobson está praticamente fora do elenco do Atlético-MG. Quem confirmou a notícia foi o diretor de futebol do Galo, Eduardo Maluf. O dirigente, em entrevista ao programa 'Na Rede', comandado pelo comentarista Bob Faria, disse que o jogador comunicou que não conseguiu se adaptar a Belo Horizonte e, por isso, gostaria de retornar ao Rio de Janeiro.
- Há uma semana, ele nos procurou e disse que gostaria de ir para o Rio, que não se adaptou, que queria voltar. Colocamos que ele ficasse à vontade para decidir isso. Fomos objetivos com ele. Sempre soubemos dos problemas dele, mas independentemente de ter um jogador bom, gostaríamos de recuperar um cidadão. Sabíamos que tipo de pessoa ele é. Tem dia que ele está bem, tem dia que quer ir embora.
Eduardo Maluf, mostrando certo desapontamento, disse que Jobson, mesmo tendo oportunidades no time titular de Dorival Júnior, se mostrou insatisfeito.
- Ele, como titular, disse que não estava feliz, que não era aquilo que ele esperava. Vamos respeitar isso. Vamos procurar o Botafogo e ver o que precisamos. Vamos tomar essa decisão nesta tarde. Vamos respeitar a vontade dele, não queremos ninguém insatisfeito aqui. Temos as normas que não abrimos mão, mas se ele quiser sair, vamos acertar isso.
O vice-presidente de futebol do Botafogo, André Silva, no entanto, ainda não tem informações sobre o desejo do jogador.
- Não tenho conversado com o atleta ou com empresário, não sei realmente de nada disso. Confesso que já ouvi comentários a respeito. Mas nada oficial. Nem por parte do atleta ou do Atlético-MG. Temos uma excelente relação com o Maluf, e ele não falou nada. Tenho certeza que, se tivesse, ele ligaria para mim ou para o Anderson Barros. Vou ser sincero. Não tenho acompanhado o trabalho do Jobson lá. Passamos por semana tumultuada aqui, com troca de técnico. Confesso que não tenho acompanhado, mas, às vezes, falo com Maluf, e ele me diz que ele está indo bem. Aconteceram alguns probleminhas, mas a coisa está caminhando de uma forma normal.
Nesta semana, os rumores de que Jobson estaria insatisfeito no Atlético-MG ganharam força na imprensa esportiva. O atacante chegou por empréstimo à equipe mineira neste ano, após duas temporadas no Botafogo. Em 2011, disputou cinco jogos, com dois gols marcados, ambos pela Copa do Brasil. A diretoria atleticana entrará em contato com a do Botafogo para resolver a questão, já que existe um contrato de empréstimo em vigor.
 

Marcos volta a treinar com bola e pode ser surpresa contra o Santos

Goleiro vai a campo nesta terça-feira e é dúvida para o clássico de domingo. Preparador elogia recuperação e espera evolução

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
marcos felipão scolari palmeiras (Foto: Agência Estado)Marcos volta a trabalhar com bola, mas ainda é
dúvida para clássico (Foto: Agência Estado)
O goleiro Marcos deu mais um passo em sua recuperação física para voltar aos gramados. Nesta terça-feira, o camisa 12 foi a campo e trabalhou com bola em atividade orientada pelo preparador Carlos Pracidelli. Ele participou das atividades técnicas e fez um leve exercício físico, animando a comissão técnica. Para o clássico contra o Santos, domingo, na Vila Belmiro, ele é dúvida. Antes, sua presença era descartada.
- Felizmente seguimos toda a programação ao lado do departamento físico e médico e está tudo dentro do previsto. Costumo dizer que esse primeiro contato com bola ainda é uma readaptação. Agora, temos uma sequência de treinamentos e esperamos que nos próximos dias não aconteça nenhum imprevisto. Queremos colocar o Marcos à disposição do Felipão o mais rápido possível - comemorou Pracidelli, em entrevista ao site oficial do Palmeiras.
Na tarde desta terça, em atividade fechada para a imprensa, o elenco participou de um trabalho físico e técnico comandado pelo preparador Anselmo Sbragia. O meia Valdivia, ainda em recuperação de dores na coxa esquerda, fez apenas uma série física. Pela manhã, ele havia integrado o elenco em atividades na academia. Pierre fez o mesmo trabalho do chileno.

Ricardo Gomes confirma Alecsandro entre os titulares para encarar o ABC

Centroavante fará seu primeiro jogo entre os 11. Ele entra no lugar de Felipe

Por Fred Huber Natal
Alecsandro no treino do Vasco (Foto: Fred Huber / GLOBOESPORTE.COM)Alecsandro será pela primeira vez titular no Vasco
(Foto: Fred Huber / GLOBOESPORTE.COM)
Depois do treino de reconhecimento do gramado do estádio Frasqueirão, nesta terça-feira, em Natal, o técnico Ricardo Gomes confirmou o time que vai encarar o ABC na quarta-feira, às 21h50m (de Brasília). A novidade será a entrada de Alecsandro pela primeira vez como titular. O atacante entra na vaga de Felipe, que foi poupado por causa de dores na panturrilha e nem viajou para o Rio Grande no Norte. Com isto, Diego Souza será recuado para o meio de campo.
- O Alecsandro começa jogando. Já entrou durante o jogo contra o Fluminense. Felipe não tem uma lesão grave, mas saiu do último jogo sentindo. Preferimos poupá-lo porque seria um risco desnecessário. Ele está muito bem, mas temos outros jogadores que podem desempenhar esta função.
Desta forma, o Vasco entra em campo com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Marcio Careca; Eduardo Costa, Romulo, Bernardo e Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro. Ricardo Gomes disse que já fez algumas análises sobre o adversário e pediu cuidado aos seus jogadores.
- Já vi alguns jogos e verei mais ainda. Adversário que é bem organizado e tem jogadores experientes. Não vai ser fácil não. Jogando em casa o rendimento deles cresce bastante. Vamos ter cuidados.
Caso consiga vencer a partida por dois gols ou mais, O Vasco elimina a partida de volta, em São Januário.

Fred garante que o Flu não prioriza um torneio no primeiro semestre

Atacante diz que empenho do Tricolor no Campeonato Carioca é o mesmo da Libertadores e minimiza falta de um vice-presidente de futebol

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
Fred no treino do Fluminense (Foto: Agência Photocâmera)Fred vê Flu com a mesma motivação nos primeiros
torneios do ano (Foto: Agência Photocâmera)
O Fluminense trabalha em duas frentes no primeiro semestre de 2011: Campeonato Estadual e Taça Libertadores. Mas o atacante Fred garante que o clube não prioriza competição alguma e segue focado em alcançar ambas as classificações. As situações, porém, são complicadas. As duas próximas partidas tanto na competição sul-americana quanto no Carioca serão fora de casa e o Tricolor precisa de resultados positivos para se manter vivo.
- Tratamos as competições com a mesma importância. Só a vitória nos interessa. Falamos sobre isso antes do jogo contra o Vasco. Na Libertadores também será complicado. Precisamos vencer todas e essa vontade existe no grupo. Estávamos com a corda no pescoço na partida contra o América-MEX e respondemos bem - lembrou Fred.
No Carioca, o Fluminense volta a campo no próximo sábado, às 16h, diante do Volta Redonda, no Estádio Raulino de Oliveira. Com oito pontos em cinco jogos, o Tricolor ocupa a terceira posição do grupo B, atrás de Olaria e Botafogo, e não depende apenas de seus resultados. Depois do Voltaço, os adversários serão Americano, em Campos, e Nova Iguaçu, no Engenhão.
Na Libertadores, o clube das Laranjeiras depende apenas de si. Mas isso não torna a situação tranquila. Com cinco pontos em quatro jogos e ocupando a terceira posição do grupo 3, o Tricolor precisa vencer seus dois próximos jogos, contra Nacional-URU, dia 6, em Montevidéu, e Argentino Juniors, dia 20, em Buenos Aires, para avançar sem problemas. Dependendo de uma combinação de resultados, o Fluminense poderá se classificar até mesmo com uma vitória e uma derrota.
Em meio a tudo isso, os jogadores precisam conviver com a falta de um vice-presidente de futebol. O posto segue vago desde a exoneração de Alcides Antunes, no último dia 12 de março. Atualmente, o comando do futebol está nas mãos do assessor da presidência no departamento, Mário Bittencourt. Fred, no entanto, garante que isso não influencia no trabalho do grupo.
- Não sentimos falta disso. Deixamos a diretoria resolver da melhor maneira possível. O que nos incomodava era a ausência de um treinador. Mas o Enderson chegou e resolveu essa questão. Ele entende muito de futebol e nos motivou. O extracampo não é com a gente - frisou.

Chamada de ‘nerd’ pelas amigas, menina de 12 anos brilha no xadrez

Filha do enxadrista número 1 do Brasil, Katherine Vescovi dribla provocações, perde as contas dos troféus que já tem e vai disputar seu terceiro Mundial

Por João Gabriel Rodrigues Barueri, SP
“Todo mundo me chama de nerd”, reclama Katherine Vescovi. Aos 12 anos, ela diz ser uma menina normal, não muito diferente das outras crianças de seu colégio em São Paulo. Seu currículo, no entanto, diz um pouco mais. Campeã brasileira e sul-americana, ela aparece como uma das maiores esperanças de um esporte praticamente esquecido no Brasil: o xadrez.
Katherine tem, em casa, a maior das motivações. Filha de Giovanni Vescovi, o melhor enxadrista brasileiro da atualidade, a menina começou desde cedo a brincar com as peças do tabuleiro. Aos 8 anos, quis levar aquilo mais a sério. Passou a treinar ainda mais e a competir para valer, em torneios da sua categoria. Hoje, tem por trás o patrocínio de uma grande multinacional do setor de eletrônicos e não faz ideia de quantos troféus tem em casa.
Katherine Vescovi Giovanni Vescovi xadrez (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)Katherine e o pai, Giovanni Vescovi: lições em casa (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)
- O xadrez é muito legal, tem um ambiente muito bom. Você viaja muito, encontra outras crianças e sempre brinca com elas depois das competições. Consegue interagir bem – diz a menina.
No exterior, participou de competições na Argentina, na Bolívia, na Grécia e na Turquia, país que gostou mais de conhecer. Já participou de dois Mundiais e vai para o terceiro em novembro deste ano, em Caldas Novas, Goiás. Sua meta, no entanto, é participar das Olimpíadas do Xadrez, no ano que vem, em Istambul.
- É o que eu quero mesmo. Não sei explicar o por que. Também seria uma das únicas vezes que estariam pai e filha no torneio – disse, explicando que, na competição, não há diferenciação entre as categorias.
Katherine Vescovi xadrez (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)Katherine quer fazer medicina e usar o xadrez
para chegar à universidade (Foto: João Gabriel)
Katherine lembra de uma vez, não sabe ao certo onde, em que quase precisou enfrentar o pai durante uma competição. “Ia ser estranho”, admite. Giovanni, no entanto, ressalta que nunca fez pressão para que a filha seguisse o seu caminho.
- Eu nunca pressionei a Katherine a jogar, mas sempre disse que, se ela quisesse, precisava levar a sério. Quando ela resolveu que era isso o que queria, contratamos um professor, porque não daria para eu mesmo ensiná-la. E ela seguiu em frente – afirmou.
A menina também tem outros sonhos. Quer estudar medicina, nos EUA. E acredita que o xadrez poderá ajudá-la nisso também.
- O xadrez também dá muitas oportunidades na vida. Lá fora, ajuda bastante nas faculdades – garante.
Seu maior desejo, no entanto, é ser a primeira mulher nascida no Brasil a se tornar uma Grande Mestre Internacional, maior título concedido dentro do esporte. No país, apenas 11 enxadristas têm a honra no currículo.
- Eu vou ser a primeira – garante, pouco antes de perguntar ao seu pai quantos anos ele tinha quando alcançou a conquista.
Na escola, a facilidade em fazer contas costuma gerar problemas a Katherine. Mais rápida de sua turma, recebe broncas dos professores por estar desenhando ou com o olhar perdido quando os outros alunos fazem a tarefa. Alguns outros pegam no seu pé pelas faltas excessivas quando está em viagem para disputar algum torneio.
- Mas a diretora já avisou que não tem problema. Seria injusto se eu fosse reprovada por faltas.
Inquieta, Katherine tem o sorriso largo e a conversa fácil. Giovanni afirma que a falta de concertação é justamente o maior problema da filha. Diz que seu outro pupilo, também Giovanni, de 8 anos, é mais dedicado. Para Katherine, no entanto, o detalhe que precisa corrigir é outro.
- Preciso perder meu medo. É a pior coisa que tem. Todo mundo acaba dizendo que eu tenho medo de tal adversário e eu acabo tendo mesmo. Preciso perder esse medo.
 

Chamada de ‘nerd’ pelas amigas, menina de 12 anos brilha no xadrez

Filha do enxadrista número 1 do Brasil, Katherine Vescovi dribla provocações, perde as contas dos troféus que já tem e vai disputar seu terceiro Mundial

Por João Gabriel Rodrigues Barueri, SP
“Todo mundo me chama de nerd”, reclama Katherine Vescovi. Aos 12 anos, ela diz ser uma menina normal, não muito diferente das outras crianças de seu colégio em São Paulo. Seu currículo, no entanto, diz um pouco mais. Campeã brasileira e sul-americana, ela aparece como uma das maiores esperanças de um esporte praticamente esquecido no Brasil: o xadrez.
Katherine tem, em casa, a maior das motivações. Filha de Giovanni Vescovi, o melhor enxadrista brasileiro da atualidade, a menina começou desde cedo a brincar com as peças do tabuleiro. Aos 8 anos, quis levar aquilo mais a sério. Passou a treinar ainda mais e a competir para valer, em torneios da sua categoria. Hoje, tem por trás o patrocínio de uma grande multinacional do setor de eletrônicos e não faz ideia de quantos troféus tem em casa.
Katherine Vescovi Giovanni Vescovi xadrez (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)Katherine e o pai, Giovanni Vescovi: lições em casa (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)
- O xadrez é muito legal, tem um ambiente muito bom. Você viaja muito, encontra outras crianças e sempre brinca com elas depois das competições. Consegue interagir bem – diz a menina.
No exterior, participou de competições na Argentina, na Bolívia, na Grécia e na Turquia, país que gostou mais de conhecer. Já participou de dois Mundiais e vai para o terceiro em novembro deste ano, em Caldas Novas, Goiás. Sua meta, no entanto, é participar das Olimpíadas do Xadrez, no ano que vem, em Istambul.
- É o que eu quero mesmo. Não sei explicar o por que. Também seria uma das únicas vezes que estariam pai e filha no torneio – disse, explicando que, na competição, não há diferenciação entre as categorias.
Katherine Vescovi xadrez (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)Katherine quer fazer medicina e usar o xadrez
para chegar à universidade (Foto: João Gabriel)
Katherine lembra de uma vez, não sabe ao certo onde, em que quase precisou enfrentar o pai durante uma competição. “Ia ser estranho”, admite. Giovanni, no entanto, ressalta que nunca fez pressão para que a filha seguisse o seu caminho.
- Eu nunca pressionei a Katherine a jogar, mas sempre disse que, se ela quisesse, precisava levar a sério. Quando ela resolveu que era isso o que queria, contratamos um professor, porque não daria para eu mesmo ensiná-la. E ela seguiu em frente – afirmou.
A menina também tem outros sonhos. Quer estudar medicina, nos EUA. E acredita que o xadrez poderá ajudá-la nisso também.
- O xadrez também dá muitas oportunidades na vida. Lá fora, ajuda bastante nas faculdades – garante.
Seu maior desejo, no entanto, é ser a primeira mulher nascida no Brasil a se tornar uma Grande Mestre Internacional, maior título concedido dentro do esporte. No país, apenas 11 enxadristas têm a honra no currículo.
- Eu vou ser a primeira – garante, pouco antes de perguntar ao seu pai quantos anos ele tinha quando alcançou a conquista.
Na escola, a facilidade em fazer contas costuma gerar problemas a Katherine. Mais rápida de sua turma, recebe broncas dos professores por estar desenhando ou com o olhar perdido quando os outros alunos fazem a tarefa. Alguns outros pegam no seu pé pelas faltas excessivas quando está em viagem para disputar algum torneio.
- Mas a diretora já avisou que não tem problema. Seria injusto se eu fosse reprovada por faltas.
Inquieta, Katherine tem o sorriso largo e a conversa fácil. Giovanni afirma que a falta de concertação é justamente o maior problema da filha. Diz que seu outro pupilo, também Giovanni, de 8 anos, é mais dedicado. Para Katherine, no entanto, o detalhe que precisa corrigir é outro.
- Preciso perder meu medo. É a pior coisa que tem. Todo mundo acaba dizendo que eu tenho medo de tal adversário e eu acabo tendo mesmo. Preciso perder esse medo.
 

‘Perseguido’ por Adriano, Deivid desafaba: ‘Fico incomodado’

Atacante diz que sombra do Imperador atrapalha, revela silêncio sobre lesão e confia que ainda vai vencer no Fla: ‘Estou aqui para ser artilheiro’

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
O gol marcado no empate por 3 a 3 com o Madureira, domingo passado, trouxe alívio passageiro. Tão logo as vaias e os insistentes pedidos da torcida por Adriano recomeçaram no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, a sensação incômoda voltou. A sombra do Imperador é marcadora implacável e uma constante na passagem de Deivid pelo Flamengo.
- É normal. A cobrança é grande pelo fato de o Adriano ter conquistado o título brasileiro depois de 17 anos. A torcida tem um carinho enorme por ele. E também pela esperança na minha chegada. A cobrança sempre vai existir. Tem de estar preparado, ciente do que está acontecendo. Jogar em times de massa, como Flamengo e Corinthians, é assim.
Normal, mas nada confortável. Contratado em agosto do ano passado para ser o substituto do ídolo, Deivid teve uma apresentação pomposa na Gávea ao lado de Diogo (hoje no Santos). O ataque D2 tinha a bênção de Zico (então diretor executivo de futebol), prometia fazer o torcedor esquecer o Império do Amor, de Adriano e Vagner Love, mas não durou mais do que quatro meses.
A sombra do Império do Amor
Deivid 9 gols em 30 jogos média: 0,3
Adriano 34 gols em 48 jogos média: 0,7
Vagner Love 23 gols em 29 jogos média: 0,8
A notícia da rescisão de Adriano com o Roma, no início deste mês, causou alvoroço entre torcedores do Fla que sonhavam com a volta do jogador. A vontade esbarrou no técnico Vanderlei Luxemburgo, que sempre se posicionou contra a ideia. O acerto do atacante com o Corinthians encorpou a onda de protestos.
- Está me perseguindo (Adriano). É gente boa, tive o prazer de conhecê-lo, é um cara bom. Mas o Adriano já fechou com o Corinthians e não está mais aqui. Que ele possa ter sucesso. Quem está dentro fica incomodado. Temos de esquecer isso, manter o foco no Flamengo. O importante é que todos remem no mesmo barco, para o mesmo lado.

Silêncio sobre lesão e escassez de gols
Quando o Flamengo anunciou a contratação de Deivid, o torcedor rubro-negro vasculhou na memória e encontrou os muitos gols do atacante com as camisas de Corinthians, Santos e Cruzeiro. O Rubro-Negro adquiriu 100% de seus diretos federativos e econômicos e firmou contrato até dezembro de 2012. Ele estava no Fenerbahçe, da Turquia, há quatro temporadas quando recebeu a proposta de Zico. Aos 31 anos, o jogador de currículo lotado de títulos (bicampeão brasileiro, bi da Copa do Brasil, campeão mineiro, do Rio-São Paulo e campeão turco) ainda não vingou com a camisa rubro-negra. É ele quem aponta os motivos.
Deivid Flamengo (Foto: Richard Fausto / Globoesporte.com)Deivid ainda se sente capaz de conquistar a torcida (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
- Cheguei com sete quilos acima do peso, estava há seis meses sem jogar, quase não treinava lá (na Turquia). Estava com um problema atrás da coxa (esquerda) e não sabia o que era. Era o nervo ciático, queimava a perna (esquerda), não conseguia dar a arrancada. Mas não falei nada porque nunca gostei de dar desculpa.
“Falam que eu ganho um salário alto demais, mas eu não obriguei o Flamengo a nada. Recebi uma proposta”.

 
Deivid terminou 2010 com a esperança do recomeço. Apostou tudo na pré-temporada, mas as duas semanas de treinos em Londrina, no Paraná, não foram suficientes. Virou reserva de Luxemburgo na final da Taça Guanabara e ficou uma semana afastado dos treinos com o grupo por conta de uma lombalgia. No período, passou por um trabalho de reforço muscular.
- Estou bem, falta um pouco (para estar 100%), mas estou bem melhor em relação ao ano passado. A tendência é melhorar. Estou em busca disso, trabalhando muito forte. Fiz muitos gols nos três grandes clubes que defendi no Brasil. Foram 32 gols no Corinthians em 2002, 21 gols no Santos, saí do Brasil como artilheiro do Campeonato Brasileiro com 15 gols em nove jogos. Estou aqui para ser artilheiro do Brasileiro, da Copa do Brasil...

Reserva e recado de Luxa
Não são apenas os pedidos por Adriano que o incomodam. Deivid reconhece que o desempenho está muito aquém do esperado. Em 30 jogos, foram apenas nove gols.
- Para quem se acostumou a fazer gol, é um número ruim. Criou-se uma expectativa de que eu seria o homem-gol por tudo que fiz nos clubes por onde passei.
O camisa 9 entende e concorda com a maior parte das críticas, mas faz uma ressalva.
- Falam que eu ganho um salário alto demais, mas eu não obriguei o Flamengo a me pagar nada. Recebi uma proposta. Fico chateado (com as críticas). Às vezes fica um pouco injusto. Mas estou acostumado. Torço pelo Flamengo desde pequeno. Sou de Marechal Hermes, na rua em que nasci havia muitos vascaínos, botafoguenses e flamenguistas. Brincávamos na rua e eu fazia planos de jogar no Flamengo. O sonho da minha mãe (Maria, falecida em 2008) era que eu jogasse no Flamengo. Às vezes penso que era melhor ter ficado no sonho. Mas acredito que isso tem de acontecer. Sempre falo que vou vencer aqui, não vou só passear.
Toda vez que senta entre os suplentes, o atacante não se conforma. Ele diz que não desaprendeu.
- Ninguém esquece. Por onde passei fiz gols. Espero fazer no Flamengo. Não abro mão, vou vencer. Ficar triste na reserva qualquer um fica. Sempre fui titular. Me vi no banco e fiquei triste. Mas só trabalhando para buscar minha vaga, com respeito aos companheiros. Claro que quero voltar a ser titular, voltar a ter confiança. Mais importante é a confiança do torcedor. Espero conquistar isso.
Deivid Flamengo (Foto: Richard Fausto / Globoesporte.com)Deivid garante que não está acomodado
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Deivid também precisa reconquistar a confiança de Luxemburgo. Na última sexta-feira, o técnico foi duro com o atacante e condicionou a permanência do camisa 9 no Flamengo a uma mudança de postura. Disse que jogador que não se incomoda com a reserva não serve para ele.
- Conhecendo o Vanderlei, sei que não falou para me afetar. Ele me ajudou, me levou para o Corinthians, para o Cruzeiro, conquistamos juntos, fizemos sucesso juntos. Acredito que foi um desabafo. Acho que não foi para mim. Quero acreditar que não foi.
O atacante confia no seu poder de superação e não está sozinho. Há quem ainda acredite em Deivid. Durante a entrevista no jardim do prédio onde mora, na Zona Oeste do Rio, um rubro-negro aproveitou para confortar o jogador.
- Boa sorte! Só quero dizer que nós acreditamos em você. Não desistimos de você.

‘A Copa do Mundo é hoje’, diz ministro em resposta a dirigente da Fifa

Joseph Blatter criticou lentidão das obras em relação à última Copa.
Comparar África e Brasil é comparar ‘banana com laranja’, disse Orlando Silva.

Por Robson Bonin Do G1, em Brasília
FRAME Orlando Silva (Foto: Reprodução / GLOBOESPORTE.COM)Orlando Silva diz que não é possível comparar
Brasil com África do Sul (Foto: Reprodução)
O ministro do Esporte, Orlando Silva, rebateu nesta terça-feira (29) as críticas do presidente da Fifa, Joseph Blatter, aos preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. Ao participar da primeira audiência pública sobre o Mundial, realizada em Brasília, Silva afirmou que para o governo “a Copa do Mundo é hoje”.
- Para o governo, a Copa é hoje. Temos urgência. Ninguém está mais preocupado com a realização do Mundial da Fifa do que o Brasil -  afirmou Silva, em referência direta a Blatter.
Na segunda, o presidente da Fifa manifestou descontentamento com a lentidão dos trabalhos em torno do Mundial ao dizer que “a Copa do Mundo é amanhã, e os brasileiros pensam que é depois de amanhã.”
Além de manifestar a preocupação do governo com o andamento das obras, o ministro do Esporte afirmou que as declarações de Blatter eram uma forma de “desviar o foco” de questões internas da Fifa como a eleição na entidade:
- Você tem um processo eleitoral em curso na Fifa e temo que possa haver algum tipo de repercussão. Creio que isso é uma questão mais de desvio de foco por temas outros que envolvem a Fifa, do que uma análise crítica do trabalho que está sendo realizado.
O dirigente da Fifa também disse que, a três anos do torneio, o Brasil estaria mais atrasado na organização do que a África do Sul. Para Silva, a comparação de Blatter entre os preparativos da África do Sul e do Brasil “é inadequada” e equivale a “comparar banana com laranja”, uma vez que os problemas dos dois países na elaboração do evento são diferentes.
- Não acho muito adequado comparar o Brasil com a África do Sul, como não seria adequado comparar o Brasil com a Alemanha, porque a infraestrutura que a África do Sul possuía quando da preparação do Mundial da Fifa, assim como a da Alemanha, eram situações completamente diferentes da brasileira, e comparar banana com laranja pode conduzir a análises equivocadas.
Dificuldades
Silva reconheceu as dificuldades brasileiras em relação a áreas de infraestrutura como aeroportos e mobilidade urbana e reclamou das “inovações” constantemente sugeridas pela Fifa, que estariam atrapalhando a definição de critérios para a construção dos estádios.
- Imagino que as dificuldades que nós temos vocês conhecem, de temas de infraestrutura, como conhecem as soluções que o Brasil tem procurado apresentar no caso de aeroportos, de transporte. A Fifa deve parar de sugerir inovações. É importante que nós tenhamos todos os critérios para os estádios definidos.
Sobre a construção de um novo estádio em São Paulo, obra que estaria atrasada e até teria sido colocada em dúvida, diante da falta de viabilidade financeira do projeto, Silva jogou a responsabilidade para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e para o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab:
- A palavra de São Paulo foi dada à presidente Dilma Rousseff pelo governador Geraldo Alckmin e pelo prefeito Gilberto Kassab. Até que provem o contrário, acreditamos que a obra será concluída.

Milan ou Inter? Ganso fica no muro, mas avisa: ‘Sonho jogar na Itália’

Enquanto troca telefonemas com Leonardo e Thiago Silva, craque diz não
prever futuro, mas espera realizar desejo. Torcida no clássico é pelo empate

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
Ganso Santos x Mogi Mirim (Foto: Ag. Estado)Paulo Henrique Ganso em ação em 2011: meia
retornou aos gramados em março (Foto: Estado)
O futuro de Paulo Henrique Ganso deve mesmo ser em Milão. Em entrevista à emissora italiana “Sky Sport” nesta terça-feira, o craque do Santos voltou a falar sobre a possibilidade de se transferir para o futebol italiano. Internazionale e Milan já mostraram interesse no futebol do camisa 10, mas, enquanto não resolve o imbróglio que impede a renovação de contrato com o Peixe, ele prefere não escolher um lado. Certo mesmo é que vai atrás de um antigo sonho.
– Não posso prever o futuro. Um dia espero que eu vá para a Itália. É um sonho que sempre tive na minha carreira de realizar e espero que eu jogue lá, sim – disse.
O “derby” de Milão pelo craque santista ganhou força com a proximidade do clássico dentro de campo, no próximo sábado, dia 2, que pode praticamente decidir a atual edição do Campeonato Italiano. Ganso prefere ficar no muro.
– Minha torcida é sempre pelos brasileiros. Gosto de ver sempre o Campeonato Italiano e vou estar assistindo daqui. É um clássico e acho que qualquer uma das equipes pode vencer. Os dois também têm totais condições de ser campeão. É difícil a escolha – afirmou o santista, fã declarado dos principais jogadores de Milan e Internazionale.
– O Eto’o é um artilheiro nato, faz gols como ninguém. O Ibrahimovic também é um grande jogador. Ambos têm estilos bons de observar e sempre vou estar aprendendo uma coisa nova. Seria muito bom jogar com eles. Ao lado de craques sempre facilita. Tenho certeza de que me adaptaria muito bem de acordo com os treinamentos, um pouco mais de marcação e qualidade técnica muito boa também. Eles têm seu estilo próprio de jogar e isso eu admiro muito – contou.
Conversas com Leonardo e Thiago Silva
Enquanto não entra nas aulas de italiano, Ganso disse ter aprendido um pouco também pelas conversas com Leonardo, técnico do Inter de Milão, e Thiago Silva, zagueiro do Milan. Ambos trocaram telefonemas recentemente com o jogador para tentar convencê-lo.
Neymar e Ganso (Foto: Agência Estado)Craque posou para ensaio com Neymar vestindo a
camisa da Seleção: retorno próximo (Foto: Estado)
– Conheço algumas palavras, mas não que eu já esteja treinando profundamente. Arrivederci (adeus) é uma delas. Converso muito com o Thiago Silva, um amigo que eu já estive junto na Seleção. Ele sempre brinca comigo. “Vem jogar no meu time, é muito bom”. Já o Leonardo me disse que o Inter tem uma estrutura excelente. Mas também me passa muitos conselhos sobre como melhorar meu futebol, questão de posicionamento... – afirmou Ganso, que negou qualquer compromisso marcado com Leonardo.
– Ele tem muita qualidade, vem se mostrando muito bom como treinador do Inter, ganhando vários jogos, tem tudo para conquistar muitos títulos.
Na última semana, Ganso manifestou ao Santos o desejo de se transferir e ouviu pela primeira vez que o clube admitia negociar. A novela sobre sua renovação, que diminuiria a multa rescisória (atualmente estipulada em R$ 118 milhões), segue sem definição. O jogador tem contrato até fevereiro de 2015, mas está insatisfeito por não ter sido valorizado após a excelente temporada em 2010 - o que ocorreu com Neymar, por exemplo.
Pelo visto, tudo levar a crer que o Santos não demorará a ouvir arrivederci de Ganso. Resta saber se o Peixe não irá bater o pé e aceitará negociá-lo.

Adriano segue recuperação no Rio e só treinará no Timão no fim de abril

Imperador faz tratamento na clínica de Ronaldo e precisa de mais 20 dias para poder iniciar os trabalhos físicos no CT Joaquim Grava em São Paulo

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Adriano na academia no Rio de Janeiro (Foto: Reyes de Sá Viana do Castelo / APPROACH)Adriano em academia no Rio de Janeiro
(Foto: Reyes de Sá Viana do Castelo / APPROACH)
Adriano será apresentado no Corinthians ainda nesta semana, mas só iniciará os treinamentos no clube no fim do mês de abril. Timão e jogador decidiram que ele ficará no Rio de Janeiro para terminar o trabalho de fisioterapia no ombro de direito, operado no dia 25 de janeiro. Depois disso, começará um processo de recondicionamento físico no CT Joaquim Grava.
Há pouco mais de duas semanas, Adriano vem utilizando a clínica de Ronaldo Fenômeno para se tratar. Na previsão dos médicos, o Imperador precisará de aproximadamente mais 20 dias para estar totalmente liberado para os trabalhos físicos. Por enquanto, ele pode realizar apenas movimentos leves, em bicicletas ergométricas, para não comprometer o local operado.

O Corinthians descarta enviar ao Rio de Janeiro algum profissional para acompanhar a recuperação. O clube, porém, receberá relatórios sobre a evolução do caso para poder determinar a data da ida dele à capital paulista. Bruno Mazziotti, que trabalhou diretamente com Ronaldo durante os dois anos no clube, será um dos responsáveis pelo acompanhamento.
O técnico Tite optou por não interferir no trabalho atual de Adriano e deixou para que o corpo clínico do Corinthians decidisse por qual seria o local mais adequado para o prosseguimento da fisioterapia. Entretanto, deixou claro que o jogador terá de ser responsável para mostrar melhoras.
- Ele pode terminar o tratamento onde foi operado. Como eu posso dizer que é melhor fazer a recuperação aqui? O Grava pode falar. É questão de dar a cada um sua responsabilidade – disse.

O centroavante, porém, ainda passará por uma bateria de testes assim que chegar a São Paulo para a apresentação. Ele fará exames físicos e cardiológicos em clínicas especializadas, como acontece com todas as contratações feitas pela direção. Joaquim Grava, responsável pelo departamento médico do clube, deu o aval para que o acordo fosse firmado, já que, segundo ele, o problema no ombro não poderá comprometer o desempenho dele no futuro.
Sem atuar desde o dia 19 de janeiro, ainda pelo Roma-ITA, Adriano terá um bom tempo para recuperar a forma. A previsão é de que ele inicie os treinamentos no Corinthians por volta do dia 20 de abril. Desta forma, o goleador contará com um mês para perder peso e ganhar ritmo. A estreia alvinegra no Campeonato Brasileiro está marcada para 22 de maio, contra o Grêmio, em Porto Alegre.
 

Com provocações ao Timão, São Paulo faz festa para Fabuloso e Ceni

Rival é muito lembrando na apresentação do atacante no Morumbi, com mais de 45 mil pessoas. Fogos, música e entrada triunfal marcaram evento

Por Julyana Travaglia, Cássio Barco e Sérgio Gandolphi São Paulo
Quando as luzes do Morumbi se apagaram, às 19h13m desta terça-feira, durante a apresentação do grupo de reggae Planta e Raiz, a torcida não se conteve nas arquibancadas. Estava próximo o momento do reencontro. Depois de sete temporadas na Europa, Luis Fabiano vestiria novamente a camisa do São Paulo. E com direito a uma grande festa e provocações ao arquirrival Corinthians. Mais de 45 mil pessoas estiveram presentes, segundo a organização do evento.
luis fabiano são paulo apresentação morumbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Luis Fabiano cumprimenta a torcida em sua apresentação no Morumbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
- Estou feliz por estar aqui para receber o Luis Fabiano. Na verdade, queria estar aí com vocês pra gritar o 100º gol do Rogério Ceni, justo em cima deles – disse o apresentador César Filho, antes de puxar um grito em homenagem ao goleiro-artilheiro recheado de palavrões, para delírio dos torcedores.

Max BO e Jairzinho se apresentaram antes do momento máximo, com músicas referentes ao goleiro Rogério Ceni e ao festejado atacante, sem causar muito entusiasmo na torcida. O grupo de reggae Planta e Raiz, que cantou com as luzes do Morumbi apagadas, animou mais o público. Mas nada se comparou à apresentação de Andreas Kisser, que puxou o hino tricolor ao som de sua guitarra e foi acompanhado pelas arquibancadas.

Rogério Ceni apresentação Luis Fabiano  (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Muita festa na chegada da dupla ao gramado
(Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Com uma música da banda australiana AC/DC, às 19h30m, e iluminado somente por tochas de fogos, Luis Fabiano pisou novamente no Morumbi, onde foi recebido pelo goleiro Rogério Ceni no meio do gramado. Foi a senha para os gritos de “o Fabuloso voltou”. Em disparada, os dois partiram para o escudo do São Paulo, que fica em uma das laterais do gramado, e o beijaram.

– Que noite única! Que registra a grandeza do futebol e registra a grandeza do São Paulo. Marca uma data histórica no futebol nacional, até mundial, na apresentação de um atleta que reingressa nas cores tricolores. Será um fato absolutamente marcante não só no Morumbi, mas além das fronteiras do país. Dizia, Rogério Ceni, que quando fizesse 100 gols, comentava aos pares, o que vai ficar marcado não será a vitória, ainda que o adversário tenha sido quem foi. O que vai marcar definitivamente é o ato maiúsculo de um atleta que foi contratado para jogar com as mãos e faz 100 gols com os pés. Dizia ao Rogério, vamos lá, vamos recepcionar o Luis Fabiano. Ele teria de estar no Recife, mas vai estar esta noite. Luis dizia que queria voltar e eu falei que não, que cumprisse seu contrato. Mas ele insistia que estava triste. E aqui está Luis Fabiano. Esta homenagem que ele presta é uma coisa consagradora – discursou o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio.
Rogério Ceni apresentação Luis Fabiano  (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Rogério Ceni e Luis Fabiano juntos, no centro do gramado do Morumbi (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Quando recebeu o microfone das mãos do presidente, Luis Fabiano puxou um canto em homenagem a Rogério Ceni, que começa com um palavrão. E logo teve a companhia da torcida, que reforçou o coro:
- PQP! É o melhor goleiro do Brasil! Rogério!
Depois de inflamar o torcedor, o atacante falou como jogador tricolor. Inquieto e sorridente, ressaltou o quanto estava impressionado com a recepção em grandes proporções.

-É uma emoção muito grande estar aqui, é um sonho. Quando fui vendido para o Porto, dei uma entrevista chorando e disse que voltaria porque aqui é a minha casa. Estou realizando isso. Desde o aeroporto recebi o carinho do torcedor na rua, e espero corresponder a tudo isso com dedicação e gols. O Rogério ainda vai fazer muitos gols. Agradeço isso, vai ficar marcado para sempre. Agora é só alegria – disse o atacante são-paulino.

O que acontece aqui hoje jamais acontecerá novamente porque temos casa para receber a imensa nação"
Rogério Ceni
Em seguida, Rogério Ceni, o outro homenageado da noite, falou já como um certo tom de presidente. E não deixou de cutucar o Corinthians.

- Fico feliz pelo Luis estar voltando, mais feliz ainda por nunca ter deixado vocês, que amo de coração. Tenho hoje aqui as duas coisas mais importantes, minha família e vocês, que são o grande fato de tudo isso existir. Hoje vocês são os maiores. O fato que acontece aqui hoje jamais acontecerá novamente, primeiro porque temos casa para que isso aconteça, um lugar para receber a imensa nação. Obrigado por tudo - disse o capitão, que recebeu uma placa cravada em uma guitarra como homenagem pelo gol 100.
A provocação ao rival rendeu mais um canto da torcida; uma sátira a uma das músicas cantadas pelos próprios torcedores do Corinthians.
- Galhinha sem historia, galinha sem estádio, freguês do tricolor - cantou a massa são-paulina.

No fim, o hino puxado no gogó por Nando Reis e um entusiasmado Rogério Ceni fecharam a festa. Mas não as provocações ao Alvinegro: “Libertadores o Corinthians nunca viu”, diziam os torcedores.