domingo, 10 de agosto de 2014

Luis Palomino nocauteia, e Ronny Markes vence por pontos no WSOF 12

Peruano acaba com invencibilidade de Lewis Gonzalez com chute alto, enquanto brasileiro estreia na organização superando Cully Butterfield

Por Las Vegas, EUA
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O peruano Luis Palomino foi o grande destaque da edição número 12 do World Series of Fighting, realizada na madrugada deste domingo, no Hard Rock Hotel and Casino, em Las Vegas (EUA). O atleta da MMA Masters nocauteou o até então invicto Lewis Gonzalez com um chute alto no primeiro round da luta principal do card. Palomino, que já vinha de vitória por nocaute sobre o brasileiro Jorge Patino Macaco, tem boa chance de disputar o cinturão dos leves (até 70kg) em sua próxima luta, contra o vencedor do duelo entre o atual campeão, Justin Gaethje, e o próximo desafiante ao título, Melvin Guillard, que deve acontecer em breve.
Já no penúltimo duelo do evento, o brasileiro Ronny Markes estreou no WSOF com vitória sobre Cully Butterfield por decisão unânime dos jurados (triplo 29 a 28), pela categoria dos meio-pesados (até 93kg). O combate, no entanto, foi criticado pelo público pela falta de emoção. Foi a primeira luta de Ronny desde que ele foi cortado pelo UFC.
Ronny Markes treino MMA em Natal (Foto: Rodrigo Malinverni)Ronny Markes estreou com vitória no WSOF (Foto: Rodrigo Malinverni)
Veja todos os resultados do WSOF 12:
Luis Palomino venceu Lewis Gonzalez por nocaute aos 4m42s do round 1
Ronny Markes venceu Cully Butterfield por decisão unânime dos jurados
Elvis Mutapcic venceu Kelvin Tiller por decisão unânime dos jurados
Brandon Hempleman venceu Alexis Vila por decisão unânime dos jurados
Matt Sayles venceu Bryson Hansen por decisão unânime dos jurados
Lucas Montoya venceu Jimmy Spicuzza por nocaute técnico aos 4m11s do round 1
Danny Davis Jr. venceu Jorge Lopez por decisão unânime dos jurados
Adam Acquaviva venceu Cody Maltais por decisão dividida dos jurados
Bryson Gutches venceu Soslan Abanokov por finalização a 1m07s do round 2

William Gigante nocauteia e mantém cinturão no Jungle Fight 72, em SP

Campeão supera Fábio Bondesan e defende título peso-pesado pela primeira vez no evento. Luta com mexicano termina em "no contest" após dedo no olho

Por São Paulo
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O cinturão peso-pesado (até 120kg) do Jungle Fight continua com William "Gigante" Baldutti. O lutador da XGym derrotou Fábio Bondesan por nocaute técnico, aos 2m16s do segundo round, e defendeu seu título pela primeira vez na maior organização de MMA da América Latina. O duelo foi o principal do Jungle Fight 72, também chamado de Jungle Comunidade SP, que foi realizado na noite deste sábado, em São Paulo.
William Gigante com o cinturão do Jungle Fight (Foto: Marcos Santos / Divulgação)William Gigante com o cinturão do Jungle Fight (Foto: Marcos Santos / Divulgação)
- Quero uma oportunidade no UFC - pediu Gigante no microfone logo após o triunfo.
O começo da luta teve os dois muito na grade, com Gigante clinchando e soltando algumas joelhadas. O campeão caiu por cima e trabalhou o ground and pound. Bondesan se levantou, mas tomou prejuízo também na trocação no minuto final.
O desafiante mostrou cansaço já no inicio do segundo assalto e foi novamente quedado. Gigante botou para baixo mais uma vez, conseguiu a montada e disparou uma saraivada de golpes no rosto do adversário, que mal conseguiu se defender. O árbitro Alessandro Souza, então, interrompeu o duelo e decretou o nocaute técnico.
Ex-BBB Cacau Colucci foi ring girl no Jungle Fight 72 (Foto: Marcos Santos / Divulgação)Ex-BBB Cacau Colucci foi ring girl no evento (Foto: Marcos Santos / Divulgação)
Já o coevento principal terminou como "no contest". O mexicano Fabian Quintanar até começou bem contra Lucas Jesus, mas um acidental dedo no olho por parte do segundo fez com que o duelo fosse interrompido ainda no primeiro round. Os médicos avaliaram a lesão e não deixaram Quintanar voltar para a luta, que ficou sem resultado.
Outra atração do evento foi a atuação de Cacau Colucci novamente como ring girl, ao lado de Geisa Vitorino e Syllvia Andrade. A ex-participante do Big Brother Brasil desfilou sua beleza e chamou a atenção do público, principalmente o masculino.
Veja todos os resultados do Jungle Fight 72:
William Gigante venceu Fábio Bondesan por nocaute técnico aos 2m16s do round 2
Fabian Quintanar x Lucas Jesus terminou em "no contest" (sem resultado)
Gilberto El Azteca venceu José Ricardo Rato por finalização aos 3m06s do round 1
Danilo Adrian venceu Caio Formiga por finalização a 1m18s do round 1
Quemuel Ottoni venceu Jésus da Rocha por nocaute técnico a 1m14s do round 1
Israel Ottoni venceu Rony Siva por finalização aos 2m04s do round 2
Leandro Rodrigues venceu Diogo Felipe dos Santos por nocaute técnico a 33s do round 3
Carlos Alberto Silva venceu Douglas Cândido por nocaute técnico aos 2m53s do round 1

Com Spider na plateia do Metamoris, Sonnen é finalizado por André Galvão

Falastrão faz jogo duro, mas não resiste ao brasileiro e é finalizado com mata-leão em luta de grappling. Josh Barnett também finaliza Dean Lister

Por Los Angeles, EUA
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Árbitro ergue o braço de André Galvão após vitória sobre Sonnen (Foto: Ana Hissa)Árbitro ergue o braço de André Galvão após
vitória sobre Chael Sonnen (Foto: Ana Hissa)
Chael Sonnen fez até mais do que muitos esperavam dele, mas não resistiu a André Galvão e foi finalizado pelo brasileiro com cerca de 14 minutos da luta principal da quarta edição do Metamoris, evento americano de grappling (luta agarrada), na noite deste sábado, em Los Angeles (EUA). Especialista no wrestling (luta olímpica), o falastrão fez jogo duro nos primeiros 10 minutos, mas sucumbiu à pegada de costas de Galvão, especialista em jiu-jítsu, e viu o adversário encaixar o mata-leão. A plateia contou com nomes ilustres, como Anderson Silva e Rorion Gracie, fundador do UFC.
Sonnen, por sinal, por pouco não ficou fora do evento. Suspenso por dois anos pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) pelo uso de cinco substâncias proibidas, flagradas em dois exames antidoping, o lutador recebeu uma carta do órgão informando que poderia ser multado em US$ 250 mil (cerca de R$ 565 mil) caso participasse do Metamoris, pois estaria violando os termos da suspensão. No entanto, seu advogado entrou com um recurso solicitando a revisão do caso, por tratar-se de uma competição de luta agarrada, esporte que não seria regulado pela entidade. A comissão não respondeu de forma oficial e afirmou em algumas entrevistas que manteria o que escreveu na carta enviada anteriormente, mas Sonnen decidiu competir mesmo sabendo que pode enfrentar punições.
O Metamoris 4 teve seis lutas no total, com quatro brasileiros. Além de André Galvão, Vinny Magalhães empatou com Keenan Cornelius, e Saulo Ribeiro e Rodrigo Comprido também empataram entre si. Nos demais combates, o peso-pesado do UFC Josh Barnett finalizou Dean Lister, Garry Tonon finalizou Kit Dale, e Baret Yoshida e Jeff Glover empataram.
Anderson Silva e Rorion Gracie no Metamoris 4 (Foto: Ana Hissa)Anderson Silva e Rorion Gracie no Metamoris 4 (Foto: Ana Hissa)
No Metamoris, torneio de grappling fundado e promovido por Ralek Gracie, os atletas competem em duelos de 20 minutos. Não existem pontos, portanto, se não houver finalização, é declarado o empate. O primeiro evento ocorreu em 2012.
CORREÇÃO: Ao contrário do publicado inicialmente, Chael Sonnen não chegou a ser liberado pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) para competir no Metamoris 4. O equívoco foi publicado às 06h e corrigido às 18h10.

Jon Jones aprova superluta contra Weidman: "Incrível. Aceitaria na hora"

Campeão dos meio-pesados mostra respeito pelo compatriota e tem opinião diferente da que tinha no começo do ano sobre a possibilidade de enfrentá-lo

Por Rio de Janeiro
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Jon Jones mudou de opinião em relação a um possível duelo contra Chris Weidman. O campeão dos meio-pesados (até 93kg) do UFC, que no começo do ano chegou a dizer que o detentor do cinturão dos médios (até 84kg) precisava tornar seu nome "um pouco maior" antes de cogitar uma superluta contra ele, parece ter se impressionado com o triunfo do compatriota sobre Lyoto Machida, pois mudou completamente o tom em relação à possibilidade.
Montagem - Jon Jones x Chris Weidman (Foto: Editoria de Arte)Jon Jones x Chris Weidman: luta dos sonhos dos fãs de MMA? (Foto: Editoria de Arte)
- Acho que seria incrível. Eu absolutamente aceitaria na hora a oportunidade de fazer uma superluta contra o Chris Weidman. Eu o respeito muito como pessoa e como campeão, e acredito que essa luta venderia muito bem - disse, quando perguntado pelo site americano "Sherdog" sobre o tema.
Weidman, por sua vez, também já declarou em entrevistas que gostaria de enfrentar Jon Jones numa superluta. Se os dois continuarem vencendo em suas respectivas categorias, a ideia definitivamente passa a sair do papel para se tornar realidade.

Vagner Mancini diz que Botafogo jogou bem, mas faltou malandragem

Técnico afirma que time não poderia ter dado tantas bobeiras contra o jovem time do Atlético-PR e reclama da qualidade das finalizações

Por Curitiba
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A derrota para o Atlético-PR por 2 a 0, neste domingo, na Arena da Baixada, deixou os torcedores mais uma vez frustrados e o Botafogo ainda mais próximo da zona de rebaixamento. Apesar do resultado ruim, o técnico Vagner Mancini classificou como bom o desempenho da sua equipe, mas também fez crítica. Ele reclamou principalmente da falta de malandragem diante de um adversário com um time jovem como o do Furacão.

O baixo aproveitamento do Alvinegro fora de casa é motivo de preocupação para Mancini, que espera que esta derrota ao menos deixe ensinamentos para os jogadores.

- Isso nos preocupa. Se não é 100% em casa, isso acaba pesando no campeonato. Então, temos que recuperar um terreno que até agora estamos em desvantagem. Precisamos ser mais maduros. Sinceramente, não podemos jogar contra um time de garotos e proporcionar ao Atlético a oportunidade de vencer o Botafogo. Nosso time deveria ter uma postura em que um time de garotos sofresse com a gente, e não o contrário. Mais um jogo que serve de exemplo. Muitas vezes nos tornamos repetitivos, mas o futebol é assim. Mas, apesar das dificuldades, temos jogado bem. Tem que ser mais malandro e determinado a vencer os jogos também fora de casa.

Apesar dos vacilos, Vagner Mancini viu o Bota superior ao Atlético, principalmente no segundo tempo, quando adotou uma postura mais ofensiva e passou a pressionar o adversário. Faltou caprichar na pontaria.
- Não serve como desculpa, mas acho que jogamos melhor do que o Atlético. Estávamos melhores no primeiro tempo e levamos um gol bobo em uma jogada (aérea) que sabíamos que eles usariam. No segundo, a equipe se soltou, jogou no campo do Atlético mas não conseguiu aproveitar as chances. Teve que amargar mais uma derrota. Não está faltando jogar bem, estar bem armado. Está faltando uma execução melhor na hora de colocar a bola para dentro.

O Bota caiu para 17ª posição com 13 pontos e entrou na zona de rebaixamento após a vitória do Figueirense por 1 a 0 sobre a Chapecoense. No próximo domingo, a equipe enfrenta o Fluminense, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Confira a íntegra da entrevista de Mancini:

Má sorte. Má fase

- Sem dúvida que aquelas duas bolas teriam entrado se fosse outra fase. Mas temos que saber lidar com isso. Em um dos lances, a bola bateu em dois jogadores e caiu na mão do Weverton, que já estava caído. São coisas do futebol, por isso que apaixonante. No nosso caso saímos chateados porque vimos o time com chances reais de empatar ou até virar o jogo.

Ausência de Carlos Alberto (lesão no tornozelo). Estreia de Ramírez

- O Ramírez, embora sem jogar há algum tempo e fazendo sua estreia, teve um bom entendimento. Acho que atuou de uma forma boa, mas é claro que você perde um jogador que normalmente era quem encostava no Emerson. No início tivemos dificuldade na armação das jogadas, mas na segunda etapa não. Adiantamos os laterais, e a entrada do Daniel deixou o time mais leve.

Busca por posições melhores na tabela

- Dá para ser feito, mas precisamos de uma sequência de vitórias. Agora temos que mirar sair da parte de baixo, não dá para pensar em Libertadores. Depois que sairmos, temos tempo ainda para buscar. Quando jogamos contra o tempo, acontece o que aconteceu hoje, até o vento tira a bola.

Problemas da equipe

- Problema não é falta de trabalho, não é grupo, o nosso é sensacional. Acho que falta algo mais em campo. Óbvio que sempre que se perde, há coisas que podem ser explicadas. Ninguém é dono da verdade. Temos que ficar atentos porque o campeonato é dificílimo. Temos que entrar muito concentrados, um lance de bobeira fez nossa equipe sair atrás no marcador e ter toda a dificuldade no jogo.

Altos e baixos do time nas partidas

- O time oscila muito. O time recuperava a bola e a nossa saída era lenta. Emerson isolado na frente, aí não pressionamos e damos oportunidade ao adversário de ser mais agudo. O que mais me aflige no Botafogo é a falta de velocidade na transição, precisa ser feita com mais qualidade para chegarmos com mais jogadores na frente.

Espírito para o clássico com o Flu

- Vamos ter que buscar forças onde não encontramos até o momento. Fizemos muito pouco diante do que este grupo pode fazer. No clássico há sempre mais necessidade de superação, de empolgação. O Botafogo oscila muito, e isso dá ao adversário muitas chances. Se isso ocorrer contra o Fluminense, que tem qualidade, meias que finalizam muito, lógico que nossa missão será muito mais difícil. Em contrapartida, temos feito bons jogos contra grandes adversários, e espero que isso seja um alento.

Dória e Emerson suspensos

- São jogadores que já estão encaixados no nosso sistema de jogo. Mas não posso dar muita importância a isso, acho que todos estão sujeitos a se machucar ou ficar suspenso. De repente os que vão entrar vão dar o alento que precisamos para a equipe fazer um grande jogo diante do Fluminense. Será um clássico difícil, mas, pelo futebol apresentado pelo Botafogo, começamos sempre com muita esperança. Não podemos negar que a equipe tem jogado bem.

Reencontro com o Atlético, seu ex-clube


- Não acho que minha saída tenha sido tumultuada. Venceu o contrato e o Atlético não quis renovar, isso é uma questão de opção. Tinha outro no mercado. Mas não considero minha volta ao estádio porque estava vazio, ainda não tive contato com a torcida. Infelizmente nos deparamos com essa situação de atuar em um estádio belíssimo como esse e sem público, o que tira o encantamento do futebol. Que sirva de exemplo. Futebol é esporte, não uma praça de guerra.

Goleiro brasileiro pega três pênaltis e dá título da Supertaça ao Benfica

Artur brilha após 0 a 0 contra Rio Ave e garante primeira conquista da temporada

Por Aveiro, Portugal
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O Benfica conquistou neste domingo a Supertaça de Portugal graças ao goleiro Artur: após empate de 0 a 0 nos primeiros 90 minutos e na prorrogação contra o Rio Ave, o brasileiro defendeu três pênaltis e garantiu o troféu ao time treinado por Jorge Jesus.
A partida no Estádio Municipal de Aveiro foi movimentada, com muitas chances de gol para o Benfica principalmente, mas terminou empatada em 120 minutos. Na decisão por pênaltis, Artur pegou as cobranças de Tarantini, Diego Lopes e Tiago Pinto, enquanto Cássio, do Rio Ave, evitou o gol de Derley. No final, vitória do Benfica por 3 a 2.
Artur, Benfica e Rio Ave (Foto: Agência EFE)Artur comemora a vitória sobre o Rio Ave na conquista da Supertaça pelo Benfica (Foto: Agência EFE)

Jorge Jesus escalou a equipe de Lisboa com Artur, Maxi, Luisão, Jardel, Eliseu, Salvio, Talisca, Enzo, Ruben, Lima e Gaitan. Já Pedro Martins montou o Rio Ave com Cássio, Nuno Lopes, Marcelo, Prince-Désir, Tiago Pinto, Pedro Moreira, Filipe Augusto, Tarantini, Ukra, Hassan e Del Valle.
Como o Benfica foi campeão nacional e da Taça de Portugal na temporada passada, o Rio Ave decidiu a Supertaça por ter sido vice da Taça. O Campeonato Português 2014/2015 começa no próximo fim de semana.

Arhur Benfica comemora vitória contra o Rio Ave (Foto: Agência EFE)Herói da conquista ao pegar três pênaltis, Artur levanta a taça do Benfica (Foto: Agência EFE)

Caneta, letra e solidão: a reestreia de Robinho pelo Santos

Ídolo mostra seu repertório, mas não consegue fazer o Peixe superar Corinthians
na Vila Belmiro; atacante não está mais invicto contra o principal rival santista

Por Santos, SP
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A reestreia de Robinho pelo Santos não teve gol nem vitória, mas deu  esperanças para a torcida santista. Neste domingo, contra o Corinthians, na Vila Belmiro, o Peixe perdeu por 1 a 0, mas o craque mostrou o repertório que tanto encantou os santistas: deu “caneta”, passe de letra e carregou o ataque santista durante boa parte do segundo tempo, até ser substituído. A derrota, porém, acabou com o tabu que tinha de nunca ter perdido para o rival.
No primeiro tempo, Robinho teve a companhia de Thiago Ribeiro e Leandro Damião e conseguiu dar trabalho ao Corinthians, mesmo sem marcar. Foi dos pés dele que saíram os lances que mais animaram a torcida santista, como chute de esquerda, de dentro da área, e arrancada no começo do jogo, além de um belo passe de letra que levantou os santistas.
O bom futebol apresentado na reestreia, porém, foi dificultado no fim da primeira etapa, quando o volante Alison foi expulso e deixou o Peixe com um a menos. Após o intervalo, Oswaldo manteve a formação inicial por pouco tempo, e logo tirou Leandro Damião para colocar Alan Santos para preencher o meio de campo.
A substituição fez Robinho encarar uma grande solidão no ataque. O camisa 7 sabia sua missão: aproveitar uma única oportunidade para ajudar o Alvinegro da Vila Belmiro a surpreender o Corinthians, que tinha maior posse de bola. O esforço, com mais arrancadas, chances criadas e orientações aos companheiros, não foi o suficiente. Ele teve duas boas chances,  numa delas, aproveitou-se de bobeira lateral Guilherme Andrade e chutou com muito perigo. Em outra, recebeu na área e rolou para Lucas Lima, que chutou colocado, mas a bola foi desviada pela zaga corintiana.
O atacante deixou o gramado aos 34 minutos do segundo tempo com três finalizações, três faltas cometidas e três sofridas, 26 passes certos e apenas um errado. Pelos números e aos olhos do torcedor santista, Robinho foi bem, mas não o suficiente.
Robinho Santos e Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)Robinho finalizou três vezes e acertou 26 passes durante a partida (Foto: Marcos Ribolli)


*Colaborou sob supervisão de Fúlvio Feola

Santistas e corintianos usam barras de ferro em confronto perto da Vila

Em maior número, grupo de santistas afugenta corintianos. Depois, confusão continua no Pronto Socorro da cidade. Torcedores precisam de atendimento médico

Por Santos, SP
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Torcedores do Santos e do Corinthians utilizaram barras de ferro, pedaços de madeira e rojão em uma briga generalizada nos arredores da Vila Belmiro antes do clássico entre as duas equipes. Durante a confusão na Rua Dom Pedro I, os santistas, em maior número, espantaram os corintianos. Ao todo, havia cerca de 100 torcedores. O tumulto foi registrado em vídeo por moradores de casas do local.
Segundo torcedores do Timão, os adversários armaram uma emboscada entre duas ruas. Desta forma, eles não tinham para onde correr. Durante a confusão, as duas torcidas utilizaram pedaços de madeira e até garrafas de vidro. Um carro que estava estacionado no local foi atingido.
A briga continuou no Pronto Socorro da cidade. Segundo a assessoria da Prefeitura, corintianos invadiram o local para tentar agredir santistas que estavam sendo atendidos. Os demais pacientes se assustaram, mas a polícia controlou a situação. Um torcedor santista, com traumatismo craniano, segue em atendimento, enquanto dois foram transferidos para outro hospital e um foi liberado. Durante a nova confusão, seis corintianos ficaram feridos e também precisaram de atendimento. 
 
Antes desses incidentes, outros focos de tumulto haviam sido controlados pela Polícia Militar destacada para a segurança da partida. Por volta de 13h, alguns santistas tentaram armar outra emboscada para corintianos que chegavam à Vila Belmiro, mas a PM conseguiu dispersá-los antes da confusão.
Pouco depois, cerca de 30 torcedores, de acordo com a Polícia, sem ligação com emboscadas ou brigas com corintianos, soltaram rojões dentro de um túnel na entrada da cidade de Santos. Cerca de 10 viaturas, que estavam de plantão no local, prenderam os envolvidos, que passaram a tarde detidos e não assistiram à partida.
Santistas são detidos por policiais e não assistem ao clássico (Foto: Marcos Ribolli)Santistas são detidos por policiais e não assistem ao clássico (Foto: Marcos Ribolli)






*Sob a supervisão de Carolina Elustondo

De dúvida a herói: Aránguiz confirma importância ao Inter e decide Gre-Nal

Chileno não tinha escalacão confirmada por Abel Braga antes do jogo

Por Porto Alegre
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De presença confirmada a mistério. E de mistério a herói do Gre-Nal. Após três semanas afastado do time do Inter, Aránguiz reassumiu a titularidade e provou a importância que tem para o Inter. Ele foi participativo e abriu o placar na vitória por 2 a 0 no primeiro clássico após a reforma do Beira-Rio (assista aos melhores momentos do jogo no vídeo ao lado).
O chileno, recuperado da lesão no joelho direito, não fazia uma de suas vistosas atuações, como as que os colorados se acostumaram nestes oito meses no clube. No entanto, mostrou que, além do futebol, ainda tem estrela. Aos 16 minutos do segundo tempo, após Alex fazer jogada individual e tocar para Fabrício, o volante só teve o trabalho de cabecear o cruzamento do lateral-esquerdo no canto direito de Marcelo Grohe, que nada pôde fazer.  
Aranguiz - internacional x grêmio (Foto: Agência Estado)Aranguiz - internacional x grêmio (Foto: Agência Estado)

Mesmo que Abel Braga tenha optado por um meio-campo mais forte defensivamente, com Willians e Wellington, Aránguiz não conseguiu aparecer com a mesma facilidade na área adversária, como tem por característica. A movimentação, entretanto, seguiu inalterada. Aparecia em todos os lados, mas preocupado com Giuliano, Dudu e Fernandinho.   
O gol de Aránguiz mostrou sua efetividade. Afinal, foi sua única conclusão a gol. Ele ainda cometeu três faltas, sofreu duas infrações, acertou 21 passes e errou dois. 
Aránguiz e Ramiro na disputa de bola (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)Aránguiz foi muito marcado no Gre-Nal deste
domingo (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)
A presença do meio-campista ainda mostrou a dependência que o time tem dele. Em 19 jogos com ele em campo, o Inter soma 16 vitórias e três empates, o que dá um aproveitamento de 89,47%, maior até que o líder Cruzeiro, que ostenta 74,4%. Ele soma sete gols e ainda contribuiu com oito assistências.  
Aránguiz trabalhou durante toda a semana sem problemas. Na sexta-feira, todavia, Abel colocou a pitada de mistério que faltava. Durante a coletiva, disse que tinha confirmado que o chileno estaria em campo, mas não que ele começaria o embate. Ao levantar e se dirigir para o vestiário, ainda abriu um sorriso, o que encheu de dúvidas os presentes. Ainda mais pelo fato de o trabalho no sábado ter ocorrido com os portões fechados.  
Era só a dúvida que se faz no clássico. Aránguiz participou de todo o jogo. E marcou seu primeiro gol no Gre-Nal. O primeiro do duelo no novo Beira-Rio. Além de entrar para história, colocou o Inter na segunda posição do Brasileirão com 28 pontos, dois atrás do líder Cruzeiro.

Mano celebra vitória e fim de tabu de Robinho: "Deu bastante trabalho"

Técnico vê triunfo emblemático sobre o Santos, na Vila Belmiro, e brinca com série invicta do atacante, que deixou o campo antes do gol de Gil

Por Santos, SP
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A expressão de Mano Menezes denunciava a satisfação por uma vitória que significou muita coisa na caminhada do Corinthians neste Campeonato Brasileiro. Vencer o Santos por 1 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, deixou o time mais perto do líder Cruzeiro e ainda quebrou uma escrita que envolvia o grande astro da tarde: Robinho. O atacante reestreou pelo Peixe e perdeu pela primeira vez para o Corinthians em dez jogos disputados.
- Não tem mais (tabu), acabou. Caiu mais um. Todos caem – disse Mano.

 Questionado sobre o fim dessa escrita, Mano brincou com o fato de Robinho ter sido substituído minutos antes de o zagueiro Gil marcar, de cabeça, o gol da vitória corintiana.
- Então não vai contar? (risos).
No fim, sobraram elogios ao atacante do Santos, que jogou bem e foi responsável pelas principais jogadas do Peixe na partida.
- Temos de aceitar que o nível desses jogadores é acima dos demais. Eles não construíram a trajetória que eles têm porque alguém deu para eles. Fizeram porque têm qualidade. Mesmo não estando nas melhores condições, ele deu bastante trabalho – analisou Mano.
Para Mano Menezes, fatores como a estreia de Robinho tornaram esta vitória emblemática. A derrota por 5 a 1 na última visita à Vila Belmiro, a pressão na casa do adversário, a chance de se aproximar do líder Cruzeiro... Tudo pesou. Por isso, o técnico saiu satisfeito e confiante.
Com a vitória, o Corinthians chegou aos 27 pontos, três a menos do que o Cruzeiro, que empatou sem gols com o Criciúma, neste sábado. A equipe volta a jogar no próximo sábado, às 21h (horário de Brasília), contra o Bahia. O elenco se reapresenta apenas na manhã de terça-feira.
Confira abaixo os principais tópicos da coletiva de Mano Menezes
Vitória merecida?
- O jogo foi parelho enquanto as equipes tiveram 11 jogadores. O Santos tomou a iniciativa, e nós jogamos com inteligência. O adversário estava empolgado, tinha estreia do Robinho, a invencibilidade dele... Então, no primeiro momento, tínhamos de segurar um pouco. No fim, tivemos oportunidades. Depois tivemos a expulsão. Nesse aspecto, poderíamos ter trabalhado um pouco mais a bola. Essa vitória me deixa contente pelo significado e pelo momento em que aconteceu. Isso nos dá a melhor campanha como visitante no Campeonato Brasileiro. 
Desempenho fora de casa
- Também estamos jogando contra adversários eficientes. Em pontos corridos você precisa ser mais eficiente do que todos. Estamos atrás de uma produção de jogo capaz de nos dar resultados fora de casa com um jogo bem jogado. Mas não posso abrir mão de vencer a partida por querer um jogo bem jogado. Tenho de armar a melhor estratégia para vencer o adversário. Não jogamos por uma bola.
Vitória emblemática
- Existem momentos emblemáticos da campanha, hoje era um deles. Foi a segunda vez que o líder tropeçou, e se toda vez que o líder tropeça você não aproveita as oportunidades, fica difícil almejar alguma coisa lá na frente. A equipe me deixou muito contente hoje. Também precisamos deixar claro que não estamos jogando só contra o Cruzeiro, também tem Internacional, Fluminense... Precisamos ter foco e equilíbrio nas análises.
Jogo nervoso no primeiro tempo
- Quando o jogo está pilhado, você não pode se omitir. Até aconteceram alguns exageros no primeiro tempo, cada lance que tem aqui vira uma novela, jogador se joga, quer cavar cartão amarelo... Não dá para deixar isso continuar. Nos primeiros minutos do jogo, só os nossos jogadores estavam levando cartão amarelo. Quando houve equilíbrio, o jogo se acalmou.
Sufoco do Santos
- O Santos cria chances contra todo mundo na Vila. Quando foi a última derrota do Santos na Vila? É muito difícil vencer o Santos na Vila... Aqui eles se sentem muito à vontade. Às vezes precisamos sofrer um pouco para conseguir a vitória. No momento de sofrer ela se dedicou e se sacrificou, foi premiada.
Entrada de Ferrugem
- Se Ferrugem entrou naquele momento do jogo, pode ter certeza de que pode ser mais utilizado. Não o coloquei antes porque ele é um jogador mais ofensivo e no começo precisávamos controlar. Depois, com um a mais, precisávamos ser mais agudos. Entrou bem e confirmou aquilo que vem fazendo nos treinamentos.