'Para nossa alegria': Ramires promete até clipe se conquistar a Champions
Eufórico por gol contra o Barça, volante do Chelsea diz
que ficha ainda não caiu, comemora elogios de Mano e brinca sobre vídeo
de 'sósia' na internet
Por Cahê Mota
Direto de Londres
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Ramires exibe a camisa do gol histórico pelo Chelsea (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)
Para alegria do Chelsea, Ramires veste azul. De riso fácil e ao mesmo
tempo tímido, o brasileiro curte a semana de herói em Londres. Talvez a
dificuldade com o inglês ainda não o permita entender todos os elogios
que tem recebido de imprensa e torcedores, mas a sensação de dever
cumprido é suficiente para apontar o momento atual como o melhor da
carreira. Depois do golaço no empate por 2 a 2 com o Barcelona,
terça-feira, no Camp Nou, o volante faz apenas dois pedidos para ter
como perfeita uma temporada que pode terminar até com clipe de música: o
título da Champions League e a volta à Seleção, objetivo mais próximo
depois de
Mano Menezes garantir que seu lugar no elenco sempre esteve garantido.
- Foi algo que me deixou mais tranquilo. Me perguntavam muito o que
tinha acontecido e eu sempre falava a mesma coisa, que não tinha
acontecido nada. Foi bom que ele explicou, deixou tudo claro. Não tenho
nem mais o que dizer, ele falou tudo.
Com 10 gols na temporada, Ramires já era exceção em um Chelsea que
parecia fadado ao fracasso há três meses e agora vive a expectativa de
duas conquistas - antes de encarar o Bayern de Munique em 19 de maio
(sem Ramires, suspenso), o time pega o Liverpool, dia 5, pela final da
Copa da Inglaterra. Enquanto as decisões não chegam, o brasileiro
recebeu o GLOBOESPORTE.COM e falou do turbilhão de emoções do confronto
com o Barça, da temporada atípica dos Blues, da saudade da avó Teresa,
do orgulho pela trajetória no futebol e até de racismo. Como não poderia
deixar de ser, entrou ainda na brincadeira da comparação com o jovem
cantor Jefferson, que virou febre na internet com o vídeo "Para nossa
alegria" gravado ao lado da irmã Suellen e da mãe Mara (
veja no vídeo ao lado), e fez uma promessa em caso de título em Munique:
- Se acontecer, até eu faço o clipe.
Confira toda a entrevista com Ramires:
GLOBOESPORTE.COM: Você deve ter visto na
internet as brincadeiras que fazem com você e o cantor do vídeo “Para
nossa alegria”, que virou febre no Brasil. Aprova? Acha parecido?
Eu vi, mas parecido eu não acho, não (risos). Até falei com minha
esposa que pegaram uma foto minha lá do Benfica, de cabelo grande, todo
mal cuidado (risos). Mas eu acho legal, é uma brincadeira válida. Há
várias outras piadas na internet. Eu vejo o vídeo e fico dando muita
risada. Para nossa alegria, vamos ganhar a Champions. Se acontecer, até
eu faço o clipe. Se é para divertir, está tranquilo. O que eu só não
gosto é a falta de respeito, alguns comentários de mau gosto que já vi,
tanto comigo quanto com o garoto. Meio racistas. Não há espaço para
isso.
Você já sofreu algum caso de racismo em campo?
Em Portugal, alguns torcedores já fizeram som de macaco, mas não todos.
No Brasil, é mais difícil, somos muito misturados. Aqui fora, foram
atos isolados e de torcida. Em campo, eu só vivi isso uma vez e, por
incrível que pareça, no Cruzeiro. E o cara que falou para mim era negro
também. É uma coisa que nos deixa indignados. Logo depois, fiz um gol e
ele era zagueiro. Dei a resposta em campo.
Já caiu a ficha da grandiosidade do que você fez no Camp Nou?
Como eu falei após o jogo, fomos lá para tentar fazer história. E
conseguimos. Jogando com 10 homens, contra o melhor time do mundo, e
todos nós entramos para história. Eu fui premiado com aquele gol, que
foi um golaço. Dois dias depois, a ficha ainda não caiu. Aos poucos que
vou vendo que realmente passamos, estamos na final. Agora que está
caindo também que estou fora (suspenso). À medida que a final vai se
aproximando, tudo isso vai ficando mais forte. Só no dia mesmo que vou
parar e ver: “Poxa, estou fora”.
Após o jogo contra o Barça, os jogadores que deram entrevista
foram unânimes ao falarem que seu gol foi o que fez a diferença. Como
foi essa celebração entre vocês, a reação?
Comemoramos muito no vestiário, todo mundo se abraçando, vivendo aquela
emoção. Nós já acreditávamos antes, mas ficou muito complicado quando
Terry foi expulso. Ali vimos que as coisas podiam não acontecer bem. O
Barcelona abriu 2 a 0 e, realmente, o gol saiu na hora certa. Eu fiz o
gol e o juiz acabou o primeiro tempo. Estava até conversando com o Raul
Meirelles e dissemos que tudo aconteceu na hora certa.
Se o primeiro tempo acaba 2 a 0 tudo seria muito mais complicado...
Ramires recebe GLOBOESPORTE.COM em casa
em Londres (Foto: Fellipe Arnold/Globoesporte.com)
O time ganhou forças nesse momento. Ir para o intervalo com 2 a 0
contra ia ser complicado, seria difícil fazer um gol, até pela pressão
que sofremos. O pênalti que o Messi perdeu também nos fez crescer. O
tempo foi passando, eles não conseguiram fazer e entraram em desespero.
Até tentaram bola aérea, o que não é o jogo deles. Eu já estava vendo
que uma hora ou outra ia acontecer o que aconteceu com o chutão do
Ashley (Cole). Eles estavam saindo muito. Eu, o Kalou, o Lampard, alguém
ia pegar uma bola e sair na cara do gol. Foi o Fernando. Quando ele
dominou sozinho, eu já comecei a correr vibrando, esperando ele chutar
(risos). Eu gritava: “Faz o gol, faz o gol, faz o gol...”. Nossa, é até
difícil de explicar. Toda hora eu lembro cada momento desse jogo.
Queria que você falasse também dos poucos segundos que você
teve entre receber o passe do Lampard e concluir. Da onde vem a decisão,
a frieza de dar o toque por cima do Valdés?
É tudo muito rápido. O passe do Lampard foi espetacular. Eu nem
precisei tocar na bola para dominar, ajeitar, nada. O único toque que eu
dei foi para finalizar. Quando eu olhei, vi o Valdés saindo e tinha
algum defensor chegando. Se eu tento dominar para pensar, não faria o
gol. Minha única opção era aquela. Acabei pegando bem e...
Muita gente comentou que foi um gol justamente com a marca do Messi nessa temporada.
É verdade. Falam muito da minha frieza e justamente por ter sido um gol
como o Messi costuma fazer, dentro do estádio dele, contra ele e que o
eliminou da Champions. Falam que foi o destino. Aí, entra um monte de
coisa. O gol realmente foi muito bonito.
Você frisou muito após os dois jogos a questão do respeito ao
Chelsea. O fato de muita gente já esperar uma final entre Real Madrid e
Barcelona deu ainda mais motivação e coragem para que vocês entrassem em
campo?
Mexe, mexe. Isso mexe muito com o jogador. É até engraçado olhar na
cara de quem falou um monte de coisa. Disseram que íamos tomar de cinco,
seis, dez, que seria um vareio. Isso mexeu muito comigo. Uma semana
antes, só se ouvia isso. Eu só pensava: “Calma, não é assim”. Tínhamos
nossa história. Fizemos grandes jogos contra o Napoli, contra o Benfica
fora de casa. Falaram que o Benfica merecia passar, mas nós jogamos bem
em Lisboa. Tudo isso vai acumulando. Sabíamos que ganhar no Camp Nou
seria difícil, mas em casa não perderíamos de jeito nenhum. Toda essa
história mexeu com os jogadores, vi isso no vestiário. Quando não tem
muita conversa, brincadeira, cada um ouve sua música, olha na cara do
outro, é porque a coisa está diferente.
E esse monte de coisa que falam sobre o estilo que vocês
adotaram para enfrentar o Barça? Escreveram que era o antifutebol,
injustiça, e por aí vai...
No futebol, cada um tem uma proposta de jogo. É impossível encarar o
Barcelona de igual para igual. Basta ver o jogo contra o próprio Real
Madrid. Eles tiveram 72% de posse de bola, e estamos falando de Real
Madrid. Ganharam por 2 a 1. Nós também tínhamos nossa proposta, que era
defender e sair no contra-ataque. Tivemos as oportunidades e
aproveitamos. Foi uma escolha e muito time daqui para frente vai jogar
desse jeito. Serviu de exemplo. O Inter de Milão fez assim e também
ganhou. Se é o único jeito, temos que fazer.
Quando você recebeu a notícia da saída do Guardiola, chegou a pensar: “Caramba, fomos responsáveis pelo fim de uma era”?
É até difícil de acreditar. Mas são ciclos, futebol é assim. Era muito
tempo com o mesmo treinador, mesmos jogadores, ganharam tudo que podiam e
não podiam... Acho que realmente há um limite. Saiu na hora que achou
que devia, fez muito pelo clube.
Falando um pouco do seu momento individual, tudo tem dado muito certo. Casa nova, contrato novo, Chelsea em duas finais...
Estou bem feliz. Vivo a melhor fase da minha carreira. Ampliei meu
contrato por mais três anos, tenho suporte, tenho o carinho da torcida,
do clube, o respeito... Isso tudo é muito importante.
Sua renovação aconteceu um dia após a saída do André
Villas-Boas, que sempre apostou muito em você. Esse reconhecimento te
deu mais tranquilidade para alcançar essa boa fase?
O próprio André foi muito importante nisso. Ele pediu bastante para que
o clube renovasse comigo, até para segurar, pois depois podia ficar
mais difícil. Acabou que foi bom para todo mundo. Renovaram, estou
jogando bem e se não fosse assim tudo poderia ficar mais complicado
agora. Fiquei triste pela saída do André, mas foi um cara que colaborou
muito para tudo isso.
Ramires comemora o primeiro gol do Chelsea contra o Barcelona no Camp Nou (Foto: AP)
Depois de quase três meses, dá para explicar o motivo de tanta diferença do Chelsea do AVB para o time atual?
O Di Matteo trabalhava com ele, então tudo faz parte do mesmo trabalho.
Estávamos em uma fase tão ruim, que tudo dava errado. Jogador sem
confiança é a pior coisa que tem. Enfrentávamos time pequeno e não
tocávamos na bola, era só chutão. Nem parecia o Chelsea. Éramos
dominados, ninguém queria a bola. Depois, começamos a vencer os jogos em
um momento que não tínhamos opção e a confiança voltou. Contra o
Napoli, por exemplo, era vencer ou vencer. Tínhamos dois campeonatos
para salvar a temporada e estamos em duas finais.
Você acha que o Di Matteo está sabendo levar melhor o grupo do que ele, que chegou a colocar muito dos medalhões no banco?
Não tenho nem mais o que dizer, ele falou tudo"
Ramires, sobre Mano Menezes
O fato de alguns jogadores terem ficado no banco deixou tudo meio
complicado. Ninguém gosta de ficar no banco. Com a saída do André, todo
mundo voltou a querer dar uma resposta, mostrar que podia. É complicado
dizer foi isso ou aquilo. Acho que foi uma fase mesmo. A alegria nos
treinamentos é a mesma de antes, mas nos jogos as coisas não aconteciam.
Fala-se muito que o grupo do Chelsea é complicado de trabalhar.
O próprio Felipão, logo após a saída do André, falou que só quem vive o
clube sabe o que realmente acontece. Há realmente problemas, panela?
É a mesma coisa de eu sair do clube amanhã e querer falar um monte de
coisa. Por que não falam quando estão aqui? São coisas que só vêm para
complicar. Toda vez que acontece algum problema, é a mesma história.
Dentro do clube, todo mundo se fala. Futebol é fogo, em qualquer lugar é
a mesma coisa: o cara vai, joga, faz o que tem que fazer, mas há quem
não se goste, não se fale, é normal em todo ambiente de trabalho. O
problema é que o Chelsea foi rotulado dessa forma e sempre falam a mesma
coisa. Agora, que estamos bem, ninguém fala nada, mas deixa entrar em
crise, perder...
E a vida em Londres? Você se mudou recentemente, já está na cidade há quase dois anos. Está completamente adaptado?
O clima eu já estou adaptado. Na verdade, é difícil falar disso. Quando
esfria mesmo, não dá para falar em adaptação (risos). Sai de chinelo na
neve para você ver... (risos). Mas estamos se ajeitando. Trocamos
apartamento por casa, meu filho está crescendo, precisa de mais espaço.
As coisas estão caminhando muito bem profissional e pessoalmente.
Já fala o idioma bem? Está mais seguro? Soube que você está fazendo aula...
Ramires se emociona ao lembrar da avó Tereza
(Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)
Tenho feito aula quando dá, quando não estou muito cansado. Daqui a
pouco já dá para falar. No meio do ano. Não esse agora, só no ano que
vem (risos). Aí, já vou falar alguma coisa.
Mudando de assunto, o Mano Menezes falou recentemente que você é
um cara que não precisa ser testado para Seleção. Depois de tanto tempo
sem ser convocado, isso te tranquilizou?
Para mim, foi ótimo isso. Foi algo que me deixou mais tranquilo. Me
perguntavam muito o que tinha acontecido e eu sempre falava a mesma
coisa, que não tinha acontecido nada. Foi bom que ele explicou, deixou
tudo claro. Não tenho nem mais o que dizer, ele falou tudo.
Mesmo tendo uma Copa do Mundo no currículo, esse momento atual é o ápice da sua carreira?
Com certeza. Se conseguir o título da Champions então, só vencer uma
Copa do Mundo para superar. Jogar no Chelsea já é difícil, ainda mais
ser destaque em um time com tantas estrelas, ser bem falado, estar em
evidência. É um momento bem bacana, um ano que vai ficar muito marcado.
Para fechar com chave de ouro, só faltam os títulos e a volta para
Seleção.
Você disse que lembra muito os momentos do jogo com o Barça.
Tudo isso que tem acontecido na sua carreira te faz voltar também no
tempo, desde Barra do Piraí até hoje?
É algo que sempre aconteceu comigo. Desde quando fui campeão mineiro
com o Cruzeiro, depois português no Benfica, tudo que tem acontecido
agora. Eu paro e penso em como tudo foi rápido, tudo aconteceu em apenas
sete anos. Minha história profissional é bem bonita. Em 2004, no meio
do ano, eu estava lá na minha cidade, descalço, jogando bola com a
molecada, e agora estou aqui, em uma final de Champions. É um filme que
passa na minha cabeça a cada conquista (veja abaixo a jogada para o gol
de Drogba no Chelsea 1 x 0 Barcelona).
Como que foi essa trajetória de Piraí até o Chelsea? Qual foi o momento mais difícil?
Foi sair de casa, sozinho, com 17 anos. Nunca tinha viajado sozinho.
Fui de Barra do Piraí para Joinville de ônibus, umas 12 horas de viagem.
Eu lembro que ficava com medo do ônibus passar direto, eu não tinha
ideia de onde parava (risos). Quando chegou em Curitiba, pensei: “Estou
perto”, mas toda hora ia perguntar ao motorista como que estava, se
estava longe. Nem consegui dormir. Coloquei o telefone para despertar,
mas dormir só duas horas e fiquei de olho em tudo. Cheguei lá morto,
sentei na rodoviária e ninguém aparecia. Quase comprei passagem para
voltar para o Rio, fiquei com medo de me darem um bolo (risos). Até que
os caras chegaram, brincaram comigo. De lá para cá, tudo deu certo. O
começo foi complicado, mas as coisas se ajeitaram.
Hoje em dia, 17 anos já é uma idade avançada para começar no futebol. Você pensou em desistir?
Quando fui para o Joinville, já estava trabalhando. Era servente de
pedreiro, às vezes aparecia alguma coisa para capinar... Tinha que
ganhar um dinheiro para ajudar. Minha avó tinha falecido e meu irmão
ajudava no gás, meu tio pagava a luz, era tudo dividido. Eu tinha que
ajudar. Meu irmão comprava roupa para nós dois. Ele é mais forte que eu e
comprava roupa pequena para eu usar, ficava tudo apertado nele. Meu
irmão foi praticamente meu pai. Quando ele ia ver meus jogos e eu o via
na arquibancada, queria fazer de tudo para ele ter orgulho.
Você já falou algumas vezes da sua avó Tereza, como era a
relação de vocês? Você pensa muito nela em momentos como o que tem
vivido agora?
Já falei com minha esposa: “Quem eu queria que estivesse aqui, agora,
vendo tudo isso era minha avó”. Ver esse sucesso todo, a vida que posso
dar para minha família... Queria que ela curtisse um pouquinho disso,
até pelo que passamos juntos. Minha esposa disse que onde quer que
esteja ela está vendo tudo, mas eu a queria aqui. Ela foi minha mãe
praticamente. Me educou, me criou... Meus Deus, vó Teresa era tudo! Ela
teve derrame, parou o lado esquerdo, não conseguiu se recuperar e eu que
cuidei dela. Tinha que trocar fralda, dar atenção. Eu estudava de manhã
e voltava correndo para ajudá-la. Já ia para escola preocupado com
isso. Lembro que quando minha avó faleceu eu estava sonhando justamente
com ela. Acordei e só escutei meus tios com cuidado falando: “A mãe
faleceu”. Levantei, fui para sala e todo mundo ficou espantado. Eu
desabei. Tinha perdido o chão. Mesmo ela de cama, éramos muito próximos.
Tudo que ela pedisse, eu fazia. Às vezes, ela só chamava para brincar,
para me ver por perto. Minha infância toda, ela cuidou de mim. Então, eu
tinha que fazer aquilo por ela, retribuir, mostrar meu amor.
Tanta dedicação que você mostra em campo vem desse exemplo de luta que ela te deu?
E o cara que falou para mim era negro também"
Ramires, lembrando caso de racismo em campo
Com certeza. Quando você nasce em um bairro mais pobre, tem vários
caminhos para seguir. Os mais fáceis são das drogas, prostituição... Eu
tinha essas opções, mas não foi assim que fui criado. Tive uma educação,
mesmo sendo de família humilde. Aprendi que se quero uma coisa, tenho
que trabalhar para conseguir. Se não tiver dinheiro, jamais vou roubar
para ter. Foi assim que ela me ensinou. Se tem, tem. Se não tem, não
tem. E assim vou levando. É a lição que vou passar para meu filho. Ter
simplicidade e humildade é o caminho. Sempre vou lembrar minhas origens.
Voltando a falar da Champions, já apontam o Bayern como
favorito por jogar em casa, mas vocês já provaram que duvidar do Chelsea
não é muito prudente, né?
Pois é, mas é até bom não apostarem muito na gente. Se for para vencer
assim, podem falar o que quiserem. É questão de respeito. Isso deixa o
jogador mais mordido. Vamos respeitar o Bayern e esperamos o mesmo.
Eliminamos grandes adversários e estamos na final por merecimento. Vamos
com cuidado e pé no chão.
Suspenso, Ramires está fora da final da Liga dos Campeões (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)