Fagner celebra melhor ano curtindo sol e sonha com a Seleção Brasileira

Lateral-direito do Vasco viaja com a família para Natal e lembra que inverno europeu no início da carreira serviu como aprendizado

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Em 2009, Fagner chegou ao Vasco depois de uma experiência no PSV, da Holanda, na qual precisou enfrentar o frio e a falta de oportunidades. Mas o ano de 2011 chegou ao fim com o jogador comemorando a afirmação como titular do Vasco consagrada com a conquista da Copa do Brasil e o título de melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro. Para celebrar, nada de baixas temperaturas. Ao lado da mulher e do filho, curtiu alguns dias de férias sob o sol das praias de Natal. Entre as resoluções e as metas de Ano Novo estão o comprometimento com o clube cruz-maltino e a busca por uma oportunidade na Seleção Brasileira.
- Se disser que não penso na Seleção, estarei mentindo. Este é o meu maior sonho. Mas antes disso, meu principal objetivo é manter o bom desempenho no Vasco. Porque se a convocação vier, ótimo. Mas se ela não acontecer, ao menos estarei com a consciência tranquila por fazer bem meu papel no clube - disse.

Fagner aproveita as férias em Natal-RN ao lado da mulher e do filho (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)

A confiança tem apoio nos números. Fagner terminou a temporada com 117 partidas disputadas no Vasco. Em 2011, entrou em campo 57 vezes, marcando seis gols, e atuando em 35 dos 38 jogos da equipe no Campeonato Brasileiro. A afirmação e os títulos conquistados – coletiva e individualmente – fazem o lateral aproveitar as férias com a certeza do dever cumprido e a esperança de que o ano que vem será ainda melhor.
- Com certeza foi o melhor ano da minha carreira. Nas últimas temporadas ainda buscava minha afirmação, meu espaço. Mas 2011 foi diferente, porque consegui fazer boas partidas e ajudei a equipe a fazer boa campanha. Por enquanto foi o auge, mas espero que tenha momentos ainda melhores daqui para a frente - disse.
Período na Holanda serviu como experiência e aprendizado
Durante as férias em Natal, Fagner conviveu com o assédio de fãs que pediam autógrafos e fotos. Para o lateral, isso foi reflexo do trabalho feito no Vasco que, entretanto, provocou elogios até mesmo de torcedores de outros clubes. O jogador encara a situação com uma satisfação ainda maior por relembrar os tempos difíceis vividos na Holanda, que deram a ele a certeza de que a experiência ruim pela qual passou na Europa de certa forma foi determinante para o reconhecimento atual no Brasil.

Fagner com prêmio de melhor lateral do Brasileiro
(Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)

- No começo tudo é maravilhoso. Cheguei à Holanda cheio de sonhos, mas nem tudo é como a gente espera. Não fui muito aproveitado, mas ao mesmo tempo tive a certeza de que daria certo, mesmo que não fosse lá. Isso me fez amadurecer e valorizar tudo o que vivi. Serviu como experiência e lição para aceitar críticas e ouvir os companheiros. Foi muito positivo - destacou.
Por isso, quando pensa na projeção da carreira, Fagner não a relaciona à retomada da trajetória internacional. Com 22 anos, casado e pai de Henrique, de 1 ano e 9 meses, o lateral afirma que a ponderação será um fator determinante no planejamento de seus próximos passos.
- Hoje tenho mulher e filho para me preocupar. Sair do país agora é algo diferente, precisaria pensar muito - explicou.
E a torcida do Vasco espera que esse futuro seja no Brasil. Em São Januário.

Joia 2012: 'nascido' no Olímpico, Biteco vai de tiete a esperança

Meia-atacante está desde os seis anos no clube e chegou a sair por uma temporada para o Inter. "Me arrependo. O Grêmio é a minha casa"

Por Lucas Rizzatti Porto Alegre

Se você fosse ao Olímpico no dia 23 de novembro, veria um menino inquieto, celular à mão, ansioso para a porta da sala do departamento de futebol se abrir. Queria uma foto com Kleber, que acabara de assinar o contrato com o Grêmio. Esse era o passatempo de Guilherme Bitencourt enquanto o Gre-Nal de juniores em que atuaria não começava naquela tarde. Desde o último dia 18, no entanto, o garoto passou de fã a colega do Gladiador. Aos 17 anos, recebeu o comunicado de que subirá a serra gaúcha para a pré-temporada do grupo profissional em janeiro. Mas esqueça o seu nome. Os corredores do Olímpico só o conhecem por Biteco.

Biteco aponta para a sua segunda casa: o estádio Olímpico (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

Até poucos meses, pouco se falava nesse meia-esquerda de drible fácil, chute potente e apelido grudento. Sua trajetória, no entanto, referenda a impressão de talento precoce. Subiu aos juniores na metade do ano e já emplacou uma competição estadual profissional no time B do Grêmio - a Copa Laci Ughini. Ali, despontou para os menos atentos às categorias da base.
Os elogios públicos do presidente Paulo Odone e a convocação ao elenco principal deixam Biteco entusiasmado, mas jamais surpreso. Segundo o garoto, medir força com os profissionais era uma meta firmada há seis meses.
- Era uma meta minha. Coloquei isso na cabeça - conta. - Vi o caso do Leandro, que era meu colega nos juvenis, subir direto para os profissionais. Vi que havia chance para os garotos. Me motivei com isso.

Biteco tieta Kleber  (Foto: Reprodução/Twitter)

A sua relação com o Grêmio vai muito além do sonho de atuar no time principal. Não é exagero nem clichê afirmar que Biteco tem uma vida de dedicação ao clube. Praticamente, nasceu por lá. Perambula pelos corredores do Olímpico desde os seis anos.
De relacionamento fácil, conhece cada funcionário pelo nome. Passa de porta em porta sem precisar se identificar. O sorriso está sempre armado no semblante, pronto a se abrir. Vive mais tempo ali, respirando futebol entre o campo e os vestiários, do que em seu apartamento no bairro Menino Deus, bem próximo ao estádio, onde reserva tempo para se esticar no sofá e curtir um pagode, sossegado. Mora com os pais e dois irmãos mais novos, que também atuam na base do Grêmio.
Biteco passou pelo Inter. Mas só passou
Nem quando passou um ano no maior rival Biteco deixou de visitar o Olímpico. Sim, a joia da vez do Grêmio já vestiu vermelho. Em 2007, rumou ao Beira-Rio motivado pela proposta e pela companhia do amigo, “quase irmão”, Diego, levado ao Colorado pelo pai famoso, Roberto Assis. Apesar da boa estrutura, Guilherme não se adaptou. Lá, era tão somente o amigo do sobrinho de Ronaldinho. No Olímpico, não. Tinha brilho e nome próprios. Era o Biteco.
- Me arrependo de ter saído do Grêmio - reconhece. - Sempre tive moral no Olímpico. Aqui é a minha casa.

Biteco e Fernando (Foto: Reprodução/Twitter)

Hoje, além da companhia de Diego, que atua no Porto Alegre, clube de Roberto Assis, Biteco passa boa parte do tempo com Fernando. Não deixa de ser um espelho para o guri, já que o volante também saiu da base e, em uma temporada, já se firmou entre os profissionais. Para Biteco, no entanto, seu parâmetro são outras crias da base tricolor. Segundo ele, seu estilo bate com os de Carlos Eduardo e Douglas Costa.
Além das raízes e amizades no clube, quem acompanha de perto a evolução de Biteco saúda a aplicação do garoto. Está sempre buscando melhorar. Não consegue ficar parado. Tanto que começou sua trajetória como lateral-esquerdo, depois volante pelo mesmo lado até se consolidar na armação das jogadas. O espírito coletivo também reluz entre as qualidades do jogador. Passou a maioria dos jogos dos juniores e do time B entre os reservas, numa espécie de talismã, o 12º elemento que sempre entrava no segundo tempo.
- Isso sempre o diferenciou. Talvez outros jogadores mostrassem algum tipo de descontentamento com a reserva. Nunca houve isso por parte dele. Quando entrou, sempre nos ajudou com gols - atesta Marcelo Rudolph, supervisor da categoria júnior.
Contra o Pelotas, o jogo da vida

Seu caminho é
a Seleção Brasileira"

João Antônio, assistente técnico da base gremista

Foi exatamente assim, surgindo do banco de reservas, que Biteco começou a cavar espaço no grupo principal. O dia está gravado em sua mente: 26 de outubro, o time B do Grêmio enfrentava o Pelotas, fora de casa, pela partida de ida das quartas da Copa Laci Ughini. Quando Biteco pisou no campo com a camisa 16, o Grêmio perdia por 1 a 0. Saiu de seu pé esquerdo os dois gols da virada. O segundo, um golaço de fora da área.
Estava tão solto no gramado da Boca do Lobo que se permitiu devolver com humor as provocações de um torcedor mais exaltado, que, do alambrado, chegara a cuspir no gremista. O guri ainda deu sorte: a atuação de gala estava sendo transmitida pela TV para todo o estado. Estava dada a deixa para voos mais ousados.
- Essas coisas não nos surpreendem tanto (ascensão precoce de jovens). O Anderson (hoje no Manchester United), por exemplo, foi um caso semelhante de queima de etapas. Parece forçado, mas não é. Simplesmente, a categoria não era mais desafio para ele - argumenta Emanuel de Freitas, auxiliar técnico dos juniores.

Biteco vai ao Olímpico até nas férias, tudo para estar pronto para 2012 (Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)

Preocupado em agarrar a chance de ouro, Biteco até dispensa as férias. Era o único jogador do Grêmio a circular pelo Olímpico na antevéspera de Natal. Fazia fisioterapia intensiva para se tratar de lesão muscular e estar pronto para janeiro. Até porque não passa pela cabeça de Biteco ser coadjuvante na pré-temporada.

- Penso em aproveitar a oportunidade e jogar. Vou brigar de igual para igual.
Não duvide de Biteco. Afinal, ele está à vontade. No Grêmio, se sente em casa.


> Ficha técnica

Guilherme Bitencourt - Biteco
Posição: meia-atacante
Nascimento: 12 de março de 1994, em Porto Alegre
Altura: 1m72cm
Peso: 65 kg

Top 5: DJ Tralha apresenta as músicas mais pedidas pelos boleiros

Saiba o que toca no som de Ronaldinho, Neymar, Romário, Felipe e Adriano

Por Richard Souza Rio de Janeiro

Quando o telefone celular toca, quase sempre tem um jogador ou ex-jogador de futebol do outro lado da linha. Há anos esse contato faz parte da rotina do DJ Tralha. As ligações são diárias, e organizar a agenda fica cada vez mais difícil. Tralha tem 38 anos e vive de música desde os 13. A relação com os boleiros deixou de ser só profissional e virou amizade. Levou o equipamento até para Alemanha, em 2006, para trabalhar.
- Eles me ligam diariamente. Pedem para baixar músicas, gravar discos. Isso acontece com jogadores de clubes do Rio e de outros estados também. Fui à Alemanha e toquei para os jogadores da Seleção Brasileira.
Em 2011, Tralha ajudou na explosão de um sucesso. Ele indicou a Egídio a música "Bonde sem freio" - versão picante de "Bonde do Mengão sem freio". O lateral mostrou a batida a Ronaldinho, e os jogadores rubro-negros a adotaram como hit da conquista do título carioca invicto.
O DJ também anima as festas dos jogadores, inclusive fora do país. É chamado para tocar em algum evento quase toda semana e conhece o gosto musical de vários craques: Ronaldinho, Neymar, Adriano, Ronaldo Fenômeno, Romário, Felipe, Diego Souza... uma lista longa. O DJ apresentou ao GLOBOESPORTE.COM o seu Top 5 de músicas mais pedidas pelos boleiros. Confira abaixo:

DJ Tralha é o preferido de craques como  R10, Love, Romário, Adriano, Ronaldo... (Foto: Arquivo Pessoal)

Ronaldinho Gaúcho, atacante do Flamengo

“A última música que ele me pediu foi 'Na boate', do Mr. Jamaica. É a que ele mais tem ouvido.”
Neymar, atacante do Santos
“Gravei um CD para o Neymar e uma das músicas era 'Ai, se eu te pego', sucesso do Michel Teló.”
Romário
“O Baixinho é fã de hip hop. A preferida é 'Nothin' on you, de B.o.B.”
Felipe, meia do Vasco
“Felipe é como o Romário. Gosta muito de hip hop. Conheço o Felipe desde a época em que ele ainda era da base. Também curte muito músicas de Claudinho e Buchecha. Recentemente, me pediu para gravar 'Give me everything (Tonight), sucesso do Ne-yo.”
Adriano, atacante do Corinthians
“Adriano gosta de uma música que mostra um pouco da realidade dele. É o 'Rap da Felicidade', de Cidinho e Doca. Um trecho da letra diz ‘eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci’.”

Flamengo chega a acordo verbal com a Traffic e R10 segue na Gávea

Reunião aconteceu nesta quarta-feira. Jogador receberá os salários atrasados após a assinatura do contrato entre o clube e a empresa

Por Janir Júnior Rio de Janeiro

Flamengo e Traffic chegaram a um acordo nesta quarta-feira para tentar encerrar a crise na parceria que atrasou os pagamentos de salário de Ronaldinho Gaúcho. Com isso, o jogador continua na Gávea na próxima temporada.
- A situação está verbalmente concluída. A partir de amanhã (quinta-feira) começa a celebração do contrato. Como os escritórios da Traffic no Rio e em São Paulo estão em recesso, a assinatura deve acontecer no dia 9 de janeiro - declarou Fernando Gonçalves, diretor da Traffic.
O vice de finanças rubro-negro, Michel Levy, festejou o fim da negociação.
- É o presente de Papai Noel atrasado que estamos dando para a Nação. É um dia de muita alegria. Trabalhamos muito e no final deu tudo certo.

Ronaldinho Gaúcho fica no Flamengo (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)

No próximo dia 5, completará cinco meses que a Traffic não deposita os R$ 750 mil da maior parte dos salários de Ronaldinho. Com isso, quando fizer o depósito previsto para o dia 9 de janeiro, a empresa terá que pagar um total de R$ 3,75 milhões. Segundo Fernando Gonçalves, Assis, irmão e procurador do camisa 10, está ciente do prazo e da operação financeira.
- Isso já está combinado com Assis, sem problemas - afirmou Fernando Gonçalves.
Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando assinado em janeiro que sustenta o vínculo. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. A partir daí, não houve mais acordo.

Ex-jogador Catê, campeão do mundo pelo São Paulo, é enterrado no RS

Catê morreu na última terça após acidente em rodovia no município de Ipê, no interior gaúcho, aos 38 anos

Por GLOBOESPORTE.COM Cruz Alta, RS

Velório de Catê emocionou amigos e parentes
em Cruz Alta(Foto: Reprodução/RBSTV)

Foi enterrado no fim da tarde desta quarta-feira em Cruz Alta (RS) o corpo de Marcos Antônio Lemos Tozze, o Catê. O ex-jogador de futebol morreu aos 38 anos após acidente de trânsito em Ipê, no interior gaúcho, na última terça.
Centenas de pessoas se despediram de Catê durante a tarde em Cruz Alta, terra natal do ex-jogador. O velório foi acompanhado por amigos, familiares, a mulher e os três filhos. Durante a cerimônia na Câmara de Vereadores do município, houve muita comoção e solidariedade.
Após formar-se nas categorias de base do Guarany local, e do Grêmio, Catê notabilizou-se pelo São Paulo entre 1991 e 1994, como um ponta-direita à moda antiga. No Morumbi, conquistou o Mundial Interclubes de 1992.
Além do São Paulo, em duas passagens, Catê vestiu no Brasil as camisas do Cruzeiro, do Flamengo, do Esportivo-RS e do Brusque-SC, onde encerrou carreira, há três anos. Fora do país, ele atuou no Sampdoria e no Universidad Católica.
Atualmente morava em Piçarras (SC), onde mantinha um centro de treinamento. A sua última partida foi em 10 de dezembro, num jogo em homenagem a Telê Santana com outros grandes craques do São Paulo.

As 20 piores contratações do futebol brasileiro em 2011

qua, 28/12/11

por bernardo.pombo |

categoria Curiosidades, Listas

O futebol brasileiro foi palco de vários fracassos em contratações nesta temporada. Muitos jogadores movimentaram o mercado, mas decepcionaram em campo. Alguns deles colecionaram insucessos, caso do meia Carlos Alberto, por exemplo, que em 2011 foi mal no Vasco, no Grêmio e no Bahia. Por isso, o POMBO SEM ASA selecionou os 20 reforços que decepcionaram nos principais clubes do país. Veja a lista e dê a sua opinião:
Arévalo – Botafogo

Uruguaio como o ídolo Loco Abreu, jogou pouco e mal. Foi embora porque a mulher não se adaptou ao Rio de Janeiro
Adriano – Corinthians

Contratado em março, acabou se lesionando e entrou em campo pouquíssimas vezes, sempre longe da forma ideal. Fez um gol importante na caminhada do Corinthians rumo ao título, mas mesmo assim ficou devendo.
Araújo – Fluminense

Repatriado pelo Tricolor com um dos maiores salários do elenco, nunca se destacou. Em 24 partidas, fez apenas quatro gols e reclamou mais do que jogou.
Carlos Alberto – Grêmio

Após péssimo início de ano com a camisa do Vasco, foi para o Olímpico, mas decepcionou. Jogou só 12 partidas, marcou um gol e acabou dispensado.
Carlos Alberto – Bahia

Mais uma vez envolvido com muitas lesões, desfalcou a equipe em muitos jogos. Não balançou as redes uma vez sequer.
Cavenaghi – Inter

Anunciado com toda a pompa pelo Colorado, Cavenaghi nunca mostrou bom futebol no Beira-Rio. Em 14 jogos, fez apenas dois gols e acabou pedindo para deixar o clube, o que foi aceito.
Ciro – Fluminense

Negociado pelo Sport a um grupo de empresários por mais de R$ 4 milhões, Ciro foi para as Laranjeiras, mas pouco fez. Recebeu algumas chances, fez dois gols em 14 jogos, mas acabou plantado no banco de reservas.
Denílson – São Paulo

Emprestado pelo Arsenal, o volante voltou ao clube que o revelou, mas acumulou duas expulsões em 12 partidas, deixando a desejar.
Éverton – Botafogo

Após chegar ao futebol mexicano pela incrível quantia de R$ 10 milhões, Éverton decepcionou e, no início de 2011, foi emprestado ao Botafogo. Em General Severiano, foi um mero reserva. Não consegiu se firmar.
Guilherme – Atlético-MG

Contratação mais cara da história do futebol mineiro, o atacante decepcionou demais. Foi muito mal e balançou as redes apenas duas vezes.
Ibson – Santos

Contratado pelo Peixe por R$ 9 milhões, o volante não conseguiu se readaptar com a velocidade que o futebol brasileiro exige. Não teve boas atuações e acabou na reserva. Entrou em campo apenas 16 vezes.
Ilsinho – Inter
Após boas passagens por São Paulo e Shaktar, da Ucrânia, o lateral não voltou o mesmo para o Morumbi. O Tricolor paulista o repassou para o Inter, onde o jogador de 26 anos também não conseguiu render.
Kléberson – Atlético-PR

Após a inexplicável convocação para a Copa do Mundo de 2010, fez um segundo semestre ruim no Flamengo e, em fevereiro, acabou emprestado para o Furacão, onde é ídolo. Mas o tempo passou e o meia não conseguiu sucesso na segunda passagem pela Arena da Baixada. Jogou pouco e mal.
Keirrison – Cruzeiro

Desde a boa passagem pelo Palmeiras, em 2009, o atacante não é mais o mesmo. Após não render em vários clubes, chegou ao Cruzeiro no meio do ano e, em oito jogos no Brasileiro, marcou apenas um golzinho. Pouco, muito pouco.
Rivaldo – São Paulo

Após anunciar que disputaria o Paulistão pelo Mogi Mirim, clube do qual é dono, o meia-atacante acabou despertando interesse do Tricolor paulista, que estava carente de ídolos e tinha esperança em ver uma das estrelas da Copa de 2002 brilhando no Morumbi. Rivaldo teve algumas participações razoáveis, mas nunca no nível Rivaldo.
Renan – Corinthians

Ao se destacar pelo Avaí e chegar a ser convocado para a Seleção Brasileira, o goleiro foi contratado pelo Corinthians. Mas, após três partidas e algumas falhas, foi barrado.
Wellington Paulista – Palmeiras

Não fez um golzinho sequer no Palmeiras e preferiu botar a culpa no técnico Felipão, pegando carona nas frases do ex-companheiro Kléber. Voltou ao Cruzeiro.
Toró – Atlético-MG

Contratado pelo Galo ainda em dezembro de 2010, só estreou em março. Após uma temporada conturbada, foi dispensado.
Jobson – Atlético-MG

Emprestado pelo Botafogo, o atacante voltou a se envolver em confusões em Minas Gerais. Pouco jogou, pouco marcou e acabou tendo o contrato rescindido.
Jobson – Bahia
No Bahia, Jobson logo conseguiu seu lugar no time e fez alguns gols importantes, mas acumulou atrasos e indisciplina. Acabou dispensado.
ATENDENDO A PEDIDOS…..COLOCO MAIS UM JOGADOR:
Morro Garcia – Atlético-PR

Foram muitos os comentários de leitores pedindo a entrada do atacante Morro Garcia na lista das piores contratações. De fato, ele custou mais de R$ 7 milhões ao Furacão, e fez apenas dois gols. Uma lástima.

Túlio se desculpa e diz que volta ao Botafogo a sete gols do milésimo

Atacante havia criticado a diretoria do clube na terça-feira por ainda não ter sido contratado para a disputa do Campeonato Carioca de 2012

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Túlio Maravilha na campanha de reeleição de Maurício
Assumpção (Thiago Fernandes / Globoesporte.com)

Depois de fazer duras críticas aos dirigentes do Botafogo, o atacante Túlio Maravilha voltou atrás. Em seu perfil no Twitter, pediu desculpas ao presidene Maurício Assumpção e aproveitou para avisar que sua volta ao clube acontecerá quando faltarem sete gols para atingir o milésimo, segundo as suas contas. Algo que o próprio dirigente já havia informado anteriormente. No momento, ele contabiliza 975 gols em sua carreira.
Túlio reclamou na terça-feira do fato de uma promessa do presidente não ter sido cumprida. Segundo o atacante, Maurício teria se comprometido a contratá-lo para a disputa do Campeonato Carioca do ano que vem. No entanto, ele, até então, não havia recebido qualquer contato da diretoria. Agora, parece ter feito as pazes novamente.
- Foi um grande mal entendido em relação ao gol mil. O Túlio volta para o Botafogo faltando sete gols para atingir a marca. Valeu presidente. Um abraço do Túlio Maravilha e para toda a torcida alvinegra – escreveu Túlio, que participou da campanha de reeleição do presidente Maurício Assumpção, em novembro.
Por enquanto, o atacante ainda não tem uma situação definida para 2012. Ele terminou a temporada defendendo o Bonsucesso na Copa Rio, quando marcou apenas dois gols na competição.

Confira as novidades das negociações em tempo real na Central do Mercado!
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Imprensa catalã insiste que Neymar é do Barça e cita influência de D. Alves

Lateral teria colocado craque do Santos em contato com Messi por telefone. Jornal 'Mundo Deportivo' faz linha do tempo sobre suposta negociação

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha

Capa do 'Mundo Deportivo' com Neymar nesta
quarta (Foto: Reprodução / MundoDeportivo.es)

Um dia após o jornal "Sport" revelar detalhes de um suposto contrato fechado entre Neymar e Barcelona para o craque jogar no time espanhol a partir de 2014, o diário "Mundo Deportivo", também da Catalunha, publicou em sua capa nesta quarta-feira mais informações sobre a negociação e também garante: o craque do Santos está acertado com o clube de Pep Guardiola.
"Assim se fechou com Neymar", diz a manchete do diário, que destaca três pontos chaves: o convencimento de Guardiola; vídeos e "espionagem" personalizada; e domínio do entorno familiar. Outro fator foi fundamental para a suposta negociação com o craque: a amizade com Daniel Alves, que chegou a colocar o jovem de 19 anos em contato por telefone com Lionel Messi durante a última Copa América.
Logo após a repercussão da notícia publicada pelo "Sport" na terça, o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, voltou a negar que o craque trocará o Peixe pelo Barcelona e chamou a imprensa catalã de "criativa".
- De lá vieram grandes artistas, como Gaudí, Miró, Salvador Dalí. O problema é que entre a imaginação e a realidade há um oceano - afirmou o dirigente, em entrevista à rádio “Bandeirantes”.
Nesta quarta, o "Mundo Deportivo" traz uma matéria grande com vários pontos da suposta negociação, como uma linha do tempo. Segundo o jornal, o presidente do Barça, Sandro Rosell, acompaha Neymar desde a sua posse, em 2010. O primeiro passo teria sido convencer Guardiola, que tinha dúvidas se o "ego" do brasileiro não atrapalharia o elenco da equipe.
Aconselhado pelo ex-goleiro Andoni Zubizarreta, atual diretor esportivo do Barça, Guardiola passou a ver vídeos de Neymar e a buscar mais informações sobre o caráter do atacante. O clube também enviou "espiões" para ver o atleta ao vivo, como Albert Valentín, que acompanhou o Sul-Americano Sub-20 no início do ano no Peru.
Em seguida, a diretoria do Barça passou a ficar próxima da família de Neymar, que também estava nos planos do Real Madrid. Relatórios do diretor Raül Sanllehí, que viajou ao Brasil, passaram a mudar o pensamento de Guardiola sobre a personalidade do camisa 11 do Santos, considerado pelo "espião" um jovem com vontade de se divertir, mas muito centrado no futebol e membro de uma família estabilizada.
Para ajudar na sedução a Neymar, Daniel Alves atuou como importante embaixador do Barça. Além de falar sobre o bom ambiente do clube, o lateral chegou a ligar para Messi e colocá-lo em contato com Neymar, para que os dois se conhecessem. Após a final do Mundial de Clubes, quando o time espanhol goleou o Santos por 4 a 0 no Japão, Daniel revelou que sempre convida Neymar para atuar no Barcelona:
- Ele está convidado sempre a jogar nesta casa, sempre falei para ele e sempre o conselho que eu dou é que se ele tem vontade de jogar na Europa, o time mais adequado ao estilo de jogo dele é o Barcelona. O conselho está dado..

Maracanã começa a instalar concreto armado para as novas arquibancadas

Estruturas são estocadas no centro do campo e, depois, colocadas com o auxilio de quatro gruas. A previsão de término é setembro de 2012

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

As 2.748 peças de concreto armado que vão compor a nova arquibancada do Maracanã já começaram a ser instaladas no estádio. As estruturas são estocadas no centro do campo e, depois, colocadas com o auxilio de quatro gruas. Na última semana, as primeiras foram usadas na parte conhecida como o contraforte, que fica a 14 metros da linha lateral de jogo. A previsão de término dessa fase da obra é setembro de 2012, antes da operação de içamento da nova cobertura. A arquibancada atende todas as recomendações da Fifa para a Copa do Mundo 2014.

Obras de construção das novas arquibancadas do Maracanã para a Copa de 2014 (Foto: Divulgação)

No projeto de modernização, ela (arquibancada) vai do gramado até o topo do antigo anel superior, sem separação de setores. O estádio passará a ter assentos mais modernos - na cor vermelha - em toda sua extensão e eles terão sua distância do campo reduzida: serão só 12 metros.

Segundo o cronograma apresentado pelo governo do Rio de Janeiro, o Maracanã deverá estar pronto no início de 2013 - provavelmente liberado entre fevereiro e março. Para o Comitê Organizador Local (COL), a obra tem mostrado evolução satisfatória. Palco da final do Mundial de 1950, o estádio receberá a decisão também em 2014 e será uma das sedes da Copa das Confederções, em junho de 2013.
 

Polícia aguarda chegada de vigilante e amiga de Adriano para começar acareação

Andréia Ximenes chega à delegacia para prestar depoimento no Caso Adriano. Foto: Guilherme Pinto

Paolla Serra

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Vestindo shortinho e uma camiseta branca transparente, a operadora de telemarketing Andréia Ximenes, de 28 anos, chegou à 16ª DP (Barra da Tijuca), dando o tom do que deverá ser a acareação do caso envolvendo o atacante Adriano e Adriene Cyrilo, que alega ter sido baleada pelo jogador.

Foto: Guilherme Pinto

Foto: Guilherme Pinto

- Vamos provar que o Adriano é inocente - disse Andréia, que estava no BMW do craque corintiano no incidente ocorrido no sábado.

Faltam ainda Daniele Pena, amiga do atacante que também estava no carro, e um segurança da casa de espetáculo Barra Music, que, localizado pela polícia, contou informalmente ter visto o jogador no banco do carona e não no traseiro, como sustenta Adriene.

Pouco antes, chegou à delegacia Viviane Dutra, amiga de Adriene, que também defende a versão do atacante.

Foto: Guilherme Pinto

Foto: Guilherme Pinto

Adriano e Adriene já estão na 16ª DP à espera da acareação.

Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/policia-aguarda-chegada-de-vigilante-amiga-de-adriano-para-comecar-acareacao-3526398.html#ixzz1hsITFoiX

Adriene volta atrás e diz que fez
o disparo no carro de Adriano

Após acareação e reconstituição, estudante muda a sua versão inicial que apontava o atacante como culpado no incidente da madrugada de sábado

Por Janir Júnior e Marcelo Baltar Rio de Janeiro

A estudante Adriene Cyrilo, atingida por um tiro na mão dentro do carro de Adriano na madrugada de sábado, mudou a sua versão inicial nesta quarta-feira, ao assumir a autoria do disparo. Após acareação e a reconstituição na 16ª DP (Barra da Tijuca), Adriene, chorando, decidiu mudar o depoimento.
- No final da acareação, diante dos questionamentos, ela decidiu recuar, chorou muito e disse que estava arrependida. Depois de muito vai e vem, ela disse que pegou a arma deliberamente e a arma detonou - revelou o delegado Fernando Reis, que contou como foi a reação de Adriano.
- Na saída, ele disse que estava aliviado e também chorou muito.

Adriene entra no carro para a reconstituição (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

O delegado disse, no entanto, que o inquérito não chegou ao fim.
- Esta foi mais uma etapa, mas não concluímos o inquérito. O fato de o depoimento dela bater com o testemunho dos outros e com a perícia técnica dá muita credibilidade à confissão, mas a investigação, de maneira nenhuma, chegou ao fim.

No final da acareação, diante dos questionamentos, ela decidiu recuar, chorou muito e disse que estava arrependida"

Fernando Reis, delegado

O caso será encaminhado ao Ministério Público.
- As provas estão sendo finalizadas. Terminado o inquérito, será encaminhado ao Ministério Público, que vai decidir ou pelo arquivamento ou pelo indiciamento de alguém.
A estudante de 20 anos recebeu alta do hospital Barra D'Or no início da tarde desta quarta-feira após passar por uma operação que durou cerca de 8h. Adriano e quatro das pessoas que estavam no carro (Júlio Cesar Barros - tenente da PM e amigo do jogador, Andreia Ximenes, Viviane Faria e Adriene Cyrilo) participaram da reconstituição do incidente. Uma policial faz as vezes de uma das mulheres que não compareceu à 16ª DP (Barra da Tijuca).
Adriano ficou a maior parte do tempo no banco dianteiro, como constou na sua versão. Depois, foi para o banco de trás, trocando de lugar com a operadora de telemarketing Andréia Ximenes. Quando o jogador foi para o banco traseiro, ao lado de três mulheres, os policiais não conseguiram fechar a porta, o que foi contra o depoimento de Adriene. Antes da reconstituição, aconteceu a acareação entre as partes, que durou pouco mais de quatro horas.

Adriano e Andréia Ximenes participam da reconstituição (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Também na tarde desta quarta-feira, três peritos fizeram uma inspeção no carro onde ocorreu o incidente. Um deles, que preferiu não se identificar, confirmou a perícia realizada no domingo e afirmou que o tiro partiu do banco de trás do carro de Adriano. Em depoimento na segunda-feira, o jogador contou que estava no banco do carona dianteiro. No primeiro depoimento, Adriene declarou que o atacante do Corinthians disparou acidentalmente ao manusear a arma.

Perícia mostra a trajetória da bala (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Acompanhada por uma mulher, que seria sua advogada, Adriene foi a primeira a chegar à delegacia. Adriano chegou cerca de uma hora depois ao local. Das seis pessoas ouvidas pela polícia, Adriene era a única que dizia que o jogador estava no banco de trás do carro, de onde partiu o tiro.
O advogado de Adriano, Ivan Santiago, o PM reformado Júlio César Barros, proprietário da arma que dirigia o veículo no momento do disparo, e Viviane Faria, outra mulher que também estava no carro, também compareceram. Adriene foi a primeira a ser ouvida pelo delegado Fernando Reis. Depois, foi a vez de Viviane Faria e do funcionário da casa de shows de onde Adriano e o grupo saíram quando houve o disparo. Já ouvido informalmente, ele confirmou a versão de Adriano.
Depois do depoimento do funcionário da casa de shows, peritos, acompanhados pelo advogado do Imperador, fizeram uma inspeção no carro onde ocorreu o incidente. Ao fim do procedimento, o delegado Fernando Reis, que também acompanhou a perícia, falou rapidamente com a imprensa. Ele deixou fotógrafos e câmeras de televisão à vontade para registrar imagens do veículo.
- Aqui vocês vão poder ver tudo o que aconteceu, exatamente do jeito que a gente imaginava. Nossa ideia é fazer tudo da maneira mais transparente possível - afirmou Reis.
A operadora de telemarketing Andreia Ximenes, que também estava no carro de Adriano no momento do tiro, estava confiante no esclarecimento do caso.
- Acho que vai ficar provado que o Adriano é inocente - disse Andreia Ximenes.
Dramas e polêmicas de Adriano

Adriano chega à delegacia para a acareação
(Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Adriano prestou depoimento na 16ª DP no fim da tarde de segunda-feira. O jogador do Corinthians confirmou sua versão de que não foi o autor do disparo e que os exames para detectar a presença de pólvora na mão vão confirmar que ele está dizendo a verdade.
- A arma estava entre os bancos. Ela pegou e disparou acidentalmente. Depois do barulho, nos abaixamos. No momento, ela não sentiu nada. Mas com certeza pegou a arma. Os exames vão sair, e será comprovado que não estou mentindo. Cabe a vocês acreditarem ou não. Quando as coisas acontecem com o Adriano, a repercussão é sempre maior - disse, há três dias.
Adriano ficou duas horas e 15 minutos após a sua chegada, e afirmou que o depoimento "foi tranquilo". Contou que no sábado foi a primeira vez que viu Adriene Cyrillo Pinto, apresentada a ele por um amigo que estava em uma casa noturna. E afirmou que não vai mais pagar pelo tratamento da jovem, que levou um tiro acidental na mão esquerda no carro do atacante:
- A conheci a partir de um amigo que estava na boate. Foi a primeira vez que a vi. O que ela está fazendo não é justo, não tem caráter. Eu ia ajudar, visitar e pagar o tratamento, mas não farei mais. Não tem cabimento fazer isso para uma pessoa que está fazendo isso comigo. Tirei até a minha camisa para ajudá-la. Sou uma pessoa pública, fiquei preocupado com ela e com minha imagem. Mas não vou tentar prejudicá-la, espero que se recupere.

Carro de Adriano, amigas e a bala (Foto: Montagem sobre fotos da EFE e de Marcos de Paula / Agência Estado)

A versão do Imperador sobre o ocorrido foi confirmada por outras três testemunhas. A perícia já concluiu que o tiro foi dado do banco traseiro. A arma pertence ao PM reformado Júlio César Barros, amigo de Adriano, que dirigia o veículo. Segundo Fernando Reis, Júlio César foi negligente e terá de responder por isso. Outros amigos do Imperador contaram ao GLOBOESPORTE.COM que o atleta se preocupou em não ocultar provas.

Adriene volta atrás e diz que fez
o disparo no carro de Adriano

Após acareação e reconstituição, estudante muda a sua versão inicial que apontava o atacante como culpado no incidente da madrugada de sábado

Por Janir Júnior e Marcelo Baltar Rio de Janeiro

A estudante Adriene Cyrilo, atingida por um tiro na mão dentro do carro de Adriano na madrugada de sábado, mudou a sua versão inicial nesta quarta-feira, ao assumir a autoria do disparo. Após acareação e a reconstituição na 16ª DP (Barra da Tijuca), Adriene, chorando, decidiu mudar o depoimento.
- No final da acareação, diante dos questionamentos, ela decidiu recuar, chorou muito e disse que estava arrependida. Depois de muito vai e vem, ela disse que pegou a arma deliberamente e a arma detonou - revelou o delegado Fernando Reis, que contou como foi a reação de Adriano.
- Na saída, ele disse que estava aliviado e também chorou muito.

Adriene entra no carro para a reconstituição (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

O delegado disse, no entanto, que o inquérito não chegou ao fim.
- Esta foi mais uma etapa, mas não concluímos o inquérito. O fato de o depoimento dela bater com o testemunho dos outros e com a perícia técnica dá muita credibilidade à confissão, mas a investigação, de maneira nenhuma, chegou ao fim.

No final da acareação, diante dos questionamentos, ela decidiu recuar, chorou muito e disse que estava arrependida"

Fernando Reis, delegado

O caso será encaminhado ao Ministério Público.
- As provas estão sendo finalizadas. Terminado o inquérito, será encaminhado ao Ministério Público, que vai decidir ou pelo arquivamento ou pelo indiciamento de alguém.
A estudante de 20 anos recebeu alta do hospital Barra D'Or no início da tarde desta quarta-feira após passar por uma operação que durou cerca de 8h. Adriano e quatro das pessoas que estavam no carro (Júlio Cesar Barros - tenente da PM e amigo do jogador, Andreia Ximenes, Viviane Faria e Adriene Cyrilo) participaram da reconstituição do incidente. Uma policial faz as vezes de uma das mulheres que não compareceu à 16ª DP (Barra da Tijuca).
Adriano ficou a maior parte do tempo no banco dianteiro, como constou na sua versão. Depois, foi para o banco de trás, trocando de lugar com a operadora de telemarketing Andréia Ximenes. Quando o jogador foi para o banco traseiro, ao lado de três mulheres, os policiais não conseguiram fechar a porta, o que foi contra o depoimento de Adriene. Antes da reconstituição, aconteceu a acareação entre as partes, que durou pouco mais de quatro horas.

Adriano e Andréia Ximenes participam da reconstituição (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Também na tarde desta quarta-feira, três peritos fizeram uma inspeção no carro onde ocorreu o incidente. Um deles, que preferiu não se identificar, confirmou a perícia realizada no domingo e afirmou que o tiro partiu do banco de trás do carro de Adriano. Em depoimento na segunda-feira, o jogador contou que estava no banco do carona dianteiro. No primeiro depoimento, Adriene declarou que o atacante do Corinthians disparou acidentalmente ao manusear a arma.

Perícia mostra a trajetória da bala (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Acompanhada por uma mulher, que seria sua advogada, Adriene foi a primeira a chegar à delegacia. Adriano chegou cerca de uma hora depois ao local. Das seis pessoas ouvidas pela polícia, Adriene era a única que dizia que o jogador estava no banco de trás do carro, de onde partiu o tiro.
O advogado de Adriano, Ivan Santiago, o PM reformado Júlio César Barros, proprietário da arma que dirigia o veículo no momento do disparo, e Viviane Faria, outra mulher que também estava no carro, também compareceram. Adriene foi a primeira a ser ouvida pelo delegado Fernando Reis. Depois, foi a vez de Viviane Faria e do funcionário da casa de shows de onde Adriano e o grupo saíram quando houve o disparo. Já ouvido informalmente, ele confirmou a versão de Adriano.
Depois do depoimento do funcionário da casa de shows, peritos, acompanhados pelo advogado do Imperador, fizeram uma inspeção no carro onde ocorreu o incidente. Ao fim do procedimento, o delegado Fernando Reis, que também acompanhou a perícia, falou rapidamente com a imprensa. Ele deixou fotógrafos e câmeras de televisão à vontade para registrar imagens do veículo.
- Aqui vocês vão poder ver tudo o que aconteceu, exatamente do jeito que a gente imaginava. Nossa ideia é fazer tudo da maneira mais transparente possível - afirmou Reis.
A operadora de telemarketing Andreia Ximenes, que também estava no carro de Adriano no momento do tiro, estava confiante no esclarecimento do caso.
- Acho que vai ficar provado que o Adriano é inocente - disse Andreia Ximenes.
Dramas e polêmicas de Adriano

Adriano chega à delegacia para a acareação
(Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Adriano prestou depoimento na 16ª DP no fim da tarde de segunda-feira. O jogador do Corinthians confirmou sua versão de que não foi o autor do disparo e que os exames para detectar a presença de pólvora na mão vão confirmar que ele está dizendo a verdade.
- A arma estava entre os bancos. Ela pegou e disparou acidentalmente. Depois do barulho, nos abaixamos. No momento, ela não sentiu nada. Mas com certeza pegou a arma. Os exames vão sair, e será comprovado que não estou mentindo. Cabe a vocês acreditarem ou não. Quando as coisas acontecem com o Adriano, a repercussão é sempre maior - disse, há três dias.
Adriano ficou duas horas e 15 minutos após a sua chegada, e afirmou que o depoimento "foi tranquilo". Contou que no sábado foi a primeira vez que viu Adriene Cyrillo Pinto, apresentada a ele por um amigo que estava em uma casa noturna. E afirmou que não vai mais pagar pelo tratamento da jovem, que levou um tiro acidental na mão esquerda no carro do atacante:
- A conheci a partir de um amigo que estava na boate. Foi a primeira vez que a vi. O que ela está fazendo não é justo, não tem caráter. Eu ia ajudar, visitar e pagar o tratamento, mas não farei mais. Não tem cabimento fazer isso para uma pessoa que está fazendo isso comigo. Tirei até a minha camisa para ajudá-la. Sou uma pessoa pública, fiquei preocupado com ela e com minha imagem. Mas não vou tentar prejudicá-la, espero que se recupere.

Carro de Adriano, amigas e a bala (Foto: Montagem sobre fotos da EFE e de Marcos de Paula / Agência Estado)

A versão do Imperador sobre o ocorrido foi confirmada por outras três testemunhas. A perícia já concluiu que o tiro foi dado do banco traseiro. A arma pertence ao PM reformado Júlio César Barros, amigo de Adriano, que dirigia o veículo. Segundo Fernando Reis, Júlio César foi negligente e terá de responder por isso. Outros amigos do Imperador contaram ao GLOBOESPORTE.COM que o atleta se preocupou em não ocultar provas.