sexta-feira, 26 de abril de 2013

Hathaway deixa o card de Fortaleza, e Erick Silva vai enfrentar Jason High

Lutador inglês fica doente, e solução encontrada pelo UFC é mexer em duas lutas. Ildemar Marajó, que encararia High, agora pega Leandro Buscapé

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
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O inglês John Hathaway, que enfrentaria Erick Silva no "TUF Brasil 2 Finale", dia 8 de junho, contraiu uma doença e não vai mais lutar no card de Fortaleza. Com isso, a solução encontrada pelo UFC foi mexer em dois combates pelos meio-médios. O americano Jason High, que seria o adversário de Ildemar Marajó no mesmo evento, agora vai enfrentar Erick, enquanto Leandro Buscapé foi contratado para ser o novo rival de Ildemar. As informações, ainda não divulgadas oficialmente, foram confirmadas pelo SPORTV.COM com fontes próximas à organização.
montagem Erick Silva x Jason High UFC (Foto: Editoria de Arte)Erick Silva x Jason High: duelo vai acontecer em Fortaleza, dia 8 de junho (Foto: Editoria de Arte)
Jason High, de 31 anos, é estreante no UFC mas tem uma carreira longa, com 16 vitórias e três derrotas. Ele vem de três triunfos consecutivos e já derrotou Quinn Mulhern, Jordan Mein, Hayato Sakurai, André Galvão, entre outros nomes conhecidos do MMA.
Erick Silva, por sua vez, tem 28 anos e um cartel de 14 vitórias, três reveses e um "no contest" (luta sem resultado). O capixaba vem de uma bela vitória por finalização sobre Charlie Brenneman e uma posterior derrota por pontos para o veterano Jon Fitch.
TUF Brasil 2 Finale
8 de junho de 2013, em Fortaleza
CARD PRINCIPAL
Rodrigo Minotauro x Fabricio Werdum
TUF Brasil 2: finalista 1 x finalista 2
Thiago Silva x Rafael Feijão
Erick Silva x Jason High
Daniel Sarafian x Eddie Mendez
Rony Jason x Mike Wilkinson
CARD PRELIMINAR
Raphael Assunção x Vaughan Lee
Ronny Markes x Derek Brunson
Godofredo Pepey x Felipe Arantes
Ildemar Marajó x Leandro Buscapé
Rodrigo Damm x Mizuto Hirota
Caio Magalhães x Karlos Vemola
Antônio Braga Neto x Anthony Smith

Werdum descarta cinturão se vencer Minotauro: 'Acho que não será agora'

Lutador crê que chance de disputa de título será dada a vencedor de Cigano x Hunt. Gaúcho ainda comenta experiência como treinador do TUF Brasil

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
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FABRICIO WERDUM mma ufc (Foto: Ivan Raupp)Werdum deu dinheiro para calouros de uma
universidade pública (Foto: Ivan Raupp)
Fabricio Werdum revelou que não espera disputar o título dos pesos-pesados por enquanto. Devido ao tempo dedicado às gravações do The Ultimate Fighter Brasil, o gaúcho acredita que a oportunidade será dada ao vencedor da luta entre Junior Cigano e Mark Hunt. Em entrevista ao SPORTV.COM, Werdum comentou que a categoria ficou bastante saturada, com o  fato de novos nomes fortes terem surgido na divisão. Em relação à luta entre Antônio Pezão e Cain Velásquez, o lutador ficou em cima do muro. Apesar de deixar claro que a vontade é que o brasileiro vença, prefere enfrentar um estrangeiro a um compatriota.
Fato é que Werdum está de olho no título e não está para brincadeiras. A não ser quando se trata de desempenhar o papel de treinador do TUF Brasil. O peso-pesado admitiu que o lado extrovertido prevaleceu na edição do reality show, mas garantiu que sabe a hora certa de ter seriedade. Werdum ainda rebateu quaisquer tipo de críticas e comentou que suas atitudes dentro da casa apenas serviram para reforçar suas características e sua personalidade, sem a necessidade de interpretar um personagem ou aparecer à frente das câmeras.
Em sua vinda ao Rio de Janeiro, o atleta do UFC fez a felicidade de fãs em Copacabana e contribuiu, inclusive, com 20 reais para ajudar calouros de uma universidade pública. Ele ainda comentou sobre as polêmicas e rivalidades da segunda temporada do programa no país e as expectativas para a revanche contra Rodrigo Minotauro.
Comandantes das equipes no TUF Brasil 2, Werdum e Minotauro se enfrentam em uma revanche da luta de 2006 do Pride, vencida pelo baiano. O evento marca a decisão do reality show, em Fortaleza, no dia 8 de junho.
Como você está se sentindo se vendo todo domingo na TV? Esperava que isso ia acontecer um dia com você?
Eu esperava que ia ser convidado, quando vim para o Brasil. Vim para ver a luta entre o Anderson e o Bonnar, o UFC me convidou para assistir. O pessoal começou a dizer que talvez fosse eu e o Minotauro no TUF e tinha quase certeza que era o Shogun e Lyoto, caras muito mais conhecidos que eu, então não acreditava. Liguei para o meu empresário e ele mandou mensagem para o Joe Silva e ele meio que confirmou, disse que em dois dias me dava a resposta. Quando vi que aconteceu, fiquei feliz demais, para a gente foi muito divertido, pudemos mostrar que somos normais. As pessoas pensam que somos diferentes, mas a galera se dedica muito, cada um chega com seu objetivo. Então, domingo é o paintball de manhã e o resto do dia esperando pelo TUF.
Queria falar sobre alguns episodios sobre o TUF. Um deles foi sobre o Jambo, que já tinha perdido para o Viscardi. Como você explicaria essa situação?
Foi uma das polêmicas da casa, acho que teve uma vantagem ali para eles. A verdade é que vinha o Tiago Bel. Mas o Minotauro fez certo, fez a parte dele e foi perguntar para o Dana se podia escolher quem quisesse para voltar. O Dana respondeu que ele era o cara e que podia escolher. Se tivesse a oportunidade, eu faria a mesma coisa. A situação é que o Jambo já tinha perdido para o Viscardi, eliminou o cara para entrar na casa e teve que lutar com ele de novo e nocauteou. Então, criou aquela polêmica e parece que a galera ficou com uma má impressão sobre o Viscardi, mas ele não é daquele jeito. Foi um desabafo mesmo, mas o Minotauro conversou com ele depois e ficou tudo bem.
E em relação às brigas? Quer dizer, as guerras de objetos e tudo aquilo. O Minotauro disse que vocês começavam e não tinha como ficar quieto. Era por aí mesmo?
A brincadeira não tinha como evitar, imagina botar 32 atletas um de cada estado, treinando muito, a galera se dedicava muito. Isso até foi ofuscado pelas brincadeiras, mas era tudo natural, nada armado, era para dar uma descontraída mesmo. Então teve essa polêmica, "Ah, a galera está queimando o filme deles". Isso não tem nada a ver, as pessoas tem que ver que os lutadores são pessoas normais. A galera vai gostar mais ainda porque vai ter umas surpresas vindo por aí. Alguns falaram muito sério, tipo o Patolino, mas ele era o pior de todos, ficava falando de falta de respeito, mas ninguém aguentava ele na casa. O mais falado do Viscardi foi sobre essa polêmica, mas a luta foi boa também. O Albarracín também chegava e armava tudo, mas todo mundo tinha disciplina no momento certo.
Isso foi o que o Anderson Silva falou e criticou. Ele deu uma entrevista dizendo que os atletas não mostraram a essência do lutador. O que você acha disso?
O Anderson também é outro, não dá para saber quando ele está falando sério. As brincadeiras entraram em destaque, mas a verdade é que todo mundo estava concentrado, treinando forte.
Fabricio Werdum MMA (Foto: Ivan Raupp)O gaúcho disse que as brincadeiras e polêmicas do programa serviram para descontrair o ambiente entre os lutadores (Foto: Ivan Raupp)
E da mesma maneira que o Minotauro escolheu o Jambo, quem você escolheria para voltar, entre os que perderam na eliminatória?
Acho que o Tiago Bel. Conhecia ele, é um jovem guerreiro, tem a essência da Chute Boxe, de onde ele vem, ele vai para nocautear ou ser nocauteado, queria dar uma chance para ele, esse garoto vai longe com certeza, ele poderia ser uma opção.
No último episódio, teve aquela bronca do Wanderlei no Daniel Gelo. Ele falou que o Besouro estava em um nível acima dos outros. Você acha que o Wanderlei estava certo?
Com certeza, é sempre um prazer estar com o Wanderlei, um cara brincalhão. Ele estava certo pelo fato de que o Gelo veio falar aquilo em frente dos companheiros de equipe. O Besouro é um lutador excelente, foi a primeira opção do Minotauro e seria a minha também, mas não era a hora de falar aquilo, não se comenta isso no meio da galera, porque teríam mais lutas e nosso pessoal estava ali. Se achava isso, ficava para ele. Mas em um ponto, estou de acordo também:  o Besouro é um cara experiente, só que o Gelo falou aquilo na hora errada.
Você se arrepende de ter escalado o Pedro Iriê contra o Besouro, por ele ser tão bom?
Não tínhamos muitas opções, tinha o Besouro e o argentino (Santiago Ponzinibbio). Acho que eles não queriam essa luta também, comentaram que gostaram da escolha na hora, mas queriam o Iriê contra o argentino. Nós tentamos fazer um jogo ao contrário deles, mas aconteceu. Não é em toda luta que a gente acerta, acertamos ao escolher a luta, depois da brincadeira da queimada, mas na luta o Besouro estava melhor.
Muitas pessoas estão criticando você, porque você é mais brincalhão que os outros treinadores. O pessoal pode estar estranhando porque o Vitor era mais sério na outra edição? É porque as pessoas não convivem tanto com você?
É difícil agradar todo mundo, não vou mostrar algo que não sou na televisão, é uma tensão estar na casa, dois meses treinando, eu estava treinando bastante para luta com o Minotauro também. Para criticar tem muitos e para elogiar são poucos. Não ia fazer um personagem para ficar bem com todo mundo, não ia negar uma brincadeira à galera. Fui o mais natural possível, mas já estou aprendendo com isso, a crítica sempre vai estar presente.
FABRICIO WERDUM mma ufc (Foto: Ivan Raupp)O atleta tirou fotos com fãs na praia de Copacabana no Rio de Janeiro (Foto: Ivan Raupp)
O Anderson tem uma rixa com o Vitor Belfort e quando ele fez visita no primeiro TUF, nem falou com o Vitor, não visitou o vestiário dos atletas dele. Agora teve a rivalidade entre você e o Cigano. Vocês nem se cumprimentaram, a rivalidade entre vocês é grande assim mesmo?
Não, acho que a rivalidade era só naquela época que lutei com ele, foi um momento difícil na minha vida, meu ego estava grande e o Cigano fez a parte dele. Não tenho muito assunto com ele, principalmente porque é meu rival, mas não tenho nada contra ele. É uma revanche que tenho vontade de fazer, porque foi a única luta em que fui nocauteado na minha carreira. Acho que o Cigano fez o papel dele, errei na parte do ego, achando que ninguém ia me ganhar naquela época. Aprendi muito com aquela luta, tenho que agradecer a ele em certo ponto, cresci muito com aquela derrota, estou muito mais profissional agora, depois daquilo me mudei para os Estados Unidos para focar mais no treinamento. Não tenho a mesma vontade de fazer uma revanche com o Minotauro, é diferente.
Outro marco do episódio foi quando o Thiago Jambo quis tirar a foto do Vitor e colocar no vestiário de vocês. Quando você viu aquilo, falou: "Que nojo!". Depois, o Márcio Pedra explicou a rixa do Wanderlei com o Vitor. Para o público, você pode explicar o porquê da implicância?
Na verdade, quem me conhece sabe que às vezes eu falo sério, mas estou brincando. É uma expressão que eu uso muito. Não chego a conversar muito com o Vitor, mas sei que ele treina e se dedica muito. O "que nojo" é só uma expressão.
De maneira geral, como você acha que se saiu como treinador?
Acho que escolhi as pessoas certas, o Rafael Cordeiro, Fábio Gurgel, meu irmão Felipe Werdum, Kenny Johnson. O treinamento não foi tão ressaltado, não teria tanta audiência, a galera se esforçando para perder peso. Em relação a isso, levei a equipe certa, é com quem eu  trabalho diariamente, são os melhores treinadores do mundo. E é aquilo né, pouco tempo para treinar a galera e, ao mesmo tempo, uma tensão, tudo muito intensivo, mas depois que entram no octógono, a gente tenta atentar para eles fazerem a coisa certa, seguir a estratégia, não tem como mudar um atleta em dois meses, ele entra para fazer o jogo dele, cada um ali já veio pronto, são profissionais, não queríamos mudar o jogo deles, fazer alguém do jiu-jitsu, passar para a trocação. Não é algo que eu quero fazer no momento, ainda quero lutar, mas quero ser treinador no futuro.
Você acha que a rivalidade com o Minotauro cresceu mais dentro da casa? Você acha que, por conta das polêmicas que surgiram, a rivalidade aumentou?
Acho que não, o Minotauro é um cara que admiro muito, não só eu como o Brasil inteiro. Eu, especialmente, comecei por causa do Minotauro e do Wanderlei, duas inspirações para mim, um pelo jiu-jitsu e o outro pela agressividade. Hoje, o Wanderlei é meu amigo, e o Minotauro, não é como acontece com o Cigano, eu consigo tirar um sorriso do rosto dele, faço uma brincadeira com ele, mas acho que, vai ser um lutão. Conheço bem a história dele, vai ter a rivalidade apenas na hora da luta, eu respeito muito ele, mas tenho um objetivo que é o cinturão. Não posso interpretar algo forçado com Minotauro ou forçado na casa.
FABRICIO WERDUM mma ufc (Foto: Ivan Raupp) Werdum encara Rodrigo Minotauro no dia 8 de junho, em Fortaleza (Foto: Ivan Raupp)
O Dana White tinha te prometido que se ganhar, você disputaria o cinturão. Ele falou que o vencedor de Cigano x Hunt também teria chance. Você acredita que vai lutar pelo título?
Eu acho que não será agora. Acreditava antes, mas deu uma embolada na categoria. Eu estava em segundo no ranking, agora o Daniel Cormier me passou e estou em terceiro. Tem a luta do Pezão contra o Velásquez, Cigano x Hunt, tem muito a acontecer ainda. Fiquei me dedicando ao TUF esse tempo todo, fiquei quase um ano sem lutar também, não tem como o UFC ficar me esperando para planejar a vida dos caras, eles sempre se antecipam no planejamento. Acho que o Cigano terá oportunidade, talvez o Hunt, se ganhar.
Você ainda considera que eles podem casar uma luta sua com o Cigano?
Pode ser que sim, para ver quem vai disputar o cinturão. Mas não vejo isso, vai demorar um pouco para lutar. Ainda vão planejar o que farão com o Cigano ou o Hunt e ainda tem o Cormier chegando forte. Mas, no momento, só penso no dia 8 de junho, tem que esperar para ver, não tem o que fazer. Ou você entra no sistema ou fica fora dele.
Você já enfrentou o Pezão, mas vocês se dão bem, são amigos. Você tem alguma preferência entre lutar contra ele ou o Velásquez?
Tomei uma blitz do Pezão quando lutei com ele, quase me nocauteou, o juiz por pouco não parou a luta. Prefiro dez vezes enfrentar um estrangeiro. O jogo do Velásquez casa com o meu, ele bota para baixo, eu tenho uma guarda boa ali, consigo me manter bem, diferente dos outros que caem e querem levantar. Por exemplo, na luta com o Overeem, eu puxava para a guarda, não tinha força, meu corpo não respondia aos movimentos. Claro que não faria isso com o Velásquez, se ele me derrubasse eu atacaria no chão. O que o Cigano fez foi se preocupar muito com as defesas de queda e esquecer de usar o boxe dele, que é seu forte. Meu jogo casa com o do Velásquez e o Pezão, se tiver que lutar no futuro, vamos lutar e depois nos abraçar e tomar uma cerveja.
Agora, qual o seu palpite para Pezão x Velásquez e Cigano x Hunt?
Pezão x Velásquez... Claro que quero que o Pezão ganhe, mas, ao mesmo tempo, não quero ter que lutar com ele depois. Quem eu acho que vai ganhar? Todo mundo fala do Velásquez, mas já lutei com o Pezão e sei que se ele acertar uma mão no Velásquez, ele desce. É legal quando ele puxa a força da Paraíba como ele fez com o Overeem (risos). A luta é muito difícil, aquele jogo chato do Velásquez, não é bonito de se ver, mas o Pezão pode surpreender. Se fizer a estratégia certa, botar para baixo, sim. Porque o Hunt é muito experiente, é um cara que se faz de louco, aguenta porrada e, se o Cigano vacilar, e o Hunt acertar a mão, vai descer também. Hunt tem a direita muito forte, quebrou o maxilar do último adversário, bom de jiu-jitsu, foi botar ele para baixo e não conseguir pegar o Hunt. Cigano tem que fazer a estratégia correta, botar o oponente para baixo, e bater por cima ou tentar finalizar. Desse jeito, o Cigano leva a luta.
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Tensão e cara feia nas encaradas do Jungle Fight 51, no Rio de Janeiro

Encaradas entre Capitão e Jacarezinho e entre Brilharinho e Allan Miguel pegam fogo. Abedi e Cabecinha batem peso com dificuldade

Por Adriano Albuquerque e Ivan Raupp Rio de Janeiro
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Todos os lutadores bateram o peso na pesagem do Jungle Fight 51 - Jungle by Arnold nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e armaram o cenário para o evento de sexta-feira. O tempo fechou em algumas das encaradas, especialmente na revanche entre Alexandre Capitão e Fabiano Jacarezinho e no duelo entre Jonas Brilharinho e Allan Miguel.
Apenas dois lutadores não bateram o peso durante o evento desta quinta-feira: justamente os dois mais leves, os pesos-moscas Sidney Abedi e Marcos Vinícius Cabecinha. O primeiro marcou 57,5kg e o segundo, 57,7kg. Após o final da cerimônia, os dois voltaram a subir à balança e conseguiram atingir o limite de 57kg - Abedi com 56,5kg e Cabecinha, com 56kg.
Jungle Fight encarada Brilharinho e Miguel (Foto: Adriano Albuquerque)Jonas Brilharinho e Allan Miguel se encaram na pesagem (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)
No mais, apenas Kléber Orgulho, campeão dos pesos-meio-pesados que faz sua segunda luta no peso-médio, precisou tirar a sunga para registrar 84,2kg, dentro do limite de tolerância de sua categoria. Ricardo Hulk, que entrou no lugar de Salomão Ribeiro com apenas uma semana de antecedência, bateu o peso da categoria com folgas: 82kg, dois quilos abaixo do que precisava.
A encarada entre Brilharinho e Allan Miguel foi a mais interessante. Apoiado por muitos companheiros da academia Team Nogueira, Brilharinho nem esperou o rival recolocar as roupas e já ficou ao seu lado, olhando com expressão fechada. Miguel não se intimidou e, ao terminar de se arrumar, chegou bem perto. Em seguida, Alexandre Capitão e Fabiano Jacarezinho viraram seus bonés para trás e encostaram as testas - o primeiro busca devolver a derrota para o segundo na primeira luta entre os dois. Após a encarada, todavia, os dois sorriram e se abraçaram.
Jungle Fight encarada Capitão e Jacarezinho (Foto: Adriano Albuquerque)Jacarezinho e Capitão encostam as testas em encarada (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)
Para a luta principal, valendo o cinturão dos pesos-penas, Fabiano Soldado e Kevin Souza ficaram bem abaixo do limite de 66kg da categoria - o primeiro ficou com 64,4kg, e o segundo registrou 64kg. Na encarada, Kevin, bastante debilitado, teve dificuldades até para erguer os braços em postura de luta.
Confira abaixo os resultados completos da pesagem do Jungle Fight 51. O canal Combate transmite o evento ao vivo na íntegra nesta sexta-feira a partir de 21h (horário de Brasília), e o SPORTV.com exibe em vídeo ao vivo as duas primeiras lutas do card - Sidney Abedi x Marcos Cabecinha e William Gigante x Leandrão Ferreira.
Jungle Fight 51
Disputa de cinturão até 66kg - Kevin Souza (64kg) x Fabiano Soldado (64,4kg)
Peso-pena (até 66kg) - Alexandre Capitão (66,2kg) x Fabiano Jacarezinho (65kg)
Peso-médio (até 84kg) - Kléber Orgulho (84,2kg) x Ricardo Hulk (82kg)
Peso-meio-pesado (até 93kg) - Martin La Máquina (91kg) x Vitor Libra (91kg)
Peso-pesado (até 120kg) - Willian Gigante (117,8kg) x Leandrão Ferreira (120kg)
Peso-pena (até 66kg) - Sidney Abedi (56,5kg) x Marcos Cabecinha (56kg)**
* No Jungle Fight, lutas que não valem cinturão têm 200g de tolerância
** Na primeira tentativa, Abedi marcou 57,5kg e Cabecinha, 57,7kg.
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Dana White diz que Dominick Cruz continua como campeão dos galos

Após reunião com lutador, presidente afirmou que ele já está treinando novamente e, quando se recuperar, voltará para defender seu título

Por SporTV.com Nova York
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Notícia ruim para o brasileiro Renan Barão. Após reunião com Dominick Cruz, Dana White confirmou que o americano continuará campeão dos pesos-galos, mesmo fora dos octógonos desde 2011, devido a duas cirurgias no joelho. Com o veredito, o potiguar permanece como detentor do título interino e, se vencer Eddie Wineland no UFC 161, a tendência é que enfrente Cruz para unificar o cinturão.
- Tivemos uma grande conversa com Dominick. Ele está bem, se sente saudável e já voltou a treinar. Ele continua com o título e, quando voltar, irá defendê-lo. Se machucar-se de novo, então teremos que tirar o cinturão dele - disse, em entrevista ao site MMA Junkie.
montagem UFC Renan Barão e Dominick Cruz (Foto: Getty Images)Duelo entre Renan Barão e Dominick Cruz continua sem previsão para acontecer (Foto: Getty Images)
O presidente se mostrou incerto sobre a possibilidade de Barão lutar ainda mais uma vez, considerando-se a hipótese de que ele passe por Wineland e de Cruz manter-se inativo pelo resto de 2013. O brasileiro faturou o título interino da categoria após vitória sobre Urijah Faber no UFC 149 e já o defendeu, ao vencer Michael McDonald, em fevereiro deste ano.
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Jones quer Gustafsson após Sonnen: 'Ele me desafiou com aquele vídeo'

Campeão faz referência a 'Harlem Shake' protagonizado pelo sueco, em que equipe segurava papéis dizendo que americano "é o próximo"

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Jon Jones ainda nem defendeu seu cinturão contra Chael Sonnen e já está pensando em seu próximo desafio. Ele quer Alexander Gustafsson. A razão? Um vídeo em que o sueco dança uma versão do aclamado "Harlem Shake" com sua equipe. Nele, os parceiros de treino do atleta seguram papéis com os dizeres: "Jon Jones, você é o próximo".
Apesar de ter se lesionado às vésperas do UFC Suécia 2 e ser retirado do card do evento, o atleta já conseguiu atrair o interesse do campeão e pode sair em vantagem no duelo para nomear o novo desafiante número um da categoria.
UFC 152 JOn jones e vitor belfort (Foto: Agência Getty Images)Jones quer Gustafsson como próximo adversário (Foto: Agência Getty Images)
- É alguém que gostaria de enfrentar. Não desafio as pessoas. Ele que me desafiou ao fazer aquele vídeo do "Harlem Shake". Nele estava escrito que eu era o próximo, então eu pensei, "tudo bem, se você quer isso, eu desejo essa luta" - disse o campeão dos meio-pesados.
Apesar do desafio em si, Jones admirou a postura profissional do sueco e animou-se com a luta, já que Gustafsson se assemelha no que diz respeito à altura e alcance, um fator que o campeão tem usado com ampla vantagem em suas lutas.
- Ele é um cara respeitoso. Um lutador novo. Será um campeão contra um garoto novo e ambicioso. É uma ameaça, sempre é, porque ele vai querer muito isso.
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Dedé entra na Justiça do Trabalho para desbloquear sua transferência

Direitos federativos do zagueiro do Cruzeiro estão presos na Federação de Futebol do Rio por causa de uma dívida do Vasco com a Fazenda Nacional

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Dede Cruzeiro (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)Dedé já vestiu a camisa do Cruzeiro
(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
O zagueiro Dedé entrou nesta quinta-feira na Justiça do Trabalho para conseguir a liberação de seus direitos federativos, que estão presos na Federação de Futebol do Rio (Ferj) por causa de uma dívida do Vasco com a Fazenda Nacional. O jogador foi vendido pelo clube carioca ao Cruzeiro na semana passada por R$ 14 milhões, mas o órgão do Governo Federal, credor de R$ 50 milhões do Cruz-Maltino, conseguiu mandado de segurança que bloqueia a transferência. Por isso, os representantes do zagueiro decidiram entrar na Justiça com a alegação de que ele não pode ter impedido seu direito de trabalhar.
- Já demos entrada no processo. Tomamos todas as providências e estamos esperando uma resposta do nosso advogado - disse um dos empresários do jogador, Giuliano Aranda, o ex-atacante Magrão.
O advogado de Dedé impetrou nesta quinta-feira um mandado de segurança em segunda instância no Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro junto à 9ª Vara de Execução Fiscal, que impediu a transferência do jogador. A tendência é que nesta sexta o desembargador dê o seu parecer.
Enquanto aguarda a resposta sobre o pedido de liberação na Justiça do Trabalho, Dedé não pode estrear pelo Cruzeiro. O presidente da Ferj, Rubens, Lopes, confirmou que, por enquanto, a entidade acata o mandado de segurança obtido pela Fazenda Nacional.
- Existe um impedimento judicial para que o Dedé seja transferido para qualquer lugar. Se o Vasco está devendo a alguém, a pessoa não pode ficar sem trabalhar por conta de uma dívida do outro. Penso que o Vasco deve conseguir reverter a situação - disse o dirigente à Rádio Brasil.
Antes de confirmar a venda de Dedé, o Vasco fez acordo com Romário, que havia conseguido a penhora dos direitos do jogador. Porém, o clube não previa a ação da Fazenda, que negocia com o clube desde o início do ano passado. Os dirigentes cruz-maltinos queriam fazer pagamentos com prestações suaves ao longo de mais de dez anos, enquanto a Fazenda, que não aceitou a pedida vascaína, insiste em quitação em 24 meses.
Já demos entrada no processo. Tomamos todas as providências e estamos esperando uma resposta do nosso advogado"
Giuliano Aranda, empresário de Dedé
Hoje, o clube tem cerca de R$ 20 milhões penhorados, que servem de abatimento da dívida de R$ 50 milhões. Na venda de Dedé, a Fazenda entrou com mandado de segurança para receber parte do dinheiro da transação. O Vasco argumenta que já gastou toda a verba depositada pelo Cruzeiro na semana passada.
- Recebemos os recursos à vista e já os utilizamos integralmente para o pagamento de salários atrasados, encargos trabalhistas e outras das muitas dívidas do clube. O caso está com o departamento jurídico do Vasco, mas, sinceramente, não sei mais o que pode ser feito - afirmou o diretor geral do clube, Cristiano Koehler, ao tomar conhecimento do mandado de segurança conseguido pela Fazenda.

Polícia investiga espancamento
de Bernardo em favela carioca

Jogador do Vasco foi agredido no Complexo da Maré, no último domingo,
porque teria se envolvido com mulher de traficante. Clube declara apoio

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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O apoiador Bernardo tomou um enorme susto no último domingo, dia 21. O jogador do Vasco foi sequestrado e agredido por traficantes dentro do Complexo da Maré. O motivo teria sido o seu envolvimento com Daiane Rodrigues, supostamente uma das mulheres de Marcelo Santos das Dores, o Menor P, líder do tráfico no local.
Bernardo e Daiane teriam sido flagrados por bandidos na Favela Salsa e Merengue, e de lá levados para uma casa no Morro do Timbau, onde teriam sido amarrados com fita crepe, torturados e espancados. Daiane - que, segundo uma testemunha, levou sete tiros nas pernas - foi libertada e tentou atendimento no Hospital Paulino Werneck, mas não conseguiu. Ela acabou sendo internada no Hospital Souza Aguiar, onde permaneceu até esta quinta-feira. O caso está sendo investigado pela 21ª Delegacia Policial (Bonsucesso).
Bernardo treino Vasco (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)Caso envolvendo Bernardo está sendo investigado pela polícia (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)
Bernardo informou o Vasco sobre o crime também nesta quinta. O diretor Renê Simões confirmou que conversou com o atleta.
- Falei com o Bernardo há pouco tempo, e a nossa prioridade é dar apoio total ao jogador. Claro que o Vasco não quer ver seu nome envolvido em qualquer coisa que não seja da esfera desportiva. Mas entende que o atleta deve receber suporte do clube em qualquer situação, enquanto os procedimentos legais são tomados - disse.
A polícia recebeu a informação de que Bernardo estaria acompanhado de dois outros jogadores - um de um time carioca, e o outro de um time paulista, ambos criados na Maré. Um deles teria "salvado" Bernardo, argumentando com os traficantes que, se o jogador morresse, "a favela teria UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no dia seguinte".
Bernardo está em recuperação de uma lesão no joelho e tem cirurgia marcada para o dia 1º de maio. A previsão é de que ele só retorne aos gramados no fim do ano. René Simões não quis antecipar se o episódio ocorrido fora de campo pode resultar em multa disciplinar ao jogador, que tem contrato com o Vasco até 2015.
- Uma coisa é o contrato de trabalho CLT, a outra é o contrato de imagem, que no caso do Bernardo não existe. Primeiro é preciso pensar no lado humano, e depois, no jurídico. Como tomamos conhecimento hoje, ainda não conversei com os advogados do clube - explicou.