sábado, 28 de abril de 2012

No clima do TUF americano, Dana White posta foto com arma de guerra

Presidente do UFC mostrou empolgação para o duelo de treinadores

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Dana White está mesmo animado com o The Ultimate Fighter dos Estados Unidos, que já está na edição de número 15. Neste sábado, o chefão do UFC postou uma foto com uma arma de guerra, direto da gravação do desafio dos treinadores do reality show.
Reprodução Twitter. Dana White posa com arma de guerra (Foto: Reprodução / Twitter)Presidente do UFC, Dana White posa com arma de guerra na gravação do TUF (Foto: Reprodução / Twitter)
- Duelo dos treinadores hoje. Está demais a temporada -postou White.
Os pesos-galos Dominick Cruz e Urijah Faber são os técnicos da atual temporada. No dia 7 de julho, os dois se enfrentam no co-evento principal do UFC 148. Cruz é o atual campeão da categoria.

Estilo ponderado une os diferentes treinadores da decisão da Taça Rio

Afeitos ao papo ao pé do ouvido, Oswaldo e Cristóvão defendem postura contida. Botafoguense brinca: 'Tem um detalhe: o Cristóvão jogava muito!'

Por André Casado, Gustavo Rotstein, Thales Soares e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Encaixados no grupo dos treinadores que costumam poupar as cordas vocais e que raramente causam atrito, Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges, à distância, são bem parecidos em seu modo de trabalhar, na própria personalidade e na origem das trajetórias. No entanto, basta um olhar mais apurado para identificar que, à medida que detalham a mudança das características ao longo das respectivas carreiras, os finalistas da Taça Rio também trilharam caminhos inversos.
Ao revisitar suas memórias, o comandante do Botafogo assume que o perfil light nem sempre fez parte de seu dia a dia. Após a saída de Vanderlei Luxemburgo, em 1999, deixou de ser auxiliar, assumiu o Corinthians e se viu diante de um turbilhão de cobranças às quais não estava acostumado. E vez por outra agia com a emoção, se deixando levar com facilidade. Somente com a experiência adquirida é que se acalmou e passou a ser apontado como um sereno e inabalável.
montagem Cristovão Borges Vasco Oswaldo de Oliveira Botafogo (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)Cristóvão e Oswaldo orientam os times com estilos parecidos (Foto: Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM)
- A questão da ansiedade é o ponto principal para mim. Comecei numa situação especial, num timaço, com assédio grande. Aquilo mexeu comigo, foi tudo emocionante demais. Eu tinha mais de vinte anos de futebol, mas como preparador físico. E já dizia que minha vida seria um antes e depois daqueles momentos. Mas com o tempo fui me habituando a ver as coisas com naturalidade, mesmo nas circunstâncias difíceis e importantes - analisou Oswaldo, que não acredita mais em preconceito e acusações de falta de pulso por ser diferente da maioria.
Meu trabalho tem um pouco o meu retrato, é da minha natureza. Não posso entrar em qualquer jogo ou em qualquer dificuldade e ficar transtornado. Tem que passar isso (tranquilidade). Mas a equipe ser aguerrida tem a ver com aquilo que conversamos na intimidade"
Cristóvão Borges
- Existem outras maneiras de se comportar, é difícil falar sobre isso, porque há quem pense de outra forma e tem que existir respeito por todos. Meu caminho é o da ponderação, do papo, do trabalho ao longo da semana para não precisar mudar tudo durante o jogo, me desesperando. Mas não abro mão de erguer a voz quando necessário - reforça o alvinegro, invicto nas 21 partidas que esteve no banco de reservas, na temporada, contra quatro derrotas do rival.
Já Cristóvão, há quase oito meses como técnico do Vasco – desde que Ricardo Gomes sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) –, mostrou mudanças em sua atitude durante as partidas. Inicialmente contido e preocupado apenas em transmitir suas instruções, recentemente passou a gesticular muito, falar alto e até contestar a arbitragem, indicando um toque contrário ao do amadurecimento do colega. Ainda assim, segue relativamente discreto, até mesmo nos lances mais emocionantes de jogos decisivos.
No dia a dia dos treinamentos, mostra-se tranquilo. Mesmo enfático em suas instruções, não costuma levantar a voz, a não ser para elogiar um movimento ou uma boa jogada. Tanto no gramado quanto no vestiário e na concentração, Cristóvão é adepto da conversa ao pé do ouvido. Gosta de unir o auxílio técnico ao emocional e tem em jogadores como o meia Felipe um confidente. O papo particular também é arma de Oswaldo, muito próximo de Fellype Gabriel, por exemplo. Mas nas atividades a participação é intensa e à base de gritos de incentivo.
Oswaldo de Oliveira no treino do Botafogo com os jogadores (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)Oswaldo deu broncas no grupo no campo, algo
que o colega evita (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)
- Realmente tenho percebido que mudei o comportamento desde que comecei a ficar à beira do campo. Mas muito disso é também pelo fato de o Vasco ter disputado muitos jogos decisivos, que têm uma carga de emoção maior e exigem mais atenção. Algumas pessoas aqui no Vasco dizem que eu me transformo - brinca Cristóvão, que não pretende mudar sua linha geral.
- Meu trabalho tem um pouco o meu retrato, é da minha natureza. Não posso entrar em qualquer jogo ou dificuldade e ficar transtornado. Tem que passar tranquilidade. Mas a equipe ser aguerrida tem a ver com aquilo que conversamos na intimidade - argumenta.
Por fim, Oswaldo - acostumado a liderar as equipes amadoras nas quais era meia-direita - traçou outra diferença que considera primordial entre ele e o colega cruz-maltino - capitão dos times pelos quais passou e integrante da Seleção Brasileira na Copa América de 1989.
- Somos mesmo bastante parecidos. Mas tem um detalhe bem diferente: o Cristóvão jogava muito! - brincou, arrancando gargalhadas na sala de imprensa com sua sinceridade.
Ambos medem forças a partir das 16h deste domingo, no Engenhão, pela final da Taça Rio.
Cristóvão Borges e Felipe treino Vasco (Foto: Iivo Gonzalez / O Globo)Cristóvão e Felipe em particular: mesmo às vezes fora, meia admira o técnico (Foto: Iivo Gonzalez / O Globo)

Dedé melhora, e Cristóvão já faz planos para utilizá-lo

Jogador tem chance de entrar em campo caso o Vasco se classifique para a final do Carioca

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro
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Dedé treino Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Dedé pode ser arma importante caso Vasco decida o
Carioca (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
O edema na fíbula da perna esquerda de Dedé diminuiu e o jogador se aproxima cada vez mais de retornar aos campos. Neste domingo, vai assistir à final da Taça Rio das arquibancadas, mas vai torcer muito para seus companheiros conseguirem vencer e garantir vaga na decisão do Estadual contra o Fluminense. Caso isso se concretize, o zagueiro vai fazer um exame segunda-feira para saber se estará liberado para treinar. Com resposta positiva, fica fora do primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, contra o Lanús-ARG, na quarta-feira, mas tem chance de encarar o Tricolor no fim de semana.
- Se a gente se classificar para a final, o Dedé vai poder jogar se ele for a campo e tiver uma semana inteira para trabalhar. Aí é bem possível que dê tempo de colocá-lo em campo para jogar. O departamento médico me falou da melhora que aconteceu. Vai fazer um outro exame na semana que vem e aí pode ser liberado – explicou o técnico Cristóvão Borges.
Ainda sem Dedé, Cristóvão deve repetir o time que venceu o Flamengo na semifinal da Taça Rio, com Rodolfo e Renato Silva na zaga. A maior dúvida está no meio, principalmente por conta de Juninho Pernambucano, que ficou no banco contra a equipe rubro-negra.
- É possível que eu repita o time, mas não é definitivo. Estou analisando os jogos e vendo até as vezes que a gente jogou contra o Botafogo no ano passado. A essência dos times é a mesma. Estou vendo essas coisas porque é um jogo diferente. Temos que analisar bem para ver de que maneira a gente pode ser eficiente.
Mesmo sem garantir que vai manter o time, Cristóvão comemora o fato pouco comum este de poder escalar a mesma equipe em dois jogos seguidos.
- A gente não tem podido fazer isso por outras coisas. Jogador contundido, suspensões ou por questões de mudanças táticas. É uma partida diferente do que foi contra o Flamengo pelo esquema. Mas, volto a dizer, não quer dizer que vai ser assim que a gente vai jogar,
Vasco e Botafogo se enfrentam no Engenhão, a partir das 16h (horário de Brasília). A Rede Globo transmite o jogo ao vivo.

Oito meses depois de AVC, Ricardo Gomes visita Vasco em São Januário

Técnico esteve rapidamente no local neste sábado, antes de clássico contra o Bota. Ele costuma jantar com atletas antes de jogos em hotel

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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O Vasco ganhou uma motivação extra para o clássico contra o Botafogo, que acontece neste domingo, em jogo válido pela semifinal da Taça Rio, às 16h (de Brasília), no Engenhão: o técnico Ricardo Gomes esteve rapidamente em São Januário neste sábado. Foi a primeira vez em que ele voltou à casa do time da Colina após ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral), em um partida contra o Flamengo, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro do ano passado.

O curioso é que a visita acontece exatamente oito meses após o ocorrido. Desta vez, ele chegou ao estádio, encontrou com os atletas, conversou com alguns e foi embora de São Januário sem ser visto pelos jornalistas e torcedores que estiveram no clube.

Após iniciar a recuperação gradual ainda em 2011, Ricardo Gomes manteve o hábito de visitar os jogadores vascaínos na véspera de jogos importantes, mas nunca em São Januário. O comandante jantava com os atletas no hotel em que costumam ficar concentrados.
O volante Fellipe Bastos, um dos comandados por Ricardo Gomes no Vasco, revelou que o grupo foi surpreendido com a presença do treinador no vestiário neste sábado e afirmou que a visita deixou o ambiente de São Januário ainda mais animado.
- Ninguém esperava que ele viesse. Há o costume de o Ricardo ir à nossa concentração, mas em São Januário foi a primeira vez. Foi uma surpresa. Acho que para ele é um recomeço voltar ao clube e a viver esse clima de vestiário. Tenho certeza de que será importante para a recuperação dele - afirmou Fellipe Bastos.
Treino Vasco torcida São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Torida marca presença na véspera da decisão (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
A presença do técnico já era suficiente para deixar o ambiente mais leve, mas cerca de 300 torcedores compareceram ao treinamento e transmitiram otimismo aos jogadores na véspera do clássico decisivo.
Com a leve chuva que caiu em alguns momentos, a torcida se concentrou nas cadeiras sociais em busca de fotos e autógrafos. Enquanto isso, os jogadores fizeram um treino recreativo, do qual Juninho Pernambucano não participou. Poupado, ele esteve em campo apenas durante o aquecimento – uma atividade de futevôlei –, mas logo depois voltou para o vestiário.
Após o rachão, vencido pela equipe de Felipe, os jogadores treinaram cobranças de pênalti, inclusive o goleiro Fernando Prass. No entanto, o destaque foi o reserva Alessandro, que defendeu quase dez cobranças, duas delas do camisa 1 cruz-maltino.

Elkeson x Fellipe Bastos: pés de grosso calibre na decisão da Taça Rio

Acostumado a marcar de fora da área, meia do Bota ficou perigoso dentro dela. Jogador do Vasco revela alto grau de confiança em sua bomba

Por Gustavo Rotstein e Thales Soares Rio de Janeiro
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 Jovens que se entregam em campo, Elkeson e Fellipe Bastos foram criados de maneiras bem diferentes, mas cresceram como apostas de talento para o futebol. Neste domingo, às 16h (de Brasília), eles defenderão Botafogo e Vasco, respectivamente, na final da Taça Rio, conscientes de como podem ser importantes para o sucesso de seus times no Engenhão.
Nascido no interior do Maranhão e revelado pelo Vitória, Elkeson tem 22 anos de idade, apenas seis meses mais velho do que Fellipe Bastos. Na Bahia, apareceu como grande revelação e chegou ao Botafogo, credenciado por seus chutes potentes, mesma arma de seu adversário.
Ele está buscando se reencontrar com grandes momentos, como foi a sua convocação para a Seleção Brasileira"
Oswaldo de Oliveira
Um ano depois, Elkeson evoluiu. Sozinho no Rio de Janeiro, sofreu com um longo jejum de gols no segundo semeste do ano passado. Mais presente na área e maduro para absorver as críticas, cresceu e hoje se transformou numa arma dentro da área. Seus cinco gols foram marcados assim, uma característica adotada pelo Botafogo, que fez apenas dois de seus 44 gols no ano de fora da área, com Maicosuel e Herrera.
- Quando vi o Elkeson atuar pelo Botafogo, recebi uma proposta para ser técnico na China e pensei em levá-lo. Eu o vejo hoje participando mais do conjunto. Entendendo bem isso. Ele está buscando se reencontrar com grandes momentos, como foi a sua convocação para a Seleção Brasileira. É um jogador inteligente, com potencial, força, técnica e juventude. Vai ter um crescimento grande na temporada - comentou o técnico do Botafogo, Oswaldo de Oliveira.
 Ao contrário de Elkeson, Fellipe Bastos tem brilhado na temporada. Este ano, ele marcou cinco gols, todos de fora da área, sendo um deles numa bela cobrança de falta na derrota do Vasco por 3 a 1 para o Botafogo. Criado no Rio, revelado pelo rival e com passagem pelo Benfica, o meia de 22 anos parece ter se firmado no time comandado por Cristóvão.
Este ano, em 20 jogos disputados, Fellipe Bastos marcou o mesmo número gols das suas duas primeiras temporadas com o Vasco. A confiança tem sido decisiva para ele conseguir fazer os gols, como aconteceu na vitória por 2 a 1 sobre o Alianza, em Lima - fundamental na classificação do time para as oitavas de final da Taça Libertadores.
Aqui no Vasco sou sempre instruído a arriscar. O Cristóvão, o Felipe e o Juninho me incentivam muito"
Fellipe Bastos
- Sempre tive essa característica e há pouco tempo a bola não estava entrando. Aqui no Vasco, sou sempre instruído a arriscar. O Cristóvão, o Felipe e o Juninho me incentivam muito - disse Fellipe Bastos, que espera ver Elkeson manter o jejum de gols em chutes de fora da área.

- Sei que uma hora a bola começa a entrar. Espero que isso não comece justamente contra o Vasco.
Quem vencer a final da Taça Rio vai enfrentar o Fluminense, campeão da Taça Guanabara, nos dias 6 e 13 de maio, pelo título do Campeonato Carioca.

Após três turnos no quase, Nilton decreta: 'Não vamos deixar escapar'

Volante lembra que Vasco vive longa espera para decidir o Campeonato Carioca e destaca importância de vitória sobre o Botafogo neste domingo

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Nilton careca treino Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Nilton vive expectativa de título pelo Vasco
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Taça Guanabara de 2010. Taça Rio de 2011. Taça Guanabara de 2012. Foram três as oportunidades que o Vasco e Nilton tiveram de conquistar o título de um turno do Campeonato Carioca e chegar à final. Mas todas bateram na trave. Neste domingo, contra o Botafogo, pela decisão da Taça Rio, o volante espera dar fim a uma espera pessoal que, para o clube, é ainda maior: são oito anos sem levantar o troféu de um turno e nove de jejum no estadual.
- Fiquei chateado por bater na trave três vezes. Mas dessa vez não vamos deixar escapar. Existe uma cobrança grande por um título do Carioca, e ela não é apenas do torcedor, mas também de nós jogadores. Mostramos força por estarmos sempre chegando, mas também sabemos a importância de coroar a boa campanha sendo campeões - disse o volante.
No Vasco desde 2009, Nilton fez parte do processo de crescimento do clube. Mas o volante sabe que, mesmo após a conquista da Copa do Brasil, em 2011, o grupo entende a importância de um título estadual, tamanha a rivalidade entre os clubes e as provocações entre os torcedores.
- Ficar quase nove anos sem um Campeonato Carioca é muito tempo para um clube como o Vasco. Neste domingo temos mais uma oportunidade de seguir na luta por esse objetivo e vamos agarrá-la. Perdemos a Taça Guanabara para o Fluminense e queremos conquistar a Taça Rio para termos essa revanche na final do estadual - observou Nilton.

Em boas condições, gramado do Engenhão é aparado para o clássico

Após ano de críticas, palco revitalizado tem provado sua resistência neste começo de temporada, mesmo com alto número de jogos e eventos

Por Thales Soares Rio de Janeiro
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Na véspera da decisão da Taça Rio, entre Botafogo e Vasco, o gramado do Engenhão, já em boas condições, foi aparado. Após um ano de críticas, o palco tem demonstrado boa resistência neste começo de temporada, mesmo com o acúmulo de jogos e eventos. O clássico que dará o troféu e a vaga na final do Campeonato Carioca contra o Fluminense a uma das duas equipes acontece neste domingo, às 16h (de Brasília). Mais de 30 mil ingressos já foram vendidos.
Corte da grama do Engenhão na véspera da final (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Corte da grama do Engenhão na véspera da final (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

De volta à seleção, Ricardinho encara ansiedade: 'É um recomeço'

Na lista de Bernardinho após cinco anos, levantador revela conversas com técnico e com Giba e diz: 'Eu me sinto um aluno que vai voltar à escola'

Por João Gabriel Rodrigues Rio de Janeiro
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 Ricardinho dirigia seu carro por Araçatuba quando recebeu a notícia, através de uma ligação de Basílio Torres, diretor do Vôlei Futuro. Naquele momento, o levantador voltou cinco anos no tempo, direto para o pódio montado na quadra do ginásio da cidade de Katowice, na Polônia. Lá, havia guiado a seleção brasileira ao sétimo título da Liga Mundial, depois de vencer a Rússia na decisão. Ao levantar o troféu e assinar camisas e fotos de torcedores, o jogador comemorava sua última conquista com a equipe até hoje. Mas a lista divulgada pelo técnico Bernardinho, na noite de sexta-feira, renovou as esperanças de novas vitórias. De volta à seleção para a disputa da mesma Liga Mundial, Ricardinho encara a ansiedade como um iniciante.
- É tudo um recomeço, eu me sinto um aluno que vai voltar à escola, com aquela vontade de encontrar os colegas. É uma ansiedade natural, estou feliz por estar de volta. O desafio não vai ser só no jogo, vai ser durante todo o trabalho em Saquarema. Não é fácil, todo desafio tem sempre suas dificuldades. Espero entrar no ritmo o mais rápido possível. É um trabalho muito puxado, forte. E preciso focar. É o primeiro desafio, sou um cara com os pés no chão, muito centrado nesse sentido. Vou separar e encarar esses desafios parte a parte. Tudo vai ser uma emoção maravilhosa, tudo começa por ali, em Saquarema - disse o levantador, em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.
No total, são quase cinco anos longe da seleção. Dias depois da conquista daquela Liga Mundial na Polônia, Ricardinho foi cortado da equipe que disputaria os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Agora, com as lembranças passando em série pela cabeça, o levantador comemora o retorno e a chance de, quem sabe, voltar a disputar uma Olimpíada.
- Estou muito feliz. Poder estar num grupo tão elitizado é um orgulho muito grande. Fiz parte desse processo todo por um período bem grande. Foram muitas vitórias, alegrias e, claro, tristezas. Mas, apesar das tristezas, nos divertimos muito. São lembranças boas. Estou vivendo um retrospecto de que tudo que eu já tinha passado, está voltando tudo. Fico realmente muito honrado. É muito bom ver que o Bernardo ainda me considera um grande levantador. Tenho realmente que agradecer - disse o levantador, campeão em Atenas-2004.
Após o vice da Superliga com o Vôlei Futuro, Ricardinho encontrou Bernardinho para a conversa que tanto esperava. Lá, garante o levantador, todas as mágoas chegaram ao fim.
ricardinho bernardinho seleção brasileira vôlei (Foto: Reuters)Bernardinho e Ricardinho voltarão a trabalhar juntos a partir de terça-feira (Foto: Reuters)
- Batemos um papo muito bacana, saudável, que me deixou muito feliz. Ali, eu já estava contente, independentemente se seria convocado ou não. Vi que tudo o que eu vinha falando há cinco anos estava certo, tudo tinha ficado bem. E, agora, ele deixou claro a todo mundo qual é a sua posição. São apenas dois levantadores na lista (Bruninho também foi convocado).
Mesmo antes da divulgação da convocação, Ricardinho vinha conversando com Giba, que já está no CT de Saquarema, cuidando da fase final de recuperação da lesão na tíbia esquerda.
Segundo o levantador, o ponteiro tem passado o clima da parte do grupo que já está treinando.
- Eu venho conversando com o Giba por telefone, ele tem esse feedback da galera. Conversando sobre o que está rolando, a contusão dele, o papo que nós sempre tivemos, fomos companheiros de quarto por um período muito grande. Eles deveriam estar sabendo antes do que eu, eu imagino. Acho que (a lista) não era uma novidade para muitos deles, mas estou muito feliz por voltar e quero começar a trabalhar o mais rapidamente possível.
Da noite de sexta à manhã deste sábado, Ricardinho se dividiu entre comemorações com a família e entrevistas para a imprensa. Mesmo assim, o levantador garante já ter pensado nos adversários que o Brasil vai encarar na primeira fase da Liga Mundial.
- Eu, depois da notícia, já comecei a pensar na rotina de trabalho. Eu sou um cara movido a desafio, já pensei em todas as seleções, as que são do nosso grupo, as que não são. Nesses últimos anos, acompanhei a maioria dos jogos do Brasil, as outras seleções, prestando muita atenção aos centrais adversários. Eu gravo bem as características. Não assisto aos jogos como torcedor, vejo tudo analisando, pensando na estratégia. Já estou me imaginando em quadra novamente, sem dúvida.
Ricardinho se apresentará no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ), na próxima terça-feira. A primeira parada da seleção brasileira será no Canadá, onde o Brasil jogará nos dias 18, 19 e 20 de maio, no Ricoh Coliseum, em Toronto. De lá, a equipe comandada pelo técnico Bernardinho seguirá para Katowice, na Polônia, onde jogará nos dias 1º, 2 e 3 de junho, no ginásio Spodek.
Na terceira fase, a seleção estará em casa, no ginásio Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo (SP), nos dias 8, 9 e 10 de junho. Na última etapa, os quatro países jogarão em Tampere, na Finlândia, nos dias 15, 16 e 17 de junho.
A fase final da Liga Mundial 2012 será em Sofia, na Bulgária, de 4 a 8 de julho, entre seis times - os primeiros de cada grupo, o melhor segundo colocado, além do país-sede -, que estarão divididos em dois grupos. Os dois primeiros de cada um avançam para as semifinais do campeonato

Vice de futebol revela conhecimento de Seedorf sobre história do Botafogo

Dirigente diz que só depende do aval do departamento financeiro para ir atrás do jogador após as decisões que o time tem pela frente no semeste

Por Thales Soares Rio de Janeiro
Clarence Seedorf Milan (Foto: Getty Images)Seedorf, atual jogador do Milan, está nos planos do
Bota para o segundo semestre (Foto: Getty Images)
Manter o sonho de contratar o holandês Seedorf, do Milan, tem uma explicação no Botafogo. No ano passado, quando o presidente do clube, Mauricio Assumpção, e o vice de futebol, André Silva, estiveram na Itália para conversar com o jogador, eles ficaram impressionados com seu conhecimento do futebol brasileiro e, em especial, sobre a história alvinegra no contexto.
Mauricio e André conversaram durante seis horas com Seedorf. O vice de futebol do Botafogo foi outro a confessar que o clube manteve contato posterior com o meia e sustentou a proposta oficial feita nesse encontro no ano passado. A promessa, no entanto, é a de que a munição aumente com o fim do contrato do holandês com o Milan, em junho.
- Ficamos de queixo caído com o conhecimento dele, e tudo no bom português (o jogador é casado com uma brasileira). Se dissesse que a gente não manteve contato nesse tempo, estaria mentindo. Até porque criamos um laço - comentou André Silva.

- É uma vontade nossa. Já passamos pela parte técnica e acho que o marketing iria enlouquecer. A única questão é financeira. Se me derem o ok, pego avião para Milão na mesma hora - completou.
O nível salarial de Seedorf está num patamar elevado para os padrões atuais do Botafogo. Há uma diferença de cerca de R$ 200 mil entre o que o clube ofereceu e a pedida. No entanto, André Silva preferiu lembrar que o momento pede atenção aos jogos que serão disputados nesta semana.
- Temos o Vasco (domingo, às 16h de Brasília), pela final da Taça Rio, e depois o Vitória, quarta-feira, pela Copa do Brasil. Estamos totalmente voltados para essas duas partidas. Se Deus ajudar, passando essa fase, vamos entrar na briga pelo Seedorf como qualquer clube - comentou André Silva, que esteve neste sábado no Engenhão depois do treinamento.

Vitória bate o Feirense e se classifica para final do Baianão

Leão chega a uma decisão do estadual pela 11ª vez consecutiva

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
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O Vitória está na final do Campeonato Baiano 2012. Neste sábado, o time comandado interinamente por Ricardo Silva venceu o Feirense por 3 a 2, no Barradão, e chega à briga pelo título estadual pela 11ª vez consecutiva. Pedro Ken, Léo e Neto Baiano marcaram os gols do Rubro-Negro, que agora aguarda o resultado do confronto entre Bahia e Vitória da Conquista, neste domingo, para conhecer o adversário da grande decisão.
léo vitória-BA gol feirense (Foto: Felipe Oliveira / Agência Estado)Léo comemora um dos gols do Vitória (Foto: Felipe Oliveira / Agência Estado)
Antes de se concentrar na final, o Vitória terá que encarar o Botafogo pela Copa do Brasil. As duas equipes se enfrentam na quarta-feira, no Barradão, em partida válida pelas oitavas de final. O primeiro jogo da decisão do estadual será realizado no próximo fim de semana, com local ainda indefinido. Logo após o triunfo, a diretoria anunciou a contratação de Paulo César Carpegianni como novo técnico da equipe. O treinador assume a equipe na próxima segunda.

Fator casa
O Vitória entrou em campo já em desvantagem. No último domingo, foi derrotado pelo Feirense no Estádio Pedro Amorim e precisava vencer por qualquer placar, já que teve melhor campanha, para garantir uma vaga na final. Por necessidade, partiu para cima, aproveitou o fator casa e não demorou a colocar fogo no confronto.

Logo aos 14 minutos, Rildo cruzou da esquerda e Pedro Ken desviou de cabeça para fazer 1 a 0, resultado que já era suficiente para classificar o Vitória. Assustado em campo, o time treinado por Duzinho demorou a se recuperar do golpe. No entanto, quando partiu para o ataque, mostrou o motivo pelo qual chegou à semifinal do Baianão. No primeiro ataque, André Cabeça deixou Hermínio na cara do gol. O camisa 9 entrou livre na área, mas bateu em cima de Renan.

Pouco tempo depois, o Vitória deixou as coisas mais tranquilas. Léo arrancou do meio de campo, cortou Angelo e bateu com categoria no canto direito de Naldo para marcar um golaço, o segundo do Vitória.

Sustos e polêmica
O segundo tempo começou com fortes emoções para o torcedor rubro-negro. Atrás no placar, o Feirense partiu com tudo para o ataque e forçou o goleiro Renan a realizar belas defesas. Aos sete minutos, a equipe de Feira de Santana foi premiada. De fora da área, Danilo Cruz bateu com categoria e viu a bola desviar em Uelliton antes de encobrir o goleiro Renan.

O gol recolocou o Feirense na partida. No entanto, o time de Duzinho ganhou uma ducha de água fria pouco tempo depois. O zagueiro Valdo fez falta em Pedro Ken, recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso.

Para deixar o time mais ofensivo, Ricardo Silva decidiu mudar. Com a missão de dar mais velocidade ao ataque, Tartá entrou no lugar de Rildo. Momentos antes, o atacante havia recebido um cartão amarelo, advertência que o tirou da primeira partida da final do estadual.

Com um a mais, o Vitória passou a tomar conta do jogo. E aos 26 minutos, após bela jogada de Tartá, Neto Baiano mostrou o faro de artilheiro e balançou as redes da meta defendida por Naldo pela terceira vez. Os jogadores do Feirense reclamaram de impedimento na jogada. No entanto, o árbitro confirmou o 25º gol de Neto Baiano no estadual. Agora, o artilheiro do Brasil está a dois gols de igualar o recorde de Cláudio Adão, atacante que mais marcou gols em uma única edição do Campeonato Baiano.

Mesmo melhor no confronto, o Vitória fez questão de deixar as coisas mais tensas. Pouco tempo depois do gol de Neto Baiano, Danilo Cruz apareceu livre de marcação, chutou de longe e acertou o cantinho da meta defendida por Renan para fazer o segundo gol do Feirense.

Com a vantagem de apenas um gol no placar, a partida ficou aberta. Um gol bastava para que o Feirense conquistasse a vaga na final. Contudo, o Vitória continuou dono do jogo e foi quem mais teve chances de ampliar o placar. No final, a partida terminou em 3 a 2, resultado que classificou o Rubro-negro para decisão do Baiano.

Flu derrota o Volta Redonda e levanta a sua segunda taça em 2012

Campeão da Taça Guanabara, Tricolor vence por 2 a 0, em Moça Bonita, e fica com o Torneio de Consolação. Fábio Braga e Araújo fazem os gols

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Pode não ser dos mais cobiçados troféus, mas o Fluminense levantou a sua segunda taça em 2012 neste sábado, em Moça Bonita. Ao derrotar o Volta Redonda, por 2 a 0, gols de Fábio Braga e Araújo (veja no vídeo ao lado), o Tricolor, que já havia ganho a Taça Guanabara e garantido assim sua vaga na final do Campeonato Carioca, conquistou o Torneio de Consolação, que disputou por não ter chegado às semifinais da Taça Rio, mas ter ficado em terceiro lugar no Grupo B. Apenas 228 pessoas pagaram ingresso (418 presentes) para ver a partida, que teve renda de R$ 4.935,00.
Agora, o Flu, que na semifinal havia eliminado o Macaé, com uma virtoria de 2 a 0,  volta as suas atenções para a final do Campeonato Carioca. No dia 6 de maio, domingo, faz a primeira partida da decisão contra o campeão da Taça Rio, que será conhecido neste domingo na partida entre Vasco e Botafogo. Além disso, terá um confronto decisivo contra o Inter, nas oitavas de final da Libertadores, dia 10 de maio, no Engenhão.
Primeiro tempo morno
O Fluminense começou buscando o gol com mais vontade e aos sete quase marcou em cruzamento da direita de Wallace, que Matheus Carvalho por pouco não conseguiu completar de cabeça na pequena área. Na sequência da jogada Jean chutou forte da meia-lua, em cima do goleiro João Gabriel, que escorou a bola para impedir que ela entrasse. Quatro minutos depois, Lazini perdeu chance clara, completamente livre na área, ao tocar por cima do gol cruzamento da esquerda de Thiago Carleto.
O Volta Redonda, com 13 jogadores que participaram do Campeonato Carioca fora do elenco, entrou em campo para só ir à frente na boa. Mas foi difícil encaixar algum ataque importante. Como o Tricolor não criava mais nenhuma boa oportunidade, Fábio, filho do técnico Abel Braga, resolveu tentar sozinho e foi fazendo fila até entrar na área e quase sem ângulo, diante de João Gabriel, chutar de pé canhoto para fora, aos 27. Mas foi só na primeira etapa, que teve em seus últimos minutos o Voltaço mais presente no setor ofensivo, mas sem chegar perto do gol.
fabio fluminense gol volta redonda (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Wagner (19) abraça Fábio na comemoração do primeiro gol do Flu (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Flu marca no início e no fim e ainda perde pênalti
O segundo tempo começou de forma semelhante à etapa inicial, mas com uma diferença: o Fluminense conseguiu abrir o marcador. Wagner cobrou escanteio pela direita, e Fábio no primeiro pau, de cabeça, colocou a bola na rede e foi cumprimentar seu pai, que comandava a equipe à beira do gramado. O gol não acomodou o Tricolor, que passou a buscar o segundo.
Porém, a melhor chance só veio aos 26, com Araújo, que havia substituído Samuel um minuto antes. O atacante pegou um rebote na meia-lua e tentou colocar, mas a bola passou à esquerda de João Gabriel e foi para fora. O Voltaço não exibia qualquer poder de reação, até que Joabe, que entrara pouco antes no lugar de Sampson, acertou o travessão em belo chute de fora da área, aos 33.
O susto deixou o Tricolor em alerta e num contra-ataque, aos 34, Marcos Júnior tomou a bola de Róbson, mas sozinho diante de João Gabriel, depois de uma firula, acertou o pé direito do goleiro. No rebote, Wagner foi derrubado na área. Pênalti que Lanzini, péssimo em campo desde o início, desperdiçou: João Gabriel defendeu bem no seu canto direito.
lanzini fluminense volta redonda (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Lanzini, que jogou mal e perdeu pênalti, dá combate a Marcelo (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
O goleiro do Voltaço ainda impediu outro gol do Flu em mais duas oportunidades, em uma bomba de Carleto de fora da área, aos 41, e em chute colocado de Araújo, à queima-roupa, aos 42. Apesar da boa atuação, João Gabriel não conseguiu evitar o Tricolor chegase ao segundo, garantisse a vitória e mais um troféu para a sua coleção. Araújo recebeu na área, driblou o arqueiro e tocou para a rede, aos 47. A pequena torcida tricolor presente ao estádio do Bangu não resistiu e gritou: "É campeão, é campeão".
Times:
Fluminense: Ricardo Berna, Wallace, Digão, Fábio e Thiago Carleto; Valencia, Jean, Lanzini e Wagner (Lucas); Matheus Carvalho (Marcos Júnior) e Samuel (Araújo).
Volta Redonda: João Gabriel, Rodrigo, Robson, Marcelo e Tiago Costa; Botineli, Gláuber, Luiz Henrique (Nandinho) e Sampson (Joabe); Vinícius e Jhonnattann.

Fortaleza mantém favoritismo, vence Horizonte e está na final do Cearense

Ciro Sena faz o gol da vitória tricolor. Agora, o Leão do Pici espera pelo vencedor da partida entre Ceará e Tiradentes para a decisão

Por GLOBOESPORTE.COM Fortaleza, CE
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O Fortaleza foi atacado, mas conseguiu se impor em campo, no Estádio Presidente Vargas, na tarde deste sábado, e venceu o Horizonte, por 1 a 0, resultado suficiente para garantir a classificação para a final do Campeonato Cearense. O adversário leonino sairá do confronto entre Ceará e Tiradentes, neste domingo, também no PV.
Desde o primeiro minuto, o Galo do Tabuleiro buscou o gol. A equipe da Região Metropolitana de Fortaleza precisava vencer por quatro gols de diferença para conseguir se classificar à finalíssima.

Nada de gol na primeira etapa


Vanger foi o homem mais acionado do Horizonte. Logo aos nove minutos, surgiu o primeiro lance perigoso. O atacante foi lançado dentro da área e finalizou. João Carlos salvou o que seria primeiro gol. Em seguida, Elanardo cobrou escanteio e quase fez gol olímpico. Vanger ainda perdeu outras três chances.
O Fortaleza chegou duas vezes com perigo real. O primeiro foi aos 14 minutos. Marielson saiu cara a cara com Jefferson, chutou, mas o goleiro defendeu. O segundo lance só veio no finalzinho da etapa inicial. Rafinha cruzou pela direita, a zaga do Horizonte tentou afastar. Na sobra, Rômulo obrigou Jefferson a fazer grande defesa.
Ciro sena fortaleza gol horizonte (Foto: LC Moreira / Agência Estado) Jogadores do Fortaleza comemoram o gol da classificação (Foto: LC Moreira / Agência Estado)
Segundo tempo e gol
O Horizonte voltou a campo com mais afinco. Mas viu o Fortaleza marcar o gol que seria o da vitória. Em cobrança de escanteio, Cléber Carioca desviou de cabeça para a chegada de Ciro Sena, que tocou e fez o gol da classificação tricolor.
Na comemoração, homenagem do meia Geraldo e do autor do gol, zagueiro Ciro Sena, ao garoto Luan Victor, visitado pelos dois jogadores esta semana. Luan sofre de doença degenerativa espinoceleberar, que afeta medula e cerebelo, tinha o sonho de conhecer os jogadores do Fortaleza.
Depois disso, o Galo do Tabuleiro perdeu o rumo. Em seguida, o meia Hércules foi expulso por falta violenta. O técnico Roberto Carlos, mesmo assim, não se intimidou e mudou a dupla de ataque. Não funcionou. Principalmente, porque o goleiro João Carlos continuava fazendo belas defesas.
O Tricolor do Pici passou a administrar bem a partida e até criou outras boas chances de marcar. No apito final, comemoração dos jogadores tricolores e resignação dos atletas do Galo.
Enquanto o Fortaleza garante vaga na final do Cearense, o Horizonte disputa, a partir da próxima terça-feira, a final da Taça Padre Cícero, que reúne os dois melhores times do Interior. O Galo encara o Crato, no Cariri.
Além disso, o Horizonte ainda fica na torcida para que o Tiradentes não elimine o Ceará no jogo de volta, neste domingo, para se garantir na Série D do Campeonato Brasileiro.

Treino de luxo: Dragão goleia o Crac por 8 a 0 e vai com moral para a final

Em tarde de Elias, que marcou quatro gols, Atlético-GO humilha o Leão do Sul no Serra Dourada e é o primeiro finalista do Campeonato Goiano 2012

Por Daniel Mundim Goiânia
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Durante a semana, Adilson Batista fechou os portões para os quatro treinos que fez no Atlético-GO visando a partida contra o Crac. Mas neste sábado os portões do Serra Dourada estiveram abertos para um verdadeiro 'treino de luxo' para o Dragão. Foi difícil acreditar que o jogo em que o Rubro-negro goleou o Crac por 8 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo ao lado) se tratava de uma semifinal de Goianão. Mas era. Da melhor forma possível, o time atleticano bateu o Leão do Sul, e chega com moral para a decisão do Estadual.
Elias, quatro vezes, Felipe, duas vezes, Ernandes e Gilson fizeram os gols da goleada rubro-negra. Foi o quarto confronto entre Atlético-GO e Crac neste Goianão. No placar agregado, o Dragão terminou com o incrível placar agregado de 20 a 4. O time da capital confirma novamente a sua força no estado. Será a sexta final da equipe nas últimas sete edições do Campeonato Goiano.
Agora o Atlético-GO espera pelo vencedor do clássico entre Goiás e Vila Nova para saber quem será o adversário da final. O Dragão torce para que o Esmeraldino tenha um empate ou uma derrota do confronto, que lhe daria a vantagem de jogar pelo empate no placar agregado na decisão, que será disputada no próximo dia 6.
Em ritmo de treino
O Atlético-GO não esperou muito para afastar qualquer desconfiança de que a excelente vantagem obtida no primeiro jogo (4 a 1) deixaria a equipe tranquila. Esperou apenas um minuto, apenas o seu primeiro ataque. Paulinho apareceu pela esquerda, puxou para a perna direita e colocou na área. Elias tentou o domínio e foi derrubado por Alex Gaibu: pênalti marcado por Eduardo Tomaz. O próprio camisa 11 do Dragão cobrou e diminuiu ainda mais as esperanças do Crac: 1 a 0.
O Leão precisaria de cinco gols para ir à final. Dois minutos mais tarde André Leonel recebeu na área e chutou para fora a chance de reanimar a equipe de Catalão. O Crac tentava encontrar espaços na defesa rubro-negra, mas a marcação do time da casa era forte. O Atlético-GO, por sua vez, não diminuiu o ritmo. Aproveitando os espaços da equipe catalana, o time trocava passes e criava várias oportunidades de gol. Bida e Rafael Cruz obrigaram Fernando a fazer ótimas defesas.
Elias atlético-GO gol Crac (Foto: André Costa / Agência Estado)Elias foi o destaque da partida, marcando quatro gols (Foto: André Costa / Agência Estado)
Aos 37 minutos, a situação do time visitante piorou quando o técnico Evair Paulino foi expulso por intensas reclamações. O Dragão aproveitou para liquidar de vez a fatura e transformar a partida em um treino de luxo para a final. Aos 40 minutos, Ernandes dominou no meio-campo, avançou com a bola dominada, tabelou com Elias, recebeu de volta na área e fuzilou para as redes. Um belo gol: 2 a 0 Atlético-GO. Três minutos mais tarde Felipe recebeu pela direita e tocou rasteiro, entre os zagueiros. A bola chegou nos pés de Elias, que chutou no canto esquerdo. Caixa: 3 a 0.
Jogo de um time só
Aos quatro minutos da segunda etapa, o torcedor atleticano começou a perceber que veria a maior goleada do Goianão 2012. E veria também o ressurgimento de um dos destaques do time. Após passe de Ernandes, Elias recebeu na meia-lua e chutou de perna direita, no canto de Fernando. Era o terceiro gol do meia, o quarto do Dragão. Dois minutos depois outro jogador aproveitou para também ganhar moral com a torcida: o atacante Felipe, que voltou a ser titular, recebeu ótimo lançamento de Bida e chutou no canto direito de Fernando. 5 a 0.

O Atlético-GO diminuiu o ritmo, mas manteve uma postura suficiente para ampliar a contagem. O Crac não esboçava reação. Nem tinha como. A agonia do Leão seguiu aos 13 minutos, quando Bida recebeu na área e serviu mais um companheiro. Dessa vez foi Gilson quem recebeu e chutou no canto para marcar o sexto gol rubro-negro.
A festa já estava feita. A torcida atleticana gritava 'olé', 'É tricampeão', e ainda teve tempo de ver mais dois gols rubro-negros. Aos 25, Bida cobrou escanteio e a bola chegou aos pés de Elias, que tocou para as redes e marcou o seu quarto gol no jogo, o sétimo do Dragão. O Leão tentava manter a dignidade. Munhoz colocou a bola na trave, mas nem o golzinho de honra saiu. Mas o oitavo do Atlético-GO, sim. Aos 43 minutos, Elias tocou de primeira para Felipe, que emendou um belo chute de perna direita da entra da da área e fechou a conta: 8 a 0 Dragão.
atlético-go 8 x 0 crac
Márcio; Rafael Cruz, Gilson, Paulo Henrique e Paulinho; Pituca (Dodó), Marino (Juninho), Ernandes, Bida (Gabriel) e Elias; Felipe. Fernando; Dida, João Paulo, Luciano e Alex Gaibu; João Vítor, Mário César (Leão), Pablo Munhoz e Clayton (Rogério Paulista); Danilinho (Toninho) e André Leonel.
Técnico: Adilson Batista Técnico: Evair Paulino
Gols: Elias, quatro vezes, Felipe, duas vezes, Ernandes e Gilson (Atlético-GO)
Cartões Amarelos: Alex Gaibu, João Paulo (Crac) / Paulinho (Atlético-GO)
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Competição: Campeonato Goiano. Árbitro: Eduardo Tomaz. Assistentes: Marco Antônio Moreira e Leone Carvalho. Público: 3.899 pagantes. Renda: R$ 66.013,00

'Para nossa alegria': Ramires promete até clipe se conquistar a Champions

Eufórico por gol contra o Barça, volante do Chelsea diz que ficha ainda não caiu, comemora elogios de Mano e brinca sobre vídeo de 'sósia' na internet

Por Cahê Mota Direto de Londres
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Ramires (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)Ramires exibe a camisa do gol histórico pelo Chelsea  (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)
Para alegria do Chelsea, Ramires veste azul. De riso fácil e ao mesmo tempo tímido, o brasileiro curte a semana de herói em Londres. Talvez a dificuldade com o inglês ainda não o permita entender todos os elogios que tem recebido de imprensa e torcedores, mas a sensação de dever cumprido é suficiente para apontar o momento atual como o melhor da carreira. Depois do golaço no empate por 2 a 2 com o Barcelona, terça-feira, no Camp Nou, o volante faz apenas dois pedidos para ter como perfeita uma temporada que pode terminar até com clipe de música: o título da Champions League e a volta à Seleção, objetivo mais próximo depois de Mano Menezes garantir que seu lugar no elenco sempre esteve garantido.
- Foi algo que me deixou mais tranquilo. Me perguntavam muito o que tinha acontecido e eu sempre falava a mesma coisa, que não tinha acontecido nada. Foi bom que ele explicou, deixou tudo claro. Não tenho nem mais o que dizer, ele falou tudo.
Com 10 gols na temporada, Ramires já era exceção em um Chelsea que parecia fadado ao fracasso há três meses e agora vive a expectativa de duas conquistas - antes de encarar o Bayern de Munique em 19 de maio (sem Ramires, suspenso), o time pega o Liverpool, dia 5,  pela final da Copa da Inglaterra. Enquanto as decisões não chegam, o brasileiro recebeu o GLOBOESPORTE.COM e falou do turbilhão de emoções do confronto com o Barça, da temporada atípica dos Blues, da saudade da avó Teresa, do orgulho pela trajetória no futebol e até de racismo. Como não poderia deixar de ser, entrou ainda na brincadeira da comparação com o jovem cantor Jefferson, que virou febre na internet com o vídeo "Para nossa alegria" gravado ao lado da irmã Suellen e da mãe Mara (veja no vídeo ao lado), e fez uma promessa em caso de título em Munique:
- Se acontecer, até eu faço o clipe.
Confira toda a entrevista com Ramires:
GLOBOESPORTE.COM:  Você deve ter visto na internet as brincadeiras que fazem com você e o cantor do vídeo “Para nossa alegria”, que virou febre no Brasil. Aprova? Acha parecido?
Eu vi, mas parecido eu não acho, não (risos). Até falei com minha esposa que pegaram uma foto minha lá do Benfica, de cabelo grande, todo mal cuidado (risos). Mas eu acho legal, é uma brincadeira válida. Há várias outras piadas na internet. Eu vejo o vídeo e fico dando muita risada. Para nossa alegria, vamos ganhar a Champions. Se acontecer, até eu faço o clipe. Se é para divertir, está tranquilo. O que eu só não gosto é a falta de respeito, alguns comentários de mau gosto que já vi, tanto comigo quanto com o garoto. Meio racistas. Não há espaço para isso.
Você já sofreu algum caso de racismo em campo?
Em Portugal, alguns torcedores já fizeram som de macaco, mas não todos. No Brasil, é mais difícil, somos muito misturados. Aqui fora, foram atos isolados e de torcida. Em campo, eu só vivi isso uma vez e, por incrível que pareça, no Cruzeiro. E o cara que falou para mim era negro também. É uma coisa que nos deixa indignados. Logo depois, fiz um gol e ele era zagueiro. Dei a resposta em campo.
Já caiu a ficha da grandiosidade do que você fez no Camp Nou?
Como eu falei após o jogo, fomos lá para tentar fazer história. E conseguimos. Jogando com 10 homens, contra o melhor time do mundo, e todos nós entramos para história. Eu fui premiado com aquele gol, que foi um golaço. Dois dias depois, a ficha ainda não caiu. Aos poucos que vou vendo que realmente passamos, estamos na final. Agora que está caindo também que estou fora (suspenso). À medida que a final vai se aproximando, tudo isso vai ficando mais forte. Só no dia mesmo que vou parar e ver: “Poxa, estou fora”.
Após o jogo contra o Barça, os jogadores que deram entrevista foram unânimes ao falarem que seu gol foi o que fez a diferença. Como foi essa celebração entre vocês, a reação?
Comemoramos muito no vestiário, todo mundo se abraçando, vivendo aquela emoção. Nós já acreditávamos antes, mas ficou muito complicado quando Terry foi expulso. Ali vimos que as coisas podiam não acontecer bem. O Barcelona abriu 2 a 0 e, realmente, o gol saiu na hora certa. Eu fiz o gol e o juiz acabou o primeiro tempo. Estava até conversando com o Raul Meirelles e dissemos que tudo aconteceu na hora certa.
Se o primeiro tempo acaba 2 a 0 tudo seria muito mais complicado...
Ramires (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)Ramires recebe GLOBOESPORTE.COM em casa
em Londres (Foto: Fellipe Arnold/Globoesporte.com)
O time ganhou forças nesse momento. Ir para o intervalo com 2 a 0 contra ia ser complicado, seria difícil fazer um gol, até pela pressão que sofremos. O pênalti que o Messi perdeu também nos fez crescer. O tempo foi passando, eles não conseguiram fazer e entraram em desespero. Até tentaram bola aérea, o que não é o jogo deles. Eu já estava vendo que uma hora ou outra ia acontecer o que aconteceu com o chutão do Ashley (Cole). Eles estavam saindo muito. Eu, o Kalou, o Lampard, alguém ia pegar uma bola e sair na cara do gol. Foi o Fernando. Quando ele dominou sozinho, eu já comecei a correr vibrando, esperando ele chutar (risos). Eu gritava: “Faz o gol, faz o gol, faz o gol...”. Nossa, é até difícil de explicar. Toda hora eu lembro cada momento desse jogo.
Queria que você falasse também dos poucos segundos que você teve entre receber o passe do Lampard e concluir. Da onde vem a decisão, a frieza de dar o toque por cima do Valdés?
É tudo muito rápido. O passe do Lampard foi espetacular. Eu nem precisei tocar na bola para dominar, ajeitar, nada. O único toque que eu dei foi para finalizar. Quando eu olhei, vi o Valdés saindo e tinha algum defensor chegando. Se eu tento dominar para pensar, não faria o gol. Minha única opção era aquela. Acabei pegando bem e...
Muita gente comentou que foi um gol justamente com a marca do Messi nessa temporada.
É verdade. Falam muito da minha frieza e justamente por ter sido um gol como o Messi costuma fazer, dentro do estádio dele, contra ele e que o eliminou da Champions. Falam que foi o destino. Aí, entra um monte de coisa. O gol realmente foi muito bonito.
Você frisou muito após os dois jogos a questão do respeito ao Chelsea. O fato de muita gente já esperar uma final entre Real Madrid e Barcelona deu ainda mais motivação e coragem para que vocês entrassem em campo?
Mexe, mexe. Isso mexe muito com o jogador. É até engraçado olhar na cara de quem falou um monte de coisa. Disseram que íamos tomar de cinco, seis, dez, que seria um vareio. Isso mexeu muito comigo. Uma semana antes, só se ouvia isso. Eu só pensava: “Calma, não é assim”. Tínhamos nossa história. Fizemos grandes jogos contra o Napoli, contra o Benfica fora de casa. Falaram que o Benfica merecia passar, mas nós jogamos bem em Lisboa. Tudo isso vai acumulando. Sabíamos que ganhar no Camp Nou seria difícil, mas em casa não perderíamos de jeito nenhum. Toda essa história mexeu com os jogadores, vi isso no vestiário. Quando não tem muita conversa, brincadeira, cada um ouve sua música, olha na cara do outro, é porque a coisa está diferente.
E esse monte de coisa que falam sobre o estilo que vocês adotaram para enfrentar o Barça? Escreveram que era o antifutebol, injustiça, e por aí vai...
No futebol, cada um tem uma proposta de jogo. É impossível encarar o Barcelona de igual para igual. Basta ver o jogo contra o próprio Real Madrid. Eles tiveram 72% de posse de bola, e estamos falando de Real Madrid. Ganharam por 2 a 1. Nós também tínhamos nossa proposta, que era defender e sair no contra-ataque. Tivemos as oportunidades e aproveitamos. Foi uma escolha e muito time daqui para frente vai jogar desse jeito. Serviu de exemplo. O Inter de Milão fez assim e também ganhou. Se é o único jeito, temos que fazer.
Quando você recebeu a notícia da saída do Guardiola, chegou a pensar: “Caramba, fomos responsáveis pelo fim de uma era”?
É até difícil de acreditar. Mas são ciclos, futebol é assim. Era muito tempo com o mesmo treinador, mesmos jogadores, ganharam tudo que podiam e não podiam... Acho que realmente há um limite. Saiu na hora que achou que devia, fez muito pelo clube.
Falando um pouco do seu momento individual, tudo tem dado muito certo. Casa nova, contrato novo, Chelsea em duas finais...
Estou bem feliz. Vivo a melhor fase da minha carreira. Ampliei meu contrato por mais três anos, tenho suporte, tenho o carinho da torcida, do clube, o respeito... Isso tudo é muito importante.
Sua renovação aconteceu um dia após a saída do André Villas-Boas, que sempre apostou muito em você. Esse reconhecimento te deu mais tranquilidade para alcançar essa boa fase?
O próprio André foi muito importante nisso. Ele pediu bastante para que o clube renovasse comigo, até para segurar, pois depois podia ficar mais difícil. Acabou que foi bom para todo mundo. Renovaram, estou jogando bem e se não fosse assim tudo poderia ficar mais complicado agora. Fiquei triste pela saída do André, mas foi um cara que colaborou muito para tudo isso.
ramires chelsea x barcelona (Foto: AP)Ramires comemora o primeiro gol do Chelsea contra o Barcelona no Camp Nou (Foto: AP)
Depois de quase três meses, dá para explicar o motivo de tanta diferença do Chelsea do AVB para o time atual?
O Di Matteo trabalhava com ele, então tudo faz parte do mesmo trabalho. Estávamos em uma fase tão ruim, que tudo dava errado. Jogador sem confiança é a pior coisa que tem. Enfrentávamos time pequeno e não tocávamos na bola, era só chutão. Nem parecia o Chelsea. Éramos dominados, ninguém queria a bola. Depois, começamos a vencer os jogos em um momento que não tínhamos opção e a confiança voltou. Contra o Napoli, por exemplo, era vencer ou vencer. Tínhamos dois campeonatos para salvar a temporada e estamos em duas finais.
Você acha que o Di Matteo está sabendo levar melhor o grupo do que ele, que chegou a colocar muito dos medalhões no banco?
Não tenho nem mais o que dizer, ele falou tudo"
Ramires, sobre Mano Menezes
O fato de alguns jogadores terem ficado no banco deixou tudo meio complicado. Ninguém gosta de ficar no banco. Com a saída do André, todo mundo voltou a querer dar uma resposta, mostrar que podia. É complicado dizer foi isso ou aquilo. Acho que foi uma fase mesmo. A alegria nos treinamentos é a mesma de antes, mas nos jogos as coisas não aconteciam.
Fala-se muito que o grupo do Chelsea é complicado de trabalhar. O próprio Felipão, logo após a saída do André, falou que só quem vive o clube sabe o que realmente acontece. Há realmente problemas, panela?
É a mesma coisa de eu sair do clube amanhã e querer falar um monte de coisa. Por que não falam quando estão aqui? São coisas que só vêm para complicar. Toda vez que acontece algum problema, é a mesma história. Dentro do clube, todo mundo se fala. Futebol é fogo, em qualquer lugar é a mesma coisa: o cara vai, joga, faz o que tem que fazer, mas há quem não se goste, não se fale, é normal em todo ambiente de trabalho. O problema é que o Chelsea foi rotulado dessa forma e sempre falam a mesma coisa. Agora, que estamos bem, ninguém fala nada, mas deixa entrar em crise, perder...
E a vida em Londres? Você se mudou recentemente, já está na cidade há quase dois anos. Está completamente adaptado?
O clima eu já estou adaptado. Na verdade, é difícil falar disso. Quando esfria mesmo, não dá para falar em adaptação (risos). Sai de chinelo na neve para você ver... (risos). Mas estamos se ajeitando. Trocamos apartamento por casa, meu filho está crescendo, precisa de mais espaço. As coisas estão caminhando muito bem profissional e pessoalmente.
Já fala o idioma bem? Está mais seguro? Soube que você está fazendo aula...
Ramires (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)Ramires se emociona ao lembrar da avó Tereza
(Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)
Tenho feito aula quando dá, quando não estou muito cansado. Daqui a pouco já dá para falar. No meio do ano. Não esse agora, só no ano que vem (risos). Aí, já vou falar alguma coisa.
Mudando de assunto, o Mano Menezes falou recentemente que você é um cara que não precisa ser testado para Seleção. Depois de tanto tempo sem ser convocado, isso te tranquilizou?
Para mim, foi ótimo isso. Foi algo que me deixou mais tranquilo. Me perguntavam muito o que tinha acontecido e eu sempre falava a mesma coisa, que não tinha acontecido nada. Foi bom que ele explicou, deixou tudo claro. Não tenho nem mais o que dizer, ele falou tudo.
Mesmo tendo uma Copa do Mundo no currículo, esse momento atual é o ápice da sua carreira?
Com certeza. Se conseguir o título da Champions então, só vencer uma Copa do Mundo para superar. Jogar no Chelsea já é difícil, ainda mais ser destaque em um time com tantas estrelas, ser bem falado, estar em evidência. É um momento bem bacana, um ano que vai ficar muito marcado. Para fechar com chave de ouro, só faltam os títulos e a volta para Seleção.
Você disse que lembra muito os momentos do jogo com o Barça. Tudo isso que tem acontecido na sua carreira te faz voltar também no tempo, desde Barra do Piraí até hoje?
É algo que sempre aconteceu comigo. Desde quando fui campeão mineiro com o Cruzeiro, depois português no Benfica, tudo que tem acontecido agora. Eu paro e penso em como tudo foi rápido, tudo aconteceu em apenas sete anos. Minha história profissional é bem bonita. Em 2004, no meio do ano, eu estava lá na minha cidade, descalço, jogando bola com a molecada, e agora estou aqui, em uma final de Champions. É um filme que passa na minha cabeça a cada conquista (veja abaixo a jogada para o gol de Drogba no Chelsea 1 x 0 Barcelona).
Como que foi essa trajetória de Piraí até o Chelsea? Qual foi o momento mais difícil?
Foi sair de casa, sozinho, com 17 anos. Nunca tinha viajado sozinho. Fui de Barra do Piraí para Joinville de ônibus, umas 12 horas de viagem. Eu lembro que ficava com medo do ônibus passar direto, eu não tinha ideia de onde parava (risos). Quando chegou em Curitiba, pensei: “Estou perto”, mas toda hora ia perguntar ao motorista como que estava, se estava longe. Nem consegui dormir. Coloquei o telefone para despertar, mas dormir só duas horas e fiquei de olho em tudo. Cheguei lá morto, sentei na rodoviária e ninguém aparecia. Quase comprei passagem para voltar para o Rio, fiquei com medo de me darem um bolo (risos). Até que os caras chegaram, brincaram comigo. De lá para cá, tudo deu certo. O começo foi complicado, mas as coisas se ajeitaram.
Hoje em dia, 17 anos já é uma idade avançada para começar no futebol. Você pensou em desistir?
Quando fui para o Joinville, já estava trabalhando. Era servente de pedreiro, às vezes aparecia alguma coisa para capinar... Tinha que ganhar um dinheiro para ajudar. Minha avó tinha falecido e meu irmão ajudava no gás, meu tio pagava a luz, era tudo dividido. Eu tinha que ajudar. Meu irmão comprava roupa para nós dois. Ele é mais forte que eu e comprava roupa pequena para eu usar, ficava tudo apertado nele. Meu irmão foi praticamente meu pai. Quando ele ia ver meus jogos e eu o via na arquibancada, queria fazer de tudo para ele ter orgulho.
Você já falou algumas vezes da sua avó Tereza, como era a relação de vocês? Você pensa muito nela em momentos como o que tem vivido agora?
Já falei com minha esposa: “Quem eu queria que estivesse aqui, agora, vendo tudo isso era minha avó”. Ver esse sucesso todo, a vida que posso dar para minha família... Queria que ela curtisse um pouquinho disso, até pelo que passamos juntos. Minha esposa disse que onde quer que esteja ela está vendo tudo, mas eu a queria aqui. Ela foi minha mãe praticamente. Me educou, me criou... Meus Deus, vó Teresa era tudo! Ela teve derrame, parou o lado esquerdo, não conseguiu se recuperar e eu que cuidei dela. Tinha que trocar fralda, dar atenção. Eu estudava de manhã e voltava correndo para ajudá-la. Já ia para escola preocupado com isso. Lembro que quando minha avó faleceu eu estava sonhando justamente com ela. Acordei e só escutei meus tios com cuidado falando: “A mãe faleceu”. Levantei, fui para sala e todo mundo ficou espantado. Eu desabei. Tinha perdido o chão. Mesmo ela de cama, éramos muito próximos. Tudo que ela pedisse, eu fazia. Às vezes, ela só chamava para brincar, para me ver por perto. Minha infância toda, ela cuidou de mim. Então, eu tinha que fazer aquilo por ela, retribuir, mostrar meu amor.
Tanta dedicação que você mostra em campo vem desse exemplo de luta que ela te deu?
E o cara que falou para mim era negro também"
Ramires, lembrando caso de racismo em campo
Com certeza. Quando você nasce em um bairro mais pobre, tem vários caminhos para seguir. Os mais fáceis são das drogas, prostituição... Eu tinha essas opções, mas não foi assim que fui criado. Tive uma educação, mesmo sendo de família humilde. Aprendi que se quero uma coisa, tenho que trabalhar para conseguir. Se não tiver dinheiro, jamais vou roubar para ter. Foi assim que ela me ensinou. Se tem, tem. Se não tem, não tem. E assim vou levando. É a lição que vou passar para meu filho. Ter simplicidade e humildade é o caminho. Sempre vou lembrar minhas origens.
Voltando a falar da Champions, já apontam o Bayern como favorito por jogar em casa, mas vocês já provaram que duvidar do Chelsea não é muito prudente, né?
Pois é, mas é até bom não apostarem muito na gente. Se for para vencer assim, podem falar o que quiserem. É questão de respeito. Isso deixa o jogador mais mordido. Vamos respeitar o Bayern e esperamos o mesmo. Eliminamos grandes adversários e estamos na final por merecimento. Vamos com cuidado e pé no chão.
Ramires (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)Suspenso, Ramires está fora da final da Liga dos Campeões (Foto: Fellipe Arnold / Globoesporte.com)

Atacante Lucas é apelidado de Tufão por Ronaldinho Gaúcho no Fla

Jovem jogador é alvo de brincadeiras em referência ao papel interpretado por Murilo Benício na novela "Avenida Brasil"

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
Na vida real, o Flamengo também tem seu Tufão. O jovem Lucas, 20 anos, recebeu o apelido de Ronaldinho Gaúcho e dos companheiros de time, e agora virou jogador de novela nos treinos do Rubro-Negro. Tufão é o personagem vivido por Murilo Benício em “Avenida Brasil”. Na trama, o ator, que torce pelo Botafogo na vida pessoal, interpreta um jogador que teve passagem pelo clube da Gávea e já pendurou as chuteiras.
Lucas e Tufão, Flamengo (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Personagem de novela inspirou apelido de Lucas (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
- Vamos, Tufão. Toca, Tufão – orientou Ronaldinho Gaúcho durante a atividade deste sábado pela manhã no Ninho do Urubu.
Lucas foi revelado nas categorias de base do Flamengo. No início da atual temporada, o jogador fez todo o trabalho da pré-temporada com o grupo principal e estreou num amistoso contra o Corinthians. O atacante tem contrato com o clube até 2014.

A Ferrari do Dentinho


sáb, 28/04/12
por meiodecampo |
categoria Sem categoria
O atacante Dentinho, ex-Corinthians, está andando de Ferrari pelas ruas de Donetsk – com direito ao número 31 (sua camisa no Shakhtar) pintado na lataria. Neste sábado, o brasileiro exibiu seu brinquedinho pelo Twitter.


Brinquedinho mesmo, já que a Ferrari de Dentinho é de controle remoto.

Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa fazem final brasileira em Sanya

Vitórias sobre chinenas Xue/Zhang Xi e austríacas Montagnolli/Hansel, respectivamente, colocam brasucas na decisão da segunda etapa do Circuito

Por SporTV.com Sanya, China
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Será brasileira a final da segunda etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, na China. Após vencerem respectivamente as locais Chen Xue e Zhang Xi (21/17 e 21/16) e as austríacas Sara Montagnolli e Barbara Hansel (21/14 e 21/17) na manhã deste sábado, Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa farão a decisão em Sanya.
As duas melhores duplas do país nos rankings nacional e internacional repetirão o duelo válido pelas quartas de final, quando Talita e Maria Elisa levaram a melhor (21/17 e 21/18) e jogaram as rivais compatriotas para a repescagem.
Larissa, em Sanya, China (Foto: FIVB / Divulgação)Larissa corta contra o bloqueio de Chen Xue, durante a semifinal em Sanya (Foto: FIVB / Divulgação)
E foi superando as australianas Louise Bawden e Becchara Palmer por (21/13 e 21/15) que Juliana e Larissa se credenciaram para a semifinal contra Xue/Zhang Xi, vencedoras da primeira etapa da temporada, no em Brasília. Na primeira parcial, o confronto com as chinesas seguiu bem equilibrado até a igualdade em 11 pontos. A partir de então, as brasileiras se impuseram, abriram vantagem e fecharam em 21 a 17, após bela largada de Larissa.
Aliado ao forte calor em Sanya, o desgaste decorrente pelo jogo da repescagem, poucas horas antes, ficou evidente para o time do Brasil no segundo set. Os saques forçados das orientais, principalmente em Larissa, também provocaram algum problema para a dupla hexacampeã do Circuito Mundial que, mesmo assim, aliou qualidade e experiência para retomar o controle e vencer a parcial por 21/16, e o jogo em 2 a 0.
Talita e Maria Elisa também se garantem
Pela outra chave, Talita e Maria Elisa só tiveram algum trabalho em parte do segundo set para se garantirem na final. Com o controle desde o início, o time nacional fechou rapidamente a primeira parcial em 21/14, jogando toda a pressão para Montagnolli e Hansel.
Praticamente sem cometer erros, as vice-campeãs no Distrito Federal seguiam sobrando até o placar mostrar 19 a 10. Parecendo relaxadas, acabaram permitindo uma reação das austríacas, que marcaram seis pontos seguidos. Retomando o equilíbrio, Talita e Maria Elisa, no entanto, definiram o jogo, vencendo o set por 21 a 17 e carimbando o passaporte para a final brasuca na China.
Talita e Maria Elisa, em Sanya, China (Foto: FIVB / Divulgação)Em esforço compensador, Maria Elisa levanta de manchete para Talita (Foto: FIVB / Divulgação)

Anfitrião, Rubinho garante: 'Massa ainda vai ficar bastante tempo na F-1'

Visitando o amigo no box da equipe KV Racing, piloto da Ferrari se espanta com a diferença entre as duas categorias e recebe o apoio de Barrichello

Por Alexander Grünwald São Paulo
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Em 2011, enquanto disputava sua 19ª temporada na Fórmula 1, Rubens Barrichello visitou os boxes da KV Racing a convite do amigo Tony Kanaan durante a etapa da Fórmula Indy na pista urbana de São Paulo. Um ano depois, Rubinho vive seu primeiro fim de semana como piloto da categoria diante da torcida brasileira. Neste sábado, durante os treinos livres, foi a vez de ele próprio convidar um amigo para conhecer um pouco de sua nova rotina. Vivendo um ano difícil na equipe Ferrari, Felipe Massa acompanhou no box de Rubinho as diferenças entre a F-1 e a Indy, que considerou “muito mais aberta”. No entanto, Barrichello fez questão de espantar qualquer rumor de que Felipe estaria estudando uma alternativa para sua carreira.
Felipe Massa acompanha o treino livre no box de Rubens Barrichello em São Paulo (Foto: Miguel Costa Jr. / Divulgação)Felipe Massa acompanha o treino livre no box de Rubens Barrichello (Foto: Miguel Costa Jr. / Divulgação)
- Felipe veio aqui a meu convite, e viveu uma coisa muito diferente. Ouviu nossa comunicação no rádio e ficou procurando mais computador, que é algo comum na F-1, mas que na Indy tem menos, já que trabalhamos com uma tecnologia mais limitada. Curtiu o dia, se divertiu bastante. Alguns pensam que ele veio ver a categoria já projetando o ano que vem, mas nem pensem nisso. Esse ainda vai correr bastante tempo na F-1 – garantiu Barrichello, que vai largar em 13º na prova deste domingo.
Esquivando-se das perguntas sobre o momento complicado vivido por ele na Ferrari, Massa salientou as diferenças entre as duas categorias, não apenas por receber os jornalistas literalmente dentro do box da KV Racing. Para o piloto, há menos pressão para os competidores na categoria norte-americana em relação à F-1.
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Felipe Massa acompanha o treino livre no box de Rubens Barrichello em São Paulo (Foto: Carsten Horst / FotoArena)Massa ouviu o rádio da KV Racing e se espantou
com diferenças (Foto: Carsten Horst / FotoArena)
- Aqui é completamente diferente, é muito mais aberto, todo mundo junto. Sem dúvida tem menos cobrança. Mas o que a gente gosta de fazer é guiar, com cobrança ou sem cobrança, em qualquer tipo de corrida. E a cobrança, quando você tem mais mídia e equipes maiores, é sempre maior – disse o piloto da Ferrari.
Rubens Barrichello defendeu o amigo, que completou 31 anos nesta semana, concordando com o fato de que a exposição à qual um piloto de alto nível é submetido pode gerar diferentes reações na imprensa e do público. E reforçou a receita para que Felipe supere a fase difícil.
- O fato de estarmos há tantos anos expostos na mídia, em categorias de ponta, nos deixa mais vulneráveis a críticas, e ele está vivendo isso. Mas é algo que tem que ser trabalhado por ele mesmo – avaliou Rubinho.