domingo, 5 de fevereiro de 2012

Câmera sofre queda durante final da Descida das Escadas: 'Tombo feio'

Jefferson Nascimento, o Pingo, acompanhava o brasileiro Walace Miranda quando teve um problema com a sua bicicleta e caiu na rampa de madeira

Por Breno Dines Santos, SP
A décima edição da Descida das Escadas de Santos, neste domingo, terminou com a vitória da brasileira Luana de Oliveira e do eslovaco Filip Polc, mas um personagem em especial roubou a cena durante a final da prova masculina. Direcionado a acompanhar de perto os competidores com uma microcâmera instalada no capacete, o ciclista Jefferson Nascimento, o Pingo, sofreu uma queda ao passar por uma das rampas de madeira enquanto tentava alcançar o brasileiro Walace Miranda. O tombo chamou a atenção dos curiosos no Monte Serrat e também do apresentador Tiago Leifert durante a transmissão da TV Globo, dentro do Esporte Espetacular. (Confira o tombo no vídeo acima!)
- É muito difícil acompanhar esses caras de perto. Tive um problema com a suspensão da bicicleta e a barra de direção travou. Foi um tombo feio mesmo. Falaram que eu reclamei e fiz cara feia na hora. Só que antes, eu já havia sofrido outro tombo. Desta vez foi um vacilo meu - contou o biker paulista, de 22 anos, e campeão da categoria sub-23 da Descida das Escadas do ano passado.
Pingo Descida das Escadas de Santos (Foto: Ivan Storti/Globoesporte.com)Pingo explica os motivos para a sua queda durante a descida no Monte Serrat (Foto: Ivan Storti/GE.com)
Ainda um pouco envergonhado com a queda sofrida, Pingo disse que o sonho dele é competir ao lado dos principais nomes da modalidade.
- Um dia, eu vou andar com os profissionais. Mas, para chegar lá, tenho que me concentrar mais e não vacilar como hoje - disse o atleta, que escapou ileso e não danificou a câmera.

Vice-campeão da edição deste ano, o paulista Walace Miranda fez questão de apoiar o jovem ciclista após o evento:
- Deve ser complicado acompanhar o ritmo dos profissionais com esses equipamentos eletrônicos. Mas, como eu estava concentado, nem vi o que aconteceu com ele atrás de mim - afirmou o biker.

Biker chileno biamputado dá exemplo de superação na 'Descida de Santos'

Adolfo Almarza supera trauma para encarar as escadas do Monte Serrat

Por Breno Dines Santos, SP
Há 12 anos, um acidente de ônibus mudou radicalmente a vida de Adolfo Almarza. O chileno de Meli Pilla perdeu as duas pernas, passou por dificuldades, superou traumas, até que encontrou uma nova paixão sobre duas rodas. Neste fim de semana, o jovem de 23 anos participou de sua primeira Descida das Escadas de Santos, o maior evento de mountain bike downhill urbano do Brasil, e deu um grande exemplo de superação.
- Foram momentos de muita dificuldade que prefiro nem recordar. Me dão muita tristeza. Tinha apenas 12 anos quando essa fatalidade aconteceu, passei por muita dor, mas isso é passado. Comecei a andar de bicicleta como terapia e hoje não vivo sem ela. Só quero pensar para frente e aproveitar essa oportunidade de correr no Brasil para  superar os limites - disse o chileno.
Limitação é uma palavra fora do vocabulário de Adolfo. Entre os 123 atletas que entraram em ação no Monte Serrat, o chileno lutou para competir de igual para igual com duas próteses feitas de alumínio e carbono.
- Fiquei pouco mais de dez segundos atrás dos líderes. Sei que posso melhorar muito, pricipalmente, por ser a primeira vez que ando em um circuito com escadarias. Está sendo uma experiência fascinante e quero voltar no ano que vem para brigar lá na frente e ir ainda melhor - comemorou o chileno, que terminou fora das finais.
A história de Adolfo está servindo de inspiração para os maiores nomes da modalidade. Bicampeão da prova, o brasileiro Walace Miranda ficou impressionado com o desempenho do chileno. O paulista de Aparecida do Norte será um dos dez semifinalistas que estarão na briga pelo título neste domingo.
- É um exemplo de determinação. Ele consegue descer em um nível muito alto. Acho que as próteses devem exigir muito da coxa e dos braços dele, por isso, o desgaste deve ser ainda maior do que o nosso - explicou Walace.
Neste domingo, dez homens e cinco mulheres vão lutar pelo título da 10ª Decida das Escadas de Santos. A TV Globo vai transmitir as finais do evento ao vivo, dentro do Esporte Espetacular, a partir das 9h30.

Luana de Oliveira conquista o tetra
da Descida das Escadas de Santos

Com o tempo de 1m08s519, brasileira assegura a coroa de rainha do Monte Serrat. Eslovaco Filip Polc leva o bicampeonato e quebra recorde da prova

Por Breno Dines Santos, SP
A coroa de rainha do Monte Serrat vai continuar sob os cuidados da brasileira Luana de Oliveira por mais um ano. Isso por que a ciclista de Itu-SP cravou a melhor marca da final (1m08s519) e conquistou o tetracampeonato da Descida das Escadas de Santos (2008, 2010, 2011 e 2012). Bruna Ulrich, com o tempo de 1m10s753, garantiu a dobradinha verde-amarela na prova. Entre os homens, o eslovaco Filip Polc completou a descida em 58s207, levou o bicampeonato e bateu o recorde da prova, que pertencia a ele desde 2010 (59s152). O brasileiro Walace Miranda terminou em segundo, com o tempo de 1m00s554, e o francês Cedric Gracia foi o terceiro colocado (1m00s859). (Confira a volta de Luana no vídeo acima)

Em sua décima edição, a Descida das Escadas foi disputada sob calor de 33ºC, neste domingo. Melisa Buhl, dos Estados Unidos, foi a primeira biker a descer as escadas na final, completando o percurso em 1m16s258. Em seguida, a inglesa Fionn Griffiths entrou na pista e obteve o tempo de 1m13s405. Emmeline Ragot, da França, desceu logo depois (1m11s080), superando as duas concorrentes anteriores e assumindo a liderança provisória.
Luana de Oliveira Descida das Escadas (Foto: Ivan Storti/Globoesporte.com)Luana de Oliveira exibe orgulhosa a sua coroa no Monte Serrat (Foto: Ivan Storti/Globoesporte.com)
A brasileira Bruna Ulrich andou bem na sequência e tomou a liderança da prova (1m10s753). A supremacia brasileira foi mantida na última descida, com Luana de Oliveira. Ela fechou o percurso em 1m08s519, levou um tombo depois de cruzar a linha de chegada, mas garantiu o tetracampeonato.
- Que volta! Desci bem concentrada. Estava bem preparada neste ano pois mantive o foco total nesse esporte. Estou muito feliz por quebrar essa barreira. Fiz o começo muito redondo, bem diferente dos treinos. Tive alguns erros, cheguei inteira, mas caí só no final. Estou emocionada - declarou Luana, enquanto recebia a coroa de rainha do Monte Serrat.

Polc crava o recorde da prova
Na primeira etapa da prova masculina, dez pilotos desceram o percurso de 417 degraus e 650 metros de extensão, e os cinco primeiros classificaram-se para a decisão: o eslovaco Filip Polc (1m00s002), o brasileiro Walace Miranda (1m00s604), o português Emanuel Pombo (1m01s101), o francês Cedric Gracia (1m01s150) e o brasileiro Djone Fornari (1m01s157).

Com o quinto tempo da semifinal, o brasileiro Djone Fornari foi o primeiro a entrar em ação, mas machucou o ombro logo no início da descida e precisou abandonar a disputa, sendo atendido pelos médicos ainda na pista. Na sequência, o francês Cedric Gracia desceu os 417 degraus em 1m00s859, tempo que lhe valeu a quarta colocação geral. O português Emanuel Pombo foi o terceiro a encarar a descida, mas não superou Cedric (1m01s352).
Polc Bike bicicross escadas de Santos (Foto: Ivan Storti)Polc garante novo recorde da Descida das Escadas
de Santos e leva o bicampeonato (Foto: Ivan Storti)
O brasileiro Walace Miranda desceu em seguida, obteve o tempo de 1m00s554 e assumiu a liderança da prova. Mas ainda faltava o eslovaco Filip Polc, campeão em 2010. Com um descida perfeita, ele cravou a marca de 58s207 e bateu o recorde da prova, que já era dele há dois anos.
- Ontem, fiz apenas três descidas e não pude fazer o meu melhor. Mas hoje eu entrei muito concentrado para não cometer nenhum erro. A pressão é maior por você ser o último a entrar na pista, sabendo que seu adversário fez 1m00s. Eu sabia que teria que dar o meu melhor e consegui fazer mais um recorde na pista. Estou muito feliz. Não existe nada melhor do que começar o ano com uma vitória numa competição tão difícil quanto essa - disse Polc.

Além da elite nacional, a Descida das Escadas deste ano contou com a presença de ciclistas de dez países: Inglaterra, Estados Unidos, Chile, Colômbia, Equador, França, Eslováquia, Portugal e África do Sul. A prova de downhill urbano, que chegou à sua décima edição, é considerada a mais tradicional do país.

Confira a classificação da prova masculina:

1 - Filip Polcster (ESL) - 58s207
2 - Walace Miranda (BRA) - 1m00s554
3 - Cedric Gracia (FRA) - 1m00s859
4 - Emanuel Pombo (POR) - 1m01s352
5 - Djone Fornari (BRA) - não completou o percurso

Classificação da prova feminina:

1 - Luana de Oliveira (BRA) - 1m08s519
2 - Bruna Ulrich (BRA) - 1m10s753
3 - Emmeline Ragot (FRA) - 1m11s080
4 - Fionn Griffiths (ING) - 1m13s405
5 - Melissa Buhl (EUA) - 1m16s258

Grupo A

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Nova Iguaçu
8
4
2
2
0
3
0
3
66.7
2
Resende
6
4
2
0
2
5
8
-3
50
3
Flamengo
6
4
1
3
0
4
0
4
50
4
Botafogo
6
4
1
3
0
5
3
2
50
5
Macaé
4
4
1
1
2
3
3
0
33.3
6
Olaria
4
4
1
1
2
4
5
-1
33.3
7
Madureira
4
4
1
1
2
5
7
-2
33.3
8
Bonsucesso
4
4
1
1
2
3
6
-3
33.3
  • Dom 05/02/2012 - 17h00 Trabalhador
    RES
    1 0
    BON
  • Dom 05/02/2012 - 17h00 Laranjão
    NOV
    2 0
    MAC
  • Dom 05/02/2012 - 17h00 Bariri
    OLA
    2 1
    MAD
  • Dom 05/02/2012 - 19h30 Engenhão
    BOT
    0 0
    FLA

Grupo B

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Vasco
12
4
4
0
0
10
2
8
100
2
Boavista
8
4
2
2
0
7
4
3
66.7
3
Fluminense
7
4
2
1
1
8
3
5
58.3
4
Volta Redonda
7
4
2
1
1
5
5
0
58.3
5
Americano
4
4
1
1
2
3
6
-3
33.3
6
Friburguense
4
4
1
1
2
2
6
-4
33.3
7
Duque de Caxias
2
4
0
2
2
3
7
-4
16.7
8
Bangu
0
4
0
0
4
4
9
-5
0
  • Sab 04/02/2012 - 17h00 Raulino de Oliveira
    FLU
    1 1
    DUQ
  • Dom 05/02/2012 - 17h00 São Januário
    VAS
    2 0
    FRI
  • Dom 05/02/2012 - 17h00 Bacaxá
    BVT
    1 1
    VOL
  • Dom 05/02/2012 - 17h00 Godofredo Cruz
    AMN
    2 1
    BAN
Classificados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

UFC: Após massacre, Fabíricio Werdum coloca foto de Roy Nelson machucado no Twitter

Roy Nelson com a testa rasgada após ser massacrado por Fabrício Werdum no UFC 143 Foto: Twitter / Reprodução
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O lutador de MMA Fabrício Werdum não para de comemorar a vitória massacrante sobre o americano Roy Nelson no UFC 143, na madrugada deste domingo, dia 05. O brasileiro, que luta entre os pesos pesados, colocou no seu Twitter uma foto do rival com a testa aberta:
“ANIMAL esta foto do Roy Nelson após a luta ontem. Que ângulo!!!!!!”, escreveu.

Fabrício Verdum massacra Roy Nelson no UFC 143
Fabrício Verdum massacra Roy Nelson no UFC 143 Foto: Divulgação
Werdum derrotou Nelson por decisão unânime dos juízes a favor do atleta gaúcho, na luta que foi eleita a melhor da noite e que renderá um prêmio de R$ 110 mil a cada um deles.

Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/ufc-apos-massacre-fabiricio-werdum-coloca-foto-de-roy-nelson-machucado-no-twitter-3887247.html#ixzz1lYikK9jj

Cristóvão Borges admite pressão: 'Todo mundo quer ganhar do Vasco'

Técnico afirma que grupo tem consciência da responsabilidade por ser o único 100% no Carioca, mas diz que elenco sabe lidar com isso

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Juninho Vasco x Friburguense (Foto: Rui Porto Filho / Ag. Estado)'Todo mundo quer ganhar do Vasco', diz Cristóvão
(Foto: Rui Porto Filho / Ag. Estado)
O Vasco fechou a quarta rodada como o único time de campanha impecável no Campeonato Carioca. Após a vitória por 2 a 0 sobre o Friburguense, neste domingo, a equipe avançou na lista dos favoritos ao título, mas sua condição também significa responsabilidade. Mesmo assim, o técnico Cristóvão Borges garante que seu elenco sabe lidar muito bem com todos os lados dessa condição.
- O líder sempre se torna o time a ser batido, mas encaramos isso com tranquilidade. Vamos continuar a fazer nosso papel com naturalidade buscando ganhar as partidas. Entramos em campo sabendo que todo mundo quer ganhar do Vasco, independentemente de quem for o adversário. Nossa posição desperta um pouco mais a atenção, mas estamos prontos - disse.
Mas não quer dizer que o dono da campanha 100% não tenha defeitos. Cristóvão admitiu que o Vasco demorou a encontrar seu jogo no primeiro tempo contra o Friburguense, mesmo indo para o intervalo com uma vantagem conseguida no último lance. No entanto, o treinador destacou que a organização do segundo tempo consolidou o resultado.
- A saída de bola foi um dos nossos defeitos no primeiro tempo. Com o avanço da marcação do Friburguense, nós necessitávamos de mais movimentação. Fizemos pouco isso e, assim, errávamos. O adversário passou a ser perigoso porque pegava nossa equipe desorganizada. Corrigimos isso no intervalo, tivemos mais posse de bola e maior controle da partida fazendo outra movimentação. Aí a equipe venceu - observou.

Com sofrimento, Atlético-MG vira para cima do América TO e vence por 2 a 1

Alvinegro ainda se deu ao luxo de perder um pênalti cobrado por Richarlyson

Por Fernando Martins Y Miguel Teófilo Otoni, MG
Foi com o tradicional sofrimento com o qual a torcida alvinegra se habituou a viver que o Atlético-MG conseguiu a segunda vitória em dois jogos no Campeonato Mineiro. O Galo foi até Teófilo Otoni e conseguiu vencer o América TO por 2 a 1, de virada. Os gols do jogo foram marcados por Rodrigo Sena para o Dragão, contra os de André e Mancini para o Galo.
O resultado deixa o Atlético-MG em segundo na tabela, com os mesmos seis pontos do líder América-MG, mas o Coelho leva vantagem no saldo de gols, quatro contra três. Já o América TO caiu para o sexto, com três pontos ganhos.
Na próxima rodada, o Galo recebe a Caldense, no sábado, às 17h (de Brasília), na Arena do Jacaré. Já o América TO vai a Nova Lima, onde enfrenta o Villa Nova, no mesmo horário, porém, no domingo.
Surpresa do Dragão
O jogo começou com o Atlético-MG melhor em campo. No primeiro lance de perigo, o time da capital teve a chance de abrir o placar com Escudero, que de frente para o goleiro Fábio Noronha, chutou em cima do camisa 1 do Dragão.
O time da casa não conseguia assustar o Galo, mas comemorou primeiro ao aproveitar a falha da defesa alvinegra. Em cobrança de escanteio, o zagueiro Rodrigo Sena subiu sozinho para cabecear e abrir o placar. Festa no Nassri Mattar, que tinha ampla maioria da torcida do América TO.
O argentino do Galo foi quem mais teve oportunidades. Em, pelo menos, dois lances, o camisa 10 poderia ter feito o gol, mas parou na defesa ou chutou para fora.
O atacante André chegou a balançar as redes no primeiro tempo, após bela troca de passes com Bernard e Escudero. Ele recebeu na área e chutou no ângulo, mas o auxiliar Marconi Helberth Vieira marcou impedimento de forma incorreta. Por isso, os primeiros 45 minutos foram de vitória para o time da casa.
Pênalti perdido e confusão
No segundo tempo, Cuca colocou Neto Berola no lugar de Danilinho, que não fez boa reestreia com a camisa alvinegra. O Galo iniciou a etapa com tudo em busca do empate e conseguiu, devolvendo com a mesma moeda o gol sofrido. Logo no segundo lance de perigo, André aliviou a torcida alvinegra. Escudero cobrou falta da intermediária e o atacante cabeceou no canto, sem chances para o goleiro Fábio Noronha.
Se já era superior com o placar adverso, com o empate o Atlético-MG foi todo para cima. O Galo teve a chance de virar o placar, mas o time vem sofrendo um novo drama: os pênaltis perdidos.
Escudero foi derrubado na área e o árbitro Igor Benevenuto assinalou a penalidade máxima.
Richarlyson, que já havia perdido em jogo-treino contra a Patrocinense, no meio de semana, novamente desperdiçou ao chutar para a defesa parcial de Fábio Noronha. No rebote, o lateral conseguiu a proeza de chutar novamente em cima do goleiro, perdendo o gol de forma inacreditável. Foi o quarto pênalti desperdiçado pelo Galo esse ano entre jogos e amistosos.
E o lance do pênalti originou outra confusão. Ricardo Duarte, que cometeu a infração, já tinha amarelo. No lance, o árbitro Igor Benevenuto deu amarelo em meio à confusão, o que deu a entender que seria o segundo do jogador. Como Ricardo não deixou o campo, o fato causou a revolta do técnico Cuca que chegou a entrar em campo. No fim, de acordo com o quarto árbitro, o cartão foi para Carlos Alberto, por reclamação e não para o zagueiro.
Virada do Galo
Mas o pênalti perdido não desanimou o time visitante. O Galo foi com tudo para cima e conseguiu a virada num gol chorado, já aos 39 minutos. Após receber passe na área, Escudero mandou uma bomba na trave. Na sobra, a bola chegou até o lateral Marcos Rocha, que com calma levantou a cabeça e achou Mancini na segunda trave. Experiente, o jogador cabeceou no contrapé de Fábio Noronha, que saltou, mas não conseguiu evitar a virada.

Com o placar favorável, o Galo passou a administrar a vitória, já que o adversário não tinha forças para reagir. O time ainda tentou o terceiro que lhe daria a liderança da competição ao lado do América-MG, mas os 2 a 1 foram justos pelo que as equipes fizeram em campo

Com protesto de policiais em greve, Bahia vence o Itabuna

Com o resultado, o Tricolor chegou à vice-liderança do estadual, com dois pontos a menos que o líder Bahia de Feira

Por Thiago Pereira Itabuna, BA
Souza comemora gol do Bahia sobre o Fluminense (Foto: Felipe Oliveira/Agência Estado)Com três gols marcados, Souza foi o artilheiro da
partida (Foto: Felipe Oliveira/Agência Estado)
Protesto de policiais militares em greve, calor intenso e gramado ruim. Esses foram os ingredientes da partida entre Bahia e Itabuna, disputada neste domingo, no Estádio Luiz Viana Filho, pela 6ª rodada do Campeonato Baiano 2012. Com direito a gol marcado nos acréscimos do segundo tempo, o Tricolor venceu a equipe do Sul do estado pelo placar de 4 a 3 e assumiu a vice-liderança da competição com dois pontos a menos que o líder Bahia de Feira.
A partida deste domingo foi a primeira do Bahia sem o técnico Joel Santana. O treinador pediu demissão na última quinta-feira e seguiu para o Rio de Janeiro, onde deve assinar com o Flamengo. O interino Eduardo Souza assumiu temporariamente o Tricolor, que tem Márcio Araújo, Renato Gaúcho e, agora, Paulo Roberto Falcão como opções de contratação.
Itabuna x Bahia força nacional (Foto: Joá Souza / Ag. Estado)Força Nacional faz a segurança do jogo em Irabuna (Foto: Joá Souza / Ag. Estado)
Com o triunfo, o Bahia deu sequência ao ciclo de bons resultados no estadual. O Tricolor venceu os últimos quatro jogos que disputou e chegou aos 13 pontos. Já o Itabuna segue em má fase. A equipe do Sul do Estado, que é lanterna do estadual, só conseguiu somar dois pontos na competição, em empates contra Vitória e Serrano.
Na próxima quarta-feira, às 20h30m, pela 7ª rodada do Campeonato Baiano, o Bahia encara o Vitória da Conquista, no Estádio de Pituaçu, enquanto o Itabuna, que continua na zona de rebaixamento do estadual, enfrenta o Camaçari no Estádio Armando Oliveira.
Protesto de policiais e gramado ruim
A partida entre Itabuna e Bahia sofreu um atraso de 14 minutos por conta de um protesto organizado por policiais militares em greve. Os manifestantes impediram que os ônibus das equipes se aproximassem do estádio e obrigou os jogadores a seguir para o Luiz Viana Filho a pé. Integrantes da Guarda Nacional precisaram ser deslocados para a arena para fazer a segurança do confronto.
Com a bola rolando, muito calor e gramado ruim. Os jogadores não conseguiam trocar passes com facilidade, o que deixou a partida truncada. Sem conseguir priorizar a técnica, os jogadores partiram para cruzamentos e chutes de longa distância. E foi em uma bola alçada que o Bahia abriu o placar. Morais achou Fabinho na pequena área e o volante, mesmo desequilibrado, conseguiu cabecear para o fundo das redes do goleiro Bagio.
Viradas e emoção
O gol de Fabinho não conseguiu mudar as características do primeiro tempo. Com Morais apagado, o Bahia não conseguia chegar ao ataque do Itabuna com a bola dominada. Enquanto isso a equipe do Sul do estado apostava em jogadas de velocidade, que acabavam nas mãos do goleiro Omar.
Após o intervalo, no entanto, o jogo ganhou emoção. Logo no início do segundo tempo, Morais partiu em velocidade e tocou para Lulinha, que achou Souza sozinho. O camisa 9 só teve o trabalho de entrar na área e deslocar Bagio para ampliar o placar.
Com o segundo gol, o Bahia tirou o pé do acelerador e acabou pagando caro. Após uma falha de marcação, Titi cometeu pênalti em Wagner e Hélder, atacante revelado pelas categorias de base do Tricolor, converteu a grande penalidade. Poucos minutos depois, Hélder marcou mais um. Com a canela, o atacante desviou uma cobrança de escanteio e decretou a igualdade no marcador.
Melhor na partida, o Itabuna conseguiu a virada com Wagner. O jogador invadiu a área e deslocou Omar para delírio dos poucos torcedores que compareceram ao Estádio Luiz Viana Filho.
O mal resultado parece ter acordado o Bahia. Atrás no placar, a equipe Tricolor partiu para o tudo ou nada e viu a estrela de Souza brilhar. No final do segundo tempo, o atacante recebeu uma bola dentro da área, driblou o zagueiro e empatou o jogo no Luiz Viana Filho.
No lance seguinte, Ciro caiu na área e o árbitro marcou pênalti. Por reclamação, Vagner acabou expulso. Souza assumiu a responsabilidade da cobrança, converteu o lance, deu números finais a partida e ainda ganhou o direito de pedir uma música de Tuca Fernandes pelos três gols marcados.
Willian José brilha, São Paulo bate a Ponte e assume a ponta do Paulista
Substituto de Luis Fabiano faz dois dos três gols da vitória por 3 a 1, no Moisés Lucarelli, no jogo que marca a estreia de Jadson pelo Tricolor
 
 
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
Ele vinha amargando um enorme jejum de gols. Até a última quinta-feira, Willian José era visto com total desconfiança pela torcida são-paulina. Afinal, em quase um ano, havia marcado apenas um gol. No entanto, o atacante de 20 anos deu, em dois jogos, a resposta que todos no Morumbi queriam. Com uma sequência de jogos provocada pela lesão muscular de Luis Fabiano, ele marcou o gol de empate contra o Guarani, no meio de semana, e brilhou neste domingo, quando o São Paulo venceu a Ponte Preta por 3 a 1, em Campinas.
O camisa 19 marcou dois gols e, ao lado de Maicon e de Casemiro, foi um dos grandes destaques do jogo que levou o Tricolor de volta à liderança do Paulistão. Com a vitória, a quarta em cinco jogos, o Tricolor foi aos 13 pontos, junto com Paulista e Corinthians, mas leva vantagem nos critérios de desempate.
Ponte Preta e São Paulo voltarão a campo no meio de semana. Na quarta-feira, a Macaca buscará a reabilitação diante do Catanduvense, na casa do adversário. Já o São Paulo, no dia seguinte, receberá a visita do Comercial, no estádio do Morumbi.
Willian José gol São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Willian José foi o destaque do São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Tricolor sai na frente no primeiro tempo
Além da esperada estreia de Jadson, o São Paulo teve uma novidade tática contra a Macaca. Leão montou um time mais ofensivo, com apenas um volante de marcação (Wellington). Ele montou um losango no meio-campo, com Maicon pela direita e Cícero pela esquerda - ambos armavam e davam combate. À frente, Jadson funcionava como o armador para Lucas e Willian José. Na equipe campineira, Gilson Kleina mandou a campo o time esperado e apostou no abafa inicial para surpreender o Tricolor.
No primeiro lance da partida, isso quase deu certo, já que Leandrão ficou cara a cara com Denis e chutou em cima do goleiro. A resposta são-paulina foi imediata. Aos quatro, após chute cruzado de Cícero, Willian José dominou e bateu prensado com o seu marcador, no canto esquerdo de Lauro: 1 a 0 Tricolor. Aos nove, o goleiro da Ponte fez bela defesa em chute de Maicon de fora da área.
Após alguns minutos para assimilar o golpe sofrido, a Ponte deu um tímido sinal de recuperação. O time forçava o jogo pela direita, onde Cortez apoiava o ataque e deixava espaços que eram cobertos por Wellington. Sobrava luta, mas faltava qualidade técnica para alguns jogadores da Macaca, que procuravam a todo instante o meia Renato Cajá. O problema é que ele era muito bem vigiado e pouco aparecia em campo. Logo, o São Paulo tomou conta do jogo.
O time do Morumbi, por sua vez, tinha espaço para jogar e tentava encaixar um contra-ataque para marcar o segundo gol. Maicon, valorizando bem a posse de bola, era o destaque. Aos 29, Willian José quase fez de cabeça. Seis minutos depois, Lauro fez bela defesa em chute de Cortez, outro que cresceu de produção em relação aos últimos jogos. Cícero, em cobrança de falta, assustou Lauro aos 41.
Jadson em ação na partida entre Ponte e São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Jadson em ação na partida entre Ponte e São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Ponte endurece, empata, mas Tricolor busca a vitória
Em desvantagem, o técnico Gilson Kleina resolveu arriscar no intervalo. A Ponte voltou mais ofensiva, com a entrada do meia-atacante Enrico na vaga do volante Xaves, que já tinha cartão amarelo. O primeiro ataque do segundo tempo foi do São Paulo, com Cícero, que exigiu boa defesa de Lauro em chute de pé direito. Aos sete, Willian José marcou de cabeça, mas a arbitragem anulou marcando impedimento do atacante. No lance seguinte, a Ponte empatou com Guilherme de cabeça, após cobrança de escanteio da esquerda.
O jogo ganhou em emoção no Moisés Lucarelli, que se transformou em um caldeirão com a igualdade no marcador. Lauro, inspirado, fez bela defesa em chute de Maicon. Do lado da Macaca, Gilson Kleina mexeu de novo, dando novo gás ao ataque, com a entrada de Rossi, revelado nas categorias de base, no lugar de Rodrigo Pimpão. Leão respondeu com a entrada de Casemiro na vaga de Jadson, que teve estreia bastante discreta.
Como futebol não é lógico, no melhor momento da Ponte na partida, o São Paulo chegou ao segundo gol, com Lucas, após belo passe de Casemiro e cruzamento açucarado de Cortez. Em vantagem, Leão resolveu fechar a defesa e colocou João Filipe na vaga de Piris. O zagueiro entrou improvisado na lateral com a função de fechar os espaços que vinham sendo aproveitados por Renato Cajá e Rossi.
Melhor em campo, o São Paulo matou o jogo aos 30. Casemiro fez um ótimo lançamento para Lucas, que desceu pela direita e cruzou na medida para Willian José, que mostrou faro de gol e fez 3 a 1. Leão trancou a equipe de vez, com Denilson na vaga de Maicon e depois foi só administrar o tempo e comemorar a vitória e a ponta do Paulista.

Reservas do Inter buscam o empate com o Grêmio no Olímpico

Inter sai na frente, cede a virada, mas chega aos 2 a 2 no segundo tempo

Por Eduardo Cecconi e Diego Guichard Porto Alegre
Contra os titulares do Grêmio, o time reserva do Inter teve força suficiente para buscar o empate em 2 a 2 no clássico Gre-Nal 390, disputado no início da noite deste domingo, no Estádio Olímpico, pela quinta rodada da Taça Piratini - o primeiro turno do Campeonato Gaúcho. O estreante Dátolo colocou os colorados à frente; Marquinhos e Marcelo Moreno viraram para os tricolores; e Bolívar determinou a igualdade faltando 15 minutos para o final. Pouco menos de 20 mil torcedores assistiram ao confronto.
Com o empate, as duas equipes têm a mesma pontuação - 7 para o Inter, que fica em terceiro no Grupo 1, e outros 7 para o Grêmio, quinto do Grupo 2. Pela sexta rodada, às 21h55m da próxima quarta, o Grêmio visita o Ypiranga em Erechim; já o Inter enfrenta o Caxias fora de casa apenas no domingo, às 17h - isso porque, antes, recebe o Juan Aurich no Estádio Beira-Rio, pela Taça Libertadores - na quinta-feira.
Marcelo Moreno gol Grêmio (Foto: Wesley Santos / Ag. Estado)Marcelo Moreno marcou o segundo gol do Grêmio, de pênalti (Foto: Wesley Santos / Ag. Estado)

Virada aérea
As duas equipes começaram taticamente "encaixadas", ambas no sistema 4-4-2 com o meio-campo reproduzindo o desenho de um losango, o que formou quatro disputas individuais no setor: Fernando x João Paulo; Josimar x Leandro; Sandro Silva x Marquinhos; e Marco Antonio x Dátolo, argentino que estreou pelo Inter.
Com posse de bola e iniciativa no começo, o Grêmio apostou nos lançamentos diretos para o centroavante Marcelo Moreno, principalmente em cruzamentos altos. Kleber também foi bastante acionado, preferindo as conclusões de fora da área. Nada, entretanto, que oferecesse grande risco ao goleiro Muriel.
Ironicamente, aos 21 minutos, o Inter deu o primeiro chute a gol, contrastando com mais de dez conclusões gremistas. E marcou. Dátolo arriscou de fora da área, a bola desviou em Fernando, depois em Grolli, e tirou completamente Victor da jogada: 1 a 0. Na sequência, lesionado, Julio Cesar deu lugar a Bruno Collaço.
Mas, sete minutos depois, Marquinhos devolveu um pouco de justiça ao placar. Em cobrança de falta, quando todos esperavam cruzamento - e ele admitiu que era esta a intenção original - a bola passou direto e entrou no canto esquerdo: 1 a 1. E a virada não tardou. Após nova falta lateral, Marcelo Moreno tentou cabecear e sofreu pênalti de Josimar. Na cobrança, aos 33, o próprio centroavante boliviano levou os gremistas ao delírio nas arquibancadas.
Ainda no primeiro tempo, Caio Júnior viu-se obrigado a realizar mais uma troca por lesão nas laterais. Mário Fernandes deixou o campo, vitimado por falta de Jackson, dando lugar a Gabriel.
Contra-veneno
Precisando voltar ao jogo, o Inter começou melhor o segundo tempo. Dátolo adiantou-se, e passou a centralizar todos os ataques - incluindo as cobranças de faltas e escanteios - assumindo o papel de organizador que faltara ao Inter na etapa inicial.
No Grêmio, uma pequena variação tática reequilibrou a partida. Leandro saiu da ponta de lança do losango, abrindo pelo lado direito quase como um ponta no 4-3-3, tendo Kleber na esquerda e Moreno como centroavante. Dessa forma, passou a jogar sobre as costas do lado esquerdo colorado, até então o melhor em razão dos movimentos de Dátolo.
Dorival Júnior - das cabines, porque foi expulso ao final do primeiro tempo - ordenou as entradas de Fred, Fransérgio e Mike. O Inter tentou apressar o jogo para alcançar o empate. E conseguiu da mesma forma que haviam saído os gols do rival: bola alta. Após escanteio de João Paulo pela esquerda, o capitão Bolívar marcou de cabeça o 2 a 2 derradeiro. E foi comemorar com a massa colorada o resultado conquistado com raça
Neymar marca 100º, mas Palmeiras vira e bate o Santos em Prudente
No dia em que completa 20 anos, atacante chega aos 100 gols, mas Verdão aplica virada no fim em clássico emocionante
 
 
A CRÔNICA
por Daniel Romeu e Marcos Guerra
O clássico prometia ser de Neymar. No dia de seu aniversário de 20 anos, o atacante do Santos colocou a cereja em seu próprio bolo com seu centésimo gol como profissional. O Palmeiras, porém, não queria saber de cerimônia. E acabou com a festa do santista com uma virada de tirar o fôlego, fazendo 2 a 1 na abafada Presidente Prudente. Os gols de Fernandão (de cabeça) e Maranhão (contra) foram marcados aos 43 e 45 do segundo tempo, para desespero de Neymar.
- Eles tiveram sorte em fazer o segundo gol, mas, mais uma vez, o Santos foi prejudicado - disse Neymar, sem querer se alongar no comentário sobre arbitragem.
Foi a primeira derrota do Santos no ano, no segundo jogo dos titulares na temporada. O time permanece fora do G-8 do Paulistão O próximo jogo é quinta-feira, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto. Já o Palmeiras segue invicto, colado nos líderes, e volta a jogar na quarta-feira, contra o XV de Piracicaba, no Pacaembu.
Cicinho Palmeiras Neymar Santos (Foto: Ricardo Saibun / Ag. Estado)Cicinho, do Palmeiras, marca de perto Neymar, do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Ag. Estado)
Brilhos de Neymar x forte marcação palmeirense

Antes de a bola rolar, o técnico Luiz Felipe Scolari reclamou muito do forte calor, típico de Presidente Prudente. Ele disse que os jogadores teriam de dar o “couro todo”. E seus comandados ouviram o recado. Desde o apito inicial, os palmeirenses armaram uma forte marcação homem a homem. Felipão até escalou o volante João Vitor em vez do meia Patrik para reforçar a defesa e deixar Valdivia mais solto no ataque.
A princípio, a estratégia deu certo. Cicinho colou no aniversariante Neymar, que ficou apagado. O Mago, por sua vez, aparecia bem. Aos seis minutos, enfiou a bola com perfeição para Luan arrancar livre pela direita. Rafael teve de sair da meta para evitar o gol e acabou deixando a sobra para Juninho, que tentou cruzar para Fernandão, mas errou o passe.
Foram raras as chances de gol nos primeiros 15 minutos de um clássico de marcação e pouca “ousadia e alegria”. Foi quando Neymar resolveu trocar as chuteiras. Pode ser só coincidência, mas funcionou. O carrapato Cicinho o seguiu até a beira do campo, mas já não vencia mais o duelo particular.
Neymar, enfim, começou a se soltar, chamar o jogo e mostrar um pouco de seu vasto acervo de dribles desconcertantes. Henrique foi o primeiro a ficar na saudade, mas Cicinho foi a grande vítima. O lateral levou uma caneta e um drible de calcanhar. Foi assim que o Santos construiu sua melhor chance. Depois de se livrar de Cicinho, Neymar cruzou para Elano chutar, livre. A bola passou rente à trave direita de Deola. Neymar só era parado com falta.
Por conta do calor, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira fez uma parada técnica. Melhor para o Verdão, que parou de sofrer com as investidas de Neymar e, aos poucos, voltou ao jogo. Enquanto Neymar era caçado, as bolas paradas de Marcos Assunção atormentavam o goleiro Rafael. Valdivia também fez o arqueiro trabalhar, mas sentiu dores na coxa direita e foi substituído por Daniel Carvalho.
O meia, que já admitiu estar acima do peso, entrou em campo com a corda toda. Quase abriu o placar aos 44 minutos: foi se infiltrando na grande área santista e passou por três marcadores. Mesmo perdendo o ângulo para o arremate, ele obrigou Rafael a fazer uma grande defesa. No primeiro tempo, as torcidas só tiveram o que comemorar quando o locutor do estádio anunciou que o rival Corinthians perdia para o Bragantino por 1 a 0.
Emoção no segundo tempo
Para deixar o Peixe mais ofensivo, o técnico Muricy Ramalho colocou em campo Alan Kardec no posto de Borges, apagado e ainda sem ritmo de jogo. No entanto, foi o Palmeiras que voltou do vestiário mais agressivo. Com Juninho puxando as ofensivas alviverdes pela ponta esquerda, o Verdão chegou perto com Daniel Carvalho e Marcos Assunção, mas, quando Rafael não salvava, a falta de pontaria era o problema.
O Santos melhorou, mas pouco. Elano, que pouco fez durante o clássico, ainda tentou um chute da intermediária antes de ser sacado para a entrada de Ibson. Neymar, bem marcado, também arriscou de longe. Sem sucesso.
O jogo foi para mais uma parada técnica com o placar zerado. Restavam então apenas alguns minutos para decidir o clássico. Por isso, os times pegaram fôlego e atacaram com tudo. Luan, depois de receber cruzamento de Assunção, obrigou Rafael a fazer mais uma grande defesa.
Mas o dia era mesmo dele, do aniversariante Neymar. O amigo Paulo Henrique Ganso tratou de presentear o atacante com um passe na medida em uma cobrança de falta. Bem posicionado, aos 24 minutos, Neymar não perdoou. De cabeça, assim como diante do Mogi Mirim, ele fez seu centésimo gol como profissional para explodir o Prudentão.
O Verdão não se entregou. Maikon Leite, que entrou no lugar de Luan logo depois do gol, recebeu lançamento e encobriu o goleiro Rafael. No entanto, Maranhão salvou quando a bola já caminhava para a meta vazia. De tanto pressionar, o Palmeiras conseguiu provocar a expulsão de Ibson. A partir daí, o Verdão foi com tudo. E conseguiu uma virada com intervalo de dois minutos entre os gols.
Aos 43, Assunção, em cobrança de escanteio, colocou a bola na cabeça de Fernandão para empatar. Aos 45, o improvável: Juninho arriscou um chute despretensioso da lateral esquerda, e Maranhão tentou cortar, mas acabou desviando para a rede. Uma virada de tirar o fôlego na abafada Prudente, no dia que poderia ter sido de Neymar, mas acabou sendo do Verdão.
Timão tropeça no Bragantino e perde os 100% e a liderança do estadual
Golaço de Ramírez no segundo tempo não impede Corinthians de voltar a ter uma atuação discreta e só empatar com o Massa Bruta no Pacaembu
 
 
A CRÔNICA
por Carlos Augusto Ferrari
Sofrer virou rotina para o Corinthians no Campeonato Paulista. Mas, ao contrário das outras quatro primeiras rodadas, o Timão não conseguiu se superar para vencer. Em mais uma atuação sem brilho, o Alvinegro apenas empatou com o Bragantino por 1 a 1, neste domingo, no Pacaembu, e viu chegar ao fim seus 100% de aproveitamento no estadual. Serginho, em lance polêmico, e Ramírez, com um golaço, marcaram.
O tropeço em casa faz a equipe dirigida por Tite perder a liderança. Agora com 13 pontos em 15 possíveis, ela perde para o Paulista no critério de saldo de gols - oito contra quatro. O São Paulo também poderá superá-los se vencer a Ponte Preta a partir das 19h30m, em Campinas.
O Corinthians, aliás, dá início à semana que antecede a estreia na Taça Libertadores, dia 15 de fevereiro, contra o Deportivo Táchira, na Venezuela. Antes, ainda enfrenta o Mogi Mirim, quarta-feira, às 21h50m, no interior, e o São Paulo, domingo, no Morumbi.
Já o Bragantino soma um ponto importante em sua tentativa de se afastar do grupo que luta contra o rebaixamento. O Massa Bruta tem agora cinco, em posição intermediária. Também na quarta, visita o Ituano, às 17h, no estádio Novelli Júnior.
Jorge Henrique Corinthians x Bragantino (Foto: Wagner Carmo / Ag. Estado)Jorge Henrique sofre para fugir da marcação do Bragantino (Foto: Wagner Carmo / Ag. Estado)
Braga marca em lance duvidoso
A velha deficiência do Corinthians em jogadas pelo alto demorou apenas dois minutos para aparecer. Depois de tanto sofrer com lances aéreos no Brasileirão do ano passado, o Timão mostrou que o problema ainda não foi sanado. Em seu primeiro ataque, o Bragantino chegou ao gol em um lance polêmico. Romarinho bateu falta para a área, André Astorga, impedido, ameaçou colocar a mão direita na bola, e Julio Cesar não segurou. No rebote, Leandro Castán não conseguiu afastar, e Serginho tocou para as redes.
Sem Alex e Danilo, principais articuladores, e Fábio Santos, opção para a saída de bola, o Corinthians encontrou dificuldades para criar diante da forte marcação do Massa Bruta. Sem espaço, o Timão foi obrigado a arriscar. Castán quase empatou ao arrancar da defesa, driblar dois e chutar para boa defesa do goleiro.
Os substitutos - Jorge Henrique, Ramírez e Ramon - não mantiveram o ritmo dos titulares. Tite liberou Paulinho para auxiliar o peruano na armação. O volante, autor do gol da vitória sobre o Ituano, quase fez mais um ao tocar de cabeça uma falta batida por Chicão. Alê pegou mais uma. Liedson também teve sua chance ao cabecear com perigo rente à trave, mas a empolgação que faltava veio aos 41. Murilo, que já tinha cartão amarelo, fez falta dura em Gilsinho e foi expulso.
Golaço de Ramírez empata
Com um jogador a mais, o Corinthians voltou para o segundo tempo encurralando o Bragantino. Tite avançou ainda mais suas peças quando tinha a bola. Chicão e Castán, por exemplo, passaram a atuar na linha que divide o gramado. O empate não demorou a chegar. E não foi qualquer igualdade. Aos cinco minutos, Ramírez dominou a bola pela esquerda, cruzou todo o campo do adversário e soltou uma bomba, no canto esquerdo alto de Alê. Golaço.

O treinador corintiano decidiu arriscar tudo em busca da virada e colocou a equipe para cima do adversário. Ele trocou o lateral-esquerdo Ramon pelo meia Vitor Júnior e improvisou Jorge Henrique na ala. O atacante, aliás, quase fez o gol da virada. Gilsinho cruzou, ele apareceu de surpresa em velocidade na área, mas desviou para fora. Em outro levantamento da direita, Liedson pegou de voleio, a bola resvalou na marcação e saiu.
A estratégia durou apenas dez minutos. Foi o tempo que Vitor Júnior ficou em campo. O meia, que já havia recebido cartão amarelo por uma falta na defesa, puxou um adversário pela camisa e foi expulso, deixando o Timão com dez. Agora também com espaço, o Bragantino teve sua única chance na etapa final, com Eder chutando perto da trave direita de Julio Cesar.

No fim, Tite ainda reeditou a formação que virou o jogo contra o Mirassol. Saiu Chicão, entrou o centroavante Elton. Mas a sorte, desta vez, não o acompanhou. Bem fechado na defesa, o Bragantino impediu qualquer tentativa e acabou com a série de vitórias do Timão

Em sua estreia no estadual, Cruzeiro perde em casa para o Guarani-MG

Lento e desentrosado, time azul é presa fácil em plena Arena do Jacaré. Equipe de Divinópolis se recupera de derrota sofrida na primeira rodada

Por Marco Antônio Astoni Sete Lagoas, MG
A torcida do Cruzeiro vai continuar a viver dias difíceis em 2012. Pelo menos foi esta a impressão que ficou após a estreia do time no Campeonato Mineiro. O time foi derrotado pelo Guarani-MG por 1 a 0, em plena Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, gol de Magalhães.
Os 4.825 pagantes, que proporcionaram uma renda de R$ 85.033, viram um Cruzeiro sem ritmo de jogo, desentrosado e apático, em certos momentos do jogo. O Guarani-MG, que não tem nada com isso, teve uma atuação tranquila durante os 90 minutos e soube, com sabedoria e inteligência, criar e administrar uma vitória justa.
Os dois times voltam a campo no próximo domingo. Ocupando a décima colocação, o Cruzeiro recebe o Tupi, a partir das 17h (de Brasília), novamente na Arena do Jacaré. O Guarani-MG, que em sua estreia havia sido derrotado pelo Villa Nova, vai até Varginha enfrentar o Boa Esporte. O jogo está marcado para as 10h30m.
Superioridade do Guarani-MG
O começo do Cruzeiro foi de um time tipicamente em início de temporada. O desentrosamento, a lentidão e os erros de passes foram comuns para o time azul. O Guarani-MG, por sua vez, entrou em campo tranquilo, conduzido pela experiência de jogadores como Luizinho, Léo Medeiros e Walter Minhoca, todos com passagens por vários times grandes do Brasil, como o próprio Cruzeiro.
Os melhores momentos da Raposa no primeiro tempo surgiram quando o time buscou o ataque pelas pontas. Mas isto foi raridade. A timidez dos laterais e os dois atacantes jogando parados perto da área fizeram com que a jogada acontecesse poucas vezes.
Por outro lado, o time de Divinópolis se movimentava mais no ataque, com uma dupla de jogadores que se completavam em campo: o veloz e habilidoso Magalhães e o forte Xibanca.
Montillo Crizeiro x Guarani (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)Montillo até que tentou algumas jogadas, mas não conseguiu resultado (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
Por incrível que pareça, o Guarani-MG era bem melhor em campo e o gol de Magalhães, aos 29 minutos, fez justiça para o time que era mais organizado, mesmo não sendo um primor tecnicamente. No lance do gol, Walter Minhoca deu belo passe em profundidade para Luizinho, que cruzou na segunda trave e encontrou o atacante livre para estufar a rede. A bola chegou a tocar a trrave, longe do alcance de Rafael.
Após o gol, o panorama do jogo não se alterou. O Cruzeiro continuou errando muitos passes e finalizando pouco, apenas de média ou longa distância. O Guarani-MG seguiu calmo e tocando bem a bola. O Bugre conduziu bem o jogo até o intervalo, descendo para o vestiário com uma vantagem justa no placar.
Cruzeiro desorganizado
O Cruzeiro voltou diferente para o segundo tempo, com três atacantes, já que Vágner Mancini mandou Wallyson para o jogo, no lugar do volante Amaral. Com isso, a Raposa partiu para cima do Bugre desde os minutos iniciais, atacando muito mais do que havia feito no primeiro tempo.
O problema do Cruzeiro é que os erros de passes continuaram presentes, o que dificultava na execução das jogadas de ataque. Alheio aos problemas do adversário, o Guarani-MG permanecia com sua postura inteligente em campo, se defendendo bem e saindo para os contra-ataques na boa.
Com o passar do tempo, os jogadores do Cruzeiro foram ficando nervosos e errando ainda mais. Os erros de posicionamento e o desgaste físico também surgiram do lado azul, o que deu espaços para o Guarani-MG voltar a ser perigoso no ataque.
O Cruzeiro tentou o empate, cada vez mais desorganizado, até os minutos finais, mas sem, verdadeiramente, incomodar o goleiro Thiago Régis. O Guarani-MG segurou a vitória até o final e se reabilitou da derrota sofrida em casa para o Villa Nova, domingo passado. Já o Cruzeiro começa o ano devendo para a torcida. Sinal de muito trabalho para Vágner Mancini e seus comandados.

Sport bate o Serra Talhada por 2 a 1 e acaba com mito do Sertão

Gols de Renê e Marcelinho Paraíba, de pênalti, garantem vitória no Nildo Pereira; Kássio desconta para os sertanejos

Por GLOBOESPORTE.COM Recife
 Acabou o mito do Sertão. Após um empate e uma derrota, o Sport venceu a primeira na região ao bater o Serra Talhada por 2 a 1, neste domingo, no estádio Nildo Pereira. Os gols foram marcados todos no segundo tempo. Renê abriu o placar aos oito minutos, e Marcelinho Paraíba, de pênalti, ampliou aos 19. Na comemoração, o jogador apontou a prótese do dente que perdera na semana passada, na vitória por 4 a 3 sobre o Náutico. Kássio descontou para a equipe sertaneja, também de pênalti, aos 30 minutos.

Com o resultado, o Leão subiu para 14 pontos, ocupando a terceira colocação. Já a equipe sertaneja se manteve com os 6 pontos e caiu para a vice-lanterna.
As duas equipes voltam a jogar nesta quarta-feira, pela 8ª rodada de Pernambuco. O Sport recebe o Ypiranga, na Ilha do Retiro, enquanto o Serra Talhada encara o Central, no Lacerdão. As partidas estão marcadas para as 20h (horário do Recife).
As duas equipes voltam a jogar nesta quarta-feira, pela 8ª rodada de Pernambuco. O Sport recebe o Ypiranga, na Ilha do Retiro, enquanto o Serra Talhada encara o Central, no Lacerdão. As partidas estão marcadas para as 20h (horário do Recife).
Serra Talhada x Sport - gol Renê (Foto: Reprodução / TV Globo)Renê abriu o placar para o Sport, em Serra Talhada (Foto: Reprodução / TV Globo)
Primeiro tempo de um time só
Vindo de derrota para o Salgueiro, na rodada passada, o Sport iniciou a partida em busca da vitória. Tanto que passou todo o primeiro tempo pressionando o Serra Talhada, que se fechou na defesa e praticamente não incomodou o goleiro rubro-negro, Magrão.
O calor massacrante do Sertão também ajudou a equipe da casa, que montou uma retranca atrapalhando a vontade do Leão. Tanto que o único chute originado por um jogada trabalhada do Sport foi aos 5 minutos, quando Hamilton bateu de fora da área. O volante não pegou bem na bola e o goleiro Bruno defendeu.
Sem conseguir furar a parede sertaneja, o Leão passou a explorar as jogadas de bola parada com Marcelinho Paraíba. Aos 9 minutos, ele cobrou escanteio fechado e a bola chegou a explodir no travessão. E a jogada voltou a se repetir outras três vezes, sempre levando perigo.
Acuado, o Serra Talhada só chegou ao ataque aos 31 minutos, quando Elton bateu de fora da área, mas Magrão fez a defesa com tranquilidade. O Sport seguiu pressionando, mas sempre pecando muito nas finalizações.
Aos 36 minutos, Jheimy ganhou na velocidade, invadiu a área, mas ao tentar fazer o corte para finalizar, acabou perdendo o equilíbrio e a bola. Três minutos depois, o atacante rubro-negro voltou a aparecer bem, quando desceu pela direita. Ele ainda olhou para a área, mas como não havia ninguém do Sport, mandou direto para o gol. A bola passou na frente do goleiro Bruno e foi para fora.
No segundo tempo, Renê acaba com retranca sertaneja
Precisando vencer, o técnico Mazola Júnior voltou com uma postura mais ofensiva ao tirar o lateral-direito Thiagunho para a entrada do atacante Anderson Paraíba. E logo aos 2 minutos, Marcelinho Paraíba cobrou uma falta para a área e Tobi cabeceou com perigo, para fora.
Aos 5 minutos, numa jogada veloz, Janeilton invadiu a área do Sport, passou por três defensores, mas abusou no drible e acabou batendo desequilibrado. Moacir conseguiu cortar o chute sem força.
A resposta do Leão foi rápida. Aos 8 minutos, Marcelinho Paraíba aproveitou uma sobra na entrada da área e bateu de primeira. A bola explodiu no travessão. No lance seguinte, Jheimy foi na linha de fundo de bateu voltando para a área. Renê apareceu batendo de primeira e abriu o placar para o Sport.
Marcelinho faz o gol do dente
Marcelinho Paraíba comemora gol mostrando o dente (Foto: Reprodução / TV Globo)Na esportiva, Marcelinho Paraíba comemora gol mostrando o dente (Foto: Reprodução / TV Globo)
O Leão ainda teve a chance de ampliar aos 18 minutos, quando Diogo ficou de cara com o goleiro Bruno. Ele bateu muito mal e o arqueiro da equipe sertaneja fez a defesa. Mas não demorou para o segundo gol sair. Milton Júnior, que havia acabado de entrar, foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti. Marcelinho Paraíba bateu e fez 2 a 0. Na comemoração, ele acabou mostrando o dente reposto após perdê-lo no clássico contra o Náutico.
Em desvantagem, o técnico Bagé colocou o time para frente e passou a jogar com três atacantes. Numa jogada de ataque, aos 28 minutos, Kássio foi derrubado na área por Hamilton e o árbitro anotou o pênalti. O próprio Kássio bateu e diminuiu o placar.
A partir daí, o Sport diminuiu o ritmo e passou a administrar o resultado, garantindo a primeira vitória no Sertão.

Consultor da RBR provoca: 'Nosso carro não é tão feio quanto a Ferrari'

Prometendo 'uma solução técnica muito melhor', Helmut Marko alfineta rival, enquanto Fernando Alonso defende carros da escuderia: 'Todos são bonitos'

Por GLOBOESPORTE.COM Milton Keynes, Inglaterra
apresentação do carro da Ferrari para 2012 (Foto: AFP PHOTO / FERRARI PRESS OFFICE)Nova Ferrari tem 'degrau' entre o bico e o cockpit
(Foto: AFP PHOTO / FERRARI PRESS OFFICE)
Após as críticas dos fãs e as brincadeiras na Internet, o modelo F2012 da Ferrari foi alvo de um comentário maldoso do consultor da RBR, Helmut Marko. O austríaco, responsável pelo programa de esportes a motor da equipe, o que inclui a seleção de pilotos, declarou que o novo projeto do time não adotará o comentado ‘degrau’ no bico, que desagradou os fãs da tradicional escuderia italiana.
- Temos uma solução técnica muito melhor. Nosso carro não é tão feio quanto o da Ferrari – disse o dirigente ao jornal alemão ‘Bild’.
Atual bicampeã de pilotos e construtores, a RBR conta com o renomado projetista Adrian Newey, considerado um dos melhores de todos os tempos. Nas últimas duas décadas, suas criações tornaram-se algumas das principais referências da Fórmula 1. Como as Williams campeãs entre 1992 e 1997 e as McLaren dos anos seguintes. A saída encontrada pelo inglês para driblar o regulamento que prevê a altura máxima de 55cm na parte dianteira é aguardada com ansiedade pela imprensa especializada e pelos adversários.
Para botar mais lenha na discussão, Fernando Alonso defendeu a escuderia italiana. Ao contrário do próprio time, que admitiu em um comunicado oficial que o novo carro não era "esteticamente agradável", o espanhol disse o contrário. Apelando, é verdade, para o glamour que envolve a marca.
- Acho que todos os carros da Ferrari são bonitos. Não me lembro de nenhuma Ferrari feia. A cor vermelha, a paixão, todo carro que a Ferrari fabrica é bonito – propagou o bicampeão mundial.
O modelo RB8, da RBR, será revelado nesta segunda-feira, numa apresentação via Internet. Um dia depois, os carros serão confrontados nos primeiros testes coletivos da temporada 2012, que acontecerão na pista de Jerez de La Frontera, na Espanha.
Massa e Alonso na apresentação do novo carro da Ferrari (Foto: Reuters)Felipe Massa e Fernando Alonso na apresentação do novo carro da Ferrari (Foto: Reuters)

Com degrau suave, Lotus lança carro que marca retorno de Raikkonen à F-1

Modelo E20, que será conduzido pelo campeão mundial de 2007, possui transição mais suave que modelo da Ferrari entre o bico e o topo do cockpit

Por GLOBOESPORTE.COM Enstone, Inglaterra
Responsável por trazer de volta à Fórmula 1 o campeão mundial de 2007, Kimi Raikkonen, a Lotus lançou neste domingo o modelo com o qual disputará a temporada 2012. A equipe, que a partir deste ano abandona oficialmente o nome da montadora francesa Renault, apresentou uma solução menos agressiva para ao novo regulamento, que prevê que os bicos não devem ultrapassar a altura máxima de 55cm. Ao contrário das linhas retas da Ferrari, a dianteira do novo carro faz uma transição mais suave até o cockpit. Mas as mudanças não param por aí.
Carro da Lotus para a temporada 2012 da Fórmula 1 (Foto: Divulgação)Carro da Lotus para a temporada 2012 da Fórmula 1 tem transição mais suave no bico (Foto: Divulgação)
- A mudança mais perceptítvel nas regras deste ano é a redução da altura do bico, mas ela não nos obriga a baixar também o monocoque, e optamos por este desenho. No entanto, nossas maiores alterações estão na parte traseira, com a mudança da posição dos escapamentos. Neste ano não teremos mais as saídas de calor como fonte de pressão aerodinâmica, então trabalhamos muito nesta área – explicou o diretor técnico James Allison.
Fora da categoria desde o GP de Abu Dhabi de 2009, disputado em novembro daquele ano, Kimi Raikkonen está empolgado com seu retorno. Há duas semanas, o finlandês andou em dois dias o equivalente a dois GPs, usando um modelo da temporada 2010 equipado com pneus para demosntrações. Foi apenas um aquecimento para uma Fórmula 1 que ele próprio enxerga com muitas diferenças em relação àquela que deixou.
- Voltarei em uma condição bem diferente de quando saí, em termos de regulamento, mas isso não importa. Alguns se adaptam mais rápido, outros nem tanto, mas se tivermos um bom equipamento, poderemos ser competitivos. Nosso time sabe como construir bons carros, já produziu máquinas campeãs, então estou otimista – disse Raikkonen, que está com 32 anos de idade e acelerou no Mundial de Rali nas duas últimas temporadas.
Raikkonen e Grosjean mostram carro da Lotus para a temporada 2012 da Fórmula 1 (Foto: Divulgação)Raikkonen e Grosjean mostram carro da Lotus para a temporada 2012 da Fórmula 1 (Foto: Divulgação)
O companheiro do finlandês será o atual campeão da GP2, Romain Grosjean. O francês chega com forte aporte financeiro da fornecedora de combustíveis e lubrificantes do time. O chassi que será utilizado pela equipe na temporada 2012 foi batizado como E20, numa referência à fábrica de Enstone, an inglaterra. É o 20º chassi projetado nesta sede, que já abrigou as instalações das antecessoras Benetton e Renault.
- Nosso objetivo é trazer de volta este time à linha de frente do grid, e lá permanecer por um bom tempo. Todos aqui trabalham com muita paixão pelo esporte a motor, e não podemos falhar nesse processo – frisou o diretor esportivo da equipe, Eric Boulier.

Fla e Bota esbarram na trave

Em jogo de baixo nível técnico, Alvinegro joga melhor, mas desperdiça muitas chances. Felipe salva o Rubro-Negro


As imagens de Botafogo x Flamengo (Foto: Cleber Mendes) O Botafogo foi melhor, mas não conseguiu a vitória no Engenhão (Foto: Cleber Mendes)
LANCEPRESS!
Publicada em 05/02/2012 às 21:45
Rio de Janeiro (RJ)
O primeiro clássico do Campeonato Carioca deixou muito a desejar. Num jogo de nível técnico bem baixo, Botafogo e Flamengo ficaram apenas no 0 a 0. O Alvinegro teve as melhores chances da partida, mas acabou esbarrando nas grandes defesas do goleiro Felipe. O Rubro-Negro ainda saiu de campo com apenas dez jogadores, já que o volante Willians foi expulso, deixando o domínio do Botafogo ainda maior.
O primeiro tempo foi muito morno, mas com as melhores chances sempre do lado do Botafogo. A primeira delas foi num belo chute de Andrezinho, com apenas um minuto de jogo. O meia alvinegro acertou o travessão, com uma bomba em que o goleiro Felipe ficou apenas olhando.
O Flamengo respondeu muito depois, num belo cruzamento de Junior Cesar, que terminou na cabeça de Bottinelli. O argentino finalizou com precisão, mas o goleiro Jefferson foi buscar a bola no ângulo.
O Botafogo voltou a levar perigo novamente com Andrezinho. Após cobrar falta na barreira, o árbitro mandou voltar. Na segunda tentativa, o camisa 10 acertou novamente a trave.
Na volta para o segundo tempo, o Rubro-Negro demonstrou uma postura mais ofensiva e quase conseguiu marcar num lance improvável. Renato aproveitou um rebote na intermediária e chutou de primeira, a bola tomou uma trajetória em arco e acertou o travessão.
Entretanto, a empolgação rubro-negra não durou muito e o Botafogo passou a tomar as rédeas da partida novamente. Num cruzamento pela direita, Elkeson obrigou Felipe a fazer linda defesa e, no rebote, Loco Abreu perdeu gol incrível.
Num jogo em que se mostrava equilibrado, um lance acabou mudando o ritmo dos minutos finais. O volante Willians fez falta no lateral-direito Lucas e, inconformado com a decisão do árbitro, reclamou de forma acintosa. Não satisfeito em receber o cartão amarelo, ele continuou afrontando o juiz Pathrice Maia e foi expulso.
O auxiliar Jaime de Almeida procurou repor a perda e sacou Bottinelli para a entrada de Maldonado. O Flamengo passou apenas a se defender e viu o Botafogo desperdiçar boas chances. O tempo foi passando e os rubro-negros pareciam satisfeitos com o empate.
Já nos acréscimos, Loco Abreu teve novamente uma grande chance, mas Felipe evitou o gol alvinegro, deixando o placar da mesma forma que começou.
FICHA TÉCNICA:
LOCAL: Engenhão, Rio de Janeiro

Árbitro: Pathrice Maia (RJ)

Cartão vermelho: Willians (31'2ºT)

Público e renda: 8.863 pagantes/R$ 264.555,00

BOTAFOGO: Jefferson; Lucas, Antonio Carlos, Fabio Ferreira e Marcio Azevedo; Marcelo Mattos (Lucas Zem (23'2ºT), Maicosuel, Andrezinho e Elkeson(Herrera/23'2°T); Loco Abreu - Téc: Oswaldo de Oliveira

FLAMENGO: Felipe; Léo Moura, Welinton, David e Junior Cesar; Willians, Luiz Antonio(Muralha 23'2ºT), Renato e Bottinelli(Maldonado 33'2ºT); Ronaldinho e Deivid (Negueba 25'2ºT) - Téc: Jaime de Almeida