segunda-feira, 21 de julho de 2014

Divulgado pôster exclusivo de Ronda Rousey no filme “Mercenários 3″


seg, 21/07/14
por ultimmato |
categoria Ronda Rousey
O filme “Mercenários 3″, que conta com um elenco estelar, terá Ronda Rousey entre suas estrelas. A lutadora, campeã do UFC no peso-galo, teve divulgado nesta segunda-feira um pôster exclusivo de sua personagem no filme.
Confira a imagem:
Ronda_Expendables3

Em reunião, presidente do Atlético-PR confirma UFC na Baixada em outubro

Mario Celso Petraglia diz que o estádio receberá um evento ainda no final deste ano

Por Curitiba
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estádio Arena da Baixada jogo Irã x Nigéria (Foto: Getty Images)Arena da Baixada receberá edição do UFC no dia 25 de outubro, segundo presidente do Furacão (Foto: Getty Images)
O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, revelou que a Arena da Baixada receberá uma edição do UFC (Ultimate Fighting Championship, maior organização de MMA do mundo) ainda este ano.
A informação foi divulgada pelo Jornal Tribuna e pela Rádio 98FM após ser revelada aos conselheiros do clube pelo mandatário rubro-negro durante a reunião do clube, na noite desta segunda-feira, em um hotel no centro de Curitiba.
Segundo Petraglia, o evento será no dia 25 de outubro, ainda sem informações sobre quais serão os lutadores. Petraglia falou que, até outubro, a Baixada terá teto retrátil. Ele afirmou ainda que a negociação está praticamente fechada e deverá ser confirmada pelo UFC nos próximos dias.
A Arena da Baixada, após mais de dois anos e meio de obra, recebeu quatro jogos da primeira da Copa do Mundo de 2014. O estádio teve, durante o Mundial, capacidade para 41 mil pessoas e recebeu, em média, 39 mil por jogo. Após algumas mudanças, esse número aumentou para 43.981. Com a possibilidade de os espectadores assistiram ao UFC do gramado, a capacidade seria de aproximadamente 50 mil no evento de MMA.

Gigante finlandês é o primeiro reforço de Zidane para o Real Madrid B

Atacante de 1,97m foi contratado junto ao AIK, da Suécia, por R$ 6,4 milhões

Por Madri, Espanha
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Eero Markkanen jogador (Foto: Divulgação / Facebook Oficial)Eero Markkanen atuando pelo AIK da Suécia (Foto: Divulgação / Facebook Oficial)
Em sua primeira experiência como técnico, o ex-craque Zinedine Zidane comandará o Castilla, o time B do Real Madrid, que disputou a segunda divisão do campeonato espanhol na última temporada. O primeiro reforço da "Era Zidane" foi confirmado hoje pelo site do jornal espanhol "As". Trata-se do atacante finlandês Eero Markkanen, do AIK de Estocolmo, clube da Suécia. Aos 23 anos, a nova contratação do Real Madrid B mede 1,97m e custou 20 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,4 milhões).
Segundo a publicação, o negócio estava sendo feito desde o início deste mês. Inclusive, o clube sueco dispensou o jogador do amistoso do último domingo, contra o Falkenbergs, para que não ocorressem riscos de lesão, o que poderia prejudicar a negociação. A previsão é que o jogador chegue a Madri na quarta-feira para passar por exames médicos e em seguida já estar sob o comando de Zizou.
Markkanen foi revelado em 2011 pelo JJK, clube que disputa a segunda divisão da Finlândia. Em 2012 e 2013, foi emprestado para os finlandeses Walkaus JK e HJK, respectivamente. Desde o início deste ano, atuava pelo AIK da Suécia. De acordo com a imprensa da Espanha, o atacante fez 12 jogos, marcando seis gols pela equipe de Estocolmo, o que lhe fez ser convocado e jogar pela primeira vez para a seleção da Finlândia, no dia 29 de maio.

Schumacher se comunica com família através dos movimentos dos olhos

Segundo jornal inglês "Mirror", heptacampeão da Fórmula 1 responderia perguntas feitas pela esposa Corinna. Schumi recebeu cartas de apoio de Hamilton e Button

Por Lausanne, Suíça
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Michael Schumacher vem apresentando melhoras satisfatórias. A informação foi noticiada nesta segunda-feira pelo inglês "Mirror". De acordo com a publicação, o heptacampeão da Fórmula 1 tem usado os movimentos dos olhos para responder questões feitas pela esposa, Corinna Schumacher. O ex-piloto, porém, ainda precisa de cuidados médicos contínuos para se recuperar das graves lesões sofridas após um acidente enquanto esquiava nos Alpes franceses, em 29 de dezembro de 2013.
Durante a recuperação, Schumacher tem recebido grande apoio dos atuais pilotos da Fórmula 1. Entre eles Jenson Button e Lewis Hamilton, que escreveram cartas para o alemão. Hamilton escreveu:
Michael Schumacher com a esposa Corinna em 2006 (Foto: Getty Images)Michael Schumacher com a esposa Corinna, em 2006 (Foto: Getty Images)

- Querido Michael. Você está sempre em minhas orações. Orações de esperança de que você passe por esse momento difícil. Você já conseguiu tanto, dando tanto. Que Deus possa cuidar de você e mostrar-lhe o caminho de volta para sua família, fãs e amigos - disse Hamilton em sua carta.

Jenson também escreveu sua mensagem para Schumacher.

- Quando eu penso em Michael Schumacher penso em duas coisas. O primeiro é de uma das minhas primeiras lembranças de estar na Fórmula 1, em Melbourne, e ver o vermelho Ferrari de Michael na minha frente, espalhando as folhas enquanto dirigia sob as árvores. Mesmo em 2000, ele era já uma lenda. A segunda coisa que eu penso sobre isso é o carro vermelho familiar serpenteando sobre meus espelhos. Michael era um piloto tão formidável, implacavelmente competitivo - frisou Jenson na mensagem ao ídolo.

De acordo com a imprensa suíça, os médicos esperam que Schumacher esteja em uma cadeira de rodas especial nas próximas semanas, quando ele poderia controlar os movimentos da máquina com sua boca. A mídia da Croácia diz que os médicos Darko Chudy e Vedran Deletis estariam desenvolvendo um microchip que poderia ajudar o ex-piloto a andar e falar novamente após o longo coma.

Cruzeiro iguala maior vantagem de um líder após 11ª rodada do Brasileiro

Mineiros repetem feito do Flamengo, que em 2008 abriu folga de cinco pontos mas perdeu força por causa de desfalques. Atual Z-4 tem somatório baixo de pontos

Por Rio de Janeiro
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A vitória fora de casa sobre o Palmeiras por 2 a 1 não apenas manteve o Cruzeiro na liderança do Campeonato Brasileiro, como aumentou de três para cinco pontos a vantagem sobre o segundo colocado, o Corinthians. Essa diferença só foi registrada uma outra vez a essa altura do campeonato na era dos pontos corridos: em 2008, quando o Flamengo tinha boa folga sobre o próprio Cruzeiro.
A edição deste ano também tem o segundo pior somatório de pontos ao término da 11ª rodada dos times que ocupam a zona de rebaixamento desde 2004, quando passaram a ser quatro os rebaixados. Vitória (oito pontos), Figueirense (sete), Coritiba (sete) e Flamengo (sete) conquistaram juntos 29 pontos, apenas quatro a mais do que o líder Cruzeiro. O número só não é pior do que o registrado em 2011. Na ocasião, Atlético-GO (nove), América-MG (sete), Avaí (sete) e Atlético-PR (cinco) totalizaram 28.
info - Diferença de pontos entre Líder e Vice-líder no brasileirão (Foto: Editoria de Arte)
Liderar o campeonato na 11ª rodada, porém, não é um sinal de que o título está encaminhado. Desde 2003, apenas Cruzeiro (em 2003) e Corinthians (2011) foram campeões. No primeiro ano de implantação dos pontos corridos, a Raposa somava 24 pontos, contra 21 do Corinthians. Oito anos depois, o Timão era líder com 26 pontos, quatro a mais do que o São Paulo.
Em 2008, primeiro ano em que a vantagem foi de cinco pontos, o Flamengo sofreu com a perda de alguns de seus principais jogadores, como Marcinho, Renato Augusto e Souza. Terminou o campeonato em quinto lugar. É uma realidade diferente da do Cruzeiro atual, que tem conseguido segurar a base da equipe e até se reforçar (casos de Manoel, Marquinhos e Neilton). O atacante Marcelo Moreno espera dificuldades por causa dessa folga na liderança:
marcelo moreno cruzeiro em boston (Foto: PauloLopes/NCSG)Marcelo Moreno espera adversários dando mais atenção ao Cruzeiro (Foto: NCSG)
- O nosso objetivo é continuar na liderança do campeonato, e abrir cinco pontos de vantagem tão cedo aumenta nossa confiança para jogar cada vez melhor. Estar na ponta da tabela faz com que as outras equipes joguem com ainda mais atenção, marcando muito forte. Os adversários devem jogar bem fechados quando nos enfrentarem no Mineirão, e devemos aproveitar a força da torcida para dar continuidade ao bom trabalho.
O técnico Marcelo Oliveira vê a atual edição mais difícil do que no ano passado, quando a essa altura o Cruzeiro ocupava a vice-liderança, com 21 pontos, dois a menos do que o Botafogo.
- Acredito que neste ano o campeonato esteja mais difícil, com umas seis ou sete equipes na briga pelo título. As equipes se prepararam muito bem, e existem também as de tradição. É claro que só com o decorrer do campeonato é possível perceber quem tem chances, e sempre pode surgir uma surpresa.
Os 25 pontos dão ao Cruzeiro o terceiro melhor desempenho de um líder a essa altura do campeonato, perdendo para o Flamengo de 2008 (26) e o Atlético-MG de 2012 (28) - que perdeu o título para o Fluminense.
Assim como na maioria das vezes mudou o líder da 11ª até a última rodada, a zona de rebaixamento também sofre muitas alterações. Dos 40 times que caíram para a Série B desde que se instituiu o Z-4 (quatro por ano, a partir de 2004), 15 estavam entre os quatro últimos colocados na 11ª rodada. Isso representa 37,5%. No entanto, nenhuma equipe que se encontrava na zona conseguiu se recuperar a ponto de conquistar o título.

Prodígio da ginástica, Rebeca evolui no solo com trilha sonora de Beyoncé

Aposta de medalha da CBG para as Olimpíadas de 2016, ginasta de 15 anos coloca trechos de música da cantora de quem é fã na coreografia: "Ela é espelho para mim"

Por Rio de Janeiro
Aquele tablado tem um quê de sagrado. É ali, a cada passada, que a infância de tanta dificuldade fica para trás. Sob os olhares de toda uma arena, Rebeca Andrade sente-se mais forte. Gosta de competir. E experimenta, a seu modo, a sensação de estar no palco, como a cantora de quem é fã. Beyoncé está nos pôsteres, nos desenhos, no guarda-roupa, no computador e no celular. Está pelos cantos da casa, nas músicas que cantarola com a anuência dos outros moradores. Não bastasse isso, faz parte de sua série de solo.
A busca pela música ideal terminaria após uma conversa entre a coordenadora da seleção, Georgette Vidor, e a técnica Keli Kitaura. Era preciso encontrar algo que a motivasse, que a ajudasse a tirar o máximo de proveito do código de pontuação - o qual passou a exigir muito mais da parte artística -, e que mexesse com o público.
- Ela canta Beyoncé o dia todo. É bem jeitosinha dançando e cantando (risos). Pediu que minha mãe fizesse um colant igual ao dela, para brincar. Sempre teve o sonho de conhecê-la. Então, a música tinha que ser dela (Single Ladies). Rebeca sabe dançar todas as coreografias e usa partes na série. O público também dança no ginásio e isso conta a favor dela, melhora a nota e ela se apresenta com mais vontade. A primeira vez que competiu com a trilha nova foi em maio. A anterior não era muito boa. A nota já aumentou muito com relação à anterior. Antes tirava 13,900 e agora 14,300, o que é muito bom - disse a treinadora.
Rebeca Andrade ginástica Olímpica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)Rebeca defenderá o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)

Aos 15 anos, Rebeca é tida como uma pérola pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). É vista como uma ginasta completa. Tem técnica, boa flexibilidade e potência. Aparece como uma esperança de medalhas nas Olimpíadas do Rio em 2016. O que poderia significar uma pressão é encarado como motivação. No mês que vem, fará um teste de fogo nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, de 16 a 28 de agosto. Os treinadores querem saber como se comportará em uma competição de alto nível e com ambiente similar ao que deverá encontrar daqui a dois anos.  
- Eu acho bom ouvir elogio. Isso vai te dando mais força, você pode fazer mais. Estou treinando muito, muito, muito e acho que vou me sair bem. Estou correndo atrás do meu sonho, lutando por ele. A Beyoncé correu atrás dos dela sem passar por cima de ninguém. É uma pessoa humilde e isso a fez ainda mais especial. Ela serve de espelho para mim. É uma das seis pessoas mais admiradas por todo mundo. Eu adorei poder tê-la na minha série. Queria ter ido ao show do Rock in Rio, mas estava competindo. No próximo espero estar lá. Acho que vou ficar paralisada.
Keli Kitaura e Rebeca Andrade Ginástica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)Keli Kitaura e Rebeca Andrade Ginástica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)
Rebeca tem jeito de menina, mas firmeza de gente grande. Quer um elemento com seu nome no código de pontuação do salto, assim como fizeram Daiane dos Santos (solo), Diego Hypolito (solo), Sergio Sasaki (barras paralelas) e Arthur Zanetti (argolas). Trabalha nele há algum tempo, mas só poderá apresentá-lo para ser avaliado num Mundial ou nas Olimpíadas. Quer uma medalha olímpica. Duas de preferência, no salto e no individual geral, e já em 2016.
- Acho que meu sonho está pertinho, sim. Tenho que melhorar algumas coisas, fazer coisas novas nos aparelhos. Estou tentando controlar o peso, o que é uma tortura porque gosto de doces. Também procuro aprender com a experiência da Jade Barbosa, olho muito para a Mckayla Maroney  e Gabby Douglas. Estou procurando fazer tudo o que o Alexandrov (o russo Alexander Alexandrov, técnico da seleção brasileira que tem 15 medalhas olímpicas no currículo) fala para mim. Keli e Chico, meus técnicos no Flamengo, me falam que ele levou muitas meninas ao pódio nos Jogos. Quero ser uma dessas também.
Trajetória
Para isso, Rebeca saiu cedo do convívio da família. Mesmo que tudo parecesse conspirar contra, insistiu e contou com a generosidade de muita gente. A mãe não tinha tempo nem dinheiro sobrando para investir no sonho. Dona Rosa trabalhava como empregada doméstica para sustentar os oito filhos. Moravam numa casa muito humilde na periferia de Guarulhos, com apenas um cômodo onde todos dormiam, e banheiro do lado de fora.  
- Era muito difícil. Minha mãe não tinha dinheiro e eu faltava mais aos treinos do que ia. Ela ficava cansada de ir a pé e voltar do trabalho quando me dava o dinheiro para a passagem. Meu irmão então comprou uma bicicleta e me levava, mas às vezes ela quebrava. Ela pedia dinheiro emprestado para que não faltasse comida. E como não sobrava, não podíamos comprar outras coisas. Roupa eu ganhava das pessoas que me conheciam e doavam - relembrou.
Rebeca Andrade Ginástica (Foto: Arquivo Pessoal)Rebeca Andrade ainda criança com a técnica Keli Kitaura (Foto: Arquivo Pessoal)
O café da manhã que sobrava no ginásio da prefeitura tinha endereço certo. Mas a frequência ainda era muito baixa. Keli Kitaura via naquela menina de 6 anos um potencial bom demais para ser desperdiçado. Fez então uma proposta para Rosa. Ficaria com Rebeca em casa nos fins de semana. Só assim saberia que ela estaria no ginásio no dia seguinte. Morou um tempo com uma tia, depois com a coordenadora de ginástica. Foi assim durante três anos. A técnica seguiu para a Curitiba fazendo uma promessa: voltariam a trabalhar juntas.
- Assim que consegui uma boa estrutura a levei para lá. As pessoas criticaram a mãe e a nós por termos tirado uma criança tão cedo de casa (tinha 8 anos na época). Resolvemos investir no potencial dela, no sonho dela. Tivemos que brigar com Deus e o mundo. Depois fomos contratados pelo Flamengo e ela veio junto. Hoje ela e mais nove meninas da equipe moram comigo e meu marido Francisco Porath numa casa em Três Rios. Nós ainda não temos filhos, mas sou técnica e "mãe", numa fase complicada de adolescência.
Não só na mudança do comportamento. As alterações hormonais e no centro de gravidade do corpo viram uma preocupação no caso de atletas. Ficar de olho vivo na balança passa a ser ainda mais imperativo.
-  Ela teve muito problema de peso ano passado. Agora está estabilizando. Mudou muito o corpo. Come muito por ter passado dificuldade. Mas está se controlando melhor, cuidando da alimentação. O peso ainda varia muito, mas ela passou a fase mais difícil. Rebeca gosta de competir, só que não muito de treinar. Quer sempre ganhar. A gente tenta colocar na cabeça dela que os treinos são mais importantes do que a competição.  A chance de medalha dela é em 2016. Ginástica é precoce. Tem que dar o máximo agora porque depois são mais quatro anos. Está sendo treinada para o individual geral, salto e também solo.
Rebeca Andrade ginástica Olímpica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)Rebeca sonha com elemento com seu nome na prova de salto (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)

Rebeca não reclama. Fala dos dois com carinho e respeito. Mesmo que só reencontre os parentes uma vez por ano e que amenize a distância com telefonemas, não pensa duas vezes ao responder que tudo tem valido a pena. A dedicação já rendeu um contrato com uma empresa de telecomunicações, salário do Bolsa Atleta, do Flamengo e da seleção. A família mora agora num local melhor.
- Agora posso ajudar em casa, e minha mãe não tem mais dívidas. Estou muito feliz. No começo fiquei com saudade e era muito ruim. Eu não queria ficar longe. Então minha mãe disse que se eu achasse que não ia dar, me levava de volta. Só que eu gostei. Tenho agora três irmãos que também estão fazendo ginástica. Não me arrependo de ter saído tão cedo do convívio deles. É meu sonho e quero conquistá-lo. Estou lutando por ele. A vida não é nada fácil.

Prodígio da ginástica, Rebeca evolui no solo com trilha sonora de Beyoncé

Aposta de medalha da CBG para as Olimpíadas de 2016, ginasta de 15 anos coloca trechos de música da cantora de quem é fã na coreografia: "Ela é espelho para mim"

Por Rio de Janeiro
Aquele tablado tem um quê de sagrado. É ali, a cada passada, que a infância de tanta dificuldade fica para trás. Sob os olhares de toda uma arena, Rebeca Andrade sente-se mais forte. Gosta de competir. E experimenta, a seu modo, a sensação de estar no palco, como a cantora de quem é fã. Beyoncé está nos pôsteres, nos desenhos, no guarda-roupa, no computador e no celular. Está pelos cantos da casa, nas músicas que cantarola com a anuência dos outros moradores. Não bastasse isso, faz parte de sua série de solo.
A busca pela música ideal terminaria após uma conversa entre a coordenadora da seleção, Georgette Vidor, e a técnica Keli Kitaura. Era preciso encontrar algo que a motivasse, que a ajudasse a tirar o máximo de proveito do código de pontuação - o qual passou a exigir muito mais da parte artística -, e que mexesse com o público.
- Ela canta Beyoncé o dia todo. É bem jeitosinha dançando e cantando (risos). Pediu que minha mãe fizesse um colant igual ao dela, para brincar. Sempre teve o sonho de conhecê-la. Então, a música tinha que ser dela (Single Ladies). Rebeca sabe dançar todas as coreografias e usa partes na série. O público também dança no ginásio e isso conta a favor dela, melhora a nota e ela se apresenta com mais vontade. A primeira vez que competiu com a trilha nova foi em maio. A anterior não era muito boa. A nota já aumentou muito com relação à anterior. Antes tirava 13,900 e agora 14,300, o que é muito bom - disse a treinadora.
Rebeca Andrade ginástica Olímpica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)Rebeca defenderá o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)

Aos 15 anos, Rebeca é tida como uma pérola pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). É vista como uma ginasta completa. Tem técnica, boa flexibilidade e potência. Aparece como uma esperança de medalhas nas Olimpíadas do Rio em 2016. O que poderia significar uma pressão é encarado como motivação. No mês que vem, fará um teste de fogo nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, de 16 a 28 de agosto. Os treinadores querem saber como se comportará em uma competição de alto nível e com ambiente similar ao que deverá encontrar daqui a dois anos.  
- Eu acho bom ouvir elogio. Isso vai te dando mais força, você pode fazer mais. Estou treinando muito, muito, muito e acho que vou me sair bem. Estou correndo atrás do meu sonho, lutando por ele. A Beyoncé correu atrás dos dela sem passar por cima de ninguém. É uma pessoa humilde e isso a fez ainda mais especial. Ela serve de espelho para mim. É uma das seis pessoas mais admiradas por todo mundo. Eu adorei poder tê-la na minha série. Queria ter ido ao show do Rock in Rio, mas estava competindo. No próximo espero estar lá. Acho que vou ficar paralisada.
Keli Kitaura e Rebeca Andrade Ginástica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)Keli Kitaura e Rebeca Andrade Ginástica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)
Rebeca tem jeito de menina, mas firmeza de gente grande. Quer um elemento com seu nome no código de pontuação do salto, assim como fizeram Daiane dos Santos (solo), Diego Hypolito (solo), Sergio Sasaki (barras paralelas) e Arthur Zanetti (argolas). Trabalha nele há algum tempo, mas só poderá apresentá-lo para ser avaliado num Mundial ou nas Olimpíadas. Quer uma medalha olímpica. Duas de preferência, no salto e no individual geral, e já em 2016.
- Acho que meu sonho está pertinho, sim. Tenho que melhorar algumas coisas, fazer coisas novas nos aparelhos. Estou tentando controlar o peso, o que é uma tortura porque gosto de doces. Também procuro aprender com a experiência da Jade Barbosa, olho muito para a Mckayla Maroney  e Gabby Douglas. Estou procurando fazer tudo o que o Alexandrov (o russo Alexander Alexandrov, técnico da seleção brasileira que tem 15 medalhas olímpicas no currículo) fala para mim. Keli e Chico, meus técnicos no Flamengo, me falam que ele levou muitas meninas ao pódio nos Jogos. Quero ser uma dessas também.
Trajetória
Para isso, Rebeca saiu cedo do convívio da família. Mesmo que tudo parecesse conspirar contra, insistiu e contou com a generosidade de muita gente. A mãe não tinha tempo nem dinheiro sobrando para investir no sonho. Dona Rosa trabalhava como empregada doméstica para sustentar os oito filhos. Moravam numa casa muito humilde na periferia de Guarulhos, com apenas um cômodo onde todos dormiam, e banheiro do lado de fora.  
- Era muito difícil. Minha mãe não tinha dinheiro e eu faltava mais aos treinos do que ia. Ela ficava cansada de ir a pé e voltar do trabalho quando me dava o dinheiro para a passagem. Meu irmão então comprou uma bicicleta e me levava, mas às vezes ela quebrava. Ela pedia dinheiro emprestado para que não faltasse comida. E como não sobrava, não podíamos comprar outras coisas. Roupa eu ganhava das pessoas que me conheciam e doavam - relembrou.
Rebeca Andrade Ginástica (Foto: Arquivo Pessoal)Rebeca Andrade ainda criança com a técnica Keli Kitaura (Foto: Arquivo Pessoal)
O café da manhã que sobrava no ginásio da prefeitura tinha endereço certo. Mas a frequência ainda era muito baixa. Keli Kitaura via naquela menina de 6 anos um potencial bom demais para ser desperdiçado. Fez então uma proposta para Rosa. Ficaria com Rebeca em casa nos fins de semana. Só assim saberia que ela estaria no ginásio no dia seguinte. Morou um tempo com uma tia, depois com a coordenadora de ginástica. Foi assim durante três anos. A técnica seguiu para a Curitiba fazendo uma promessa: voltariam a trabalhar juntas.
- Assim que consegui uma boa estrutura a levei para lá. As pessoas criticaram a mãe e a nós por termos tirado uma criança tão cedo de casa (tinha 8 anos na época). Resolvemos investir no potencial dela, no sonho dela. Tivemos que brigar com Deus e o mundo. Depois fomos contratados pelo Flamengo e ela veio junto. Hoje ela e mais nove meninas da equipe moram comigo e meu marido Francisco Porath numa casa em Três Rios. Nós ainda não temos filhos, mas sou técnica e "mãe", numa fase complicada de adolescência.
Não só na mudança do comportamento. As alterações hormonais e no centro de gravidade do corpo viram uma preocupação no caso de atletas. Ficar de olho vivo na balança passa a ser ainda mais imperativo.
-  Ela teve muito problema de peso ano passado. Agora está estabilizando. Mudou muito o corpo. Come muito por ter passado dificuldade. Mas está se controlando melhor, cuidando da alimentação. O peso ainda varia muito, mas ela passou a fase mais difícil. Rebeca gosta de competir, só que não muito de treinar. Quer sempre ganhar. A gente tenta colocar na cabeça dela que os treinos são mais importantes do que a competição.  A chance de medalha dela é em 2016. Ginástica é precoce. Tem que dar o máximo agora porque depois são mais quatro anos. Está sendo treinada para o individual geral, salto e também solo.
Rebeca Andrade ginástica Olímpica (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)Rebeca sonha com elemento com seu nome na prova de salto (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)

Rebeca não reclama. Fala dos dois com carinho e respeito. Mesmo que só reencontre os parentes uma vez por ano e que amenize a distância com telefonemas, não pensa duas vezes ao responder que tudo tem valido a pena. A dedicação já rendeu um contrato com uma empresa de telecomunicações, salário do Bolsa Atleta, do Flamengo e da seleção. A família mora agora num local melhor.
- Agora posso ajudar em casa, e minha mãe não tem mais dívidas. Estou muito feliz. No começo fiquei com saudade e era muito ruim. Eu não queria ficar longe. Então minha mãe disse que se eu achasse que não ia dar, me levava de volta. Só que eu gostei. Tenho agora três irmãos que também estão fazendo ginástica. Não me arrependo de ter saído tão cedo do convívio deles. É meu sonho e quero conquistá-lo. Estou lutando por ele. A vida não é nada fácil.

Hamilton critica falta de safety car, cita tragédia e ironiza: "Sabem o porquê"

Após rodada de Sutil na Alemanha, inglês lembra terrível acidente que matou piloto
e fiscal de prova em 1977, e sugere que direção da prova optou por beneficiar Nico

Por Hockenheim, Alemanha
Comente agora
Um cena causou um misto de incredulidade e espanto nos torcedores que acompanhavam o GP da Alemanha na arquibancada do circuito de Hockenheim. Após uma pane na Sauber, Adrian Sutil rodou e ficou parado no meio da reta principal, quando já faltavam menos de 20 voltas para o fim. A organização da prova decidiu não acionar o safety car, e os fiscais se arriscaram, atravessando a pista para empurrar o carro enquanto os outros pilotos passavam em alta velocidade (veja o incidente no vídeo).
Lewis Hamilton, terceiro colocado da prova e vice-líder do campeonato, criticou a decisão da direção da corrida e revelou preocupação com a segurança dos profissionais que se arriscaram na pista. O piloto da Mercedes afirmou que o episódio poderia ter acabado em tragédia e lembrou o acidente - apontado por muitos como o mais terrível da história da F-1 - que tirou a vida de Tom Pryce e de um fiscal de prova, na África do Sul, em 1977.
- Eu fiquei realmente preocupado com os fiscais. Aquilo foi realmente preocupante. Você faz uma curva em alta velocidade e vê que há fiscais andando na pista, não muito longe de onde você está passando com o carro. É uma distância pequena demais. Quando eu trabalhava em uma escola de pilotagem em Bedford, esse vídeo (do acidente de Tom Pryce) passava o tempo todo. Um carro estava parado, um fiscal atravessou a pista e foi atropelado por um carro que estava vindo. Então, foi a primeira coisa que pensei, e eu não conseguia acreditar que não havia safety car - afirmou Hamilton.
Fiscais empurraram carro de Adrian Sutil sem que safety car estivesse na pista  (Foto: Reprodução)Sutil rodou após pane, e fiscais empurraram carro sem que safety car estivesse na pista (Foto: Reprodução)


Nascido no País de Gales, Tom Pryce era uma jovem promessa do automobilismo quando se envolveu em uma verdadeira tragédia no GP da África do Sul, terceira etapa do campeonato de 1977. Aos 27 anos, Pryce disputava sua quarta temporada na Fórmula 1. Na 21ª volta do circuito de Kyalami, o piloto italiano Renzo Zorzi teve problemas em seu carro e parou na lateral da pista. Dois fiscais de prova que estavam do outro lado correram para ajudá-lo, e um deles foi acertado em cheio por Pryce, a 270 km/h. O corpo do fiscal de 19 anos se partiu ao meio e foi atirado para o outro lado da pista. Pryce foi acertado na cabeça pelo extintor de incêndio que o fiscal carregava e morreu na hora.
ATENÇÃO! IMAGENS FORTES - Veja o acidente de Tom Pryce, citado por Lewis Hamilton
O britânico Tom Pryce foi vítima de um dos acidentes mais terríveis da história da F-1 (Foto: Getty Images)O britânico Tom Pryce foi vítima de um dos acidentes mais terríveis da história da F-1 (Getty)
Para Hamilton, o episódio na Alemanha, neste fim de semana, poderia acabar em uma tragédia parecida. Questionado sobre o que teria levado a direção de prova a descartar o safety car, o britânico sugeriu que pudesse haver algum tipo de favorecimento a seu companheiro Nico Rosberg, para que um piloto alemão saísse vencedor em casa. Hamilton chegou a ir para os boxes e colocou um novo conjunto de pneus supermacios. Uma relargada naquele momento da prova poderia dar chances reais de vitória ao inglês, que assumiria a liderança do campeonato caso vencesse.

- Poderia ter acontecido de forma diferente caso o safety car fosse para a pista. Na verdade, deveria ter havido um safety car. É simplesmente inacreditável que um carro esteja parado no meio da pista por algumas voltas e a direção opta por não acionar o safety car. Mas eu acho que vocês sabem o porquê disso não ter acontecido - afirmou o inglês, em tom de mistério, ao site Sky Sports.
Nico Rosberg  concordou que um safety car, àquela altura da corrida, poderia colocar sua vitória em risco. Mas até mesmo o alemão afirmou ter ficado surpreso pelo fato de o safety car não ter sido acionado. Outros pilotos e especialistas também demonstraram preocupação com a decisão da direção da etapa alemã. A organização da corrida não divulgou nenhum posicionamento oficial sobre a opção por dar prosseguimento à disputa após o incidente com Sutil.

Monaco quer holandês Sneijder
para o lugar de James Rodríguez

Clube francês procura substituto para colombiano, que deve ser anunciado oficialmente pelo Real Madrid nas próximas horas

Por Paris, França
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Com possibilidade iminente de perder James Rodríguez para o Real Madrid, o Monaco já busca um substituto para a camisa 10 do time: Wesley Sneijder. Segundo o periódico francês L'Équipe, o clube negocia com alguns jogadores, mas a contratação do meia holandês é uma das prioridades da equipe monegasca neste momento.
Atualmente, o jogador tem contrato com o Galatasaray, da Turquia, até junho de 2016. Sneijder tem 30 anos e recentemente disputou a Copa do Mundo no Brasil, ficando na terceira colocação com a Holanda. Antes chegar ao clube turco em janeiro de 2013, o meia passou por Ajax, Real Madrid e Internazionale de Milão.
O Monaco até o momento não apresentou nenhuma grande contratação para a próxima temporada. Destaque apenas para dois jogadores, o zagueiro argelino Carl Medjani e o atacante marfinense Lacina Traoré, ambos com passagens por suas seleções. O jogador da Argélia, inclusive, esteve nas duas últimas Copas do Mundo.
Sneijder (Foto: Getty Images)Sneijder este com sua seleção na última Copa do Mundo (Foto: Getty Images)

Aproveitamento de 76,6% e fidelidade do grupo: veja números da Era Dunga

Em primeira passagem pela Seleção como treinador, profissional utilizou 70 atletas e criou freguesia de rivais como Argentina, Chile e Itália. Apresentação será na terça

Por Rio de Janeiro
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A primeira passagem de Dunga como treinador da seleção brasileira aconteceu entre 2006 e 2010. A estrela da companhia era Robinho. O camisa 9, Luís Fabiano. Ronaldinho foi deixado de lado ao longo da caminhada. E no gol foram testados apenas quatro nomes, entre eles Julio César, titular das Copas de 2010 e 2014. Foram 60 partidas e duas conquistas (Copa América de 2007 e Copa das Confederações de 2009). Entre amistosos e jogos oficiais, o retrospecto foi de 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas - aproveitamento de 76,6%.
Na próxima terça-feira, a partir das 11h (de Brasília), quando será apresentado como comandante do time canarinho na nova sede da CBF, na Barra, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ele iniciará uma nova era. A segunda Era Dunga como técnico da Seleção.
Robinho Dunga Brasil Chile (Foto: Reuters)Robinho cumprimenta Dunga após ser substituído em uma partida na primeira passagem do treinador (Foto: Reuters)

Dos 60 jogos da primeira passagem de Dunga pela Seleção, ele só não comandou dois do banco de reservas. E tudo por conta de ter sido expulso no amistoso contra o México, no dia 12 de setembro de 2007. Naquela ocasião, o Brasil venceu os rivais por 3 a 1. O treinador ficou fora das partidas diante da Irlanda e Suécia, logo no início de 2008. Ao todo, durante o período em que comandou o time canarinho, o técnico utilizou 70 jogadores.
 O volante Gilberto Silva, hoje no Atlético-MG e com 37 anos, foi quem mais atuou sob a batuta de Dunga. Foram 54 partidas. Em seguida aparecem o atacante Robinho (30 anos), com 53 jogos e 21 gols, e o lateral-direito Maicon (32 anos), com 51 e cinco bolas na rede dos rivais. Porém, o artilheiro da primeira Era Dunga como treinador da seleção brasileira foi Luís Fabiano, atualmente no São Paulo e com 33 anos. Ele esteve em campo em 31 oportunidades e fez 22 gols.
E, ao que tudo indica, os donos dos principais números na primeira passagem de Dunga na Seleção não terão uma nova oportunidade sob o comando do treinador. Robinho, por exemplo, está de malas prontas para deixar o Milan e defender um clube no Brasil antes de seguir para o Orlando City. O mesmo destino terá o meia-atacante Kaká, outro nome importante em 2010. Após defender o São Paulo, ele vai para a Major League Soccer (MLS), liga de futebol dos Estados Unidos. Sob o comando do treinador, ele fez 40 jogos e marcou 14 gols.
fidelidade aos comandados
Grafite seleção brasileira (Foto: Getty Images)Grafite foi o último atleta ser utilizado por Dunga antes da Copa de 2010 (Foto: Getty Images)
Outro dado que chamou a atenção nos números de Dunga foi a fidelidade aos jogadores que mais atuaram e ajudaram na construção do bom retrospecto do treinador. Apenas quatro dos 23 convocados para a Copa do Mundo fizeram menos de dez participações nos 60 jogos de Dunga no comando da seleção brasileira: o goleiro Gomes, o zagueiro Thiago Silva, o volante Kleberson e o atacante Grafite. O último entrou em campo apenas três vezes antes de ver o seu nome na lista final dos atletas que foram à África do Sul.  
Os demais atletas que foram chamados para o torneio, que acabou com a eliminação para a Holanda nas quartas de final da competição, em partida disputada em Porto Elizabeth, tiveram mais de dez participações com o capitão do tetra. De todo o grupo, mais de 70% participou de praticamente toda a Era Dunga antes de ter o nome confirmado na equipe disputou o torneio na África do Sul.
Dos 11 titulares durante o torneio, Michel Bastos foi quem menos entrou em campo. Foram dez jogos com Dunga.  O zagueiro Thiago Silva e o atacante Nilmar entraram em campo pela primeira vez com o treinador apenas no fim de 2008. Os volantes Felipe Melo, Ramires e Kleberson só tiveram oportunidades em 2009. Todos se garantiram na equipe graças a boas atuações ao longo dos amistosos e das eliminatórias para a Copa do Mundo da África do Sul.
INFO - Números era Dunga (Foto: Editoria de Arte)Números da primeira passagem de Dunga como treinador da seleção brasileira (Foto: Editoria de Arte)

curiosidades dos 60 confrontos
Luis Fabiano Seleção 2007 (Foto: O Globo)Luis Fabiano Seleção 2007 (Foto: O Globo)
Dos 60 jogos em que comandou a seleção brasileira, Dunga teve o Chile como o adversário que enfrentou mais vezes. Foram seis partidas e seis vitórias. Curiosamente, um dos adversários que mais dificultou a vida do Brasil na Copa de 2014. Nas oitavas de final, após empate por 1 a 1 no tempo normal, o time canarinho venceu a equipe rival nos pênaltis. Em seguida aparece a Argentina - três vitórias e um empate.
A partir de 2015, o Brasil começará a disputar as eliminatórias da Copa. Antes do Mundial de 2010, o time canarinho conseguiu encerrar a classificação com a primeira colocação. Dos adversários que vai enfrentar para estar no Mundial da Rússia, Dunga encarou todos. Foram 17 vitórias, oito empates e três derrotas. As duas pedras no sapato foram Bolívia (um empate e uma derrota) e a Colômbia (dois empates).
A primeira convocação de Dunga em seu retorno à Seleção vai acontecer no fim de agosto ou no início de setembro. O treinador irá chamar os atletas para os duelos contra Colômbia e Equador, ambos nos Estados Unidos

Lúcio se arrepende e pede desculpas a Manoel, que nega maldade em lance

Após reclamar da arbitragem e chamar o zagueiro do Cruzeiro de "covarde" por dividida no Pacaembu, palmeirense admite que mudou de ideia após ver o replay

Por São Paulo
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Lúcio se arrependeu e pediu desculpas, ainda durante a madrugada desta segunda-feira, ao também zagueiro Manoel, do Cruzeiro. Vítima de uma fratura no osso facial do olho direito após dividida com o cruzeirense, o pentacampeão havia feito um desabafo na noite de domingo, referindo-se a Manoel como "covarde".
- Venho pedir desculpas ao colega cruzeirense Manoel sobre o fato ocorrido ontem no jogo. Estava muito assustado e triste e acabei errando em chamá-lo de covarde, foi um choque normal de jogo, reconheço que errei, por isso peço desculpas. Saí tarde do hospital e não tinha visto o replay da jogada, ato falho meu! Perdão de coração e desculpe por aquele momento de ira! Boa sorte e que Deus abençoe. Duas da manhã e até agora criando coragem para dizer essas palavras para você parceiro! Perdão!!! E parabéns pela vitória - escreveu Lúcio, em suas redes sociais.
Lucio Médico (Foto: Reprodução / Instagram)Exame realizado constatou lesão no rosto do capitão do Verdão (Foto: Reprodução / Instagram)
Em nota no site oficial do Cruzeiro, já nesta segunda-feira, Manoel reforçou a ideia de que o lance foi acidental. Sem polemizar, não levou em conta as declarações do palmeirense e nem o seu pedido de desculpas.
- Não houve maldade nenhuma. Foi um lance normal, tentei cabecear, batemos cabeça com cabeça e acabei machucando ele. Meu negócio é jogar futebol. Nunca tive intenção de machucar ninguém. Foi choque de jogo e bola para frente - afirmou Manoel, autor do segundo gol do Cruzeiro na vitória por 2 a 1, no Pacaembu.
A disputa de bola com o zagueiro Manoel aconteceu no fim da primeira etapa. Após choque pelo alto, Lúcio ficou caído com um corte no rosto. No intervalo, o palmeirense chegou a reclamar de uma cotovelada proposital, e disparou contra a arbitragem de Wilton Pereira Sampaio. Na imagem, porém, é possível notar que a cabeça de Manoel atinge o palmeirense, e não o cotovelo. O machucado não impediu o zagueiro de participar normalmente da segunda etapa. Após o duelo, ele foi encaminhado ao hospital para ser submetido a uma ressonância magnética, que acusou fratura.

Serginho Groisman lamenta escolha por Dunga: "Dúvida e espanto"

Apresentador esperava uma renovação e se decepcionou após decisão por chamar técnico da Copa de 2010. Ele pede mudanças na direção da CBF

Por São Paulo
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A contratação de Dunga como novo técnico da seleção brasileira gerou polêmica e muita discussão, principalmente porque a expectativa da maioria era que a CBF chamasse alguém novo para a função, até um estrangeiro. Um dos que ficaram decepcionados é o apresentador Serginho Groisman. Ele, que compartilhava a ideia de inovação, acredita que isto não ocorrerá enquanto a mudança não começar de cima, na direção (assista ao vídeo).
- Estou enxergando com muita dúvida e espanto. Entendi que de uma direção da CBF, como ela é, não poderia se esperar outra coisa. A gente teve esperança nessa Seleção. Quando as coisas começaram a dar errado houve o fatídico 7 a 1 (contra a Alemanha). Quem renova precisa também ser renovado. Não vejo muita alternativa. Desejo boa sorte, mas gostaria que houvesse realmente uma renovação. Mas acho que a renovação vai ser um pouco mais para frente, oxigenando não só a comissão técnica, mas um pouco mais em cima - disse o apresentador, convidado do "Bem, Amigos!" desta segunda.
Dunga novo treinador do Brasil (Foto: Agência Getty Images)Dunga será anunciado pela CBF nesta terça-feira (Foto: Agência Getty Images)
Dunga chega para sua segunda passagem à frente da Seleção. Na primeira, de 2006 a 2010, ele conquistou os títulos da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009. Na Copa do Mundo da África do Sul, chegou até as quartas, quando foi eliminado pela Holanda. No total, foram 60 partidas, com 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas.
Ex-jogador irá substituir Luiz Felipe Scolari, que saiu abalado após a derrota na semifinal para a Alemanha. Os nomes de Guardiola e Tite eram os mais desejados para a função, segundo enquete do "Tá na Área".

Legado da Copa: torcidas adaptam músicas para provocar e homenagear

Canção que diz que Maradona é maior do que Pelé e resposta brasileira lembrando que só o Atleta do Século alcançou mil gols são as preferidas na arquibancada

Por Rio de Janeiro
 
A Copa do Mundo deixou um legado claro no futebol brasileiro. Duas músicas cantadas pelas torcidas e que fizeram sucesso vêm sendo adaptadas na arquibancada para provocar o rival ou homenagear um ídolo. A primeira é a onipresente "Decime qué se siente" dos argentinos (que termina com: "Maradona é maior do que Pelé"). A outra é "mil gols, só Pelé", criada por brasileiros como resposta aos hermanos.
A falta de um campo próprio do rival foi a inspiração de Vasco e América-MG na composição, ambos inspirados pelos argentinos. Perguntam a flamenguistas e atleticanos, respectivamente, como se sentem não tendo estádio para jogar. Os cruz-maltinos em seguida afirmam que o rival só vence com ajuda da arbitragem, citam Edmundo e Pedrinho e lembram a maior goleada do confronto - um 7 a 0 em 1931. A música foi cantada no empate com o América-RN (veja vídeo acima).
Os americanos ainda se aproveitam do fato de emprestarem a sua casa, o Independência. Chamam o Galo de inquilino e dizem que terá sempre de pagar aluguel. Depois, lembram o decacampeonato (de 1916 a 1925), dizem que vão ganhar a segunda divisão do Brasileiro e terminam afirmando que Obina é melhor do que Tardelli (rimando com Série B).
O Atlético-MG mirou o rival Cruzeiro ao fazer a sua versão da música, usada na primeira partida da final da Recopa Sul-Americana, contra o Lanús. Lembra o gol marcado por Vanderlei no 4 a 0 na final do Mineiro de 2007, em que Fábio caminhava de costas em direção à sua meta. E cita o vice na Libertadores de 2009 diante do Estudiantes ("do Verón eu vou lembrar, Mineirão se fez calar").
O hit argentino ajuda a fomentar a rivalidade também em Natal. A torcida do ABC, maior campeão estadual do Brasil (52 títulos), chama o América-RN de freguês e diz que ele nunca alcançará o mesmo número de títulos (tem 35).
O Inter, assim como os exemplos acima, adaptou "Decime qué se siente", mas para um ídolo seu. O refrão diz "Dá-lhe, dá-lhe, Fernandão. Dá-lhe, dá-lhe, Fernandão. Para sempre o nosso eterno capitão", em uma das muitas homenagens nesse domingo ao ex-jogador que morreu em 7 de junho, em um acidente de helicóptero.
Os santistas aproveitaram a criação durante a Copa de uma música exaltando Pelé para se apropriar dela, apenas excluindo o trecho que cita Maradona. Virou "mil gols, mil gols, mil gols, só Pelé, só Pelé, e o Santos, meu amor" na vitória sobre o Palmeiras.
 
E os botafoguenses aproveitaram que ela fala de mil gols para destacar Túlio, que segundo suas contas também alcançou essa marca. A canção entoada no Raulino de Oliveira troca Pelé por Túlio e ataca Adriano. Na versão original, a torcida verde-amarela falava em "Maradona cheirador" em referência ao vício em cocaína assumido pelo argentino no passado. Os alvinegros trocaram Maradona pelo ex-jogador do Flamengo na letra.
Torcedores do Sport improvisaram uma versão bem-humorada durante o jogo contra o Botafogo, em que Neto Baiano acertou um chute do meio da rua na Ilha do Retiro - o tal "gol que nem Pelé fez". Em vez de destacar os mil gols do Atleta do Século, os rubro-negros cantaram que "esse gol, esse gol, esse gol, nem Pelé, nem Pelé, Neto Baiano matador".
A música de maior sucesso na Copa do Mundo, cantada pelos torcedores argentinos, pergunta aos brasileiros como se sentem em ter o papai na sua casa. E cita a vitória em 1990, com assistência de Maradona e gol de Caniggia. Os brasileiros logo prepararam uma resposta, usando a mesma melodia (inspirada na música "Bad Moon Rising", de 1969, da banda americana Creedence Clearwater Revival) e afirmando que Pelé possui um título mundial a mais do que a Argentina.
O jornal "Olé", em seu site, repercutiu a versão da música feita pelo Vasco. Com a manchete "Agora eles gostam", o texto diz: "Quem disse que o "Brasil, decime qué se siente" não seria escutado por aquelas terras? O hit argentino segue tocando, mas o que mais surpreende é que está sendo cantado pelos próprios brasileiros".
Torcida Argentina Copacabana (Foto: Thales Soares)Argentinos nas ruas de Copacabana: música que diz que Maradona é maior do que Pelé fez sucesso (Foto: Thales Soares)

CBF se inspira na Copa e planeja escala de uniformes para a rodada

Entidade quer passar a divulgar com antecedência as camisas que serão usadas pelos times e evitar confusões como a de Fluminense x Santos no Raulino de Oliveira

Por Rio de Janeiro
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A CBF pretende usar a Copa do Mundo como inspiração para evitar que se repitam cenas como a de Fluminense x Santos, nesse domingo. Os dois times entraram em campo com uniformes listrados - o primeiro, com seu tradicional tricolor, e o segundo, de alvinegro - e não facilitaram a vida de quem assistiu ao jogo, nem do trio de arbitragem.
A Comissão de Arbitragem da CBF espera a conclusão do cadastro nacional de uniformes, feito pela diretoria de competições da entidade, para passar a divulgar com antecedência com que camisa, calção e meia cada times jogará, assim como é feito em Mundiais pela Fifa.
O árbitro Leandro Vuaden ainda solicitou que um dos times trocasse de uniforme no Raulino de Oliveira. Mas ouviu do gerente de futebol do Santos (o visitante), Zinho, que não aceitava camisa branca e short preto por parecer com o arquirrival Corinthians. Para não atrasar o início do jogo, o árbitro permitiu que as equipes mantivessem seus uniformes no primeiro tempo. Após o intervalo, o Flu passou a jogar com uma camisa predominantemente branca.
De acordo com a súmula da partida, Zinho explicou que o Santos não havia levado o terceiro uniforme, amarelo, e que só aceitava duas combinações: camisa listrada em preto e branco com calção preto e meias pretas; ou camisa, calção e meias brancas.
Montagem jogo Fluminense x Santos uniformes  (Foto: Editoria de Arte)Fluminense e Santos atuaram com uniformes listrados no primeiro tempo; após o intervalo, os cariocas mudaram

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, diz que, enquanto o cadastro não fica pronto, o quarto árbitro e o delegado do jogo devem se dirigir, com certa antecedência, aos vestiários dos clubes para verificar os uniformes que serão utilizados. Se o juiz achar que podem confundi-lo, um dos times fará a troca. Sérgio Corrêa afirma que este é um procedimento básico, de que todo árbitro tem conhecimento, pois está no Livro de Regras. Mesmo assim, considera que esse tipo de problema só deixará de existir quando o cadastro nacional de uniformes for finalizado.
- Estamos esperando a conclusão do cadastro nacional de uniformes, feito pela diretoria de competições da CBF, para implantar o mesmo sistema que a Fifa usou durante a última Copa do Mundo. Ou seja, quando sair a escala de arbitragem, todo mundo já vai saber também quais serão os uniformes usados pelos times.
Após ouvir as explicações do próprio Leandro Vuaden, a Comissão de Arbitragem decidiu não puni-lo, nem o quarto árbitro ou o delegado do jogo. Apenas reforçou a orientação para que todos os árbitros fiquem atentos à questão.

Márcio Braga se reúne com Bandeira e exige saída de Ney e preços baixos

Ex-presidente também cobra os retornos de Kleber Leite e Marcos Braz ao departamento de futebol rubro-negro

Por Rio de Janeiro
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Veloso Helinho e Marcio Braga reunião Flamengo (Foto: Thales Soares)Luiz Augusto Veloso, Hélio Ferraz e Márcio Braga: três ex-presidentes do Fla. Veloso, porém, não participou da reunião (Foto: Thales Soares)
Presidente do Flamengo nas principais conquistas do clube, Márcio Braga, acompanhado dos conselheiros Lysias Itapicuru e Haroldo Couto, e de ex-presidentes como Hélio Paulo Ferraz e Antônio Augusto Dunshee de Abranches, reuniu-se com o atual mandatário Eduardo Bandeira de Mello e fez as seguintes exigências: a volta de Kleber Leite e Marcos Braz ao controle do departamento de futebol, Isaías Tinoco à frente da base, a imediata demissão de Ney Franco, diminuição dos ingressos e o retorno do futebol rubro-negro à Gávea.
Nas palavras, Márcio Braga, que terminou seu último mandato campeão brasileiro em 2009, não poupou críticas ao modo como o futebol do clube vem sendo conduzido pela atual diretoria. Para ele, o momento é de uma intervenção para evitar a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.
- O Flamengo tem que voltar a ser o Flamengo de antigamente. É intervir no futebol já. Se estávamos avançando em algum sentido administrativo, tudo bem, acho até que pode dar certo, mas no momento, tem que usar esses remédios, frutos da nossa experiência de 30, 40 anos. Assim, não tem clube mais campeão do que o Flamengo. Não é possível continuar com uma boa gestão financeira e uma péssima no futebol. O futebol é que é alma desse clube e se for para a Segunda Divisão ninguém governa isso. E nós não vamos - afirmou Márcio Braga.
Os ex-presidentes cobraram atitudes também com relação às categorias de base. Recentemente, o Flamengo foi goleado por 7 a 1 pelo Fluminense no Campeonato Carioca sub-20. Nada aconteceu com os dirigentes responsáveis, Marcos Biasotto e Carlos Noval, nem com o treinador Marcelo Buarque.
- Tivemos aqui Dida, Liminha, Joel comandando os times da base, depois Carlinhos, Adílio, Andrade, Jayme de Almeida. Treinávamos no campo do Cocotá e em Curicica e fizemos uma pá de jogadores. Hoje, não forma mais e ainda toma de sete do Fluminense, o que nunca aconteceu aqui - comentou Márcio Braga.
Além de ex-presidentes, estavam presentes os conselheiros Sergio Veiga Brito e Rodrigo Dunshee, e Claudio Cruz, um dos fundadores da Raça Rubro-Negra. Márcio Braga liderou o grupo na entrega do documento a Bandeira. Segundo o ex-presidente, não houve manifestação do atual mandatário sobre as reivindicações.
- Ficou calado ouvindo. Não falou nada, mas acho que recebeu bem. Ele teve que sair da sala em um momento e lá estavam presidentes de poderes e vice-presidentes, que disseram que o assunto já estava sendo discutido, pois a informação havia chegado lá antes de mim. É aguardar e ver o dia amanhecer - disse Márcio Braga.

Leia a carta do grupo comandado por Márcio Braga entregue a Bandeira:

"Uma grave crise se instalou no Futebol do Flamengo 
O estopim foram as vergonhosas derrotas a que assistimos sem ter como intervir, devido à total ausência de diálogo com a atual diretoria, agravada pelo afastamento da torcida dos estádios, por causa dos preços estratosféricos dos ingressos, e o não comparecimento de nossa equipe à Gávea para interagir com os associados e torcedores.

Verifica-se que realmente, o Flamengo continua sem uma estrutura e quadros que consigam reverter este descontrole que afeta o nosso futebol.
 
Ontem, após mais uma derrota vergonhosa, um grupo de ex-presidentes e sócios importantes na história do futebol do clube uniram-se para pedir-lhe hoje, a entrega do departamento de futebol a quem entenda de vitória.

O grupo que o elegeu teve vários ex-presidentes e rubro-negros históricos que estão sofrendo com a quebra da nossa tradição. Porém, o maior compromisso de um rubro-negro deve ser a busca da vitória.
 
Agora chega: não mais nos calaremos ante a incompetência do grupo dirigente de nosso futebol, que contratou 23 jogadores, dos quais apenas um se mostrou eficaz, mas já se foi. Ademais, nosso orçamento está entre os 4 maiores do campeonato brasileiro.
 
É inaceitável que o clube campeão do mundo fique sem liderança e se encontre sob a direção de pessoas ineptas com relação ao nosso maior patrimônio.
 
Precisamos reagir, doa a quem doer.
 
No Futebol do Flamengo não há lugar para incompetentes. Pela indignação visível no quadro social, ou a diretoria muda, ou este processo caminha para desfecho que se desenha dramático.
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